Pablo,
Sempre admirei sua coluna e leio constantemente. Respeito até quando discordo.
Mas sinceramente, o que aconteceu com você neste final de ano?
Primeiro os elogios rasgados a uma das maiores enganações do ano. O previsível e sem criatividade "Marley e eu". Tirando a boa interpretação de Jennifer Aniston e um cachorro que conquista qualquer um, o filme é um vazio louco. É claro que eu chorei no final. É preciso ser feito de gelo para não chegar a esse ponto, mas francamente, qual o ensinamento que o cachorro passa para a família durante o filme? Afinal essa é a promessa que está no poster. E o pior. Você colocou o filme entre os melhores do ano na sua lista!
Aí vem a discrepância. Sete Vidas aparece na sua lista dos piores. Comparar o filme de Will Smith ao de Jennifer Aniston é como comparar seis com meia dúzia. Dois roteiros fracos construídos apenas para arrancar lágrimas dos telespectadores. Se Aniston se destaca em um, Rosario Dawson mostra competência no outro. Francamente, dizer que Will está com complexo de Jesus Cristo foi demais! Comentário sem necessidade que não agrega nada a sua crítica tampouco a análise do filme.
Concordo com você em diversos pontos da crítica, mas o que me deixou abismado foi esse comentário com relação a Will Smith e saber que dois filmes igualmente fracos receberam tratamentos amplamente diferentes.
E quer saber. No meio de tantos erros, que você mesmo citou com razão, pelo menos Sete Vidas ainda passa alguma mensagem importante. A doação de órgãos. E isso já torna a película de Gabriele Muccino mais importante do que um filme que mostra que é possível desistir dos sonhos, levar uma vida de resignação e ainda assim ser feliz.
Apesar disso continuo em 2009 com você Pablo. E que venham filmes melhores porque o crepúsculo de 2008, com o perdão do trocadilho, foi decepcionante...
