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Forum Cinema em Cena

Nsaj

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  1. Segundo o Moore a DC o roubou. Levou seu dinheiro e, pior, levou sua obra. Pelo menos é o que ele afirma. Quanto a ele achar que o mundo dos quadrinhos gira em torno dele, o fato é que o nome de Moore faz render muito dinheiro. Talvez seja o nome mais lucrativo. Dinheiro esse que, de certo modo, só faz com que aqueles que "roubaram" Moore enriqueçam mais e mais. Acho que é por isso que ele tenta boicotar os projetos que envolvem as obras que ele realizou (boicote que inclui algumas declarações fortes).Nsaj2009-11-28 01:42:05
  2. Olá! Não sei se coloquei no lugar certo o meu comentário (A iconoclastia conservadora de 2012 - http://www.cinemaemcena.com.br/forum/forum_posts.asp?TID=15615&PN=8). Abstraindo algumas coisas, o filme é bem divertido.Nsaj2009-11-23 23:31:20
  3. A iconoclastia conservadora de 2012 contém spoiler Fui ver 2012 sem maiores exigências. Esperava ver o mundo sendo destruído em panorâmicas impactantes, mergulhadas em efeitos especiais oriundos das mais novas tecnologias. Sobre a história, já sabia o que esperar. E todos os elementos esperados estão no roteiro. Membros de uma família com alguns problemas de relacionamento que, ao enfrentarem as dificuldades impostas pela catástrofe, têm seus vínculos fortalecidos, por exemplo. Tem também o excêntrico que sabe de tudo (ou quase) e que tem a função de explicar ou fornecer para o protagonista o modo pelo qual a salvação pode ser alcançada. Até aí, tudo bem. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Outro aspecto esperado do filme é o exagero. Obviamente, os protagonistas realizam ações impossíveis de serem realizadas. Embora algumas cenas sejam tão absurdas a ponto de causar risos, nada disso tira o brilho do filme. Se tudo ficasse no plano do clichê, eu poderia ver em paz as cenas de destruições. Porém, de uma hora para outra o filme começa a tentar vender uma idéia. O filme passa a ser uma espécie de elogio iconoclasta, movido por metáforas óbvias e rasas. Ao mesmo tempo em que faz isso (mas não por isso), o roteiro prega uma moral “tradicional” (seja lá o que isso queira dizer) também de modo óbvio e raso. O filme, então, perde sua coerência, com sua “iconoclastia conservadora” barata. Finge ou pretende ser rebelde, mas mostra-se conservador. Veja o ataque iconoclasta. O povo está na Praça de São Pedro rezando. Um terremoto começa e, cortando para dentro da Capela Sistina, vemos o teto rachar, de tal modo que a rachadura passa exatamente entre os dedos de Adão e do Criador. Nesse momento, através dessa metáfora nada profunda, o vínculo entre o homem e a divindade, segundo o filme, é desfeito. Em seguida, a Cúpula da Basílica de São Pedro esmaga todas as pessoas. Sasha (acho que é esse o nome), o piloto do avião, tenta domar um avião de carga na neve enquanto os outros se salvam. O avião pára antes da cair em um abismo, mas fica como que equilibrado. Sasha sorri e faz o sinal da cruz. Pronto! O avião desaba e explode. Além disso, temos a óbvia imagem da estátua do Cristo Redentor se despedaçando e caindo, e outras cenas mais discretas. Para culminar a mensagem de iconoclastia do filme, no final, quando a humanidade se salvou e está prestes a começar uma nova era, o calendário gregoriano é descartado (ou reiniciado). Eles não estão mais em 2013 D.C, mas sim no dia 01 do ano 01. O filme quer destruir o “D.C”. O lado conservador do filme é mais óbvio ainda. Se nas outras ocasiões um simbolismo raso foi empregado, aqui é mais direto. Como exemplo, vejamos o destino daqueles que têm falhas no caráter. O magnata egoísta morre. O ajudante do magnata, que tem um caso com a namorada do patrão, morre. A namorada do magnata, que o trai, morre. O irmão do monge budista, que titubeia na hora de salvar as pessoas, mas que acaba sendo convencido a salvar, não morre. Afinal, ele ajudou os outros. Porém, ele titubeou. Por isso, ele quase morre, perdendo apenas uma das pernas. Os filhos arrogantes do magnata são apenas crianças. Vêem o pai morrer e recebem uma nova chance. A família protagonista, claro, termina feliz, junta e intacta. O cientista bondoso e a filha altruísta do presidente também acabam sorrindo. E o Gordon, o marido da ex-ex-mulher do herói? Bem, não morre por ser do mal, ou algo assim. Ele morre porque, como já era previsto, no final os problemas familiares se resolvem, e o vínculo entre aqueles que anteriormente estavam em conflito se fortalece, os obstáculos são ultrapassados. Se o coitado do Gordon era um obstáculo, ele deveria ficar para trás. Para que ele não ficasse sofrendo pela perda da família (que, no final das contas, não podia ser dele, segundo o filme), resolveram matá-lo de forma heróica. Ou seja, Gordon morreu porque o roteiro é fraco mesmo. Apesar das minhas críticas, acho que 2012 é um filme legal de se ver. Basta não dar atenção para essas tentativas irritantes de passar uma mensagem. Enquanto o filme se mantém na superfície esperada, sem tentar mergulhos mais profundos, ele não decepciona. Afinal, o que queremos ver na grande tela com esse filme é o mundo explodindo e se destruindo. E nada mais. twitter.com/_rockabilly Nsaj2009-11-23 20:30:17
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