Ana Saunders

Prezado Pablo, Espetacular a crítica, para não dizer perfeita. Inicialmente, saí do cinema extremamente tocada e achando que o filme tinha tudo para ser excelente, exceto pelo principal fato - que foi muito bem escrito por vc e que acabou com qq sentimento positivo em torno do filme - a cena ridícula da tentativa de fuga (irreal) da personagem de Ellen Paige. Nesse momento, o filme não fez sentido nenhum: não foi um documentário que nos levou a conhecer a verdadeira história de Gertrude Baniszewski e não foi uma ficção baseada em uma história chocante ocorrida nos EUA. Essa brincadeira patética feita pelo Diretor Tommy O´Haver demosntra um total desrespeito com o telespectador. Por isso, um filme que poderia ter sido um bom retrato da violência sofrida por Sylvia Likens acabou se tornando um dispensável filme americano. No entanto, discordo qt à necessidade de resposta aos atos de Gertrude. O filme não teria que responder pq, na verdade, não há resposta. Muitas vezes, as pessoas fazem as coisas, mesmo sendo aterrorizantes, simplesmente por fazer. Não há uma resposta concreta, não há uma desculpa. Apenas há a vergonha pelo que foi feito.