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Forum Cinema em Cena

Jorge Soto

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    Jorge Soto reacted to conan in Star Wars Ep. IX - A Ascensão Skywalker   
    Acho que foi um pouco arrogante mesmo.
    Mas a questão é que é difícil para o diretor fazer um filme que atenda às expectativas (mas nem todas), e que seja capaz de provocar quem assiste. Igual a um mágico, ele não pode atender às demandas do público para revelar o segredo da mágica. Tem que manipular as pessoas. O Hitchcock já dizia que o diretor tem que ser sádico com o público. Mas no final tem que recompensar. O Rian foi além do necessário nas provocações em uma saga cultuada. 
    Rogue One foi um dos melhores filmes e, para mim, tem a melhor batalha de todos os filmes. Mas Ele e o Mandalorian não carregam o peso de contar a história sobre o núcleo central. Não ter esta responsabilidade acho que facilita um bocado ao não lidar com as expectativas.
     
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    Jorge Soto got a reaction from conan in Star Wars Ep. IX - A Ascensão Skywalker   
    Sobre o comentario do Rian, não deixa de ser arrogante da parte dele jogar a culpa nos fãs...terceirizar culpa da merda.
    Não é culpa de fãs. Rogue One é adorado pelos fãs e não fudeu tudo. Galera curte The Mandalorian e ele (por enquanto) não fudeu tudo. Até o filme do Han Solo, que pode ser morno, é divertido sem fuder tudo. The Clone Wars e Rebels mostram que você pode fazer Star Wars, inventar um monte de coisa, sem fuder tudo.
    E eu gosto do trio novo. Só acho que não havia a necessidade de matar o trio original pra sobressair eles. Uma oportunidade única de juntar todos os personagens clássicos, desperdiçado pra todo sempre.
    Existem sim fãs nojentos, como aqueles que perseguem os atores nas redes sociais. Mas eu, e muitas pessoas que frequentam o mesmo meio, não gostamos do andamento desses filmes novos....
    A bosta é q o comportamento dos fãs tóxicos é o q sobressai.

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    Jorge Soto reacted to conan in Star Wars Ep. IX - A Ascensão Skywalker   
    Eu vi na estréia. E galera...  é ruim viu...
    Vou nem entrar na história e como ela tenta apagar o The Last Jedi. O problema é de ritmo e edição mesmo. Coisas básicas. Tudo é jogado na história sem cuidado nenhum. Acontece um tanto de coisa que não tem impacto algum na história. Roteiro que usa e abusa das conveniências absurdas. Diálogos expositivos e fracos... e por aí vai
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    Jorge Soto reacted to conan in Star Wars Ep. IX - A Ascensão Skywalker   
    Pior que foi isso mesmo. Ridículo!
    Este romance forçado... encolhi na cadeira e fechei os olhos. Não consegui assistir
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    Jorge Soto got a reaction from Big One in TENƎꓕ (Christopher Nolan, 10/set/2020)   
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    Jorge Soto got a reaction from Big One in Aves de Rapina (Canario Negro/Batgirl/Caçadora)   
    Vai ter crianças do msm jeito, na época de Deadpool 2 eles proibiram...engraçado é que a versão "pra maiores" de BvS teve muito marketing na época, todo mundo esperando violência, pra só aparecer o Affleck peladão?
     
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    Jorge Soto reacted to Jailcante in Os Eternos (nov, 2020)   
    Qual a solução pra você ter um corpo durinho e saudável? Simples, vá ser super-herói na Marvel...
     
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    Jorge Soto reacted to @rick in Star Wars Ep. IX - A Ascensão Skywalker   
    Soto...o negocio ta feio. A disney mandou bloquear o IMDB que tem agora 3 reviews positivos...mas quando as pessoas vão la postar os seus eles não deixam ! e estão atrasando o lançamento no rotten pois o site estaria sendo pressionado.
    Soto...não é spoiler(pois não vou falar o que é) mas disseram que este filme teria "um momento martha" e o Criss terrio é roteirista deste filme, isto meio que comprova que foi ele quem criou o momento martha original.
  9. Haha
    Jorge Soto got a reaction from Big One in Top Gun: Maverick   
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    Jorge Soto got a reaction from Big One in Os Eternos (nov, 2020)   
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    Jorge Soto got a reaction from Big One in Mulher Maravilha 1984   
    ?

     
    DIRETORA DE MULHER-MARAVILHA 1984 AFIRMA QUE É DELA O CORTE FINAL DO FILME!

    Durante sua passagem pelo Brasil, Patty Jenkins e Gal Gadot falaram sobre o que podemos esperar de Mulher-Maravilha 1984, e ainda sobrou tempo para que elas refletissem acerca do impacto cultural que os novos filmes de super-heróis tem sobre o nosso tempo. Jenkins está realmente empolgada para compartilhar com os fãs o que elas estão fazendo desde o primeiro dia que começaram a filmar.
    “Estou super empolgada por finalmente as pessoas verem o que estamos fazendo, porque há duas coisas com as quais realmente me importo”, começou Jenkins. “Antes de tudo, a mensagem deste filme é algo em que acredito profundamente e chegou até nós enquanto estávamos trabalhando no primeiro filme.”
    A cineasta queria fazer um filme que não só realmente se passasse na década de 1980, como também queria que ele se parecesse com às produções da época.
    “Quero que pareça que você está vendo um filme dos anos 80, então fizemos quase todas as nossas cenas de ação, nossas lutas, do modo tradicional, com efeitos práticos”, ressaltou. “Temos um dos mais extensos e incríveis trabalhos feito com cabos que ninguém jamais fez antes, porque ninguém nunca tentou.”
    Jenkins explica que a visão, voz e mensagem de Mulher Maravilha estarão super claros no filme, e que não se trata apenas de uma mulher que tem poderes e luta.
    “A mensagem que a Mulher Maravilha está enviando ao mundo é sobre amor e crença nesses personagens, assim como é sobre tentar tornar as pessoas melhores”, disse ela. “Ela lutará se tiver que lutar, mas na verdade é sobre outra coisa.”
    Jenkins conta que seu filho atualmente brinca com bonecas da Mulher-Maravilha e Hipólita, algo não era comum até uma década atrás.
    “Isso me impressiona, porque é super importante para mim que todos se sintam contemplados por este filme”, disse ela. “Isso se torna algo fácil de fazer, quando você está assistindo pessoas de todos os sexos e raças na tela, e não está pensando nisso.”
    “É assim que você pode ver o DNA deste filme”, acrescenta Gadot. “Pensamos sobre isso, mas não lutamos apenas com essa ideia, porque para nós é muito claro.”
    Patty Jenkins é a primeira mulher da história do cinema a comandar um filme tão grande, em termos de produção, como Mulher-Maravilha. Agora, ela admite que é só com Mulher-Maravilha 1984, que ela tem a oportunidade de fechar o corte final do longa.
    “O filme está pronto. Como não sai por alguns meses, pela primeira vez na minha carreira, o que ótimo, eu pude dizer: ‘Ei, pessoal, vocês podem me deixar mexer nele? Vocês podem me deixar brincar com isso?’ Então, estou brincando com ele, mas o filme está tecnicamente pronto.”
    Sobre a ambientação dos anos 80, Patty Jenkins conta que escolheu esse momento por que se trata de uma década em que o mundo estava vivendo vários extremos.
    “A maneira mais fácil de resumir sem estragar alguma coisa, é que este filme trata de colidir a Mulher Maravilha com o mal de nossos tempos, que é o excesso e a opulência em que nos encontramos. Estamos levando-a até a humanidade da melhor forma possível e na pior delas, além dos vilões que nasceram disso.”
     
    Bom, pelo menos não vamos ver a Pattty remoendo um corte autoral dela no Vero em 2021 então. Menos mal.?





     
     
     

    o jato invisivel que ninguem viu

     
    a Capita Marvel curtiu o trailer.
     
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    Jorge Soto got a reaction from Big One in Mulher Maravilha 1984   
    todo mundo pergunta o porquê desse ano especifico.. 1984..e ela fica dando migué, mas por fora se diz que é pra la não dar spoiler do enredo, que provavelmente se inspira num certo livro

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    Jorge Soto reacted to conan in Star Wars Ep. IX - A Ascensão Skywalker   
    Último trailer. O mais sombrio de todos, e o melhor! Deu uma animada aqui... perceberam que era hora de mudar o tom. E deixaram de guardar o mistério sobre a história 
     
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    Jorge Soto got a reaction from Big One in Mulher Maravilha 1984   
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    Jorge Soto got a reaction from Jailcante in The Batman (Matt Reeves)   
    The Batman no Brasil em 2020!

    Como um bônus, os fãs já têm motivos para ficarem animados com a CCXP do ano que vem. Após o painel de Mulher-Maravilha 1984, o diretor Matt Reeves mandou uma mensagem para os fãs, dizendo que vai vir ao Brasil no ano que vem para divulgar The Batman.Ainda não sabemos se alguém do elenco vai vir, mas é uma ótima notícia para os fãs - e com o lançamento programado para junho de 2021, é bem possível que tenhamos o primeiro trailer do longa lançado com exclusividade durante o evento.Todos os filmes que você procura podem ser encontrados na Ingresso.com , a maneira mais fácil de garantir seu lugar em todas as estreias nos cinemas.
     
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    Jorge Soto got a reaction from Big One in Watchmen - série de TV   
    As terra de Lúcifer no crossover de #CrisisOnInifiteEarths é a Terra-666, mas ela contém um grande Easter-egg.


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    Jorge Soto got a reaction from Big One in The Batman (Matt Reeves)   
    The Batman no Brasil em 2020!

    Como um bônus, os fãs já têm motivos para ficarem animados com a CCXP do ano que vem. Após o painel de Mulher-Maravilha 1984, o diretor Matt Reeves mandou uma mensagem para os fãs, dizendo que vai vir ao Brasil no ano que vem para divulgar The Batman.Ainda não sabemos se alguém do elenco vai vir, mas é uma ótima notícia para os fãs - e com o lançamento programado para junho de 2021, é bem possível que tenhamos o primeiro trailer do longa lançado com exclusividade durante o evento.Todos os filmes que você procura podem ser encontrados na Ingresso.com , a maneira mais fácil de garantir seu lugar em todas as estreias nos cinemas.
     
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    Jorge Soto reacted to Questão in Esqueceram de Mim no Lar, Doce Lar (Reboot - Disney+)   
    Esqueceram de Mim | Reboot do Disney+ terá atores de Deadpool e The Office
    Rob Delaney e Ellie Kemper viverão os pais de Archie Yates, de Jojo Rabbit
            NICOLAOS GARÓFALO 10.12.2019 21H52 ATUALIZADA EM 10.12.2019 22H05 O novo Esqueceram de Mim, que será produzido para o Disney+, já escalou os primeiros nomes de seu elenco. Archie Yates, de Jojo Rabbit, viverá o protagonista deixado para trás pelos pais, interpretados por Ellie Kemper (The Office, Umbreakable Kimmy Schmidt) e Rob Delaney (Deadpool 2, Catastrophe) (via Variety).
    Ao invés de viver uma nova versão de Kevin, personagem principal da franquia original estrelada por Macaulay Culkin, Yates interpretará um outro garoto que passará por uma situação semelhante à do filme lançado em 1990.
    Dan Mazer (Tirando o Atraso) será o diretor do novo Esqueceram de Mim, que será lançado em 2020 no Disney+. A plataforma de streaming chega no mesmo ano ao Brasil, sem uma data específica definida.
     
    FONTE: OMELETE
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    Jorge Soto reacted to Jailcante in Superman - O Homem de Aço 2 (20??)   
    HAHAHA. Legal.
     
    Singer tinha essa ideia de fazer o SR só sequel do Superman 1 e 2, ignorando o 3 e 4, mas no fim acabou não sendo de nenhum filme anterior, porque os filmes originais eram dos anos 70/80, e o SR se passa em 2006, só que no filme diz que passaram 5 anos... Não encaixaria de jeito nenhum (seria tão difícil assim fazer uma produção que se passasse nos anos 80/90 pra justificar essa passagem de 5 anos? Achei bela bola fora do filme, se a intenção era realmente ser sequel dos filmes com o Reeves). 
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    Jorge Soto reacted to Questão in Superman - O Homem de Aço 2 (20??)   
    Legal que essa aparição do Superman do Routh (que se assume como sendo o mesmo do Reeve, já que faz referência não só ao Returns, mas pelo menos aos três primeiros filmes com o Reeve) é meio que um "anti Injustice", já que assim como o o Superman do game, esse Super perdeu a Lois e todo o pessoal do Planeta Diário pro Coringa (que matou todo mundo por lá com gás venenoso) e não virou um Super ditador por isso.
  22. Haha
    Jorge Soto got a reaction from Questão in Superman - O Homem de Aço 2 (20??)   
    vc é fraco, te falta ódio seu cospobre!?




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    Jorge Soto reacted to conan in Ghostbusters: Apocalipse do Gelo   
    O trailer teve algumas sinalizações para os fãs mais observadores, e não fez homenagens escancaradas, o que pode ter deixado alguns desapontados. As mais interessantes são estas:
    - No momento em que nome do Jason Reitman aparece na tela, é possível ouvir umas notas de piano. São as mesmas da trilha original na cena na biblioteca, quando o Rai diz "escute" após verem uma pilha de livros empilhados.
    - Quando as crianças chegam ao porão da casa, onde estão as tralhas e equipamentos, o trailer dá um destaque para uma coleção de fungos. É uma clara indicação de que aquela casa é do Egon Spangler. No primeiro filme, quando Janine pergunta para o Egon se ele tem algum hobbie, ele responde: "I collect spores, molds and fungus"
    - Na cena do terremoto, quando a família se esconde debaixo da mesa, é possível observar rapidamente que há uma torre de livros empilhados, tal qual acontece na cena da biblioteca do filme original, que por sua vez era igual aos eventos da "Philadelphia Mass turbulent of 1947".
    - O Ecto1 tem um assento que se projeta para fora do carro igual à série animada.
    - E o mais interessante, dando dicas sobre a história: Fica claro que há algo ocorrendo no subsolo devido aos tremores constantes sem que haja nenhuma condição geológica para a ocorrência, e por algo ter saído de um buraco no chão logo no início. Então: o trailer mostra os garotos indo para uma mina chamada "Shandor Mining 1927". Ivo Shandor foi o arquiteto que projetou e construiu o prédio onde a Dana morava e o portal para a chegada de Gozer. Ele criou uma sociedade secreta no início dos anos 20 para invocar o deus sumério com rituais bizarros que aconteciam no prédio... será que a criatura que sobe no carro do Paul Rudd é um dos cães de Gozer, um dos guardiães? 
    Estas são os pontos mais interessantes. Tem outros mais óbvios. Só procurarem na net.
     
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    Jorge Soto got a reaction from Big One in Coringa - Joker (Joaquim Phoenix)   
  25. Like
    Jorge Soto got a reaction from Big One in Star Wars Ep. IX - A Ascensão Skywalker   
    primeira critica, do Eduardo Kacic:

    Confesso que pensei bastante antes de escrever a crítica deste Star Wars: Episódio IX: A Ascenção Skywalker (Star Wars: Episode IX: The Rise of Skywalker, EUA, 2019), e esta dúvida surgiu basicamente por um motivo: o de que o fã de Star Wars é chato pra caramba. Eu poderia ter escrito ‘exigente’ ao invés de ‘chato’, mas geralmente o indivíduo exigente faz suas cobranças em cima de algo que pode lhe ser entregue; o fã de Star Wars não. Não importa a qualidade do produto entregue, nada nunca será perfeito. Este comportamento de criança mimada piorou principalmente depois do lançamento dos dois capítulos anteriores desta trilogia, O Despertar da Força (The Force Awakens, 2015) e Os Últimos Jedi (The Last Jedi, 2017), que em minha concepção e na concepção de um fã do bom cinema, são dois tremendos exemplares de entretenimento.
    Mas não, para aquele cidadão que se veste de Jedi para ir trabalhar ou visitar os parentes, O Despertar da Força é mera reciclagem dos filmes originais, e Os Últimos Jedi é o pior filme de toda a saga (sim, pior até que A Ameaça Fantasma!). Para eles, J.J. Abrams é um imitador, e o “amado” Jar Jar Binks (outro “JJ”) era um prenúncio do que estava por vir. Se mencionarmos o nome Rian Johnson então, esse povo tem uma síncope. Anyway, como meu objetivo é sempre escrever para o público em geral e não para os membros de qualquer fã clube, decidi me aventurar por esta crítica principalmente pelo fato de que este A Ascenção Skywalker me agradou muito. E sendo este o último dos nove capítulos principais da saga (pelo menos até que a Disney decida lançar uma nova trilogia), me senti propelido a escrever algumas palavras sobre ele.
    Ascenção Skywalker acompanha o desenrolar dos eventos do polêmico Os Últimos Jedi, onde uma pequena parte da Resistência Rebelde sobreviveu aos ataques de Kylo Ren e seus comandados depois que ele e a corajosa guerreira Rey dizimaram o Líder Supremo Snoke e sua guarda. Para não adentrar o traiçoeiro território dos spoilers, não irei muito à fundo nos principais detalhes da trama de A Ascenção Skywalker, mas posso dizer que o filme marca um retorno à dinâmica dos personagens centrais do primeiro filme, a Jedi em formação Rey (Daisy Ridley), e os aventureiros Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac), reunindo-os depois que a trama de Os Últimos Jedi os havia separado. É claro que o vilão Kylo Ren (Adam Driver) também está presente como peça vital desta dinâmica, e A Ascenção Skywalker também marca o retorno de uma velha conhecida dos admiradores da franquia: A famigerada Estrela da Morte.
    Para os menos escolados no universo Star Wars, a Estrela da Morte é uma velha e gigantesca espaçonave do tamanho de uma estrela, que traz morte para todos que surgem em seu caminho. Em Star Wars: Episódio IV: Uma Nova Esperança, o primeiro filme da saga lançado em 1977, Luke Skywalker liderou um esquadrão de aeronaves da Aliança Rebelde contra a Estrela da Morte e a explodiu. Mas não completamente. Ao fazer seus personagens retornarem às ruínas da espaçonave do mal, o diretor J.J. Abrams meio que os leva para dentro de uma casa assombrada, e a história ganha um peso a mais uma vez que seus protagonistas precisam lidar como fardo que a geração anterior derramou sobre seus ombros. Retornar à esta relíquia do passado e ter de enfrentá-la novamente não deixa de ser uma óbvia metáfora, mas é também uma metáfora incrivelmente cinematográfica.
    Pessoalmente, considero este retorno à Estrela da Morte uma escolha perfeita por parte de Abrams. Uma das coisas que eu mais gostei em O Despertar da Força foi sua esperta utilização das iconografias e mitologias do passado da saga, e um dos aspectos que mais me agradou em Os Últimos Jedi foi justamente sua necessária e irreverente destruição destas mesmas iconografias e mitologias da saga (os puristas preferem a morte). Me agrada também o fato de que com Ascenção Skywalker, Abrams foi capaz de construir um blockbuster que acompanha esta tendência saudosista e que está interessado em exumar, de maneira metafórica e literal, os traumas do passado. Mesmo que isso aconteça entre inúmeras explosões e combates de sabres de luz.
    Há ainda outro importante elemento narrativo em torno da real ameaça que reside em A Ascenção Skywalker, e tal elemento consiste na volta do ator Ian McDiarmid, no papel do Senador Palpatine, ou se preferirem, o terrível Lorde Sith, Darth Sidious. O retorno de Palpatine já é algo sabido pelos fãs desde que sua gargalhada ameaçadora foi ouvida no final do primeiro teaser do filme. Se olharmos para toda a saga Star Wars como nove capítulos de uma história, de fato seria até estranho se Palpatine não retornasse. Nada do que Rian Johnson apresentou em Os Últimos Jedi criou alguma espécie de impedimento para o retorno de Palpatine, sem falar que o Lorde Sith de McDiarmid foi o malvadão tanto da trilogia original quanto da trilogia intermediária. Diabos, o cara foi o mentor do Darth Vader!
    A Ascenção Skywalker também é valorizado por um roteiro certeiro à cargo do próprio J.J. Abrams em parceria com o experiente Chris Terrio (Argo, Liga da Justiça). O texto valoriza seus personagens e os desenvolve de maneira efetiva, principalmente a dupla Finn e Poe. O piloto vivido por Oscar Isaac finalmente sai do cockpit e passa a fazer mais parte do grupo, enquanto que o Finn interpretado por John Boyega se torna um soldado ainda mais capaz, dando mais sentido ao arco do personagem em Os Últimos Jedi. O filme também não dá por encerrada a questão envolvendo a descendência de Rey. Em Os Últimos Jedi, seus pais foram descritos como “bêbados mercadores de lixo”, mas A Ascenção Skywalker mostra que as coisas não são bem assim, uma vez que Rey continua investigando de onde ela veio.
    É claro que elogiar A Ascenção Skywalker ou qualquer outro exemplar da saga Star Wars por seus quesitos técnicos é ser absurdamente óbvio. Contudo, este novo capítulo da franquia consegue maravilhar o público com seus visuais, veículos e criaturas. As qualidades técnicas dos filmes com o selo Star Wars sempre estiveram na vanguarda e não é diferente aqui. Apenas citando alguns dentre tantos detalhes visuais incríveis da produção, ressalto a incrível renderização da falecida atriz Carrie Fisher, aqui mais uma vez imortalizada como a Princesa Leia, e que faz os efeitos de rejuvenescimento do recente O Irlandês parecerem de um desenho animado (Abrams utilizou imagens de arquivo da atriz em Os Últimos Jedi e as aliou aos efeitos digitais); o simplesmente fenomenal duelo final entre Rey e Kylo Ren na Estrela da Morte, que sem dúvida entra na lista dos momentos mais marcantes de toda a história Star Wars; e até uma surpreendente novidade envolvendo nossos velhos conhecidos Stormtroopers.
    Star Wars: Episódio IX: A Ascenção Skywalker será o último filme Star Wars a chegar aos cinemas pelos próximos três anos, no mínimo. Apesar de suas mancadas recentes e seu panfletarismo insuportável em torno de um politicamente correto completamente furado (que tem certos aspectos presentes aqui), a toda-poderosa Disney entrega uma conclusão mais que satisfatória para os fãs não apenas das histórias de Rey, Finn e Poe, mas também da saga Skywalker como um todo. Abrams conseguiu dar a seu filme uma sensação de real conclusão para a longa empreitada de nove filmes que chegaram aos cinemas periodicamente durante os últimos 42 anos, o que não é pouco. A Ascenção Skywalker se assemelha mais em seu tom fatalista e sua grandiosidade à produções como o excepcional Rogue One (talvez o melhor filme moderno do cânone Star Wars) e ao clássico O Império Contra-Ataca, do que a equívocos ao estilo matinê como o citado A Ameaça Fantasma e o recente Solo: Uma História Star Wars, por exemplo.
    Para o admirador do bom cinema como eu, e para os fãs coerentes da saga, A Ascenção Skywalker é diversão garantida aliada à um sentimento profundo que envolve a mitologia da franquia. Já o cidadão que vai trabalhar vestido de Obi-Wan Kenobi, entretanto, com certeza encontrará motivos para reclamar. Pelo menos não teremos que aguentar essa turma chata pelos próximos três a quatro anos.
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