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Forum Cinema em Cena

The Deadman

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Everything posted by The Deadman

  1. Vingadores: Era de Ultron - 3,0/5,0 Sem entrar muito em detalhes achei o filme apenas bom. Ponto. O primeiro é beeeeeem melhor em todos os sentidos. E nesse aqui, não gostei da trama e das lutas... Whedon filma tudo com cortes muito "rápidos" (mal filmado) pois, vááárias cenas, você simplesmente não consegue entender e sequer ver o que está acontecendo. Achei os efeitos de concepção do Hulk péssimos (nada realísta), personagens com poderes incompreensíveis (Ultron e Mercúrio) e tem até um "furo" absurdo em relação à um elemento primordial na trama SPOILER (aquele papinho de Thor "descobrir" que uma das Jóias do Infinito estava no cetro que era de seu irmão chega a ser hilário...). Enfim... Filme completamente inócuo esse, esquecível. Diverte? Sim. Mas só. Não é absolutamente nada memorável (como poderia ter sido, principalmente considerando o vilão Ultron - Spader "salva" o personagem do risível - e a introdução do persoangem Visão - ainda que feita de modo extremamente abrupta). OBS 1: começo a entender os comentários dizendo que Mad Max - Road Fury faz esse filme comer quilômetros e quilômetros de poeira em termos de qualidade fílmica e enquanto blockbuster de ação. OBS 2: e o tal do Mercúrio?... Que desperdício.
  2. Acredito que sou um dos mais velhos que frequentam essa bagaça e, considerando que tive o prazer de conferir os 3 primeiros "Mad Max" no cinema, não vejo como adjetivo exagerado o título de mastermind dado à George Miller. Ele "rascunhou" esse direito fazendo o primeiro filme e sacramentou ser merecedor, realizando "Mad Max 2 -The Road Warrior" um filme de ação vertiginosa, visceral e embasbacante (até agora, disparado o melhor). Pelo trailer não tem como ficar indiferente e não ter altíssimas expectativas... Seja pela volta de Miller, seja pelas figuras de Hardy e Theron, seja pela fotografia e coreografias de ação que, pelo pouco que mostraram, me fez ficar pensando, encafifado: "COMO esse cara filmou isso?? Como ele fez isso??!" Ansioso pracaralho! (achando que periga ficar pau a pau ou mesmo bater Mad Max 2...)
  3. Soto, quase concordamos em todos os pontos... quase. Dou nota 7,5 pra esse aqui. Motivo? O final é completamente WTF, inconclusivo e você fica sem saber O QUÊ É o tal estranho e qual a ligação dele com "The Woman". Enigmático demais pro meu gosto. Ainda assim, é um filme acima da média e o estranhamento da situação, o clima e o gore são suficientes para manter o interesse até o fim. Dou destaque pra sequência de abertura do filme: bela, sinistra e bem feita.
  4. Velozes e Furiosos 7 - 4,0/5,0 Se você, às vezes, curte filmes de ação absurda, cheios de adrenalina, muita porradaria, se lixando se o roteiro faz sentido e tem mais furos que queijo suiço em função da diversão; fique tranquilo: aqui você encontrará tudo isso elevado à sétima potência, literalmente. Tudo isso, tocado pelas atuações canhestramente divertidas e bem à vontade de todo o elenco que compõe la famiglia Toretto. Achou exagerado arrastarem um cofre forte gigante, de aço puro, pelas ruas do Rio de Janeiro? Achou cabulosa a cena de um tanque de guerra andar mais que Porsche numa auto-estrada?! Pensou que nunca mais veria uma cena mais insana e mentirosamente irada como a da perseguição à um avião-cargueiro-feito-de-papelão numa "pista de pouso infinita"??! Nada...!! Isso tudo aqui é fichinha. "Desligue" o cérebro e aproveite!! PS 1: destaque para a participação (infelizmente, sub-aproveitada de Tony Jaa "Ong Bak" no filme, muito devido a morte de Paul Walker durante as filmagens) e de Ronda Rousey numa briga contra Letty - surpreendentemente a mais sangrenta de todo o filme!! PS 2: a cena final (despedida de Toretto ao personagem Brian) se encaixou perfeitamente como despedida-homenagem, singela e bem bolada, ao ator Paul Walker. Emocionante mesmo e muito bem feita. Aliás, a equipe está de parabéns pelo trabalho técnico e de continuidade para "substituirem" o ator durante quase metade do filme e em cenas chave, inclusive, deixando praticamente imperceptível de se notar quando é o ator e quando não é que está em cena.
  5. Rapaz... Quando você comentou desse filme uns tempos atrás (o primeiro), fiquei com uma pulga atrás da orelha à despeito de, ao conferir o trailer, ter me dado uma vontade doida de ver o filme na hora! Resisti e fiquei com preguiça até ontem. Caraleo!!! Que filmaço!! Muito boa dica, Soto! Pega esses filmecos hollywoodianos genéricos e sem graça de suspense e jogam eles no lixo! Se esse aí em cima realmente for tão bom quanto o primeiro (sério mesmo?!) já me incluo na lista dos admiradores e fãs do que parece estar se tornando uma cinessérie de respeito. Espero que o mainstream americano trate o material original com respeito como fizeram com Millenium (refilmagem tão boa quanto o original). Destaque pra fotografia, edição e a química insuspeita entre os atores Nikolaj (Carl) e Fares (Assad). Recomendadíssimo!! Boa, Soto!! Quando conferir esse aí de cima comento aqui...
  6. Não tenho absolutamente nada contra rip-off's "de filmes de James Bond" (até porque James Bond pode ser o precursor e o mais famoso personagem desse sub-gênero, mas definitivamente não é o único...) e quando vi o trailer e percebi quem era o diretor, vi que não iria me desapontar. E estava certo!! Achei o filme insano. Dá uma atualizada pop e inteligente ao gênero, contextualizando de maneira engraçada as situações e a mise en-scène, desconstruindo algumas delas e, principalmente, nunca, nunca se levando à sério em momento algum e sem medo de ser politicamente incorreto (dois aspectos fundamentais para funcionar). Repleto de gags e personagens bacanas, acho que é o melhor do Vaughn até aqui. PS: atente para a interpretação divertidíssima de Samuel Jackson e a cena antológica que rola dentro de uma igreja protestante. Simplesmente inacreditável...
  7. Huahuahuahuahuahuahuahua!!!! Rachando de rir aqui... Tô imaginando uma cena meio gore e bagaceira e esses diálogos. Só você mesmo, Soto, pra conferir essas tranqueiras!!
  8. Não, não... A menção que fiz da franquia "Sobrenatural " aqui foi pelo caráter puro e descaradamente comercial da mesma (ou de Wan como produtor e diretor/roteirista). Essa mania ao meu ver beeeem chata de fazer uma obra que que visa, muitas vezes, apenas o vil metal em função do sucesso de um primeiro filme, tornando a realização cinematográfica mero caça níquel, aproveitando o embalo; sabe como é? Gosto do primeiro "Sobrenatural", já o segundo é pão velho requentado (e vem aí o 3, né? Affff...). Aliás, também curto bastante "Invocação do Mal", tem bons momentos e cenas ali à despeito de achar o final um verdadeiro lixo.
  9. No Tears for The Dead - 4,0/5,0 Eficientíssimo thriller de ação sul-coreano ao estilo "filme de máfia" ou se preferir, de bandido vs bandido, que bebe de fontes variadas seja pelo plot que lembra "The Replacement Killers" com Yun-Fat e a interessante Mira Sorvino lá pelos idos de 98; seja pelo estilo de filmagem da ação crua e violenta ao do recente fenômeno, "The Raid" ou ao ritmo que lembra ora a trilogia Bourne, ora "Drive". Assassino de aluguel comete erro trágico que o deixa abalado devido à um trauma de infância. Isso o faz reavaliar seus atos e decisões, principalmente quando é solicitado para realizar um último serviço à mando da sinistra megaorganização criminosa chinesa, Tríade, para quem trabalha, colocando o frontalmente contra a mesma. Taí aquele filme que à despeito de nem ter um enredo muito original, já começa chutando bundas com uma cena de abertura irada e dramática e que, em menos de 5 minutos de projeção (!!!), te agarra pelo pescoço de jeito e te faz pensar "PQP!!! Agora, fudeu. Essa história vai render...O negocio vai ficar feio daqui pra frente". Dito e feito. Fica. Aliás, não fica: fica bonito pra caralho pois o diretor Jeong-beom Lee filma com classe e sem pressa, salpicando com sangue (muito) e ação crua esse filme que é quase um drama. Compensando a simplicidade do enredo com um roteiro bem amarrado (dá uma aula de estrutura em muitos pseudos-roteiristas yankees) e criativo (algumas soluções e cenas são muito bem boladas) e alternando o ritmo da narrativa com doses cavalares de ação (todas muito bem coreagrafadas e com uma edição de som fodástica) e um drama na medida, temos aqui um excelente filme do gênero que se apoia também na atuação dos personagens principais; com destaque para o protagonista Dong-gun Jang (Gon) (que faz o personagem John "Baba Yaga" Wick parecer uma garotinha) e para seu oponente Brian Tee (Chaoz), ambos com muita presença em cena. Recomendadíssimo!! PS: atente pra cena de luta de Gon na entrada de um apto contra 5 caras... Que beleza!!!
  10. Soto, você é uma figura!!!! E também é uma incógnita em termos de gostos filmícos e das notas que dá à certos filmes... Cara, você deu 8/10 pra um filme do naipe de "Alien Outpost" (que é até surpreendentemente legal, sim, mas... 8??! Sério mesmo?) e super elogiou e recomendou "Steak Land" (nunca vou te perdoar nessa, seu fdp!! rsrs) mas, solta que esse "The Babadook" é "mediano" ??! Caraleo...!! Se um filme desse é mediano o que acha de um Annabelle e Sobrenatural (is) da vida?
  11. The Babadook – 4,5/5,0 Um dos melhores filmes dos últimos anos em todos os sentidos e, definitivamente, o melhor terror em muito tempo nessa seara de Ouija, Sobrenatural 1, 2, 3 (zil!!), Annabelle e found footages e demais bobagens (pelo menos em sua esmagadora maioria, infelizmente). Aqui, temos a conjunção perfeita de um roteiro enxuto, simples e amarrado, direção precisa, elenco foda e uma construção de atmosfera que não tem pressa alguma na sua criação, o que causa desconforto e irritação no começo, mas depois se transforma em terror profundo. A história gira em torno de um garoto “difícil” (Samuel) às vésperas de seu sétimo aniversário e sua mãe viúva, Amelia. Por sua vez, o aniversário do garoto coincide com a data de falecimento do pai, morto numa circunstância tragicamente relacionada à ambos. O garoto, muito criativo e dramático, está naquela fase mega imaginativa e fantasiosa de ver monstros em tudo quanto é lugar e de criar mil situações e aventuras. Uma noite, ele pede a mãe, como de costume, que leia uma história para ele dormir. O problema é que ele pega da estante um livro de nome “Mister Babadook” que a mãe estranha por não se lembrar da existência do mesmo. O ser é uma espécie de variante do bicho papão (na verdade um anagrama de Bad Book) mas, assim que começa a contar a história ela se dá conta que é um conto mais tétrico e perturbador do que imaginava e, portanto, pára de ler para não assustar e alimentar ainda mais a imaginação fértil do filho. Tarde demais... A partir daí, ambos são atormentados pela “presença” maléfica de Mr. Babadook, dia e noite, num crescendo de terror, insanidade e irrealidade onde a diretora estreante, Jennifer Kent, cozinha num “caldeirão preto” (alusão à uma frase do filme relacionada ao conto dos “Três Porquinhos”) uma verdadeira sopa de referências e homenagens que vão do modo de filmar de Polanski em “O Bebê de Rosemary” (construção de cena e fotografia) à estética/construção de personagem; no caso de Amelia, que mescla referências dos personagens de Mia Farrow (no mesmo filme) e de Piper Laurie/Ms. White em “Carrie” (figurino, cabelo, a cena da faca...). Já Samuel, é a junção dos personagens mãe/filho do filme “O Iluminado” de Kubrick (aliás, o ator mirim é muito bom!). Mas, aqui, o diferencial de "The Babadook" é que ele vai bem além das referências, uma vez que possui várias camadas e pode ser visto/interpretado de várias formas. Todas são válidas e funcionam mas, em minha opinião, a mais impactante e bacana é a que vai pelo viés do terror psicológico. Em outras palavras: tudo o que vemos são situações advindas do desmoronamento psíquico e emocional de uma mãe abalada frente à uma esmagadora depressão (o verdadeiro Mr. Babadook) tendo que se virar para cuidar sozinha de um garotinho de comportamento difícil. E aqui, é fundamental para o filme a caracterização e interpretação de Essie Davis que transita de uma fragilidade e apatia “tensa”, dando a impressão e que vai ruir a qualquer momento face aos acontecimentos à um comportamento quase animalesco, mostrando vigor físico e agressividade inesperados e assustadores (dignas de uma Sra White em estado psicótico, com louvor!). Somam-se à essa depressão crônica dois elementos sugeridos, mas que potencializam esse estado: uma dor de dente não tratada (!!!) que não a deixa dormir e estar sempre incomodada e uma sexualidade reprimida (buraco na parede...) que fazem a espiral de loucura só aumentar. E aqui a concepção de Mr. Babadook é genial já que além de ser uma figura fálica per se, mistura vários elementos de cena (alguns óbvios, como o próprio marido e/ou suas roupas e outros não tanto assim; como a figura do Lobo Mau na capa do livro que lê para Samuel no começo do filme bem como a roupa de mágico do próprio, principalmente a cartola...). No fim, assim como acontece em “Take Shelter” (outro belíssimo e ignorado filme, pelo menos comercialmente falando), o desfecho é ambíguo e deixa em aberto o que de fato aconteceu mas mostra que, às vezes, nossos medos e "monstros", mesmo que não possam ser vencidos, podem (e devem) ser colocados no “porão” e com o tratamento correto (amor, cuidado, carinho) podemos ter força para subjugá-los, controlá-los ao menos e termos uma vida normal. Ou quase, já que, estando lá, podem vir à tona vez ou outra para nos assombrar... PS 1: não consegui entender, encaixar as “minhocas” com tudo o que foi mostrado até ali... Baratas faria mais sentido. rs PS 2: a cena do vulto dizendo “Baba... Babadook...! Dook...! Dooooooooooooooook!” é de gelar a espinha e ter pesadelos por semanas!
  12. Poxa, mas... 7,5? Só?! Achei, pelos comentários, que daria um 8,5... fácil, fácil. rs
  13. Whiplash - 4,5/5,0 Vertiginosa e eletrizante saga da busca de um jovem musicista, estudante de bateria jazzística, juntamente com (contra?) seu professor pela perfeição, pelo eventual despertar de uma genialidade adormecida, do insight sublime e que, às vezes, desabrocha sob situações imprevistas e insuspeitas. Ao longo do filme de Chazelle vemos a transformação de Andrew (Miles Teller) de um aluno ingênuo e tímido, meio que auto-indulgente e arrogante; num "monstro", numa pessoa que passa do simples aluno aplicado para o aspirante à gênio obsessivo, quase maníaco e cuja sintonia distorcida (genial) com o professor-carrasco Fletcher (J.K. Simmons, impagável) - cuja persona e modo de agir faz o sargento Hartman de "Nascido Pra Matar" de Kubrick e o médico sarcástico Gregory House da série "House" parecerem franguinhas... - nos leva a vislumbrar e a questionar ideias e valores tais como: qual é o limite pra busca da perfeição? A perfeição existe? Vale tudo para se chegar até lá (sucesso, reconhecimento, perfeição)? Drama que flerta com um quê de quase terror psicológico (que lembra em alguns momentos "Cisne Negro") dada as agruras pelas quais passa o protagonista e às situações a que se sujeita e; de suspense, dada a edição fantástica, compassada metodicamente por trechos de jazz do mais alto nível, o filme extraí sua força mesmo é da dinâmica entre seus protagonistas, cada um melhor (pior) do que o outro numa relação aluno/vítima-mestre/carrasco que assusta e diverte ao mesmo tempo, sendo o grande diferencial dentre os outros dramas oscarizáveis desse ano. Destaque absoluto pra interpretação de Miles Teller que, à despeito de ser discreta, mostra-se calculada e brilhante (perceba as nuances de olhares, boca e postura) fora o fato de que o ator toca bateria PRA CARALHO!! Um filme genial que fala da busca pela perfeição, pela genialidade. Recomendadíssimo!! PS: o grand finale é catártico no mais estrito sentido do termo, tanto para os personagens quanto para a plateia. Há muito não via um final tão voluptuoso e orgástico quanto o desse filme... PQP!!
  14. PREDESTINATION - 3,5/5,0 Filmes e contos de ficção científica que tem como plot viagens no tempo sempre me fascinaram e temos exemplos bem bons como o conto "O Anel" de Alexander Jablokov (Isaac Asimov Magazine nº 1), o romance "A Máquina do Tempo" de Wells ou em filmes como "Los Cronocrímenes" de Nacho Vigalondo e claro, a trilogia "De Volta Pro Futuro" pra citar alguns. Claro, nenhum deles é perfeito (dizem que "Primer" é, mas depois de conferir 2 vezes e me perder mais ainda, desisti...rs) devido aos paradoxos envolvidos, mas até agora não tinha visto nenhum que trabalhasse com o "Paradoxo do Avô" de uma maneira tão bizarra quanto esse aqui que versa sobre a busca implacável de um "agente temporal" a um terrorista ao longo de anos. Aliás, aqui o roteirista pega esse paradoxo e brinca com ele de uma maneira inventiva e rocambolesca, trabalhando elementos estruturais de forma que eleva à quinta potência a complexidade do mesmo acabando por convertê-lo hora na famosa charada filosófica "Quem apareceu primeiro, o ovo ou a galinha?", hora num Oroboros (ou as duas coisas ao mesmo tempo) composto por 4 figuras distintas: uma mulher com dons especiais, um escritor chinfrin, um agente temporal e um misterioso terrorista. O filme tem um ritmo meio esquisito e problemas sérios do que chamo de "lógica motivacional" mas é muito bem produzido e encenado com visível empenho da dupla principal de protagonistas (Ethan Hawke e Sarah Snook que, inclusive, me chamou muito a atenção... Não só pela beleza exótica mas, principalmente, pela interpretação) com uma história que trai de maneira inteligente nossas expectativas e constrói situações absurdas que, ainda que não se sustentem, no mínimo, "fazem sentido" dentro da lógica criada e na/para sucessão dos eventos. Vale a espiada!!
  15. Interestelar - 2,5/5,0 É... como eu temia, não teve jeito: não gostei nada do filme. Sem me estender muito digo que a nota se resume aos aspectos técnicos (efeitos e fotografia, principalmente, embasbacantes) e à construção de certos climas e cenas (a comentada pelo Pablo de que algo não está certo e que traz uma sensação desconfortável da iminência de que algo ruim vai acontecer é phoda, um primor), mas o filme entra em colapso de forma esplendorosa sob a gravidade (inevitável trocadilho) de um didatismo besta e, mais ainda, ao utilizar de soluções que de tão viajadas e, pior, convenientes; chegam ao paroxismo da suspensão da descrença, forçando a barra de forma indesculpável. Não deu pra engolir. Assistam por sua conta e risco e tirem suas conclusões. PS 1: a nota ao começar a escrever era 3,0 mas à medida que fui escrevendo e pensando no filme, caiu. Aliás, taí um filme que quanto mais penso nele, mais desgosto. Uma pena. PS 2: O Grande Truque segue solene e tranquilo como o melhor do Nolan até hoje. Fácil.
  16. Entendi. Bem... vou conferir no cinema porque sou fã do cast e da temática (ficção espacial) mas, considerando o que explanou e o fato de ter achado "Inception" um engodo, acho que não vou curtir muito. Tentarei não ir com pedras nas mãos e pré-disposto a malhar o filme, mas acho que será tarefa difícil... Principalmente se ele for tão "redondamente quadrado" e "justificado" como "Inception" (lembrando das observações do Alexei).
  17. Por curiosidade, uma perguntinha (isso considerando que entendi o que você quis realmente dizer...): o quão bom ou ruim ou, melhor, o quão meritório (ou não) seria ele "pagar o preço de ser Kubrick" na realização desse filme? Além disso, entendo que ao citar que Nolan se tornou refém de si mesmo seja algo... péssimo! Afinal, ser refém remete à ideia de estar numa situação de extremo cerceamento, de limitação completa e isso não me cheira nada bem. Mas, surpreendentemente, sua nota é alta para o filme. Resumindo: fiquei confuso com o que escreveu. PS: esse tópico já não devia ter sido removido para o "Filmes em Cartaz"?
  18. Gustavo, na boa, tô com uma preguiça de desenvolver minha "tese" aqui sobre isso... Me perdoe. Mas, digamos que o Scofa comentou (por alto) exatamente o que penso sobre. Discorrer mais sobre seria "inflar" o próprio assunto, dar visibilidade pra essa temática que julgo rasa, mais-do-mesmo-de-novo-e-mais-um-pouco.
  19. Sou fãzaço do Darin!! Realmente um puta ator! Até hoje, dos poucos (infelizmente) que conferi, o achei estupendo em "Un Cuento Chino"... Aliás, o filme é excelente também!
  20. Então... Acredite, eu até achei "Isolados" legalzim: o plot é interessante mas a realização foi "covarde" e canhestra realmente. Ficou aquém do que poderia render. Isso sem falar na eterna síndrome e compexo de vira-lata dos nossos roteiristas/diretores e produtores que insistem em, todo ano, fazer filmes com temas relacionados à subúrbio ou favela. Tenho ojerija à isso. Desprezo.
  21. Bom... Não é obra prima mas é um filme muito bom e é infinitamente mais Cinema que TUDO que foi produzido em terras Tupiniquins (temos muiiiito que aprender com los hermanos...) nesses 2 últimos anos. E como você disse, "El Más Fuerte" é um primor. Só ele já quase paga o ingresso de tão bem filmado e concebido.
  22. Relatos Selvagens - 4,0/5,0 Colcha de retalhos, melhor, um patchwork de fino acabamento, muito bem arrematado sobre dois temas básicos: o desconhecido/caos acontecendo e a explosão emocional de alguns personagens frente à essa situação. À despeito de versarem sobre personagens distintos e situações distintas que os fazem agir/reagir de forma irracional e explosiva; todas as esquetes tem uma unidade visual que acaba as conectando entre si, soando bem funcional, se sucedendo numa descida (ou escalada?) que começa com cores quase surrealistas de violência e fúria e terminam em tons mais amenos de cinismo e ironia, mas ainda assim, mantendo a pegada, a criatividade e o humor negro (tragicomédia) que mostra o lado "cru" e selvagem de pessoas comuns frente à eventos inesperados. Destaque para a atuação de todos, bem como para a edição e a fotografia. Das histórias, a que mais gostei foi a do Darin, "Bombita", pela identificação imediata com a situação vivida (acontece DIRETO comigo coisas do tipo aqui nesse Brasil de mierda...) e, minha preferida, "O Mais Forte" que tem edição e agilidade narrativa simplesmente brilhantes, dando show em muito "filmão" por aí (tem também o melhor final de todos, uma pérola do humor negro!) Vale a conferida sem a menor sombra de dúvidas!! Um dos mais divertidos e bem feitos do ano!
  23. Vc foi preciso, Soto: isso aqui é exatamente "Carrie" encontra "O Exorcista". Entretanto, não dou uma nota 9,5 porque à despeito da boa sacada do plot, achei a realização meia boca (e não tem nada a ver com o filme ser todo em primeira pessoa) uma vez que a ação demora muito a acontecer e as alucinações/visões envolvendo a mãe da endemoniada me soaram deslocadas e sem sentido uma vez que, para mim, foram inseridas no roteiro como muleta para mostrar cenas de sustos e suspense (afinal o filme é sobre possessão ou sobre fantasma?!). Isso sem falar no final preguiçoso (pra não usar outro termo...). De qualquer maneira, diverte bem e tem uma das cenas de exorcismo mais fodas do cinema ever! (cabuloso o troço... ) Nota 3,5/5,0
  24. Achei esse citado Black Sheep um filme genial e hilário (de onde esses caras tiram essas ideias pelamordedeus...rsrs)!! Depois comento dele aqui.
  25. FESTA NO CÉU - 4,5/5,0 Incrível animação com a assinatura evidente de Guillermo del Toro (aqui como produtor) que à despeito de trazer elementos sombrios (morte, rancor, inveja, medo) como mote e personagens relativamente "pesados" (a própria Morte, por exemplo) para contar uma história arquetípica clássica (a disputa entre dois amigos - Manolo e Joaquim - pelo o amor de uma mulher - Maria) acrescida da Moral da História "de ser quem você é"; traz um roteiro e direção que conseguem leveza, humor, inteligência e sensibilidade, agradando em cheio tanto crianças quanto adultos graças, em muito, em como La Muerte é vista/tratada pelo povo mexicano. Destaque pra agilidade da narrativa (o filme nunca fica "parado" ou chato), cheia de referências e gags bacanas e pro design do longa: um desbunde de criatividade e cor!! Filme lindo de se ver!! Recomendadíssimo!! PS: só não leva nota máxima porque no terceiro ato um personagem é simplesmente ignorado completamente na história e, considerando sua importância, sua ausência me soou sem nexo e quase uma afronta, inclusive como parte da solução para um problema/situação crítico e chave na trama, um verdadeiro cochilo do roteirista.
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