Jump to content
Forum Cinema em Cena

watchman

Members
  • Posts

    341
  • Joined

  • Last visited

Posts posted by watchman

  1. 16 

    eu  gostei do filme uma materia sobre a serie Lembra Desse? Agente 86

    A comédia de espionagem sessentista de Mel Brooks, Don Adams e Barbara Feldon

    0.jpgagente_86_season01.jpgagente_86_season01.jpg1.jpg
    2.jpg

    Um clássico da TV. Essa frase é perfeita para definir Agente 86 (Get Smart), a série dos anos 1960 importantíssima para redefinir o humor televisivo norte-americano e para influenciar uma geração de comediantes. Pode colocar aí Renato Aragão, só para citar um aqui pelos nossos lados.

    A idéia da criação da série foi do produtor Daniel Melnick. Partiu dele a sacada de fazer uma sátira aos filmes de James Bond, que vinham fazendo muito sucesso desde 1962. O principal problema de Melnick é que ele e sua empresa, a Talent Associates, não tinham nenhuma experiência em criar programas humorísticos. Para conseguir algo que funcionasse, o produtor precisava de ajuda. É nesse momento que entra na história Mel Brooks, um roterista que vivia pulando de seriado em seriado desde 1949 e sem ainda uma grande oportunidade de mostrar todo o seu talento. Acontece que Brooks, embora com grande capacidade para o humor, era um sujeito meio desregrado e que não conseguia se organizar muito para cumprir prazos. Daí, Dan Melnick decidiu convidar um outro amigo, o também roteirista Buck Henry. Estava montado o trio que levaria adiante o projeto.

    O passo inicial foi a criação do roteiro, que teria de ser bancado por algum canal de TV. O canal que fechou o acordo inicial foi a rede ABC. Mas os acontecimentos não foram lá muito felizes para o Agente 86, que acabou levando um golpe duro mesmo antes de nascer. É que o alto escalão da ABC rejeitou o roteiro por achá-lo sem graça e, pior do que tudo, anti-americano. É que a aventura inicial de Maxwell Smart tinha um vilão que queria fazer um ataque terrorista e destruir a Estátua da Liberdade. E isso durante a Guerra Fria, muito tempo antes de Bin Laden e sua turminha do barulho.

    O fato é que a rede de TV não quis mesmo bancar a criação do seriado. O dinheiro do roteiro foi devolvido na íntegra pela Talent Associates e os direitos retornaram para a empresa de Melnick. Ainda bem, porque assim ainda havia a possibilidade de encontrar uma outra emissora. Foi exatamente o que Melnick fez. Ele foi atrás da NBC, que já tinha finalizado a gravação de pilotos para a temporada de 1965. Mas após lerem o roteiro e graças aos contatos de Melnick, os executivos do canal decidiram abrir uma exceção e deram sinal positivo para as filmagens do que viria a ser o primeiro episódio de Agente 86.

    PROTAGONISTAS

    A NBC topou levar o seriado adiante, mas antes de dar o OK final, fez uma única exigência: que os produtores mudassem o ator principal. Inicialmente, Tom Poston estava escalado para interpretar o Maxwell Smart. Para o azar dele, a NBC tinha Don Adams sob contrato. Ele estava fazendo uma série no canal que acabou sendo cancelado e tinha um ano para escolher um novo seriado. Ele não estava muito a fim de trabalhar naquele exato momento, mas como ficou sabendo que o roteiro tinha o dedo de Mel Brooks, decidiu arriscar. Gostou. E, mais uma vez, para o grande azar de Tom Poston, a NBC pediu que Don Adams assumisse o posto principal.

    O roteiro de Agente 86 previa a presença de uma espiã que seria uma co-protagonista. Era a Agente 99, uma bela garota, esperta, inteligente e corajosa. O papel de 99 foi criado pelos produtores já com Barbara Feldon em mente. Ela era uma modelo e fazia comerciais de TV, o que lhe deu certa notoriedade junto ao público dos Estados Unidos. Segundo os criadores não havia outra candidata para viver 99 no seriado.

    Edward Platt era o outro ator que formaria o tripé central de Agente 86. O ator foi escolhido para dar vida ao Chefe, o sujeito que comandava as ações de Max e 99 e que encabeçava a agência Controle.

    A SÉRIE

    Agente 86 estreou nos Estados Unidos em 18 de setembro de 1965 com o episódio-piloto intitulado “Mr. Big”. A estréia já trazia boa parte dos elementos que tornariam o seriado conhecido: Vários bordões, uma certa tensão amorosa entre os protagonistas, o Controle, a Kaos e vilões engraçados.

    Max era o principal agente secreto da agência de espionagem do governo conhecida como Controle. O principal objetivo dessa organização era combater a Kaos, uma agência criminosa dedicada a acabar com o mundo em geral e também com os Estados Unidos, claro. Nos anos 60, com a Guerra Fria comendo solta, obviamente, estas organizações eram uma sátira à disputa real entre a CIA e a KGB.

    Todas as semanas, em geral, a Kaos surgia com algum plano sórdido que poderia ser explodir uma bomba em Washington ou simplesmente tirar a vida de Max. Não importa qual fosse a ameaça, quase que invariavelmente, era 86 quem estava na linha de frente do combate. Depois de um encontro na sala do Chefe, o agente secreto e 99 eram brifados sobre o que estava acontecendo e saiam a campo. Para ajudá-lo a se dar bem contra o adversário, Max tinha uma sacolada de acessórios e armas que deixavam claro que até 007 teria que se esforçar muito para vencê-lo. Criados pelos cientistas nos laboratórios do Controle, as bugigangas iam desde o famosíssimo sapato-fone, passando por um carro superequipado e chegando até a um revólver com cano triplo. Além disso, o espião era ainda dono de um apartamento incrivelmente bem equipado, com armas secretas espalhadas por todos os cantos.

    Em suas aventuras, 86 e 99 enfrentaram diversos vilões, da Kaos ou não. A maioria dos inimigos era mesmo da agência inimiga. Eles se revezavam nas batalhas e os roteiristas sempre tentavam criar um mais estranho que o outro, mais perigoso e cruel. Geralmente vestidos de pretos, os homens da Kaos seguiam ordens de seus superiores e não mediam esforços para cumprir seu dever. Claro que ao longo dos cinco anos do seriado, os vilões variaram entre muito bons, médios e ruins, mas o destaque principal vai, sem dúvida, para Siegfried (interpretado por Bernie Kopell). Ele era um nazista enérgico, bravinho e que tentava ser muito ruim. Ao seu lado estava o também nazista e igualmente atrapalhado Shtarker (vivido por King Moody). Ambos apareceram em vários episódios e conseguiram gerar alguns dos momentos mais divertidos de Agente 86.

    Uma outra característica muito forte da série eram os bordões que Max dizia. Havia uma boa variedade deles e alguns dos mais lembrados são: “Você acreditaria...?”, “Desculpe por isso, Chefe!”, “O velho truque...”, “E vou adorar” entre outros.

    AMOR NO AR

    Além de muita ação, Agente 86 também foi marcado pelo romance entre Max e 99 (caso você não saiba, o nome verdadeiro dela jamais foi revelado). Os dois parceiros de Controle sempre demonstraram uma quedinha pelo outro, isso desde o episódio-piloto. Ao longo das cinco temporadas, os dois flertavam adoidado, apesar de muitas vezes Max – esperto do jeito que era – nem perceber que estivesse rolando algo. Mas 99 realmente era caidinha pelo sujeito e tentativa, dentro das “limitações” de uma mulher dos anos 60, demonstrar o que sentia por ele. O casal esteve próximo de se beijar em várias oportunidades, mas algum motivo sempre os impedia de chegar lá.

    Os dois só foram mesmo dar um beijinho no primeiro episódio do quarto ano. Foi um artifício usado pelos produtores para voltar a despertar interesse pela série. Sabe como é, o quarto ano havia chegado, as melhores piadas haviam sido contadas e ninguém queria perder o emprego. Com o primeiro beijo, começou o namoro entre eles e logo passaram a pensar em casamento. O enlace rolou ainda no quarto ano, tudo direitinho e de papel passado, como mandava o manual do bom comportamento sessentista. Mas não pense você que o casório rolou na boa: enquanto se preparava, a dupla continuou enfrentando os criminosos da Kaos.

    O quinto ano foi marcado pela chegada dos filhos de Max e 99. Nasceram gêmeos, um menino e uma menina.

    BALANÇO GERAL

    Agente 86 foi um seriado importantíssimo para a TV justamente por trazer um tipo de humor que ninguém estava acostumado a ver na época. Foi um sucesso tanto nos EUA quanto em outros países, inclusive no Brasil, onde foi transmitido a partir de 1966 pela Rede Record. A Band também o exibiu e as reprises aconteceram até o início dos anos 80.

    A série foi muito inventiva e teve excelentes episódios. O primeiro e segundo ano foram sensacionais e tiveram momentos ótimos que levou muita diversão a seus telespectadores. O terceiro ano, na média, também foi bem, mas no quarto ano começou a dar sinais de fraqueza. Tanto é que os produtores, obrigados pela emissora, lançaram mão do recurso do romance entre os protagonistas. A alternância de qualidade custou caro aos produtores, o que levou a NBC a cancelar o seriado. Rapidamente, a Talent Associates fechou acordo com a CBS e conseguiu prolongar o programa por mais uma temporada. Mas não havia mesmo mais muito o que fazer. Agente 86 deu conta do recado e fez o que tinha de ser feito, colocando na TV um novo estilo de humor. Havia deixado sua marca e era mesmo hora de sair de cena.

    Mesmo com o fim da série, Maxwell Smart não saiu da mente de seus fãs. Por isso mesmo, o personagem ganhou ainda mais dois longas-metragens. Em 1980, o agente voltou à ação no filme A Bomba Que Desnuda. A produção é muito fraca, com uma história confusa e apenas com Don Adams do elenco original fazendo parte da história. Em 1988 foi lançado Agente 86, De Novo?, feito diretamente para a TV. Este sim, muito mais fiel à série e com vários atores da televisão participando. É um longa que consegue divertir.

    Em 1995 houve uma tentativa de ressuscitar a série de TV. Foi a Fox que colocou Don Adams e Barbara Feldon de volta em seus personagens. Agora Max era o chefe do Controle, 99 uma congressista e o filho deles – Zack Smart – era um agente a serviço de seu pai. Infelizmente a idéia não deu certo e apenas sete episódios foram produzidos.

    Soma dali, subtrai daqui e o resultado é que Maxwell Smart deixou um grande legado para a TV. Tão forte que fez com que retornasse em 2008 num filme simpático e muito bem feito. Provavelmente é um feito maior do que seus criadores poderiam prever. Don Adams, que nos deixou em 2005, deve estar contente01  BOM E MUITO PROVAVEL QUE TEREMOS UMA SENQUENCIA DO FILME  E OLHA QUE GOSTEI MUITO DO FILME E NUNCA VI A SERIE  FALARAM QUE FOI UMA BOA ADPTAÇAO

  2.  

    Disney mostra Tron 2 na Comic-Con - com direito a Jeff Bridges!

    Vídeo é uma nova versão da clássica corrida de motos virtuais

    25/07/2008

    A Disney surpreendeu os presentes da San Diego Comic-Con com uma apresentação-surpresa da continuação de Tron - Uma Odisséia Eletrônica. O vídeo mostra a nova versão da clássica cena das motos de luz correndo contra o muro virtual.

    No vídeo, um cara de roupa azul é seguida de perto pelo de amarelo. Ele tem uma barra na mão que, quando o sujeito se inclina para a frente, forma a moto ao seu redor. Até aí, tudo igualzinho ao original de 1982. A diferença é que os pilotos agora usam capacetes com máscaras que parecem holografias de rostos humanos. E a pista de corrida das motos é translúcida, com vários níveis, numa mistura orgânica e digital.

    Se você já viu o original, sabe que a perseguição termina com a destruição de uma das motos. O vídeo da Comic-Con mostra ao fim da corrida, então, uma figura humana que observa tudo de cima, meditativa, numa estrutura elevada ao lado da pista: um velho e barbudo Kevin Flynn, o herói do primeiro filme, interpretado novamente por Jeff Bridges.

    O vídeo termina com a inscrição "TR2N".

    Especula-se que o novo Tron será lançado em 2011 em 3-D digital. No original, um programador é lançado dentro do mundo virtual de um computador e forçado a lutar em um jogo que ele mesmo criou. Trata-se de um marco na história do cinema, pois foi o primeiro filme a usar computação gráfica em conjunto com atores reais. O fliperama do filme também foi um sucesso enorme, tendo gerado mais dinheiro que a própria produção cinematográfica nos EUA.

    Sean Bailey produz ao lado de Steven Lisberger, que co-escreveu e dirigiu o original. Eddie Kitsis e Adam Horowitz, roteiristas da equipe de Lost, cuidam do roteiro. Joseph Kosinski será o diretor.16TENHO VONTADE DE VER O ORIGINAL DIZEM QUE E BOM

  3. 09 vi sex and the city o filme e e bem enjoativo aquele bla bla de amor e preciso encrotar um grande amor eu so louca por sexo quero uma bolsa nova bringuinhas de casal noivo que brocha na hora de cansar mais ja vi piores mas não achei uma bomba nota 6/10 ele não merecia fazer tanto sucesso  resultado vem mais por ai12
  4. 13 seis vezes pretender ver mais vezes? o coringa dublado ficou triste de se ouvi e eles ate mudaram a frase que ele fala pro batman na versão lengendada  no interrogatorio (voce me completa )na versão dublada não lembro o que ele falava 09 ainda bem que depois de ter visto a versão dublada eu vi tres vezes lengendada para esquecer a pessima dublagem que o filme recebeu não tive outra escolha tambem no dia todos os ingressos tinham se esgotado teve que ser dublada mesmo.
  5.  11 quando uma pessoa ocupa duas cadeiras so pra ela como aconteceu hoje comigo eu ainda pedir o cara  para desocupar uma cadeira para eu sentar e ele ainda chigo cada nome feio que raiva que me deu a ainda chigou porque estava comendo salgadinho vendo o filme tive que para de comer para ele para de reclamar.FALEM O QUE IRRITA VOCE QUANDO VAI AO CINEMA watchman2008-07-28 02:34:04

  6. bullet Enviada Hoje as 20:11

    51159630.jpg

    Arquivo X: Eu Quero Acreditar (Chris Carter)

    Não conheço a série e tampouco assisti ao primeiro filme. A impressão que fica é de que acontece muita coisa e, ao mesmo tempo, não acontece nada. Não possui um objetivo aparente, a não ser a arrecadação de capital. Ah.. Que mal me pergunte, mas qual é a relação de extraterrestres com o plot deste filme? 17

     
    09eu tambem nunca vi nada vi o filme hoje e achei razoavel e que queda tosca da personagem da amanda peet não dava pra  fazer aquela cena melhor não e o filme não prende atençao não gostei nada de usarem cachorros como caboias de experiencia so o  terceiro ato que se salvar 6,5/10
  7. disney-movies.jpg

    Que a Disney é uma das maiores (senão a maior) fábricas de desenhos animados e filmes de animação do mundo, todo mundo, com certeza, sabe. Que a Disney embolsa milhões de dólares e ganha vários prêmios, todos sabem também. Que a Pixar se tornou o nome supremo da animação digital, não é novidade pra ninguém. O império Disney já é mais conhecido no mundo inteiro quanto o presidente dos Estados Unidos, e talvez até mais do que ele. O estúdio embala os sonhos de crianças e adolescentes desde sua consolidação, atravessando gerações e gerações, deixando legados inteiros de fantasia e sonho.

    Quantas crianças no planeta cresceram com personagens Disney embalando a sua infância? Lembro-me da primeira vez que vi um desenho no cinema, e foi “O Rei Leão“, clássico até hoje. Lembro-me também dos milhões de adesivos e brinquedos que foram lançados aproveitando a fama de Simba e cia. e fazendo a alegria da criançada. E assim, quantos filmes vieram antes e quantos vieram depois, “A Dama e o Vagabundo”, “Mogli”, “Hércules”, “Tarzan”, “Mulan”. Todos com certeza possuem uma história Disney pra contar.

    As meninas são as mais privilegiadas, talvez por serem mais sonhadoras e românticas que os meninos. Walt Disney com certeza sabia que estava quebrando paradigmas quando fez “Branca de Neve e os Sete Anões“, o primeiro longa-metragem de animação. O que ele não sabia é que o mito da princesa dos contos de fadas iria ser tão forte dali pra frente, criando um clã de princesas e príncipes que marcariam meninas do mundo todo. “Cinderela”, “A Bela Adormecida”,” A Bela e a Fera” e mais uma infinidade de princesas, de castelos a cabanas, do Oriente ao fundo do mar, do Novo Mundo ao Japão. Todas as meninas querem ser princesas.

    Brinquedos, cadernos, adesivos, produtos que não acabam mais. A Disneylândia virou o desejo absoluto de muitas crianças - e adultos também. Um canal de televisão que passa desenhos o dia inteiro e o Mickey Mouse como símbolo da fantasia. A Disney teve que se preocupar, ao longo do tempo, em agradar uma geração que cresceu atrelada a um aparelho curioso que atrai a atenção da molecada: a televisão. Entra em ação o Disney Channel, que teve de se adaptar e acompanhar a modernidade do mundo e a era da informática. Uma geração que cresce vendo Hannah Montana e agora assiste aos filmes feitos especialmente pra eles, com muita música, dança e rock’n roll. Casos dos musicais “Jump in” e “The Cheetah Girls“, o recente “Camp Rock” e o sucesso absoluto “High School Musical“.

    Competir com a informática e os videogames não é fácil. E ainda lidar com a desigualdade social existente no mundo inteiro, com crianças que nem sabem o que é o cinema, também é tarefa difícil. Além da concorrência entre estúdios, que estão vendo o filão que a animação pode ser. Há quem diga que os desenhos estão ficando mais adultos. Mas assistir a um desenho com uma criança do lado faz você se sentir criança de novo. Na verdade mesmo, se for perguntar muito marmanjo ainda conhece de cor as canções do “Rei Leão” e muitas meninas cantam o tema de “A Bela e a Fera” e “A Pequena Sereia”, assim como a geração de agora que canta “High School Musical“. Os tempos mudaram, a magia Disney ainda não.

    wd_movies.jpg

  8. hqs_justice.jpg

    Depois que Hollywood descobriu a mina de ouro com as adaptações de Histórias em Quadrinhos, a cada ano é lançada uma produção do gênero. Talvez o que alguns desconheçam é que os quadrinhos e o cinema sempre andaram de mãos dadas. Muitos diretores de cinema sofreram influência das HQ’s. Pela sua narrativa, os ângulos, cores. Como se fosse um longa-metragem visto em storyboard. Um exemplo dessa simbiose entre a sétima e nona arte está entre Will Eisner e Orson Welles.

    O diretor de “Cidadão Kane” teve como inspiração para o seu trabalho as histórias do Spirit, do mestre Will Eisner. Com bastante atenção, pode-se perceber como o cineasta utiliza de um jogo de luz e sombra, de ângulos e de uma narrativa que lembra as aventuras do personagem célebre do quadrinhista.

    E a influência é mútua. Frank Miller, nas histórias de “Sin City“, enxertou algumas idéias de filmes. Por exemplo, a narrativa em primeira pessoa de seus personagens foi tirada do cult “Blade Runner – O Caçador de Andróides

  9. O estúdio Vanguard tem tentado a todo custo trazer animações usando o nome dos criadores da franquia de sucesso "Shrek", porém não conseguiu com suas duas primeiras animações. Agora com "Space Chimps - Micos no Espaço", a produção não alcança nem o divertimento infantil, sendo também esteticamente desagradável.

    1201-2008-07-26-19:04:10.jpg

    "Valiant - Um Herói Que Vale a Pena" e o deprimente "Deu a Louca na Cinderela" foram os dois primeiros projetos em animação do estúdio inglês. Além de fracasso em crítica, a arrecadação foi baixíssima. "Space Chimps" foi apresentado com uma proposta que parecia se diferenciar dos anteriores e talvez trouxesse esperança para os animadores do estúdio. Entretanto, o longa estreou nos Estados Unidos ao lado de "Batman - O Cavaleiro das Trevas", o que seria uma grande falta de inteligência por parte dos produtores. Aqui no Brasil, o longa dos macaquinhos sofre com a exigência cada vez maior de um público que, durante as férias, aprendeu a admirar o genial "Wall-E" e o mediano "Kung Fu Panda". Para completar a onda de azar (ou não), "Space Chimps" não se mostra nem um pouco interessante para o público infantil, muito menos para os adultos acompanhantes.

    Na história, Ham é descendente de um grande macaco que conquistou admiração mundial após suas aventuras espaciais. Hoje, Ham mora com o quase-pai Houston e trabalha como macaco de circo, fazendo estripulias e sempre se atrapalhando com elas. Após uma introdução nem um pouco interessante, conhecemos também Luna e Titan, dois macacos da NASA que vivem em constante treinamento para servirem de cobaia em alguma missão. Os três chimpanzés se cruzam quando uma sonda espacial acaba caindo em um planeta desconhecido. Logo a NASA trata de verificar o que ocorreu com a nave, porém é arriscado mandar humanos para um local não explorado. É quando Ham é chamado para se juntar a Luna e Titan e viajar ao planeta. Ao chegar lá, o trio encontra seres estranhos que vivem sob a administração de um valentão. Claro, eles devem ajudar a volta a paz no local.

    A trama não empolga nem criancinhas que assistem de tudo sem reclamar. É tudo muito desinteressante desde o início e a previsibilidade comum a diversas animações está presente aqui em excesso. Como já era de esperar também, "Space Chimps" também usa de referências cinematográficas, principalmente no que diz respeito a uma trilha sonora fajuta que lembra aventuras especiais como "2001: Uma Odisséia no Espaço" e "Star Wars", porém não chega a ter impacto. O diretor Kirk De Micco também chega a criar planos redundantes mostrando os tripulantes da nave, com direito a plano aberto em câmera lenta para glorificar os heróis, bem ao estilo de filmes como "Armageddon". Aqui, qualquer referência é vista como mal gosto, já que foram usadas apenas na tentativa de empolgar de alguma forma.

    O roteiro de Robert Moreland em parceria com o diretor da película também deixa a desejar. Os diálogos são pouco construtivos e as piadas, quando identificadas assim, não causam a mínima reação. Apelam até para o nome do David Bowie para fazer os adultos se divertirem, sem conseguir. Aliás, o que talvez possa ser piada por duas ou três vezes acabam se revelando insinuações ridículas. Uma delas, um monstrinho do planeta fala que tamanho (de algo) não é documento, já que o importante é o que você faz com o algo; além de uma apelação desnecessária sobre homossexuais, quando Ham fala que está apaixonado e dá ênfase: "e não é pelo Titan, se é que você pensou outra coisa!".

    Em termos técnicos, o estúdio cria personagens borrachudos, que muitas vezes perdem expressividade. Até a carismática Kilowatt, que se enquadra na lista dos personagens secundários que agradam mais que os protagonistas, fica inexpressiva em alguns momentos, mesmo sendo a melhor desenvolvida tecnicamente. Os macacos com características humanas acabam ganhando uma roupagem desagradável, bem como os humanos que muitas vezes tentam fazer graça ao agir como animais nerds. E o que falar so extraterrestres do planeta desconhecido? Mal feitos e sem apelo estético, principalmente para o vilão Zertog, que chega até a perder a mobilidade quando ele não é o centro da cena.

    Sem ao menos chegar perto da qualidade das animações lançadas nas férias escolares, "Space Chimps" é mais um fracasso que o estúdio Vanguard junta no currículo. Contando uma história pouco criativa e nada envolvente, a única vantagem é que o filme é curto, apesar de nem sempre aparentar isso. Perdendo em técnica e em diversão, "Space Chimps" é daqueles que esquecemos rapidamente e não acrescenta em nada nosso dia. Passe longe!
    12 nota 3/10
×
×
  • Create New...