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Forum Cinema em Cena

Tica

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    Tica reacted to qfoi in Cinema Brasileiro: Agora Vai?   
    Sim, esta totalmente atrelado a cultura que temos.... Aquela coisa que o que é de fora vale mais, creio ser uma ramificação do "coitadismo em massa".
    Que sinceramente, beira o insuportável... Molotov. rs.
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    Tica got a reaction from Gustavo Adler in Bates Motel (série prequel de Psicose)   
    Sim, eu concordo. Mas para se prolongar nisso teria que ser MUITO bem trabalhado para prender o povo na trama e tudo mais. Por isso eu acredito que uma coisa breve, mas bem feita, fosse o ideal. Não acho que uma temporada inteira só sobre essa parte fosse render, é muito perigoso.
     
    Enfim, espero me surpreender.
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    Tica got a reaction from qfoi in The Newsroom   
    Tem a 3ª temporada de TGW que foi super fodástica, ou ainda você pode acabar de ver GoT
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    Tica got a reaction from qfoi in Cinema Brasileiro: Agora Vai?   
    Vou levar em consideração que a parte "como uma continuidade do que é produzido na TV Aberta" significa Zorra Total e algumas novelas toscas e manipuladoras, ou até Malhação (que sim, já foi boa). Desta forma sim, se você basear a produção Nacional com essas porcarias, as pessoas realmente desanimam. Eu mesma não assisto TV propriamente dita há uns 5 anos e desprezo muito do conteúdo da nossa TV Aberta e até as pessoas que se submetem a isso.
    Mas como tudo nessa nossa vidinha, desprezar a Produção Nacional é algo cultural, aprendido. Isso sem levar em conta com o que o Questão disse de não termos muita coisas em outros gêneros como o horror etc.
    Daí se misturarmos o preconceito com a alienação e a falta de acesso às informações das produções nacionais (Porque temos várias ótimas), dá nisso.
     
    Temos que 'civilizar' a massa. Essa é minha filosofia.
     
    Ps.: Nem vou entrar no mérito de que mais de 50% da população é analfabeto funcional, então de nada adianta informar (tem que bater! Risos).
     
    Ps.²: Cadê o Sr. João Veloso que começou isso aqui e fugiu?
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    Tica reacted to Jack Ryan in Anjos da Lei (20..)   
    Legal que o pessoal só comenta antes de um filme ser lançado, hehehe.
     
    Hilário! Realmente hilário, 21 Jump Street me fez rir muito e alto. A dupla de protagonistas é brilhante, funcionam muito bem juntos. A trama é legalzinha, com muita coisa previsível, nenhuma maravilha, mas dá pro gasto. É na execução que o filme se esbalda.
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    Tica got a reaction from Jack Ryan in Oscar Wilde   
    O rouxinol e a rosa


     






    Leia na integra

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    Tica got a reaction from qfoi in The Newsroom   
    Acho até que o fato deles colocarem o Will assistindo, no Youtube, o vídeo dele dando a resposta pra essa estudante foi uma forma deles refrescarem a memória dos mais desatenciosos. Se é que dava para esquecer aquele piloto!
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    Tica got a reaction from qfoi in Cinema Brasileiro: Agora Vai?   
    Ah, acho que vi uma discussão sobre isso recentemente quando o presidente da Ancine, salvo engano, chamou a produção audiovisual dos EUA de "enlatados" ao defender essa lei que protege o conteúdo nacional...
     
    Li um artigo interessante sobre essa questão da Lei intervir etc. Ele revelava que na UE 50% do conteúdo veiculado tem que ser europeu e aqui no Brasil, depois do advento da Lei 12.485/11 parece que só 2.08% tem que ser brasileiro (e esse é o motivo da Rebelião) e isso só se tratando de TV por assinatura. Tanto que deu maior problema com a SKY etc.
     
    E outra, aqui no Brasil, diferentemente do que se aplica no mundo todo, essa Lei de proteção ao conteúdo nacional não se aplica necessariamente à TV aberta, onde se encontra a Massa.
     
    Enfim, assim como você não vejo isso como "ditadura", "censura" ou "intervencionismo estatal". É claro que nós já estamos mais do que acostumados com as produções estrangeiras e ainda sustentamos o mito de que as produções nacionais não prestam, mas acho que temos que ter uma visão mais crítica quanto a isso.
     
    Não presta ou não tem incentivo? É ruim ou você que só tem um referencial, no caso o estrangeiro, de comparativo? Acho que a maioria nem se dá o trabalho de ver algo nacional (generalizando, claro)
     
    A situação é um tanto complexa, mas acredito que estejamos melhorando aos poucos.
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    Tica reacted to Samuel_Fonseca in Eventos Intrigantes da Era da Ferrugem   
    Olá, pessoal.
     
    Meu nome é Samuel Fonseca, quadrinista. Estou divulgando minha nova série em quadrinhos "Eventos Intrigantes da Era da Ferrugem", uma série online em que estou tentando dar um ritmo mais cinematográfico às histórias.
     
    Por favor cliquem, conheçam e, se gostarem, me ajudem a divulgar!
     
    Muito obrigado pela atenção.
     
    http://eventosintrig....wordpress.com/
     

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    Tica got a reaction from Jack Ryan in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Acabei de ler, Jack! Coisa mais linda ever! A resenha dele foi bem diferente das que li na época em que assisti a animação. Isso porque a maioria se centrou tão somente na crítica ao American Way of Life que é nítida em diversas circunstâncias, mas ele se centrou no amor e em toda subjetividade ali contida.
    Adorei demais e depois vou tentar ler todas as outras resenhas do festival!
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    Tica reacted to Nacka in Adaptações de HQ, o Festival_Pag. 18.   
    8ª Resenha e Lista do Festival de Adaptações HQ, a lista é a do Sith com o filme Barbarella - Rainha da Galáxia, postem as notas até dia 20/07, membros do júri já sabem o que fazer.
     
     
     

     
     
     
    LISTA
     
    01_Superman II - A Aventura Continua: (1980. Dir. Richard Lester/Richard Donner, com Gene Hackman e Christopher Reeve)
    O primeiro grande épico de super-herói no cinema, o embate do ícone Superman contra três kriptonianos, abriu espaço para todos os filmes de super-heróis da atualidade.

    02_Homen-Aranha 2: (2004. Dir. Sam Raimi, com Alfred Molina e Tobey Maguire)
    O grande filme da Marvel Comics, um grandioso filme que adentra perfeitamente na mitologia do personagem, conseguindo de forma coesa e perfeita mescla vários pontos centrais na história do personagem, além do nemesis oferecer perigo real ao herói em todas suas sequencias.

    03_Scott Pilgrim Contra o Mundo: (2010. Dir. Edgar Wright, com Michael Cera, Mary E. Winstead e Ellen Wong)
    Edgar Wright conseguiu transportar as telas dos cinema o univeros dos quadrinhos de forma sublime, onomatopeias, linhas de movimento, todos os fatores presentes nos HQ está no filme.

    04_Akira: (1988. JAP. Dir. Katsuhiro Ohtomo)
    Um dos marcos da animação japonesa cultuado no mundo inteiro até os dias de hoje, é uma história complicada e densa para espectadores de primeira viajem, somando isso a narrativa oriental, tornou o filme uma Obra-Prima!

    05_Batman - O Cavaleiro das Trevas: (2008. Dir. Christopher Nolan, com Christian Bale e Heath Ledger)
    Batman O Cavaleiro das Trevas se destaca devido ao fato de que seu vilão principal, o Coringa, interpretado magistralmente pelo já falecido Heath Ledger, ser o grande destaque do filme e literalmente rouba a cena em todas as sequencias em que aparece.

    06_Marcas da Violência: (2005. Dir. David Cronenberg, com Viggo Mortensen, Maria Bello e Ed Harris)
    Primeiro grande representante de peso da linha adulta de HQ, uma publicação original da Vertigo (Uma subdivisão da DC Comics), seguindo a história de um anti-herói em um ambiente realista e de extrema violência, saindo totalmente do genero super-herói.

    07_Barbarella: (1968. FRA Dir. Roger Vadim, com Jane Fonda e John Phillip Law)
    Representante das HQs europeias, Barbarella é um clássico do gênero Sci-Fi erotico, uma atuação brilhante da Jane Fonda com um filme muito bem adaptado, um filme imperdivel para qualquer fã de HQ.

    08_Kick-Ass - Quebrando Tudo: (2010. Dir. Matthew Vaughn, com Nicolas Cage, Aaron Johnson e Chloe Moretz)
    Hit-Girl é uma fofa! Queria adotar ela. Humanos normais querendo combater a injustiça do mundo e se tornarem super-heróis, seria uma sinopse idiota se  o diretor Matthew Vaughn seguisse a história original do Mark Millar, mas não o diretor ousou e conseguiu fazer um ótimo filme.

    09_X-Men - Primeira Classe (2011. Dir. Matthew Vaughn, com James McAvoy, Michael Fassbender e Kevin Bacon)
    Guerra Fria, mutantes poderosos, e um ótimo enredo, melhor filme dos X-Men, tudo funciona perfeitamente. Principalmente a forma de como ele foi adaptado, pegando partes e personagens da mitologia dos X-Men em um coeso filme, não é um dos filmes mais fieis dos HQ, mas um filme não precisa ser fiel para ser bom.

    10_X-Men 2 (2003. Dir. Bryan Singer, com Patrick Stewart, Hugh Jackman e Ian McKellen)
    Tudo nesse filme funciona, perde por pouco para X-Men Primeira Classe, se tivesse sangue estaria em uma posição melhor no top.

    11_Mystery Men - Heróis muito loucos (1999. Dir. Kinka Usher, com Ben Stiller, Geoffrey Rush e Claire Forlani)
    A maioria dos filmes de heróis sempre temos a visão do homem relutante em ser super-herói, como o Homen-Aranha, mas nessa comedia vemos o contrário, o super-herói relutando em ser um simples humano, relutando em fazer as coisas banais que um humano faz no dia-a-dia. O filme por si só não é um dos mais brilhantes já feitos, mas seus meritos por ousar e colocar uma outra visão desse universo o tornam merecedor de estar no top.

    12_Iron Man: (2008. Dir. Jon Favreau, com Robert Downey Jr e Gwyneth Paltrow)
    Primeiro filme da nova safra de filmes da Marvel de um universo unido, Downey Jr tem uma atuação magistral como Tony Stark, seguindo a linha de Batman Begins, IM nos trás um universo de super-heróis mais próxima a realidade, com um personagem humano e com vários desvios de carater.

    13_Homens de Preto (1997. Dir. Barry Sonnenfeld, com Tommy Lee Jones, Will Smith e Linda Fiorentino)
    Baseado em uma HQ da Malibu Comics, MIB nós tras uma comedia de sci-fi inteligênte e super divertida.

    14_Oldboy (2003 COR Dir. Chan-Wook Park)
    Um filme de vingança, a mais pura e simples vingança, um belo exemplar de filme coreano.

    15_Battle Royale (2000 JAP Dir. Kinji Fukasaku
    Um belo exemplar do cinema japonês de suspense, alunos sequestrados e colocados em uma ilha para se matarem, apenas 1 pode sair vivo. Muito bem filmado e um estudo da psique humana.
     
     
     

    Barbarella - Rainha da Galáxia
     
    Jane Fonda, John Phillip Law, Anita Pallenberg e Milo O'Shea. Dirigido pelo francês Roger Vadim, inspirado na HQ francesa de mesmo nome de Jean-Claude Forest. Uma produção franco-italiana.

    A obra original lançada em 1962 escandalizou a sociedade francesa, e chegou a ser proibida, mas aos poucos conquistou o país e se espalhou pela Europa onde virou ícone do movimento feminista nos anos 60.

    Em 1968 virou filme, que aos poucos se transformou em um clássico cult da ficção-cientifica erótica, teve sucesso mundial, e elevou Jane Fonda à categoria de sex-symbol.

    Em um futuro longínquo, a humanidade conquistou o espaço e trouxe paz e amor a toda a galáxia. Um cientista chamado Duran-Duran (Milo O'Shea)¹ desafiando a lei, cria uma arma destruidora chamada "raio positrônico," e foge com esta arma para o planeta Tau Ceti com objetivos escusos. A astronavegadora Barbarella (Jane Fonda) é chamada então para cuidar dessa ameaça à paz, sendo que no caminho cai por diversas vezes nas mãos dos bandidos, e ao ser salva, recompensa os mocinhos realizando todos seus desejos (sim, exatamente isso que você está pensando).




    Jane Fonda explorando sua sensualidade


    No universo do filme, sexo é feito com uma pílula e toque de mãos que geram orgasmos nas duas partes², no início Jane Fonda consegue nos mostrar uma Barbarella incrivelmente inocente e pura, que prega os valores de paz e amor, mas após ter relação sexual de forma tradicional, se transforma em uma ninfomaníaca, o que no decorrer do filme consegue salvar sua vida (como quando a heroína é capturada e encarcerada dentro de um órgão musical que mata suas vítimas levando-as ao orgasmo máximo).
    Graças ao seu talento, a atuação de Jane Fonda consegue nos levar a crer na mudança psicológica de sua personagem, já que desde o inicio do filme, o diretor, que na época era seu marido, tenta apenas a intenção de passar uma imagem sexy de Barbarella. A cena dos créditos iniciais com o strip-tease em gravidade zero é uma das coisas mais sensuais que já assisti, nos mostrando de forma abundante todos os predicados da atriz, que até para os padrões de hoje são bastante altos, além das 7 mudanças de roupa ao longo do filme, uma mais sensual que a outra, inclusive uma que deixa seu seio esquerdo a mostra.
    Jane Fonda conseguiu ser extremante fiel a personagem dos quadrinhos, onde ela é representada como um James Bond de saias (ou de trajes mínimos para não dizer outra coisa), mas a atuação dos demais personagens é rasa e os diálogos são comparáveis com as melhores linhas de um filme pornô, como por exemplo, quando Barbarella é salva por um caçador no meio da geleira, e ela pergunta o que ele quer de recompensa, ele se limita a dizer - "quero fazer amor com você."
    O único ator que merece um pouco mais de destaque é John Phillip Law. Seu personagem surge no cenário de Sogo, em clara alusão as cidades bíblicas de Sodoma e Gomorra, uma cidade com ruas rodeadas de tudo que é mal e vil na sociedade, como drogas, sexo e violência, e que inclusive tem final parecido com a das cidades bíblicas. Ele interpreta um anjo, cego pela maldade do tirano da cidade, mas com um imenso potencial de bondade e compaixão, o que é evidenciado em sua frase mais impactante - “anjos não fazem amor, anjos são amor”.
    Apesar de ótimas frases aqui e ali, os diálogos em sua maioria tem a profundidade de um pires, Phillip convence bem como um cego, porém o restante, são apenas personagens caricatos em busca de satisfazer suas próprias ambições e desejos carnais.




    Cena onde Barbarella faz amor por contato físico, idéia que foi copiada no filme O Demolidor


    O filme, assim como os quadrinhos europeus, tem uma narrativa diferente dos americanos, em diversos ocasiões diminui o ritmo e apela para o lado sensual, onde percebemos claramente que ele foi filmado para um público mais adulto.
    O filme é uma aventura psicodélica, onde em certas partes parece que o diretor tomou LSD e resolveu filmar, o que se pode perceber devido ao excesso de tomadas com fundo daqueles líquidos com óleos que não se misturam, comuns do movimento hippie da década de 60, sendo extremamente fiel a obra original, desde as cenas na planície de gelo, passando pela cidade labirinto subterrânea e por fim a cidade cosmopolita de Sogo.
    Barbarella conseguiu ser a primeira adaptação de quadrinhos a fazer sucesso mundialmente, a película tem todos os elementos de um filme trash da década de 60, começando pelos cenários, que são idênticos aos desenhos da HQ, onde isopor, papel celofane, gelo seco e acrílico compõem inteiramente o enquadramento, e o interior acolchoado de peles da nave de Barbarella, que serviu de inspiração a centenas de filmes pornôs com tema futurista nas décadas seguintes.
    Os efeitos são bons levando em conta a época, onde não vemos fios segurando as naves e a substituição do fundo não é tão gritante, mas apesar disso o filme se torna datado para um espectador comum dos dias de hoje, até mesmo na parte erótica, que para a sociedade atual em que vivemos, é bastante fraca, mas que para época foi algo para quebrar os tabus.

    O público atual vê o filme como uma comedia erótica, tanto pelos atores canastrões, quanto pelas situações surreais, que parecem servir apenas para mostrar os dotes da Jane Fonda, como quando sua personagem foi condenada à morte em uma gaiola de periquitos assassinos, que só queriam saber de rasgar sua roupa.




    Quadrinhos da obra original


    O filme visto isoladamente e totalmente fora do contexto pode ser considerado apenas como mais uma ficção-cientifica trash da década de 60, mas ao colocarmos ele no patamar das adaptações de quadrinhos, vemos toda a importância que ele deu ao gênero, e percebemos como ele conseguiu tornar-se um dos filmes mais cultuados daquela época.
    Ele pode ter mais defeitos do que virtudes, mas cativa o verdadeiro fã de HQs, aquele que sente prazer em ver uma boa adaptação, independente se ele é ou não uma obra-prima do cinema, nos faz querer conhecer a obra original, nos leva a um mundo de fantasia que imaginavamos quando criança, e Barbarella consegue resgatar esse sentimento em todos os fãs da 9ª arte!

    Em tempo, tenho que terminar essa resenha com um trocadilho que escutei há muito tempo: "Duran Duran toca uma para Barbarella." Literalmente, é claro. Sem Malícia.




    Comparação entre HQ e filme


    *A banda Duran-Duran foi nomeada em homenagem ao vilão do filme Barbarella.




     
     
    Cenas do Filme:

     
      Nacka2011-07-23 17:16:57
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    Tica reacted to Jack Ryan in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Tica, na página 14 do tópico Festival CeC de Cinema Francês (dentro do subfórum Cineclube) tem uma resenha excelente do Alexei sobre As Bicicletas de Belleville, Dá uma conferida.
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    Tica got a reaction from Questão in Cinema Brasileiro: Agora Vai?   
    Concordo com o que diz, Questão!
     
    E como também afirmei, tenho notado uma mudança, mas lenta. Acho que além de precisarmos nos expandir nos outros gêneros (horror, ação etc), também precisamos de um público menos alienado.
     
    A maioria das coisas boas só são mostradas em festivais, como citou. Acontece que mesmo o AnimaMundi e outros serem a um preço "baratinho", eles ocorrem em locais elitizados e apenas parte da papulação fica sabendo ou se interessa.
     
    Em suma, pra mim ainda há muito preconceito de nossa parte (isso é uma generalização) para com as produções nacionais, além de outras dificuldades que o cinema brasileiro por si só enfrenta.
     
    Acredito que seria interessante mudar a mentalidade da massa.
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    Tica reacted to Questão in Cinema Brasileiro: Agora Vai?   
    Collor confiscou as reservas da população brasileira, e cortou as leis de incentivo, matando nosso cinema por mais de cinco anos até que o cinema brasileiro "ressucitou" em 95 com CARLOTA JOAQUINA: A RAINHA DO BRASIL.
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    Tica reacted to Lucy in the Sky in Qual Livro Você Está Lendo?   
    Eu pesquisei o livro. A edição digital em inglês ganha no preço, inclusive por não incluir frete.
    Gostei da sinopse. Foi para a minha wish list do Kindle.
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    Tica got a reaction from Big One in Homeland   
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    Tica got a reaction from Jack Ryan in Cineclube em Cena   
    Da lista só vi:
     
    Anjos da Lei (2012)
    O Espião que Sabia Demais (2011)
    Jogos Vorazes (2012)
    Touro Indomável (1980)
     
    E desses, só não recomendo Jogos Vorazes, a menos que queira dar uma de masoquista.
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    Tica reacted to Jack Ryan in Qual Livro Você Está Lendo?   
    Conforme o planejado, peguei O Apanhador no Campo de Centeio na biblioteca hoje, e já comecei a ler, mas só tive uns minutos entre aulas. Mas já tá me agradando.
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    Tica reacted to Nacka in Adaptações de HQ, o Festival_Pag. 18.   
    Não sei se terei tempo de entrar no fórum mais tarde, publico então a 2ª Resenha e Lista do Festival de Adaptações HQ, a lista é a do Tensor com o filme X-Men 2, quem ainda quiser postar notas para o CACO/CAMPOS deve fazê-lo até hoje, dia 05/07, as notas do Tensor podem ser postadas até o dia 07/07:

     
     
     
     



















     
     
     
     
     
     
     
    Lista:
     
     


    15. Kick Ass (Matthew Vaughn, 2010)

    Começa como uma grande brincadeira envolvendo a mitologia do herói de quadrinho, e das mais divertidas, cheia de situações hilárias envolvendo cultura pop atual, nerdiadas e etc. Pra logo em seguida virar um drama de ação cômica de respeito. E filmado com autoridade por esse baita diretor. Kick Ass, Big Daddy, Red Mist... Todos divertidíssimos. Mas quem detona mesmo é essa insana da Hit Girl. E aí eu descubro um baita diretor e uma baita atriz.




    14. O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, 2008)

    Coringa. Heath Ledger. Essa figura eleva o que seria um bom policial envolvendo o morcegão, para um filme com um dos mais impressionantes representantes da insanidade que vimos no cinema. Um psicopata a ser pego como referência. Um personagem tão forte e marcante que hipnotiza cada vez que entra em cena. Eu até poderia falar de mais alguns méritos aqui e ali, mas enfim, seria insignificante demais comparado ao que foi o Coringa nesse filme. Ao que foi o Heath Ledger.




    13. Watchmen (Zack Snyder, 2009)

    Sensacional em desglamourizar toda a mitologia dos super heróis. Em fazer entrar em choque com a realidade comum. Em mostrar heróis quase marginalizados pelo ambiente que vivem. Mas acho que esse filme não foi massacrado quanto ao seu conteúdo, e sim pela estética, narrativa, etc. Todo o Way of life Snyderniano, e que eu adoro. Poucas vezes a câmera lenta funcionou tão bem comigo. Ela é “limpa”, mostrando uma pancadaria sem frescura, violenta, quase como em uma briga de rua. Tanto Dylan quanto Simon and Garfunkel quanto etc apenas amplificaram a fodisse das imagem em questão pra mim, em uma inclusão ousada, claro, mas super eficiente. Acho que sofre um problema de fluidez, em alguns momentos fica um pouco arrastado, mas os méritos e as recompensas pela insistência tornam esses eventuais problemas insignificantes.



    12. Sin City (Robert Rodriguez, 2005)

    Vou confessar, não sou nem um pouco fã das histórias em quadrinhos. Li algumas e achei bem medianas. Então se fosse transportada exatamente como no material original, eu não teria gostado. Acontece que isso aqui é cinema dos bons. Um noir estilizado e modernizado, com uma alegoria de personagens tão estilosos e violentos quanto a estética que os cercam. Seja acompanhando o brutamonte Marv (particularmente meu personagem e momento preferido do filme) em sua busca sangrenta e destrutiva pelo assassino da sua puta preferida, ou o desiludido Dwight em sua guerra suburbana noturna com prostitutas armadas, isso aqui é tão bacanamente filmado e tão bacanamente narrado que pra mim definitivamente é um dos melhores representantes do gênero. E aquela cidade fede.




    11. X-Men (Bryan Singer, 2000)

    Na década de 70 superman foi o primeiro a conseguir transportar o universo fantástico dos heróis para telona de forma que toda a magia não se perdesse, não se tornasse deslocada. Já na de 80 vemos o Burton levar esse conceito pra outro patamar, mais próximo com o que consideramos o cinema de essência, em se expressar com imagens carregadas com aquele virtuosismo visual característico dele. Mas ainda faltava uma coisa. A essência do material adaptado se mantinha, mas em compensação a complexidade e grandiosidade desse se perdia, ou era apenas ridiculamente apresentada. X-Men veio pra ser o terceiro nome, para fechar a ultima lacuna que faltava. Não temos apenas a essência da HQ, nós temos um universo tão rico, relevante e grandioso quanto. O Singer reinventou o gênero.




    10. Homem de Ferro (Jon Favreau, 2008)

    Poucos heróis são mais adaptáveis quanto Homem de Ferro. Ele não possui qualquer poder fantástico (apesar de toda a tecnologia impossível do universo, mesmo assim é tecnologia), Tony Stark é um beberrão, arrogante, mulherengo, sarcástico, cínico, fanfarrão, ou seja, uma persona bem conhecida e querida da arte, até com ares meio Bogardianos só que muito mais exagerados, claro, e que se captassem o tom certo seria difícil não sair algo divertido. O grande mérito é ter saído insanamente divertido. A escolha do protagonista foi perfeita. Até hoje não existiu ator que conseguiu captar tão bem o ar do personagem que interpreta. O cara conseguiu elevar uma história que já seria por si só interessante, divertida, para o nível de filme mais engraçado entre todas as adaptações do gênero.




    09. Homem Aranha (Sam Raimi, 2002)

    Esse aqui sempre foi o meu herói, de infância e depois =P Então minha empolgação quando assisti era quase incontrolável. Lembro até hoje quando cheguei no cinema, entraram quatro atores vestidos de bandidos na sala, ficaram em frente da tela tocando o terror, e do nada surgiu um homem aranha lutador de capoeira e deu cabo dos putos todos. Eu vibrei com aquilo, foi patético e empolgante, emocionante mesmo =P Então da pra sentir o que esse personagem significa pra mim. A forma que é mostrada a descoberta dos poderes pelo Peter, aquela empolgação que ele sentia em se balançar com as teias de prédio em prédio pela primeira vez... Talvez seja isso que lá na década de 70 tenha causado aquela comoção toda quando o Super voava pela primeira vez. Algo equivalente me atingiu nesse aqui.




    08. Oldboy (Chan-wook Park, 2003)

    Nada além do que o clichê do homem em busca por vingança, o diferencial é que esse conceito ganha contornos exageradíssimos até mesmo pra esse. Tudo aqui parece estar no volume máximo, amplificado, o chan-wook cria uma jornada cega em busca da purificação, e essa não poderia ser diferente do que o ódio sendo totalmente exteriorizado. Lotado de uma violência estilizada, uma narrativa nervosa que não se desvia em momento algum do objetivo explosivo final, o cara cria cenas empolgantes e perturbadoras. Da pra citar duas que ao meu ver já se tornaram clássicas, como aquela insana luta no corredor, e a embasbacaste revelação final (ou o final completo). Já ouvi brincadeiras dizendo que o Martin Scorsese é o Abel Ferrara com camisinha, nesse sentido da pra dizer que o Chan-wook é o Takashi Miike com camisinha, e isso é pra ser um elogio. Porque mesmo que mais suavizado, pelo menos no que se refere ao gore da coisa, Oldboy ainda te deixa arrasado no final.




    07. Scott Pilgrim Contra o Mundo (Edgard Wright, 2010)

    Por mais que o material original seja HQ, pra mim esse aqui tem como inspiração principal os games. Uma linguagem não apenas original, mas revolucionária. A maioria dos filmes hoje baseados em videogame narram praticamente suas cutscenes, e esquecem a linguagem principal dessa arte, que é a parte interativa. Scott Pilgrim transporta justamente a parte interativa da coisa. Depois a remodela e a transforma em um cinemão super estilizado da melhor qualidade, recheado de material nerd perfeitamente enquadrado. Como me diverti assistindo essa maluquice.




    06. Batman Returns (Tim Burton, 1992)

    O Batman, na minha modestíssima opinião, é uma franquia antes de qualquer coisa sustentada por seus vilões extremamente interessantes (e não digo isso de forma negativa), e nesse aqui é onde essa característica é melhor realçada. A Michelle Pfeifer cria uma Mulher Gato impressionante, um dos melhores personagens da história do cinema. Sexy e ameaçadora, graciosa e imponente. Absolutamente animalesca, criando a melhor rivalidade com o Batman de toda a franquia. E pra ocupar o posto de vilão principal, de ameaça desprezível, temos o Pinguim que mostra uma característica tanto visual quanto psicológica absurdamente monstruosa e repulsiva. E fora que eu, que não sou nem um pouco fã dessa estética Burtoniana, tive que me render nesse aqui. É um espetáculo no que se diz ao visual. Melhor Batman disparado pra mim.




    05. X-Men 2 (Bryan Singer, 2003)

    Comentário pequeno porque talvez resenhe: provavelmente o filme baseado em HQ com o maior número de cenas extraordinárias.




    04. Homem Aranha 2 (Sam Raimi, 2004)

    Comentário pequeno porque talvez resenhe: O filme mais empolgante de quadrinhos.




    03. X-Men: First Class (Matthew Vaughn, 2011)

    Comentário pequeno porque talvez resenhe: O mais épico.




    02. Battle Royale (Kinji Fukasaku, 2000)

    Eu vou confessar que só o argumento disso aqui me fez babar. Quando fiquei sabendo que um filme desses existia fiquei salivando, na expectativa de ser o melhor filme do mundo. Não foi o melhor do mundo, mas de qualquer forma absurdamente divertido. Uma perseguição empolgante de todos contra todos, transformando aquela ilha no ambiente mais insano que eu já vi no cinema, fazendo cada estudante ter que virar um gladiador adaptado, e a selvageria rolando solta, e um gore delicioso explodindo em cada canto.   




    01. Marcas da Violência (David Cronenberg, 2005)

    O Cronenberg filmando um personagem aparentemente pacato que carrega um demônio oculto no corpo. E o inferno dessa vida passada batendo na porta o querendo de volta, e arrastando quem for que seja para isso. E daí é aquela selvageria visual que o Cronenberg faz com a câmera, com aquela sexualidade explosiva, com atuações que nenhuma chega a menos do que visceral... É difícil eu dizer o quanto gosto desse filme, ele é absolutamente perfeito. Uma OP indiscutível, um dos 10 melhores que assisti na vida. E apesar de adorar cada um dos outros da lista, a diferença pra esse ainda é de um abismo.
     
     
     

    X-Men 2 (Bryan Singer, 2003)<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />


    A maior dificuldade que eu tive na hora de escrever esse texto foi decidir se me apegaria exclusivamente a X-Men como filme, ignorando o material original que gosto tanto, ou se as HQs, desenho animado e tudo mais que sou tão fã entrariam em jogo na hora da análise. E aí que eu pensei que seria bobagem excluir qualquer coisa.


    Sei que uma caralhada de gente desse fórum tem o pensamento que “filme é filme, livro é livro, HQ é HQ”, e etc, e um lado disso eu concordo, óbvio, mas por outro eu não poderia discordar mais, pelo menos no conservadorismo que eu vejo em parte desse pensamento. Claro, eu acho que na hora de se criar uma adaptação tu deve ter a precaução de fazer com que aquele material seja muito bem transportado de forma que ele não entre em conflito com a mídia que está sendo jogada. Seja HQ ou qualquer coisa, ele tem que virar CINEMA. Até aí perfeito. E também não vejo problema algum em desprezar certos elementos, e até distorcer outros, em prol de um melhor comodismo do material na tela. Mas se por um lado alguns xiitas ficam revoltados se seu objeto de adoração não é exatamente mostrado como no original, por outro alguns cineastas se apóiam nessa “muleta”, de o cinema não ter obrigação de fidelidade com o que quer que seja (e realmente, não tem), para lançarem sua visão superficial e muito fragmentada em relação ao que está sendo adaptado, em um conformismo desnecessário em ser menos relevante. Acontece que eu acho que hoje em dia, principalmente as histórias em quadrinhos, alcançaram um certo amadurecimento narrativo, uma riqueza e relevância conteudistica (nota: pesquisar se essa palavra realmente existe), que seria de certa forma frustrante não ver isso refletido na tela. Até porque não se repelem. Como os games, as HQs de hoje também estão se aproximando e muito de uma narrativa mais cinematográfica, de forma que as mídias se diferem em pouca coisa. E por isso, eu pelo menos não me contentaria mais em ver apenas a “essência” refletida. Porque, sinceramente, isso é pouco perto do que elas se transformaram, perto do potencial que apresentam. Do potencial cinematográfico que apresentam e que não está exposto na camada mais visível da HQ. Então tava precisando vir um cara e dar uma sacudida geral, mostrar esse amadurecimento todo que falo, transportar a essência e um pouco mais, e muito mais. Como esse sujeito fez. E por isso, Singer, eu te saúdo.


     


    X-Men 2 não é só um puta filme de ação (e que puta filme de ação é, mas falo disso depois), ele é sem medo de ser feliz o responsável por transportar toda a relevância e grandiosidade que vemos nas HQs direto pra tela, sem se contentar em fazer apenas o que poderia ser um episodeozão muito bem filmado (tudo que veio antes dele), e por isso é tão bom. É tão bom porque ele não arranha o material original, ele explora de forma irretocável até sugar a ultima gota do que existe de melhor ali. Ele acertou mais do que os outros justamente por não se afastar do material, mas sim por admitir a relevância desse e respeitar o máximo possível. Os X-Men não são os uniformes extravagantes, ou a origem e personalidade dos personagens impecavelmente respeitadas, como o Singer não fez questão de respeitar. X-Men é justamente o que vemos nesse filme. Aquela ambigüidade moral, a distorção da nossa realidade, dando poderes para os que seriam discriminados e vendo a decisão que tomariam com eles.  Fazendo com que a guerra que seria apenas fria saia do campo das possibilidades e role solta, e um outro punhado de gente tentando evitar isso. Esse filme pode ser apreciado não apenas pelo apelo óbvio, de seres que nascem com poderes legais (sendo que isso já é muito legal), mas sim como um drama riquíssimo que retrata toda a nossa intolerância intrínseca. E etc. E por isso First Class é sensacional do jeito que é, porque ele repete esse.


     


    E é um puta filme de ação. Eu não acho o Singer um EXCEPCIONAL diretor. Daqueles que quando morrer entrará no Hall da fama ao lado de caras como o Tarantino, Carpenter, Cronenberg e Peckimpah (que todos sabem que são os melhores, né?), mas o cara tava em estado de graça nesse aqui. Esse pra mim é o grande diferencial para o primeiro filme (que já é ótimo), o salto de qualidade... Quando se pensa em X2, além da interessantíssima estória retratada, ele é totalmente sustentado também por momentos grandiosos. Daqueles que te acompanham por anos depois, mesmo que o todo se perca da tua lembrança, alguns momentos ficam cravados perpetuamente. Como o bom cinema tem que ser, aquele cinema que não se contenta em lhe entregar uma empolgação de momento. Tudo o que Singer filmava nesse aqui virava ouro, é incrível. Eu fiz questão de rever o filme antes de escrever, não que precisasse já que já o assisti muito, mas até pra relembrar melhor certas passagens e etc. E assistir aquela invasão do Noturno na casa branca foi tão empolgante quanto há oito anos atrás quando assisti no cinema pela primeira vez. Singer, o que tu tomou, rapá? Mas não deve se vender em farmácia. E esse grau de maestria dura incrivelmente o filme inteiro. Pega essa invasão da casa branca, pega a invasão dos subordinados do Striker na mansão do Xavier, e os mutantes fugindo desesperados, e o Wolverine atacando ensandecido, pega a antológica cena do Magneto escapando da prisão adaptada “acho que você está com muito ferro no sangue”, e a maravilhosa seqüência final onde todos os personagens importantes (Wolverine, Mística, Magneto, etc), têm seu showtime especial. A absurda gama de personagens também não atrapalha em nada, até porque os responsáveis tiveram a idéia bem clara de quem é suficientemente interessante para conduzir o filme e quem seria interessante apenas para engrandecê-lo mais ainda. Pegando exemplo da Lady Letal, entra muda e sai calada, e mesmo assim é responsável pela mais fabulosa cena de ação do filme inteiro. Aquilo ali chega a doer na gente de tão animalesco. E outra coisa incrível, como isso flui! Eu sinceramente não sei se é mais mérito do roteiro ou da montagem (sempre tenho dificuldade pra saber quando é mais de um ou de outro), mas o filme não é simplesmente ágil, ele voa. 


     


    Enfim, é um negócio cheio de méritos, feito apenas de acertos, e apesar de todos os envolvidos, o grande responsável é o Bryan Singer. Foi a mão apaixonada dele que fez esse aqui se transformar nessa OP maravilhosa que é. Nesse terceiro pilar dos filmes baseados em quadrinhos, em unir de vez as duas mídias fazendo com que o melhor de ambas apenas se amplifique, realce. E Os Vingadores vem aí pra ser o quarto, espero eu.








     
     

      Nacka2011-07-06 01:43:53
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    Tica reacted to Jack Ryan in Oscar Wilde   
    Oscar Wilde, nascido em Dublin em 1854 e falecido em Paris em 1900, foi um escritor que se aventurou por várias formas de expressão artística. Tendo a maior parte de sua obra voltada ao teatro, escreveu A Importância de Ser Prudente, sua peça de maior sucesso. Escreveu apenas um romance, O Retrato de Dorian Gray, um dos livros mais famosos da literatura de língua inglesa. Também escreveu contos (o mais famoso sendo O Fantasma de Canterville), poemas e ensaios.
     
    Acabei de ler O Retrato de Dorian Gray - no original - e devo dizer que é realmente impressionante. A premissa é bastante imaginativa: um jovem de notável beleza deseja que um retrato de si próprio possa carregar as marcas da vida, enquanto ele próprio permanece jovem e bonito, e tem seu desejo realizado. A partir disso (antes mesmo disso, para ser justo), Wilde constrói um brilhante ensaio sobre valores morais, convenções sociais, a influência dos outros sobre a personalidade, o preço das decisões.
     
    Há passagens de uma genialidade incrível, com texto fluido, ao mesmo tempo bonito na forma e intenso no significado. Também os diálogos são excepcionais. Me obrigo a citar um exemplo:
     
    'Romanticists! You have all the methods of science.'
    'Men have educated us.'
    'But not explained you.'
    'Describe us as a sex,' was her challenge.
    'Sphinxes without secrets.'
     
    O final é previsível, e há um interlúdio - em que Wilde passa páginas a descrever tapetes e instrumentos musicais exóticos e outras excentricidades que foram obsessão passageira de Dorian Gray - que é bastante maçante. Mas no geral o livro é realmente brilhante. Agora quero ler O Fantasma de Canterville.
     
    Aliás, pra quem quiser ler, O Fantasma de Canterville em inglês: http://www.eastoftheweb.com/short-stories/UBooks/CanGho.shtml
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    Tica reacted to Big One in Boardwalk Empire   
    You can't be a half gangster. 3 temporada estreia dia 16 setembro. Segue trailer.
     
    Spoiler alert
     


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    Tica got a reaction from lari__ in American Horror Story   
    Vai bater recorde de Promos!
     
     

    http://www.youtube.com/watch?v=BlMEuV2bZhg&feature=player_embedded
     
     

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=I-gYMlASiGE
     
     
     
    Fonte
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    Tica reacted to conan in O Hobbit   
    Uai, então lê o livro Malleus Maleficarum mesmo.
     
    Eu tenho ele aqui, mas ainda não tive tempo para ler. Sobre história de "Bruxas" têm uns livros do historiador chamado Carlo Ginzburg. Ele escreve muito bem, quase literatura, e é muito interessante.
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    Tica reacted to Lucy in the Sky in Qual Livro Você Está Lendo?   
    Não gosto muito de O Senhor dos Anéis. O Hobbit eu nunca li e não tenho vontade. Não considero nenhum livro essencial a outras pessoas. Ter me marcado ou ser cultuado ou ter sido colocado no irritante pedestal de clássico não torna o livro obrigatório. A ideia de livros obrigatórios só colabora para tirar a graça da literatura, porque coloca as pessoas sob a pressão de ler livros que não interessa a elas, tenta tirar o caráter pessoal da escolha de livros.
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    Tica got a reaction from Lucy in the Sky in Qual Livro Você Está Lendo?   
    Esse conto "Pai contra mãe" fala de escravidão e é uma crítica muito foda às nossas escolhas etc. Eu adorei e como você acabou de ler algo sobre o assunto, pode se interessar.
     
    Não sei se gosta dessa perspectiva, mas o livro 'A mulher na história do Brasil', da historiadora Mary Del Priori é bem interessante e faz uma análise da mulher no período colonial. Ele é curtinho e bem simples, uma leitura interessante.
     
    Se me permite mais indicações, tem esses dois (que não tem nada a ver com o tema acima):
     
    Persépolis
     
    Como me tornei Estúpido
     

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