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Forum Cinema em Cena

Mr. Scofield

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Everything posted by Mr. Scofield

  1. Ótimo comentário, Soto. Realmente a percepção da estória muda muito nossa forma de ver as coisas. Interessante é que não discordo de você porque os mesmos fatores que te agradam me desagradam. Acho que o vice versa também ocorre. Vejo muitas qualidades tanto técnicas quanto estéticas em Conjuring. De nada adiantaria se eu não gostasse do estilo. Quando eu vejo algo do James Wan normalmente sei que vou gostar porque gosto da linguagem cinematográfica que ele adota. Pequenas variações dele para mim soam brilhantes porque desde Saw eu sinto que gosto de muitas coisas que ele usa e parece que ele tirou dos mesmos lugares que eu vi. Há um diálogo constante virtual e psicológico comigo. É bem subjetivo. Obs: o rotten dá notas em 10 para críticos. Então é 2.8/10 mesmo, péssima nota (agora subiu para 2.9). Mas, como disse é uma exceção. Normalmente discordo deles.
  2. Sério isso? Permita-me discordar. Vi há umas duas semanas e nem quis comentar. Achei extremamente mal dirigido, assustador até. A edição é horrorosa, desagradável e confusa (no pior sentido possível) e a reação dos personagens (todos, tanto fora quanto dentro da trama principal) é tão "conveniente" que em nenhum momento há qualquer credibilidade. Um exemplo de como a metalinguagem pode ser um recurso forçado quando usada de forma inadequada. No mais, a ideia de um grupo acompanhar os eventos vendo A FITA INTEIRA passando por situações semelhantes a espectadores de cinema (o que, obviamente, não são, já que estão em vias de tentar descobrir um assassino real) soa incrivelmente besta, além das armadilhas amadoras que enfrentaram e caíram. Não tem nenhuma atratividade. Nem trilha, nem som (a não ser que vozes acultíssimas e gritos chatos causem terror), nem cenário, nada. Só recursos de câmera chatíssimos que tornam a experiência pior ainda ao invés de ser uma curiosidade. O final é gritantemente previsível, ao meu ver. NESSE caso concordo com o 2.8 que recebeu no rotten (o que é raríssimo, já que discordo de 90% das notas de lá).
  3. The Conjuring Olha, o James Wan tem jeito mesmo pra coisa, você consegue detectar a paixão de um fã do gênero em cada filme desde a estreia em Saw. Ótimo filme. Como sempre, ele tenta resgatar com uma releitura moderna o terror que chocou a todos nos anos 60-80 (que eu chamo de décadas de ouro do gênero, antes da grotesca decadência iniciada na década de 90 com a reformulação que atingiu a maioria dos filmes nos anos posteriores). Para mim ele é representante de uma nova geração de cineastas muito promissores Assistir ao filme com fones de ouvido é desesperador. O trabalho de som, trilha, ambientação e direção de atores é notável, mas o que chama, de fato a atenção é como Wan lida com as homenagens que faz questão de incrustar em suas obras. Fã incondicional, é, para ele, fundamental a ausência da necessidade de criar algo completamente original. O bacana é retornar às origens e, a partir daí, construir algo tenso, com recursos adequados e, talvez surpreender por detonar com o mecanismo causa-consequência presente nos clichês do gênero. Neste sentido, a CAUSA está quase sempre lá mas a CONSEQUÊNCIA é, frequentemente, imprevisível. E, para complicar a fórmula, às vezes não é, o que torna tudo mais imprevisível ainda. Nessas pequeninas sutilezas reside minha admiração pelo cara. Mas, a despeito disso, é uma construção de enredo muito eficiente e, ao meu ver, merece bastante os olhares atentos. Pessoalmente, gosto mais da dupla Insidious e Sinister, mas certamente esse é um dos meus cinco filmes preferidos de horror da década. Uma das coisas que me chamaram a atenção foi a forma da família lidar com os fenômenos sobrenaturais. Em nenhum momento o ceticismo REALMENTE toma conta de tudo (o que normalmente acontece em filmes de "casas"), os protagonistas são complexos e denotam uma instabilidade emocional sobre as crenças. Percebe-se que eles desejam acreditar no racional, mas jamais expressam de forma manifesta e irredutível. Essa natureza mais humanizada contribui muito para o efeito da estória porque personagens com dúvidas eliminam "portos seguros" (normalmente o descrente é o primeiro a ser surpreendido).
  4. Nossa, estou morrendo para ver esse the conjuring. Soto, talvez seja o estilo mesmo. O de Primer e Triangle me agrada mais mas ambos são bem complexos e tem algumas coisas que não compreendo completamente. Mas adorei a indicação. É o tipo de filme que eu gosto, presto muita atenção e precisava ver mesmo sem gostar, haha. Quando ver mais no estilo me fala?
  5. Nossa, acabei de ver Die Tür (The Door/A Porta) e sinceramente achei MUITO fraco. The Door tem uma estrutura lógica boba demais. Tão boba que tira toda a magia dos dilemas das viagens no tempo. Não há paradoxos porque o filme simplesmente os evita criando um universo paralelo de dinâmica bobilda também, praticamente independente do passado, o que é uma aberração do ponto de vista físico. Acho que um dos elementos mais interessantes em um filme que lida com o cronológico é que, normalmente, o tempo se ENTORTA sob si mesmo gerando uma cadeia de eventos cíclica ou, se não gera, existe uma justificativa ou característica que torne tal violação plausível. Sem contar que o personagem principal é incrivelmente inexpressivo (mas melhora um pouco do meio para frente) e o fato dos outros terem vivido a mesma experiência torna tudo uma espécie de "vilazinha peculiar" cheia de indivíduos diferentes, o que soa besta demais na estória. Cara, tô tentando processar aqui, mas não tem a menor comparação, Triangle é MUITO superior. Em estrutura, em personagens, em simbolismos, em drama, em coerência, na lógica interna, no uso dos ambientes, nas interpretações, na montagem, enfim, em tudo. Não, e aquele final? Meo Deos.
  6. Esse tipo de didatismo não me irrita tanto, hahaha. O jogo de espelhos é clássico no cinema e simbólico também mas não é todo mundo que percebe (não se esqueça que a dantesca maioria do público não é cinéfilo como a gente, rs). O espelho é um instrumento de confronto de você com você mesmo, tá muito dentro da temática do filme, acho bacana. O didatismo que me irrita é quando o filme explica através de falas dos personagens e situações completamente atípicas, elementos óbvios ou que deveriam permanecer implícitos na estória como relações metafóricas ou estórias difíceis mas que não tem porque os personagens se explicarem entre si, por exemplo. Por exemplo, DETESTO a intervenção do personagem do jornalista em Aventuras de Pi quando o protagonista está contando outra versão da estória do ocorrido. Ele insiste em dizer quem era fulano e beltrano e explicar minuciosamente quando isso parece subestimar a inteligência do espectador a fim de tornar a coisa mais...acessível para um público maior. Por outro lado, alguns diretores fazem filmes para um público específico e literalmente que se foda o resto, hahaha. Shane Carruth em Primer, simplesmente destrói qualquer tipo de didatismo, atitude coerente porque não faria sentido uma discussão dos fenômenos ocorridos na estória por um grupo de gênios matemáticos e físicos que participaram dos procedimentos. Se ele o fizesse seria um caso dos que denominei como "situações atípicas", não teria sentido dentro do filme. Ora, o espectador que acompanhe, hahah. Bom, vou ficar te devendo uma teoria sobre Triangle. Para falar sobre uma precisaria rever o filme, já que assisti há algum tempo, sob pena de cometer vários equívocos e não me lembrar de fatos importantes. Mas já discutimos esse filme por aqui não-sei-onde.
  7. Já tinha lido. Vou procurar com urgência.
  8. Citando 4 estruturais (porque babo na estória também) que funcionam para MIM, claro (são mais, mas acho que esses já dão pra dar uma pequena ideia): 1) Adoro o plano inicial e a edição com os cortes (com os créditos) ocultando elementos chaves da estória que proporcionam uma releitura no final. Ele é importante (e uma sacada MUITO boa) porque INTRODUZ que o filme exigirá do espectador atenção e nos prepara para uma estrutura de quebra cabeças, que é EXATAMENTE a ideia da estória. Rever essa cena depois de ver o final é uma experiência interessantíssima. 2) Gosto muito de intertextos, quando bem feitos e, nesse caso, há um diálogo entre Triangle e The Shining refletindo na percepção do cenário (o navio tem várias referências ao hotel) mas nunca explicitamente grosseira, evitando didatismos 3) E, por falar neles, Triangle não possui muitos didatismos (que eu detesto) mas a estrutura lógica é muito bem construída, o que torna a trama curiosa e instigante sobre o que REALMENTE está acontecendo, pois parece que o diretor pensou mesmo em cada elemento da estória. E ela é complexa. 4) Os loops temporais funcionam como determinantes na percepção da personalidade da protagonista. As "voltas" de Jessie no tempo demonstram diferentes fases de sua degradação e a estrutura fragmentada (que se concretiza na superposição no tempo-espaço das várias Jessies) é que constitui um quebra cabeças para formarmos nossas impressões sobre o que ela É. Como eu ADORO estudo de personagens e loops temporais, acho isso GENIAL. Há um quebra cabeças simultâneo envolvendo personagem, estória e tempo, todos construídos com muita qualidade.
  9. Vi só Eden Lake desses. Não tem comparação em NADA com Triangle, apenas regular.
  10. Triangle é simplesmente o melhor filme de suspense desde 2007.
  11. Plutão Engraçado teve muitos ateus sim criticando a visita do Papa. Esperava o que? Mas também religiosos inclusive cristãos católicos não gostaram de pagar a conta do Papa. Seriam eles ateus e anticatólicos? Eu pago contra minha vontade políticos de carreira que gastam muito dos cofres públicos. Tanto eu e maioria esmagadora e muitos e também não acham justo. Tanto, que tivemos até isso nas manifestações recentes de insatisfação. E ai? Eu não sei como fazer você entender o que quis dizer, você viaja demais, velho. Não consegue manter um foco em um ponto da discussão, você expande demais e torna impossível o diálogo porque cria novas variáveis a todo o momento (não é toda vez, mas em algumas isso ocorre). Deixa eu tentar explicar. Você postou primeiro um texto sobre a jornada mundial da juventude que critica que a discussão do estado laico pela mídia deveria ser abordada quando da visita do papa no Brasil como foi quando o Feliciano tomou posse na Comissão de Direitos Humanos. Eu discordei da COMPARAÇÃO entre os dois casos, inclusive citando a diferença em separado entre o caso do papa e do Feliciano. Sujeito a contestações, claro. Você desviou completamente do foco citando crucifixos e favorecimentos ideológicos como se eu tivesse ATACADO O Estado Laico e NÃO pura e simplesmente a origem da discussão no caso papa e Feliciano, que considero diferentes para o levantamento da discussão. Você trouxe uma série de elementos adicionais que não tinham a ver com este questionamento inicial, mas que abrangem A DISCUSSÃO EM SI. Acho que você não entendeu. Para mim, a única das coisas que você falou que tem a ver com a COMPARAÇÃO entre o caso papa e o Feliciano é que, se o papa implica em custo para a população e grande parte não é católica, então poderíamos falar em algo que infringisse a laicidade do estado e justificaria a discussão que o texto pediu. Daí respondi falando que as outras coisas não tinham a ver e expliquei porque, segundo meu ponto de vista, tal afirmativa com relação à visita do papa não procede (de que a mídia deveria ter dado espaço nessa ocasião para a discussão do estado laico). Note que há uma coerência nas respostas. Aí você respondeu e refutou (e entendi), mas acrescentou duzentos milhões de novos elementos que reafirmam sua visão de estado laico (que, repito, não é o foco da discussão). Como você refutou respondi o que acho...que você tem uma postura mais radical contra o papa por ser ateu e não pelo gasto do dinheiro público empregado (que é sua justificativa mais forte), tanto porque gerou efetivamente riqueza (o investimento girou a economia e, segundo previsões não confirmadas, mais de 1 bilhão de reais) quanto porque você paga por coisas que não te beneficiam direta ou indiretamente e esse não é um caso isolado que justifique tanta pompa (como os altos salários de seus governantes). Entende agora como não tem como eu responder sua colocação acima? Ela não tem sentido dentro do meu ponto de vista da discussão! É como se eu te perguntasse se uma maçã é feia e você dissesse que é gostosa! São atributos diferentes e independentes. Plutão: 2. E você não deixou clareza, o que queria no post e agora não é diferente. Quer que eu critique Marco Feliciano? Eu acho que já fiz isto aqui. E mais de uma vez e critiquei até sua postura de um estado não laico como político. O problema que para você e outros aqui pelo que vejo não sabem diferenciar estado laico de ateu. São coisas diferentes vale lembrar. Lamento, o primeiro post é CLARÍSSIMO. Ele inclusive está SEGMENTADO com a diferença entre o PAPA e o FELICIANO e porque o questionamento da mídia é mais justificável quando o FELICIANO tomou posse. ESSE é o foco da discussão. Você se perdeu completamente na ânsia de expor sua visão sobre um estado laico e confundiu com meus questionamentos. Em tempo: eu nunca defendi um estado não laico. Pirou? O problema aqui é conceitual. Temos conceitos diferentes pra esse caso em específico. Plutão 3. De novo quer que eu critique Feliciano eu já dei meu parecer na resposta à cima. Ou quer que não critique o Papa comparando com Feliciano. Não estou comparando ele a Feliciano e sim que instituições do estado não se deveria se submeter a religiões ou crenças. São imiscíveis como água e óleo. Capiche? Eu não quero que você critique o Feliciano (já sei sua opinião sobre ele), quero que você compreenda que, no meu ponto de vista, a abordagem da mídia nos dois casos é diferente pelos motivos que citei. Seu problema é achar que o foco da discussão é SUA opinião sobre o estado laico e não a diferença de abordagem da mídia nos dois casos. Em tempo: a religião não está interferindo em nenhuma medida do estado vindo ou não o papa aqui. Vamos dar um contra exemplo: SE o papa tivesse vindo para orientar políticos e deputados a votarem contra o aborto aí teríamos uma agressão ao estado laico . Capisce agora? 4. E sim o estado é gerador de riqueza se não fosse não precisaria pagar impostos. Tudo nele tem um propósito de gerar algum retorno financeiro. Seja direta ou indiretamente. E mesmo que gerou benefícios pelo Turismo, comércio etc. Não se justifica já que constitui ser um estado dito laico. E mais agora o estado vai promover um espaço de seu gasto para atender as religiões Xamanistas, Africanas e outras não ocidentais e de profundo traço cultural brasileiro. Eu duvido muito. Eu disse que o problema é achar que o Estado SÓ FUNCIONA para gerar riqueza, não é assim. Você lê afirmações específicas contradizendo-as com radicalismo. É como se eu dissesse que não gosto de sorvete de chocolate e você lesse que eu tenho pânico de alimentos gelados. Sua visão de estado está errada, não tem como discutir. O estado não existe só como gerador de riquezas, aliás, de onde tirou isso? Recomendo a leitura de livros de gestão pública, contabilidade pública e de direito constitucional e administrativo público. Seu conceito exige refinamento e aprendizado para comprovar por si mesmo, coisa que você mesmo precisa ampliar e ter interesse. Está muito errada essa ideia para discutir aqui. Plutão: 5. Tudo que discuti bate no ponto de um estado laico. Eu acho que deixei claro isto em todos os posts. O problema é você ignorar a raiz da discussão. Você postou o texto, eu li, respondi e falei sobre UM PONTO. Você, ao invés de responder de forma simples e reduzir em 80% os posts, quer expor uma visão de estado laico que ultrapassa completamente o necessário para esclarecer o ponto que questionei e sequer está sendo discutida. Aí não tem jeito, vira um monólogo (que leio sempre, mas soa para mim expositivo), não uma discussão. 6. Errado com veemência. Não enxerga o quadro todo. Toda e qualquer ação e política na educação gera respostas evidentes na sociedade que beneficia mil vezes mais do que cem visitas do Papa aqui. Não diretamente, mas indiretamente sim. As cotas ajusta a injustiças sociais e raciais do Brasil que existem querem ver ou não. Mais um pobre e um negro com acesso a ensino superior é mais um com possibilidade muito maior de acessão social. Isto primeiro ajuda na redução da pobreza, que por consequência redução da miséria e fome, por consequência tira ele das ruas e evita violência. Por consequência melhora a economia, pois ajuda também a criar mais mão de obra qualificada. Já que ele toma lugares de possas de classe alta que podem muito bem pagar por uma escola particular e até no exterior. Que alias já fazia por séculos. O que incomoda que isto rouba o mundo de privilégios de uma classe que este preocupada com seus status. Assim tirando o país de um indicador de concentração de renda na mão de poucos que é uma coisa típica de antigos países de terceiro mundo. Que alias são bem devotos entre os religiosos. Miséria e desespero é a ferramenta de base para forjar basílicas adornadas de ouro. Hahahahaha, você não entendeu a provocação (no bom sentido). Efetivamente aqui você entendeu que o estado adota medidas sociais para realocar riquezas entre as classes. O indivíduo que é POBRE e BRANCO não é tão beneficiado individualmente pelas cotas quanto um negro nas mesmas condições. É FATO. Inclusive é prejudicado MESMO, porque pode vir a não ter acesso à uma universidade nunca porque se fosse negro teria mais vantagens. E ele não tem culpa nenhuma da situação que o Brasil expôs as classes beneficiadas. Isto é uma PROVA de que as ações tendem a beneficiar PARTES, GRUPOS sociais nem sempre justos. O Joãozinho que é pobre e branco está pouco se lixando para esse cenário que citou, uma vez que vai nascer, crescer e morrer na miséria sem oportunidade, pois ele VIVE COMO UM INDIVÍDUO e não como sociedade. Essa medida favorece GRUPOS. Usei esse exemplo para dizer que o ESTADO não beneficia SEMPRE todos os indivíduos. ISSO É FATO, indiscutível e inquestionável. Não adianta chorar, gritar e espernear. A única coisa aqui é que você está com mimimi de ser o papa e está criando um cenário complexo para justificar seu nojinho da Igreja Católica.
  12. Wrong answer. Te incomoda mais pelo simples fato de você ser ateu (e, no caso, uma espécie de ANTI). E ateus normalmente se incomodam com as religiões, ainda mais no seu caso que é marcadamente anti-catolicismo. As bolsas família, bolsa maternidade e outros não são pontos de discussão, mas você paga por exemplo por salários altíssimos de seus governantes. E décimos quartos, seus auxílios moradia e muito mais. ISSO é você pagar por coisas nas quais não beneficiam a população. O meu comentário foi EXCLUSIVAMENTE com relação a esta frase aqui (como não percebeu sugiro que leia de novo o post anterior): "A ocasião é oportuna para o debate sobre oEstado laico, mas a mídia nacional ainda não abriu espaço para esta pauta." Não abriu porque a discussão aberta com relação ao Feliciano é justificável pelos motivos que citei, com relação ao papa não. Em tempo: a visita do papa gerou MUITO dinheiro por aí, não seja por isso. E sim, girou a economia, o comércio, etc. As cifras não sei se são verdadeiras, então não falarei delas, mas certamente gerou (para aqueles que acham que o estado só funciona para gerar e produzir riqueza). De resto, você viaja demais na ânsia de expor seu ponto (que todos já entendemos e há várias coisas que concordo), mas perde completamente o foco do que levantei na discussão. Por exemplo, falar de isenção de imposto não tem nada a ver com o que ressaltei no post anterior. Em tempo: a política de COTAS é uma ação que não beneficia a todos direta ou indiretamente, inclusive prejudica alguns grupos por ser medida corretiva conceitualmente. A aberração é tão grande que há categorias dentro das categorias. Se você deu o azar de ser pobre mas não ser negro, meu velho, babau, você será prejudicado.
  13. Plutão, leia o post anterior. O que você respondeu ultrapassa tanto o que eu disse que nem consigo te responder. talvez a única coisa que eu possa falar é sobre o custo da visita do papa cair sobre o contribuinte. O que disse é até ingênuo e há evidências explícitas. Me responda: por quanta coisa você paga que não te beneficia? Para você um governo só pode tomar atitudes que beneficie a todos os contribuintes? Não consigo nem processar um argumento desses.
  14. Estamos mesmo comparando a discussão do estado laico entre essas duas figuras? Papa - chefe de estado que veio para uma visita e é representante da Igreja Católica mundialmente reconhecido, que não tem nenhuma relação com a política em si no Brasil diretamente Feliciano - DEPUTADO BRASILEIRO, que deixa claro ser representante de uma facção evangélica (com óbvias dificuldades em entender a diferença entre o social e a crença) e que influencia em DECISÕES POLÍTICAS e é Presidente da Comissão de Direitos Humanos criada pelo GOVERNO, atuando ativamente em aprovação de leis e criação de projetos, mundialmente contestado. Meu DEOS. Em tempo: a maior parte do pessoal não percebe que está defendendo um estado ATEU com o nome de LAICO. Não me parece ser a mesma coisa. OBS: Sunder, sua imagem de assinatura tem mais de 4,3 Mb. Vou retirar.
  15. Sunder, não temos dez anos. Eu respondi o post do Saga, só não nos moldes que você quis. Discussões pra mim são expositivas de opiniões e não tentativas de provas que você está certo e o outro errado, que, além de imaturo é estúpido porque fica uma grande repetição e bate voltas chatos e desgastantes. O Saga simplesmente entende a temática com outra perspectiva e discorda do meu ponto. O resto é decorrente de nossas características emocionais impregnadas nos posts (por isso alguma exaltação no decorrer das postagens). Não vejo nenhuma possibilidade de consenso, uma vez que discordamos em bases fundamentais. Me retiro de todas as discussões nas quais acredito que não acrescentarei nada (ou o contrário) ao interlocutor. Isso é batalha de ego e pelamor, né. Ficar botando fogo insinuando besteiras é plenamente incoerente com uma postura adulta. Minha opinião está toda exposta nos posts anteriores. E a do Saga também. Conselho? Acrescente algo produtivo da próxima vez. Suas interpretações de ambos os posts foram...né?
  16. Saga, só li por alto. Sério mesmo. Já deixei claro o que quis dizer. Se não entendeu, ou discorda, ou teria outra postura, ok. Não pretendo ser a verdade absoluta e muito menos considero que debates precisam ser competições de quem está certo ou errado. Portanto, encerrei.
  17. Acho que você não entendeu ainda o ponto. Estou criticando duas coisas aqui: primordialmente a postura da ATEA que considero péssima e parece não ter mudado, ajudando na formação de indivíduos que propagam o menosprezo a outras crenças mas também a forma de manifestação do garoto, que considero incoerente e danosa (e que POSSO criticar por achar que, pela idade, já deveria saber respeitar os outros e, ainda, porque se passou por tanto como ele mesmo citou, sua postura deveria ser um pouco mais madura). A raiz da qual estou falando é a de quem forma posturas que menosprezam/diminuem o outro e sua fé e não crítica a quem tem fé em qualquer uma das vertentes possíveis. Vê se eu vou ignorar comportamentos que considero nocivos. Ficou louco? Não tem nada a ver com o que eu falei e é papel FUNDAMENTAL de quem discorda criticar mesmo até para gerar reflexão. O que estou mudando quando fico calado? By the way, sempre fui um respeitador de TODAS as religiões, você pode atestar com qualquer um do fórum, então poupe-me de discursos moralistas mas vazios e sem substância.
  18. Concordo que o ciclo só vai se desfazer quando houver mudança de posturas. E elas só ocorrerão quando as raízes forem cortadas. Elas estão lá nesse caso. A crítica é totalmente procedente, portanto. Porque se relevarmos o que vemos de errado por qualquer motivo nada acontece. O que muda é ver um comentário diferente de um ateu que propague o respeito advindo de ideias que venham do seio do grupo. Esse ateu independe de idade porque absorve as ideias centrais do grupo e as processa chegando a conclusão de que suas crenças são de suma importância mas particulares, que cada um tem seu ponto e é feliz com ele. Enquanto isso, o que vi nessa fala do menino é o resultado de ideias que mostram que nada mudou.
  19. Saga, mais uma vez: acho que o foco se perdeu no garoto. A crítica maior é à atea. Mas ninguém tem que relevar nada (como ele vai relevar algo meu se sequer vai ler o que escrevo?) e ninguém está se doendo por nada, eu só me manifesto contra posturas assim, entendeu?
  20. Em tempo: a crítica indireta e maior é, claro, à atea, que normalmente tende a incitar pessoas a desenvolverem raciocínios como os do garoto. Por isso as deduções.
  21. Porque tenho que relevar? Achei ingênuo e incoerente sim e estou me manifestando contra esse modo de expressão. E você mesmo está inferindo significado ao que ele diz com um monte de suposições e ainda criando um monte de artifícios para defesa do pobrezinho. Não tenho que relevar nenhuma postura que considero inadequada por vir a discriminar a crença dos outros e propagar algo que considero potencialmente nocivo. Não é por ser um adolescente que não posso discordar de algo. Aliás,frases como "todos nós somos" ou "quem somos nós para..." não funcionam. Elas são tentativas de esvaziar posicionamentos e retirar quaisquer referências para debates. Não chegam a lugar nenhum.
  22. A ingenuidade é postural. Não está em se dizer ateu (aí falaríamos de maturidade), mas na contradição dele, ao mesmo tempo, condenar uma ideia desrespeitosa de "enfiar algo por sua goela abaixo" (não ME respeitaram) e adotar a mesmíssima postura ao dizer que o que eles falam "não tem sentido" (desrespeitando a crença DELES) ou que uma instituição o "abriu os olhos" (algo que soa como seguir cegamente sem nenhum questionamento ou mesmo uma idolatria equiparável). Ingênuo explicitamente por não ter consciência que está propagando exatamente o que tanto condenou em palavras mal escolhidas, só que com um ponto de vista diferente. Isso para mim é dedutível, não tem sentido ficar falando em "quem somos nós para...", afirmativas que soam como de forte potencial dramático ao meu ver, e não funcionam, já que julgamos e somos julgados de acordo com referências lógicas o tempo todo. A propósito, para mim não tem frescura. Se ele tivesse escrito na comunidade de católicos, eu teria falado exatamente a mesma coisa que falei acima.
  23. Na verdade, há traços de que o garoto acabou se entregando cegamente à outra "religião". E é tão ingênuo que não se deu conta.
  24. Eu realmente não me importo com o que os outros acreditam em si. Minha postura real com relação à religião vive puramente no campo comportamental e individual. Daí se tornam irrelevantes os confrontos. Pessoalmente o questionamento não me instiga porque eu sequer me importo se existem deuses.
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