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Forum Cinema em Cena

Noonan

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Posts posted by Noonan

  1. Mas você não sabia? Isto é' date=' já não tinha visto em algum lugar, lido por aí, nem ouvido falar? Este é um problema que os espectadores de O Sexto Sentido vão enfrentar futuramente. 50 First Dates já conta o final do filme na cara dura.[/quote']

     

    Isso é verdade, tem coisas que se enraizam tanto no imaginário popular que você já nasce sabendo delas, hauahuhaua. O fim de Psicose, e mesmo a mudança de protagonista, ou que Darth Vader era o pai do Luke são coisas que eu já sabia muito antes de assistir aos filmes, infelizmente.
  2. Ué, tá certa essa nota de O Iluminado, Foras?

     

    Enfim, meu top atual (não gosto de listas, mas enfim, já é bom ir treinando pro Top CeC 06):

     

    1) 2001: Uma Odisséia no Espaço - 10/10

    2) Laranja Mecânica - 10/10

    3) Dr. Fantástico - 10/10

    4) Barry Lyndon - 10/10

    5) De Olhos Bem Fechados - 9/10

    6) Nascido para Matar - 9/10

    7) O Iluminado - 9/10

    8) Glória Feita de Sangue - 8/10

    9) O Grande Golpe - 8/10

    10) Spartacus - 8/10

    11) A Morte Passou por Perto - 6/10

    12) Lolita - 4/10
    Noonan2007-10-16 19:26:14
  3. Os extras daquelas edições duplas que estão anunciando:

     

    2001: A Space Odyssey

    # Commentary by Keir Dullea and Gary Lockwood
    # Theatrical trailer
    # Channel 4 documentary: 2001: The Making of a Myth
    # Standing on the Shoulders of Kubrick: The Legacy of 2001
    # Vision of a Future Passed: The Prophecy of 2001
    # 2001: A Space Odyssey - A Look Behind the Future
    # 2001: FX and Early Conceptual Artwork
    # Look: Stanley Kubrick!
    # Audio-only interview with Stanley Kubrick

    A Clockwork Orange

    # Commentary by Malcolm McDowell and historian Nick Redman
    # Theatrical trailer
    # Channel 4 documentary: Still Tickin’: The Return of Clockwork Orange
    # New featurette: Great Bolshy Yarblockos! Making A Clockwork Orange
    # Career profile: O Lucky Malcolm!

    Eyes Wide Shut

    # Scene specific commentary by Sydney Pollack and historian Peter Loewenberg
    # Theatrical trailer and TV spots
    # Channel 4 documentary: The Last Movie: Stanley Kubrick and Eyes Wide Shut
    # Lost Kubrick: The Unfinished Films of Stanley Kubrick
    # Kubrick’s 1998 DGA D.W Griffith Award acceptance speech
    # Interview gallery featuring Tom Cruise, Nicole Kidman, and Steven Spielberg

    Full Metal Jacket

    # Commentary by Adam Baldwin, Vincent D’Onofrio, R. Lee Ermey and Jay Cocks
    # New Featurette: Full Metal Jacket: Between Good and Evil
    # Theatrical trailer

    The Shining

    # Commentary by Garrett Brown and John Baxter
    # Theatrical trailer
    # Documentary The Making of the Shining, with optional commentary by Vivian Kubrick
    # Three new featurettes:

    * View from The Overlook: Crafting the Shining
    * The Visions of Stanley Kubrick
    * Wendy Carlos, Composer


     

    16
    Noonan2007-08-04 17:05:07
  4. Essa estranha fascinação adolescente que cerca Laranja Mecânica hoje em dia é uma versão do efeito Ferris Bueller: assim como gostamos do protagonista de Curtindo porque ele fez tudo o que sempre quisemos fazer e não fizemos (ou fizemos apenas parcialmente, ou não fizemos de uma vez num único dia), os adolescentes pseudo-revoltados com o mundo de hoje em dia gostam de Alex porque ele é a personificação do que queriam ser e nunca serão. Ele faz o que quer, é um parasita social, e ainda se dá bem no fim.

     

    É o que o Enxak falou: eles extravasam tudo isso em videogames, no visual... e assistindo ao filme.

     

    Por um lado é bom, ajuda na popularização do filme, e tal. Por outro é ruim, porque, sinceramente, Laranja é muito mais que só a historinha de um delinqüente juvenil.
  5. Essa refrescagem é de rancar o cabelinho do saco' date=' puta que pariu. Notaram que se eu quiser entrar no jogo de novo, vou ter que ver tipo, só sete filmes, me fudi legal.

    [/quote']

     

    Conforme-se sabendo que os filmes - pelo menos os cinco que nós indicamos - são de muitomuito bons pra cima.

     

    Provavelmente com exceção de Transformers, claro (ainda não vi o filme), mas o que a prova pede - falar sobre o raciocínio de "é bom porque é idiota" - não exige necessariamente que ele seja assistido.
    Noonan2007-07-31 18:33:42
  6. Sobre essa questão da repercussão na mídia, a Folha de hoje até que dedicou um espaço considerável do caderno Ilustrada ao Bergman - biografia, o texto de um crítico, reações de cineastas de países variados, recomendações de filmes, etc. Achei bem interessante, capaz que amanhã façam o mesmo com o Antonioni.

     

    EDIT: E fizeram mesmo.
    Noonan2007-08-01 08:37:57
  7. To com Telas... Acho que já deveria ter sido feito alguma coisa no que diz respeito ao Keduardo... Atualmente' date=' ele mais incomoda do que ajuda... No início Keduardo era um usuário interessante... Trazia informações e coisa e tal... Tudo ia muito bem enquanto nós concordávamos com as informações dele e não questionávamos sua opinião... Contudo, quando passou a haver um questionamento de sua opinião e quando alguns usuários começaram a fazer algumas brincadeiras com ele (mais a mais, todo mundo brinca com todo mundo por aqui, inclusive Keduardo) o usuário começou a vir com agressões não usando palavras de baixo calão, mas sim vomitando sua arrogância e prepotência pra cima dos usuários que postam com freqüência no tópico TDK...
    [/quote']

     

    Já está mais do que na hora de a moderação mostrar ao keduardo que as regras do fórum se aplicam a ele também.

     

    Enfim, sou mais um que preferiu o teaser fake.
    Noonan2007-07-26 20:51:33
  8. Comigo foi 2001: Uma Odisséia no Espaço, como eu já disse umas cem vezes aqui no fórum, huahuahua.

     

    Mas, de certa forma, eu não o vi casualmente, como o Enxak ou o ruby. Na verdade, a primeira vez que me lembro de ter visto algo relacionado ao filme foi quando lia um artigo sobre ficção científica em algum lugar, que citava o livro de Clarke e tinha uma foto do filme (e nem era nada espetacular, era só o Frank Poole num traje amarelo andando dentro da nave 06). O artigo também não falava muito, apenas dizia que "o livro de Clarke parte do princípio de que viagens pelo espaço podem ser algo trivial", só isso mesmo, ou bem perto disso. Nenhuma menção a ser considerado uma obra-prima, nada.

     

    Um tempo depois, me cai em mãos outra coisa sobre ficção científica que citava o filme, mais detalhadamente dessa vez, falava de alguns aspectos, de como marcou época, etc. Foi quando comecei a me interessar e vi 2001 na locadora, e pensei em alugar, mas desisti, sabe-se lá o motivo.

     

    Resumindo, não demorou muito para eu acabar conseguindo o livro do Clarke. Li e gostei bastante (mais do que gosto hoje), e foi o que me fez decidir assistir ao filme logo de uma vez. Eu tinha doze anos nessa época.

     

    Tinha formado uma imagem de como seria 2001 a partir do que havia lido. Quem mais conhece o livro do Clarke pode imaginar qual não foi minha surpresa quando me deparei com o que o Kubrick havia feito com a mesma história. O fato é que me deixou fascinado, louco, e eu vi quatro vezes em três dias, pensando "caralho, é um filme e olha o que esse cara conseguiu fazer". Não vou dizer que eu já era um cinéfilo quando os créditos subiram, mas as raízes estavam ali, foi quando eu descobri que o Cinema não tinha limites, mesmo.
    Noonan2007-07-26 19:11:52
  9. Dando um up...

    Sem ordem de preferência:

     

    Shine On You Crazy Diamond - Pink Floyd

    L'Estasi dell'Oro - Ennio Morricone

    With a Little Help from My Friends - Beatles

    9.ª Sinfonia - Ludwig van Beethoven

    Stairway to Heaven - Led Zeppelin

    My Way - Frank Sinatra

    Have You Ever Seen the Rain? - Creedence

    For Phoebe Still a Baby - Cocteau Twins

    Are You Lonesome Tonight? - Elvis Presley

    Let There Be More Light - Pink Floyd
  10. Lá vou eu me meter onde não devo, hauahuahua… E já vou avisando que vou repetir a palavra “história” um monte de vezes.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

     

    Bom, a minha visão é que a forma de contar uma história modifica a própria história. Não existe filme que traga uma história “pura”; o que vemos na tela é a visão do diretor (ou da equipe, que seja) a respeito dela, transmitida a nós através de imagens e sons (diálogos incluídos aí, embora não sejam imprescindíveis). Dessa maneira, considerando que a imagem e o som não só são o meio pelo qual a história chega ao espectador como também são elementos transformadores dela, na minha opinião a narrativa (que é exatamente a palavra que designa “a forma de contar a história”) é sim mais importante que a história em si.

     

    O que exatamente eu quero dizer? Imaginemos que Kubrick fosse dirigir Dogville, usando o mesmo roteiro que o Lars von Trier usou e sem ter visto a versão deste, para evitar influências. Creio que todos concordam que teríamos um filme radicalmente diferente, tanto na forma quanto no conteúdo, pois a forma modifica o conteúdo. Será que os dois filmes suportariam interpretações idênticas? Creio que não.

     

    Isso não significa que eu sou a favor de que se mande o conteúdo às favas, ou que eu ache que o conteúdo pode ser qualquer porcaria se a forma for boa (embora, sim, uma narrativa muito boa possa transformar para melhor uma história ruim, medíocre, etc.). Apenas quero dizer que há filmes em que a forma é tão, mas tão importante, que ela acaba se tornando parte do conteúdo, recebendo por isso ênfase total. 2001 é um bom exemplo disso, na minha opinião. A narrativa usada por Kubrick — baseada essencialmente em sentimentos/intuição e não na razão (como já foi dito várias vezes, é um filme para ser absorvido, não entendido) — interfere no conteúdo e o modifica de maneira tão drástica que o filme não faria o menor sentido sem ela.

     

    Outro exemplo é Herói (que suscitou uma discussão parecida há algum tempo, porém com um desenrolar meio infeliz): Yimou poderia ter ido direto ao ponto e mostrado apenas a versão final da história, sem os dois flashbacks “falsos” que ocupam a primeira metade do filme. Ignorando aspectos como a duração do filme, pergunto: seria a mesma coisa? Ou ainda, caso o diretor tivesse optado por manter as duas primeiras versões, mas sem a identificação visual… quem gosta do filme pode dar certeza de que gostaria tanto quanto agora?

     

    Será que Dogville seria a mesma coisa caso tivesse cenários? O filme do Von Trier é um caso interessante, a propósito. A forma modifica o conteúdo de maneira bem radical (a ausência de cenários, fator que não pode de maneira nenhuma ser desconsiderado numa análise do filme, é um elemento da narrativa, e não da história), mas ao mesmo tempo o diretor se esforça por diminuir a influência dela em outros aspectos. Se se escrevesse um livro a partir do filme, muitas idéias seriam preservadas, embora as idéias despertadas pelo elemento quase minimalista da inexistência de cenários fossem se perder. Já no caso de 2001, é só ler o livro de Arthur Clarke para ver que as diferenças em relação ao filme vão muito além do planeta-destino da viagem. Não estou falando de fidelidade aqui, não é isso; é apenas mais uma mostra de como a forma (determinada pelo autor) modifica o conteúdo, uma vez que Clarke e Kubrick partiram da mesma idéia principal.

     

    Talvez tudo o que escrevi não tenha ficado claro; relendo, acho que não ficou mesmo. Enfim, o que estou dizendo é que não se deve nunca tentar encaixar filmes num modelo preestabelecido que dita que todo filme deve necessariamente contar uma história e que essa história é o elemento principal; “o filme é visualmente estonteante, uma experiência sensorial mesmo, mas a história é simplória, então ele é ruim”. Isso é algo que se deve evitar.

     

    (Um pensamento final relacionado e ao mesmo tempo não relacionado com o assunto: e isso que estamos falando de filmes que trazem uma história, o que não é de maneira alguma obrigatório. Há uma visão bastante difundida de que, se não conta uma história, não é filme; como ficam obras como Um Cão Andaluz nessa?)

    Noonan2007-07-23 19:30:08
  11. Mas o próprio conceito de diversão é relativo. Afinal, o que é diversão? Como se define diversão? Como se mede o nível de divertimento proporcionado por um filme?

     

    O grande problema é que parece terem esquecido que não há uma maneira objetiva de se definir diversão. E há um conceito, não só aceito como também considerado absoluto por muita gente, de que para se divertir no cinema é estritamente necessário que o filme tenha explosões, lutas e dezenas de piadas. Esse conceito - do qual discordo - acabou se tornando tão aceito que levou ao surgimento dessa conversa de "diversão com ou sem inteligência", empregada como se fosse um sinônimo de "cenas de ação/comédia com ou sem inteligência". E isso, para mim, é uma grande besteira.

     

    Ora, quem disse que eu não posso me divertir vendo um filme de arte "lento e cheio de diálogos", como o Mad Tiger citou? Quem estabeleceu que um filme lento e cheio de diálogos é necessariamente não-divertido?

     

    Para mim, diversão abrange tanto me esbaldar em cenas de ação fascinantes e torcer pelos mocinhos numa história típica do bem contra o mal, como O Senhor dos Anéis, por exemplo, quanto me entregar a uma reflexão mais profunda proposta pelo filme a que estou assistindo. Se eu me ver envolvido por duas, três horas, em suma, se eu GOSTAR do filme, irei considerá-lo divertido, seja ele Star Wars ou 2001: Uma Odisséia no Espaço (com o qual me divirto muito, aliás - e é um filme lento e quase sem diálogos).
  12. Assim como também é problemático dizer que quem não gostou é pseudo-intelectual, mal-humorado, mal-amado, rancoroso... Se está havendo desrespeito para com a opinião alheia, é dos dois lados, tanto aqui quanto no outro tópico.

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