cauchies
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Conhecendo sua capacidade de interpretação, só imagino como deve ser complicada...
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Caro Serge, No caso da Ultima Tentação de Cristo' date=' sim, mas chamar o Código de arte já é ofensa a Beethoven. Sim, certamente. Mas isso não acontece apenas com a religião. Por exemplo, o novo filme de Andy Garcia, foi rejeitado em diversos festivais porque mostrava Che Guevara como um assassíno frio e cruel, portanto, há "fundamentalistas imbecis" na política também, mas duvido muito que alguém vá chamá-los assim, pq a religião é vista como lavagem cerebral por definição. Isso sim é patético e desprezível.
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Caro Dook, Quando uma pessoa aceita uma religião' date=' e tem consciência da responsablidade do que isso implica, ela o está fazendo de livre e expontânea vontade. Portanto, se ela deixou de ver o filme por acreditar que ia para o inferno, algo que duvido muito que um padre tenha dito, ela continua exercendo sua liberdade de escolha. Se os padres tivessem tanto poder sobre seus fiéis, o pecado já teria sido abolido da face da terra, não? A liberdade é algo que vai diminuindo a medida que fazemos escolhas. Escolheu ser cristão tem que aceitar o céu e o inferno, simples. Tu nem percebes que me acusa de duas coisas, contraditórias, ao mesmo tempo? Ou, como posso ter a tendencia a querer tudo explicadinho e, ao mesmo tempo, a de jogar meu ponto de vista subjetivo em um conceito e ai o denegrir? No caso que cistaste eu já havia deixado claro meu conceito de boicote, então, portanto, o que Jailcante deveria fazer era: ou quesitonar meu conceito, ou me explicar por qual motivo, dentro do meu conceito, boicote não é liberdade de expressão. A razão pela qual pergunto as coisas é exatamente para não perder meu tempo discutindo duas coisas diferentes ao mesmo tempo, ou seja, quero saber se quando digo laranja o outro entende que falo da fruta e não da cor. Eu me esforço sim para entender. Tanto que entendi as implicações do teu conceito de fé melhor do que vc mesmo. Veja, em qualquer debate, é preciso ter certos critérios comuns e eles geralmente são os conceitos das coisas. Se tu queres afirmar que o céu é azul, precisas saber o que é ceu e o que é azul. Tu estavas a vociferar que o único motivo pela qual alguém poderia se sentir insultado com o filme era porque teve sua fé abalada, ora, nada mais justo do que eu perguntar teu conceito de fé. E tu falhaste miseravelmente em mostrar um conceito que pelo menos abarcasse tuas próprias afirmações. E isso ocorre exatamente porquê eu ajo como uma criança de 6 anos, sei que não sou dono de todos os conceitos e que eles precisam ser entendidos antes que eu possa opiniar sobre eles, já tu, homem experiente, domina-os todos a ponto de usá-los até para fazer afirmações onde eles falham. Não te preocupes; já sei: tu discordas e o motivo é auto-explicativo. E sigo rindo...
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Caro Serge, Como disse, sou contra a censura pelo estado. Penso que o erro de Zimbaldi não foi se sentir ofendido, mas sim pensar que, por causa disso, o estado deveria fazer algo; aliás, como disse em algum outro post por aqui, é um traço característico brasileiro.
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Caro Jailcante, Exercer a liberdade de expressão é babaquice por quê? Bitolar como? Certamente não é uma atitude similar. Comparação extremíssima, pois queimar um livro, não é a mesma coisa de deixar de lê-lo.
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Caro Dook,
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Caro Serge.
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Por que? Não dá para explicar; é auto-explicativo. Adorei isso, de verdade. Aprendi novos argumentos nesse forúm, como, "auto-explicativo" e "discordo". Imagino eu na aula, o professor falando dos efeitos dos analgésicos opióides, quando de repente me levanto com toda a majestade de meus 1,69 - perdoem-me, bebi umas taças de vinho além da conta - e protagonizo a seguinte cena: Eu fazendo pose desleixada usando bone virado e headfones (escutando, Beethoven - claro -, pois vulgaridade tem limites) - "Professor, muito bem explicado, mas discordo". O meu amado mestre, de terno e gravata e que provavelmente foi um burgês mimado responde: -"Ora pois, explique-se, então" Eu:-"Posso não professor, é auto-explicativo" Agora, falando com a máximo de seriedade que consigo chegar usando pijama e meio bêbado do vinho O boicote é o uso da liberdade humana de simplesmente não adquirir um determinado produto ou serviço. Obviamente se bem analizado, haverá vezes que ele pode ser danoso, pois é verdade que liberdade não é o bem supremo do ser humano, mas no caso de boicotar filmes, não há problema, pois o filme continuará a ser exibido e quem quiser verá. Bom para todo mundo, não? Desculpem-me por qualquer coisa, mas o vinho era bom. Eu sei Mister Ass, prometi não voltar...mas não resisto e a pergunta era boa..e dai veio o vinho e dai...
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Eu sei Mister Ass, tu me avisou... fui...
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Caro Serge, O que há de errado com o convite ao boicote? Só não vai quem não quiser. Quantos lugares comuns! Dá para explicar? Please...
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Caro Dook, Percebo agora por qual motivo tua fé é inabalável: quem não entende o que ocorre ao seu redor não se abala com nada mesmo. Uma daquelas confusões que me faz desconfiar que seja tu mesmo a amarrar teus tênis' date=' já que eu disse que se o crítico concorda com teus argumentos, ou melhor total falta, ou confusão dos poucos deles, teria a capacidade para o exercício de sua profissão altamente discutida. Note que disse profissão, e não que ele seria um imbecil, como aliás ele e tu adoram chamar os outros. E note que, então, não o critico como pessoa, nem o conheço, mas apenas como profissional e apenas se ele não souber raciocinar, como tu não o sabe. Porém, como tenho um certo conhecimento do trabalho do Pablo, a ponto de sempre lê-lo, tenho 99% de certeza que esse não é o caso. Mas, por favor, não responda a esta mensagem...deixe-me respondê-la para vc. ******************************** Desculpe, mas meus argumentos estão já esclarecidos em outras mensagens.
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Caro Dook, Sinceramente meu tempo é precioso e não vou mais perdê-lo contigo, pois está claro que tu não conheces o mínimo necessário para manter uma debate. É simples: há conclusões, que seguem de premissas e estas precisam, ou serem evidentes nelas mesmas, ou possuirem um nexo que transfira a evidência de outras que sejam evidentes nelas mesmas. Vamos, então, a uma análise dessa condição mínima de debate. Como toda tua tese é de que qualquer pessoa que se sinta ofendida com "O Código" teve sua fé abalada, precisamos analisar teu conceito de fé. Provar ou refutar algo é uma ação do intelecto' date=' então, afirmando que fé não tem relação com provar ou refutar exclui-se na hora a ação dele, porém, como o que pode variar entre inabalável e totalmente abalável é exatamente o intelecto, pois os sentimentos ou são ou não são - i.e., ou se gosta de alguém ou não se gosta -, tua definição simplesmente torna impossível que alguém possa ter a fé abalada, isto é, ou se tem 100% de fé, ou não se tem nada de fé, de acordo com o gosto do freguês. Conseqüentemente, ao afirmar que quem se sentiu ofendido com o filme foi porquê, e apenas porquê, teve sua fé abalada, sem ao menos ter um conceito de fé que de embasamento a essa afirmação, ou seja, que abarque a ação do intelecto nela, é, verdadeiramente, não saber do que se esta falando. Portanto, parei com essa perda de tempo e te deixo com teus "embasamentos" . Apenas mais alguns comentários: Irrelevante e infantil. Sofisma conhecido como "rótulo odioso". Vou comentá-lo apenas para esclarecer que ninguém nem de perto falou' date=' aqui, em liberdade de expressão. Mas apenas por Zimbaldi ser contra o aborto, já simpatizo com ele Ao associar os cristãos com mentiras, assassinatos, perseguições, conspirações, etc. Dook a não ser que tu, ou refaças teu conceito de fé, ou me explique por qual motivo a ofensa seja unicamente ligada a fé, me abstenho de responder qualquer comentário teu, porque não sou burguês, mas sou aristocrata e meu precioso tempo não pode ser desviado de minhas ocupações de alta cultura. Nota: eu, sinceramente, fiquei menos ofendido com o conteúdo do filme do que com a ruindade dele, mas respeito todo e qualquer cristão que tenha se sentido ofendido. Particularmente, penso que a forma com que a Opus Dei lidou com o caso foi a melhor de todas: convidando as pessoas a visitá-la, e verem por seus próprios olhos do que ela se trata. Espero de coração que mais e mais pessoas sejam convertidas ao cristianismo. Há, ainda, o fato do Pablo não ter respondido aos meus questionamentos. Posso pensar em 3 motivos: falta de tempo (totalmente compreensível), falta de interesse (o que também é compreensível, embora não muito educado por parte de quem mantenha um forúm exatamente para debate), ou acompanhou o debate entre mim e o Dook e concordava com este. Espero, sinceramente, que não seja a ultima opção, pois ela seria ultrajante para alguém que tem como profissão criticar qualquer coisa que seja. Aguardo, deitado, tomando um bom vinho e escutando as variações Goldberg, as respotas aos meus questionamentos iniciais.
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Caro Dook, Estava a escrever uma resposta, mas percebi que tu aumentaste em muito a gama de assuntos, os quais não vou me furtar de falar, mas antes vamos resolver umas coisas básicas. Primeiro tu fala delas, e só delas, please, e depois falamos do resto. E te lembro que concordar ou discordar não são argumentos. 1 - Alguém só pode se sentir ofendido por ter sua fé perturbada? Não pode ser simplesmente por ver algo que ama ser ridicularizado? E agir para proteger o que se ama de ser ridicularizado é ser imbecil? 2 - Como a fé de alguém pode ser abalada se o objeto a que ela se dirige não podendo ser provado' date=' também, conseqüentemente, não pode ser desprovado? Ou seja, quem ver o filme não pode ter sua fé abalada (de acordo com tua própria definição), pois nada nele provará que o que não pode ser provado é mentira - já que a fé está além da prova ou contra-prova e, assim, da mentira e da verdade -, mas, mesmo assim, tu pensas - e repete como um disco riscado - que todas as pessoas que se ofenderam com o filme tiveram sua fé abalada: arruma teus conceitos ai, porque não posso fazer isso toda hora. E,por favor, que a resposta não tem palavaras como mimadinho burguês, que demonstram total falta de classe. obs: Pequena aulinha de interpretação:
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Caro Dook, Qual seria esse conceito de fé? Note que' date=' como disse acima, ninguém falou em abalo de fé, apenas tu. Concordo contigo que as informações do livro não devem abalar a fé de ninguém, mas certamente são ofensivas. É importante que seja dito que há uma nota no começo do livro que diz ser tudo verdadeiro, e que a Sony se negou a colocar uma mensagem no começo do filme alertando que tudo é ficção. Não acredito em conspiração, mas acredito em falta de respeito. Não houve um só regime totalitário que não teve' date=' como uma de suas primeiras medidas, o controle sobre os artistas e suas obras, porque ninguém ignora o poder da ficção no imaginário das pessoas. O filme, e o livro, são, assim, propagandas anti-católicas fortíssimas, pois ao misturarem fatos verossímeis com fatos reais deixam no telespectador aquela sensação de não saber mais o que é e o que não é verdade. Há pessoas que vão querer saber mais e vão acabar descobrindo os erros e exageros do livro, mas sempre há aqueles, e são a maioria em nossos tempos anti-cristãos, que vão apenas colocar as informações dele em seu banco de "respostas aos fundamentalistas religioso", e, por isso, podem jamais abrir sua mente para a religião. Se tu és cristão mesmo, sabes que só há salvação através de Jesus, estou errado? Esse é metade do meu ponto. A outra metade é que se a religião prega algo e o fiel não o cumpre, então, ele deixa de ser fiel, isto é, suas ações não podem ser parâmetro para a medição do efeito da religião em sua na vida. Ele não pode ser. Ele é isso que falei acima.
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Caro Dook, Conceito que se não aplica no caso da religião, pois dizer que "(...)todo o fundamentalismo tende a uma absolutização do “eu”, do “ego” em detrimento do “outro”" é um afirmação absurda dentro do quadro de valores do cristianismo ou do islamismo, pois eles visam exatamente o contrário: uma absolutização de Deus em detrimento do eu. O fundamentalismo apenas visa, nesses casos, a volta às origens, isto é, aos documentos sagrados. O texto, esse que linkaste, aliás, poderia render boas análises (o mito da globalização americana, fundamentalismo de mercado - faz-me rir ), pois é bem fraquinho, mas estou sem tempo no momento e escrevo aqui agora apenas graças à insônia. Portanto, continuo divagando... cauchies2006-5-22 3:19:13
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Caro Pablo, Algo que' date=' ao contrário do que tu dizes, apenas piora o ataque ao cristianismo, pois vemos claramente que o herói, ao final, é totalmente convertido. Isso é apenas uma radicalização da idéia de Brown, pois, embora em momento algum do livro ou do filme seja dito, o final de ambos, implica em uma divinização do Santo Graal, como se ele tivesse uma essência divína; disto para a implicação que a sua, digamos, outra parte, também tenha essa essência divina, embora contradiga praticamente toda a teoria de Brown, é apenas um passo lógico. Aliás, este ponto é muita vezes usado pelos livros que "decodificam" o código. Porém, algo que me chamou a atenção é que ano passado tu fizeste todo um alarde sobre o suposto anti-semitismo de "A Paixão de Cristo"- algo que não deu em nada e era pura bobagem - agora, em um filme que é indiscutivelmente, sei como tu adorás esta palavra, anti-católico, onde nada de ruim acontece sem que haja, ou uma cruz, ou um padre, ou um frade, ou um crente, nada dizes? Faz-me divagar...
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Guerra de Críticas
cauchies replied to Engraxador!'s topic in Críticas e Publicações do Cinema em Cena
Bom, vou postar uma crítica que escrevi sobre Casshern, porque adoraria ver outras Casshern: sobre nossa redenção? Falar sobre Casshern é difícil! Não sei nada de cultura japonesa, então, vou falar apenas das impressões que ficaram em minha alma. Visualmente falando o filme é lindo e, claro, revolucionário ao criar todos os cenários digitalmente; eu fiquei impressionado com o uso das cores com o propósito de ressaltar os sentimentos, como, por exemplo, no jardim da casa dos Azuma, que parece um sonho com cores vivas, alegres e luminosas, como se a luz divina estivesse sempre presente naquele lugar. É surpreendente perceber a espiritualização dos artistas japoneses: os filmes e jogos são sempre recheados por simbolismos religiosos, os quais não são adereços ao filme, mas parte importante de suas histórias. Muito diferente da cultura ocidental onde o simbolismo é sempre para rechear algo, e conseqüentemente falha, pois a cosmovisão religiosa engloba tudo e não o contrário. Casshern é recheado de intervenções divinas, seja lá que Deus seja esse, que têm pontos importantes na história. A crítica a política é forte, a alusão ao partido nazista é clara – em ambos os lados; aliás, algo interessante é a total falta de maniqueísmo. O filme, nesse ponto, é claro: somos todos imperfeitos e precisamos lutar para nos tornarmos pessoas melhores. Sem contar que me encheu de prazer, quase ao nível do orgasmo, ver um filme criticar o estado, e não as políticas deste, e a todos os homens que dizem ter a solução para todos os problemas. Esse ponto pode passar batido, pois podemos simplesmente culpar as políticas de um determinado governo, mas o problema é exatamente este: nós, e apenas nós, somos responsáveis pelas nossas vidas, e sempre que alguém tenta resolver ela para nós, e deixamos, pessoas morrem. A crítica não é feita ao belicismo, mas diretamente aos homens que querem ser os definidores do certo e do errado: isso vale para todos os políticos e não apenas para aqueles com que não concordamos. Em outras palavras, o filme faz afronta direta ao idealismo. Há, também, as personagens feminias que são mulheres de verdade, ou seja, que são vulneráveis exteriormente, mas interiormente são moralmente fortes e virtuosas. Longe daquele esteriótipo da mulher guerreira, masculinizado – tipo vulgar a lá Sex and the City - que só falta coçar o saco, se tivesse um, e arrotar. As personagens feminias desse filme são maravilhosas, e, como sempre deveriam ser, o centro moral de toda a história. Pela maioria das críticas que li muitos não entenderam o filme, eu me incluo entre eles. Mas acho que nosso erro é tentar entendê-lo a luz de nossa cultura que já apagou de nossa imaginação, mas não da realidade, as premissas básicas que criam o universo do filme, sendo a mais importante delas o fato de que Deus existe e, pior ainda, age diretamente sobre nossos destinos. Apenas o detalhe acima dá toda uma interpretação diferente para tudo que ocorre no filme, já que os neo-humanos foram trazidos por um motivo: trazer redenção aos humanos. Casshern tem várias críticas, mas, penso eu, que sua principal indagação é para com a nossa consciência: se Deus existisse, e resolvesse vir aqui buscar os justos, você estaria entre eles? Deixou-me certamente apreensivo. -
Caros Serge e Conde, Eu já tive esse debate com vcs no fórum antigo. Infelizmente por causa de um golpe do destino, e do reitor da minha faculdade, terei feriadão a começar por hoje! Portanto, estou indo para a praia onde espero ficar bem longe de computadores. Segunda-feira, prometo trabalhar melhor esse assunto. Nesse meio tempo não chorem muito de saudades. A todos uma feliz Ressureição!
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Mas o hq não me parece ser panfletário' date=' não posso dizer, pois não o li, porém a entrevista com o Moore mostra que sua idéia era deixar tudo ambíguo criando personagens em ambos os lados que tivessem profundidade. Se vc não enxergou, foi simplesmente porque não viu, pois está lá!
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Vcs já leram os motivos pelos quais Alan Moore pediu para ter seu nome retirado dos créditos? Exatamente, porque, ao recriar o universo de V como neoliberais X democratas americanos, eles transformaram a história em um panfleto que, como todo o panfleto, é simplesmente retórica tendenciosa. A crítica do Pablo é ainda mais panfletária! Para ler a entrevista aqui. http://www.comicon.com/thebeat/2006/03/a_for_alan_pt_1_the_a lan_moore.html É interessante notar que a luta do fascismo contra o anarquismo não é, como acredita Alan, entre dois extremos políticos absolutos, mas certamente gera na história uma universalidade que proporciona a ambiguidade moral que a enriquece. Mais uma vez Hollywood estraga tudo Abraços a todos...