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Forum Cinema em Cena

Trinity

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Everything posted by Trinity

  1. Que notícia excelente. Um grande diretor como Malick. Ativo com dois filmes simultâneos ! E o que é melhor, com os três melhores atores da atualidade Ryan Gosling, Cate Blanchett e Christian Bale. Interessante que Cate e Bale vão estar em dois filmes diferentes do diretor em sequência. Adorei.
  2. Anões, Galadriel, Saruman e Elrond no novo vídeo do PJ.Fantástico ! http://www.cinepop.com.br/noticias2/hobbit_184.htm E as capturas de Galadriel no vídeo. Como sempre, divina ! http://img89.imageshack.us/img89/273...2118h12m30.jpg http://img715.imageshack.us/img715/2...2118h12m45.jpg http://img143.imageshack.us/img143/6...2118h13m13.jpg http://img96.imageshack.us/img96/689...2118h13m42.jpg http://img607.imageshack.us/img607/3...2118h14m15.jpg Trinity2011-07-23 22:49:44
  3. É verdade. O filme foi muito bem de crítica e considerando o tipo de filme o público foi bom também. Roger Ebert deu A. E o Rubens Ewald Filho adorou também: http://noticias.r7.com/blogs/rubens-ewald-filho/2011/06/10/meu-diretor-favorito-faz-hanna/ Hanna já está atrasado no lançamento e corre o risco de nem passar nas salas. Mas eu continuo fa absoluto do diretor inglês Joe Wright, e a primeira coisa que fiz quando cheguei a Los Angeles foi correr atrás desse filme, que já tinha sido lançado há algum tempo, mas ainda estava em cartaz. Passei a admirar o diretor só depois de Desejo e Reparação (Atonement), que ainda é um dos meus favoritos e sempre me comove. Depois que fui checar melhor seu Orgulho e Preconceito, que resiste bem, mas não quis olhar de novo para O Solista, que é mediano (foi a tentativa do diretor em entrar no mercado americano, mas perdeu a liberdade de ação e a inspiração). Este seu novo filme Hanna ainda não tem data de estreia aqui, mas já esta em cartaz na Argentina. Temo porque não foi tão bem assim nos EUA (custou cerca de US$ 30 milhões – R$ 47,4 milhões - e não rendeu mais do que US$ 40 milhoes – R$ 63,3 milhões). Eu encaro Hanna como um exercício de estilo em que Wright demonstra para a indústria sua capacidade técnica e domínio de realizador. Ele fez o que é basicamente um filme de perseguição, um thriller psicológico onde o que os personagens pensam estar em segundo plano, o que vale é o que se mostra. Quase um Bourne sem câmera cambaleante ou aflitiva, tudo muito elegante, muito bem enquadrado, fluente. Ele deve gostar de trabalhar com as mesmas pessoas porque construiu aqui um veículo para sua revelação, a então adolescente Saoirse Ronan, que por Desejo e Reparação chegou a ser indicada ao Oscar de coadjuvante. Ela volta aqui no papel título, uma misteriosa garota que vive quase no Pólo Ártico, perto da Finlândia, ao lado de seu pai (o sempre duvidoso Eric Bana) numa história que está sempre perto da ficção científica. A menina aparece aprendendo a matar (bichos, em detalhes que podem ser perturbadores) e se defender. Obviamente, eles têm um segredo. Hanna foge para um lado e o pai para outro. E aos poucos, vamos conhecendo seus opositores, que fazem parte de uma organização governamental liderada pela sempre maravilhosa Cate Blanchett (que supera sua criação de vila de Indiana Jones). Todo o resto do filme é esta longa e exaustiva caçada humana por lugares pobres da Alemanha (o mais interessante é um parque de diversões abandonado), enquanto aos poucos nós e Hanna também vamos montando o quebra-cabeça e tentando entender do que se trata. Parece que o roteiro foi escrito em 2006 e era para ser feito por Danny Boyle. Quando escalaram Saoirse Ronan, ela pediu que Wright dirigisse. Gosto especialmente das sequências onde Hanna encontra a família inglesa meio hippie que está fazendo uma viagem pelo deserto e onde ela consegue sua primeira amiga. Mas todo o filme faz os espectadores ficarem com o coração na boca, torcendo, se surpreendendo e se espantando. Tomara que estreie logo para vocês conferirem.
  4. Errada a avaliação de vocês e do distribuidor brasileiro. Considerando as bombas que estão exibindo nos cinemas brasileiros. Quem está dando vexame são os distribuidores brasileiros. Basta lembrar que Hanna estreou bem, em segundo, nos cinemas americanos e ainda não estreou em vários países. No Rotten Tomatoes, avaliação positiva com 72 de aprovação dos críticos e no IMDB nota 7.3. Uma pena que somos obrigados a ver porcarias no cinema, mas ainda bem que veremos Hanna logo em um bom DVD.
  5. O filme que não é muito usual fez uma estréia muito boa para o orçamento de 30 milhões. Ficou em segundo com mais de 12 milhões atrás apenas da animação de Páscoa "Hop". As críticas também estão muito boas. Roger Ebert deu A- e Richard Hoeper deu A, por exemplo. http://boxofficemojo.com/weekend/chart/
  6. Não sei no que vai dar esse filme, mas a proposta é tão diferente que me anima, além disso tem a Cate que já garante pelo menos uma atuação para se aplaudir. Novas fotos e clip. http://www.imdb.com/video/imdb/vi413048089/ http://3.bp.blogspot.com/-aoePtRMlT-M/TYoc4RedG0I/AAAAAAAACKU/Q-Dc-pk3bYU/s400/5.bmp http://3.bp.blogspot.com/-eF5QP2J9qLs/TYod1eKx3VI/AAAAAAAACK8/4mPxRHeW9_Q/s400/10.bmp
  7. O trailer internacional também é mais interessante. http://www.comingsoon.net/news/movienews.php?id=73791
  8. Adoro os três filmes do Wright que já vi, Orgulho, Desejo e O Solista. Com Cate esse é um atrativo a mais, mesmo com ela fazendo apenas uma participação especial. Já viram o trailer ? Parece um conto de fadas às avessas, com a menina má ( Saoirse) tentando escapar ou tentando pegar a malvada ( Cate ). Cool ! http://www.youtube.com/watch?v=qRUx88vRjIk
  9. Eu também adorei o quarto filme com pitadas inteligentes contra a Guerra Fria e o Marcartismo. As cenas de perseguição foram ótimas e o momento da explosão nuclear, clássico. Um dia vão reconhecer o valor do trabalho do Spielberg nesse filme. Gostaria de ver mais um filme de Indy, mas acho que Spielberg e Lucas tiveram o cuidado de concluir o ciclo nesse com o casamento do herói com Marion. Acho que foi um ótimo desfecho.
  10. Já vi esse filme. É bem interessante, mas a Cate deveria ficar mais em cena. Ela passa mesmo como um furacão e quando sai fica aquela sensação de falta do personagem que sacode o filme. Uma atuação impressionante. Adoro o Spacey também. Minha lista das 10 melhores atuações da Cate: - Elizabeth - Não Estou Lá - O Aviador - O curioso caso de Benjamin Button - Notas sobre um escândalo - Paraíso - Vida Bandida - Elizabeth, a era de ouro - Veronica Guerin (O custo da coragem) - Sob o efeito da água Sem contar as performances foguete como Chegadas e Partidas e Sobre Café e Cigarros que são sensacionais. Os meus 10 melhores filmes em que Cate atuou foram: - O Senhor dos Anéis, a trilogia - O curioso caso de Benjamin Button - Notas sobre um escândalo - O Aviador - Não estou lá - Vida Bandida - O Talentoso Mr. Ripley - Elizabeth - Babel - Paraíso E eu adorei a atuação sutil dela agora em Robin Hood. Não precisa falar muito prá dizer tudo. Quem me dera pudesse vê-la no palco em Nova York ano passado como Blanche Dubois, em Um Bonde Chamado Desejo. Segundo crítica e público a atuação da Cate, dirigida por Liv Ullman foi antológica. Espero que elas façam uma versão para o cinema.Trinity2010-06-13 15:04:24
  11. A Cate fica muito bem ruiva. Ela estava deslumbrante em Benjamin Button e Vida Bandida. Mas é bom checar a forma loira dela que é um arraso vendo Paraíso, Sob Efeito da Água, Bebel e Notas Sobre um Escândalo em que ela está linda. Bom, a Cate tem o visual que ela quer, muda conforme o personagem. Ela de Bob Dylan está perfeitamente horrível como tem que ser para o papel. Ensaio da revista W do mês de maio. Um dia vou ser classuda assim http://www.wmagazine.com/celebrities/2010/06/cate_blanchett?currentPage=6
  12. E Cate após tomar sol. Ela é branquinha mesmo e muito sol faz mal para pele.
  13. Cate Blanchett, the Great Monica Belluci Penelope Cruz Além de bonitas, têm estilo.
  14. Adorei a música final, assim como a animação nos créditos finais. Quando tiver o DVD vou tocar no último volume. Vi o filme pela segunda vez e achei melhor que da primeira. Estou curiosa se Ridley fará uma versão extendida com edição especial dele.
  15. Eu adorei o "eu te amo, Marion" Tudo bem, isso é coisa de menina. Entendi que aquele homem estava indo para uma batalha e talvez não voltasse, ele então aproveitou para dizer logo o que estava sentido, como uma forma de dar força àquela mulher e a si próprio. Talvez ele não tivesse outra oportunidade para dizer. Robin também demonstra admirar muito a força de Marion. Isso fica claro quando ele planta as sementes e isso muda a visão dela sobre ele, apesar da troca de olhares já estar pegando fogo. O público gostou mais de Robin Hood que parte dos críticos. As avaliações de público estão boas na maioria dos sites: 7.1 no IMDB, 4 estrelas no Terra, nota B no Yahoo e no Box Office Mojo. Mas é importante lembrar que críticos importantes como Isabela Boscov, Luiz Carlos Merten e Luiz Zanin aprovaram o filme, assim como o pessoal do Adoro Cinema. Respeito a opinião de todos os críticos, mas eu adorei o filme.
  16. Vou procurar nas locadoras, pantalaimon. Glenda é uma atriz de primeira ! Lucy, é verdade. A Cate não está preocupada em estar bonitinha prá fazer o papel. Ela compõe o papel em todos os detalhes. Perfeita. É claro que isso faz parte da dedicação dela ao teatro. Hoje ela dirige uma companhia em Sydney e dedica menos tempo ao cinema. Você já viram o próximo filme dela ? Hanna é dirigido pelo Joe Wright de Desejo e Reparação, um grande diretor. É uma trama sobre uma menina, Saoirse Ronan, que é treinada para ser assassina e a Cate vai ser uma agente da CIA que a persegue. Deve ser muito bom. http://www.imdb.com/title/tt0993842/
  17. A Cate se não fosse a atriz poderosa que é poderia ser modelo. Ela brinca com a câmera. Faz o que quer. Ela está linda nesse ensaio. Aliás, ela em Cannes estava deslumbrante. Legal vê-la em Robin Hood como fazendeira pobre e toda enlameada e descabelada. Ela realmente encarna a personagem de corpo e alma. Realmente lembra numa das fotos a grande Glenda Jackson.
  18. Eu também adorei essa Marion da Cate. Muito sutil na impaciência, mas comendo o Robin com o olhar. Acho que a cena da batalha final seria mais legal se o Ridley fizesse com que a Marion surpreendesse o Robin. Se ele não soubesse que ela estava lá. Seria mais emocionante. Mas foi legal. Entendi perfeitamente o fato de que ela estava louca de ódio do Godfrey porque ele matou covardemente Sir Walter e o marido dela. Marion tinha motivos e coragem para se meter naquela batalha. Gostaria muito de ver os meninos do pônei em ação no próximo filme. Morri de rir deles na batalha com a Marion. Nós viajamos com aquela flechada do Robin no Godfrey. Sugiro ao Ridley, o Hugh Laurie introduzindo Sir Guy no próximo filme. Seria bem legal. O final do filme foi fantástico e surpreendente com aquela magia rebelde da floresta e os créditos de aquarela e música contagiante.
  19. Eu gostei do filme. Bem leve, bem divertido e com atores ótimos, principalmente a Cate Blanchett, o Max Von Sydow, o William Hurt e o rapaz que faz o Rei João. O Russel também está muito bem mas esses quatro dão show no filme. Maior orgulho ir ao cinema e ver um filme com o Max Von Sydow. As cenas dele com a Cate são muito legais. O roteiro do filme é bom, a trama política é excelente e para preceder a história do Robin Hood, a situação criada é ótima. O que a meu ver pecou um pouco foi a pressa da Ridley Scott de passar de cena prá cena. Tudo feito muito rápido. Poderia ser mais cadenciado. Mas a reconstituição da época é impecável, assim como as cenas de batalha. Acho que parte da crítica não gostou muito porque esperava um novo Gladiador, mais denso, e o filme é bem suave. Outro fato é que é nítido que eles pretendem uma sequência. Tem várias situações que ficaram em aberto, principalmente no final já que Robin e Marion terminam fugitivos num acampamento. Quanto a crítica é importante dizer que ela não existe para dizer ao público o que deve ou não deve ver. O público não decide só pelo que diz a crítica, mas pela motivação própria. Muitas vezes a crítica erra, mas na verdade, a crítica existe de forma saudável, para abrir um debate, e isso é louvável. Vejam o que aconteceu, mesmo com parte da crítica desaprovando em parte o filme, ele está bem avaliado no IMDB com nota do público 7.3, e no Yahoo, nota B. Eu estou curiosa para ver a sequência do Robin Hood de Ridley Scott.
  20. Eu gostei do filme. Bem leve, bem divertido e com atores ótimos, principalmente a Cate Blanchett, o Max Von Sydow, o William Hurt e o rapaz que faz o Rei João. O Russel também está muito bem mas esses quatro dão show no filme. Maior orgulho ir ao cinema e ver um filme com o Max Von Sydow. As cenas dele com a Cate e o Russel são muito legais. O roteiro do filme é bom, a trama política é excelente e para preceder a história do Robin Hood, a situação criada é ótima. O que a meu ver pecou um pouco foi a pressa da Ridley Scott de passar de cena prá cena. Tudo feito muito rápido. Poderia ser mais cadenciado. Mas a reconstituição da época é impecável, assim como as cenas de batalha. Acho que parte da crítica não gostou muito porque esperava um novo Gladiador, mais denso, e o filme é bem suave. Outro fato é que é nítido que eles pretendem uma sequência. Tem várias situações que ficaram em aberto, principalmente no final já que Robin e Marion terminam fugitivos num acampamento. Quanto a crítica é importante dizer que ela não existe para dizer ao público o que deve ou não deve ver. O público não decide só pelo que diz a crítica, mas pela motivação própria. Muitas vezes a crítica erra, mas na verdade, a crítica existe de forma saudável, para abrir um debate, e isso é louvável. Vejam o que aconteceu, mesmo com parte da crítica desaprovando em parte o filme, ele está bem avaliado no IMDB com nota do público 7.3, e no Yahoo, nota B. Um bom resultado também na bilheteria. Eu estou curiosa para ver a sequência do Robin Hood de Ridley Scott. A animação do final é ótima. Vocês viram ?
  21. Crítica positiva. 1000 anos depois… Robin Hood, estrelado por Russell Crowe e dirigido por Ridley Scott, se passa na Inglaterra do século XII. Mas pode ser visto como uma continuação mais leve de Gladiador Isabela Boscov, de Los Angeles ESSES FRANCESES Crowe, como Robin, massacra uma força vinda da França para invadir a Inglaterra: faz tempo, mas eles não esquecem Dez anos atrás, o diretor Ridley Scott colocou um general romano fictício, Maximus, no meio de uma situação real: o declínio e morte de Marco Aurélio (121-180), um dos grandes imperadores de Roma, e a ascensão de Cômodo, seu filho venal e perverso. Na verdade, nunca houve um homem sequer semelhante a Maximus, tão querido do imperador que tivesse despertado o ciúme do covarde Cômodo e sido portanto punido com uma das formas mais bárbaras de escravidão – sua transformação em gladiador. Mas a maneira como Scott urdiu a ficção aos fatos, a sensacional realização visual do enredo e o carisma viril de Russell Crowe fizeram de Gladiador um caso então único: um épico histórico capaz de ressoar com absoluta contemporaneidade junto à plateia, décadas depois de o gênero ter sido sepultado. Antes mesmo que o sucesso cimentasse a parceria, porém, o inglês Scott e o neozelandês Crowe já se tinham tornado próximos. Conhecidos, um e outro, como homens diretos e intransigentes em tudo o que toca ao trabalho, diretor e ator se uniram antes de tudo pela afinidade. Desde então, fizeram três outros filmes juntos – Um Bom Ano, O Gângster e Rede de Mentiras –, nenhum dos quais se assimila em tema ou tom ao primeiro trabalho. Mas, enquanto os faziam, continuavam a buscar uma maneira de recapturar aquele sortilégio. "Adoro fazer épicos", disse Scott a VEJA, em Los Angeles, em um dia de excepcional bom humor. O diretor e o astro encontraram sua chance em outro instante turbulento da história, desta vez a da Inglaterra: o fim do século XII, quando o rei, Ricardo Coração de Leão, estava ausente havia dez anos nas Cruzadas e o reino atravessava toda sorte de convulsão – o momento real em que a tradição folclórica situa o alvoroço provocado pelo bom ladrão fictício Robin Hood no condado de Nottingham. Cerca de 1 000 anos separam os eventos de Gladiador dos de Robin Hood (Estados Unidos/Inglaterra, 2010), que estreia no país na próxima sexta-feira. Mas tantas são as similaridades no modo como a trama é concebida e se desenrola que o novo filme pode ser visto como uma espécie de continuação do primeiro. A lenda pinta Robin, um arqueiro de habilidade extraordinária, às vezes como um plebeu, outras vezes como um membro da baixa nobreza destituído de suas terras – mas sempre como um rebelde que se insurge contra uma coroa que sangra seus súditos com impostos extorsivos e instaura a pobreza na nação. É um momento significativo esse em que o folclore situou Robin. Nas últimas décadas do século XII, mais de 100 anos depois da Conquista Normanda, a Grã-Bretanha achava-se ainda de pernas para o ar. Guilherme, o Conquistador, o normando que em 1066 arrebatara o trono inglês primeiro argumentando parentesco (os normandos, sucintamente, eram vikings aclimatados ao solo francês) e depois travando guerra, praticamente eviscerara o país de todas as suas regras e costumes. A aristocracia ancestral fora enxotada; William tirou dela as terras e entregou-as à nova nobreza normanda. A influência da Igreja cresceu, e até a língua e a cultura mudaram. O ar, enfim, estava cheio de maus sentimentos. E mais grave do que eles era o fato de que, por raciocínios tortuosos, os reis franceses achavam que tinham seus motivos para tentar anexar a ilha, engendrando séculos de maquinações e agressões. Quando Ricardo Coração de Leão morreu ao fim de sua expedição, antes de retornar a Londres, esse quadro pantanoso se agravou. A rainha-mãe, a formidável Eleonor de Aquitânia, havia até ali segurado as pontas como regente. Mas, ao perder o filho, teve de transmitir o cetro a seu caçula, o fracote e despreparado John. Como em Gladiador, portanto, tem-se uma sucessão problemática, de um soberano capaz para um descendente despreparado e suscetível à influência de traidores – aqui, Mark Strong como Sir Godfrey, que sussurra no ouvido do rei e o manipula a mando do inimigo. Tem-se também um reino que cambaleia, só que com os franceses às suas portas, em vez dos bárbaros que trariam a derrocada de Roma. E tem-se acima de tudo um homem íntegro, superlativo na arte da guerra e situado de tal maneira que pode comunicar-se com duas esferas totalmente distintas da vida de então, a plebe e a aristocracia – Robin Hood, claro. O curioso está no enfoque que o diretor dá a uma história tão conhecida como a do ladrão que roubava dos ricos para dar aos pobres: Ridley Scott puxa dela um fio que a torna quase irreconhecível. Robin agora é um arqueiro no exército de Ricardo Coração de Leão. Um acaso o coloca de posse da coroa do rei morto e da espada de um de seus cavaleiros, Robert Loxley, que ele promete devolver ao pai deste, Walter (o sueco Max von Sydow, em um de seus melhores papéis nos últimos anos). A devolução de uma espada valiosa, que poderia muito bem ter guardado para si, fará com que Robin se veja numa situação singular: a pedido de Walter, vai se passar por seu filho. E, portanto, também por marido da viúva de Robert Loxley, Lady Marian – interpretada por Cate Blanchett com majestade e um tanto de traquinagem. ("Nunca entendi por que na lenda ela é sempre tão nervosa e mal-humorada. Achei que faria bem a Marian ter um emprego", diz o diretor, explicando por que colocou a personagem para tocar a propriedade do marido.) Se o Xerife de Nottingham (Matthew Macfadyen, tão cavalheiresco em Orgulho e Preconceito, e aqui deliciosamente dissoluto) descobrir que Sir Robert morreu, todas as suas terras voltarão para a coroa. Marian ficará não só pobre, como vulnerável aos avanços libidinosos do Xerife. Para todos os efeitos, então, a partir do momento em que chega a Nottinhgam, Robin deixa de ser Robin; passa a ser Robert Loxley, senhor de uma vasta porção de terras, ainda que muito depauperadas pela voracidade dos reis e dos bispos. Nem sinal do célebre ladrão. Em dado momento, o filme chega afinal à transformação de Robin em fora da lei. Antes, porém, ele terá papel decisivo na derrota de uma força francesa que chega por mar – um episódio real que se deu no fim do século XII e no qual, é óbvio, Robin Hood jamais teve alguma participação, antes de mais nada por ser um personagem fictício. Ridley Scott adora eriçar assim os pelos dos historiadores. No caso de Robin Hood ganhar uma continuação, ele já tem planejado seu próximo ataque à história: o ladrão de Nottingham é quem forçará o rei John a assinar a Magna Carta, o que na verdade ele fez, em 1215, para aplacar uma nação à beira da guerra civil. Em um aspecto, entretanto, não há como criticar a acuidade de Robin Hood: no seu forte sentimento antinormando – ou, trocando em miúdos, antifrancês. Quase 1 000 anos se passaram desde a Conquista Normanda, mas inglês nenhum ainda a engoliu completamente. Muito menos Ridley Scott, que está achando a maior graça no fato de que seu filme vai passar, a convite, no Festival de Cannes. Lá na Riviera Francesa. http://veja.abril.com.br/120510/1000-anos-depois-p-156.shtml
  22. HAHAHAHAHA ! Gladiador do mato ! rsrsrsrs Podem ter certeza amigos, em comum com Gladiador, esse filme só tem o fato de ser dirigido pelo Ridley Scott e ser estrelado pelo Crowe com o mesmo corte de cabelo e a mesma barba. Quem viu as exibições de teste em Las Vegas já revelou que a história é mais complexa e beeem diferente e tem cenas muito mais grandiosas de ação.
  23. Fotos ótimas das filmagens http://www.flickr.com/photos/48671811@N07/ Robin Hood vai abrir o festival de Cannes.
  24. Novo trailer http://movies.yahoo.com/movie/1810077954/info
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