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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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 Visto OS CRIMES DO MUSEU

 

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  Este filme de 1933 foi a primeira das três versões da história sobre um escultor que após ficar deformado, enlouquece e passa a assassinar pessoas, transformando-as em estatuas de cera em seu museu. Aqui temos Lionel Atwill fazendo o escultor psicótico. Ele até consegue fazer um bom tranalho, mas bem longe do que Vincent Price fez com o mesmo personagem na 2ª versão em 53. O filme envelheceu bastante, e quase nada do suspense e horror que quer passar sobreviveram, sendo a versão original da história justamente a mais fraca. Por outro lado, Florence Dempsey revela-se uma protagonista bastante carismática e divertida. Vivendo a clássica jornalista desesperada por uma história, sua interprete parece encarar o filme quase como uma comédia de horror. O filme é muito melhor quando ela esta em cena, mas por outro lado, justamente a protagonista destoa do resto do filme. A década de 30 está cheio de bons filmes de horror que merecem ser conhecidos, mas OS CRIMES DO MUSEU não é um deles. Como curiosidade, destaque para a presença de Fay Wray, a mocinha do KING KONG original.

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 Visto O MANÍACO

 

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 Apesar do título idêntico, este thriller sessentista da Hammer não tem nada a ver com o filme de 1980, e nem com o seu remake estrelado por ElIjah Wood. O filme acompanha um pintor americano (Karwin Mathews) que chega a uma pequena cidade no sertão francês, que não perde tempo e já se envolve tanto com Eve, a dona da pensão onde esta hospedado (Nadia Gray) quanto com a sua enteada Annette ( Lililane Brousse). O problema é que quatro anos antes, o pai de Annette foi enviado para um sanatório judicial por matar o estuprador da filha com um maçarico.

 

 Toda a primeira metade do filme é construída em cima da tensão sexual formada pelo triangulo amoroso citado. As coisas se tornam mais perigosas, quando Eve visita o marido no sanatório, e recebe a proposta de deixar o casal em paz e desaparecer se eles o ajudarem a escapar. Há boas idéias no roteiro de O MANÍACO, mas as reviravoltas acabam soando por demais forçada. Além disso, a direção do filme é bem fraquinha, não sabendo dar força aos momentos mais dramáticos do filme, como aqueles onde estão as citadas reviravoltas, ou momentos de maior tensão, como aquele em que o protagonista encontra um corpo em seu carro. Em resumo, O MANÍACO é o thriller mais fraquinho da Hammer que assisti até então. Não chega a ser ruim, mas pra bom não serve.

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 Visto OPEN WINDOWS

 

 

 

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   Na trama, Nick Chambers (Elijah Wood) é o fã numero um da atriz de cinema Jill Goddard (Sasha Grey). Ele ganha um concurso que lhe permite jantar com a sua musa, mas na noite marcada, enquanto espera no hotel, Nick recebe uma chamada online de um homem misterioso chamado Chord, que lhe diz que o jantar foi cancelado pela própria Jill. Chord oferece a Nick uma visão unica da atriz, que nenhum outro fã já teve. Mas Nick pode perceber tarde demais que é apenas um peão em um plano muito mais elaborado e sádico traçado por Chord.

 

 Filmado em grande parte usando apenas webcams, câmeras de segurança e Handcams, OPEN WINDOWS é habilidoso ao usar a linguagem que escolheu não como mero exibicionismo estético, mas sim para servir a história que se propôs a contar. O roteiro faz uma crítica ao culto das celebridades, criticando a postura de fãs que tomam esses artistas, que também são gente, como sua propriedade (vide as fotos vazadas de Jennifer Lawrence recentemente) da mesma forma em que explora o fardo que essas pessoas enfrentam ao terem suas vidas tornadas publicas em nome de sua profissão, sendo que cada decisão sobre vida pessoal deve passar por um exército de agentes publicitários.

 

  Funcionando muito bem como um frenético techno thriller de horror, e com atuações decentes da dupla principal, OPEN WINDOWS ainda guarda uma reviravolta bem interessante em seus minutos finais, que pode ser difícil de engolir, pois poderia ter sido um pouquinho melhor trabalhada pelo roteiro. Mas não tira o mérito do conjunto da obra. Leva a minha recomendação.

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 Para este halloween, resolvi conferir LET'S SCARE JESSICA TO DEATH

 

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   Na trama, Jessica (Zohra Lampert) é liberada de um hospício onde estava devido a problemas de esquizofrenia. Ela viaja com o marido Duncan (Barton Heyman) e o amigo, Woody (Kevin O'Connor) para uma pequena cidade, onde compram uma casa de campo., Eles acabam encontrando Emily (Mariclare Costello) uma garota que estava vivendo na casa vazia. O trio fica amigo da moça, mas a medida em que os dias passam, Jessica começa a sofrer visões horríveis de uma mulher de branco que a espreita do lago ou seria a mente de Jessica começando a se deteriorar novamente?

 

  Bem interessante este obscuro horror setentista, que desafia o espectador a tentar desvendar quando e se Jessica esta alucinando. A primeira imagem que vemos em LET'S SCARE JESSICA TO DEATH é a turva silhueta da protagonista em um barco envolto pela névoa matutina, enquanto ouvimos em Of ela confessar já não sabe mais a diferença entre delírio e realidade E é essa a sensação que o filme pretende nos passar, ao contar praticamente toda a história do ponto de vista de Jessica. Por mais que ela se esforce pra parecer normal, social e integrada, é nos revelado através de constantes Off que ela está muito longe de estar curada, já que antes mesmo do primeiro suposto evento sobrenatural acontecer, Jessica já esta mandando as vozes em sua cabeça se calarem. Mas tudo isso em Off, enquanto sorri para os seus amigos, uma forma bem pouco usual de representar a "vítima louca" de filme de terror.

 

  O filme também possui uma bela fotografia, que ressalta a beleza do lugar, ao mesmo tempo em que lhe dá um ar estranhamente onírico, reforçando a sensação de que tudo aquilo pode ser um sonho (ou pesadelo) da personagem título. No resumo, LET'S SCARE JESSICA TO DEATH vale a conferida, por mexer com as noções do público sobre delírio e realidade. Vale a conferida.

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 Visto THE TOWN THAT DREADED SUNDOWN

 

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  Na trama, Jami (Addison Timlin) é uma jovem que vive na pequena cidade de Texarkana. No dia das bruxas, após sair de uma sessão de THE TOWN THAT DREADED SUNDOWN de 76, filme inspirado em crimes que ocorreram na cidade durante a década de 40, Jami e o namorado são atacados por um assassino que se veste como o assassino do filme, e usa métodos tanto do assassino fictício, quanto do assassino real. O maníaco mata o namorado de Jami, mas poupa a vida dela, lhe alertando que ela deve fazer a cidade se lembrar das injustiças cometidas contra "Mary", do contrario, ele continuara matando.

 

  Meta remake era algo que eu ainda não havia visto. O roteiro incorpora o filme original (que não vi) na trama do filme, dando-lhe um papel importante. Conceitualmente uma ideia muito interessante. Em sua metade inicial, o filme de estréia de Alfonso Gomes Rejon, mais conhecido por dirigir episódios de AMERICAN HORROR STORY funcionam muito bem, aproveitando bem a proposta, mas a medida em que se aproxima do desfecho, vai se perdendo, entregando uma conclusão apressada e meia boca.

 

 O filme abre evocando o estilo documental de clássicos como O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, ao relembrar os crimes reais ocorridos em 1946, e depois o filme baseado em tais crimes lançado em 76. Somos então levados a um drive-in que no Halloween está exibindo o filme original. Isso evoca um bem vindo tom de nostalgia, mas esse tom documental acaba se perdendo ao longo do filme, servindo apenas para situar a data e o local onde os personagens estão através da legenda branca no canto da tela.

 

 Por outro lado o filme é competente ao mostrar como a presença de um novo assassino aterroriza a cidade, mostrando longos planos das ruas vazias enquanto o sol se põe. Outro aspecto curioso do filme é como a comunidade religiosa da cidade reage a nova onda de assassinatos, já que se por um lado condena a existência do filme de 76 como "um Filme sem Deus" por explorar os crimes de 46, por outro lado, a própria igreja parece usar o medo da população para aumentar o seu numero de fiéis.

 

 Ao fim deste remake de THE TOWN THAT DREADED SUNDOWN fica-se com a impressão que é um filme cheio de boas idéias e boas intenções. Mas que não consegue explorar o máximo de nenhuma delas.

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   Visto PUMPKINHEAD

 

 

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  Na trama, Ed Harley (Lance Heriksen) é um fazendeiro viúvo, que perde o filho depois que um motoqueiro da cidade atropela o menino e foge. Cego de raiva, Ed procura a ajuda de uma bruxa (Florence Schauffer) para que ela conjure uma criatura demoníaca que ele viu na infância, e que segundo a lenda, faz justiça para aqueles que foram mortalmente injustiçados. A velha bruxa concorda em ajudar, mas ao libertar a diabólica criatura, Ed percebe tarde demais que condenou não só a si mesmo, mas o motociclista e seus amigos a um destino terrível.

 

  Bem bom esse horror oitentista estrelado pelo ícone do gênero Lance Herikson. Simples em sua proposta, PUMPKINHEAD mistura elementos do slasher, ao colocar um grupo de jovens que decide passar o fim de semana em uma cabana na floresta na mira do personagem título, com toques de contos de fada macabro, ao usar o arquétipo clássico da velha bruxa que vive em uma casa caindo aos pedaços na floresta, e ainda acrescenta a mistura toques do horror gótico popularizado pelos clássicos da Universal ao usar cenários como cemitérios e igrejas em ruínas, tomados por uma névoa quase sobrenatural.

 

  Não há muito o que falar sobre o núcleo jovem. Um problema do filme é que é muito fácil perceber quais jovens vão sobreviver a fúria assassina do monstro e quais não vão. Basicamente, quanto mais ajustada a bussola moral, maior a chance de sobrevivência. Mas diferente de filmes como HALLOWEEN e SEXTA FEIRA 13 por exemplo, não tem nada a ver com sexo. E pode ser usado no roteiro o já mencionado caráter de conto de fada macabro da história.

 

 Por outro lado, Lance Heriksen faz um papel admirável  como pai de luto, que acaba se tornando um anti herói trágico. Sua reação em busca de vingança é imediata. Totalmente guiado pela raiva, o fazendeiro nem sabe qual dos jovens atropelou o seu filho, e justamente por isso Pumpkinhead está disposto a eliminar todos eles. Mas assim que percebe a brutalidade com que o monstro atua, devido a visões que passa a ter, Ed percebe imediatamente que sua vingança é mais desumana do que aquilo que fizeram a ele, e passa a tentar deter a criatura. Heriksen faz um excelente trabalho ao mostrar que não sente simpatia nenhuma pelas pessoas que está tentando salvar, mas faz mesmo assim por que acredita ser o certo.

 

  Embora o momento do "nascimento" do Pumpkinhead na casa da bruxa seja digno de aplausos, e a própria criatura seja muito bem feita, lembrando um pouco até o design do Alien do filme homônimo (embora longe de ser tão genial) , senti que um pouquinho mais de gore faria bem ao filme. Não que o filme não saiba construir atmosfera, pois sabe. Mas excetuando uma cena ou outra (como aquela em que uma jovem tem o rosto esfregado contra a janela até esta quebrar) a brutalidade do monstro é muito entrecordada e pouco impactante.

 

 Mas no geral, vale a pena conferir o filme. Uma mistura de slasher e conto de fadas macabro, com um protagonista bem humano vivido por um ícone do gênero. 

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Exists

Found footage legalzinho q tb se vale da temática do pé-grande, como o igualmente bacana "Willow Creek" e o ruinzinho "The Last Coas Tapes". Aqui temos a batida estoria de grupo de jovens q vai numa cabana na floresta e, do nada, e se vê acossado por um violento primata peludo. Eduardo Sanchez aprimorou seu know-how de cinema em primeira pessoa desde seu "Bruxa de Blair" fazendo um filme tenso e q mantém o interesse. Contudo, os estereótipos de seus personagens e a certa previsibilidade do roteiro depõem a favor. Com orçamento merreca, surpreende q a criatura seja a melhor feita dos filmes citados, q redunda no seu final meio borocoxô. Acima da média, com ressalvas. 8/10

 

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V/H/S Viral

Terceira encomenda desta bem-vinda franquia de antologia de curtas de terror em primeira pessoa. Inferior as duas anteriores, desta vez acredito q apenas duas estorias sejam mais razoáveis, mas tds elas estão unidas por uma violenta(e confusa) perseguição policial pela cidade com vários desdobramentos. Começa pela estória do mágico q vende a alma ao demo pra ter sucesso no show bussines, q achei a melhor de tds e daria pano suficiente prum longa; a segunda é interessante ao mostrar um inventor q adentra num universo paralelo q aparentemente é igual ao dele, mas q se mostra bem mais macabro; e a dos skatistas rebeldes q vão praticar manobras numa pista onde ocorre um culto satânico achei estilosa e enjoada demais. Resumindo, é o mais fraco de tds, mas ainda assim perfeitamente assistivel. 7,5/10

 

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 Visto KRISTY

 

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   Na trama, Justine (Haley Bennett) é uma jovem estudante, que durante o feriado de ação de graças acaba ficando sozinha no campus de sua universidade. Mas quando um grupo de assassinos liderados pela misteriosa Violet (Ashley Greene) invade o campus decidida a matar Justine, e chamando-a insistentemente de Kristy, a moça deve encontrar forças pra sobreviver a noite, antes que ela se torne mais uma "Kristy" na longa lista de vítimas de Violet e sua quadrilha.

 

  A trama de KRISTY é extremamente simples. Uma pessoa é escolhida aleatoriamente por um grupo de assassinos pra participar de um mortal jogo de gato e rato simplesmente por estar no lugar errado e na hora errada, sem maiores explicações. Isso já foi visto desde clássicos como ENCURRALADO e A MORTE PEDE CARONA até filmes mais recentes, como VIOLÊNCIA GRATUITA e OS ESTRANHOS. Justine não se torna uma vítima por um pecado passado ou coisa que o valha. Ela se torna uma vítima por que esbarrou na pessoa errada na rua. Isso ajuda o publico a se identificar com a personagem, e embora esteja longe de ser um poço de carisma, Haley Bennett consegue sustentar essa identificação e preocupação que a protagonista gera no publico.

 

  De fato, parte do roteiro do roteiro do filme parece tentar versar sobre como as vítimas são aleatórias aos olhos dos assassinos. Por isso todas são chamadas de Kristy. No momento em que Violet, retratada de forma competente por Ashley Greene como uma emo homicida, decide que Justine é uma boa vítima, ela deixa de ser uma pessoa (Justine) para se tornar uma presa (Kristy). Uma visão direta e objetiva da visão dos assassinos em série, embora o filme não se aprofunde muito nisso, até por que o objetivo não é esse.

 

  KRISTY poderia facilmente ter se tornado um produto decepcionantemente genérico, mas o diretor parece entender o material que tem nas mãos, e consegue tornar aquele plot que já vimos várias vezes em outros filmes interessante e magnético até a sua conclusão. Quando vemos Justine pela primeira vez, é num campus ensolarado, onde vemos uma garota simpática, com um namorado e cheio de amigos. O diretor e a montagem são competentes nestes minutos iniciais em nos dar um panorama geral da vida da garota, sem sentir a necessidade de criar uma grande tragédia do passado ou algo que o valha, armadilha que muitos thrillers caem. Depois destes minutos iniciais, quando Justine e mais três funcionários tornam-se os únicos presentes no campus, o diretor faz questão de ressaltar isso com panorâmicas que ressaltam o isolamento da protagonista, que transita entre a melancolia da solidão, e a euforia de ter um campus todo só para ela.

 

  Mas depois de seu infeliz encontro com Violet, quando sai para comprar comida em uma loja de conveniências, a noite se torna chuvosa, e o campus antes belo mesmo em seu isolamento se torna ameaçador, como se cada canto escuro escondesse um dos capangas de Violet, todos com o rosto coberto por uma mascara de gesso. A grande virada sofrida pela protagonista nos minutos finais também é muito bem marcada pelo diretor, referenciando filmes como YOU ARE NEXT e em menor escala PÂNICO.

 

 No geral, vale a pena conferir KRISTY. Não é revolucionário, mas vale a visita pela excelente condução do suspense e direção segura.

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Grace The Possession

Grata surpresa indie de orçamento merreca q pega o batido tema de possessão e o coloca em primeira pessoa, tal qual o inferior "Possession of MIchael King". Misto de "Carrie" e "O Exorcista", acompanhamos as subitas mudancas de personalidade q uma jovem tem no seu dia-dia, q a terminam levando a descobrir sobre seu passado obscuro. O legal é q vemos td sob a ótica da mina..ops, do capeta q a ta possuindo, e só vemos a personagem principal através de reflexos em espelhos. Com atuações corretas, efeitos convincentes e mta criatividade na edição, destaco a sequencia do exorcismo..fodérrima! Sim, tem defeitos (seu desfecho, principalmente) mas sao irrelevantes qdo se comprar td conjunto. Vale a visita. 9,5/10

 

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   Visto PUMPKINHEAD

 

  Na trama, Ed Harley (Lance Heriksen) é um fazendeiro viúvo, que perde o filho depois que um motoqueiro da cidade atropela o menino e foge. Cego de raiva, Ed procura a ajuda de uma bruxa (Florence Schauffer) para que ela conjure uma criatura demoníaca que ele viu na infância, e que segundo a lenda, faz justiça para aqueles que foram mortalmente injustiçados. A velha bruxa concorda em ajudar, mas ao libertar a diabólica criatura, Ed percebe tarde demais que condenou não só a si mesmo, mas o motociclista e seus amigos a um destino terrível.

 

  Bem bom esse horror oitentista estrelado pelo ícone do gênero Lance Herikson. Simples em sua proposta, PUMPKINHEAD mistura elementos do slasher, ao colocar um grupo de jovens que decide passar o fim de semana em uma cabana na floresta na mira do personagem título, com toques de contos de fada macabro, ao usar o arquétipo clássico da velha bruxa que vive em uma casa caindo aos pedaços na floresta, e ainda acrescenta a mistura toques do horror gótico popularizado pelos clássicos da Universal ao usar cenários como cemitérios e igrejas em ruínas, tomados por uma névoa quase sobrenatural.

 

  Não há muito o que falar sobre o núcleo jovem. Um problema do filme é que é muito fácil perceber quais jovens vão sobreviver a fúria assassina do monstro e quais não vão. Basicamente, quanto mais ajustada a bussola moral, maior a chance de sobrevivência. Mas diferente de filmes como HALLOWEEN e SEXTA FEIRA 13 por exemplo, não tem nada a ver com sexo. E pode ser usado no roteiro o já mencionado caráter de conto de fada macabro da história.

 

 Por outro lado, Lance Heriksen faz um papel admirável  como pai de luto, que acaba se tornando um anti herói trágico. Sua reação em busca de vingança é imediata. Totalmente guiado pela raiva, o fazendeiro nem sabe qual dos jovens atropelou o seu filho, e justamente por isso Pumpkinhead está disposto a eliminar todos eles. Mas assim que percebe a brutalidade com que o monstro atua, devido a visões que passa a ter, Ed percebe imediatamente que sua vingança é mais desumana do que aquilo que fizeram a ele, e passa a tentar deter a criatura. Heriksen faz um excelente trabalho ao mostrar que não sente simpatia nenhuma pelas pessoas que está tentando salvar, mas faz mesmo assim por que acredita ser o certo.

 

  Embora o momento do "nascimento" do Pumpkinhead na casa da bruxa seja digno de aplausos, e a própria criatura seja muito bem feita, lembrando um pouco até o design do Alien do filme homônimo (embora longe de ser tão genial) , senti que um pouquinho mais de gore faria bem ao filme. Não que o filme não saiba construir atmosfera, pois sabe. Mas excetuando uma cena ou outra (como aquela em que uma jovem tem o rosto esfregado contra a janela até esta quebrar) a brutalidade do monstro é muito entrecordada e pouco impactante.

 

 Mas no geral, vale a pena conferir o filme. Uma mistura de slasher e conto de fadas macabro, com um protagonista bem humano vivido por um ícone do gênero. 

 

Esse é um clássico pra mim da época, hahaha. O elenco jovem conta com John D'Aquino, que participara da série Shades of LA (aqui chamada de Ghost - A Série - WTF?) e Cynthia Bain (de Spontaneous Combustion, outro "crássico" do trash com Brad Douriff, que depois vim a descobrir ser dirigido por Tobe Hopper). A qualidade é questionável, mas nunca revi - e provavelmente não o farei. Como a lembrança é a da época, é um dos filmes que ajudou a construir minha imagem do terror, portanto, guardo um grande carinho por ele.

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Jinn

Bizarra produção anglo-paquistanesa este thriller sobrenatural q ta mais prum samba-do-crioulo-doido pela confusa mescla de gêneros q se propõe, tendo como base mitos da cultura árabe. Mix de "Matrix", "Profecia" e "Padre", temos aqui o surgimento de 3 seres dum mundo paralelo q irão fatalmente se confrontar no nosso mundo. A pelicula até começa interessante, prometendo ser um baita terror, mas depois descamba no thriller de fantasia tipico de blockbuster hollywoodiano. Pena, pois tal qual "Caleuche", perdeu-se a oportunidade de apresentar a rica cultura árabe de forma pessoal e original. Tecnicamente mto bem feito devido ao orçamento polpudo, mas confuso, mal editado e com péssimas performances, esta produção se dá de td luxo um pouco: tem seres bizarros, artes marciais aqui e ali, e dá destaque até prum clone da "Super Maquina" q ganha mais tempo até q o próprio elenco, q inclui o sumido Ray "Darth Maul" Park. Só recomendo a quem procura raridades, mas eu passo pela experiencia. Assisti somente por causa do trailer q é foderoso (e melhor q o filme em si), mas no fundo foi perda de tempo. 4/10

 

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 Visto PARANOIAC

 

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  Thriller sessentista da Hammer que parte de uma premissa bem interessante ao mostrar a reação de uma família disfuncional formada por Harriet (Sheila Burrell), e o casal de irmãos Eleanor (Janette Scott) e Simon (Oliver Reed) com o retorno do irmão Tony (Alexander Davion) que supostamente havia se matado após a morte dos pais em um acidente de avião. O filme é competente ao mostrar o quão problemática é a família Ashby, já que todos sofrem de algum tipo sério de transtorno mental e parecem mostrar desejos incestuosos em relação a algum parente (o que em alguns casos é deixado implícito).

 

 O filme bebe descaradamente na fonte do clássico PSICOSE, lançado três anos antes, mas tem seus bons momentos. A figura mascarada (alias, que mascara arrepiante) que ronda a capela da família armada com uma foice rende bons momentos,e Oliver Reed está excelente como Simon, o playboy boa vida com tendências psicopatas que pretende declarar a irmã insana para poder controlar a herança da família (plano este atrapalhado pelo ressurgimento do autodeclarado Tony). O diretor Freddie Francis, que foi diretor de fotografia do clássico OS INOCENTES, manda muito bem na composição dos planos, como aqueles envolvendo a dita figura mascarada ou aquele em que vemos o ponto de vista de uma vítima afogada por Simon. Mas peca na condução da história (embora não receba muita ajuda do roteiro) entregando um filme com personagens pouco interessantes (excetuando Simon) e com um final abrupto. Com certeza a Hammer tem thrillers bem melhores que este projeto irregular.

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 Visto CUBO

 

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   Na trama, seis desconhecidos acordam em uma construção que parecem ser um amontoado de salas cubicas. Enquanto algumas entradas, levam para a sala seguinte sem nenhum problema, outras levam para salas que contém armadilhas letais. O grupo precisa se unir e trabalharem juntos para saírem vivos deste local,, e descobrir a lógica por trás do Cubo pode ser a unica chance de sobrevivência.

 

  Muto bom este thriller canadense noventista, com toques de ficção científica. Parece ter inspirado muitas das sequências da famosa franquia JOGOS MORTAIS. Mas embora tenha algumas semelhanças, como o modo que as interações humanas e o instinto de sobrevivência se chocam em situações extremas, este filme de estréia de Vincenzo Natali tem uma pegada bem diferente daquela dos filmes do Jigsaw.

 

  O roteiro joga muito bem com a importância que a matemática tem na trama, já que cada uma das portas do Cubo é marcada com uma sequência de números, o que faz com que a jovem estudante de matemática Leaven (Nicole de Boer) tenha um papel vital na sobrevivência do grupo. O roteiro também joga muito bem com a dinâmica do grupo, brincando com as expectativas do público, o que faz com que o filme guarde reviravoltas bem interessantes.

 

  Natali também manda bem na condução do suspense do filme. Uma das cenas que merece maior destaque, é aquela em que os personagens são obrigados a atravessar uma sala cujas armadilhas são disparada por sensores de som. Uma cena tensa pra caramba, de deixar o publico na ponta da poltrona.

 

  No geral, vale muito a pena assistir CUBO. Um thriller de horror com o nível certo de tensão, personagens interessantes e carismáticos, e boas reviravoltas. Vale a conferida.

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 Não fiquei com vontade de ver uma continuação apesar de ter gostado do filme. O comentário do SCOFA até me deixaria curioso, mas como no top Wes Craven dele, ele coloca QUADRILHA DE SÁDICOS 2 na frente do primeiro filme... :D  Brincadeira SCOFA.

 

 Visto STONEHEARST ASYLUM

 

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  Na trama, em 1899, Edward Newgate (Jim Sturgess) é um jovem alienista, que chega ao isolado Asilo Stonehearst, comandado pelo pouco ortodoxo Dr. Silas Lamb( Ben Kingsley).  No asilo, ele conhece e acaba se apaixonando pela bela Eliza Graves (Kate Beckinsale) uma paciente que sofre fobia de contato físico. Entretanto, ao explora os subterrâneos do asilo, Newgate descobre que Lamb e sua equipe são na verdade pacientes do asilo, que assumiram o controle do sanatório aprisionando todos os antigos funcionários no porão.

 

  Muito bom este envolvente thriller dirigido por Brad Anderson, diretor acostumado com filmes que exploram a loucura, como SESSÃO 9 e O OPERÁRIO. Aqui, adaptando um conto de Edgar Allan Poe, o cineasta mostra o quão fina é a linha que separa os "mentalmente saudáveis", daqueles chamados loucos. Os métodos que Lamb passa a aplicar nos pacientes parecem ser muito mais efetivos do que os tratamentos primários usados pelo verdadeiro diretor do asilo, o Dr. Salt (Michael Caine). 

 

  Claro que o filme não esquece que está tratando de uma trama de época, quando o estudo das doenças mentais ainda rastejava, deixando isso claro para o publico já na primeira cena do filme, quando a personagem de Beckinsale é bolinada diante de uma classe universitária por um professor (Brendan Gleeson em participação especial) como forma de tratamento. E também não esquece que apesar de ser muito mais benevolente e até mais humano que o Dr. Satl, Silas Lamb ainda é um maníaco perigoso, capaz de ir de zero a cem em segundos.

 

  No geral, vale muito a pena conferir STONEHEARST ASYLUM. Tem um ótimo elenco, personagens interessantes que conseguem despertar interesse no público e com os quais realmente nos preocupamos. É prejudicado em seus minutos finais por uma desnecessária reviravolta (que nos últimos anos, parece ter se tornado uma incomoda obrigação nesse tipo de trama) mas que não mancha o conjunto da obra.

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 Visto O ESTIGMA DE SATANÁS

 

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  Na trama, em um pequeno vilarejo, Ralph Gower (Barry Andrews) é um camponês que descobre uma estranha ossada no campo, que ele acredita ser de um demônio. Embora o juiz local (Patrick Wymark) não dê muito crédito a história de Ralph, já que a ossada desapareceu, um comportamento estranho começa a acometer algumas crianças e jovens da região, que liderados pela bela Angel Blake (Linda Hayden) iniciam um culto satânico na floresta, que resulta em uma onda de assassinatos.

 

  Um bom horror setentista, que como muitos dos filmes produzidos na época, gira em torno do satanismo. Ambientada no século 18, o filme não romantiza esteticamente o período em que se passa a história, o que para o começo dos anos setenta era um diferencial. A reconstituição da época aposta em uma abordagem bem realista tanto no sentido visual quanto no sentido narrativo, ao retratar as moradias precárias dos habitantes da aldeia, sua pouca higiene, sua medicina brutal e por ai vai.

 

  Como no posterior COLHEITA MALDITA, esta produção mostra as crianças e adolescentes da região caindo diante de uma influência satânica. Mas diferente do filme de 84, O ESTIGMA DE SATANÁS, não mostra esses jovens se voltando contra os adultos, aqui ignorantes demais para perceber o que realmente está acontecendo, mas contra si próprias. Todos vão sendo marcado pelo tal estigma do título em português, um pedaço de pele peluda que surge em alguma parte do corpo, e assim doam essa pele ao seu mestre em rituais de orgia e assassinato. Uma sequência particularmente perturbadora mostra uma jovem tentando resistir a influência do demônio, só para ser brutalmente estuprada e assassinada. Visto que estamos falando de um filme de 1971 pré EXORCISTA, é uma cena muito corajosa ao mostrar jovens cometendo tais atrocidades uns contra os outros, mesmo que o filme fale de influência demoníaca. 

 

  Deve-se destacar também a trilha sonora composta pelo desconhecido Marc Wilkinson, muito bem usada pelo diretor, que parece evocar de alguma forma a temática da bruxaria, dando o tom certo para os bizarros rituais comandados por Angel Blake.

 

 Pecando apenas por seu final abrupto, que revela um demônio que deveria ter permanecido incorpóreo, O ESTIGMA DE SATANÁS é bastante corajoso para a sua época. Nos dias de hoje, esta longe de ser genial, mas ainda vale uma conferida.

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Housebound

Delicioso thriller sobrenatural neozelandês q remete em td ao seus conterrâneos "Fome Animal" e "Os Espiritos" , seja em humor ácido ou sequencias com certo gore. O enredo é genérico, mas sua execução não é. Jovem rebelde é forçada a cumprir prisão domiciliar na antiga casa da sua mãe, q acredita piamente estar assombrada. Logo vai perceber q sua mãe está certa mas por conta própria vai descobrir q tem mais caroço nesse angu. Mais inteligente do q sua premissa sugere, sua construção é lenta e sem convencionalismos, com direito até uma reviravolta bacana. Atuações simpáticas de td elenco, em especial a Morgana O Reilly como a rebeldinha investigadora, a pelicula  trata o terror com graça e esse é seu charme. Sim, tem defeitos, mas seu conjunto faz dele uma comédia negra com toques tarantinescos bem divertidos. 9/10

 

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Zombievers

Na boa, George Romero vai se revirar no túmulo ao saber do destino q levou subgênero q criou. Vai vendo: substância toxica cai num dique de castores duma floresta e adivinhe o q acontece? Os bichinhos se transformam em criaturas sedentas de sangue, doidos pra fazer uma boquinha com um grupo de jovens passando férias perto dali. E não é apenas isso.. quem é mordido pelos dentuços vira zumbi!! Ahh, pelamor! O q poderia ser uma gostosa homenagem trash B oitentistas termina se revelando um filme forçado, sem graça, com fotografia escura e efeitos bem meia-boca. Não chega nem aos pés do hilário neozelandês "Black Sheep" , aquele das ovelhas assassinas. Pra não dizer q é perda de tempo, tem uns peitinhos deliciosos a mostra, uma música hilária do Frank Sinatra e, melhor q o filme mesmo, são os erros de gravação q passam nos créditos finais. SPOILLER: os produtores tão confiantes da sequencia q não se furtaram de, na cena pós-créditos, passar o virus dos castores pruma colméia!! Mas duvido mto q esse infame "Zumbees" veja a luz do dia.  5/10

 

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