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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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 Visto O MISTÉRIO DE GRACE

 

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    Na trama, Madeline Matheson (Jordan Ladd) finalmente conseguiu engravidar do marido Michael (Stephen Park) depois de vária tentativas e um aborto. Contra a vontade da família do marido, Madeline decide ter a sua filha de modo natural, através de uma parteira, Patricia (Samantha Ferris). Mesmo depois que um acidente de trânsito mata o seu marido e a criança não nascido, Madeline decide levar a gravidez adiante. Milagrosamente, a bebê volta a vida depois do parto, mas tem fome de algo a mais do que leite, e Madeline fara de tudo para alimentar a sua filha.

 

  Dirigido e escrito por Paul Solet, com base em seu próprio curta metragem, O MISTÉRIO DE GRACE é um drama macabro sobre o lado feio da maternidade. Por mais que Madeline saiba que há algo de terrivelmente errado (e potencialmente perigoso) com o seu bebê, ela nega-se a levar a criança para um hospital, pois sabe que muito provavelmente isso acarretara na perda da filha. A maternidade tem um custo devastador sobre Madeleine, que ao longo da narrativa, vai ficando mais e mais fraca, á medida em que permite que Grace, como ela batiza a criança, se alimente de seu sangue.

 

  Mas Madeleinte não é a unica representação de amor materno destrutivo (e auto destrutivo) dentro do filme. Sua sogra Vivian (Gabrielle Rose) também é uma mãe obsessiva. Desde as suas primeiras cenas, ela mostra-se uma mulher manipuladora, querendo interferir no casamento de seu filho e na gravidez de Madeleinte. Vivian claramente não aceita que o filho cresceu, o que é reforçado pela direção de arte, ao mostrar o quarto de Michael ainda preservando itens infantis. Assim, depois que Michael morre, Vivian acaba assumindo a posição de vilã dentro da trama, já que diante do comportamento estranho da nora (com quem claramente nunca simpatizou) decide tomar a sua neta para si, para assim suprir seus próprios impulsos maternos.

 

  Mas um drama com elementos macabros do que propriamente um suspense de horror (embora tenha sim seus momentos sanguinolentos) O MISTÉRIO DE GRACE vale a conferida, apesar do desfecho apressado demais para o meu gosto.

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Só fazendo um comentário desse filme que vi recentemente:

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A Morte Convida pra Dançar 1980 (tem spoilers e tals...)

 

Esse filme tem um dos assassinos mais incompetentes que há na história dos slashers movies. O cara fica querendo amedrontar as futuras vítimas, ligando pra elas e mandando fotos (delas mesmas - ?????? - não seria melhor mandar foto da menina que morreu no começo do filme, assim, elas saberiam do que se trata...). Mas ele não consegue nem por um minuto fazer isso. Uma das vítimas pensa que o telefonema foi um trote e desliga na cara dele (nenhum assassino da série Pânico não deixaria isso de graça assim e despacharia essa logo de cara) e um outro nem atendeu (o assassino não poderia ter ligado depois, quando o cara estivesse em casa, não?). E as fotos enviadas passam em branco pelas vítimas, que só se perguntam "Quem mandou isso?" sem nem saber o porque daquilo, esquecem e deixam pra lá. Ou seja, quando chega no Baile, as vítimas nem tem conhecimento que estão ameaçadas de morte e vão curtir o Baile como se não houvesse amanhã.

 

Enfim, se o assassino tinha intenção de ser quem nem os assassinos da série Pânico e amedrontar as vítimas antes de matar, ele foi bem FAIL. Nenhuma das vítimas sacou o que ele tava fazendo. Se ele queria ser que nem o Jason, e pegar suas vítimas totalmente desprevenidas, foi FAIL também, porque se a intenção dele era essa, ficou ligando e mandando foto pra quê? Simplesmente matava as pessoas e fim. Ou seja, o filme gastou um tempo nessa do assassino querer amedrontar as vítimas, mas isso não serviu pra nada, só pra passar uma imagem de pateta pro assassino por não ter conseguido passar uma mensagem simples pras futuras vítimas.

 

E duas coisas: 01) Porque ele escolheu o Baile de Formatura pra se vingar? O assassinato da menina no começo do filme NADA tinha a ver com Baile de Formatura. Conexão nenhuma ali. Ele poderia ter escolhido qualquer outra data. Sexta-feira 13, Natal, Halloween, Carnaval, Páscoa, Dia Internacional da Mulher, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia do Índio, Dia da Sogra, 4 de Julho, que não faria diferença nenhuma; 02) E porque demorou esses anos todos pra resolver se vingar? Não sei como ele aguentou tanto tempo e despachou esse povo bem antes. Como ele ficou aguentando por anos a fio, o fato do namorado da irmã ser o mesmo que matou a outra irmã. Sem falar, que uma das melhores amigas dessa irmã também foi uma das responsáveis pela morte da outra irmã. Ele sabendo de tudo, deixou a irmã dele (e ele, por tabela) ficar cercada pelo "assassinos" da outra irmã por um bom tempo, e não falou nada. Ficou aturando isso de graça. Como? Ficou esperando o Baile de Formatura pra que?

 

O remake de 2008, tentou concertar isso, e mostrou melhor o assassino, deixando claro quem ele é e porque tava fazendo aquilo, e ele é mais eficiente no quesito amedrontar as vítimas já que a guria passa o filme todo com medo dele (mesmo quando o assassino aparentemente não tava na área). O problema é que escolheram outro assassino e outros personagens. Deveriam ter usado os mesmos personagens do filme original, e assim passar um rodo na história de forma melhor (os personagens/situações do remake são bem ruinzinhas; os do original são um pouco melhores - se tivessem utilizado eles, o remake poderia ter ficado um filme bem melhor).

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 Boa JAIL. O Ghostface nunca deixaria barato que desligassem na cara dele. A Casey da icônica cena de abertura do clássico de Craven que o diga. O assassino de A MORTE CONVIDA PARA DANÇAR é mesmo uma piada. Não entendo como este filme alcançou a sua fama. Curiosamente eu fui atrás deste filme devido aos elogios do personagem Randy de PÂNICO. Hehehe

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 Visto A MANSÃO DO HOMEM SEM ALMA

 

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   Na trama, Mary e Max Hunter (Rossana Podesta e Georges Riviere) são um casal que acabam de herdar a velha mansão da família de Max no interior da Alemanha, famoso por ter sido palco de horríveis torturas e assassinatos executados por um antepassado de Max. Os crimes fizeram com que o lugar se tornasse um museu de horror, e ao acordar uma noite, Mary se depara com o cadáver de uma mulher preso a uma das maquinas de tortura. Mas para azar da Sra. Hunter, ninguém parece acreditar em sua historia.

 

  Os primeiros anos da década de 60 foram bastante ricos para o cinema de horror italiano, que tinha então Mario Bava como o seu maior representante. Este A MANSÃO DO HOMEM SEM ALMA dirigido por Antonio Margheriti em 1963, a partir do romance de Frank Bogart pega bem o estilo do cinema feito no país durante este período, ao misturar um horror de caráter gótico, lembrando levemente os clássicos da Universal e da Hammer (então em plena atividade) mas inserindo doses maiores de violência gráfica e erotismo (embora o que é visto aqui é bem discreto tendo em vista o que cineastas como o já citado Mario Bava, e Dario Argento, realizariam não muitos anos depois). Além disso, o roteiro escrito pelo diretor com a ajuda de mais dois colaboradores acrescentaria elementos do pós guerra a mistura da trama, citando e mostrando as bizarras experiências conduzidas pelos nazistas não só contra os judeus, mas contra o próprio povo alemão.

 

  Embora a direção de Margheriti seja no máximo correta, o cineasta italiano consegue dar ao seu filme uma atmosfera bastante envolvente. A mansão onde se passa a historia revela-se um local bastante opressivo, tendo todos os elementos clássicos das mansões góticas, com suas passagens secretas, armadilhas ocultas, e empregados misteriosos que sabem mais do que dizem, o que é simbolizado aqui principalmente pelo personagem de Christopher Lee, em uma participação pequena, porem marcante.

 

  Mas isso infelizmente não serve pra segurar o filme, já que a narrativa capenga acaba por incomodar o publico, mesmo com as já previstas concessões. Por exemplo, a historia introduz um agente do FBI (que jurisdição ele tem na Itália?) que só serve pra ser um deux ex machina no climax do filme, papel que podia perfeitamente ter sido desempenhado por um policial local. E por mais que saibamos que em filmes de horror antigos, as mulheres tendem a desmaiar por qualquer coisa, aqui tal recurso é usado de forma abusiva. Em certo momento, o vilão mascarado do filme surge diante de uma mulher (que é colocada nos arredores da mansão sem nenhuma tentativa de explicação já que só esta ali pra ser vítima) e assim que ela vê o assassino, desmaia nos braços dele, só para ser levada para sua câmara de tortura.

 

  Na parte gráfica, o filme é até forte pra época. O cadáver encontrado todo perfurado dentro da chamada "Virgem de Nuremberg", instrumento de tortura do título original e também presente no cartaz é bastante original. E a cena onde o torturador mascarado utiliza uma gaiola de rato modificada para fazer o bichinho roer o rosto da mulher sequestrada citada anteriormente é bem tensa e relativamente gráfica para a época também (ai sim a moça tinha um motivo pra desmaiar, mas não o fez)

 

 No geral, ninguém perde nada por não ver este aqui. Querem ver bons filmes italianos deste período? Então deixem este filme aqui de lado e vão atrás da filmografia do Mario Bava, por que vale a pena.

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Uma das coisas mais interessantes desta área do fórum é que há um olhar diferenciado na maioria das resenhas escritas aqui e nada mais instigante do que a leitura que provoca. Esse texto do Questão me levou quase que de imediato a ver o filme "O Exame". Gostei especialmente por ser tenso, como ele apontou mas sem nada escatológico (que eu definitivamente não gosto), embora esperasse a todo instante que algo muito terrível fosse acontecer e ainda que as coisas não saíssem de acordo com o que imaginei não tirou em absoluto o impacto. Filme milimetricamente construído para te colocar na ponta da cadeira ansioso para que tudo termine. Bravo!.  

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Dead Snow 2: Red vs Dead


Divertida sequencia do bacana original, que nada mais é uma homenagem terrir a "Evil Dead", com muito sangue e visceras voando em meio a muito humor negro. Aqui o filme começa exatamente onde o anterior findou, com nosso heroi dando uma de Ash contra o comandante nazi Herzog. Mas não contava que o alemão agora não apenas é movido pela cobiça e sim pela obediência a seus superiores, ou seja, vai invadir uma cidade norueguesa perto do massacre inicial. Com muito humor e sangue, esta sequencia tem bem mais personagens e procura ampliar a mitologia da franquia, embora a confunda mais com alguns detalhes. Encare o filme como uma versão de "Night of the Creeps" so q com mortos-vivos-com-suástica que vai se divertir de rodo, feito filme B oitentista. O único porém desta fita é a inclusão dum tal Esquadrão Anti-Zumbi que não diz a q veio, a não ser apenas alivio cômico (fácil) nerd dispensavel e não condiz com o resto do humor ácido da fita. A batalha final e a sequencia ao som de "Total Eclipse of the Hearth" são os destaques. Atente pra cena pós-créditos, que deixa clara que esta franquia vai ser mesmo uma trilogia. 9/10


 


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Uma das coisas mais interessantes desta área do fórum é que há um olhar diferenciado na maioria das resenhas escritas aqui e nada mais instigante do que a leitura que provoca. Esse texto do Questão me levou quase que de imediato a ver o filme "O Exame". Gostei especialmente por ser tenso, como ele apontou mas sem nada escatológico (que eu definitivamente não gosto), embora esperasse a todo instante que algo muito terrível fosse acontecer e ainda que as coisas não saíssem de acordo com o que imaginei não tirou em absoluto o impacto. Filme milimetricamente construído para te colocar na ponta da cadeira ansioso para que tudo termine. Bravo!.  

 

qdo assisti esse filme e ate resenhei (pags atras), pensei comigo mesmo....caraio, se tem q ter essa linha de "raciocinio" pra ser admitido naquela "firma" eu nao passava ileso nem no mata-burro do estacionamento dela...kkkkkkkk

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Que bom que a minha resenha te incentivou a ver o filme, NACKA  :)

 

 Visto THE MOORING

 

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    Na trama, um grupo de oito adolescentes viciadas em tecnologia, são entregues aos cuidados de Nancy (Hallie Todd) que as leva para acampar, como uma forma de fazer as garotas aprenderem a interagirem umas com as outras e com o mundo a sua volta sem a dependência de aparelhos eletrônicos. Mas nas montanhas, o grupo acaba encontrando Richard (Thomas Wilson Brown) e Mickey (Brooklyn Tate) um perigoso casal que começa a persegui-las.

 

   O filme de estréia de Glen Withrom supostamente deveria se concentrar em um assunto bastante fascinante, que é a relação doentia que se estabelece entre uma pessoa sequestrada e seu sequestrador. É o que tanto a tagline do filme exposta no cartaz, quanto a cena de abertura vendem. Mas embora o projeto pareça ter nascido dessa ideia, decididamente não é o que aparece no resultado final.

 

  Como já dito, o filme abre com o sequestro de uma menina na floresta, que é arrastada até um barco, e presa dentro de um armário. Dez anos depois, ficamos conhecendo nossas protagonistas. O roteiro escrito literalmente em família pelo diretor com a esposa Hallie Todd e a filha Ivy Withrom dedica quase um terço do filme a estabelecer aquele grupo de garotas, na tentativa de fazer com que o publico se importe com elas no instante em que o perigo chegar. 

 

  A decupagem até é bem pensada para este momento da historia. Gravado com baixo orçamento, a fotografia não tem medo de assumir o estouro de luz, e até um leve granulado, o que esteticamente funciona muito bem, já que a câmera passeia entre as garotas quase como se o publico fizesse parte do grupo. Mas a narrativa não ajuda muito. Por um lado, não posso deixar de exaltar a tentativa de fugir dos tipos, já que nenhuma das garotas se enquadra nisso. Mas elas também não são suficientemente interessantes para que se gastasse tanto tempo as acompanhando, já que chegou um momento em que eu nem sabia qual era qual.

 
  Mas apesar do roteiro e personagens fracos, devo confessar que o diretor Glen Withrom tem uma boa mão para o suspense. A cena em que a asmática Holly (Haille Naccarato) é emboscada pelo psicótico Richard é agoniantemente sádica. E foi um belo toque hitchcockiano por parte do diretor nos revelar através de um plano aéreo que as personagens corriam em direção á um penhasco minutos antes das garotas descobrirem isso. Mas infelizmente, o roteiro esquece de explorar, ou pelo menos se concentrar mais na personagem chave do filme, Mickey.
 
  Não é spoiler dizer que Mickey é a mesma menina que é sequestrada no começo do filme. Mesmo o espectador mais desatento consegue somar um mais um e chegar a essa conclusão. Então ficamos nos perguntando, como aquela menina indefesa que é trancada aos gritos dentro do armário no início do filme se transformou na passiva comparsa de Richard? Não que eu quisesse que o filme se tornasse em uma espécie de estudo de personagem ou algo do gênero, já que dado o contexto, é melhor mesmo que o publico apenas imagine os horrores que a garota passou nos anos em que passou cativa.
 
  Mas durante praticamente todo filme, Mickey fica em segundo plano. Excetuando uma rápida cena entre ela e Richard no barco, que evidencia uma relação de casal (algo que já havia ficado obvio anteriormente) não vemos como ela vê a caçada de Richard aquelas garotas. Não temos nenhum vislumbre se ela sente prazer, remorso ou mera indiferença com aquela situação, já que a decupagem a trata com total indiferença. Pra piorar, o desfecho do filme surge não só previsível, mas também como um anticlimax.
 
  No geral, THE MOORING é um filme que possuía potencial, e tem até umas idéias estéticas interessantes, mas infelizmente acaba resultando em uma obra bem esquecível.
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Beneath


Drama de sobrevivência subterrãneo razoável que bebe (e muito) da fonte do foderoso “Abismo do Medo”, pois a trama é basicamente a mesma. Ela gira em torno dum grupo de mineiros q fica soterrado numa instável mina de carvão, e enqto aguardam resgate sua sanidade aos poucos vai sendo testada ao mesmo tempo em q coisas estranhas comecam a acontecer. O filme é bom, tenso e claustrofóbico dentro de sua proposta. Quiçá o porém da fita seja seu desfecho borocoxô e ambiguo, onde a resposta entre o racional/sobrenatural fica a criterio de quem assiste. Com atuações estereotipadas (e pouco trabalhadas) na medida, eis uma opção enxuta de pipoca-subterrânea-B pra passar tempo sem maior compromisso. 8/10


 


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 Visto ENTERRADO VIVO

 

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  Na trama, Paul Conroy (Ryan Reynolds) é um motorista de caminhão que após ter o seu comboio atacado no Iraque, acorda dentro de um caixão, enterrado vivo. Tendo somente um celular, uma faca, e alguns itens de luz, Paul tenta obter ajuda ligando para as autoridades. O sequestrador também entra em contato com Paul através do celular, exigindo cinco milhões de dólares pela sua libertação. Com o ar ficando cada vez mais escasso, tudo o que o motorista pode fazer é esperar que as palavras dos agentes americanos sejam verdade, e que alguém venha salva-lo.

 

  A ideia de um filme inteiro contado do ponto de vista de uma pessoa enterrada viva é bastante curiosa, e ao mesmo tempo representa um grande desafio para o realizador que se dispõe a contar esta historia. Pois o diretor espanhol Rodrigo Cortés abraça este desafio com vontade, e não deixa o caixão em que o protagonista esta preso em nenhum momento durante os noventa e cinco minutos da projeção. Assim, somente com um personagem visível (dos outros só ouvimos a voz pelo celular) Cortés consegue fazer um suspense competente, que passa voando e prende a atenção até o final. Quanto ao Reynolds, esta longe de ser um grande ator, mas também não prejudica, conseguindo levar bem o filme, tornando convincente o desespero de seu personagem.

 

  O diretor consegue criar o suspense através de vários mecanismos clássicos sem soar clichê. Temos o deadline na trama marcado através da bateria do celular de Paul. Temos o uso do humor negro dentro de situações limites, como Paul sendo posto na velha espera da musiquinha ao ligar para a sua empresa para pedir socorro. E é claro, também cria situações que deixam a condição em que Paul está ainda mais desesperadora, como a tensa sequência envolvendo uma cobra. Mesmo as ferramentas mais simples e primais do cinema do medo são utilizadas pelo diretor, como o silêncio e a escuridão que imperam nos primeiros minutos da narrativa.

 

  Porém, o virtuosismo técnico de Rodrigo Cortés algumas vezes acaba jogando contra o filme. Um dos maiores desafios de contar toda uma narrativa de dentro de um caixão, é manter a logica espacial do cenário. Por isso, não é preciso estar muito atento para perceber que o caixão muda constantemente de tamanho, o que é escancarado em um longo plongée, que nos dá a sensação de que Paul não esta preso em um caixão, mas sim em um buraco de madeira.

 

  O roteiro escrito por Chris Sparling tenta politizar a trama, citando as condições miseráveis em que o povo iraquiano foi deixado após a invasão americana, assim como faz comentários a respeito da ganancia e frieza das grandes corporações. Mas infelizmente não é nada sutil ao fazer isso, criando situações óbvias, e até absurdas, pra passar a tal mensagem politica.

 

 No geral, ENTERRADO VIVO é um bom filme, e vale a conferida. Mas não é nenhuma Brastemp.

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Beneath

Drama de sobrevivência subterrãneo razoável que bebe (e muito) da fonte do foderoso “Abismo do Medo”, pois a trama é basicamente a mesma. Ela gira em torno dum grupo de mineiros q fica soterrado numa instável mina de carvão, e enqto aguardam resgate sua sanidade aos poucos vai sendo testada ao mesmo tempo em q coisas estranhas comecam a acontecer. O filme é bom, tenso e claustrofóbico dentro de sua proposta. Quiçá o porém da fita seja seu desfecho borocoxô e ambiguo, onde a resposta entre o racional/sobrenatural fica a criterio de quem assiste. Com atuações estereotipadas (e pouco trabalhadas) na medida, eis uma opção enxuta de pipoca-subterrânea-B pra passar tempo sem maior compromisso. 8/10

 

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Pela premissa e pelo gosto do Soto já que, normalmente, nossos gostos filmícos combinam (não me equeço da bomba "Stake Land"...) decidi conferir mas, nesse aqui, achei muito uma nota 8 em 10... Dou no máximo um 6, já que achei beeeeem mediano e, se o cenário é bem explorado, bem como a claustrofobia per se; o mesmo não se pode dizer do elenco e pelo rumo (na verdade, falta de) já que não se decide se os eventos tem raízes sobrenaturais ou não e da conclusão, como foi bem colocada, borocoxô. 

 

Prum Domingo chuvoso e sem nada pra fazer, vale a conferida mas meia hora depois você já se esqueceu do que viu...

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Lord of Tears 
Horror escocês esquisitão e bem inspirado nos contos de Lovercraft e Slender. Aqui temos o batido tema do cara que herda mansão amaldiçoada, onde terá q enfrentar seus fantasmas, reais e imaginários. Assumidamente produzida com orçamento paupérrimo, a pelicula impressiona mais pelo clima opressivo e sombrio q seu bom roteiro destila, como tb pelo seu curioso “monstro”: o ser antropomórfico do poster abaixo q não deve nada aos cenobitas de “Hellraiser”. Contudo, o mesmo não se pode afirmar da execução, principalmente as atuações (bem ruinzinhas) e pobreza técnica em varios quesitos. Apesar dos defeitos óbvios, a fita merece visita por ser diferente, quase experimental, além de figurar como uma singela homenagem ao terror gótico clássico ao manter seu “segredo misterioso” até o final. 8/10

 

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Evil Aliens

Terrir scy-fy inglês engraçadinho que segue a mesma cartilha do bacana “Doghouse”, só que ao invés de zumbis são Ets. Nesta produção B de baixo orçamento, que flerta até com “Arquivo X”, temos uma equipe de TV sensacionalista indo filmar matéria sobre suposta caipira “estuprada por Et”, e termina se envolvendo com os dito cujos q, sedentos de sangue, são cópias do “Predador” só que usando roupas ridiculas. Efeitos toscos, atuações caricatas, trama absurda, enfim..trash total. Ah, e muito humor nonsense com bastante gore. Se espera uma comédia refinada e inteligente besutada de sangue, passe longe. Cena a destacar de longe é a do sexo do nerd com a “Etéia”, e tds envolvendo o hilário bichinha da equipe. 8/10

 

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 Visto ACONTECEU PERTO DA SUA CASA

 

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   Found footage francês, que antecedeu filmes como A SOMBRA DO VAMPIRO e BEHIND THE MASK, ao mostrar uma equipe de filmagens acompanhando o dia a dia de um serial killer para um documentário. A película rodada em preto e branco, parece tentar emular um pouco a estética da Nouvelle Vague ao apresentar em momentos pontuais características de montagem típicas daquele movimento. Em um exercício de metalinguagem, o próprio diretor do filme interpreta o diretor do documentário estrelado pelo assassino, diretor esse que acaba se revelando tão monstruoso quanto o maníaco que segue com a sua câmera.

 

  Contando com uma violência crua, e doses bem colocadas de humor negro, é um filme interessante, que cumpre  a sua proposta, embora acabe se perdendo nos minutos finais, ao correr demais com a história.

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 Visto MOTHER'S DAY

 

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   Remake de um filme oitentista (que não vi), este MOTHER'S DAY lançado por aqui com tradução que nem vale a pena comentar, revela-se um bom thriller de invasão domiciliar, com Rebecca De Mornay vivendo a temida mãe de um grupo de irmãos criminosos. Mostrando que não perdeu o jeito para interpretar psicopatas desde A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO, Rebecca domina todas as cenas de que participa como a matriarca da família Koffin, que sem perder o seu jeito tranquilo e tenro, conduz torturas físicas e psicológicas aos novos moradores de sua antiga casa, e nos amigos deles que lá jantavam.

 

  O roteiro é interessante por dar certa ambiguidade moral a quase todos os personagens, conseguindo nos deixar na duvida quase até o final sobre quem vai sobreviver ou não aquela noite. A direção de Darren Lynn Bousman, responsável por três filmes da franquia JOGOS MORTAIS não se destaca, mas também não compromete. No geral, vale a pena conferir MOTHER'S DAY, está longe de ser um grande filme do gênero, mas vale a visita pra ver mais uma vez Rebecca De Mornay no papel de uma assassina fria. 

 

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 Visto O ASSASSINO EM MIM

 

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   Na trama, Lou Ford (Casey Affleck) é o assistente do Xerife de uma pequena cidade do Texas. que ao conhecer a prostituta Joyce Lakeland (Jessica Alba) vê instintos altamente destrutivos despertarem dentro de si, O que conduz o aparentemente inocente homem da lei para dentro de uma espiral de violência e intriga, que envolvem desde sua namorada Amy Stanton (Kate Hudson) até Chester Conway (Ned Beatty), o homem mais poderoso da cidade.

 

  O ASSASSINO EM MIM é um interessante thriller, que tenta desnudar o funcionamento da mente de um psicopata, sem com isso tornar a historia didática. Narrado em Off pelo protagonista, o filme coloca o publico numa situação de quase cumplicidade com o vilão vivido por Affleck.  As ações de Lou Ford parecem ser guiadas pelo puro mal, e é interessante que a narrativa apenas sugira as origens da natureza diabólica do protagonista, deixando que o espectador tire as suas próprias conclusões.

 

  Lembrando levemente o pequeno clássico HENRY: RETRATO DE UM ASSASSINO, este O ASSASSINO EM MIM vale a conferida pelo bom desempenho do protagonista e pela narrativa instigante.

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 Concordo que a nova versão de THE LAST HOUSE ON THE LEFT seja superior ao original, mas tenho minhas duvidas quanto a QUADRILHA DE SÁDICOS e VIAGEM MALDITA. O filme do Aja é bem mais impactante e atmosférico. Por outro lado, o original do Craven tem um roteiro bem mais redondinho, e um final bem mais sombrio. Não consigo apontar qual é a melhor.

 

 Outros remakes recentes que não apenas não fizeram feio, mas conseguiram como bônus superar a versão original na minha opinião são O MANÍACO e A EPIDEMIA, remake de O EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO.

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 Visto STAKE LAND

 

 

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   Na trama, em um mundo em que uma doença transformou grande parte da humanidade em vampiros irracionais, Martin (Connor Paolo) é um jovem orfão que após ser salvo pelo caçador de vampiros conhecido simplesmente como Mister (Nick Damici) torna-se o seu aprendiz, e viaja junto com ele para uma região conhecida como "O novo Eden", que supostamente seria livre da presença de vampiros. Ao longo da jornada, a dupla ganha a companhia de uma freira (Kelly McGillis) e de uma moça gravida (Danielle Harris).

 

  STAKE LAND é o típico filme de apocalipse zumbi (neste caso vampírico) que retrata um grupo de sobreviventes tentando chegar a uma espécie de terra prometida. Sem problema em usar uma narrativa convencional, mas o problema do filme é que ele não oferece nada em troca. Os personagens são pouco carismáticos, e ao invés de sentirmos que eles estão realmente se tornando uma família, tudo nos eé entregue mastigado, pela intrusiva narração em off de Martin, que atravessa o filme todo. As cenas de ação e gore também são bem fraquinhas. O filme até tem algumas boas idéias, como a de inserir uma seita religiosa, que usa o apocalipse vampírico para tentar instaurar uma espécie de regime nazista, mas a boa ideia não é bem aproveitada.

 

  No geral, um filme bem mediano. Esperava mais do cara que entregou o excelente SOMOS O QUE SOMOS.

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 Visto NIGHT OF THE EAGLE

 

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  Na trama, Norman Taylor (Peter Wyngarde) é um bem sucedido professor de sociologia, que tem como base de suas aulas a desmitificação da crença no sobrenatural através da lógica. Certo dia, Norman descobre que sua esposa Tansy (Janet Blair) é praticante de bruxaria. O prof. Taylor então obriga a sua esposa a queimar todos os seus amuletos de proteção; A partir de então, coisas misteriosas começam a acontecer, testando a fé de Norman na lógica.

 

 Lançado no começo da década de 60, NIGHT OF THE EAGLE resgata um tipo de horror que andava em baixa na época, onde a presença do sobrenatural é muito mais sugerida do que afirmada de fato. Lembrando muito os filmes produzidos por Val Lewton na década de 40, especialmente o clássico A MORTA VIVA, este NIGHT OF THE EAGLE lida com um lado quase trivial da bruxaria, usando o minimo de efeitos especiais, e fugindo de clichês narrativos que liguem a bruxaria ao satanismo.

 

  Talvez a maior virtude deste trabalho de Sidney Hayers seja colocar o publico no mesmo barco do protagonista. Assim como Norman, não podemos deixar de considerar a possibilidade de que as crenças de Tansy sejam reais, já que a vida do professor começa a desandar logo depois de ele queimar os amuletos de proteção da esposa, começando por uma acusação de estupro de uma aluna apaixonada. Mas mesmo quando abre espaço para o fantástico escancarado, como nos quinze minutos finais, o roteiro deixa brechas para que o publico encaixe se quiser, uma explicação lógica para o que acabou de ver, gerando a possibilidade de rejeição ao sobrenatural.

 

  Enfim, vale a pena conferir este pouco conhecido thriller sessentista, que discorre de maneira interessante sobre o poder da crença, e as possibilidades de tais crenças serem reais.

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