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Forum Cinema em Cena

Cremildo

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Everything posted by Cremildo

  1. Setembro. Fiz péssimas escolhas. Mês mais fraco do ano.
  2. Novo site de previsões criado pela gente dos fóruns Awards Watch: http://awardswatch.com
  3. TORMENTA (WHITE SQUALL/Ridley Scott/1996) Filme de ineditismos duvidosos para Ridley Scott, corpo estranho numa filmografia que corteja o cerebral (Blade Runner), o sugestivo (Alien), o ambíguo (Prometheus). Mesmo o desengonçado Até o Limite da Honra – fundo do poço em termos artístico e estético – demonstra menos preocupação com discursos edificantes. Temas Grandiosos® transbordam pela tela: amadurecimento da juventude indisciplinada, adquirição de senso de responsabilidade, superação de traumas familiares, humanização de um líder estoico. Material associável antes a apaniguados dos irmãos Weinstein como Lasse Hallström – outro europeu radicado em Hollywood que, no entanto, demonstra temperamento compatível com esta espécie de dramalhão. O forte de Scott jaz em narrativas dinâmicas, secas, impactantes, onde o sentido brota de simbolismos inerentes ao universo de cada obra, como se depreende do supracitado trio de ficções científicas. Aqui, o diretor se vê forçado pela transparência do texto a telegrafar conflitos previsíveis e enfatizar sentimentos nobres. A gota d’água para a sabotagem da efetividade emocional é o casting de Scott Wolf. Protótipo de Tom Cruise, 29 primaveras nas costas (fazendo as vezes de um pré-universitário), o ator opta pela caracterização inverossímil do menino com alma de velho, capaz de enxergar de antemão problemas não percebidos e dilemas não verbalizados pelos coadjuvantes à sua volta. Constrangedora a seriedade do seu monólogo catártico perante um tribunal militar. A despeito de tais objeções, Tormenta oferece partes isoladas superiores ao todo. O temporal aludido no título original convida o queixo a encontrar o chão; uma sequências de exploração numa ilhota verdejante cativa pela beleza da fotografia; os constantes puxões de orelhas à tripulação adolescente do capitão encarnado por Jeff Bridges promove instantes em que a tensão e a hilaridade se confundem.
  4. Eita! Foxcatcher - cujo trailer teaser vazou hoje - foi adiado para 2014!
  5. Não creio num Oscar de Desenho de Produção para um filme situado, em boa parte, no espaço sideral. Quanto a Catherine Martin, não vejo problemas com a Academia a reconhecendo novamente, pelo menos em Figurino. Anthony Powell, Sandy Powell e Colleen Atwood também conseguiram três estatuetas cada um. Não é algo tão raro nessa categoria.
  6. E também Desenho de Produção. Aliás, quais outros filmes poderiam fazer frente a ele nessas categorias? Não consigo pensar em nenhum.
  7. ASSÉDIO (BESIEGED/Bernardo Bertolucci/1998): Seria um desafio encontrar cinco planos medíocres neste drama de erotismo subliminar sobre uma imigrante africana casada acossada pelo patrão que consegue, aos poucos, seduzi-la. Bertolucci concentra boa parte da história num casarão antigo de vários andares – a câmera de Fabio Cianchetti não se intimida pela arquitetura vertical do cenário; sinuosa, sempre à espreita, investiga o ambiente que mantém os protagonistas separados fisicamente, sem romper a crescente atração que sentem um pelo outro. A palavra falada é um instrumento raro: Bertolucci prefere se expressar mediante instrumentos valiosos que manuseia com a segurança e o know-how de um mestre veterano: a câmera, a música, a montagem, os atores. O filme é uma experiência internalizada – nem por isso menos densa.
  8. Se quiser ler mais, há uma matéria aqui.
  9. É verdade. Friedkin, depois, disse que viu essa primeira remasterização (não sei se projetada numa tela ou no computador) e ela estava ótima, e que a transferência para a versão digital é que ficou horrível. Não sei se você já ficou sabendo, mas vai ocorrer o mesmo com O Exorcista. Vai sair um BD novo e Friedkin afirmou que o filme está mais belo do que nunca.
  10. 9 dólares (c/ cupom) na Barnes & Noble. Não me lembro quanto na Amazon.uk. Versão re-remasterizada.
  11. Os problemas de Shyamalan no cargo de empregado de estúdio/operário padrão/fazedor de blockbusters são condensáveis num aspecto específico: a surdez de tom, abrangendo desde o elenco (orientado para uma solenidade robótica) até a seriedade desproporcional conferida ao relato (incompatível com um enredo tão inexpressivo). O produto final acaba esvaziado de pulso, de energia, aparentando alimentar pretensões de importância provavelmente não intencionais. O visual indistinto de outras aventuras pós-apocalípticas (predomínio de coloração cinzenta ou amarronzada) tampouco encoraja o ânimo do público. O roteiro, estruturado aos moldes de um video game onde se deve avançar de um ponto a outro em um tempo predeterminado, vencendo obstáculos e restaurando a energia do herói, desperdiça estamina narrativa com a bifurcação de seu foco entre os percalços do aprendiz de guerreiro xiliquento de Jaden Smith e as laboriosas lições de sobrevivência do pai-patrão sorumbático encarnado por Will com toda a vivacidade de um zumbi mal-humorado. Marca autoral de Shyamalan? Vislumbráveis em dois fugazes instantes: um de inesperado horror (evocando os fantasmas mutilados de O Sexto Sentido), outro de delicado sentimentalismo (lembrando o sacrifício da princesa em O Último Mestre do Ar). Depois da Terra entretém com cenas isoladas, distantes entre si, contendo alguma inspiração. Não insulta a inteligência, nem chega a aborrecer. É um programa industrial hollywoodiano anônimo, de consumo indolor, concebido para estender o domínio da família Smith nas bilheterias norte-americanas. Para adeptos da ficção científica, a jornada terá seu interesse. Já àqueles fiéis à visão do cineasta indiano, talvez represente a última gota de paciência antes de abandonar a esperança de reencontrar o individualismo que o tornou um fenômeno no final da década de 90. 7/10
  12. A quem interessar possa: a seção de FYC Ads do Awards Daily voltou ao ar.
  13. Ah, é, ele estava bem nesse também.
  14. Se ele é eu não sei. Apenas achei ele ótimo em True Grit e engraçado em MIB3. Mas achei estranha a indicação por Milk.
  15. #DICA – TODOS os Blu-rays com 30%+12% de desconto e COMBÃO de games!O aniversário do Sub segue sensacional!
  16. RENOIR é a escolha oficial da França para disputar o Oscar de Estrangeiro.
  17. Lançamentos de dezembro da Craitírion.
  18. Quem poderia ser? Julie Delpy, talvez?
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