Jump to content
Forum Cinema em Cena

Serge Hall

Members
  • Posts

    3407
  • Joined

  • Last visited

Posts posted by Serge Hall

  1. Toda a trilogia "Godfather" foi feita porque Coppola precisava de grana, e fez POR DINHEIRO.

     

    Só por isso, por "Godfather" existir por causa do dinheiro, já acho um argumento peneirante esse papo de "só querem dinheiro, só pelo dinheiro" e bla bla bla.

     

    Quem pensem no dinheiro e façam mais "Godfather"s com esse pensamento. Obrigado.

     

    P.S.: a comparação "livro X filme" é defunta há muito tempo neste fórum. Tal comparação é sandice das altas.
  2. Já tive essa discussão em outras ocasiões, e numa delas um amigo escreveu um post, citando Jean-Claude Carrière, que considero apropriadíssimo, e assino embaixo, certamente:

     

    Só pra citar maneiras como alguém pode filmar um roteiro:

    "Um homem, num quarto fechado, se aproxima de uma janela e olha para fora. Outra imagem, outra tomada, sucede a primeira. Aparece a rua, onde vemos dois personagens - a mulher do homem e o amante dela, por exemplo.

    Para nós, atualmente, a simples justaposição dessas duas imagens, naquela ordem, e até na ordem inversa (começando na rua), nos revela, claramente, sem que precisemos raciocinar, que o homem viu, pela janela, a mulher e o amante na rua. Nós sabemos; nós o vimos no ato de ver. Interpretamos, corretamente e sem esforço, essas imagens justapostas, essa linguagem. Nem percebemos mais essa conexão elementar, automática, reflexiva; como uma espécie de sentido extra, essa capacidade já faz parte do nosso sistema de percepção. Há oitenta anos, no entando, isso constituiu uma discreta mas verdadeira revolução; daí o papel essencial do explicador, apontando os personagens com o bastão e dizendo: "O homem olha pela janela...Vê a mulher dele com outro homem, na rua..." E talvez, se a imagem seguinte fosse, por exemplo, o rosto enraivecido na espreita, desta vez perto da câmera (uma nova ousadia, nova mudança, novo tamanho da figura, novo uso do espaço), o explicador continuaria: "O homem está furioso. Acabou de reconhecer o amante da mulher. Está com idéias assassinas..."
    [...] Fiquemos por um momento com o homem que espreita pela janela a hora da vingança. Agora, a mulher se despede do amante e se dirige para casa. Olhando para cima, ela vê o marido na janela, e treme de medo. Quase podemos ouvir seu coração bater.
    Se, nesse momento, o marido for filmado do ponto de vista da mulher, diretamente de baixo para cima, inevitavelmente vai parecer ameaçador, todo-poderoso. Apenas a posição da câmera produzirá esse efeito, independente de nossos próprios sentimentos. Por outro lado, se virmos a mulher do ponto de vista do marido, de cima para baixo, ela parecerá amedontrada, vulnerável, culpada.
    Imaginemos que a cena se passa à noite. Se o diretor decidir dispor as luzes de modo que o rosto do marido fique iluminado por baixo, fazendo os dentes brilharem, exagerando os ossos das maçãs do rosto e as rugas da testa (elemento importante de filmes de horror), o homem parecerá cruel e aterrador. Por outro lado, uma iluminação suave, impressionista, pode fazê-lo parecer clemente."

    "Por exemplo, os olhos de um homem vagueiam por sobre uma multidão e, de súbito, param. Se, nesse momento, outro personagem for imediatamente focalizado, sabemos que o primeiro homem está olhando para ele. Se a direção do olhar for bem estabelecida, essa relação fica demonstrada sem sombra de dúvida.
    O segundo personagem é destacado, isolado; percebendo isso ou não, ele é colocado num relacionamento direto com o primeiro homem. Um relacionamento ilusório (pois eles não estão no mesmo quadro), mas forte e inequívoco."


    Por sinal, esses trechos são do livro do Jean-Claude Carriere, provavelmente o maior "só roteirista" vivo.
  3. Nada contra remakes. E refilmar não é "roubar". São duas obras distintas, e os remakes SEMPRE informam em seus créditos qual é a fonte, qual é o filme original, então o público deve LER os créditos e se informar com eles. A culpa não é da refilmagem se um espectador sequer lê os créditos.

     

    Além do mais, não importa a intenção de uma refilmagem, e sim que, sim, como resultado, entrega outra visão de uma mesma história, e isso é interessantíssimo em termos de arte cinematográfica. Sou até a favor de remakes, melhor ainda se forem bons, exatamente por isso.

     

    Melhor: sou a favor de filmes bons, remakes ou não.

     

    E, sim, remakes ajudam muitos originais a serem lançados num mercado como o brasileiro. "Ju-On" e "Ringu" ganharam espaço aqui justamente por causa do lançamento das versões americanas, somada a maior facilidade de acesso com o advento e ascensão dos DVDs. Outros filmes asiáticos também passar a ser lançados, mesmo sem remakes (ainda), por causa dos lançamentos americanos, que levou a uma maior atenção ao produto original asiátio e, consequentemente, muitos nem precisaram de um remake para que fossem lançados ("A Tale of Two Sisters", traduzido aqui como "Medo", é um exemplo; "Oldboy" também, que ainda fez considerável carreira nos cines daqui).

     

    Para encerrar, remake é algo que sempre existiu na História do Cinema, não uma coisa plantada agora. Os irmãos Lumière, pais do cinematógrafo e, portanto, do Cinema, fizeram remake! Hitchcock refilmou seu "O Homem Que Sabia Demais"; Cecil refilmou seu "Os Dez Mandamentos"; "Ben-Hur", o clássicão maravilhoso, é uma refilmagem também.

     

     

    E por que Scorsese (para citar só um dos seus exemplos) não deveria levar crédito nenhum por "OS INFILTRADOS"? O filme é dele! Ele fez "Os Infiltrados", não "Conflitos Internos", no qual ele nem tocou.

     

    Ah sim: na minha opinião, "Os Infiltrados" é melhor que "Conflitos Internos", que também gosto muito.
  4. top10.jpg

     

     

    Estou na metade da primeira revista. Não sei se o Alan Moore escreveu outras, mas é a primeira comédia dele que leio. É bem engraçado, às vezes engraçado demais (propositalmente, diga-se).

    A coisa toda acontece em uma das versões de Neópolis do Multiverso (os universos paralelos, etc). A cidade foi desenvolvida por cientistas gênios nazistas depois da Segunda Guerra, e no mundo da revista quase todo mundo tem superpoderes, mas a sociedade continua a mesma coisa. Assim, o cara pode ter o poder que for, mas ele ainda pode ser um mendigo mesmo assim, ou uma dona-de-casa qualquer.

    Sempre impressionante como o Moore se atém a detalhes de cenário, como um cartaz publicitário ("Condicionador SNIKT, para cabelos aerodinâmicos" - e a imagem do Wolverine, hehe) sendo trocado em um quadrinho, e depois muitos quadrinhos depois aquele cartaz, só um detalhes mesmo, visualizado novamente. A cidade realmente vive e tal.

    A HQ meio que se inspira/homenageia/tira-um-sarro dos seriados policiais americanos, e isso fica bem claro nos diálogos e nas roupagens clássicas de vários personagens, só que remodelados para serem super-heróis ou super-vilões. A história acompanha a rotina de tarefas do 10º DP, ou "TOP 10" apenas.

    Logicamente, tá cheio de referências, desde Godzilla transformado em personagem (hilário) até um cartaz de "Cavaleiro Solitário" no quarto de um traficante de drogas cujo uniforme era de cowboy e andava sobre uma cela flutuante.

    Tá divertido. Bem longe de qualquer outra coisa que já li dele, entretanto.
    Serge Hall2006-12-17 09:59:15
  5. Faz mesmo. Em qualquer loja Saraiva, e vale pra qualquer loja também, e internet.

     

    Grátis, além do mais.

     

    PS: a rede Livraria Cultura também trabalha com esse sistema de "cartões de fidelidade".
  6. Não, não esses descontos. Descontos do Cartão Saraiva Plus, que dá 5 pontos para cada real em compras. E a cada 500 pontos acumulados no cartão, 10 reais de descontos para qualquer compra.

     

    Comprei muito na Saraiva recentemente, e evitei gastar os pontos, justamente pra acumular uns 40 ou 50 reais para essa compra de "24 Horas".

     

    Tenho uns 2600 pontos no cartão, atualmente.
  7. Preacher.jpg

     

    Obra-prima.

    Sério.

    Leiam.

    Urgente.


    Terminei agora há pouco e, pra mim, só perde pra "Watchmen" mesmo. É incrível a capacidade que os personagens tem de se foder ilimitadamente, às vezes das maneiras mais inacreditáveis possíveis, e de como a obra consegue chegar a um grau de perversão altíssimo (Herr Starr - que também é um dos personagens mais hilários que já vi ser criado - e Odin Quincanonn seriam os melhores exemplos, acho).

    Para quem não conhece: pastor de uma pequena cidade texana recebe uma entidade com poder de igualdade com o de deus, dando a ele o poder da Voz de Deus, que obriga os outros a fazerem o que ele mandar, se assim quiser. Portando tal poder, o reverendo Jesse Custer decide ir atrás de deus, que abandonou sua criação, os humanos, e então acertar as contas com ele, já que agora é capaz de chutar sua bunda.

    A HQ ainda é lotada de referências a westerns (um grande nome do gênero é conselheiro espiritual do protagonista 16), e o tom é bem esse mesmo.

    São 66 edições + 6 especiais dos personagens, contando suas histórias de origem. Aconselho que leiam todos os 6 especiais quando estiverem lendo lá pela trigésima edição.

     

     

    PS: quem não gosta de ler no computador, a Devir está lançando os arcos atualmente. Já saíram dois arcos, cada um com várias revistas.
  8. É diferente de Literatura, assim como Teatro é diferente de Cinema. Mas, sim, pode ter mesmo status de Literatura.

    Esse negócio de que Quadrinhos é uma arte inferior é conversa fiada. Tem o mesmo status que qualquer outra arte.

     

    Um "Preacher", "V de Vingança" ou "Watchmen" chegam a ser melhores que muitos clássicos literários.
  9. O roteiro é primoroso.

     

     

    SPOILERS

     

     

     

     

     

    E não é "novela mexicana" serem irmãos gêmeos. É a essência da mágica, o que o personagem do Michael Caine adverte desde o começo: quando descoberto o segredo, geralmente é algo muito simples e decepcionante. Exatamente o que o truque de Borden é, assim como qualquer mágica.
  10. Pretendo rever novamente, e vou prestar atenção nesse ponto (mas não vou rever só pra isso), mas uma pergunta:

     

    Alguém fala que aquela apresentação é a centésima? A última? Porque não me recordo de falarem. Afinal, durante qualquer uma das 100 apresentações que Borden invadisse, funcionaria para Angier.
  11. A lista do Silva

     

    Avatar

     

    Antes de publicar a minha lista, faço algumas considerações:<?:NAMESPACE PREFIX = O />

     

    1) Escolher apenas 20 filmes de um gênero tão vasto e prolífico como a ficção científica é uma tarefa ingrata, pois muitos filmes interessantes acabam ficando de fora. Sendo assim, escolhi apenas um filme de cada diretor, a fim de ter a maior diversidade possível. Por isso, alguns filmes não estão presentes nessa lista, o que irá gerar questionamentos, discussão e, principalmente, insastifação de algumas pessoas que lerão essa lista;

     

    2)  Mais complicado do que escolher os 20 filmes (mesmo com as considerações descritas anteriormente) é ordená-los. Aliás, sempre tive uma enorme dificuldade em tentar ranquear filmes, por sempre achar que seria injusto com determinado filme. Sendo assim, os filmes não estão por ordem de preferência.

     

    B)       Lista (sem ordem de preferência)

     

    ·         Metropolis (Metropolis); Diretor – Fritz Lang; Ano de Lançamento – 1928.

     

             Ver crítica abaixo

     

    ·         Robocop (Robocop); Diretor – Paul Verhoven; Ano de Lançamento – 1986

     

    Um dos diretores mais injustiçados nos mostra uma cidade que, apesar dos avanços tecnológicos, não está muito distante da nossa, abrindo espaço também para a crítica contundente. Tudo isso sem poupar na violência gratuita.

     

    ·         Inimigo Meu (Enemy Mine); Diretor – Wolfgang Petersen; Ano de Lançamento – 1985

     

    Aqui, temos, a partir da história de dois exploradores de planetas diferentes, uma bonita história sobre convivência entre as raças. Uma trama calcada essencialmente em personagens, com uma mensagem que é mais atual do que nunca (Palestinos contra Judeus, Estados Unidos na sua cruzada contra o terror). Tudo isso ainda com uma atuação formidável de Louis Gosset Jr.

     

    ·         Akira (Akira); Diretor – Katsumino Otomo; Ano de Lançamento – 1982

     

    Um dos clássicos do cinema de animação japonês não poderia ficar de fora. Com visual arrebatador (que ainda impressiona), e uma história fabulosa, Akira é o grande cartão de visitas para conhecer a qualidade dos animes japoneses. O comentário social não é particularmente profundo ou filosófico, mas sobretudo um olhar crítico sobre a alienação da juventude, a ineficiência e corrupção do governo, e um sistema militarizado, desagradado com os compromissos da sociedade moderna.

    ·         Final Fantasy (Final Fantasy: The Spirit Within); Diretores - Hironobu Sakaguchi e Motonori Sakakibara; Ano de lançamento – 2001

     

    Essa minha escolha vai gerar polêmica, com certeza. Mas, como fã assumido da série Final Fantasy (apesar de reconhecer as suas falhas do roteiro), adoro esse filme. Principalmente pelo visual arrebatador, e pela inovação de trazer personagens “reais” feitos por computação gráfica.

     

     

    ·         Os Caça Fantasmas (The Ghostbusters ); Diretor – Ivan Reitman; Ano de Lançamento – 1984

     

    Pode-se dizer que ''Os Caça-Fantasmas'' foi, para a entrada dos anos 80, um equivalente a ''Guerra nas Estrelas'' nos 70, ou a ''Jurassic Park'' nos 90. São apenas exemplos, pelo menos do ponto de vista técnico, dos efeitos especiais. ''Ghostbusters'' não apenas mostrava um espetáculo visual, mas fazia com que os efeitos especiais sejam perfeitamente integrados e necessários à divertida narrativa. Essa escolha também têm uma questão pessoal bastante forte, pois foi o meu primeiro filme no cinema.

     

    ·         Gattaca – A Experiência Genética (Gattaca); Diretor – Andrew Niccol; Ano de Lançamento – 1997

     

    Gattaca é outro exemplar raro da ficção – científica. Ao abordar, em um futuro próximo, uma nova forma de segregação ainda mais artificial e discriminatória (através do genoma), provoca vários questionamentos sobre a ética na ciência e sobre a discriminação, sendo, dessa forma, um filme com uma intertextualidade primorosa.

     

    ·         Matrix (Matrix); Diretor – The Wachovski Brothers; Ano de Lançamento – 1999

     

    A indústria cinematográfica foi sacudida por um furação que colocava em um liquidificador cinematográficos várias referências vindo dos temas mais remotos (cyberpunk, animes, filmes de luta japoneses, filosofia, yin/yang, dentre vários outros), efeitos especiais corretíssimos (e que impressionam, ainda mais pelo fato de que grande parte deles não foi feito por computação) e um personagem principal que se tornou um ícone.

     

    ·         Os Doze Macacos (12 Monkeys); Diretor – Terry Gilliam; Ano de Lançamento – 1995

     

    Outra pérola do sci – fi que trata de um futuro sombrio para a humanidade, e essa ambientação bizarra e totalmente dark permeia todo o filme (ambientação essa ajudada pelo trabalho primoroso de cenografia e pela bizarra, mas totalmente funcional, trilha sonora). Além de um roteiro complexo e de ótimas atuações, especialmente Brad Pitt (na sua melhor atuação).

      

    ·         Contato (Contact); Diretor – Robert Zemeckis; Ano de Lançamento – 1997

     

    Baseado no romance de Carl Sagan (que também foi o produtor do filme). Ao falar sobre a busca de uma cientista em descobrir evidências de vidas em outro planeta, o filme aborda outros assuntos interessantíssimos, como a religião (e a fé), além de conseguir ser didático sem se tornar efadonho ou subestimar a inteligência do telespectador.

     

    ·         Cidade das Sombras (Dark City); Diretor – Alex Proyas; Ano de Lançamento – 1998

     

    Um ano antes de Matrix, Alex Proyas nos concede essa pérola da ficção – científica (e que, infelizmente, não é tão conhecido quanto o seu “sucessor”). Combinando uma ambientação que mistura o estilo noir da década de 40 (na construção dos personagens) com o Expressionismo Alemão (na construção dos cenários), temos um ambiente soturno, claustrofóbico, perverso e, ao mesmo um dos mais belos e intrigantes da história do cinema.

     

    ·         O Planeta dos Macacos (The Planet of the Apes); Diretor - Franklin Schaffner; Ano de Lançamento – 1968

     

    O que aconteceria se o Mundo na verdade fosse dominado pelos macacos e os serem humanos fossem escravos? Esse é o mote principal dessa pérola de Franklin Schaffner, que ainda tem Charlton Heston chutando bundas como sempre, e com um final que é um dos melhores do cinema!!!

     

    ·         Contatos Imediatos do 3º Grau (Close Encounters of the Third Kind); Diretor – Steven Spielberg; Ano de Lançamento – 1977

     

    Durante um período de pelo menos 10 anos (de 1975 a 1985), Steven Spielberg filmou uma série de ótimos filmes. Este, de 1977, é um dos mais interessantes: envolvente, inquietante, intrigante e surreal às vezes. E todo o clima do filme é desenvolvido de forma sublime (O misterioso reaparecimento, no Deserto de Mojave, de uma esquadrilha de aviões desaparecidos na Segunda Guerra; o famoso Vôo 19; o surreal surgimento, no Deserto de Gobi, do navio S. S. Cotopaxi, desaparecido no Triângulo das Bermudas em 1925, entre outros fatos), culminando no clímax final com um show de efeitos especiais e sonoros (Exemplo: a forma de comunicação entre os extraterrestres e os humanos).

     

    ·         Blade Runner – O Caçador de Andróides (Blade Runner); Diretor – Ridley Scott; Ano de Lançamento – 1982

     

    Sendo inicialmente mal recebido nas salas de cinema, cedo se tornou claro que a partir do filme é possível obter múltiplas leituras filosóficas ou religiosas sobre temas recorrentes: quem somos? de onde viemos? para onde vamos? o que nos torna humanos? Esta atracção, bem como o impacto visual de uma atmosfera cyberpunktipo filme negro, associada à música de Vangelis, cedo fizeram de Blade Runner um filme cult.

     

    ·         Mad Max 2 – A Caçada Continua (Mad Max II); Diretor – George Miller; Ano de lançamento – 1981

     

    Nesse caso, a continuação é ainda melhor do que o original. Goerge Miller pegou tudo que deu certo no primeiro filme (o personagem principal, a completa sensação de insegurança e abandono) e, com uma injeção maior de dinheiro, tornou o filme ainda mais apocalíptico do que o anterior e criou um legítimo anti – herói. Tudo isso feito com uma linguagem pura e totalmente “suja”, algo incomum para o gênero.

     

    ·         Fuga de Nova York (Escape from New York); Diretor – John Carpenter; Ano de Lançamento – 1981

     

    Outro diretor injustiçado, mas bastante criativo e original. Também retrata um futuro mais “próximo” a nossa realidade, mas nem por isso menos apocalíptico (com Nova York sendo uma prisão de segurança máxima), além de um personagem emblemático, Snake Pillssen. Isso sem falar em toda a crítica inserida na trama.

     

    ·         Scanners – Sua Mente Pode Destruir (Scanners); Diretor – David Cronnenberg; Ano de Lançamento – 1981

     

    Decidir qual filme de David Cronenberg entraria foi um trabalho mais do que árduo, pois pelo menos quatro deles teriam total direito. Ao final, escolhi esse ótimo exemplar de 1981, onde Cronenberg mostra o que se pode fazer com poderes telecinéticos, efeitos de maquiagem soberbos, e uma pequena dose de uma mente ligeiramente insana (no bom sentido) por trás das câmeras.

     

    ·         Viagem a Lua (Le Voyage Dans la Lune); Diretor – Paul Schineider ; Ano de Lançamento – 1902

     

    Esse filme, de 1902, produzido pelo francês George Méliès, que também desenhava os cenários, o guarda-roupa, criava os efeitos especiais e fotografava é considerado a primeira ficção científica do cinema. Dura 13 minutos e é inspirado nos romances de Julio Verne, sendo o marco histórico desse Gênero e, por isso merece ser lembrado. Seus efeitos podem ser considerados ultrapassados atualmente mas o seu conteúdo histórico e, até mesmo cinematográfico é notável.

     

    ·         2001 – Uma Odisséia no Espaço (2001 – A Space Odissey); Diretor – Stanley Kubrick; Ano de Lançamento – 1968

     

    Enigmático. Primoroso. Genial. Qause perfeito. Efadonho. Chato. Insuportável. Complexo. Intelectualóide. Poucos filmes produziram reações tão díspares quanto esse. Mas o mais importante disso tudo é que, de uma forma ou de outra, ele provocou inúmeros questionamentos na mente de quem o assistiu.

     

    ·         Guerra nas Estrelas IV – Uma Nova Esperança (Star Wars IV); Diretor – George Lucas; Ano de Lançamento - 1977

     

    Nesse caso, não têm como fugir do óbvio. Star Wars conquistou o público e a crítica, criou vários ícones mundiais, revolucionou, para o bem ou para o mal, a indústria cinematográfica, confirmou George Lucas como grande diretor e contador de histórias, alavancou a carreira de vários atores, enfim, ajudou a criar um padrão nos filmes do gênero e ao fazer com que a ficção – científica seja levada mais a sério.

     

    [/quote']

     

     

     

    Comentando um poquito a lista do silva:

     

    Metropolis: estaria na minha também, muito pela influência visual-cenográfica. Mas pra mim o melhor de Lang sempre será "M".

     

    Robocop: lembro de gostar muito de "Robocop", mas precisaria rever para saber se entraria na minha lista ou não. Sério, tem uns 7 anos ou mais desde que vi pela última vez.

     

    Inimigo Meu: um dos filmes da minha infância, também a ser revisto. Mas, pelo que me lembro, não era mais que um filme simpático.

     

    Akira: gosto, mas acho superestimado. O foco militar é o mais forte, ao meu ver, mas nesse sentido, e em muitos outros, prefiro bem mais "Ghost in the Shell".

     

    Final Fantasy: também gosto do filme, mas não o bastante pra colocá-lo num Top. Todo mundo que me conhece ao menos um pouco sabe que sou defensor de que adaptações são livres pra fazer o que quiser, mas acho que "Final Fantasy" é o único caso que, acredito, seria sensato não possuir o título da série na qual se baseou. É um roteiro simples e cheio de chavões, é verdade, mas também uma técnica gráfica impressionante e que, sei lá como, funciona ao se combinar com a trama simples, e até simplista, que tenta se disfarçar de complexa aqui ou ali. Tem zero da fantasia medieval dos jogos, mas como filme qualquer, e uma adaptação independe de sua origem, acho que é uma obra bacana.

     

    Os Caça-Fantasmas: concordo contigo, mas preciso rever. Ivan Reitman nunca mais fará coisa parecida.

     

    Gattaca: gosto muito, mas acho que peca no final, quando simplifica todo seu enredo a uma disputa "homem X homem", algo meramente e clichezamente narrativo.

     

    Matrix: obra-prima que tem lá sua originalidade, mas seu maior trunfo é dar uma enorme braçada em "n" referências e transformar isso num banquete de scifi-HQ-anime-tecno-fetichista deliciosíssimo.

     

    Os Doze Macacos: tem dias que tendo a considerá-lo o melhor do Terry.

     

    Contato: abertura inesquecível e um dos filmes que melhor "brinca" com a dualidade "ciência X fé", concluindo sua história mais para o lado da "fé", mas segredando, no finalzinho, uma vantagem para a visão da ciência. Um dos mais subestimados do Zemeckis, quase ninguém lembra.

     

    Cidade das Sombras: poderia ter sido o "Matrix" caso a divulgação não tivesse sido uma merda e o protagonista um bosta (até hoje, né, Rufus?). Gosto demais, é cultzão, tem seus problemas (Rufus?), mas também preciso rever.

     

    O Planeta dos Macacos: esqueci de colocar na minha. Merece.

     

    Contatos Imediatos do Terceiro Grau: seqüência da comunicação sonora é uma grande obra-prima. E aquele alien maior me mete um medo até hoje.

     

    Blade Runner: gosto, mas acho superestimado, acho que mais pelo envelhecimento visual, que se por um lado melhora, por outro me desgasta um pouco. Ainda assim, entra na lista, principalmente por ser Dick até o ácaro das unhas.

     

    Mad Max 2: não lembro de quase nada. Revi o primeiro recentemente, e achei mais ou menos, bem diferente de quando adorava ver quando moleque.

     

    Fuga de Nova York: oh yeah. Esqueci de colocar também. O começo do filme é assustadoramente atual, se é que me entende(m), hehe.

     

    Scanners: outro que tem de entrar na minha. Comprei até o DVD.

     

    Viagem a Lua: Esqueci desse também. Um crime. Meliès era foda. Já viu um que ele brinca com as cabeças? Meliès, o primeiro especialista em efeitos especiais. 16

     

    2001: a melhor.

     

    Star Wars: como disse, não considero "Star Wars"sci-fi.

     

     

     

    E agora, a pergunta:

     

    Cadê "Laranja Mecânica"?
  12. Furei. Foi mal. Mas gostaria de, mesmo assim, deixar aqui nomes de alguns que entrariam na minha lista:

     

    “Metropolis”, de Fritz Lang

    “Alien”, de Ridley Scott

    “Blade Runner”, de Ridley Scott

    "Jurassic Park", de Steven Spielberg

    “Matrix”, dos Wachowski Brothers

    “O Exterminador do Futuro”, de James Cameron

    “O Exterminador do Futuro <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />2”, de James Cameron

    “O Vingador do Futuro”, de Paul Verhoeven

    “Primer”, de Shane Carruth

    “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, de Steven Spielberg

    “Minority Report”, de Steven Spielberg

    “THX 1138”, de George Lucas

    “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, de Stanley Kubrick

    “A.I. – Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg

    “Os Doze Macacos”, de Terry Gillian

    “A Mosca”, de David Cronenberg

    “eXistenZ”, de David Cronenberg

    “De Volta Para o Futuro” – Trilogia, de Robert Zemeckis

    “Solaris”, de Andrei Tarkovski

    “Donnie Darko”, de Richard Kelly

    “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, de Michel Gondry

    “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick

    “Guerra dos Mundos”, de Steven Spielberg

    “Eles Vivem”, de John Carpenter

    <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

     

    A não inclusão de “Star Wars” se deve ao fato de que a saga, pra mim, não é sci-fi, e sim fantasia.

    Serge Hall2006-11-14 21:37:38
  13. Indo mais longe ainda amigos:

    SPOILER

    Como podemos saber se o Angier-clone que apreceu no 1° teste' date=' era de fato clone? Como o Deadman disse acima, a máquina poderia transportar e clonar. Aí seria mais louco, porque se aconteceu isso, o Angier original morreu no primeiro teste. E bem lembrado Deadman, o medo revelado pelo Angier, demonstra que seria o clone a cair, mas nem ele tinha mais certeza disso.

    FIM


    E Serge, o filme merce uma revisitada, rever tudo, sobro outro prisma, dará uma nova perspectiva do filme.
    [/quote']

     

     

    SPOILER

     

     

    Creio que era o clone sim porque o original permaneceu imóvel, ainda na máquina, e o clone sai da caixa. Quando o primeiro clone é morto, pelo tiro, dá pra ver a caixa aberta atrás dele, enquanto o Angier original continuou sob a máquina, tanto que pegou a arma que estava ali ao lado, onde havia colocado por segurança.

     

    O "problema" é que, para a realização do truque, o original é que precisava ser morto (o que entrava da máquina, e nunca saía de lá). Os clones, porém, "nascem" com toda a consciência e bagagem do original, então quando Angier, ao final, diz que não sabia se seria ele a morrer ou a aparecer no Prestige, é o centésimo segundo (o primeiro morreu com o tiro; o segundo morreu quando Angier demonstrou ao negociador do teatro) clone falando, mas ainda se considerando o original.

     

     

    SPOILERS!!!

     

    Serge, temos um problema de fundo filosófico que compromete a lógica do que você acredita ter ocorrido. Imagine-se no lugar de Angier. Lembre-se que, como você mesmo concordou, o original fica dentro da máquina. Pergunta: você se arriscaria a confiar numa máquina (cujo princípio de funcionamento você desconhece totalmente), ser clonado para logo em seguida  morrer sem saber com certeza se sua cópia é exatamente idêntica à o você original? Difícil de acreditar que Angier fez isso, não acha? Será que ele estava tão obcecado em destruir Borden que se matou (o original) para que isso ocorresse? A fala de Angier no final do filme dá margem para entendermos que a sua teoria está correta, mas você há de convir comigo que também pode ter sido uma metáfora, um meio de exprimir um medo, um terror de morrer (o original) e sair o clone ileso no seu lugar. De qualquer forma que se pense, a cada revisitada (principalmente, no terço final do filme) podemos vislumbrar cenas e frases com sentidos que alargam as margens de interpretação do que foi efetivamente mostrado. Show!!16<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

     

    Outro detalhe desconcertante: na primeira conversa quase cifrada entre Angier e Tesla, note que <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em nenhum momento Angier menciona o nome de Borden ou de quem quer que seja, mas que sabe que Tesla já havia feito uma máquina igual para outra pessoa. Tesla não nega, desconversa e ao se despedir, diz que a máquina pretendida por Angier já estava em construção... Considerando a história bizarra de Tesla (o real) e seu envolvimento com governos e pessoas que viviam “nas sombras” essa passagem torna o personagem de Bowie mais interessante ainda. Putz!! Tenho que rever esse filme!           

     

     

    Dead, acho que ele tinha peito pra se matar sim, tamanha sua obsessão, seja por vingança pessoal ou vingança de show mesmo (ser o melhor).

     

    Além do mais, quando se clonou pela primeira vez, ele pode ter "sentido" que o clone era exatamente o mesmo, com tudo. Tanto é que o clone já aparece com a bagagem do raciocínio que Angier planejava matá-lo, então, assim que aparece, grita "Não, não! Espere!".

     

     

    Porra, o filme é foda. E vou comprar o livro - importado mesmo.
  14. SPOILERS!!!

     

    Ok ok... deixa eu derrubar logo de cara uma idéia errada que foi criada aqui. OS CLONES NÃO VÃO PARA A CAIXA! As cartolas e o gato apareceram do lado de foram do laboratório de Tesla' date=' no meio do mato, mas não havia caixa alguma! Caspice?

     

    Achei o filme excelente, mas sou do time que acha que o elemento fantasioso enfraqueceu a trama e foi uma tremenda forçação de barra.

     

    E digo mais, aqui todo mundo é adpeto da teoria da conspiração. Onde todo mundo enxergou planos bem elaborados, mensagens subliminares e atitudes com simbolismo, eu enxerguei apenas COINCIDÊNCIAS!

     

    Primeiro: Pra mim foi uma tremenda coincidência o Borden estar no porão do teatro no momento da queda de Angier. Uma feliz concidência para Angier, que aproveitou a situação para mandar seu rival para a fôrca. Angier não tinha como prever que Borden estaria exatamente ali, naquele exato momento.

     

    Segundo: O fato de Angier "se matar" usando o tanque dágua, não tem nada a ver com o fato da morte da esposa dele ter sido desse jeito. Era apenas uma forma prática e silenciosa de "se matar". Ou vcs queriam que ele caíssem em cima de uma mesa cheia de estacas pontigudas? Ou num tanque cheio de cobras venenosas? E tb facilitava na hora de remover o corpo do teatro sem chamar atenção.

     

    E com certeza o clone levava toda a bagagem mental consigo, e com certeza era preciso ter muita coragem para se matar, contando com o sucesso da máquina. Agora se é pra bolar teorias conspiratórias, então digamos que o próprio clone, após ser replicado com sucesso, acionaria a distância o alçapão do teatro. 03 (só especulando).
    [/quote']

     

     

    SPOILERS

     

     

    Alexander, o que aconteceu com o gato e cartola foi ANTES de Tesla aperfeiçoar a máquina tentando chegar ao resultado do teletransporte. Perceba que as cartolas apareceram espalhadas, então Tesla criou uma caixa, provavelmente para que a pessoa fosse teletransportada e saísse por ela, mas o máximo que conseguiu antes dos capangas de Edison afujentarem-no foi DIRECIONAR o clone para a caixa. Reveja e perceba que o primeiro clone de Angier surge da caixa, aberta atrás dele.

     

     

    Eu acho que Borden estar ali foi planejado por causa de uma fala do Michael Caine ao juiz: "Mas havia uma platéia", se referindo a Borden. E me parece ficar muito claro a "vingança completa" desejada por Angier/Caldlow, que era, além de incriminar Borden, tomar sua filha.

     

    O filme trata o tempo todo de vingança. Não sei porque na tragédia final seria diferente.
  15. "Que Loucura"' date=' do Woody Allen, é fraquinho.

     

    Quase na metade de "Preacher" (Garth Ennis e Steve Dillon).

     

    Lendo também "O Apanhador no Campo de Centeio" (J.D. Salinger).
    [/quote']

     

     

     

     

      02 vc tah lendo o Apanhador no Campo de Centeio!!!!!! eh meu livro preferido!!!!! tah gostando??

     

     

     

     

    Terminei "O Apanhador no Campo de Centeio". Foi leitura até gostosa, gostei do livro, mas não posso deixar de reconhecer um tantinho de decepção. Mas foi um livro que em alguns bons momentos me jogou lá pra baixo.

    Agora vou começar "O Senhor das Moscas" (William Golding).

     

     

     

    O que te deixou decepcionado no Apanhador... Serge? Ele é bem deprê mesmo...

     

     

    Não sei, Nacka. Acho que foi mais uma questão de hype histórico mesmo, e um livro que eu tinha vontade de ler faz uns 7 anos ou mais. Ou então, como dizem, li "tarde demais" (aos 23).

     

    Sobre essa questão de "hype histórico", tenho receio que aconteça esse tipo de decepção quando eu ler, por exemplo, "A Montanha Mágica", o que planejo fazer ano que vem.

     

    De todo modo, comprei foi aquele BOX Salinger em que vem, além dele, "Nove Histórias" e "Fanny e Zooey". Mais Salinger pra ler. 05
×
×
  • Create New...