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Forum Cinema em Cena

Brunowski

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  1. Concordo totalmente com essa crítica do Pablo. O filme é totalmente maniqueísta e esquemático. Uma espécie de mea culpa dos ingleses ( e dos americanos pegando carona...) em relação aos tão explorados e violentados indianos...mas o que realmente incomoda é a mensagem tipo " olha como os indianos são legais, fofos e felizes apesar da miséria que os cercam"...típico filme para gringo ver, deslumbrar-se com o cenário exótico de uma cultura distante e se divertir. Também não entendi o festival de prêmios envolvidos.... mas como bem disse o Janot hoje em sua crítica do jornal O Globo ou o cinema está cada vez menos criativo ou os críticos estão ficando cada vez menos exigentes...pena.
  2. Não entendi porque este filme foi escolhido para concorrer como um dos 5 melhores do ano pela Academia, mas como a Academia é um prémio da industria cinematográfica e não da crítica especializada não é de todo uma surpresa. Não é um filme ruim, mas não passa de um filme mediano que apresenta algo de original, ao contrário das produções hollywoodianas a figura nazista aqui é caracterizada com humanidade, não é tratada como um ser maligno estereotipado, algo que só enfraquece a terrível tese de que os nazistas eram humanos e não monstros, e que a humanidade é capaz sim de atos hediondos como o Holocausto. Kate Winslet defende a sua personagem com uma humanidade comovente e isso é o que este filme tem de melhor, ficamos fascinados com a face contraditória da protagonista. Mas como foi muito bem pontuado no comentário acima, a originalidade de retratar uma nazista de carne e osso se perde quando vislumbramos a forma caricata como as outras acusadas são retratadas, o maniqueísmo aqui retorna seguindo a velha tradição de hollywood para simpatizarmos ainda mais com a protagonista, a única que expressa humanidade em meio as outras figuras de cera. Não havia necessidade disso, Kate por si só nos brinda com uma belíssima atuação. O filme vale por ela e nada mais.
  3. Acho que as pedras vão rolar com o meu comentário....sei que analisar o desempenho de Meryl Streep é tocar no vespeiro da quase unanimidade. Sem dúvida ( e aqui não há dúvida nenhuma) Meryl Streep é uma das melhores atrizes de sua geração, mas honestamente não sei se gostei da sua atuação em Dúvida. Lá fora alguns críticos consideraram-na exagerada no papel. De fato ela atua de modo teatral e afetado...até aí nada contra, o problema é quando a atuação perde a intensidade para os maneirismos. Em alguns momentos achei a atuação de Meryl neste filme puramente maneirista ( um exemplo é justamente o momento em que ela segura a cruz e se perde em uma atuação over), já em outros momentos ela beira ao brilhantismo ao expressar uma teatralidade intensa, como a cena em que é questionada pelo padre sobre a possibilidade de ter cometido algum pecado e admite emocionada que sim. Acho que a Academia tem ligado o piloto automático quando se trata de indicar Meryl para o Oscar, ela virou um tipo de instituição da Academia. Não acho que ela merecia concorrer por esse filme. Já Viola Davis sem dúvida! Para mim é a melhor atuação do filme, ela presta a sua personagem uma humanidade comovente, uma força impactante. O filme apresenta ainda um bom roteiro recheado de falas geniais e boas atuações, mas peca por uma direção quase ingênua e literal ( o momento em que uma freira procura um gato para capturar um rato é de um literalismo constrangedor).
  4. A pergunta que não quer calar: O que aconteceu com os lábios da Nicole Kidman??
  5. Não gostei do filme. Achei o elenco de coadjuvantes de uma canastrice ímpar, algo que prejudicou muito o filme. Em alguns momentos o filme derrapa no melodrama, mas Angelina Jolie apresenta uma bela atuação.
  6. Corrigindo: KATE WINSLET! Desculpem-me pelo ato falho.
  7. Gostei do filme, mas não o achei brilhante, em alguns momentos me pareceu artificial e posado demais. O elenco feminino é excelente, Cate Winslet está realmente muito bem no papel. Já o Di Caprio não me convence mais, era bom ator quando adolescente, agora se mostra um ator bem irregular, achei a sua atuação nesse filme cheia de maneirismos e cacoetes, ele atualmente pisca, aperta os olhos e franse a testa demais para expressar algum sentimento em todos os filmes que atua. Parece uma criança enrrugada. Não entendi o alarde envolvendo a atuação do Shannon, é uma atuação correta envolvendo um bom texto, mas não achei nem um pouco impactante. Para mim as boas atuações foram as femininas.
  8. Prezados deste Fórum, boa noite! Li a resenha com atenção e não sei se concordo com todos os pontos. Não entendo a tentativa de avaliar o caráter dos personagens a partir de uma perspectiva moralista ou coerente. Este filme não trata de coerência e sim de elementos surrealistas e ilógicos . Os personagens não são apresentados para serem modelos de conduta, são seres contraditórios, demasiadamente humanos e bizarros, portanto, tentar buscar uma explicação lógica para as suas atitudes é tentar colocar esta fábula cinematográfica numa camisa de força. Sinceramente? Não acho que este filme tenha a pretenção de ser complexo ou mesmo inovador em termos de narrativa ( apesar de desenvolver uma idéia original: o protagonista nasce velho e vai rejuvenecendo ao longo do tempo), é um filme que explora o universo clássico do cinema americano de outrora, a ingenuidade e o romantismo explorado nos anos 40 por exemplo, de certo modo me lembra os filmes do Frank Capra. Em relação ao personagem central ser passivo, acredito que a idéia é essa mesmo. Pouco ficamos sabendo sobre Benjamim Button, sabemos muito mais sobre os personagens que se relacionam com ele, que são afetados por sua peculiaridade e têm suas vidas transformadas. Ele é o narrador, o voyeur que observa introspectivamente a vida dos demais e fala pouco de si mesmo, na realidade ele é um enigma marcado por sua particularidade. Péssima atuação de Cate Blanchett? Isso foi uma frase de efeito heim?? Acho que atualmente ela é uma das poucas atrizes que atua do pescoço para baixo e não tem medo de ousar. Uma atriz que consegue ser sutil quando assim é necessário ( Heaven por exemplo ) ou teatral quando o personagem assim exige ( O Aviador ). Uma atriz versátil e talentosa.
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