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Forum Cinema em Cena

luccasf

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Everything posted by luccasf

  1. Alien, o Oitavo Passageiro (Alien) Depois de quase cair nas mãos de Roger Corman, grande realizador de filmes B, e por pouco não ficar a cargo de O'Bannon, que acabou no posto de roteirista, "Alien, o Oitavo Passageiro" (Alien, 1979) finalmente encontra o diretor ideal. Ridley Scott, que estreiou na direção de "Os Duelistas", produção que recebeu bons comentários, por parte da crítica, assume um projeto que mesclaria os traços da ficção científica, com o gênero terror. Tudo começou, quando o roteirista, Dan O'Bannon, depois de trabalhar com John Carpenter, em "Dark Star" (Dark Star, 1974), que se tratava de uma conclusão do seu curso de cinema, optou por resgatar a temática, entretanto, focando numa abordagem mais realista e apurada. A produtora FOX, envolvida com a obra, fez questão de dobrar o orçamento do filme, depois de ver o planejamento artístico do diretor. Poucos sabem, mas Ridley Scott é formado em design, no West Hartlepool College of Art, e isso, sem dúvida alguma, colaborou para que a obra tivesse uma estética, de forma geral, extremamente avançada, para a época. A vertente alienígena, até aquele momento, não tinha grande força, dentro do cinema. No entanto, é bom lembrar que, anos depois, diversos filmes começaram a surgir, dando destaque para o trabalho de John Carpenter, "O Enigma de Outro Mundo" (The Thing, 1982), que ainda é considerado, por muitos, sua obra-prima máxima. "Alien, o Oitavo Passageiro", tem a seguinte estória: sete tripulantes de uma nave comercial são acordados, depois de um bom tempo viajando. Eles acham que já estão chegando em casa, entretanto, o capitão descobre que a rota foi modificada, para checar um aviso de alerta, num planeta desconhecido. No começo, os tripulantes achavam que era um pedido de socorro, porém, com o passar do tempo, eles vão descobrir que lá, é o último lugar que eles gostariam de estar. Estrelado por Tom Skerritt e Sigourney Weaver, "Alien, o Oitavo Passageiro", além de inovar dentro do gênero, quebra o estereótipo da personagem feminina frágil e indefesa. O roteiro, que era tratado com muito apreço pelos roteiristas, principalmente por visarem esse projeto, há muito tempo, tem um primeiro ato lento, que não deve ser considerado como aspecto negativo, diferentemente do segundo ato. O desenvolvimento apresenta um ritmo incompatível com o que já foi apresentado, não aproveitando, por inteiro, as técnicas do diretor em criar cenas tensas, de forma incomparável. Um grande atrativo da produção, é o fato de que, justamente por ter uma temática pouco explorada, o espectador não consegue imaginar o que pode acontecer, nas cenas seguintes. Os primeiros minutos do filme são tomados por um silêncio perturbador, fazendo alusão ao próprio pôster do filme, que carrega a seguinte frase: "In Space no one can hear you scream". Ridley Scott faz questão de utilizar esse artifício em várias cenas do filme, principalmente, nas que são responsáveis pelo suspense gradativo. Quando a trilha sonora de Jerry Goldsmith não auxilia a atmosfera lúgubre, ficamos apenas com o ambiente emudecido, esperando por um movimento, ou por um som, a qualquer instante. Caminhando para o desfecho, Ridley utiliza, mesmo que rapidamente, a câmera subjetiva para dar um toque mais aterrador, na produção. É mais uma técnica que preencheria muito bem o suspense do filme, entretanto, o diretor optou por esconder a sua criatura, criando medo, sem ficar mostrando, exageradamente, a fonte disso. A direção de arte, indicada ao Oscar, demonstra o perfeccionismo de seus realizadores. Recriaram um ambiente inusitado, de forma encantadora e realista. Os corredores estreitos, e as salas apertadas trazem um clima claustrofóbico para o filme. A câmera sempre se mantém com os enquadramentos precisos, a fim de aprimorar essa sensação. A fotografia, principalmente nas tomadas externas, ganha destaque na utilização das luzes contrastando com a névoa, dando uma tonalidade azulada, que remete ao sombrio. Por fim, e não menos importante, temos os grandiosos efeitos especiais, que resultaram na premiação, no Oscar. Visualmente incrível, para a época. Takes deslumbrantes, que dão um toque luxuoso para a produção, trazendo mais um grande diferencial. O próprio desfecho tem uma das cenas mais antológicas da franquia, proporcionada pelos efeitos especiais, juntamente com o enquadramento perfeito. "Alien, o Oitavo Passageiro" caiu nas mãos certas. Ridley Scott e seus profissionais dão forma para algo novo, dentro do cinema. Da ambientação minuciosa, à maquiagem da criatura. Os traços dos filmes B, acabam ficando para trás, graças ao investimento da produtora, e, obviamente, aos talentosos profissionais que extravasaram os limites do convencional, buscando uma nova visão do desconhecido, para o espectador. A ficção científica se misturou bem com o terror, e isso agradou diversos realizadores que ousaram utilizar dessa essência, anos depois. Poderia ter um aproveitamento maior, sem dúvida alguma, mas ainda assim, está acima da média. Um marco para ambos os gêneros. Nota: 7,5
  2. Amon Amarth - Twilight Of The Thunder God "Thor Odin's son Protector of mankind Ride to meet your fate Your destiny awaits Thor Hldyn's son Protector of mankind Ride to meet your fate Ragnar'k awaits"
  3. O Dia da Besta (El Dia de la Bestia) O segundo trabalho de Álex de la Iglesia na direção, “O Dia da Besta”, tinha de tudo para arruinar a sua carreira, que começara há pouco tempo. Com um dos roteiros mais inusitados do cinema espanhol, Iglesia conduz um filme que funciona muito bem como uma comédia recheada com o seu típico humor negro, ao mesmo tempo em que satisfaz o gênero terror, com takes aterradores, que quebram o clima cômico, da produção. Levando em conta que a sua estréia não havia agradado boa parte da crítica, o diretor consegue se reerguer, e demonstrar sua singularidade incontestável, que proporcionaria uma legião de fãs, com o passar dos anos. O que poderia ser encarado apenas como um filme polêmico acaba se transformando num dos melhores, se não o melhor, projeto do diretor espanhol. A premissa se baseia na vida de um padre que descobre o verdadeiro segredo sobre o livro do Apocalipse, e, com isso, parte para uma jornada, a fim de salvar a humanidade contra as forças do Anticristo, que nasceria no próximo dia 25 de dezembro. Os primeiros minutos de um filme são primordiais para atrair, ou não, a atenção do espectador. "O Dia da Besta", sem dúvida alguma, tem uma das melhores introduções já vistas, servindo de prelúdio para a atmosfera escrachada, gerada pelos toques precisos e insanos, do diretor. A heresia exacerbada é o grande aspecto cômico do filme, e somente um realizador competente conseguiria abusar dessa dosagem, sem criar um clima monótono e ofensivo. Sobre essa questão de ofender o espectador, creio que deve ser encarada de forma subjetiva, entretanto, desde o início, Iglesia adota uma postura zombeteira, ou seja, levar a sério e se ofender com "O Dia da Besta", evidencia que a verdadeira essência não foi captada. Mesmo seguindo esse tom que remete aos filmes trash, a produção esbanja uma qualidade técnica extremamente apurada. O roteiro, que, à primeira vista não demonstrava muita qualidade, é um dos grandes protagonistas, por trás das câmeras. Com personagens excêntricos, passando por padres pecadores, um fã de death metal, uma inocente virgem, e até mesmo um apresentador charlatão que lida com casos demoníacos, "O Dia da Besta" caminha até o extremo do bizarro, mas nunca perdendo o humor ácido e peculiar, de Álex de la Iglesia. Quando o filme muda de perspectiva, adotando o terror como ponto principal, notamos que os efeitos especiais ganham destaque total. Em certos takes, toda àquela atmosfera descompromissada, anteriormente retratada, acaba se perdendo no ar, dando espaço para um clima macabro, principalmente nos minutos que antecedem o término do filme. O diretor capricha nessa alternância estilística, sem atrapalhar o ritmo da obra. Do começo ao fim, a diversão está presente, entretanto, no decorrer, reparamos que ela é gerada, a partir de aspectos diferentes. Os diálogos, por vezes carregados de ironia, denunciam algumas posturas erradas dos personagens, que até podem ser vistos de forma alegórica. Juntamente com isso, vemos certa rebelião social, denominada "Limpa Madrid", ocorrendo paralelamente ao tema principal, voltada para assassinatos de moradores de rua. Neste momento, notamos que existe certa crítica implícita, num filme em que, se fôssemos julgar apenas pela capa, dificilmente imaginaríamos tal feito. Existem milhares de formas de surpreender quem assiste, e em "O Dia da Besta", Iglesia utiliza boa parte delas. Quem não tem ousadia, acaba ficando submisso ao convencional. Álex de la Iglesia abre as portas para a sua fértil imaginação, dirigindo um filme ímpar, repleto de um humor inteligente, e de personagens marcantes. Após a sua estréia tão criticada, o espanhol vira o jogo, e encanta o espectador com a sua capacidade de entreter, e tratar, com seriedade, certas questões sociais, ao mesmo tempo. Elogios para quem tenta. Palmas para quem acerta. Nota: 8,5
  4. Eu acho que essa última Roça definiu o vencedor do Reality Show. E essa despedida da Janaína foi uma das coisas mais bizarras que eu já vi. Eu senti vergonha, por ela.
  5. Concordo. Pelo pouco que eu vi, "Bravura Indômita" vem, com mais um belo trabalho do Deakins. Sem dúvida alguma, é um dos melhores diretores de fotografia, do momento.
  6. "Mediterraneo" Soundtrack - Greek Music Um dos meus filmes favoritos, como eu tinha dito, anteriormente. Gabriele Salvatores realiza um belo trabalho, desde a envolvente trilha sonora, à fotografia que realça, com os melhores enquadramentos, a beleza dessa cultura extraordinária.
  7. Best of Greek Songs Volume 1 Mais uma ótima faixa desse CD. Me disseram que é uma das melhores coletâneas, mas já ouvi algumas que me surpreenderam, em um outro BOX. A parte instrumental é simplesmente brilhante.
  8. O Iluminado (The Shining) Stanley Kubrick, figura rara dentro da história do cinema, teve a carreira marcada pela sua postura cética a respeito do ser humano, e por ser dono de uma estilística incomparável, que sempre buscava a perfeição em cada take. Visto pela crítica como um diretor extremamente intelectual, Kubrick costumava abordar um tema recorrente em suas produções: a guerra. Com o passar dos anos, a fórmula pesada que o diretor utilizava em suas produções, começou a criar um certo desgosto por parte do público, fazendo com que o diretor deixasse os EUA, e caminhasse para a Inglaterra, onde trabalhou até seus últimos anos de vida. Depois de realizar alguns trabalhos na fase britânica, dentre eles: "2001 - Uma Odisseia no Espaço" e "Laranja Mecânica", obras que consagraram a filmografia do diretor, Kubrick parte para uma temática que, até então, era incompatível com o seu perfil intelectual. Como já era de se esperar, a crítica apedrejou "O Iluminado". O diretor chegou a ser criticado pelo próprio Stephen King, autor do livro no qual o filme foi baseado, que considerava Kubrick como um homem muito frio, incapaz de trazer uma abordagem agradável, para um tema tão impactante. Anos depois, após toda essa resistência, "O Iluminado" começava a ganhar seu verdadeiro reconhecimento, provando que Kubrick era dono de uma versatilidade invejável, e que estava pronto para deixar o espectador boquiaberto, a cada filme que fosse produzido. Início do rigoroso inverno americano. Jack Torrance (Jack Nicholson) é contratado para passar alguns meses, dentro de um hotel, juntamente com a sua esposa (Shelley Duvall) e seu filho (Danny Lloyd), para cuidar das dependências do local, durante essa estação do ano. O que parecia ser uma boa experiência para o pai de família, que buscava mais tranquilidade para escrever o seu livro, acaba virando um pesadelo terrível, quando a solidão acaba afetando o convívio dos três. Cercados de neve por todos os cantos, o hotel vira palco de acontecimentos inexplicáveis, onde a loucura perambula pelos longos corredores. Deslumbrante em cada take. Uma atmosfera tão pesada, que o espectador fica tenso, vendo apenas uma tela preta, com as seguintes palavras: Terça-Feira. Belíssima observação de Janet Maslin, crítica do New York Times, que defendia o trabalho do diretor americano, e, principalmente, sua mudança de estilo. Com um roteiro sólido, e com certas modificações, em relação ao material que deu origem ao filme, Kubrick consegue conduzir o filme da maneira mais correta possível, acertando em cheio, ao utilizar certa ambiguidade no desenvolvimento da estória. Até um determinado ponto crucial do filme, o espectador não consegue saber se tudo aquilo que acontece pode ser justificado pela insanidade do personagem de Jack Nicholson, ou se o hotel é palco de atividades sobrenaturais. Essa dúvida é solucionada, entretanto, no belo desfecho, o diretor dá espaço para outras abordagens possíveis. Kubrick termina o seu filme, mas deixa o espectador pensando por horas. Para uma pessoa tão fria, como Stephen King comentou, o americano conseguiu criar um universo de proporções indescritíveis. O trabalho de câmera é fundamental para aprimorar a atmosfera soturna. Com o uso predominante da steadicam, que proporciona uma filmagem sem os trancos gerados pelos movimentos do corpo, além de facilitar o movimento entre os cenários, sem a utilização de cortes, o diretor opta por uma filmagem com planos abertos, para aumentar o sentimento de solidão, dentro de cada cena. As proporções dos cenários e dos personagens, colaboram para esse vazio aterrorizante. Outra técnica utilizada, é a de filmar os personagens de costas, como se os mesmos estivessem sendo perseguidos. O espectador, devido ao clima criado, encara a filmagem de forma subjetiva, sempre esperando alguém aparecer, mas não, Kubrick apenas vai preparando o espectador para os próximos minutos. Costumam dizer que o papel de Jack Nicholson, em "O Iluminado", marcou a sua carreira. Quem diz isso, está coberto de razão. Kubrick se preocupava muito com os atores que escalava para os seus filmes, e quando escolheu Jack Nicholson para viver o personagem Jack Torrance, o diretor disse que encontrou a pessoa mais apropriada, afinal de contas, sua aparência já trazia um diferencial assustador. Por mais que um ator tente trabalhar suas feições, jamais vai superar algo que é natural. O profissionalismo do ator acabou encantando o diretor, durante o período das gravações. Nicholson foi além do que o roteiro dizia, improvisando em certos takes, e trazendo um charme a mais, para a produção. Na antológica cena em que o seu personagem quebra a porta com um machado, e Jack aproxima o rosto do vão, dizendo: "Here's Johnny!", notamos uma ligação com a abertura do programa de Johnny Carson, que era bem famoso, na TV americana. Em outro momento que Jack extravasa os limites do roteiro, é a cena em que ele joga a bola de tênis contra as paredes do saguão. Neste caso, o roteiro apenas anunciava: Jack não está trabalhando. Uma atuação brilhante. É impossível imaginar outro profissional na pele de Jack Torrance. A escolha de Shelley Duvall também seguiu o padrão supracitado. O diretor dizia que sua aparência era a mais pura representação da impotência, e ele precisava de uma atriz que demonstrasse uma degradação psicológica extremamente verossímil. Por causa do seu perfeccionismo, e da sua intenção de buscar a espontaneidade do seu elenco, Kubrick fazia questão de gravar os mesmo takes, por mais de 30 vezes. Essa atitude do diretor, acabava frustrando os atores. Em certa cena em que Scatman Crothers - interpretando o personagem Dick Hallorann - participa, o americano fez com que ela fosse rodada mais de 40 vezes, fazendo com que o ator veterano começasse a chorar, devido ao imenso desgaste. Outro grande atrativo do elenco era o jovem Danny Lloyd. Como a estória de "O Iluminado" tinha um forte tom macabro, o diretor organizou as cenas em que ele aparecia, para serem gravadas de forma rápida, e sempre com a presença dos pais. Como o garoto tinha apenas 7 anos, Kubrick fazia questão de protegê-lo contra qualquer choque que ele pudesse ter, por perceber a verdadeira temática de sua produção. Essa ligação dos dois, acabou gerando um grande companheirismo entre eles. A cenografia de "O Iluminado" é mais um dos grandes atrativos da obra. Para decidir os melhores ambientes possíveis, o desenhista de produção, Roy Walker, entrou em cena, pedindo para que diversos fotógrafos tirassem fotos dos mais diversos hotéis que conheciam. Com base nessas fotos, começaram a montar os cenários do filme. Elogiar esse quesito, é fundamental. O clima não seria o mesmo, sem a combinação da direção de arte, com a fotografia. A caracterização de cada ambiente é minuciosa, e conquista o público pelo trabalho apurado. Da cena do luxuoso baile, às tomadas exteriores. O perfeccionismo de Kubrick é uma grande qualidade, sem dúvida alguma. Sobre a fotografia, ressalto o incrível jogo de luzes. Adotam uma tonalidade que remete ao fantasmagórico, dando destaque para as cenas do labirinto. Tudo é friamente calculado para causar um verdadeiro efeito pertubador, no espectador. Por mais que os ambientes sejam espaçosos, acabamos presenciando algo de caráter claustrofóbico, mediante ao produto de imagem e som, trabalhando juntos. Formada por composições de vários músicos, como por exemplo: Krzysztof Penderecki, que também contribuiu para "O Exorcista", de William Friedkin, a trilha sonora acompanha o ritmo do filme, com suas notas que alternam entre o depressivo e o lúgubre. Uma experiência cinematográfica divina. Um passeio marcante entre a insanidade e o sobrenatural, protagonizado por personagens que beiram a loucura, amedrontando e fascinando o espectador, ao mesmo tempo. A resistência da crítica não passava de um mero protesto contra a mudança repentina do diretor, entretanto, quando estamos falando de uma obra-prima, nada consegue ofuscar os seus lampejos. O americano, começando pelos quesitos básicos, consegue levantar mais uma das produções que marcaram sua carreira. Por mais que o seu perfeccionismo, por vezes, fosse encarado de forma negativa, não dá pra negar que outro diretor dificilmente teria o mesmo apreço, seja com a filmagem, com a estética, ou até mesmo, com a escolha a dedo, do seu elenco. Pela frente das câmeras, brilhou Jack Nicholson, por trás das câmeras, brilhou um gênio chamado: Stanley Kubrick. Nota: 9 luccasf2010-12-06 12:23:39
  9. O Santos será uma figura muito interessante, na próxima Libertadores. Vamos ver o jovem Neymar jogando, e, mais importante ainda, a volta do Paulo Henrique Ganso. Vamos ver como os jovens se comportam num torneio de grande porte. Essa próxima Libertadores tem tudo para ser marcante. Ao meu ver, Corinthians leva, facilmente, essa vaga. No entanto, depende do comportamento que o time vai adotar, após esse fim de campeonato.
  10. A entrevista foi decepcionante. Eu até achava que o Jô tinha uma noção básica de cinema, mas fiquei surpreso pelo grau de despreparo. O final foi deprimente. Definitivamente, para fechar com chave de ouro. Não esperava algo nesse nível.
  11. Gosto muito do timbre de alguns cantores gregos. É uma pena que não são todas as letras que foram traduzidas.
  12. Pantelis Thalassinos - Tou Feggariou Comecei a ficar apaixonado pela música grega, desde quando assisti "Mediterraneo", do Gabriele Salvatores. Comecei a dar mais valor para a cultura grega, de uma forma geral. É uma pena que são poucas pessoas que se interessam por essa cultura tão rica e maravilhosa.
  13. The Strokes - You Only Live Once "h men don't notice what they got. Women think of that a lot. One thousand ways to please your man. Not even one requires a plan."
  14. Muito bom... Olha, eu não gosto muito das músicas deles, mas sempre ouço as mais conhecidas. Essa aí é genial. Uma das poucas músicas que geram um efeito tão bom.
  15. Queen - We Will Rock You "Buddy you're a boy make a big noise Playin' in the street gonna be a big man some day You got mud on your face You big disgrace Kickin' your can all over the place"
  16. Não acho que se restringe apenas à isso, de forma alguma. No entanto, não dá pra negar que isso é fato.
  17. E é incrível como ele consegue manter um nível agradável, do começo ao fim. Claro que ele passou por outras experiências cinematográficas, anteriormente, mas "Sangue de Pantera" foi sua primeira produção maior. Talentoso ao extremo. Filmaço. Fui rever, quando lembrei do seu post, mes passado.
  18. Sangue de Pantera (Cat People) Certos fatos são injustificáveis. Por mais que diversos aspectos sejam levantados, é difícil encontrar uma resposta aceitável para determinada situação. Como o foco é o cinema, levanto uma questão: por que Jacques Tourneur, diretor francês de filmes B, tem uma carreira tão subestimada? Não podemos aceitar o argumento que se refere aos filmes de baixo orçamento, afinal de contas, William Castle e Roger Corman são dois grandes nomes que ganharam notoriedade, justamente por esse motivo. Sempre caminhando atrás desses dois profissionais, Tourneur dirigiu obras incríveis, com poucos recursos, mas, que, mesmo assim, demonstravam uma superioridade surpreendente, para a época. No seu primeiro trabalho com Val Lewton, grande produtor que o acompanhou nos seus primeiros filmes, na década de 40, o francês dirigiu "Sangue de Pantera", obra voltada para o gênero terror, que segue um caminho transgressor ao que era comumente apresentado por boa parte dos realizadores, naquele período. A estória, baseada num livro de DeWitt Bodeen, se baseia na vida de uma jovem, que começa a presenciar estranhas manifestações, quando se mantém perto dos felinos. A situação acaba ficando descontrolada, e a inocente jovem tem medo de prejudicar as pessoas, por causa do seu comportamento. Deixando de lado a utilização dos efeitos especiais, Tourneur opta por criar a atmosfera de outra forma, fazendo com que esse diferencial seja uma das grandes marcas registradas de sua filmografia. O trabalho consciente na direção é notável e indiscutível. Em vez de buscar a repulsa pela violência gráfica, Tourneur prefere utilizar algo mais suave para incomodar o espectador. Os indícios do que seria apresentado apenas no desfecho, criam um clima claustrofóbico em cada cena, sem prejudicar o efeito planejado. A própria montagem, quando voltada para as cenas que envolvem os animais, juntamente com as frases e atuações agradáveis, enriquecem cada take, e, por conseguinte, preparam o espectador para os momentos finais, que se encerram com uma belíssima frase de John Donne, que busca sintetizar a temática, de forma metafórica. O diretor consegue trazer uma lugubridade, com o auxílio da fotografia, dando destaque para as tomadas que a luz e as sombras criam um espetáculo visual indescritível, que dificilmente veremos novamente, nas mãos de outros profissionais. Quando projetadas na parede, vemos que as sombras geram certa sensação que incomoda o espectador, por não reparar o que realmente está acontecendo. De fato, a reação não seria a mesma, caso os efeitos especiais fossem utilizados de forma predominante. Tourneur acerta em cheio, e traz um novo molde para os filmes do gênero, que começavam a ganhar mais força, dentro da indústria cinematográfica. Uma estreia surpreendente é tudo que um diretor quer ter. Tourneur foi além. Mesmo não tendo o reconhecimento que outros nomes da época tiveram, Jacques Tourneur foi um grande expoente do gênero, inovando e esbanjando talento em cada produção. Sua preocupação com cada quesito, principalmente os estéticos, e a destreza supreendente na direção, fazem com que seu nome jamais seja esquecido, pelo menos para os amantes do bom e velho cinema. Nota: 8
  19. Terminei de ver "Sangue de Pantera", do Tourneur. É incrível como o diretor consegue entregar tudo ao espectador, sem mostrar, efetivamente, o que está por trás da trama. Subestimado ao extremo.
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