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Forum Cinema em Cena

Jess Franco

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Everything posted by Jess Franco

  1. Eu não gosto. Mas também não vi ainda. Domingo saberei. Eu me remexo muito, eu me remexo muito... Uhuhuuuu Esse filme tem otimas msg subliminares..hehe
  2. CORPO FECHADO, é O filme dele. e Eu tbm gosto de ESFERA..!!! bem bacana..rs
  3. Se você é fã' date=' penso que tenha os filmes em DVD... Se tem os DVDs penso que já viu os extras. Veja-os e aí a gente conversa. [/quote'] Eu sei muito bem, acompanhei todo o processo do projeto. Alem de ver o material dos dvds. Agora eu quero saber se VOCE sabe?
  4. Só pra consta, abri a alguns dias atras um topico sobre o cinema "EXPLOITATION" ao que Tarantino e Rodriguez se referem e homenageiam em seus longas do projeto Grindhouse. é melhor desecanar do filme, logo mais ele aparece no cinema. Mas é importante ver no cinema assim como eu vi, pela proposta do diretor. Jess Franco2008-09-11 21:53:50
  5. Baseado no que o peter jackson dirigiu a concepcao artistica do filme? Jess Franco2008-09-11 21:33:34
  6. Ae! parabens, pela primeira voce esta correto em tudo que voce disse, até me poupo de digitar umas coisas. Se tratando de uma adaptacao de um livro os fas ficam geralmente interessados na historia dele e por isso muito deles procuram os livros para lerem posteriormente. De fato a Literatura é diferente do Cinema, porem fa é fa e o que motiva ele é paixao, o sentimento que a imagem lhe traz ou a leitura. Impressionante é sim voce abrir um topico para falar sobre o "genero" to tão aclamado filme do ano passado e ninguem se interessar e participar. Mas não o filme F*************..tsc tsc... E por sinal avisa la pro povo que GRINDHOUSE se escreve junto. A minha foto e o filme do ano passado nao tem nada a ver com a discussao...povo louco esse. .......hahahahaha Jess Franco2008-09-11 21:45:12
  7. Assim como seria dificil logico comparar Tolkien com Lucas, nao tem como nao o fazer. Ate pq quem criou SW Lucas e Tolkien crio SDA. Peter Jackson só dirigiu os filmes. Assim como Lucas nao dirigiu todos os filmes mas provavelmente roterizou todos neh? Entao pensando assim criadores existe sim a possibilidade de comparações, o diferente seria realmente a midia, um uso direto o cinema o outro a literatura. Olha realmente voce só fala por voce. Nao acho que fas de filmes e de livros são diferente. fã é fã. 90 % dos meus amigos que leram o Livro gostam do filme, e olha que nao são poucos não. Agora pelos fas que eu conheco de SW todos gostam de tudo que ja saiu sobre o assunto, anime, hq etc. mas isso varia logico. Assim como a obra melhor dessas adaptacoes sao os filme pq sao os originais pode realmente exister pouco amor pelas outras coisas. A mesma coisa com o Livro de senhor dos aneis. Jess Franco2008-09-11 19:24:50
  8. As vezes as pessoas nao sabem ler o que vc escreve ou entedem de forma errada.
  9. O Roteiro serve como uma escaleta, um guia para o DIRETOR e PRODUCAO usarem e seguirem SE quiser para terem a nossao do que se fazer o que sera rodado. Sendo que muitas coisas sao modificas nas filmagens e em todo momento pode se modificar se assim o diretor quiser. Lembre-se o caso de Acossado por exemplo um dos filmes mais importantes da historia do cinema, muitas vezes Godad chegava no set sem roteiro sem nada, sem saber o que fazer e fazia e para mim e muito criou um OP. Diretor é de Fato o mais importante.
  10. Praticamente pelos mesmo motivo que eu disse no outro topico: A primeira coisa é que depende basicamente do dia. E das referencias do meu momento, do que eu to lendo, do que eu to pesquisando conhecer, e principalmente do diretor. A algum tempo parei de me preocupar so com o ator. Mesmo ainda valendo o filme as vezes, se formos falar em Genero gosto muito pouco das comedias, porem o pessoal q tem roteirizado,produzido e dirigido SuperBad e Ligeiramente Gravidos, eu tenho gostado mto pq sao filmes inteligentes e engraçados, fazia tempo q nao viamos isso. comedia romantica e romance varia mto do conteudo. Tem uma coisa que influencia muito que é o bolso. É osso pagar caro pelo besteirol ou uma coisa desprezivel o importante e nao se arrepender do filme.
  11. Legal pra gente que vai ver mais filmes dele conhecer: FILMOGRAFIA COMENTADA ALAIN RESNAIS Por Sérgio Alpendre ALGUNS CURTAS Resnais realizou uma série de curtas de encomenda sobre pintores. Assim, os coloridos de Van Gogh e Gauguin, por exemplo, se metamorfoseavam num p&b sombrio. Guernica (1950) é, de longe, o mais impressionante. Co-dirigido por Robert Hessens, parte de várias telas de Picasso, além de usar gravuras e esculturas do artista espanhol. A tela Guernica serviu de base para o argumento, e dela só vemos alguns detalhes e esboços, enquanto outros trabalhos, mais ou menos em ordem cronológica (de 1902 a 1949), comentam e sofrem os horrores da guerra. Com Chris Marker realizou o formidável Les Statues Meurent Aussi (1953), um pequeno ensaio sobre a arte africana e o racismo. Em seguida, realizaria o filme mais célebre dessa fase inicial, Noite e Neblina (1955), que contrapõe imagens tomadas para o filme, com o campo desativado e as ruínas das construções, a imagens de arquivo, mostrando que onde vemos bucolismo, calma e mato crescendo, houve o genócídio, com a narração impactante perpassando todo o filme. É o filme mais triste e político a que já assisti, e um dos filmes chave da Nouvelle vague que iria se cristalizar poucos anos depois. No ano seguinte, nova obra-prima, Toute la Mémoire du Monde, um documentário sobre a Biblioteca Nacional de Paris, em que fica clara a obsessão do cineasta pela capacidade da memória humana, e pelas tentativas de registro dessa memória. Aos poucos, vamos passando de pilhas de livros amontoados para uma construção absurdamente labiríntica, a da biblioteca, e somos convidados a acompanhar os estágios de trabalho dentro dela, e a maneira que os livros chegam aos leitores. O último curta de Resnais antes da elogiada estréia com Hiroshima Mon Amour foi Le Chant du Styrène, em cinemascope, sobre uma das matérias primas das coisas feitas com plástico. Já como cineasta consagrado, realizou com vários diretores o longa Loin du Vietnam, além de um episódio de Cinetrácts, uma série de documentários de esquerda super curtos, cada um dirigido por um diretor francês. Em 1973 ainda contribuiria com a estréia de Jacques Doillon, L'An 01, dirigindo o segmento passado em Nova York, o mais engraçado do longa – que teria também um pequeno segmento dirigido por Jean Rouch, passado na África. LONGAS Hiroshima Mon Amour (1959) Memória e Guerra. Sob esses dois pilares se constrói o longa de estréia de Resnais, roteirizado por Marguerite Düras. Hiroshima é melhor quanto mais se aproxima de um impressionismo da imagem – a granulação nas peles dos amantes, os flashbacks tratados como instâncias nebulosas. O Ano Passado em Marienbad (L'Année Dernière à Marienbad, 1960) Movimento. Imagens fugidias. Travellings dominando. A memória que trai, que insiste em se desmanchar. As obsessões de Resnais nunca foram tão longe quanto neste filme. Nem ele nem ninguém se aprofundou nas experiências com fluxos de memória realizados em Marienbad. Muriel, ou Le Temps d'um Retour (1963) Muriel não é sedutor à primeira vista, como Marienbad. Talvez porque os cortes afobados se pareçam com erros. Na verdade, Resnais pretendeu excluir tudo que não é essencial a cada cena ou bloco de cenas, e assim perde-se alguns planos que serviriam de conexões, bem como as introduções das cenas. Tudo é direto, atirado aos nossos sentidos; a montagem parece nos puxar incessantemente para uma aceleração que não é tão clara na narrativa. Um filme esquisito e difícil de se escrever em tão pouco espaço, e também fundamental. A Guerra Acabou (La Guerre est Finie, 1966) A experimentação com o tempo encontra aqui um excelente ator, que alia profundidade dramatúrgica à falta de linearidade tão peculiar dos filmes dessa fase do diretor. Je T'Aime, Je T'Aime (1968) Filme de máquina do tempo. E a máquina se assemelha a um gigantesco cérebro. Um retrocesso em relação a Marienbad, pois os experimentos de Resnais são inseridos dentro de um contexto óbvio, usando como cobaia um homem com a mente perturbada, um verdadeiro rato de laboratório. Ainda assim, o filme é suficientemente forte em sua estrutura fragmentada e não linear. Stavisky (1974) Roteirizado por Jorge Semprún, o mesmo de A Guerra Acabou, desta vez há uma linearidade bem definida por trás das constantes idas e vindas no tempo, com passado e futuro se fundindo ao presente narrativo harmoniosamente. Providence (1977) Filme desconcertante em todos os sentidos. É o mais próximo de Marco Ferreri que Resnais poderia chegar, com um tipo de humor que voltaria a ser explorado em Quero ir Para Casa e No Smoking, até os vinte minutos finais, quando fica mais próximo de Ingmar Bergman. Um escritor às voltas com seus personagens inspirados nas pessoas que o rodeiam. É seu primeiro filme rodado em inglês. Meu Tio da América (Mon Oncle d'Amérique, 1980) Muitos chiaram, com certa razão, da categorização dos personagens de acordo com as teorias behaviouristas de Henri Laborit, que vira e mexe aparece no filme. São ratinhos de laboratório, mas Resnais se inclui entre eles. Tolice não reconhecer que a linguagem cinematográfica utilizada aqui é irretocável. A Vida é um Romance (La Vie est un Roman, 1983) Três histórias correndo em paralelo no mesmo lugar, mas em épocas diferentes. Entre as três, uma é de conto de fadas, que prega o amor e termina por instaurar o tempo das cirandas amorosas no filme, e, por consequência, no cinema de Resnais. Um musical delicioso, que daria novos ares à carreira do diretor. É o primeiro trabalho do diretor com Sabine Azéma, que se tornaria constante nos filmes seguintes. L'Amour à Mort (1984) O negativo de A Vida é um Romance. Um dos filmes mais densos do diretor, e o primeiro em scope desde Marienbad. Confesso que tenho problemas com sua estrutura que se divide em minúsculos atos (alguns com menos de um minuto) separados por flocos de neve caindo à noite. O efeito é incômodo, pois atenua o drama. Mas mesmo com os interlúdios jogando contra, a meia hora final é de antologia. Mélo (1986) Sabine Azéma, Pierre Arditi, André Dussollier. A trupe Resnais reunida para uma ciranda amorosa apaixonante. Um dos melhores filmes dos anos 80, e o primeiro filme legitimamente de câmara do cineasta. Espaço delimitado, diálogos literários, cortinas vermelhas dividindo os atos, mas também cortes e elipses puramente cinematográficos, como bem notou Miguel Tamen, num texto para a Cinemateca Portuguesa. Quero Ir Para Casa (I Want To Go Home, 1989) Resnais e sua agradável e inteligente homenagem aos quadrinhos, num filme de humor inusitado como em Providence. Na época poucos entenderam esse tipo de humor. É o filme dele que foi mais massacrado pela crítica. Smoking / No Smoking (1993) / Acender um cigarro ou não? Abrir uma porta ou não? Parar para conversar ou não? Resnais divagando sobre as possibilidades do acaso, e as consequências de nossos pequenos atos. Smoking é um tanto sóbrio demais para o que o tema pretende. No Smoking, com o humor típico do diretor, é muito mais feliz em não se levar a sério. Amores Parisienses (On Connait La Chanson, 1997) Se da boca de um general nazista pode sair a voz de Edith Piaf num de seus momentos de glória, então tudo é permitido na fábula musical de Resnais. A proposta contorna o que poderia ter de ridículo dentro de um rigor do patético, uma ordem maior que é a de viver e sorrir, que contagia tudo e a todos. Uma delícia de filme. Pas Sur la Bouche (2003) Já ouvi que esse filme é teatro filmado. Basta um corte: quando Azéma está na cozinha e ouve o nome Eric Thomson, ela passa mal, mas cai em sua cama. A elipse puramente cinematográfica – como as de Mélo – servem para afastar qualquer acusação imprópria. Se em A Vida é um Romance lembramos constantemente de Demy, em Pas Sur la Bouche é Lubitsch que vem à mente. Mesmo a ausência de André Dussollier, habitué nos filmes do diretor, não impede a constatação de que o filme é puro Resnais. Medos Privados em Lugares Públicos (Coeurs, 2006) Histórias que se cruzam, mas que não são diminuídas, nem têm seus personagens transformados em joguetes de roteiro, graças a Resnais, que chega ao crepúsculo de sua vida nos dando ainda do melhor cinema que se pode fazer. Eric Gautier já havia trabalhado como assistente de câmera para Resnais nos anos 80, mas é a primeira vez que faz direção de fotografica para um filme do diretor. Seu trabalho no filme é irrepreensível. Também devo destacar os flocos de neve, que, como em L'Amour à Mort, existem entre uma cena e outra. Mas aqui não há a interrupção, e sim a intenção bem sucedida de tornar os cortes mais suaves, quase invisíveis.
  12. Muitos dos que voces mencionaram eu gosto, principalmente alguns atuais. O Pagamento final apesar de ser uma obra totalmente Policial tem uma historia com pitadelas romanticas. Frankie e Johnny da decada de 90 com Al Pacino e Michelle Pfeiffer. Lembre de Johnny e June a historia belissima do Johnny Cash. Jess Franco2008-09-11 19:03:19
  13. Nossa pq tanta braveza? E melhor nao comecarem a agredir, continuem sendo educados por favor. Pelo que eu sei ele ADAPTOU do Shakespeare, né?..hehe Jess Franco2008-09-10 23:56:07
  14. Wes Wes Anderson! Esse cara é demais. Assisti Tenenbaums logo quando lançou e nao gostei, nao sei pq o humor dele o estilo nao me consquistou, mas todos diziam ser bom. Ai veio o A Vida marinha de Steve Zissou e ai sim, eu entendi a mente desse cara e simples o abraçei e hoje adoro os trabalhos dele, acho muito interessante o estilo, estetica e visao. 10/10 Tempos depois tentei ver Tenenbaums di novo e nao consegui. ;( Assisti viagem a darjeeling um pouco mais dramatico que o os outros trabalho, parece seguir o mesmo estilo de tenenbaums, mas gostei muito tbm. Mas prefiro ate o curta que vem antes dele e que completa sua historia. filme nota 9/10 Hotel Chevalier: Poetico, lindo , romantico e perfeito. 10/10
  15. Provavelmente nao, e a comparação nao é essa. referencias podem ser usadas, devem, porem depende de como vc a usa e quanto vc rouba das outras referencia.
  16. Geralmente Sim. Superam Hendrix? Superam Beatles? (mesmo eu nao achando os melhores) Superam Kubrick?
  17. Cansei de tentar explicar, o maximo que posso fazer é se a discussao é sobre SW e SDA, acho que Senhor dos Aneis como influencia para Star Wars nao tem pq discutir se e melhor ou nao. Tudo bem, voce q analisar ela pelos valores que ela sao?
  18. O S. Alpendre da Paisa escreve super legal sobre A Espia vejam: A Espiã BLACK BOOK. (Holanda, Alemanha, Bélgica, 2006). De Paul Verhoeven. Com Clarice Van Houten, Sebastian Koch. Europa. Projeção: 2.35:1. 145min. Verhoeven nunca foi muito querido em sua terra natal. Sua insistência em retratar a sordidez humana e sua falta de cerimônia na hora de abordar o sexo e o poder que resulta dele, não fazem com que ele seja visto como uma pessoa confiável para tocar um filme que envolva dinheiro. Por isso, Verhoeven se mandou para os EUA, onde fez seus melhores filmes, Robocop e Tropas Estelares, e também foi tido como persona non grata. Em entrevistas ele costuma reclamar que nos últimos anos ele só podia fazer filmes de ficção-científica. Depois do fracasso de O Homem Sem Sombra (2000), filme bem irregular, mas que tem alguns fãs respeitáveis, ele foi meio que jogado para escanteio. Seis anos depois, Verhoeven volta a filmar na Holanda com A Espiã, a história de Rachel Stein, uma judia que, depois de ter visto sua família sendo assassinada por nazistas no meio de uma fuga para a Bélgica, país não invadido, resolve trabalhar para a resistência. Uma tardia tentativa de conter a dominação nazista, que tomava para si riquezas e orgulhos da pátria invadida. Na Holanda, Verhoeven comenta, uma parcela pequena dos judeus sobreviveram ao Holocausto, e isso se deve ao alto índice de colaboracionismo do povo holandês, considerado "povo germânico" pelos alemães, ressaltando as mesmas origens dos dois países. A resistência já havia sido tema de um outro filme holandês do diretor, Soldado de Laranja (1977), filme mais comportado e bem humorado, com o futuro astro Rutger Hauer e um inspirado Jeroen Krabbé, e com muito pouco da melancolia torturante de A Espiã. Foi durante a pré-produção de Soldado de Laranja que surgiu a idéia do novo filme, mas ela ficou congelada até meados dos anos 80, quando o roteiro e as pesquisas tiveram início. Talvez a pesquisa não fique tão evidente porque Verhoeven realiza aqui o seu filme que mais se aproxima de um classissismo. Existe, acima de tudo, uma preocupação com a narrativa que é muito maior que em qualquer outro filme seu - exceção feita a Instinto Selvagem. Tudo parece estar a serviço do bom entendimento da história, de seu desenrolar e da construção dos personagens. Há um senso muito grande de contenção, mas também de uma justeza absoluta no tom. Justeza no tom é justamente algo que falta à maioria de seus filmes, e muitos se beneficiam desse desequilíbrio. Em O Quarto Homem, o melhor da primeira fase holandesa, Jeroen Krabbé vive o personagem que está submerso na lógica de um pesadelo, e desse pesadelo podemos ter consecutivamente: o mais exagerado dos tons, assim como o mais morno. Em Tropas Estelares, talvez o seu filme mais bem-sucedido nessa operação de desequilíbrio constante, há uma alternância tão grande nas entonações dos atores, que em alguns momentos nos perguntamos se foi operado um crossover entre o filme original e mais uma versão de Invasores de Corpos, mas essa operação é o que faz o filme funcionar perfeitamente na chave política a que ele insistentemente se afilia. Se pensarmos em Casper van Dien como um herói tradicional, ou em Denise Richards como o contraponto feminino clássico, o filme nos escapa, logo, é necessária uma calibragem em nosso tom como espectadores, para que nos adaptemos à sua estranheza. Showgirls é outro exemplo, mas aí seria necessária uma operação tão ousada como a que ele aplicou depois, em Tropas Estelares, mas, por receio de que a vulgaridade excessiva do filme fosse prejudicar sua carreira comercial - como de fato acabou prejudicando -, houve o recuo. Verhoeven ficou no meio do caminho, realizando apenas um bom filme, no lugar do divisor de águas que poderia ter sido. A Espiã mostra um outro diretor. Não temos um Verhoeven tão diferente, mas um Verhoeven maduro, ciente do potencial de seu filme. Com seu classissismo, não demorou para que eu lembrasse de Lili Marlene (1981), uma das obras essenciais de Fassbinder. E talvez a chave de tudo esteja em Douglas Sirk, alemão que foi aos EUA e realizou um dos mais tocantes melodramas de guerra já feitos: Amar e Morrer (1958). Tanto o filme de Fassbinder, como o de Verhoeven, parecem devedores da justeza tonal de Sirk. Não é uma herança facilmente sentida, justamente porque o tom é aquele elemento escondido entre as engrenagens da dramaturgia, encrustado sob muitas camadas mais sensíveis ao espectador. No entanto - e há sempre um "no entanto" em se tratando de Verhoeven -, os traços de sua autoria estão presentes o tempo todo, seja na interpretação irresistivelmente carnal de Carice van Houten como a espiã do título brasileiro, em cenas de sexo e nudez que feriam os censores de mercado americanos espumar de desespero, e a crueldade com que pinta os holandeses, em sua maioria tão próximos de abraçar um herói de araque quanto de torturar desumanamente uma suposta colaboracionista - como a maior parte deles foi, durante a guerra. O diretor ainda tem a coragem de dar as melhores características a um alto oficial nazista, responsável pela SS na Holanda. Esse oficial, interpretado pelo ótimo ator Sebastian Koch, pode muito bem ser considerado o nazista mais cativante da história do cinema, o que se deve muito ao carisma do ator. A crítica é sempre um ponto forte no cinema de Verhoeven, e não seria diferente ao lidar com um orçamento de 16 milhões de Euros. Traçando um paralelo com o filme-irmão Soldado de Laranja, em A Espiã é notável como o diretor consegue ao mesmo tempo ser mais sucinto, sem firulas ou tempo para o humor - que faziam a graça no outro filme, mas não caberiam aqui, e também imprimir uma melancolia extrema, uma sensação de perda da razão muito forte. Verhoeven consegue nos inserir num clima de guerra permanente, em que nem a libertação pode ser comemorada - como Rachel prevê, na segunda parte do filme, sem dúvida a mais dolorosa. O final mesmo se insere numa desesperança incrível, como se não houvesse saída para a personagem, seu destino era o sofrimento, contra o qual ela deveria lutar durante toda a sua vida. Voltamos ao kibutz do início, quando ela encontra uma antiga colega de romances com nazistas, que agora é bem casada. Mas estamos em 1957, e o processo de consolidação do Estado de Israel reservava ainda muito mais sangue. O que fica nas entrelinhas é o que a personagem passou para chegar até ali. O que ela teve que fazer para sobreviver entre o 1945 da libertação européia e o 1957 de sua vida casada e com filhos, no kibutz israelense. Como esquecer o amor entre ela e o oficial nazista, que se tornou tão forte a ponto de fazer com que a oprimida relevasse as raízes do opressor, e vice-versa, fazendo com que ambos sofram com o final da guerra. Sabemos que sua condição de judia foi exacerbada, alçada por ela mesma a uma questão vital: uma vida dedicada às suas origens, a educar crianças que fariam prosperar o futuro lar de seus iguais. Seu rosto, no entanto, guarda tanto sofrimento, tanta resignação, que é difícil não nos condoermos de sua frustração, não nos identificarmos com a sua projeção de uma vida que poderia ter sido, mas foi cruelmente abortada por estilhaços de uma guerra já terminada. Além de ser um belíssimo e impactante thriller de espionagem da II Guerra Mundial, A Espiã se revela, até com mais força, um triste e pessimista retrato de uma desilusão. Sérgio Alpendre
  19. Comecei a reparar esse ano no Paul, nao sabia q ele era tao bom quando eu imaginava. na verdade era tipo Paul quem?..rs Ai fui descobrir que ele tem o melhor filme Arnold e outros filmes bem particulares foda. Assisti recentemente A Espia e achei demais 9/10 tava pensando nele esses dias como ele é mal amado, poucas pessoas dao o valor para ele. O Vingador do Futuro, tbm muito legal dele. O Homem sem sombra, fraco mais se tratando dele tem que ser reanalizado. Instinto Selvagem, agora sim eu entendo pq o filme é bom. Robocop, e total cool !! Comecei a ver A Conquista sangrenta e acabei nao terminando, estava muito interessante logo mais verei e comentarei aqui com vcs.
  20. The WHO até o osso!! Jess Franco2008-09-10 20:16:50
  21. Sou de Sampa tbm, zona sul. po tava na cara q nao ia rolar o encontro...vacilaram.
  22. As Cronicas de Artur : Rei do Inverno Que livro bom!!!! nao consigo parar de ler e ainda tem no minimo mais mil paginas de historia..rs
  23. A primeira coisa é que depende basicamente do dia. E das referencias do meu momento, do que eu to lendo, do que eu to pesquisando conhecer, e principalmente do diretor. A algum tempo parei de me preocupar so com o ator. Mesmo ainda valendo o filme as vezes, se formos falar em Genero gosto muito pouco das comedias, porem o pessoal q tem roteirizado,produzido e dirigido SuperBad e Ligeiramente Gravidos, eu tenho gostado mto pq sao filmes inteligentes e engraçados, fazia tempo q nao viamos isso. comedia romantica e romance varia mto do conteudo. Tem uma coisa que influencia muito que é o bolso. É osso pagar caro pelo besteirol ou uma coisa desprezivel o importante e nao se arrepender do filme. Jess Franco2008-09-10 23:48:43
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