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Forum Cinema em Cena

The Deadman

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Everything posted by The Deadman

  1. Não vi, mas li uma resenha lá do Boca do Inferno que me chamou a atenção e me deixou curioso pra conferir: LAKE MUNGO Alguém aqui já viu ou ouviu falar?
  2. Círculo de Fogo - 4,5/5,0 Filme ducaralho!! Tem falhas (muitas) e "barrigas" narrativas até meio bestas se considerarmos a bagagem de um cara com a sensibilidade e o olhar do Del Toro, um cara que transita com tranquilidade e criatividade pelo universo da fantasia, do sobrenatural e do bizarro, mas... ainda assim, ele consegue permear o filme com uma magia, um quê de Sessão da Tarde (no melhor sentido e sentimento do termo) e uma sensação de calamidade ciclópica que assustam e divertem ao mesmo tempo. Visual e fotografias assombrosas com uma produção de design foda aliados à uma qualidade de imagem e som de deixar, como muitos já disseram, TODOS os blockbusters recentemente lançados (incluindo Wolverine e MoS) prostrados no chão. Pra mim, sem a menor sombra de dúvida, um dos melhores do ano até aqui!! Uma pena não ter IMAx aqui em BH, deve ser um show... Destaque pro uso do "cotovelo foguete", da "espada serra elétrica" (como não vibrar vendo uma história dessas em live action e ir se lembrando das tardes vendo Pirata do Espaço, Ultraman e Ultraseven em programas como o "Clube da Criança" da extinta TV Manchete...) e pra divertida dupla de cientistas. (Querendo ver de novo em 3D... Alguém aqui viu e recomenda? Ou não exatamente...? rs)
  3. The Deadman, on 03 Jul 2013 - 5:20 PM, said: Double ... rs Revi o filme ontem e, realmente, viajei nesse comentário, Angelo. O menino tá lá sim. (Só não me pergunte porquê não o notei da primeira assistida...rs) Mas, definitivamente: que finalzinho borocoxo e anticlimático, heim?! Cruzes!
  4. Taí, Soto! Num é que eu gostei do filme? Fui ver sem expectativa alguma devido à umas críticas que li e pelo que você mesmo comentou aqui e só porque na hora não tinha nada pra fazer no shopping até dar horário em que tinha que resolver uma bagaça... Pra mim, o filme funcionou "quase" totalmente. É um filme catástrofe "zumbi" e por isso, entendo que o foco não é o terror gore e climático, mas sim o aparvalhamento e terror pelo inusitado, pelo inesperado da situação, desesperadora por não saber o que exatamente está acontecendo nem o que fazer ou pra onde correr. Daí, acho que não cabe compará-lo à "V/H/S" ou "No One Lives"... Enfim... Achei muito bem produzido, eficiente e tem cenas de deixar os nervos em frangalhos (como a do caos no trânsito e da entrada na "Ala B"...). PS: o "quase"acima é porque o final desse filme é extremamente bobo, esquemático e "rápido" e simplesmente descarta um personagem sem nenhuma explicação. Spoiler -> Onde foi parar o menino????!!! Grata surpresa numa noite de terça-feira!
  5. Realmente é um filme bem feito e bem perturbador, Soto, mas não daria uma nota tão alta (ou, no caso, melhor dizendo, um 10 redondo) porque uma cena em específico, lá pro finalmente, é completamente desconexa com todo o filme e gratuita SPOILER A SEGUIR -> a cena em que o policial trucidado revive e, zumbizado, ataca a mulher sem quê nem porquê... Que porra foi aquela??! A coisa nesse ponto me soou apelativa, pra preencher buraco... Mas, tirando essa cena "maluca" o filme é mto bom mesmo!
  6. Cold Fish - 4,5/5,0 Como classificar esse filme? Terror? Drama? Complicado... Pra mim, depois de digerir (à duras penas dado o teor, literalmente, indigesto de algumas cenas...) o filme, trata-se mais de um drama melancólico e desalentador com toques do mais puro terror psicológico e gore possível. E tudo isso permeado por um clima doentio de pesadelo, insanidade e maldades extremas. Pacato dono de uma pequena loja de peixes ornamentais se vê, de uma hora pra outra, enredado numa trama de morte, sexo, traição e loucura depois que um empresário "gente boa" do mesmo ramo ajuda sua filha adolescente à não ir pra cadeia por causa de um furto banal num supermercado... Não recomendado para quem gosta do ritmo ágil e acelerado das usuais edições/narrativas ocidentais e hollywoodianas ou pra quem tem estômago fraco já que o diretor não tem pressa alguma de contar a história com requintes gráficos (e corretamente pontuais) e em desenvolver os personagens até chegar no climax (e que climax!!). OBS: a analogia (homenagem óbvia e brilhante) e composição do personagem Syamoto ao de Dustin Hoffman em "Straw Dogs" de Peckinpah (vide poster) é muito bacana e eficiente.
  7. O Mestre - 4,5/5,0 Tipo de filme "em camadas" e que, por conta disso, renderia um texto longo, abordando as nuances da história e dos detalhes (personagens secundários, situações, metáforas...) que transitam ao entorno do cerne do filme (cujo título me soa quase como uma ironia fina e intrigante): Freddie Quell. Resumindo: desconfortável, estranho e fodástico nas interpretações - verdadeiro tour de force de Phoenix, Hoffman e Adams. Aliás, aqui, confirmei minha admiração pelo ator Joaquim Phoenix...Assombroso. Medonho. Insano. Entregue. Phoda. Filme difícil, mas imprescindível.
  8. Notícia veiculada hoje no portal UAI -EM: "O cineasta britânico Sam Mendes anunciou que não vai dirigir o 24º filme da saga James Bond, apesar do sucesso de 'Operação Skyfall', para poder concentrar-se no teatro, em entrevista publicada na revista Empire. Sam Mendes dirigiu a mais recente aventura do agente 007, que se converteu no filme de maior bilheteria do Reino Unido e superou um bilhão de dólares no mundo todo. O longa foi o terceiro filme do espião protagonizado por Daniel Craig - ator cotado para interpretar Bond em mais dois títulos no cinema. "Foi uma decisão muito difícil não aceitar uma oferta tão generosa (dos produtores Michael G. Wilson e Barbara Broccoli) para dirigir o próximo filme de James Bond", afirmou Mendes. "Dirigir Skyfall foi uma das melhores experiências de minha vida profissional, mas tenho outros compromissos, principalmente no teatro - com 'A fantástica fábrica de chocolate' e 'Rei Lear' - nos quais vou me concentrar durante ao menos um ano", explicou." --------------------------------------------------------- Ainda bem...
  9. Legal suas observações, Indiana. É por aí mesmo... Em tempo, acho "Casino Royale", praticamente, perfeito em todos os sentidos e gostei bem de QoS mas, à despeito da "pompa" de "Skyfall"; MEU problema com ele é que vi furos inconcebíveis na história, tipo....preguiça do roteirista mesmo. Coisas simplórias, idiotas, que jogaram o filme num patamar inferior. Realmente o acho um filme divertido. Ponto.
  10. (Ahhh, vendo esse filme aí em cima me lembrei de "comentar" um outro que vi dia desses...) STAKELAND - 1,0/5,0 A nota 1 é por ter mostrado como o tempo é implacável com TODOS (fiquei embasbacado como a Kelly McGillis envelheceu...mal) e pela cena da véia baleada no bombardeio-vampiro (o comentário de um personagem ao estado da véia fez eu e um amigo que assistia o filme chorarmos...DE RIR!!!). PS: Soto, que você queime no Inferno, seu maluco herege (rsrsrs), por ter indicado aqui um filme tão desgraçado de ruim quanto esse Stakeland... PQP!!! Filminho P-É-S-S-I-M-O!!! Assista por sua conta e risco...
  11. The Revenant - 4,5/5,0 Um filme de zumbi onde o protagonista é um morto-vivo (um revenant é diferente...mezzo vampiro, mezzo undead) que volta do além túmulo sem ter a menor ideia do porquê mas com plena consciência (inclusive moral) do seu estado (pelo menos até certo momento...rs), que tem como amigo um vagabundo tresloucado e, lá pelas tantas, descobre que sua viúva-namorada é adepta de necrofilia e que termina numa hecatombe militar-apocalíptica (só insinuada, mas muito bem insinuada) que homenageia "A Volta dos Mortos Vivos" de 85; filmado pelo diretor com evidente carinho pelos clássicos do gênero tendo por base bons e eficientes efeitos não podia dar noutra coisa: um filme genial!! O filme começa quase como uma dramédia trash de terror, avança para a comédia policial nonsense com toques tarantinescos (o discurso do assaltante negão portando uma Magnum 44 numa loja de conveniência justificando porque mata brancos e amarelos é uma pérola...) e culmina numa infestação zumbi, com toques dramáticos (!!!!!) que homenageia "Extermínio", "Dawn of The Dead", "Fome Animal" e o já citado "A Volta dos Mortos Vivos" de 85 e por aí vai... Maquiagem muito boa e eficiente bem como os efeitos que, ao que pude perceber, foram quase todos feitos usando "the old school metod" (animatronics e próteses). A produção, aliás, é toda muito boa. Eu diria até surpreendente... do design de produção bacana à fotografia estilosa. Elenco entrosado e mandando bem, com destaque total pra dupla Bart e Joey. Até o momento, melhor surpresa do ano!! Diversão garantida!!
  12. Alguém que anda por essas bandas do fórum tá sabendo da celeuma criada à respeito dos comentários da cantora Paula Fernandes (ela, ao que tudo indica, é adepta do Espiritismo...) e as reações, principalmente entre as Testemunhas de Jeóva, sobre??! Putz!! Seria hilário se não fosse triste de fato... Fim dos tempos!
  13. Às vezes, dá-me prazer ser herege, mesmo sabendo que queimarei no fogo do Inferno... Lá vai: me diverti muito mais, gostei mais de Quantum of Solace do que Skyfall. Pronto, falei!!
  14. Nossa... Definitivamente, acho que vi outro filme. Skyfall não é pretencioso??!!! Putz... Se fosse, então... Até curti a versão Sam Mendes do mitíco agente mas, pra mim, nada além de diversão "bacaninha". Filme completamente esquecível.
  15. Django Unchained - 4,5/5,0 Simplesmente um filme phoda!! Ok, ok... Tem umas barrigas? Sim. Perde o ritmo em alguns momentos? Também. Mas... Who cares??! Ver a história de um escravo que é salvo por um alemão, numa jornada sangrenta pra salvar seu grande amor que tem nome de uma donzela de uma lenda germânica e "causando" ao redor por ser livre e tratar alguns brancos escrotos como merecem (chicotadas, tiros, ironia, explodidos etc) é catártico. É um deleite ver tantas homenagens e referências ao western spaghetti (o uso do mesmo ator pra fazer dois personagens é genial!!), ao blaxpoitation (Broomhilda von Shaft??? Shaft? kkkk) e ao banho de sangue (Peckimpah ficaria orgulhoso) levado à uma corja de escravocratas sádicos... Isso sem falar nas cenas hilárias (furos no capuz, o "Adeus" a Srta. Lara) e nos diálogos malucos, carregados de ironia mordaz e de conteúdo político afiado. Sendo "engraçado", sem se levar à sério, sendo quase cartunesco, Tarantino enfia o dedo na ferida ou aponta esse mesmo dedo pra cara de uma América que insiste em se fazer de pátria exemplar, terra onde todos são iguais, mas uns são mais iguais que outros (Big Daddy explicando como a little nigger deve tratar Django é exemplar - chupa Spike Lee!!). Enfim... Um dos melhores filmes do ano, fácil! Imperdível. Vá e se divirta a valer!!
  16. O Sapo de Peruca sempre disse que Deus é o de Palma. Enfim...
  17. Como é bom ver ressonância de um pensamento e visão nossa, no caso específico, de uma cena em especial, com um cara que saca tanto de Cinema e de narrativa quanto esse aí embaixo. Filminho vagabundo esse Prometheus! Nossa... -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Tarantino diz que filme Prometheus tem "um monte de coisas estúpidas" O diretor Quentin Tarantino, que lançou recentemente seu western, Django Livre, deu uma opinião pouco elogiosa sobrePrometheus, longa mais recente de Ridley Scott, que estreou nos cinemas em 2012. Em entrevista ao programa Late Late Show, de Craig Ferguson, Tarantino disse: "Por um lado, foi até legal ver este grandioso, sério e épico filme de ficção científica de um diretor como Ridley Scott. No geral a experiência foi bem legal, mas também tem um monte de coisas estúpidas nele". O cineasta deu um exemplo do que ele considerou uma cena "estúpida": "Em um determinado momento eles estão em outro planeta e aí uma cobra do espaço literalmente aparece, abre sua carcaça e o cara encarregado por criaturas espaciais diz: 'Ei, amiguinho! Como vai?' E eu pensei: 'É... uma cobra do espaço!'" Estrelado por Michael Fassbender, Charlize Theron e Noomi Rapace, Prometheus já tem sequência confirmada pela Fox.
  18. Nacka, sem querer polemizar... Só para eu entender o seu raciocínio... Lá no topo desta página, você escreveu: "... para o filme "funcionar sozinho" o diretor teria que dissociar-se por completo do material que deu origem a adaptação." Mas, logo acima, você "defende" a literalidade do diretor para com a obra (logo, NÃO se dissociando do material base - o livro) como um dos motivos do filme...funcionar??! Desculpe, mas viajei aqui. Em tempo: bullshit quem quer que seja "ter" que ler o livro pra gostar e "entender" o filme. Até porque li o livro e justamente por isso, não gostei do filme...Poxa, cara! Isso já foi tão discutido aqui... É a mesma coisa de dizer que pra curtir (ou não) "Os Vingadores" as pessoas tem que conhecer os personagens e tramas dos quadrinhos... E o que tem a ver um filme ser "claramente infantil" com ele vir a ser bom ou ruim, ter bagagem ou enredo que sustente uma trama bem amarrada narrativamente falando do ponto de vista filmíco? Na boa? NADA.
  19. O Hobbit - 2,5/5,0 Tecnicamente irrepreensível, 48 fpm e 3D muito bem vindos e utilizados, direção de arte que chega a ser "chata" de tão detalhista e perfeita, criativa; atores mandando bem, direção idem, mas... Perai??!!! Duas horas e quarenta e nove minutos???????!!!!!!!!!!! Neeeemmmm... Jackson força a barra. Estica cenas de modo COMPLETAMENTE desnecessário (prólogo - voltando à festa do Bilbo já velho (??! Prá quê???), a interminável "apresentação dos anões" - jantar e cantoria chata do caralho!!!, chegada à Valfenda com vários preâmbulos e cenas descartáveis, Radagast mala e pretensamente engraçado...) Isso, além de me irritar, quebrou o ritmo do filme. Para arregaçar com tudo, a atuação de um Mithrandir (ou se preferir, Deus Ex Machina...) quase onipresente e um paradoxo temporal sem explicação alguma (a cena do confronto c/Azog e sua horda no penhasco: começa sob a luz do sol, em instantes já é noite e em seguida; dia de novo???!) me fizeram achar o filme "chato", demorado... Pior: arrastado. Sai da sala certo de que os próximos filmes serão conferidos em casa E SE não tiver mais nenhum outra coisa pra ver/fazer. Peter Jackson errou legal nesse... Não precisava.
  20. Acho "Um Mundo Perfeito" do Clintão triste até o osso!!
  21. O Concerto – 4,5/5,0 Interessantíssima, engraçada e sensível sátira política sobre um sonhador e amargurado faxineiro-maestro da outrora famosa Orquestra de Bolshoi que se aproveita de uma situação para levar à cabo um concerto inacabado de maneira trágica 30 anos atrás, dar o troco e ainda, de quebra, acertar contas com o passado... A óbvia e bem vinda crítica aos desdobramentos das insanidades perpetradas na antiga União Soviética “Brejnevista” e a política segregadora de todos aqueles que eram uma “ameaça” ao Partido e à Causa (principalmente judeus) bem como as consequências na vida das pessoas é feita com criatividade, um humor quase pastelão (mas, no ponto) e com uma sensibilidade espantosa. Elenco impagável e situações idem. Destaque para as cenas surreais da “validação dos passaportes”, do "casamento mafioso", da “invasão russa ao hotel em Paris”, bem como as interpretações de Alexei Guskov (como “O Maestro” Filipov), Dmitri Nazarov (como Sasha) e Mèlanie Laurent (como Anne-Marie Jacquet). Isso tudo sem falar na cena final do concerto no Teatro Châtelet em Paris. De arrepiar... Filme foda.
  22. A Serbian Film - 2,5/5,0 O resultado é falho, mas é nítida a intenção do diretor e do roteirista de conferir seriedade e estofo, principalmente moral, à estória. Sem criar muitas expectativas me propus a conferir o filme sem ficar "na defensiva" pelo que li e ouvi dizer do mesmo e já nos primeiros minutos comprei a ideia e embarquei na espiral de perversão, desilusão, insanidade e morbidez em que Milos, um ator porno aposentado, ícone no meio, acaba por se enredar depois de aceitar por realizar o famoso "last work" (uma proposta aparentemente irrecusável, milionária) de modo a melhorar a situação financeira dele e de sua família. O grande problema do filme é que o discurso da personagem Vukmir (diretor do "filme dentro do filme" e óbvio alter ego do diretor de Srdjan) soa over e, pior, expositivo e além disso, pra fuder de vez, o final com aquela solução deus ex machina joga pra escanteio todo o peso de subversão, de desconstrução moral que o filme, pretensamente, se esforça em mostrar até ali. Pena... De toda forma é um filme razoável, assistível. PS: impressionante como a atriz que faz a esposa do cara é parecida com a "Fênix" Famke Janssen...!!!
  23. X-MEN - FIRST CLASS - 4,0/5,0 Duas palavrinhas: do caralho!!!!!! (Alegre por ter finalmente conferido e triste por ter perdido essa pérola no cinema...)
  24. Nacka, como eu disse, sou fã da série há décadas e JUSTAMENTE por isso, achei o filme um engodo, um filme..."todo errado". Sério. Minha decepção filmíca do ano. Mas, como disse o Scofield, deixa pra lá. Sigamos com o cortejo! Afinal, sempre haverá os que gostam e os que desgostam, aqueles que "entenderam" e os que "não entenderam" um filme...
  25. Um Dia – 2,5/5,0 “Bunitinho” filme romântico com toque moralista e melodramático (principalmente no terço final) que se ancora sobremaneira no talento dos protagonistas, em especial (quase que totalmente, na verdade) no de Anne Hathaway (excelente). Esta, precisa na composição e nuances da personagem. É divertido, distraí, é bem produzido mas... fica no ar um quê de “superficialidade”, de irrealidade das atitudes (ou da falta de algumas), de pensamentos e posturas... 20 anos passam mas, à despeito dos encontros nos dias 15 de julho dos personagens, suas cobranças e expectativas em relação à si mesmos e ao outro me soaram mentirosas, forçadas. Grande parte das nossas vidas é composta de fatos insignificantes, meio que monótonos até, rotineiros mas que, na somatória, acabam se tornando uma “coisa" grande, que molda nosso caráter, nossa conduta, nossa visão de mundo e falta exatamente isso ao filme. Mais precisamente: falta à diretora Lone Sherfig, escapando-lhe de modo perturbador, esse "olhar", a captura desse algo que cresce com o passar dos anos e muda tudo... Durante todo o filme eu me perguntava: “O que essa mulher vê nesse cara??! Por que está agindo assim? O que está “esperando”? PRÁ QUÊ está esperando?!?” Considerando a evolução do personagem essas perguntas vão ficando mais e mais fortes e o que se passa na tela vai ficando cada vez mais e mais irreal, falho, fake, romanticamente infantil, não exatamente pelo que é mostrado, mas justamente no contraponto com a evolução dos personagens (mas...será que evoluíram mesmo?! A cena pueril de ciúmes de Dex e de Ema se trancando no banheiro, indecisa, num dèja vu óbvio do que fez quase 20 anos antes, mostram que talvez, não. Que triste...). Enfim... Tomo emprestadas as palavras do crítico Marcelo Hessel que, em sua crítica ao filme, resumiu o que percebi do mesmo: “... toda a troca de experiências em Um Dia é pautada pela cobrança, o que automaticamente gera frustrações, como um pacto de sangue aberto em uma noite sem sexo. O problema não é viver de metas, o problema é que isso - na forma como o filme apresenta - tira do acúmulo de vivências toda e qualquer relevância. O 15 de julho de Um Dia torna-se o Dia da Marmota de Feitiço do Tempo, reproduzido 20 vezes. Nessas duas décadas de repetições as relações obviamente se maquiavelizam, em nome do que é "necessário"...” (O problema é definir o que é necessário e quem define isso...) Vale a conferida, pelo trabalho dos atores e por ser “bunitinho”, distrair. Mas, se quer algo parecido e beeeem melhor, vá de “Harry e Sally, Feitos Um Para o Outro”. Esse, sim, mata a pau!
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