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Forum Cinema em Cena

Gustavo Oliveira

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Posts posted by Gustavo Oliveira

  1. Para mim,

     

     

    Em algum momento do filme alguém diz: "[...] Nas eleições americanas, quando se tem a grana, nada é imprevisível". A frase citada ilustra totalmente aquilo que “Os Candidatos” tenta abordar: os bastidores das eleições com maior credibilidade do mundo, ironizando seus absurdos e satirizando as realidades antiéticas. Bom, se na sinopse tudo é “interessante” e ousado, na prática não é bem assim. A comédia de Jay Roach (de “Entrando numa Fria”), após apresentar sua envolvente e hilária premissa, peca por não ir além naquilo que se propôs; assim as chanchadas (algumas delas totalmente discutíveis) rapidamente tomam conta da narrativa, prejudicando a funcionalidade da mensagem a ser transmitida e deixando-a em segundo plano.

     

    Quando o experiente congressista Cam Brady (Will Ferrell) comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o “inocente” (e patético) Marty Huggins (Zach Galifianakis), diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.

     

    Se por um lado o roteiro mediano de Shawn Harwell e Chris Henchy se apresenta covarde e simples demais; por outro, Will Ferrell é perfeitamente capaz de assegurar o êxito do filme e protagonizar os melhores momentos do mesmo. Afinal, seu “jeito” de fazer humor é quase que único atualmente. E, claro, não estou esquecendo-me de Zach Galifianakis, que, apesar de ser um bom ator, aqui desempenha um trabalho robotizado e, por vezes, forçado mesmo que seu personagem seja, tecnicamente, o “mocinho” da trama.

     

    Em meio a cenas hilárias que de tão estúpidas chegam a ser engraçadas e outras fora de contexto, apelativas e desnecessárias, “Os Candidatos” oscila entre bons e maus momentos em seu desenvolvimento, sem contar, claro, a construção narrativa do personagem de Galifianakis (Huggins), que, radicalmente, tem sua personalidade transformada de maneira inconvincente, pois fica difícil enxergar o bobão, que nos é apresentado nos primeiros minutos de filme, virando um político com rigor e despojado. Mas, felizmente, os pontos negativos não tornam a comédia em um filme necessariamente ruim, e sim a impede de poder almejar maior grandeza.

     

    Os demais personagens, porém, não acrescentam nada ao enredo, embora sejam simpáticos especialmente o assessor de Cam interpretado por Jason Sudeikis. Desta forma, fica clara a dependência dos dois protagonistas que, durante todos os 90 minutos, trabalham em lados opostos em uma campanha ácida, ligeira e irônica, porém continuam sendo “farinha do mesmo saco”. Contudo, o terceiro ato do filme é totalmente atrapalhado pelos clichês e, principalmente, pelas bizarrices que deixam de ser engraçadas (a propósito, o momento do discurso de Cam é, no mínimo, ridículo) [...].

     

    Enfim, “Os Candidatos” é uma comédia simples e funcional às vezes, até demais que, volto a dizer, não se compromete a polemizar e tampouco ir além em seu plano de fundo diferentemente do recente “O Ditador”, que, apesar dos deméritos, escancara a mensagem que deseja passar, não se preocupando, em momento algum, em ser “agradável”. Ou seja, em suma, o novo filme de Will Ferrell não deixa de ser válido e divertido, mas, em contrapartida, resulta em uma comédia um tanto quanto superficial. A política, do jeito que é, merece uma abordagem mais maliciosa. Se é que me entendem...

     

    OBS*: A data de estreia poderia ser bem melhor estudada, pois, afinal de contas, o filme foi lançado bem longe das eleições americanas e semanas após as eleições nacionais. Vai entender...

     

    Nota: 5 de 10.

  2. Este filme estreou em: 19 de Outubro de 2012

     

    Sinopse: Quando o experiente congressista Cam Brady (Will Ferrell) comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o inocente Marty Huggins (Zach Galifianakis), diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.

     

     

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Jay Roach

    Elenco: Will Ferrell, Zach Galifianakis, Jason Sudeikis, Dylan McDermott, Brian Cox, John Lithgow, Dan Aykroyd, P. J. Byrne, Katherine LaNasa, Josh Lawson, Amelia Jackson-Gray, Late Lang Johnson

    Produção: Will Ferrell, Zach Galifianakis, Adam McKay, Jay Roach

    Roteiro: Shawn Harwell, Chris Henchy

    Fotografia: Jim Denault

    Duração: 115 min.

    Ano: 2012

    País: EUA

    Gênero: Comédia

    Cor: Colorido

    Distribuidora: Warner Bros.

    Estúdio: Everyman Pictures / Gary Sanchez Productions

    Classificação: 14 anos

     

     

    Dê sua opinião sobre a comédia! :)

  3. Para mim,

     

    Será mesmo que os publicitários encarregados de divulgar “Possessão” (o título, por si só, já é o clichê dos clichês) acreditaram em algum momento que alguém levaria a sério o slogan que estampa a capa cujos dizeres enunciam “Baseado em Fatos Reais”? Bom, a partir daí já dá para ter uma noção clara das simples pretensões deste novo terror, que reformula à vontade clichês dos filmes do mesmo tema (exorcismo), imprimi um regular clima de tensão e convence razoavelmente.

     

    Na trama, uma jovem (Em/ Natasha Calis) compra uma caixa antiga em um estaleiro, sem saber que dentro dela vive um espírito (judaico) malicioso antigo. Os pais da menina (recém-separados – subtrama totalmente desnecessária, por sinal) se unem para lutar contra a maldição que a domina.

     

    Ao mesmo tempo em que as boas atuações contribuem muito para o filme (principalmente de Natasha Calis e Jeffrey Dean Morgan), a trilha sonora compromete o clima de tensão, pois os fortes acordes e os precipitados cortes diminuem o ritmo da narrativa, comprometendo, assim, o clima de tensão mediano apesar de os sustos serem inexistentes. Entretanto a direção, no geral, é competente, em especial nos momentos em que Ole Bornedal (diretor) faz uso de ágeis travellings e closes sempre na medida certa. A montagem das principais cenas também é extremamente habilidosa, e é a partir daí que sentimos a participação de Sam Raimi na produção, retornando ao gênero que o trouxe para o estrelato.

     

    Abrindo com letreiros que dizem a mesma coisa do slogan (baseado em fatos...), “Possessão” aposta em uma narrativa simples, sem delongas e direta. Bom, e não poderia ser diferente, pois o roteiro de Juliet Snowden e Stiles White é o mais simplório possível. Nada que impeça, porém, que o terror possua bons momentos gerados principalmente – repito! – pelas ótimas atuações aliadas a uma eficaz maquiagem e efeitos visuais totalmente convincentes.

     

    Todavia, é, no mínimo, decepcionante percebermos o caminho que o terror vai, aos poucos, tomando à medida que a narrativa se desenvolve. Afinal, quem não se lembra de um filme de exorcismo onde o pai da garota, desesperado, procura rapidamente ajuda e, surpreendentemente ou não, encontra padres-exorcistas sabichões dispostos a ajudar? E é curioso também que os artifícios usados no clímax dos filmes do tipo são sempre os mesmos (como, por exemplo, luzes apagando, olhos virando e tudo mais. E não que não seja “legal”, porém o problema é que já vimos tudo muitas vezes antes) [...].

     

    O terceiro ato é enfadonho e insatisfatório (se preocupando mais em deixar portas abertas para uma possível e, decerto, catastrófica continuação do que encerrar de maneira minimamente convincente), destruindo o clima razoável do longa até então. Enfim, nada inovador e muito menos especial, “Possessão” resulta num mediano terror fácil de assistir e mais fácil ainda de esquecer, porém deixa claro que o gênero carece urgentemente de novidades.

     

    OBS*: Fica difícil escolher o melhor entre os últimos e principais filmes de terror lançados em 2012. “A Entidade”, “Atividade Paranormal 4” ou “Possessão”? Bom, eu fico com este ultimo justamente por não ser tão ruim, embora seja igualmente esquecível e sem quaisquer pretensões além de faturar seus milhões.

     

    Nota: 5 de 10.

     

     

    Quem viu comenta ai também! ;)

  4. Este filme estreou em: 02 de Novembro de 2012

     

    Sinopse: Uma jovem compra uma caixa antiga em um estaleiro, sem saber que dentro dela vive um espírito malicioso antigo. Os pais da menina se unem para lutar contra a maldição que a domina.

     

     

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Ole Bornedal

    Elenco: Jeffrey Dean Morgan, Kyra Sedgwick, Madison Davenport, Natasha Calis, Agam Darshi, Grant Show, Matisyahy, Quinn Lord, Amanda Dyar, Rob LaBelle, John Cassini

    Produção: Sam Raimi, Robert G. Tapert, J. R. Young

    Roteiro: Juliet Snowden, Stiles White

    Fotografia: Dan Laustsen

    Trilha Sonora: Anton Sanko

    Duração: 92 min.

    Ano: 2012

    País: EUA

    Gênero: Terror

    Cor: Colorido

    Distribuidora: Paris Filmes

    Estúdio: Ghost House Pictures / North Box Productions

    Classificação: 14 anos

     

     

    Diga o que achou sobre o terror! :)

  5. Para mim,

     

    Primeiramente, Tim Burton merece elogios por apostar numa animação stop motion fazendo uso da estética visual em preto e branco em plena era tecnológica (embora o filme também tenha cópias 3D; mas, mesmo assim, a ousadia do cineasta, infelizmente, afastou e afastará muitas pessoas mal acostumadas das salas de cinema; afinal, o longa ainda nem faturou o que custou! – mais de 30 milhões). Em segundo, Burton merece aplausos por conceber uma brilhante obra cinematográfica, que, apesar do gênero, uni drama e humor de maneira impecável acerca de uma narrativa sombria, densa, tocante e sutil.

     

    Claro que os demais envolvidos na produção também merecem elogios, pois o roteiro de John August é muito bom, a fotografia de Peter Sorg esplêndida, a trilha sonora de Danny Elfman tocante e na medida certa, assim como o trabalho dos produtores, figurinistas, desingers (não há como deixar de reparar na belíssima confecção dos bonecos, embora muitos sejam monocórdios), montadores e editores desta animação que, certamente, desponta como grande favorita aos prêmios do cinema deste ano.

     

    Agora, falando do filme em si...

     

     

    Depois de perder, inesperadamente, seu adorado cão Sparky, o jovem e solitário Victor Frankenstien (Charlie Tahan) usa o poder da ciência, após dicas de seu novo professor, para trazer de volta à vida seu melhor amigo - com apenas alguns pequenos ajustes. Ele tenta esconder sua criação feita à mão, mas, quando Sparky sai, os colegas de sala de Victor, seus professores, seus pais e toda a cidade aprendem que tentar “dominar a vida” pode ser algo monstruoso.

     

    Trazendo como plano de fundo a amizade, “Frankenweenie” explora excepcionalmente bem seu contexto infantil e cientifico , adicionando, também, várias citações no decorrer da narrativa a maior delas está no título do filme, fazendo clara alusão a “Frankenstein”, sem contar inúmeros personagens inspirados em clássicos filmes de terror. Desta forma se torna fácil de embarcar no longa, ainda mais sendo as sequências de “ação” empolgantes, as sacadas de humor muito bem inseridas e versáteis, e, principalmente, os momentos humanos com emoção e veracidade apesar de toda a fantasia que permeia o roteiro.

     

    Mas não se engane. Embora o gênero seja infantil, a animação não tem praticamente nada para crianças, pois, como já disse, o clima narrativo é totalmente denso e sombrio. Entretanto, para mim, um dos pequenos defeitos que “Frankenweenie” possui é justamente o fato de Burton tentar, em alguns momentos, “suavizar” o teor dramático do filme. E não que ele esteja errado, muito pelo contrário, o longa não deixa de ser infantil, porém as variações narrativas, às vezes, não se encaixam com perfeição ao arco dramático principal. Mas nada que faça perdermos o foco, pois, realmente, o roteiro, o enredo, a mensagem e tudo no que condiz aos aspectos técnicos elevam “Frankenweenie” a um patamar acima de muitas outras animações. Sem dúvidas.

     

    À medida que o roteiro transcorre temos cada vez mais convicção de que o trabalho de Burton no sonolento e fraco “Sombras da Noite” foi um equívoco. Aqui, o cineasta e toda a sua equipe repito esbanja talento, e a cada novo cenário, personagem, cena e sequência que incrementam a narrativa, nos emocionamos ainda mais com uma história simples de amizade e fidelidade entre um humilde garoto e seu cão, mas que em momento algum deixa de ser singela, verdadeira, amorosa e sem limites.

     

    O terceiro ato, apesar de ser frenético e dinâmico, confere um belo e sereno desfecho ao filme, vale ressaltar. E se no início de sua carreira Burton fora rejeitado por criar um curta de animação sombrio e inapropriado para crianças, agora o cineasta dá a volta por cima e retorna para casa de maneira honrosa e encantadora. Uma pena, no entanto, que provavelmente “Frankenweenie” passará despercebido pelo grande público, mas não há dúvidas que certamente será descoberto por aqueles que apreciam a sétima arte.

     

    Nota: 8.5 de 10.

  6. Este filme estreou em: 02 de Novembro de 2012

     

    Sinopse: Depois de perder, inesperadamente, seu adorado cão Sparky, o jovem Victor Frankenstien (Charlie Tahan) usa o poder da ciência para trazer de volta à vida seu melhor amigo - com apenas alguns pequenos ajustes. Ele tenta esconder sua criação feita à mão, mas, quando Sparky sai, os colegas de sala de Victor, seus professores e toda a cidade aprendem que tentar “dominar a vida” pode ser algo monstruoso.

     

     

    CURIOSIDADES

    - Baseado em curta-metragem de Tim Burton

     

    - Mais de 200 bonecos e cenários foram criados para o filme

     

    - Vários nomes de personagens - Victor, Elsa Van Helsing, Edgar “E” Gore e Mr. Burgermeister - foram inspirados em filmes clássicos de terror··.

     

     

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Tim Burton

    Elenco: Winona Ryder, Catherine O'Hara, Martin Short, Conchata Ferrell, Tom Kenny, Martin Landau, Atticus Shaffer, Charlie Tahan, Robert Capron, James Hiroyuki Liao, Christopher Lee

    Produção: Allison Abbate, Tim Burton

    Roteiro: John August

    Fotografia: Peter Sorg

    Trilha Sonora: Danny Elfman

    Duração: 87 min.

    Ano: 2012

    País: EUA

    Gênero: Animação

    Cor: Preto e Branco

    Distribuidora: Disney

    Estúdio: Walt Disney Pictures / Tim Burton Productions / Tim Burton Animation Co.

    Classificação: 10 anos

     

     

    Diga o que achou sobre o filme! :)

  7. "007 - Operação Skyfall" : Será o melhor da franquia? Bom, para mim sim!!!

     

    A cinquenta anos atrás Sean Connery sacava sua pistola para disparar o primeiro tiro da maior franquia da história do cinema em “O Satânico Dr. No”, conquistando milhões de fãs ao redor do mundo. É claro que os tempos mudaram, os objetivos são outros, o público é diferente, os efeitos especiais são mil vezes mais evoluídos e os recursos tecnológicos infinitamente melhores, mas, mesmo assim, nada tira os méritos em qualidade do ótimo “007 – Operação Skyfall”, para mim, o melhor de todos os vinte e três filmes estrelados pelo marcante e elegante agente Bond, desta vez vivido novamente por Daniel Craig, que, definitivamente, se consagrou ao interpretar pela terceira vez o icônico personagem com charme, sutileza e muito rigor.

     

     

    Em Skyfall, a lealdade de James Bond (Daniel Craig) à M (Judi Dench) é testada quando seu passado volta a atormentá-la. Com a MI6 sendo atacada por um grupo liderado pelo sádico Raoul Silva (Javier Bardem) que rouba uma lista ultra confidencial, o agente 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, sem se importar o quão pessoal será o custo disto.

    O filme abre enaltecendo a figura de James Bond (que, por sinal, somente irá se apresentar oficialmente na metade do longa com a lendária frase “Meu nome é Bon...”, o resto todos já sabem), e bastam poucos minutos de projeção para termos a mais nítida certeza do quão magnífico é o trabalho de Sam Mendes (que se inspirou assumidamente em Cristopher Nolan por a trilogia ‘Batman’) no cargo de diretor. As sequências de ação são montadas com perfeição, assim o talento de Mendes, aliado a uma brilhante equipe – principalmente o fotógrafo Roger Deakins e os roteiristas Neal Purvis, Robert Wade e John Logan –, se sobressai a cada quadro, plano, cena ou sequência de “007 – Operação Skyfall”.

     

    E é somente na metade do filme, também, que o vilão Raoul Silva (com um visual estranho, aliás) terá sua primeira aparição numa ótima cena - Javier Bardem em mais uma de suas brilhantes atuações, como é bom ator este homem. A complexidade de seu personagem, porém, só em bem sucedida pela entrega de Bardem (não duvido nada que venha a ser indicado – e ganhe – o Oscar de melhor ator coadjuvante, se é que alguém liga para isso...), caso o ator fosse outro o êxito certamente não seria o mesmo. Como já era de se esperar, os demais atores do ilustre elenco estão muito bem à vontade aos papéis – Daniel Craig que o diga, agora dominando completamente o agente Bond –, e desta vez o personagem de Judi Dench (M) tem muito mais destaque na trama, o que não é o caso dos novatos vividos por Ralph Fiennes (o membro do governo Gareth Mallory) e Bem Whishaw (agente Q), que, apesar das boas atuações, são coadjuvantes de terceiro escalão – porém certamente estarão presentes nas possíveis (leia-se: certas) continuações. E as Bond Girls? Bom, elas estão lá para saciar os desejos de Bond, como sempre (destaque para a bela e misteriosa agente interpretada por Bérénice Marlohe).

     

    Claro que o filme tem lá seus defeitos, e não há dúvidas que sempre haverá alguém que se incomode com alguns furos no roteiro e os mais típicos clichês – a esta altura já não duvido que James Bond tenha poderes mágicos –, no entanto a qualidade e grandiosidade de “007 – Operação Skyfall” é capaz de corresponder com proeza às expectativas dos fãs assim como encantar àqueles que apreciam um bom filme de ação, digo, um bom cinema.

     

    Agora, voltando ao roteiro, devo dizer que em momento algum achei as sequências de ação repetitivas, muito pelo contrário, são enxutas e incrivelmente bem trabalhadas, todas as elipses estão sincronizadas com perfeição e a montagem é extremamente ágil e habilidosa, moldando, assim, uma narrativa frenética e ao mesmo tempo densa, calorosa (méritos para o desing de produção ao contrastar várias cores), sombria, fria, tensa e – acredite – bem humorada. Ou seja – volto a repetir – um belíssimo trabalho de Sam Mendes e sua equipe (além de tudo, não há como deixar de mencionar o estrondoso trabalho de som), e, claro, do elenco nunca visto tão bem em cena.

     

    E à medida que a longa metragem vai passando (que não é sentida, aliás), após uma overdose de ação e emoção, o filme chega ao seu terceiro ato, onde, justamente, alguns monólogos fornecem explicações sobre o tenebroso passado de Bond – que volta ao lugar (cujo nome dá título ao filme) que vivera em sua infância. Mas, antes que a narrativa tenha seu ritmo diminuído, somos envolvidos com o exuberante clímax da superprodução (a propósito, quando a fotografia de Roger Deakins tem seu grande momento, executando travellings extremamente bem sucedidos), consolidando tal sequência como uma das melhores de toda a franquia.

     

    Enfim, tudo o que a crítica especializada vinha afirmando até então está, para mim, correto, pois o filme é realmente grandioso, daqueles do gênero raríssimos de encontrar. E eu, assim como todos os fãs e cinéfilos, já espero curioso por um Bond 24, torcendo para que seja mais um ótimo filme de uma série que nunca perde a elegância.

     

    OBS*: Além da lendária trilha sonora composta por Monty Norman, Adele também deixa sua marca na edição dos créditos de abertura com uma bela música apresentada por ela mesma.

     

    Nota: 9 de 10.

  8. Atividade Paranormal 4: O Diabo está na Repetição

     

    POR GABRIEL PAIXAO – 25/10/2012

     

    Atividade-Paranormal-4-2012-5-224x300.jpg

    Fã de carteirinha desde a primeira instalação, não poderia deixar para trás a “tradição” de assistir à franquia Atividade Paranormal, que ano após ano assombra os cinemas com suas câmeras amadoras ligadas madrugada adentro. Iniciada em 2009, o fenômeno dirigido criado pelo cineasta Oren Peli é sempre sinônimo de grana no cofre da Paramount: custo baixo, alta lucratividade. Uma equação simples que faz com que a franquia tenda a se perpetuar nos cinemas, igual ao amiguinho Toby, o demônio que ninguém vê na série.

    Porém tudo o que é amplo demais acaba tendo um custo “artístico“; este custo é representado na queda da qualidade.Atividade 1 era tosco, barato e isto tornava-o assustadoramente realista; o segundo, com mais orçamento, personagens e profissionalismo, estabelecia a franquia e dava um ar diferenciado as ideias dos roteiristas; o terceiro tinha invariavelmente um charme retrô e boas ideias que o tornavam uma diversão à parte. Este quarto filme, como no anterior dirigido por Ariel Schulman eHenry Joost baseado no roteiro de Christopher Landon, não consegue segurar o rojão e acaba se tornando uma “carne de segunda” da franquia: tudo igual, mas com uma qualidade significativamente inferior.

    Atividade-Paranormal-4-2012-2-300x150.jpgAtividade 4 abre alguns anos após o sequestro deHunter pela tia possuída Katie (Katie Featherston), o que é recapitulado para quem nunca viu os filmes anteriores. Agora estamos em 2011, bem longe do local dos acontecimentos originais, e acompanhamos o dia-a-dia da família composta pelo casal Holly (Alexondra Lee) e Doug (Stephen Dunham) e seus filhos, o pequeno Wyatt (Aiden Lovekamp) e a adolescente Alex (Kathryn Newton). A família passa por alguns problemas vindos do matrimônio abalado do casal, mas tenta manter as aparências por conta dos filhos.

    Atividade-Paranormal-4-2012-300x164.jpgUma dada noite, Alex percebe que há alguma movimentação no playground do quintal e ao ir checar (sempre com a câmera a tira colo) encontra um visitante inesperado: um pequeno assustador de 6 anos chamado Robbie (Brady Allen), que mora na casa ao lado. Após um acidente, a mãe do garoto (que nunca aparece na tela, mas você já deve saber quem é) é hospitalizada e Robbie, sem parentes próximos, é acolhido por Holly para passar alguns dias na residência.

    atividade-paranormal-4-destaque-2012-300x183.jpgAcordando inesperadamente a noite, fazendo uma estranha amizade com Wyatt e conversando frequentemente com seu amigo imaginário Toby, a presença de Robbie deixa todos na casa apreensivos, porém é Alex quem se preocupa mais. Ela e seu “namoradoBen (Matt Shively) resolvem hackear todos os notebooks da casa, fazendo suas webcams registrarem todos os movimentos da família afim de tentar esclarecer se efetivamente há algo demoníaco no ar.

    Não deveria escrever mais sobre o roteiro, pois incorreria em spoilers, mas, sinceramente, não existe o que escrever: É uma mistura dos filmes anteriores. Você tem a busca por respostas e o namorado mala da primeira parte, a família com problemas e a adolescente desacreditada da segunda e as crianças assombradas da terceira, tudo no rítmo “found-footage” também encontrado em Atividade Paranormal 2.

    Atividade-Paranormal-4-2012-3-300x225.jpgAs grandes decepções começam no fato que não há nada em Atividade 4 que já não tinha sido feito, e melhor, nos filmes anteriores. A apreensão das produções anteriores consistia principalmente em não saber o que a escalada nas atividades poderia trazer na noite seguinte, e tudo apresentado de maneira coerente com a narrativa e, às vezes, até minimalista até o “magnum-opus” no desfecho. Aqui as sutilezas são muito menos evidentes: É claro como água o que vai acontecer, você só não sabe quando. E, com isto, você se tem milhares de jump-scares criados com pouco embasamento narrativo e bagagem de roteiro, ou seja, você ainda se assusta (e como!), porém se antes os sustos eram como num passeio no trem-fantasma, agora são como aquele amigo chato que pula de dentro do armário e você sente vontade de enchê-lo de porrada depois.

    A construção da trama é um grande fator para estabelecer este status, portanto. Diferentemente do segundo filme, a família não percebe que há algo de errado e insiste na batida fórmula de desacreditar; a única que acha que existe algo a mais na casa, Alex, e acredita cegamente que a explicação para o estranho comportamento de Robbie é o trauma de ter sua mãe hospitalizada. O comportamento errático de Wyatt após receber Robbienão é considerado motivo para alarde pelos pais.

    atividade-paranormal-4-2012-202x300.jpgNão é aceitável no decorrer do filme que os pais sejam tão negligentes e desinteressados assim na criação dos filhos, tornando-se meros coadjuvantes ante a ação que os envolve. Um contraste com os papéis de, por exemplo, Kristi e Dan na parte 2 – que apesar de coadjuvantes mais céticos, não hesitaram em fazer alguma coisa (qualquer coisa!) quando perceberam algo de errado – e Dennis na parte 3, e olha que nem pai das meninas ele era! Falando nos pais, uma curiosidade,Alexondra Lee e Stephen Dunham formavam um casal também na vida real, porém Dunham faleceu tragicamente após sofrer um ataque cardíaco súbito a cerca de um mês do lançamento de Atividade Paranormal 4.

    Voltando ao filme, colocando nas costas somente na figura de Alex eBen como heróis, como já dito um papel levemente similar a Katie eMicah em Atividade 1, fica difícil simpatizar com eles quando Ben é tão ausente e a atriz que interpreta Alex não tem carisma suficiente para levar o filme nas costas sozinha. O mesmo ocorre com Wyatt e Robbie, simulando as jovens Katie e Kristi de Atividade 3, infelizmente sem o mesmo talento convincente das meninas.

    Além disto, não que alguém se importe, mas Atividade Paranormal 4 ainda coloca uma incoerência na linha do tempo da franquia, já que o filme se passa em 2011 – e Katie ainda vive “muito bem, obrigada” – quando um bocado do argumento em Atividade Paranormal em Tokio vem da história que a protagonista Haruka está com as duas pernas quebradas após atropelar Katie e matá-la… em 2010!

    Atividade-Paranormal-4-2012-300x225.jpgAo final das contas não posso deixar de apontar que após cinco filmes quem está ficando cada vez mais cético, apesar de todas as evidências, sou eu mesmo. Especialmente quando o poster prometia uma experiência decisiva onde “toda a atividade levará a isso” e acaba entregando uma ponte mal feita, com pouquissimas revelações e novidades (umkinect e câmeras de notebooks? Bah!), para ligar aAtividade Paranormal 5 ou seu chamado “spin-of latino” que, baseado na cena pós-créditos, provavelmente se passará no México. O monstro continua a solta, contudo só espero que alguém lá em Hollywood tenha as bolas para aprender com os erros da parte 4, buscar tirar a franquia da zona de conforto, da fórmula de grana fácil, parar de lançar uma “xerox” de si mesma, e não deixá-la rolar ladeira abaixo como outras tantas franquias esmagadas no passado.

     

     

    Concordo plenamente!
  9. Assisti ao filme e realmente gostei muito!

     

    ...Mas temo por uma refilmagem desnecessária.

     

    Pois, para mim

     

    “Intocáveis”, definitivamente, é um filme onde tudo é bem feito, nada realmente soa exagerado, os pequenos defeitos passam despercebidos, a direção é mais do que competente, as atuações dos dois atores principais são simplesmente incríveis, a moral é fascinante e, o mais importante, tudo isso é imensamente agradável de assistir. Ou seja, o êxito do drama (muito bem humorado, por sinal – mais detalhes na sequência) é inquestionável, pois, mesmo que não se comprometa em ir além e tampouco chocar ou polemizar o público, se dedica a todo o tempo em narrar sua história, por si só, fascinante.

     

    A trama baseada em fatos reais (vale dizer que os créditos mostram as verdadeiras pessoas) gira em torno de Philippe (François Cluzet), um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy)- que se interessara pela vaga simplesmente para conseguir mais uma assinatura em seu processo de “seguro desemprego”- um jovem problemático e humilde. De início, eles enfrentam vários problemas, já que ambos têm temperamento forte, mas aos poucos passam a aprender um com o outro.

     

    Não há dúvidas que o grande mérito de “Intocáveis” consiste no fato do ótimo roteiro, de Olivier Nakache e Eric Toledano (também diretores do longa), “amenizar”, de certa forma, a difícil situação ao inserir várias sacadas de humor nos diálogos, assim o filme foge bem do melodrama, e quando as situações tocantes surgem, as mesmas se desenvolvem com naturalidade acerca de tudo aquilo que vinha sendo construído desde o primeiro plano da projeção, não apelando para a “compaixão” do público e tampouco dos personagens. Então, todo o amável clima do filme aliado a um ótimo trabalho da dupla (vale a pena ressaltar a hábil montagem que constrói uma deliciosa narrativa) resulta em algo brilhante e difícil de se ver todo dia (e, merecidamente, o filme se tornou a maior bilheteria na história do cinema francês, ultrapassando a casa dos 400 milhões!). Merece méritos também a fotografia de Mathieu Vadepied, que contrasta cores casando muito bem com a realidade da fita, sem contar que na maior parte das cenas de diálogo os planos são bem fechados nos rostos dos personagens, evidenciando os conturbados estados de espíritos dos mesmos juntamente com uma ótima direção de arte.

     

    As subtramas, porém, às vezes prejudicam o ritmo do drama, pois certos elementos (principalmente envolvendo a família de Driss e a filha de Philippe) são mal desenvolvidos e soam desnecessários à narrativa, mas antes que o filme possa ter seus méritos diminuídos, não há como deixar de mencionar a trama envolvendo a relação entre Philippe através de cartas com uma mulher, no entanto o medo do homem deficiente é tão grande que o impossibilita de marcar um encontro com a moça aparentemente “normal”.

     

    E à medida que o filme se desenvolve nos emocionamos com vários momentos que permeiam o roteiro, como, por exemplo, as profundas conversas entre Driss e Philippe, cujas vidas, apesar de tudo, são vividas com esperança e felicidade. As diferenças entre eles, todavia, são somente superficiais, pois no fundo do mar sem fim da alma são sujeitos iguais em realidades diferentes.

     

    Por outro lado, damos risadas em muitos momentos durante a narrativa de “Intocáveis”, principalmente quando Driss brinca com o fato de Philippe tecnicamente não poder ter relações sexuais e seu “maior ponto de prazer” é a orelha, algo que desencadeia uma ótima descontração ao contexto naturalmente nostálgico e triste. Como esquecer, também, as várias ocasiões quando Philippe dá fortes tragadas nos cigarros de Driss (este último que possui um hilário desejo para com a "assistente" de Philippe), ou quando o rapaz se diverte com o fato de seu patrão venerar a arte a ponto de comprar obras abstratas – que aos olhos de Driss nada mais são do que quadros com “gotas de sangue de nariz” – por altas quantias?... Enfim, já deu para perceber que “Intocáveis” suaviza seu clima dramático o suficiente para divertir, mas em momento algum deixa de transmitir sua verdadeira mensagem e muito menos de atingir seu objetivo como drama.

     

    Infelizmente, o roteiro de Olivier Nakache e Eric Toledano força um pouco a barra no terceiro ato do filme, quando Driss, sem reais motivos para ir embora, deixa Philippe desolado em profunda depressão. Porém rapidamente somos compensados por ótimas cenas belíssimas, como, por exemplo, o tocante momento em que Philippe, com a ajuda de seu fiel amigo, encontra a suposta mulher com quem mantinha contato há meses (lembra-se dela?), e que com ela prosperaria o restante de sua vida, inclusive com mais dois filhos, e viveria com felicidade apesar de todas as complicações (e a principio até parece dificio de acreditar que tal fato realmente ocorrera na realidade, mas, após refletir por alguns segundos, compreendemos que uma cadeira de rodas é definitivamente incapaz de impedir que um amor verdadeiro floresça...).

     

    Portanto, “Intocáveis” é inegavelmente um filme belíssimo e perfeitamente acessível para todas as idades, pois, apesar dos pequenos erros naturais, comove e diverte com genuinidade, mas serve principalmente como uma esplêndida lição de amor e vida, ou melhor, como aula de humanidade.

     

    Nota: 9 de 10.

  10. O que fazer quando os elementos “surpresas” deixam de inovar e as ideias parecem sucumbir das mentes dos roteiristas da franquia de terror? Bom, fizeram “Atividade Paranormal 4”, um filme que, por si só, não agrada os fãs e tampouco convence como continuação “tão aguardada”, mas, de algum modo, pode funcionar como filme de terror, dadas as circunstâncias.

     

    Desta vez, o longa da continuidade em seu tempo narrativo a partir de onde terminou o primeiro filme, e apresenta uma nova família numa cidade diferente, porém que, como se já não soubéssemos, viverá periodicamente os mesmos fenômenos paranormais vivenciados pelas famílias dos longas anteriores. Ou seja, “Atividade Paranormal 4” é totalmente repetitivo (até o momento clímax parece copiado do antecessor, diga-se de passagem), assim, naturalmente, por se tratar de uma quarta parte de uma franquia de terror, a metragem se torna aos poucos cansativa e frustrante.

     

    Vamos à trama chula (de sempre): depois dos eventos anteriores, os espíritos/demônios voltam para assombrar outras vítimas. Desta vez eles buscam por algo maior, uma criança que pode ajudar a montar o quebra-cabeça criado no primeiro longa da franquia, que, após o acidente de sua mãe “adotiva” (Kate), vai morar por alguns dias nos vizinhos, daí tudo começa...

     

    O roteiro de Zack Estrin e Oren Peli é no mínimo preguiçoso e demonstra grandes sinais disso logo no primeiro ato do filme, onde o clima de tensão é extramente falho (leia-se: inexistente) e todas as tentativas de exprimir terror da trama em seu desenvolvimento já foram exploradas inúmeras vezes em “Atividade Paranormal 1, 2 e 3” (como não reparar na porta que sempre fecha sozinha? Nos mesmos barulhos de sempre? Ou nas pessoas habitualmente flutuando?...), desta forma as amarrações soam absurdas, digo, patéticas; e, como “admirador” dos filmes anteriores (sim, sim... eu sou. Pois são bons longas de terror e a principio inovaram), fica difícil de embarcar no climinha de “Atividade Paranormal 4” sabendo que tudo o que estamos vendo na telona já vimos três vezes, só que com atores diferentes.

     

    Aliás, falando de elenco, os atores do longa se esforçam bem (isso não significa que sejam bons), principalmente a adolescente – e bela - Kathryn Newton, que se entrega muito ao papel para convencer. Katie Featherston (atriz principal do primeiro filme) está de volta numa participação mais extensa, porém os momentos protagonizados por ela são mal sucedidos (exceto alguns, como no final), pois volta a questão que prejudica tanto o êxito (?) de “Atividade Paranormal 4”: já vimos tudo anteriormente...com isso, o longa perde todos os seus elementos que poderiam surpreender.

     

    Outro fator problemático, também, consiste na direção de Henry Joost e Ariel Schulman, que aposta precipitadamente em cortes abruptos e filmagens dinâmicas (como de costume) fazendo uso de travellings inconvincentes (vale dizer que a sacada do Kinnect, que parecia interessante, não acrescenta nada ao filme), tentando, a todo o momento, transmitir mais realidade a fita, porém acaba jogando contra do que necessariamente a favor. Todavia, saiba que ao ir ao cinema assistir “Atividade Paranormal 4” verá um filme no típico estilo “falso documentário” (que, a propósito, precisa ser renovado, afinal, não a mais no que se inspirar no clássico “A Bruxa de Blair”), assim a direção da dupla acaba por resultar naquilo que estava no “script”.

     

    Então, no decorrer da fita levamos alguns sustos - mas que nem de longe se equiparam àqueles do primeiro filme, que transmitem tamanha tensão da qual gera grande precaução ao espectador por ficar tenso em função daquilo que poderia aparecer em tela, e não do que necessariamente aparece – suspiramos muitas vezes (na maior parte delas torcendo pelo filme acabar) e temos a mais nítida sensação de que a franquia já deu o que tinha que dar e já gerou as centenas de milhões que tinha que gerar.

     

    No final das contas, “Atividade Paranormal 4” – repito!– pode funcionar como filme de terror, mas jamais como continuação convincente e tampouco satisfatória, pois, como já disse, o roteiro é mal desenvolvido e o clima de tensão falho, sem dizer que a criatividade e o bom senso passaram muito longe das mentes dos roteiristas, e a ganância do estúdio foi tão grande a ponto de nem procurar saber sobre aquilo que o produtor Oren Peli levaria aos cinemas: simplesmente, mais do mesmo, frase que será dita, redita e dita outra vez para classificar esse filme.

     

    OBS*: Quem acredita num quinto filme? Bom, eu já não tenho quaisquer expectativas. Prefiro ressuscitar “A Bruxa de Blair” em V/H/S ou revisitar “Atividade Paranormal” em DVD.

     

    Nota: 4 de 10.

     

     

    Diga você também o que achou!

  11. Este filme estreou em: 19 de Outubro de 2012

     

    Sinopse: Depois dos eventos anteriores, os espíritos voltam para assombrar uma nova família. Desta vez eles buscam por algo maior, uma criança que pode ajudar a montar o quebra-cabeça criado no primeiro longa da franquia.

     

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Henry Joost, Ariel Schulman

    Elenco: Katie Featherston, Brady Allen, Matt Shively, Kathryn Newton

    Produção: Jason Blum, Oren Peli

    Roteiro: Zack Estrin, Oren Peli

    Fotografia: Doug Emmett

    Duração: 95 min.

    Ano: 2012

    País: EUA

    Gênero: Terror

    Cor: Colorido

    Distribuidora: Paramount Pictures Brasil

    Estúdio: Room 101

    Classificação: 12 anos

     

    Dê sua opinião sobre o filme! :)

  12. Para mim,

     

     

    Confesso que sou fã do trabalho dos talentosos produtores Jason Blum e Brian Kavanaugh-Jones na franquia Atividade Paranormal, pois, de uma forma ou de outra, “sempre” conseguem inovar. Devo dizer também que achei a premissa deste “A Entidade” extremamente interessante, apostando em uma introdução horripilante ao empregar várias cenas realmente fortes das quais, naturalmente, estabelecem um bom clima de tensão imediatamente. No entanto a dupla – assim como o diretor Scott Derrickson – demonstra grande incapacidade para conduzir um terror minimamente instigante do começo ao fim sem ser no manjado estilo falso documentário.

     

    A sinopse, em si, não traz absolutamente nada de diferente: trechos de vídeos de Super 8 ajudam o romancista Ellison (Ethan Hawke) a desvendar como e por que uma família foi assassinada em sua nova casa, mas as descobertas colocam em perigo sua vida e família.

     

    Após aproximadamente quinze minutos de projeção, percebemos claramente qual seria o foco narrativo do longa até o fim: investir todas as suas possibilidades de gerar susto nos chocantes vídeos dos quais Ellison analisa, que, rapidamente, começam a apresentar misteriosos sinais fantasmagóricos. Porém a irregularidade do roteiro inviabiliza todas as possíveis chances de “A Entidade” ser eficaz, pois a abundancia de clichês torna todas as cenas que poderiam assustar em verdadeiras tentativas mal sucedidas e até mesmo engraçadas, ou melhor: ridículas.

     

    Em contrapartida, a direção de Derrickson, embora não seja necessariamente envolvente, é extremamente habilidosa e bem concebida no ponto de vista técnico, principalmente nos momentos em que o diretor faz bom uso de vários travellings para intensificar as circunstâncias sombrias nas quais o filme se encontra. Todavia a direção poderia se destacar caso o longa apresentasse motivos para isso, mas, infelizmente, o fato é que “A Entidade” mergulha em um desenvolvimento absurdamente demasiado, repetitivo e naturalmente escuro (algo que poderia enaltecer o clima de tensão, uma vez que tal escuridão fosse bem sucedida, o que não é o caso), fazendo com que, desta forma, a fita se torne naturalmente sonolenta. (Isso, sem dizer a trilha sonora - composta por Christopher Young – nada inspirada e muita vezes totalmente fora de contexto).

     

    Para piorar, o terror tem a total falta de bom senso ao utilizar – repito! - os mais velhos clichês do gênero que já saíram de moda nos anos 80, mas que, surpreendentemente, alguns cineastas ainda têm a ousadia de usar, acreditando que, de algum modo, o público realmente se assustaria (não me lembro de um só momento verdadeiramente assustador, e sim de muitos que ri indignado pela falta de talento dos realizadores. E dentre as tantas cenas absurdamente mal sucedidas, destaco uma na qual Ellison caminha assustado pela casa ao mesmo instante que várias crianças-fantasmas o seguem, sem ele perceber... resumindo: quem se assustar com o climinha falho de “A Entidade”, definitivamente não sabe o que é um bom terror).

     

    Ethan Hawke, porém, consegue desempenhar um bom papel, apesar de seu personagem ser totalmente irritante, mas, mesmo assim, as pouquíssimas coisas que o filme tem de satisfatório consistem no fato de Ellison trabalhar como escritor investigativo, pois é daí que tem origem os isolados momentos “intrigantes” que a fita proporciona.

     

    E finalmente chegamos à conclusão, que, apesar de tentar ser densa e sombria, resulta em algo totalmente inconvincente e irregular acerca de todas as ideias que vinham sendo construídas até então (vale a pena ressaltar que “A Entidade” é um daqueles típicos filmes que se comprometem a centralizar seu foco construtivo em acontecimentos do passado cujas consequências ocorrem no presente e que aos poucos vão tendo suas respostas fornecidas - que aqui jamais soam intrigantes, por sinal).

     

    Para piorar, o longa ainda peca por exagerar – e muito – em seu clímax, rebaixando ainda mais o nível desse terror que passa perto da mediocridade. Enfim, se sustos é o que você procura, “A Entidade” não é a melhor pedida para o gênero, pois, no final das contas, não passa de um filme que nada cria, inova e tampouco convence.

     

    OBS*: O último plano do longa mais parece um elemento parodiado do que uma parte de um filme cujo objetivo era alcançar alguma notoriedade. Bom, não conseguiu, digo, não passou nem perto.

     

    Nota: 2 de 10 (*****).

     

     

    É claro que muitas pessoas vão gostar, mas eu não consegui.

  13. Este filme estreou em: 12 de Outubro de 2012

    Sinopse: Trechos de vídeos ajudam um romancista (Ethan Hawke) a desvendar como e por que uma família foi assassinada em sua nova casa, mas as descobertas colocam em perigo sua família.

     

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Scott Derrickson

    Elenco: Ethan Hawke, Vincent D’Onofrio, James Ransone, Fred Dalton Thompson, Juliet Rylance, Michael Hall D'Addario, Nicholas King, Danielle Kotch, Victoria Leigh, Blake Mizrahi, Cameron Ocasio, Ethan Haberfield, Rachel Konstantin

    Produção: Jason Blum, Brian Kavanaugh-Jones

    Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill

    Fotografia: Chris Norr

    Trilha Sonora: Christopher Young

    Ano: 2012

    País: EUA

    Gênero: Terror

    Cor: Colorido

    Distribuidora: Paris Filmes

    Estúdio: Automatik Entertainment / Blumhouse Productions / Possessed Pictures

    Classificação: 14 anos

     

     

    Dê sua opinião sobre o terror!

  14. eu gostei, ate pq esse lance de paradoxos temporais ja garante uma falta de logica a trama mesmo.. o personagem de Willis mesmo resume a coisa td so numa frase: se vc comecar a pensar em viagem no tempo tem pano pra manga... ta lone da perfeicao, mas bem acima da media das producoes atuais.. prometheus, inclusive..

    Não gostou de Prometheus? ...Eu até que achei bacana.
  15. Para mim,

     

    Havia me assustado com a qualidade do último longa – e o único de expressão – dirigido por Roberto Santucci (De Pernas Pro Ar), pois o cineasta faz questão, a todo o momento, de adaptar as características televisivas para às telonas de maneira precipitada, principalmente em relação ao elenco que, por mais carismático que seja (nesse caso, Ingrid Guimarães e Maria Paula), demonstra absoluta falta de experiência. Porém, mesmo com tudo conspirando contra a este “Até que a Sorte nos Separe”, Leandro Hassum rouba o filme para si na maior parte da metragem garantindo algumas risadas espontâneas – embora muitas delas sejam forçadas –, e conta com a ajuda de Danielle Winitz desempenhando um papel estranhamente eficaz como megera. Mas não se engane, pois estes fatores não impedem que a comédia passe perto de ser um desastre.

     

    Bastam pouco mais de cinco minutos de projeção para termos a mais nítida certeza de que se trata de um filme com direção pedestre, cujas cenas são decupadas de maneiras quase que amadoras; roteiro assustadoramente ingênuo e uma trama boba que, de algum modo, atrai um grande público nacional.

     

    Tino (Leandro Hassum) é um pai de família de classe média que vê sua vida e, especialmente, seu casamento com Jane (Danielle Winits), completamente transformados após ganhar na loteria. O problema é que ele acaba perdendo tudo em dez anos de uma vida de ostentação. A partir daí, com a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas) e de seu melhor amigo Adelson (Aílton Graça), ele cria uma série de situações hilárias para que sua esposa, grávida do terceiro filho, não perceba que está falido.

     

    Apostando seu possível êxito total e desesperadamente no engraçado Leandro Hassum (mas longe de ser milagroso), “Até que a Sorte nos Separe” se perde em pontos básicos de construção narrativa minimamente coesa, como, por exemplo, os personagens secundários que entram e saem da trama igual a piscas-piscas; mas, pior ainda, é ter que aturar o personagem interpretado por Kiko Mascarenhas (fraquíssimo, por sinal) tendo grande foco desnecessário no enredo, simplesmente para criar um contraste entre o vizinho chato e o pobretão ignorante (Tino), mas que, aos poucos, vão se tornando amigos por ironia do destino. Todavia, devo admitir que achei graça dos pouquíssimos momentos onde Airton Graça aparece em cena se fingindo de gay, pois, embora seja pastelão puro, consegue fazer rir. Afinal, este é única e exclusivamente o objetivo do longa. Porém mesmo se privando somente a isso, não cumpre sua promessa totalmente (vide alguns momentos).

     

    À medida que a historinha se desenrola precariamente, o roteiro impõe inúmeras chanchadas com o objetivo de quase forçar risadas amarelas do público, como num momento (do qual tem grande foco no trailer, aliás) onde Tino dança hilariamente Flashdance, no maior estilo Zorra Total, realmente soa descartável e irritante, etc.etc.etc... Seria perda de tempo enumerar as demais cenas, mas acho plausível citar o melhor momento do filme, para mim, quando Olavinho – primo de Jane, de 104 anos de idade e multibilionário – diz a Tino: “... Eu daria tudo o que tenho para ser jovem e ter uma mulher bonita outra vez, tudo!”. Por mais que possa parecer careta, a frase mencionada reflete exatamente toda a moral que a comédia tenta transmitir constantemente no decorrer dos 104 minutos de sua metragem, e, felizmente – apesar de todos os excessos, exageros, apelos, erros, ingenuidades, falhas... –“Até que a Sorte nos Separe” consegue realizar tal proeza, fazendo com que, desta forma, o filme não seja um desastre total (como dito no inicio desse texto).

     

    Enfim, não vá ao cinema esperando um bom filme, e sim algumas risadas e uma válida liçãozinha de moral, pois no final das contas são as únicas coisas que a comédia proporciona, além, claro, de Hassum se esforçando muito para convencer e divertir.

     

    OBS: Dá para acreditar que na sessão quando assisti “Até que a Sorte nos Separe” muitas pessoas aplaudiram durante 4 minutos após o término da projeção? Por que será? Talvez carência de bons filmes nacionais ou simplesmente estavam ironizando? Ou melhor: Será que se divertiram tanto a ponto de chegar a esse nível de aclamação? Bom, não sei responder... Vai entender.

     

    Nota: 3 de 10.

     

     

    Eu até me diverti, e você?

  16. Este filme estreou em: 05 de Outubro de 2012

     

    Tino (Leandro Hassum) é um pai de família de classe média que vê sua vida e, especialmente, seu casamento com Jane (Danielle Winits), completamente transformados após ganhar na loteria. O problema é que ele acaba perdendo tudo em dez anos de uma vida de ostentação. A partir daí, com a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas) e de seu melhor amigo Adelson (Aílton Graça), ele cria uma série de situações hilárias para que sua esposa, grávida do terceiro filho, não perceba que está falido.

     

    CURIOSIDADES

    - Inspirado no livro “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, do consultor financeiro Gustavo Cerbasi.

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Roberto Santucci

    Elenco: Leandro Hassum, Danielle Winitz, Ailton Graça, Kiko Mascarenhas, Rita Elmôr, Henry Fiuka, Maurício Sherman, Carlos Bonow, Julia Dalavia, Julio Braga, Marcelo Saback, Vitor Maia

    Produção: Fabiano Gullane, Caio Gullane, Debora Ivanov, Gabriel Lacerda

    Roteiro: Paulo Cursino, Angelica Lopes

    Fotografia: Juarez Pavelak

    Duração: 104 min.

    Ano: 2012

    País: Brasil

    Gênero: Comédia

    Cor: Colorido

    Distribuidora: Downtown Filmes, Paris Filmes, RioFilme

    Estúdio: Gullane Filmes / Globo Filmes

    Classificação: 12 anos

     

    Dê sua opinão a respeito dessa nova comédia nacional! :)

  17. Bom para mim,

     

    Sinônimo de sucesso (na maioria das vezes), as animações cinematográficas estão figurando cada vez mais nas estreias de cada mês. E não é para pouco, pois os divertidos filmes atraem multidões de crianças que, naturalmente, estarão acompanhadas dos pais. Sendo assim, um roteiro bem desenvolvido se torna quase que obrigação para que os adultos não saiam das salas de cinema. No caso de “Hotel Transilvânia” o divertimento é agradável, mas nada que almeje grandeza maior do que faturar seus milhões. Mas, felizmente, isto não significa que o filme seja ruim, aliás, muito longe disso, pois poucos momentos (como, o melhor deles, uma piada feita ironizando a Saga Crepúsculo... simplesmente genial!) fazem desta fita perfeitamente assistível.

     

    Resumindo a trama bobinha: Em um fim de semana especial, Drácula (Adam Sandler) convida para seu luxuoso resort cinco estacas alguns dos mais famosos monstros do mundo - Frankenstein (Kevin James) e sua esposa, a Múmia, o Homem-Invisível, uma família de lobisomens e outros mais -, para comemorar o aniversário de 118 anos de sua filha Mavis (Selena Gomez). Para ele, reunir todos estes monstros legendários não é problema, mas seus planos podem ir por água abaixo quando um rapaz comum aparece no hotel e coloca os olhos em Mavis, trazendo a tona seus recíprocos sentimentos de ódio para com os humanos, causando grande conflito em meio a cerimônia que estava a preparar.

     

    A animação conta com uma introdução interessante concebida através de rápidos avanços cronológicos em sua narrativa, desta forma é sintomático que nos familiarizamos com os personagens centrais do enredo: Mavis e Drácula, embora este último não me convencera nenhum pouco em seu humor forçado e nada engraçado; já a fofa garotinha, certamente, irá cativar mais as meninas por seu jeito naturalmente singelo (e os garotos também, desde que não sejam machistas). Porém um dos grandes atrativos da produção de Genndy Tartakovsky consiste no fato de o mesmo trazer às telonas vários personagens icônicos do passado, pois, apesar de muitos serem desconhecidos, arrancam boas risadas da plateia em determinados momentos.

     

    Em contrapartida, como já era de se esperar, “Hotel Transilvânia” perde um pouco de seu ritmo a partir da metade de seu desenvolvimento levemente maçante do qual aposta em dezenas de gags visuais que, na maior parte do tempo, não funcionam. Entretanto, pior ainda é perceber que o longa começa a perder todos os seus elementos, de certa forma, originais ao iniciar uma abordagem preguiçosa de sua trama, por si só, rala e simplória.

     

    Em aspectos técnicos a animação é quase perfeita (nos dias de hoje, ainda mais com um orçamento grande, isso não passa de obrigação), e embora o cenário/ambiente seja naturalmente escuro, as cores predominam na maior parte da fita gerando um grande passatempo visual. Outro fator que devo citar, também, é o fato de que o filme, mesmo possuindo um enredo fraco e um roteiro esquemático, envolve muito bem ao empregar alguns flashbacks para detalhar o passado de Drácula, que, apesar de fanfarrão, consegue realizar com proeza a difícil (?) tarefa de esquecermos a verdadeira personalidade do vampiro mais famoso de todos (e não, não estou me esquecendo de Edward).

     

    Infelizmente, como não poderia deixar de mencionar, a versão original está quase impossível de ser assistida no Brasil, e não vou ser hipócrita de dizer que não deveriam existir cópias dubladas para animações (afinal, o grande público é infantil), mas seria, no mínimo, interessante avaliar a obra com as vozes de Adam Sandler, Selena Gomes e Kevin James; melhor dizendo, qualquer coisa seria melhor do que esta porcaria de dublagem nacional da qual toma discutíveis liberdades de atribuir sotaques e dialetos irritantes a muitos personagens. Ora, francamente... Porém, o filme não tem culpa nesse fator.

     

    O fato é que o longa oscila entre muitos momentos levemente engraçados e outros não tão bem sucedidos (sem dizer a conclusão bonitinha e envolvente – nada a mais do que isso – que até tenta exprimir emoção através do desvendamento do motivo pela qual Drácula tem tanto ódio para com os humanos, mas acaba por não conseguir), no entanto é, para mim, inegável que a animação supera muitas outras renomadas produções do gênero, tais como os fraquíssimos “Madagascar 3” e “A Era do Gelo 4”.

     

    Enfim, irá agradar a criançada e boa parte dos adultos, desde que estes últimos estejam dispostos a se divertir com a pureza de um filme bonitinho, bem feitinho e, por que não, diferente. Ah! Antes que me esqueça, “Hotel Transilvânia” merece méritos por não acrescentar em seus personagens vampiros que brilham no sol; prefiro, incontestavelmente, o antiquado Drácula de sempre. Digo, de agora.

     

    OBS: Mas quem realmente preza por uma animação de grande qualidade é recomendável que aguarde o promissor “Frankenweenie” (de Tim Burton), que, a propósito, vem recebendo ótimas críticas nos EUA! Mas, de qualquer forma, “Hotel Transilvânia” merece o sucesso que vêm fazendo! Se divirta!

     

    Eu me diverti, e você?

     

    Nota: 6 de 10.

  18. Este filme estreou em: 05 de Outubro de 2012

     

    Em um fim de semana especial, Drácula (Adam Sandler) convida para seu luxuoso resort cinco estacas alguns dos mais famosos monstros do mundo - Frankenstein (Kevin James) e sua esposa, a Múmia, o Homem-Invisível, uma família de lobisomens e outros mais -, para comemorar o aniversário de 118 anos de sua filha Mavis (Selena Gomez). Para ele, reunir todos estes monstros legendários não é problema, mas seus planos podem ir por água abaixo quando um rapaz comum aparece no hotel e coloca os olhos em Mavis.

     

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Genndy Tartakovsky

    Elenco: Vozes na versão original de: Adam Sandler, Selena Gomez, Steve Buscemi, Kevin James, David Spade

    Produção: Michelle Murdocca

    Roteiro: Dan Hageman, Kevin Hageman

    Trilha Sonora: Mark Mothersbaugh

    Duração: 93 min.

    Ano: 2012

    País: EUA

    Gênero: Animação

    Cor: Colorido

    Distribuidora: Sony Pictures

    Estúdio: Sony Pictures Animation

    Classificação: Livre

     

     

    Dê sua opinião abaixo a respeito dessa nova animação de sucesso! :)

  19. Bom pessoal, assisti a "Busca Implacável 2", minha opinião abaixo, quem assistiu diga também o que achou!

     

     

    Apesar dos deméritos, gosto muito de “Busca Implacável” (2008, com o roteiro de Luc Besson e Robert Mark Kamen e direção de Pierre Morel), principalmente por imprimir um ritmo alucinante durante toda a fita, e embora tenha muitos furos no roteiro, consegue convencer muito bem. Felizmente (se é que posso dizer assim), esta continuação resulta em algo muito mais alucinante, vibrante e empolgante; no entanto a nítida sensação de estarmos vendo o primeiro filme superficialmente alterado é inevitável, desta forma, “Busca Implacável 2” é simplesmente “mais do mesmo”. Ou seja, funciona como longa de ação, mas em qualidade está muito longe de atingir um nível elevado.

     

    Bryan Mills (Liam Neeson) é um ex-agente da CIA extremamente talentoso, que arriscou tudo para salvar sua filha Kim de sequestradores albaneses. O pai de um deles promete vingança pela morte do filho. Em uma viagem a Istambul, Bryan e sua ex-esposa são sequestrados. Desta vez, ele irá depender da ajuda da filha Kim para escapar, usando as mesmas forças táticas de sempre para salvar a todos e sistematicamente eliminar os sequestradores, um por um.

     

    Partindo da mesma premissa levemente alterada, “Busca Implacável 2” abre bem ao iniciar sua narrativa de modo sombrio, fazendo com que temamos pela vida do protagonista e...NOSSA! JÁ IA ME ESQUECENDO DE QUE BRYAN MILLS É CAPAZ DE DÍZIMAR UM EXÉRCITO DE CRIMINOSOS COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS, E DE QUE ESTES SÃO PIORES DE MIRA DO QUE UM CEGO NUM TIROTEIRO; E MAIS, BRYAN PODE SE SOLTAR DE ALGEMAS COM MAIOR FACILIDADE DO QUE PODERIA ROUBAR DOCE DE CRIANÇA. [...] Bom, já deu para perceber que não é recomendado que se crie as mínimas expectativas possíveis para com esta continuação, pois as chances de se decepcionar são assustadoramente enormes.

     

    A direção de Olivier Megaton é competente, embora às vezes este peque por exagerar na concepção de seus planos gerais (dos quais estão presentes em praticamente TODAS as transições), que, apesar de serem exuberantes (méritos para a bela fotografia de Romain Lacourbas), soam exagerados e servem automaticamente como elementos de desritmização da narrativa—esta bem conduzida, dadas as circunstancias. Já o roteiro, novamente assinado por Luc Besson, é eficiente o suficiente para noz fazer embarcar facilmente no universo do enredo, mas ao mesmo tempo falho da mesma forma em comparação com o roteiro do primeiro capitulo da franquia.

    O fato é que “Busca Implacável 2” é um daqueles filmes que desde o início já somos perfeitamente capazes de deduzir seu final. Para piorar, fazia tempo que não assistia um longa com tantos clichês como este (não se enganem, são MUITOS mesmo!!!); e dentre algumas das cenas que gradativamente me incomodaram, devo citar uma onde Bryan e sua “esposa” são feitos de refém numa sala na qual se encontram algemados, mas, para variar, Bryan consegue se soltar e salvar a mulher (que estava prestes a falecer quando os criminosos cortam seu pescoço e a colocam de ponta cabeça, para que, assim, Bryan pudesse vê-la morrer dolorosamente; todavia a estúpida gangue de capachos do vilão deixa a sala, dando algum tempo do qual seria mais do que necessário para o expert interpretado por Neeson soltá-la e, ainda por cima, matar alguns bandidos sem errar um só tiro). Enfim, este é um simples exemplo de muitos momentos dos quais prejudicam a aceitação do filme, mas que, felizmente, sempre trazem no segmento empolgantes sequências de ação concebidas com vigor.

     

    Entretanto, tudo o que poderia se tornar num desastre é, de certa forma, salvo pelo agora astro de ação Liam Neeson, que esbanja carisma, competência e coragem (isso mesmo, coragem. Ainda mais se levarmos em consideração sua idade que não o impede de emplacar longas sequências de lutas difíceis de serem desempenhadas). O restante do elenco não atrapalha, simplesmente conta com bons atores que não tornam este “Busca Implacável 2” especialmente memorável em momento algum.

     

    Em contrapartida, devo admitir que achei graça das ridículas e totalmente desnecessárias subtramas envolvendo Kim, que, por sua vez, é incapaz de tirar sua carteira de motorista, mas consegue fugir de dezenas de viaturas nas ruazinhas de Istambul . Isso sem contar a trama que traz a dificuldade de Bryan em aceitar seu namorado, algo que não acrescenta absolutamente nada ao filme.

     

    Prosseguindo, como já disse em alguns momentos dessa crítica, sempre somos surpreendidos por muita ação alucinante que, querendo ou não, faz com que esta continuação divirta e prenda a atenção convincentemente, mas em momento algum a eleva a um patamar de ótimo filme do gênero (pelos fatos já citados).

     

    Portanto, já deu para sacar qual é a finalidade deste longa que alterna entre alguns momentos eficazes e outros totalmente irritantes (para não dizer patéticos), mas que, no final das contas, pode funcionar e agradar os fãs do primeiro filme, do gênero de ação e, principalmente, de Liam Neeson, que, a propósito, extermina novamente dezenas de criminosos sem ao menos levar um tiro e tampouco ser gravemente ferido.

     

    OBS: Fica a pergunta: quem será a próxima vítima sequestrada? Bom, para mim não importa desde que Bryan e suas habilidades especiais ainda estejam aguçadas. Ah, e mesmo que não estejam todos sairão vivos, pois os criminosos não sabem atirar [...]. Enfim, que termine por aqui esta franquia levemente interessante que proporcionou até o momento bons entretenimentos, porém que já deu o que tinha que dar.

     

    Dá pra se divertir!

     

    Nota: 5 de 10.

  20. Este filme estreou em: 28 de Setembro de 2012

     

    Sinopse: Em um futuro não muito distante, as viagens no tempo existem, mas não são permitidas. Entretanto, um grupo de assassinos da máfia, os chamados Loopers, a utilizam para encobrir vestígios de seus assassinatos, enviando as vítimas de volta ao passado. Um desses assassinos, Joe (Joseph Gordon-Levitt), recebe a visita de sua versão no futuro (Bruce Willis) e terá de lutar contra si mesmo para tentar sobreviver.

     

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Rian Johnson

    Elenco: Bruce Willis, Joseph Gordon-Levitt, Emily Blunt, Jeff Daniels, Piper Perabo, Paul Dano, Garret Dillahunt, Pierce Gagnon, Tracie Thoms, Han Soto

    Produção: Ram Bergman, James D. Stern

    Roteiro: Rian Johnson

    Fotografia: Steve Yedlin

    Trilha Sonora: Nathan Johnson

    Duração: 118 min.

    Ano: 2012

    País: EUA

    Gênero: Ação

    Cor: Colorido

    Distribuidora: Paris Filmes

    Estúdio: DMG Entertainment / Endgame Entertainment / FilmDistrict / Ram Bergman Productions

    Classificação: 16 anos

     

    Bom, espero que digam o que acharam sobre esta nova ficção!!!

     

    Pois, para mim,

    Está se tornando tendência as ficções cientificas de Hollywood adotarem, cada vez mais, premissas que desafiam totalmente a lógica como conhecemos, porém o mais interessante é quando os roteiristas não se preocupam em procurar explicações mirabolantes das quais não acrescentam nada à obra cinematográfica em si, fazendo com que, desta forma, o filme adquira uma narrativa ágil, habilidosa e empolgante. E, felizmente, “Looper – Assassinos do Futuro” resulta num longa eletrizante e, em até certo ponto, original.

     

     

    Abrindo a projeção de maneira misteriosa com uma narração em off absurdamente essencial feita pelo personagem central Joe (Gordon-Levitti) que nos familiariza com o clima da produção imediatamente, “Looper” é contemplado por uma direção ótima de Rian Johnson concebida através de uma sombria e competente fotografia de Steve Yedlin que, por sua vez, aborda um mundo futurístico de modo audacioso ao empregar uma visão de que este se encontra em estado caótico e degradante, mesmo se tratando do “futuro tecnológico” como esperamos. Com suas ideias formuladas, o longa começa a ganhar ritmo e forma rapidamente, chegando a um de seus grandes momentos onde as duas versões de Joe (do futuro - Bruce Willis - e do presente – Joseph Gordon-Levitt, em atuações seguras e convincentes) se encontram, algo que conduzirá a ficção até o fim. E embora o roteiro apresente certos problemas, o dinamismo imposto por Rian através duma notável montagem ajuda a manter o ritmo que tinha tudo para se perder no decorrer do enredo.

     

    O fato é que “Looper – Assassinos do Futuro” é um daqueles típicos filmes dos quais, por mais que você tente encontrar explicações, não se propõe a fornecer qualquer tipo de respostas mais elaboradas para preencher suas lacunas, pois mesmo se tratando de uma ficção cujo contexto é totalmente surreal, é primário que narrativa imprima coerência de acordo com sua diegese, algo que incômoda em “Looper”, pois a construção da estória depende, primordialmente, do aguçado poder de dedução do espectador que, logo após sair da sala de cinema, certamente irá polemizar e questionar muito com seus amigos e na internet (como no meu caso). Porém, felizmente, todos os deméritos são compensados por implacáveis sequências de ação muito bem sucedidas, das quais conseguem fugir satisfatóriamente dos irritantes clichês do gênero.

     

     

    Bom, no desenrolar da trama conhecemos um intrigante garoto (Pierce Gagnon, talentoso, aliás, que constrói um dos personagens mais interessantes da fita, sendo de dupla personalidade) com poderes telecinéticos (que se tornaria um sanguinário assassino em 2070, mas a versão do futuro de Joe tenta a todo o momento o exterminar por precaução), que reside numa fazenda junto com sua “mãe” (Emily Blunt, cuja personagem não tem seu grande momento); também refletimos constantemente por conta de várias questões filosóficas muito bem empregadas (Afinal, como será o futuro?). E apesar da dupla de protagonistas se entrosarem muito bem na difícil incumbência de interpretar o mesmo personagem, é inconvincente a construção como antagonista da versão de Joe interpretada por Willis, mas nada que prejudique diretamente a ficção.

     

    Então, após seu desenvolvimento levemente irregular, o terceiro ato de “Looper – Assassinos do Futuro” é extremamente vibrante e demora até nos darmos conta que o filme realmente acabou justamente pelo fato de ser tão imprevisível [...]. No final das contas, os pequenos erros são suavizados, especialmente, por uma narrativa convincentemente instigante, sombria e empolgante.

     

     

    Portanto, adoraria ver novos projetos como este resultando novamente em algo original e ousado (não faria mal um melhor acabamento do roteiro, mas...); e embora o filme certamente vá dividir opiniões (principalmente por não ser de fácil compreensão), o estranho êxito de “Looper – Assassinos do Futuro” é, para mim, inegável. É claro que dadas as circunstâncias.

     

    Se Divirta!

     

    Nota: 6 de 10 / Se assistiu, comente e de sua opinião abaixo!!!

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  21. eu ja achei uma comedinha razoavel q vale apenas pelo ursinho guti-guti, q carrega o filme nas costas.. assim como o alienigena Paul na ficcao do mesmo nome. No entanto, alem do bicho tem as trocentas referencias pop oitentistas espalhadas por td filme, q sao mto mais prazerosas de encontrar q a estoria propriamente dita, berm bobinha por sinal. Destaque disparado pro Flash Gordon e pro Lanterna Verde-Deadpool gay..

    Ryan Reynolds se encarojou muito para suas duas cenas KKKKKKK Bizarro o Flash Gordon tbm KKKK
  22. Já que muitos estavam postando sobre as séries lá no tpc sobre filmes, provavelmente pela falta de um tpc mais apropriado, tive a idéia de abrir esse pra os usuarios poderem falar sobre as séries que estão assistindo, os episódios que viram ultimamente, comentá-los e tudo mais, como no outro, assim, não mais haverá a necessidade de postarem sobre séries lá.

    Estou Vidrado em Brakingt Bad, 3ª Temporada!
  23. Bom pessoal, assisti ao filme Ted, para mim a melhor comédia do ano.

    Digam o que acharam também!

     

    Este filme estreou em: 21 de Setembro de 2012

     

    Em um Natal, o ursinho de pelúcia de John Bennett (Mark Wahlberg) ganha vida. Os dois crescem juntos e, já adulto, ele deve escolher entre ficar com sua namorada Lori Collins (Mila Kunis) ou manter sua amizade com o urso Ted (Seth MacFarlane).

     

    CURIOSIDADES

    - Do mesmo criador da série de televisão Família da Pesada

    FICHA TÉCNICA

    Diretor: Seth MacFarlane

    Elenco: Mila Kunis, Mark Wahlberg, Giovanni Ribisi, Jessica Stroup, Patrick Warburton, Seth MacFarlane, Joel McHale, Laura Vandervoort, Melissa Ordway, Aedin Mincks, Ralph Garman, Ginger Gonzaga, Alexandra East.

    Produção: Jason Clark, John Jacobs, Seth MacFarlane, Scott Stuber, Wellesley Wild

    Roteiro: Seth MacFarlane, Alec Sulkin, Wellesley Wild

    Fotografia: Michael Barrett

    Trilha Sonora: Walter Murphy

    Duração: 106 min.

    Ano: 2012

    País: EUA

    Gênero: Comédia

    Cor: Colorido

    Distribuidora: Paramount Pictures Brasil

    Estúdio: Media Rights Capital / Universal Pictures / Fuzzy Door Productions / Bluegrass Films / Smart Entertainment

    Classificação: 16 anos

     

     

    O filme de Seth MacFarlane (Produtor, Roteirista, Diretor e ator) resulta numa comédia original (num ano fraco nesse sentido) que há muito não se via, arrancando muitas gargalhadas do telespectador -através de um humor ácido politicamente incorreto- e comovendo de modo brilhante.

     

    Em um Natal, o ursinho de pelúcia de John Bennett (Mark Wahlberg) ganha vida após um esperançoso pedido. Os dois crescem juntos e, já adulto, ele deve escolher entre ficar com sua namorada Lori Collins (Mila Kunis) ou manter sua amizade com o urso Ted (Seth MacFarlane).

     

    Logo em sua introdução, o filme acerta (e não podia ser diferente) ao empregar uma narrativa em off e em terceira pessoa que faz questão de deixar bem claro que Ted ganhara vida por meio da magia que ainda existe na terra, pois um pedido de um garoto puro não há como negar. Assim, com um contexto “fantasioso” criado, a produção de MacFarlane ganha forma e ritmo de maneira incrivelmente bem sucedida, avançando a narrativa de modo cronologicamente rápido e ágil. Desta forma, nos familiarizamos de imediato com a trama ao vermos John Bennett conhecer e, naturalmente, começar e firmar namoro com Lori Collins, ao passo que Ted vai crescendo e tendo sua personalidade criada, explicitando, também, seus sentimentos de ciúmes para com John em relação a seu relacionamento com Lori, algo que conduzirá o enredo do filme. [...]

     

    John e Ted, apesar das diferenças físicas, são sujeitos extremamente semelhantes cujas vidas são dominadas pela infantilidade que vive em ambos, nascendo, a partir daí, muitas cenas hilárias protagonizadas pelo ursinho de pelúcia e seu parceiro, dentre as quais destaco algumas, como vários momentos em que eles deliberadamente fumam “maconha” ou simplesmente falam da vida em função de seus “ignorantes” pontos de vista, não deixando, é claro, de fazer uma série de citações inteligentes à filmes, astros e ícones do passado e da atualidade. E embora o longa possa “ofender” certas pessoas devido a seu contexto “pesado”, MacFarlane merece aplausos pela opção de não editar seu filme para que tenha a censura reduzida e, principalmente, por ousar e inovar numa comédia que quebra muitos parâmetros e limites pré-estabelecidos por nós mesmos, uma vez que estes devem sim serem abordados de modos diferentes através da arte; afinal, antes vulgar e sacana do que clichê, certo?

     

    Não há o que dizer de ruim do elenco que se entrosa muito bem em cena, fazendo a difícil tarefa de contracenar com um simples urso de algodão que mais tarde ganharia voz e efeitos visuais (por vezes, impecáveis, casando perfeitamente com a personalidade de Ted), entretanto Mark Wahlberg e Mila Kunis, apesar de realizarem ótimas interpretações, poderiam ser substituídos sem problemas por outros atores igualmente competentes, pois quem rouba a cena em praticamente todo o filme é o inconsequente, ignorante, infantil, sacana, vulgar, fofo e adorável ursinho que, por sua vez, é capaz de realizar até mesmo atos sexuais.

     

    Em contrapartida, “Ted” perde levemente seu ritmo em poucos momentos nos quais a narrativa aborda o passado dos personagens através de flash backs que, apesar de bem conduzidos, soam desnecessários assim como o terceiro ato que exagera no drama acerca do desenvolvimento do enredo (afinal, não precisava montar todo um arco em função da possível morte do urso), mas que felizmente consegue tocar e comover o telespectador que, desde o início, se identificara com o jeito único do personagem mais engraçado dos últimos anos (sem quaisquer dúvidas).

     

    Seria incoerente dizer que “Ted” é um filme “família”, todavia é totalmente contundente afirmar que a ótima comédia (com romance na medida certa) é fruto de um belíssimo trabalho de seu realizador (cujo no currículo consta somente a boa série de TV “Uma Família da Pesada”, porém agora muitas outras oportunidades certamente surgirão), que criara um roteiro divertidíssimo muito bem amarrado com a trama, assim, desenvolvendo sua história de modo empolgante, polêmico e impossível de não embarcar (é claro que há exceções, dadas as circunstâncias).

     

    Enfim, um longa que deve ser visto pelos amantes da sétima arte com um olhar artístico (mas se você se ofende fácil, é recomendável que não assista. E jamais deixe-se enganar pelo ursinho na capa, na sessão em que assisti dois pais saíram com os filhos!), pois apesar das vulgaridades (engraçadíssimas, por sinal), “Ted” traz às telonas valores sentimentais de amizade que jamais devem ser esquecidos num mundo onde as sombras que nos cercam são cada vez mais naturais, e um “simples urso” pode ser um amável e fiel companheiro para toda a vida. Grande Filme!

     

    *OBS: Um dos melhores filmes do ano, inegavelmente, fazendo jus a seu sucesso fenomenal de bilheteria.

     

    *OBS 2: Acredito muito numa possível continuação que já está sendo especulada, porém MacFarlane terá que demonstrar ainda mais talento para conduzir a mesma, pois como já estamos cansados de saber, muitas vezes, as sequências estragam as obras originais. De qualquer forma, desde já aguardando como cinéfilo que sou!

     

     

    Nota: 8 de 10.

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