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Forum Cinema em Cena

Flávio Assub

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  1. Brilhante análise do Villaça que, embora tenha tido acesso um tanto atrasado, me fez descobrir um excelente meio de me inteirar de forma profissional e sensata sobre o mundo da sétima arte, tão escarafunhado por aqueles que pensam saber de cinema. Vomitam opiniões medíocres para o público de um país que ainda está apredendo a fazer cinema, e o vicia. Pena! Cheguei aqui pelo mágico google, procurando a trilha adorável deste filme, sem saber que poderia encontrar esta crítica especial. Aliás, como eu disse, muito difícil encontrar quem saiba falar de filme sem estrelismo. O Pablo, de fato, me foi uma das raras exceções. Sou um apaixonado pelo cinema e me enerva ouvi tanta besteira! Aqui encontrei refúgio e certamente vou retornar diversas vezes. Reitero o brilhantismo da crítica, tendo que discordar - para não deixar de lado o bom costume desses fóruns, e porque eu estava enchendo muito a bola do crítico, rs - com sua posição sobre o desfecho da película. Para mim, a arte é tudo na vida, mas calma lá! Tudo, menos a própria vida! O final do filme, ao contrário, mostrou a genialidade do roteiro quando faz o espectador encontrar, certeiro, a morte do protagonista e, ao revés, como num "ippon" da arte, o leva para uma saída genial do roteirista e da romancista-personagem. Ela, deve-se perceber, descobre que em muito de suas histórias, na qual matava todos os seus personagens no final, muito demostrava seus fantasmas e conflitos que também possuía, e isso fica muito claro no seu estilo de vida e no diálogo final com a Latifah (e este foi realmente o único momento necessário da personagem no filme). A direção e a figurinista mandaram bem quando, reescrito o final, mostra uma outra Eiffel, bem aparentada e com outras luzes ao visitar o professor Jules. A "mudança" haveria de existir para ela também, lógico, e isso só seria possível se não se matasse o personagem de Farrel. Além da obviedade evitada, o roteirista pôde trazer a ideia do professor Jules (e do Pablo) da "vida pela arte" e foi além. Trouxe um outro sentido para, numa linguagem metafórica, saber que os métodos humanos, às vezes são mau empregados e que a obssessão pelo relógio só lhe serviu para, tecnicamente, lhe salvar a vida! Vale dizer que Emma Thomson está brilhante e bem que este papel poderia lhe render pelo menos alguma indicação para algum prêmio (não sei se foi), já que sabemos que não se trata de comédia de verdade (o que seria difícil), e ainda que fosse, era justo. Ela está grandiosa! Não esperava tanto deste que, com certeza, está na lista de um dos grandes filmes holywoodianos! Forte abraço!Flávio Assub2009-09-19 01:58:37
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