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The Deadman

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Posts posted by The Deadman

  1. Galera, sei que posso ter esse post removido daqui porque, de fato, não se trata de um filme, posto que tem sido vendido e é anunciado como uma série, mas trata-se de um projeto tão genial, tão foda no seu conceito, tão inusitado na sua concepção que fica difícil enquadrá-lo seja como série, seja como filme. Particularmente, dado o tempo de "projeção total" e o conjunto da obra do que se "vê"; encarei a empreitada como uma experiência sensorial e imaginativa coesa e que se justifica como uma coisa só, se fechando de forma magistral no final...

    Falo da série da AppleTV "Calls".

    Gente... Posso estar empolgado e sob efeito do entusiasmo de ter visto e AMADO o troço, mas falo que é a coisa mais criativa e bem bolada no gênero de ficção-científica que "vejo" em ANOS!! Fácil. E porque as várias aspas? Porque trata-se de uma obra que se baseia 99,999% apenas em...som (no caso, áudios de ligações telefônicas ou comunicação por rádio)!!

    Os 0,001% de imagens do "filme" são compostas por figuras, composições e distorções gráficas, daquelas parecidas quando geradas por um gerador de ondas e sinais, representando de forma GENIAL o tom, a urgência, as emoções, enfim, as tramas que se desenrolam.

    E por que decidi postar aqui em "Filmes"? Porque são apenas 8 epis com tempo médio de 16 min, cada. Logo, no total,  dá pouco mais que 2 horas de entretenimento. Nem dá pra chamar de maratona...rs

    Interpretações excelentes, histórias intrigantes, diálogos enxutos e muito, muito bem dirigido pelo Fede Alvarez (esse cara arregaçou aqui!). Lembrei muito de "Vastidão da Noite" (outro que depende muito do som, de áudios) e entendi perfeitamente porque Orson Welles deixou em pânico quase 2 milhões de pessoas quando orquestrou a transmissão de uma invasão alienígena pela rádio.

    Imaginação é tudo!

    Obra imersiva e foda!! Altamente recomendado. Apague as luzes, use um bom par de fones de ouvido, divirta-se e se emocione!!

     

    Calls.2021.S01.jpg                 

      

       

  2. On 5/14/2020 at 8:38 AM, Jorge Soto said:

    Possessor é um bacanudo e violento thriller scy-fy que apresenta os tradicionais filmes de espionagem de outra perspectiva, bem original diga-se de passagem. É um Atomica ou Kingsman sobre invasão cerebral, etc.. repleto de violência e body horror, algo recorrente do pai do diretor, David Cronenberg, tanto que esta produção simples do Canadá parece sequência não oficial de eXistenZ. Boas atuações, aspecto minimalista e muito sangue, embora o desfecho deixe a desejar (pouco mastigado pra mim, pelo menos), faz deste tecno-thriller boa pedida cabeça. 8,5-10

    Possessor (2020) Full Movie Watch Online Free Download - Filmywap ...
     

     

    E aí, graaaaaaande Soto!?? Como vc está, meu caro? Tudo bem contigo? Conferi esse tbm tem pouco tempo. Gradei em geral, mas o que me incomodou mesmo ñ foi nem tanto o final abrupto e mal mastigado das razões da protagonista, mas o desenvolvimento em si de tudo que é mostrado. Penso que o plot cairia bem melhor se fosse um curta. 

    Ainda assim um bom filme. Destaque pro gore farto on screen e sem medo e o design de produção.       

     

    Quote

     

    Difret é um bom drama de tribunal que imediatamente me lembrou o noventista Acusados (aquele da Jodie Foster violentada) só que adaptado ás condições sociais miseráveis africanas e com uma criança. É uma trama envolvente e comovente que os gringos ja contaram várias vezes, mas aqui o contexto de tradições pouco convencionais faz a diferença e prende o interesse. Com atuações razoáveis, quem se destaca é a criança e a jovem advogada, num papel que facilmente seria dado á Julia Roberts, mas com um desfecho amargo, que deixa um certo vazio. 8,5-10

    Picture of Difret (2014)

     

  3. On 4/18/2020 at 9:25 PM, SergioB. said:

    Nada acrescentar à minha resenha de 30-12-2017. É perfeito.

    "Call me By Your Name

    A remessa perfeita que esse filme faz em mim...

    Parece que todo mundo elabora a mesma resenha sobre cinema, hoje em dia,  antes de mijar pela manhã. Não queria mais escrever assim.

    Vou fazer diferente. Vou falar da remessa perfeita que esse filme faz em mim...

    Minha família é italiana, então o filme me dá a Itália nas suas mais variadas formas. 1) O apreço pela boa mesa, o apreço pela discussão política à mesa, gostar de cozinhar, gostar de receber, a desfeita cultural que é você não se sentar à mesa para jantar  - como o personagem americano em certo momento faz.  2) A cidade de Crema, na Lombardia, captada pelo fotógrafo indiano Sayombhu Mukdeeprom ( que disse muito acertadamente que a luz do Equador é uma merda pois não tem nuances,  mas a da Itália é maravilhosa, "seca". Reparem na luminosidade dos jardins da casa, como a sombra é mais preta, como a grama é mais verde. É a sensualidade também da natureza! E isso o tempo todo se reflete no filme: O peixe recém-pescado abre as guelras, desesperado. Uma mosca pousa no ombro do protagonista, que a aceita, e o diretor deixa, deixa, eu queria frisar- deixa- não manda o contra-regra espantá-la) 3) A sensualidade natural das pessoas. É tão bom ser latino, né? Não ter aquele atroz medo do corpo como os americanos têm. Assisto aos vídeos dos youtubers do USA e eles a comentar o uso escandaloso dos "shorts". Os personagens usam shorts, no calor, vejam vocês!  E os homens ficam sem camisa! Vejam vocês! Que coisa! 4) Os italianos amam futebol? Sim. Mas também amam voley ("pallavolo")...parece bobo, é um detalhe, mas eu  amo ver o cinema agir como um detetive da cultura.  5) A riqueza na Itália visa ao conforto e não à ostentação-Kardashian. O design de produção desse filme é absurdo de maravilhoso. Captou a riqueza intelectual dos personagens. A casa da locação tem rachaduras, a pintura está descascando em alguns pontos, mas os livros estão por todo canto.  São velhos, tem orelhas, foram "usados", a dizer, foram lidos...Os móveis não são de design da Armani, são de madeira, são de ferro, ficam envelhecendo e enferrujando no jardim. A piscina não tem borda infinita, a piscina é um tanque de tijolos medievais, sabe? Que locação! Que achado! As pessoas falam: "o filme é bonito", mas não sabem explicar por que é bonito. É porque se passou dias e dias procurando um lugar assim. Uma das tarefas menos "visíveis" do cinema é o trabalho duro de se achar as locações. Não é fácil.

    Eu sempre fui um admirador dos filmes do James Ivory. A elegância de tudo, quase um esnobismo, na verdade (Vamos contar um segredinho entre parêntesis, que é como o convém: Tudo bem ser um pouco esnobe na vida! As outras pessoas, por incrível que pareça, gostam.). O andamento calmo. As coisas mais desimportantes ganham 5 minutos de atenção. Que coisa maravilhosa que o Ivory nos ensina: que o colateral é importantíssimo! O 'plot' dos filmes dele é apresentado quase como uma "chateação"...É a vida que importa! Enfim, como cinéfilo, é prazeroso reconhecer o tanto de "A Room with a view" nós temos aqui. Não só um banho de Itália , mas o sempre artístico banho no lago. O banho de lago entre homens, vale dizer! Tanto naquele filme, como neste. Banho no lago, seja na pintura, seja no cinema, seja na literatura: uma forma aristocrática de apresentação da nudez! Naquele filme, os amantes vão para as montanhas fazer um piquenique; neste também. Amantes precisam se isolar... Eu fiquei catando esses paralelos...O novo filme que me era apresentado confrontando-se com o velho filme que existia dentro de algum escaninho empoeirado da minha mente (De dentro dela, estabeleci um outro paralelo entre a cena do trem e a cena do trem de "Summertime", de 1955, do David Lean, com a Katharine Hepburn fazendo ...uma solteirona americana apaixonada em Veneza. Foda!). James Ivory ganhará sua aguardada estatueta,  pela adaptação do roteiro, tornando-se o mais velho a receber um Oscar. A remessa perfeita.

    A importância do primeiro amor. Como negar? Eu duvido que exista uma pessoa no mundo que não pense constantemente no seu primeiro amor. Não pode ser apenas eu que tenha esse problema mental! Não pode ser eu apenas o único louco! E não sou! Tanto que o escritor egípcio André Aciman escreveu sobre isso. Porque o primeiro amor é diferente de todos! Inaugura o corpo; inaugura o conhecimento do ciúme ( no filme, representado na cena da festa, com um close espetacular, que, é concomitantemente, uma das mais belas imagens de alguém fumando cigarro que eu já vi!); inaugura aquela vontade incontrolável de querer estar perto de outro ser humano o tempo todo ( no filme, representado na brilhante cena de Timothée quase ajoelhado, alquebrado, na porta de casa, enquanto toca a lindíssima canção do Sufjan Stevens); inaugura a vontade maluca de MORAR dentro das roupas de outra pessoa (no filme, a ardente cena da bermuda), como se vestir as roupas da outra pessoa pudesse ser um abraço contínuo (ecos de "Brokeback Mountain"? Sim, o abraço da camisa!). Roupas que o Figurino inteligentemente escolheu em tons pastéis, claros, a brincar com listras verticais para o Hammer, e horizontais para o Chalamet (A menina Marzia também usa listras. E a mãe! O que Freud diria disso? Só as listras dariam uma tese)! E ainda me matou de inveja com a camisa do Talking Heads.O primeiro amor merece um filme como este. E o primeiro amor merecia sobretudo o extraordinário monólogo do personagem do Michael Stuhlbarg! Que texto! Que coisa mais linda! Seria merecidíssima a indicação. O primeiro amor causa inveja. O Sérgio de 2017 inveja até hoje o Sérgio do ano de 2000. Nunca mais poderei sentir aquilo novamente. Daquela maneira pura e intensa. É a remessa perfeita que eu nunca mais terei. "Is it a video? Is it a video?".

    Mas, convenhamos, se tem um aspecto que é decisivo no filme é a não mencionada palavra "bissexualidade". É a remessa mais forte do filme em mim. A perfeita remessa. Semana passada, peguei um cara e uma menina. Meus amigos - no geral, roqueiros barbudos héteros - ainda estão tentando se acostumar a ver isso. E tão sempre me perguntando: "Mas qual você gosta mais?". A partir de agora eu posso responder a eles, pagando de culto e citar Heráclito: "Por mudar, é que permaneço o mesmo, galera. Foi dito num filme aí". No Filme também, os dois personagens gostam do corpo feminino e gostam do corpo masculino. Chalamet foi perfeito nisso, até com uma fruta ele demonstrou a força do prazer, numa cena ANTOLÓGICA. Percebo o Mito do Amor Romântico na inúmeras resenhas vendendo o filme como "história de amor entre dois homens". Sim, tem amor na sua faceta "homossexual". Mas pra mim o tesão bateu foi de ver a bissexualidade atuando!  O personagem descobrindo que gosta de uma coisa e gosta de outra. Tem tesão pelas duas. As pessoas, querendo posar de libertárias, têm enxergado o filme assim: " Que lindo! Salve o amor! Salve o amor!" É dizer: O amor autoriza você a gostar seja de quem for. Como se o sentimento de amor "legitimasse". Ora, não precisa de amor! Que papo careta! "Call me By Your Name", para mim, não é "história de amor entre dois homens", é mais amplo, é uma "HISTÓRIA DO PRAZER" ! Todo ser humano está naturalmente legitimado, pela natureza, a ter relações sexuais com quem quiser! É por isso que a família, intelectualizada o bastante, orgulhosamente discreta quanto à religião!,  não se incomoda de ver um dos seus representantes pegar, no mesmo dia,  ora uma vizinha, ora uma visita, e nem pergunta se está ou não apaixonado, ou coisas do gênero. Não há essa pesquisa romântica. Os pais querem que o filho se descubra. Nada é forçado ("Nada foi escavado, e sim trazido à superfície"). Querem que o filho tenha liberdade ( talvez ele dê um gritão sem sentido diante de uma cachoeira, só para o TAO ouvir!). Como decorrência da liberdade,  aqueles pais inclusive não veem problema em o filho transar na própria casa. A sociedade careta brasileira inventou o "motel" por que não suportava admitir o sexo passado dentro de casa! Na Europa, na França que eu conheço bem, não existe motel! Os filhos transam na casa dos pais, ora! Qual o problema? 

    O texto já está colossal, extrapolou o  confidencial, eu vou parando por aqui...Indicaria o filme a tudo: Fotografia, Trilha, as duas canções originais ( executadas em dois momentos brilhantes: a cena do ônibus e o final de encher os olhos), Montagem, Roteiro Adaptado,  Ator Coajduvante ( Stuhlbarg!, pela precisão técnica, pelo speech; e  o Hammer, em uma atuação "flamboyant", de um jeito como "flutuante"); Direção ( bastaria a brilhante cena do sonho); Filme; Figurino, Direção de arte; tudo que pudesse. Tudo é meritório. Mas se eu pudesse apenas escolher uma categoria, uma só, teria de ser forçosamente ATOR!

    Timothée Chalamet, um arraso! Uma atuação sublime! Extraordinária! O modo como ele se ajeitava no sofá, desculpe, mas nem o Daniel Day-Lewis faria melhor.  Por outro lado, é maravilhoso ver um ator heterossexual acertar em maneirismos tão delicados que um cara fluído tem. Coisas de mão, certos olhares; gestos pequenos mesmos...O filme só poderia terminar com 4 minutos do rosto dele, onde se vê saudade, fossa e... um sentimento que não tem nome, mas todo mundo já sentiu: "orgulho da dor". Que alguém um dia invente uma palavra - deve ter em alemão - para esse sentimento.

    Foi uma remessa perfeita. Vi na tela o italiano que eu sou. O esnobe que eu sou. O jovem apaixonado que eu fui. E a cara de prazer que eu demonstro, seja com um homem, seja com uma mulher. 

    A remessa perfeita."

    Armie Hammer and Timothée Chalamet in Call Me by Your Name (2017) 

    Só conferi este por causa da sua resenha haja vista que minha primeira impressão do Chalamet foi péssima (O Rei).

    Filme lindo e muito, muito sensível, delicado, erótico. E, sim, aqui Chalamet mostra, de fato, porque está tão incensado... (Hammer ñ fica nada atrás)

    Tbm me remeteu muita coisa... Minha primeira namorada. Ela mais velha que eu (eu 18 e ela 23... Uma eternidade de maturidade, postura, atitude na minha frente),  paixão avassaladora de Verão em São João Del Rey. Pouco tempo juntos. Intensidade. Entrega total. Despudor total. Ela tendo q se mudar para a faculdade de Ribeirão Preto e eu, um zé ruela que nem prestar vestibular tinha...

    E, sim, penso nela com muita frequência. Sempre pensarei. A remessa perfeita. 

    O filme é imperdível e o primeiro amor, inesquecível. 

     

     

     

     

     

  4. On 19/07/2017 at 3:57 AM, Mozts said:

    Justo ou injusto, acho que eu teria gostado do filme caso não fosse uma adaptação ou tivesse menos laços ao anime... Fosse este um novo sci-fi, fortemente inspirado por Ghost In The Shell e outros, ideias em sci-fi se repetem bastante de qualquer forma, acho que eu teria gostado - não muito pois ainda seria uma trama tediosa, porém já teria achado algo positivo.

    Deveria julgar filme no vácuo? Talvez... Meu problema é que Ghost in The Shell, ao contrário de se divorciar das suas origens como Blade Runner ou The Shining, tenta fazer o anime/manga desesperadamente. Ainda sim, também não é próximo o suficiente como The Martian ou Watchmen, pois bebe das diversas formas do material base (anime, manga, TV), não é uma adaptação "literal". É uma estranha quimera de intertextualidade, tal qual os remakes Disney do Jungle Book e Beauty and The Beast.

    Além disso, também achei um filme um tanto "frio". Não dei a mínima pra Major de Scarlett, todo seu passado trágico vem de exposição forçada, o começo com a Juilette Binoche pareceu algo de video-game ruim, a cutscene começa, agente recebe um tanto de exposição e quando a informação foi depositada, fade-to-black... Corta para famosa cena em que Major pula do prédio e fica invisível.

    No anime, ouvimos quase nada, Major inspeciona sua arma com paciência, observa o horizonte da cidade com uma pausa, quando ela se joga da beirada há close-up no seu rosto, cresce um sorriso de satisfação, vemos sua perspectiva de ponta cabeça, antes de dar fatality no político safado, ela arrisca uma tirada.

    No filme live-action, a mesma cena precisa ser turbinada pela música de ação clichê, um passo rápido e certa tensão com o personagem do Kitano. Major é muito fria, estoica... O mesmo close-up na sua face não revela nada. Robótica, por falta de palavra melhor. Faltou a pausa, o cuidado com a arma, o sorriso e a satisfação, essas coisas são mais personagem que despejo expositório da Binoche.

    E uma pena, pois Scarlett tem um sorriso muito bonito.

    Faço minhas, suas palavras... E vc usou um adjetivo que me incomodou muito durante toda a projeção: frieza. Ao final do filme, pensei: "Legal." e fui dormir. Period. Uma pena, pois material tinha de baciada... 

  5. (...)

     

    Já Alien Covenant, sim, pisa no filme anterior sem dó. Scott praticamente diz no filme "Gente, Prometheus foi um erro, desculpe, mas olha só, fiz outro filme do Alien!".

    Puuuuutz... Que melda! Daí eu ficar feliz de NÃO conferir esse troço. Pra quê?

  6. Realmente o filme é fraquinho. Vi ontem. Não é essa merda que tão pintando mas deixa a desejar e ta cheio de defeitos se comparada com o resto.  Por exemplo, o alien de borracha é muito mais convincente que este aqui. Resumidamente, o filme é um "slasher espacial" em que se sabe de cor quem vai pro saco por antecedência, não responde nenhuma pergunta deixada no filme anterior (que praticamente não serviu pra nada) e tem uma reviravolta sem vergonha nos finalmentes, que se avista de longe. É bem feitinho sim, mas parece ter direção do Michael Bay e não pelo Scott. Quem quer ver um filme B feito com milhões vai gostar, mas eu realmente esperava mais. Diverte? Sim, mas eu esperava mais. Os dois primeiros e até Prometheus são melhores. Nota? 7,5/10

     

    Hummm...  <_<  Nope, thanks! 

  7. Oi Dead... me refiro à Prometheus ao qual gostei, exceto essa parte da fé... Não vi Covenant, ainda...

     

    Achei pedestre a forma como eles colocam a questão, foi pra deixar todo o universo do Alien mais "ishperto", "esotérico" ou sei lá o quê, sem necessidade... Bastava apenas "subverter a história da Criação" - coisa que o roteiro faz muito bem, IMO - sem ficar com bobagens como "eu creio nisso porque eu escolhi acreditar"... Pára... E depois, quando a Shaw descobre quem são os Engenheiros, é confrontada pelo namorado que diz para ela tirar a cruz pois eles já tinham encontrado seus criadores... E ela responde: "e quem os criou?"... Ou seja, o roteiro torna a fé um objeto irracional, estúpido, sem sentido algum e ainda zomba dos que crêem, quando na verdade é um processo muito mais complexo, que envolve uma análise de fatos e dados e depois a pessoa decide se crê ou não.

     

    Felizmente o filme não é só isso e ainda bem que investe na expansão daquele universo, mostrando que o Alien é apenas a ponta de um iceberg muito maior. Descobrir que seus criadores não passam de "cientistas fazendo experiências" poderia ser banal, mas considerando a cadeia de eventos que se sucedem desde quando eles entram naquela câmara, passando pelas mutações e pela chocante cena da cesárea, mais o David tentando processar tudo aquilo - a criatura criada por outra criatura agora em contato com o Criador - tenho pra mim que Scott conseguiu em parte o que queria: fazer um filme "original" expandindo aquele universo. Só não precisava ser tão pretensioso. 

     

     Entendo. Bem... Vimos filmes "diferentes". Até porque devo dizer que sequer percebi questões de fé ali... No mais, ainda que olhando pelo viés dessa importante questão/ leitura (levantada por você) e relembrando o filme aqui; não vejo como o pedantistmo do diretor/roteirista quanto a essa abordagem afetaria, para o bem ou para o mal, qualquer aspecto no desenvolvimento e qualidade (ou não) da história mostrada. Em outras palavras: achei o filme TODO pedestre. Parafraseando o Pablo, "uma bosta". Queria eu, de coração, que a intenção de expansão daquele universo tivesse funcionado, mas...comigo essa tentativa não rolou.  Aliás, poucos filmes me deixaram revoltados, com a sensação de ter sido enganado, desrespeitado enquanto fã e cinéfilo como "Prometheus"; pois vi ali apenas um diretor/roteirista que tratou a plateia como ignobil, idiota... Até por isso, não pretendo conferir Covenant no cinema e encher os bolsos já empapuçados do Scott com o meu suado vil metal.     

  8. Impressionante mesmo... se tem uma falha grosseira no conceito do filme é a forma pedestre com que o Lindelof e o Scott abordam questões da fé... Não há nada mais ignorante e anti-fé do que a afirmação chave (e estúpida) sobre esse assunto: "foi o que eu escolhi acreditar"... Please, bitch!

     

    O que me atrai em Prometheus é justamente a ideia de que o xenomorfo é apenas a ponta do iceberg de algo muito maior e com implicações mil. 

     

     E aí, Dook? Tudo bem? Cara, não sei se seu comentário está alicerçado em algum outro que fez aqui ou mesmo lá no tópico de "Prometheus", mas quando comenta sobre a forma como as questões de "fé" (sic) são abordadas no filme... Se refere à "Covenant" ou "Prometheus"? Fiquei confuso...SE for em "Covenant", não posso opinar nada (não vi o filme e nem pretendo). Mas, se for em relação à "Prometheus" poderia (posso) e...bem... Fiquei curioso sobre essa leitura uma vez que não vi NADA que abordasse algum aspecto sobre a fé nesse filme. Além disso, gostaria de te fazer uma pergunta objetiva bem como ler de um breve argumento seu sobre: você gostou de "Prometheus"? 

  9. kkk...ri muito no começo do video

     

     

     

    Huahuahuahuahua...  :lol:  :D  Tô meio sumido daqui (muito, na verdade... :ph34r: ), mas ñ poderia deixar de registrar aqui que tbm ri alto qdo vi esse vídeo do Pablo, Big. E me peguei imaginando: se eu ODIEI Prometheus a ponto de querer ir na bilheteria e pedir meu dinheiro de volta, pra quê perder mais dinheiro e tempo vendo mais essa bosta??... :mellow: Como foi bem colocado aí em cima, Alien foi bom até 97 e acho que poderia (pode?) render algo interessante se o projeto do Bloomkamp fosse (tá indo?) levado adiante. Aguardemos e sigamos o cortejo...  

  10. A Chegada - 5,0/5,0

     

    Simplesmente SEN-SA-CI-O-NAL. Sutileza e inteligência raras e com uma edição primorosa, que traz fluidez e compreensão dos "nós" e do mistério da história no momento certo (discordo do Adler quando ele diz que uma dose de "nolisse" cairia bem para explicar detalhes sobre a relação tempo X linguagem...). Aliás, um dos grandes méritos desse filme é justamente não ter nolisse nenhuma. Não subestima o espectador em momento nenhum.

     

    E tem Amy Adams arrebentando... (Ahhhhhhh... :wub: )

     

    PS 1: será que só eu percebi algum tipo de inspiração lovecraftiana na concepção dos aliens??

     

    PS 2: sutileza é a palavra que define esse filme... Alguém aí reparou no brinco que Louise usa no dia da celebração? ;)  :)  

  11. Star Wars VII - O Despertar da Força 3,5/5,0

     

    Bom filme e nada mais. Resumindo é isso que achei. A constante sensação de déjà vu (principalmente na primeira parte) que impera durante todo o filme conta muitos pontos contra e cansa (rimas e homenagens cairiam bem melhor) e algumas "incoerências"/fatos não mostrados ou citados (que expliquem certas coisas e comportamentos) irritam profundamente, mas no geral (graças, muito em parte à cenas envolvendo o pessoal da "velha guarda") o filme diverte bem e tem tudo pra reiniciar a série galática com tudo.

     

    Destaque pra gradual aparição de Han Solo e Chewie (é interessante/incrível notar como o ator Harrison Ford parece meio estranho e desconfortável em revisitar o personagem e aos poucos vai deixando, deixando e...Voilá!! Eis que temos Han Solo na telona com seus maneirismos, olhares e trejeitos!), pra química bacana entre Rey e Finn e para a construção de persona de Kylo-Ren.

     

    Tecnicamente (entenda-se efeitos especiais) apenas correto. Nada demais. Aliás, a captura de movimentos e a caracterização do tal Líder Supremo Snoke me deixou extremamente decepcionado. Era notório que se tratava de um ser digital. Muito mal feito.

     

    No geral, bom divertimento, mas eu meio que me arrependi de ter visto em sala IMAX, inclusive. Poderia ter sido numa sala de projeção normal ou mesmo esperar passar na TV paga.

     

    "O Império Contra Ataca" continua incólume como o melhor da série, com esse novo à anos luz de distância dele, lá atrás...

  12. Sim. Achei inferior ao Quantum.

     

    Então... Ninguém me chamou na conversa, mas lá vai meu pitaco mesmo assim: achei muito pior que Quantum (que, inclusive, considero um filme subestimado e injustiçado). Aliás, o ponto mesmo é que trata-se de um filme ruim, muito ruim.

  13. 007 Contra Spectre - 2,0/5,0

     

    Achei o filme horroroso. É tão ruim, mas tããão ruim que nem quero perder meu tempo escrevendo muito... (minha namorada dormiu praticamente toda a duração do filme de tão empolgante que ele é).

     

    E cada dia que passa fico mais e mais sem entender o que se passa na cabeça de alguns roteiristas e produtores (quiça de um diretor do nível - teoricamente - do Sam Mendes...).

     

    Enfim...O "plot" é simplesmente ridículo, mentiroso, picareta, sem sentido algum. Constrói passagens e elabora situações de "causa-efeito" que...não tem nada de causa-efeito (mas tentam, com estilo, enfiar garganta abaixo dos espectador)! O negócio é tão mal enjambrado que dá pra perceber pela própria interpretação de Craig (pouco à vontade em muitas cenas...): no automático.

     

    Personagens mal aproveitados, situações estapafúrdias, soluções bisonhas e mal desenvolvidas ( MEIO SPOILER -> alguém peloamordedeus pode me explicar o que foi aquela sequência que rola no trem e seu "desfecho"??!! E a "fuga das instalações da Spectre"????!!!!!!!! :o:huh::blink:).    

     

    Enfim... Uma verdadeira merda de mais de trezentos milhões de doletas!! :ph34r:

     

    Confira por seu risco e azar.

     

    PS: minha nota só não é menor porque a fotografia é boa e tem a diva Mônica Bellucci (num papel simplesmente sem sentido, completamente e absolutamente desperdiçada e perdida no filme).   

  14. The Visit - 3,5/5,0

     

    E não é que depois de cometer barbaridades cinematográficas e de, praticamente, falir (juntamente com os produtores de seus últimos...sei lá... 5 ou 6 filmes?) M. Night Shyamalan roteiriza e dirige um filme de responsa?! Mais ainda: consegue isso adotando como forma narrativa o estilo pra lá de batido do found footage!!!? :o

     

    Pois é, mermão... O cara parece que acertou a mão e se reencontrou.

     

    Saca a sinopse: depois de anos sem contato com os pais, com os quais rompeu totalmente após uma briga ainda muito jovem, mulher decide enviar seus dois rebentos (Becca, a mais velha e Tyler "T-Diamond Stylus", o mais novo) por uma semana prum cafundó do Judas em pleno inverno (enquanto ela sai num cruzeiro com o novo namorado)  para conhecer os avós que, ao que tudo indica, após encontrá-la na internet, parecem interessados numa reaproximação ou ao menos poderem conhecer os netos.

     

    Becca, além da curiosidade de conhecer os avós, decide gravar toda a experiência com o intuito de fazer um documentário e de usar o filme como meio terapêutico para ajudar a mãe a superar esse trauma. 

     

    E lá se vão os pimpolhos conhecer os velhinhos. Tudo bem, tudo legal, mas quando a noite cai, noite após noite as coisas começam a ficar cada vez mais sinistras e pra lá de esquisitas na casa dos avós...

     

    Falar mais seria estragar as surpresas e apreciação do filme.

     

    Acertadamente Shyamalan faz um filme curto (1h34min) e considerando as locações/cenários, investe mais na construção de um clima cada vez mais bizarro e sinistro e nas interpretações do que em gastar fortuna com produção exagerada ou na utilização de efeitos especiais (não há nenhum, na realidade). 

      

    Destaque para todas as interpretações (em especial da atriz Deana Dunnagan que faz a avó) e pra revelação (siiiiiiim!! Tem um twisted point beeeem bolado e inteligente, dá pra acreditar?) que deixa a situação mais CABULOSA e desesperadora...

     

    Não é um filme perfeito (se você parar pra pensar um pouco, algumas situações são "forçadas", pouco verossímeis de acontecer na vida real), mas é honesto, criativo, bem roteirizado e dirigido. E dá medo. Muito medo... (aqui, tem um fator subjetivo muito claro e óbvio na minha experiência com o filme haja vista que passei por coisa parecida quando era pré-adolecente e fui visitar minha tia-avó no interior...).

     

    Vale a conferida e dar mais uma chance pro homem que nos brindou com "O Sexto Sentido" que, aqui, não nos trata como idiotas e faz um bom filme de suspense e terror, inclusive com boas críticas de sites e revistas importantes lá fora.

     

     

    visit_ver2_xlg.jpg

  15. Caras, assisti domingo agora no telecine, e o filme, infelizmente perdeu bastante o brilho.

    Achei mais furos no roteiro, e realmente o arco do Xavier é muito tosco, infelizmente.

     

    Na boa? O tosco desse filme é seu roteiro pífio, mais furado que queijo suíço. Rever pra confirmar isso? No way.  Passo. Péssimo filme  

  16.  Achei uma bobajada do caramba, BALROG. Nem tive vontade de escrever sobre em primeira instância.

     

      Como disse o MOZTS, se BATMAN VS SUPERMAN for mal de bilheteria (o que acho bastante improvável) o maior prejudicado será a Warner/DC mesmo. O papinho apocaliptico pseudo intelectual de que o filme pode enterrar o gênero eu acho uma bobagem sem tamanho. Acho que o gênero já esta bastante consolidado pra que um único filme tenha esse poder todo, mesmo que seja aquele que promova o encontro entre os dois maiores ícones do gênero.

     

    Nossa... As "impressões" desse cara são rasas e principalmente sem fundamento algum. Parece sequer ter lido ou saber da existência de todo um contexto prévio de enredos de HQ's icônicas (Dark Knight, notadamente) e até mesmo da tendência declarada da Warner de criar um universo de histórias de super heróis "mais realistas", mais adultas, se posicionando de maneira bem distinta da Marvel.

     

    Enterrar gênero...?? Coitado. Que bobagem... 

  17. notem que na segunda foto (duvido que tenha sido de propósito), o esquadrão está curtindo o momento, enquanto o pessoal da esquerda....

     

    Ahhh, é impressão sua... O Affleck e o Cavill tão com a cara boa e bem à vontade. Lembrando que um se trata de um filme de "rivalidade" (BvS) e já o outro (SSd), de formação de um grupo e trabalho em equipe. Talvez por isso, pelo fato do elenco ter convivido junto muito tempo, que houve afinidades maiores entre o cast, o que acaba refletindo nesse quê de "tchurma".

     

    De qualquer forma, uma coisa tem me deixado incomodado: por que raios o Jared Leto não aparece NUNCA??!! :huh:   :mellow:

  18. E deu MESMO... 

     

    E deu MESMO... 

     

    Conferido ontem. Onde eu assino, Daniel? Caraleo!! :o  :D  Fui assistir só pra fazer companhia à minha namorada (estava totalmente desanimado) mas... não é que a bagaça é bem feita e divertida? Bem produzido, referências pontuais e bem bacanas, tem ritmo e sequências bem boladas e de tirar o fôlego, até os alívios cômicos são bons (a cena do "quase beijo de despedida" é muito boa). Enfim...Grata surpresa!!

     

    Claro...você tem que abstrair e entrar na suspensão da descrença num nível master em algumas coisas (por exemplo: a Bryce correndo, pulando etc com salto o filme todo é uma coisa...) mas, tirando isso, funciona e tá fazendo sucesso não a toa.

     

    Recomendo! 

  19. MINIONS

     

    Assim como os Pinguins de Madagascar. Os Minions não conseguem protagonizar o filme. Eles funcionam bem em esquetes. Por isso a primeira parte, quando é contada a origem deles, do filme é bem mais divertida. Ainda sim será um bom sessão da tarde e as crianças vão gostar.

     

    Suspeitas confirmadas... Como já imaginava, minha filha ADOROU "Minions" (não curtiu "Divertida Mente"...). Sem ter visto esse último entendi rapidinho o porquê: o filme da Pixar NÃO É um filme para crianças pelo visto. Pelo menos, não para crianças de até uns 10 anos de idade (minha filha tem 6). Já Minions é uma enxurrada de gags protagonizadas pelas "gracinhas amarelas" que querem servir os malvados da vez, mas só conseguem ser desastrados e bonzinhos.

     

    Me diverti com o filme? Marromeno. Ele é bem feitinho (tecnicamente), tem cenas engraçadas, é curtinho e inócuo, mas... Na boa? Tinham que pegar o "roteirista" (cof, cof, cof...) desse projeto e executá-lo em praça pública. Fiquei impressionado com a cara de pau do sujeito e de quem comprou a "ideia". Pelo visto o negócio deve ter rolado tipo assim:

     

    Roteirista: "Então... Tá aí o roteiro." - entregando ao diretor 10 folhas grampeadas...

    Diretor - depois de passar os olhos rapidamente pelo troço... "Você é louco ou o quê??! Isso aqui? Isso é um lixo!! Não serve nem pra limpar a bunda e..."

    Produtor - sem sequer olhar pro roteiro... "Relaxe. Esquece. Faça o filme. Não interessa o roteiro. Já estamos ganhando rios de dinheiro vendendo bonequinhos, figurinhas, copos, mochilas, cadernos, joguinhos e todo tipo de buginganga pras crianças sendo os Minions coadjuvantes. Assim que fizermos deles protagonistas, um filme deles, vamos vender muito mais!! As crianças só querem saber que eles são bunitinhos, fofos e engraçados. Pode fazer o filme com isso aí mesmo.

     

    Voilá!!

     

    OBS 1: na sala tinha mais ADULTOS que crianças!!!!!  :huh:

    OBS 2: 3D ridículo.

     

    minions-image.jpg

  20. Sou fã declarado da Pixar e de alguns de seus filmes e queria ir vê-lo com minha filha (ela tem 6 anos). A mãe dela se antecipou e a levou. Eu, todo empolgado perguntei depois: "E aí, filha? Gostou?" Ela, direta e na simplicidade comum à quase toda criança dessa idade: "Não muito, mas a mamãe, sim."

     

    :huh:

     

    Acredito que pelos conceitos e ideias do filme, crianças até uns 6 ou 8 anos provavelmente não vão gostar tanto assim e devem curtir mais "Minions"... De qualquer forma, o comentário dela só aumentou minha vontade de conferir o filme!          

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