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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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Poker Night

Filmaco este thriller de suspense indie de baixissimo orcamento que diverte mais que muita producao abonada, emulando Seven, Zodiaco e qualquer filme de serial killer. Aqui acompanhamos um policial novato numa rodada de poker com seus colegas mais experientes, onde cada um conta uma estória (tds legais e interessantes, como pequenos curtas). Simultaneamente, o tal novato tem q desvendar a trama dum serial killer onde tera q colocar em pratica tudo que aprendeu no titulo do filme. Divertido, tenso e mantendo o interesse desde o primeiro frame, o legal é sua narrativa toda fragmentada e com muito flashback q nao so complementa como agrega a trama principal. Isso sem falar nas 3 ou 4 criativas reviravoltas que garantem total imprevisibilidade ao enredo, e divertdas gags visuais.Com atuacoes bacanas do elenco masculino e total despretensao em sua proposta, eis uma grata surpresa de pequeno grande filme B com uma estrutura narrativa maravilhosa. Quica o porem seja seus recursos escassos, mas nada que desabone o estupendo resultado final. 9,5-10

 

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 Visto INSENSÍVEIS

 

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  Na trama, David Martel (Alex Brendemuhl) é um médico que perde a esposa após um acidente de carro, ficando somente com o filho recém nascido em estado grave. Pra piorar a situação, David descobre que está com câncer, e que só pode ser salvo por um transplante de medula. Sendo adotado, David começa uma investigação para encontrar os seus verdadeiros pais, o que vai leva-lo a topar com uma bizarra história ocorrida durante a Guerra Civil Espanhola, quando um grupo de crianças incapazes de sentir dor foram isoladas em um asilo.

 

  Drama de horror espanhol dirigido pelo estreante Juan Carlos Medina, INSENSÍVEIS parece beber da fonte de Guilhermo Del Toro, lembrando levemente filmes como A ESPINHA DO DIABO, ao retratar um cenário de guerra brutal, e algumas crianças tentando preservar um pouco de sua inocência em um cenário fantasioso (mas de certa forma tão brutal quanto). Mas diferentes do trabalho do diretor mexicano, quando a fantasia e a realidade se encontram no roteiro escrito a quatro mãos por Luiso Berdejo e pelo diretor, uma piora a outra.

 

 Como acontece em muitos casos de histórias que acompanham duas linhas narrativas, uma acaba se tornando mais interessante que a outra. Devo confessar que embora em tese, David seja o personagem principal, ele realmente nunca conseguiu conquistar realmente a minha simpatia, mesmo que ele tenha uma boa quantidade de conflitos que em tese, são pra lá de interessantes. Talvez pelo fato de ser mostrado como um cara viciado em trabalho desde a sua primeira cena, e que age com relativa frieza a fatos fortes como a morte da esposa e a notícia de que esta desenganado dificultaram a conexão com o público.

 

  Por outro lado, a história de Benigno (Ilas Stothart na infância, Mot Stothart na adolescência e Tomas Lemarquis na vida adulta) soa muito mais interessante. Ilas Stothart esta especialmente brilhante como o pequeno Benigno, conseguindo transitar bem entre o desejo desesperado de afeto da criança e suas explosões de fúria. Acompanhamos pelos olhos do rapaz o passar das décadas naquele frio e sinistro asilo, enquanto parte da história militar espanhola se desenrola, como a ascensão e queda das forças comunistas e a intervenção nazista no conflito. Além disso, os melhores coadjuvantes também se encontram nesta parte do filme, como por exemplo, o Dr. Hotzmann (Dekek De Lint) um homem que mesmo fascinado pela condição das crianças, busca a todo custo encontrar um jeito de ensina-las a conviver em sociedade.

 

  Nos quesitos técnicos, a direção de arte é bastante competente na reconstituição da época durante os flashbacks passados no asilo. A fotografia também é usada com sabedoria para marcar a luz, utilizando-se de contrastes luminosos durante as sequências passadas no passado, enquanto opta por uma luz mais homogênea nas cenas passadas no presente. Por fim, embora sejam poucos, os efeitos visuais são muito bem utilizados, vide a angustiante sequência de abertura que envolve uma menina em chamas.

 

 

  No fim das contas, INSENSÍVEIS é um drama de horror bem bom. Longe de ser genial, e poderia ter sido um pouco melhor se tivessem conseguido fazer da história do presente tão interessante quanto a do passado. Mas vale a conferida.

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The Loft

Interessante thriller de suspense que se vale unicamente da otima quimica ao seu carismatico elenco e dum roteiro redondinho, mas repleto de reviravoltas. Quinteto de amigos resolve dividir o titulo do filme de modo a que sirva de ninho de amor de suas puladas de cerca, mas a coisa entorna qdo aparece uma muié morta certa manha. Seguindo a risca a formula em busca do assassino entre eles, acompanhamos como sua suposta amizade vai se deteriorando conforme comecam as suspeitas uns dos outros. Na verdade, fiquei curioso em ver o filme original pois se trata dum remake dum filme belga, mas ainda dirigido pelo autor do original. Pode parecer filme de suspense erotico de Supercine mas nao é, os personagens sao todos bem aprofundados e o elenco ajuda bastante, com destaque pro Ciclope e pro Dredd. Vale a visita descompromissada e despretensiosa. 8-10

 

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Let Us Prey

Filmão este thriller de horror irlandês de baixo orçamento que consegue misturar de forma bem eficaz "Demônio" e "Assalto ao 13 DP" . Nele acompanhamos como uma pacata delegacia vira de pernas pro ar com a chegada dum estranho visitante (seria o Diabo?), que vai expôr os podres tanto dos policiais como dos prisioneiros de plantão. Sim, é um filme religioso, mas infinitamente superior ao "The Remaining" pois este não quer passar sermão e apenas falar, de forma crua e visceral, de pecado e das oportunidades que a vida dá em corrigi-los. Desde o intrigante inicio ao sangrento massacre final, o forte mesmo são as atuações, quase todas muito boas. Destaque pra Pollyana "The Woman" Mckintosh como a heroina, Lyan "Game of Trones" Cunningam no papel do tinhoso, e prum transloucado Brian Larkin na meia hora final. Sim, tem defeitos, como sua falta de ambição e um roteiro que carece de dar explicações, mas é um divertido e sangrento filme B bem feito, quinem os bacanas "You´re the Next" e "No One Lives" . 9/10

 

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Soto, quase concordamos em todos os pontos... quase. Dou nota 7,5 pra esse aqui. Motivo? O final é completamente WTF, inconclusivo e você fica sem saber O QUÊ É o tal estranho e qual a ligação dele com "The Woman". Enigmático demais pro meu gosto. Ainda assim, é um filme acima da média e o estranhamento da situação, o clima e o gore são suficientes para manter o interesse até o fim.

 

Dou destaque pra sequência de abertura do filme: bela, sinistra e bem feita.   

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Soto, quase concordamos em todos os pontos... quase. Dou nota 7,5 pra esse aqui. Motivo? O final é completamente WTF, inconclusivo e você fica sem saber O QUÊ É o tal estranho e qual a ligação dele com "The Woman". Enigmático demais pro meu gosto. Ainda assim, é um filme acima da média e o estranhamento da situação, o clima e o gore são suficientes para manter o interesse até o fim.

 

 

uai a ligacao com The Woman é que ele *SPOILLER* ......  era o diabao e tava atras dalguem pra ajudar no servico dele..

 

 

 

Magical Girl

Filme negro até a medula este drama e suspense psicologico espanhol pesadao pacas... to ainda digerindo. É uma especie de Babel com Dente Canino so que aqui com apenas tres estorias mórbidas que rolam paralelas, que se cruzam a toda hora, inclusive no espaco-tempo. A primeira é a da menina com leucemia ( e que deseja ganhar o vestido da personagem d anime que entitula o filme), cujo pai chantegeia a doentinha ricaca da segunda, que vai se vingar atraves do velho da terceira...que por sua vez aparece de relance na primeira. Eitaporra! As atuacoes estao fantasticas e o roteiro circular entrelaca tudo a perfeicao. Na boa, é um filme sem muito gore ou acao, com muito mais sugestao quer exposicao, repleto de silencios e olhares perturbadores, que nao deixa e mexe com os sentidos até o final dos creditos finais. É amar ou odiar este conto negro, onde uma menina quer mudar o mundo mas e nao é tao cor-de-rosa assim... e onde ate os personagens mais bondosos e gentis sao, mediante as cirscunstancias, movidos a cometer atrocidades. E eu amei.  9-10

 

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 Conferi esse seguindo a dica do SOTO e do DEADMAN. Curti bastante. Não achei as atuações tão boa quanto o SOTO, mas é um filme que vale a conferida. Tem uma historia boa, e deixa o publico pensar sem parecer pretensioso com isso. Leva a minha recomendação.

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  Mais uma tentativa do nosso cinema nacional de ingressar no gênero de horror e suspense com este thriller psicológico estrelado por Mateus Solano e Fernanda Machado. Apesar dos esforços do talentoso  casal principal, temos aqui um "Supercine" dos mais genéricos sem nenhum grande atrativo ou realmente digno de nota. Um filme pra ser esquecido.

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Joshua

Thriller de suspense psicológico este filme sobre criancas malignas que, a principio, parece uma versao masculina do bacaninha A Orfa com A Profecia. Aqui acompanhamos a lenta desintegracao duma familia pelo olhar do capetinha do filme, que se sente subvalorizado na ocasiao do nascimento de sua irmazinha. Nao espere acao, gore e efeitos pois aqui é tudo entregue pelo roteiro bem amarrado, deixando pontas que o proprio espectador deve unir durante a projecao. A tensao no filme é palpável bem perturbadora, com olhares, silencios e pequenos gestos. O trunfo é o maléfico moleque em questao, Ja kob Cogan, que carrega o filme nas costas com uma atuacao espetacularmente contida. Sam Rockwell e Vera Farmica nao ficam pra trás, como cereja do bolo. Um filme que psicólogos vao amar por sua ambiguidade e pelo seu desfecho nada convencional, que deixa mais perguntas que respostas. 8,5-10

 

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 Visto EVENT 15

 

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  Thriller de suspense muito bem feito, que a exemplo de filmes como DEMÔNIO e ELEVATOR, mostra as aflições de um grupo de pessoas presas dentro de um elevador. O grupo da vez é um trio de soldados que passavam por tratamento contra estresse pós traumático. Juntamente com os perrengues no elevador, que vão se tornando mais desesperadores a medida que a tensão entre eles cresce, acompanhamos através de gravações de suas sessões de terapia as questões que levaram aqueles três militares até ali.

 

 As atuações estão decentes, e o filme possui um crescendo de tensão interessante, ao mesmo tempo em que o roteiro não hesita em por o dedo na ferida na forma pouco respeitosa com que os americanos tratam os seus veteranos de guerra, além dos próprios conceitos de guerra incutidos na mente dos soldados americanos. No fim das contas, EVENT 15 não é nenhuma obra prima, mas vale a conferida pela condução competente, e atingindo os seus objetivos tanto como thriller de suspense por si só, mas também como thriller político.

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 Visto CAÇADA SELVAGEM

 

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  Thriller de horror canadense que contendo grande dose de humor negro, mostra o jovem Erik (Ricky Mabe) indo a uma espécie de convenção de RPG, onde dezenas de pessoas (entre elas seu irmão e sua namorada) simulam estar vivendo em uma era medieval, ás portas de uma grande batalha. Ao tentar se reconciliar com a amada, Erik acaba provocando uma reação em cadeia, fazendo com que muitos jogadores percam a noção entre a realidade e a ficção, o que deixa o jogo fora de controle.

 

  CAÇADA SELVAGEM parte de um conceito bastante interessante, e em seus primeiros minutos é divertido vermos aquele bando de adultos no meio do nada, vestindo, falando e bebendo como guerreiros vikings, e parando o jogo de tempos em tempos pra apontar que o adversário tinha "morrido" em batalha. O problema é que apesar de ir dando mostras dos sinais da insanidade de seu vilão ao longo do filme, a produção demora demais pra realmente mostrar a que veio. Mas até o divertido 3º ato, pouca coisa realmente acontece, e as insossas idas e voltas do casal principal não servem pra sustentar a história até o filme "começar de verdade". Uma pena, pois a premissa era bem legal, mas foi mal aproveitada.

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Miss Meadows

Independente que segue quase a risca a cartilha de filmes de vigilantes ou sociopatas do bem, se é que isso existe. Misto de Kill Bill e Mary Poppins, aqui temos a fofinha titulo do filme lecionando numa escola infantil, engatando romance com um xerife, etc e tal..mas nas horas vagas a mocinha sai matando criminosos a sangue frio.. Na boa, o filme é mais um thriller de suspense psicologico que de acao..recheado de humor negro mas falta alguma coisa que nao sei dizer, mas q foi melhor dissertado em God Bless America..Katie Holmes até dá conta do recado como serial killer, mas é a partir da segunda metade que o filme desanda com tendencia fófis Disney em demasia, o que nao combina com sua proposta inicial. Em maos mais habilidosas teria dado um filmao, pois a premissa é tao interessante como promissora, mas nao foi desta vez. 7,5-10

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 Visto THE HARVEST

 

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  Na trama, Katherine e Richard (Samantha Morton e Michael Shannon) são um casal que criam o seu filho doente Andy (Charlie Tahan) de forma totalmente reclusa. As coisas mudam quando Maryann (Natasha Calis) uma garota que perdeu os pais recentemente muda-se com os avós para a casa ao lado. Logo, uma bela amizade surge entre Andy e Maryann, mas os bizarros segredos guardados por anos por Katherine e Richard podem direcionar a amizade entre esses dois jovens para um fim trágico.

 

  Bom thriller de suspense dirigido por John McNaughton, responsável por pequenos clássicos como HENRY: RETRATO DE UM ASSASSINO e GAROTAS SELVAGENS. Na primeira metade do filme, quase esquecermos tratar-se de um suspense, ao acompanharmos a formação da bela e proibida amizade entre Andy e Maryann, muito bem defendida por seus dois jovens intérpretes. Mas é a partir da segunda metade da trama, quando os segredos guardados pelos pais do garoto começam a vir a tona é que a coisa fica tensa, rendendo ótimas sequências de suspense. O elenco está muito bem, além dos já citados jovens atores que fazem os jovens protagonistas, Samantha Morton esta assustadora como a histérica Katherine, enquanto o sempre competente Michael Shannon retrata Richard como um homem sufocado pelo peso dos segredos. O filme peca só pelos minutos finais, mas vale uma conferida despretensiosa.

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Nighlight

Found footage que tem ambos pés fincados diretamente em A Bruxa de Blair, seja no enredo e formato, porem piorado. Quinteto de jovens resolve ir pruma floresta com fama de assombrada pra realizar o joguinho besta, na base de lanternadas, que entitula o filme. Claro que vai dar merda. Na boa, a pelicula até q tem boas sacadas (a camera acoplada as lanternas, por exemplo) mas nao sabe executa-las de forma decente. A edicao creio que seja o pior pois nao nos deixa saber direito o que acontece e, pior, sem respostas ao que ocorre..será um slasher ou algo sobrenatural que anda eliminando os moleques, sei la.. Com atuacoes razoaveis, sustos faceis e alguma boa intencao, tai um filme que apenas envergonha o genero, e se voce o odeia este exemplar nao o fara mudar de opiniao. Fuja dele. 5-10

 

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 Visto EL CUERPO

 

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  Na trama, o detetive Jaime Peña (José Coronado) é chamado no meio da noite para investigar o desaparecimento do corpo de Mayka Villaverde (Belén Rueda) de dentro do necrotério, antes que a autópsia pudesse ter sido realizada. O viúvo Alex (Hugo Silva) que secretamente envenenou Mayka com a ajuda da amante Carla (Aura Garrido), é chamado ao necrotério para ajudar nas investigações. Mas a media que a noite avança, Alex parece perceber que uma pessoa sabe do seu crime. Será que alguém esta tentando puni-lo, ou Mayka sobreviveu de alguma forma e agora busca vingança.

 

  Muito bom este atmosférico thriller de suspense espanhol, com a já veterana no gênero Belén Rueda a frente do elenco. Embora esteja aparentemente morta desde o começo da projeção, Mayka se mostra uma presença poderosa e constante ao longo de toda a narrativa, seja através dos diálogos entre os personagens, ou dos flashbacks que mostram como a executiva se mostrava uma mulher dominadora em relação ao seu marido Alex. Outro destaque no elenco é José Coronado como o Detetive Jaime, que retrata um policial como um homem que ainda não conseguiu superar a morte da esposa, ocorrida anos antes, e que alterna momentos de fria sagacidade com explosões de brutalidade.

 

  O diretor estreante em longas Oriol Paulo manda muito bem ao construir a atmosfera sufocante do necrotério onde se passa a maior parte da história, Constantemente castigado pela chuva, Paulo filma o prédio de forma tétrica e assim como Aléx, temos a sensação que o corpo de Mayka pode pular a qualquer momento de um dos cantos escuros do local.

 

 Com interessantes reviravoltas do roteiro, personagens carismáticos e uma direção segura, EL CUERPO é um thriller dos bons. Recomendado.

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 Visto O COLECIONADOR

 

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   Na trama, Freddie Clegg (Terence Stamp) é um jovem solitário que recentemente ganhou uma fortuna em apostas.  Ele compra uma isolada casa de campo, e torna-se obcecado por Miranda Gray (Samantha Eggar) uma jovem estudante de arte. Freddie sequestra Miranda, aprisionando-a em seu porão, esperando assim criar vínculos com a moça até que ela se apaixone por ele. Mas até onde vai a loucura de Freddie, e quanto desta loucura pode afetar a mente de Miranda?

 

 Muito bom este Thriller psicológico sessentista estrelado por um jovem Terence Stamp, e dirigido por William Wyler, mais lembrado por ter comandado o épico BEN-HUR. O filme possui um ritmo lento, de forma a nos fazer criar empatia tanto pela sequestrada quanto por seu sequestrador. Willer é competente na criação de cenas que beiram o lirismo para demonstrar as emoções de seu personagens, como a alegre corrida na chuva que Freddie dá após levar a desacordada Miranda para o cativeiro, já que acredita que agora terá uma chance com a moça, ou a bela cena em que o sequestrador permite que sua prisioneira saia para a rua depois de dias presa, e vemos a personagem aproveitar cada momento daquele pequeno pedaço de liberdade ao sorrir quando a brisa do campo sopra em seu rosto.

 

 Terence Stamp e Samantha Eggar estão muito bem em seus respectivos papéis. Stamp interpreta Freddie como um psicopata odioso, mas também digno de pena e que esta em constante conflito entre o código de respeito pessoal que estabeleceu pra si mesmo e os desejos carnais que sente em relação a sua prisioneira. Já Samantha Eggar vive Miranda como uma moça cheia de vida, mas que vai perdendo as esperanças a cada dia que passa dentro daquela bizarra situação em que foi envolvida. O roteiro cria ótimas situações de suspense e tensão bem exploradas pelo diretor, e conta com um desfecho bastante corajoso para a época. O filme peca apenas por ser um pouquinho mais longo do que deveria, mas ainda vale a conferida.

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The Devils Mile

Curioso thriller sobrenatural que emula filmes policiais e os entorna nos tradicionais de estradas assombradas, tipo In Fear, Dead End ou Wind Chill. Trio de sequestradores com duas cativas se veem em apuros quando rodam por uma estrada que parece emular todos os medos do grupo, colocando-os uns contra os outros, independente de serem bosn ou maus. Independente até o sabugo da unha, a pelicula nao tem ointencao de inovar e apenas resgatar filmes orientais deste naipe, o que consegue fazer muito bem na recauchutagem do fantasma niponico, a ambientacao claustrofobica e tensa do veiculo, e as atuacoes foderosas do elenco femenino. O filme tem cara de batido, mas nao o é pois flerta com o terror gótico, ta cheio de reviravoltas interessantes e seus efeitos artesanais sao bem eficientes, e so por isso ja vale a visita a despeito dum ou outro deslize perdoável de roteiro (ou devido a precariedade da producao). 9-10

 

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 Visto MORTE SÚBITA

 

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   Na trama, Pete McKell (Michael Vartan) é um escritor americano que em viagem pela Austrália, embarca em um passeio turístico pelos rios do local comandado pela impetuosa Kate Ryan (Radha Mitchell). Durante o passeio, os barcos em que os turistas estão é atacado por um gigantesco crocodilo, o que os deixa presos em uma pequena e lamacenta ilhota no meio do rio. Com a água subindo a cada minuto, o grupo deve unir forças para sobreviver ao cerco do sanguinário animal.

 

  A premissa deste horror australiano não tem nada de inédita, lembrando vários outros exemplares do subgênero "Animal Assassino" já visto por ai. Mas o que faz este projeto valer a pena é a direção de Greg McLean, responsável pelos filmes da franquia WOLF CREEK. McLean, que parece ser o inimigo numero um da secretária de turismo australiano :D desta vez coloca um enorme crocodilo pra massacrar aqueles que ousam visitar a Austrália ao invés de um Crocodilo Dundee homicida :D .

 

  Mas falando sério, assim como na franquia estrelada por John Jarratt (que aqui volta a trabalhar com o diretor como um dos presentes na excursão) McLean constrói a atmosfera do filme com calma, trabalhando a interação entre os personagens, enquanto a belíssima fotografia explora as paisagens pantanosas da Austrália, transformando o rio e a floresta quase em personagens da narrativa. Seguindo a cartilha de Steven Spielberg do clássico TUBARÃO, o cineasta não mostra o seu crocodilo mais do que o necessário, dando ao animal o tom correto de ameaça que ele deveria ter. Mesmo no 3º ato quando o lagartão aparece mais, o diretor usa as sombras de forma interessante não só para tornar o bicho mais ameaçador, mas para esconder os possíveis defeitos técnicos que ele poderia ter.

 

 

  No geral, MORTE SÚBITA é um entretenimento rápido e bastante divertido, longe de ser excelente, mas muito bem conduzido pelo seu diretor. Como curiosidade, vale destacar as participações de Sam Worthington e Mia Wasikowska em pequenos papéis, antes de alcançarem maior fama em Hollywood.

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Miss Violence

Drama psicológico e horror doméstico se fundem neste filme grego pesadao, nos moldesdo igualmente bizarro (e ótimo) Dente Canino. Jovem aniversariante se suicida, desencadeando conflitos no seio familiar. Na verdade, esse fato irá dissecar todos os motivos que levaram a jovem a tirar a própria vida. Na verdade falar demasiado do filme seria estragar a experienicia, logo..qto menos souber, melhor. Os podres da familia de classe média grega aqui servem como metáfora da situacao economica européia de modo geral, com atuacoes espetaculares de todo elenco, principalmente o mirim. Com uma lenta reviravolta sendo feita ao largo da projecao, dando outra perspectiva de toda estória, a pelicula é visivelmente desconfortavel ao se valer principalmente de silencios e quase nenhuma trilha. Mas é uma experiencia pra paladares diversificados, pois é amar ou odiar. Eu curti com algumas ressalvas. 8-10

 

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 Visto THE HUMAN RACE

 

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  Na trama, após serem atingidas por uma misteriosa luz branca, um grupo de oitenta pessoas de variadas idades, etnias e condições físicas se vê em um estranho ambiente institucional, com uma voz em sua cabeça lhes ordenando que elas devem correr por suas vidas. Se passarem na grama que ladeia a pista, se afastar do trajeto marcado pelo circuito ou forem ultrapassadas mais de uma vez, suas cabeças explodem. Somente um deve sobreviver. Enquanto amizades são testadas nesta corrida mortal, altruísmo, instinto de sobrevivência e maldade humana entram em choque, tendo papel vital na disputa.

 

  Muito bom este sci-fi de horror de baixo orçamento, que em muitos aspectos lembra o pequeno clássico BATTLE ROYALE. Mas diferente da produção japonesa, é impressionante ver a variedade de pessoas que vemos competir esta maratona sádica. Temos dois amigos veteranos da Guerra do Iraque (Paul McCarthy Boyington e Eddie Mcgee) sendo que um deles tem uma perna amputada, um casal de jovens surdos mudo (Trista Robinson e T. Arthur Cotton), um padre (B. Anthony Cohen), um velho que já não consegue se locomover sem andador (J. Louis Reed), dois pequenos irmãos asiáticos (Celine e Ian Tien), um maratonista francês (Luke. Y) só pra citar os personagens com mais tempo de tela.

 

  Desde os primeiros minutos, o diretor Paul Hough deixa muito claro que qualquer personagem pode morrer a qualquer minuto, ao se utilizar do velho recurso da falsa protagonista, nos apresentando a vida de Veronica (Briana Lauren Jackson), retratando em poucos minutos a moça perdendo a irmã caçula, descobrindo que tem um linfoma e superando a doença, só para ser sequestrada e se tornar a primeira baixa da corrida ao pisar na grama. Qualquer um pode bater as botas a qualquer momento, e o filme não tem pena de personagens que haviam assumido maior protagonismo em algum momento ou que em tese deveriam merecer maior proteção.

 

  Embora coloque todos os personagens no mesmo patamar de "animalidade", alguns acabam assumindo papéis mais próximos de heróis e vilões, como os veteranos de guerra Justin e Eddie e os surdos mudo como estando mais próximos do altruísmo, e o maratonista francês assumindo o papel de vilão ao buscar a sobrevivência a qualquer custo. Há até um grupo de pessoas que começa a matar os colegas de corrida pelo puro prazer de matar. Mas a medida que o filme avança, essa linha entre heróis e vilões vai desmoronando, tendo no maior exemplo a relação entre os surdos mudo.

 

  Quem espera maiores explicações pode se decepcionar, pois THE HUMAN RACE não parece muito interessado em esclarecer que tipo de pessoas ou seres colocou o grupo nessa corrida de morte. O fim do filme até indica uma possível conclusão para essa pergunta, mas nada definitivo. Mas o filme não é sobre isso, então não me fez falta. Pra mim, foi uma grata surpresa, pois não estava esperando muita coisa. Leva a minha recomendação. 

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esse ai é um filme curioso e até interessante, cujo desfecho é o pior imaginavel e coloca tudo pra baixo.

 

 Pior que é verdade, SOTO. O desfecho de fato é constrangedor com a atmosfera do filme e ainda jogando o baixo orçamento na nossa cara, que até então havia sido tão bem escondido.

 

 Visto CITADEL

 

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   Na trama, Tommy (Aneurin Barnard) vê a esposa gravida ser atacada por um grupo de crianças encapuzadas, e é incapaz de ajudar por estar preso no elevador. Os médicos conseguem salvar o bebê, mas a mulher não sobrevive. Meses depois, Tommy e sua pequena filha Elsa passam a ser assombrados novamente pelas tais crianças. Ainda traumatizado, e sofrendo de agorafobia, Tommy terá que enfrentar os seus próprios medos para proteger a sua filha, contando para isso com a ajuda de um padre descrente (James Cosmo).

 

  Este horror irlandês de baixo orçamento, que parece ter sido fortemente influenciado pelo pequeno clássico setentista FILHOS DO MEDO de David Cronenberg, especialmente na concepção de seus vilões, parece funcionar quase como uma fábula macabra sobre enfrentar e vencer os próprios medos. Afinal, as tais crianças diabólicas que vivem na torre em ruínas parecem nada mais ser do que metáforas para os medos alheios, no caso do protagonista, não só a agorafobia, mas o medo de ser pai solteiro. Isso serve para vários outros personagens, afinal, como define o padre em certo momento se referindo as criaturas, "elas farejam e vêem o medo".

 

  Embora parta de uma premissa pra lá de interessante, CITADEL sofre de vários problemas que o impedem de ser melhor do que é. A começar pela falta de personagens que realmente consigam nos cativar. Por mais que tente, Aneurin Barnard não consegue dar nenhum carisma a Tommy. Há uma tentativa de humaniza-lo através de suas cenas com a enfermeira Marie (Wonmi Mosaku) mas elas simplesmente não funcionam. Quem dá algum carisma ao filme é o amalucado padre vivido por James Cosmo, mas também não é o bastante.

 

  O diretor Claran Foy tem uma boa mão na condução do suspense, vide a sequência de abertura onde vemos o impotente protagonista preso no elevador testemunhar o ataque a esposa, ou a sequência que dá inicio ao 3º ato, quanto Tommy, o padre e um garoto cego chamado Danny (Jake Wilson) entram na torre que serve de covil para as crianças monstro, enquanto estas nas paredes parecem não perceber a sua presença (mais uma referência a FILHOS DO MEDO). Todas essas passagens se utilizam ao máximo de seu potencial de suspense, e nos deixa na ponta da cadeira.

 

 Mas é no roteiro, também escrito por Foy, que moram os maiores problemas da produção. É nos dada uma explicação das mais meia boca para a origem das crianças-monstro, e o por que de seus métodos e comportamentos permanece um mistério ao subir dos créditos. Mas isso poderia até ser um fator positivo se o filme soubesse se utilizar disso, o que não é o caso. Além disso, durante o 3º ato, os personagens passam por processos de crença e descrença absolutamente artificiais que não convencem nem criança de cinco anos, e que são vitais para a resolução da trama. No geral, CITADEL é um "filminho legal" que tinha potencial pra ser bem melhor do que é. Uma pena.

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 Visto RESOLUTION

 

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    Na trama, Michael (Peter Cilela) decide tomar uma atitude radical para ajudar o seu amigo de infância Chris (Vinny Curran) que tem vivido isolado em uma cabana, fazendo uso abuso de crack e maconha. Após mais uma tentativa fracassada de convencer Chris de ir para a reabilitação, Michael acorrenta o amigo ao pé da cama, dispondo-se a ficar com ele uma semana até ele ficar limpo e decidir tomar um rumo na vida. Mas além de Chris dever para traficantes locais, forças misteriosas parecem agir na região, o que vai testar a amizade de Michael e Chris, fazendo-os enfrentar os seus demônios pessoais.

 

  Dirigido por Justin Benson e Aaron Moorhead, mesma dupla responsável pelo excelente SPRING, este RESOLUTION parte de uma ideia interessante ao mostrar Michael indo até as ultimas consequências para salvar o amigo de seu vício. Há exemplo do longa posterior dos cineastas, esta produção apresenta-se como uma mistura de gêneros, servindo como drama, comédia de humor negro, ficção científica e thriller sobrenatural, nunca assumindo realmente uma vertente principal. Mas se em SPRING isso surgia como uma refrescante qualidade, já que os gêneros adotados pelo filme serviam apenas como pano de fundo para narra o romance dos protagonistas, o mesmo não ocorre deste longa de estréia de Benson e Moorhead, já que a confusão de gênero soa mais como crise de identidade do filme do que planejamento.

 

 Talvez os maiores defeitos do filme estejam na falta de química existente entre Peter Cilela e Vinny Curran e no roteiro pretensioso do co-diretor Justin Benson. Para que o filme funcionasse, era vital que acreditássemos no forte laço de amizade existente entre a dupla de protagonistas, um verdadeiro bromance, já que como Chris aponta a certa altura da narrativa, Michael deixa a esposa grávida dias sozinha em casa pra ir para o meio do nada atrás do amigo vagabundo viciado. Mas em nenhum momento eu consigo acreditar que existam realmente laços fortes de amizade entre a dupla. Os diálogos que supostamente deveriam expor isso soam totalmente artificiais.

 

  O filme levanta questões interessantes também nos dois lados do conflito. Chris não pode reconhecer o esforço que Michael está fazendo de largar tudo e ir cuidar dele, mesmo que de maneira torta? E que direito tem Michael de interferir desta forma na vida de Chris, a ponto de restringir a sua liberdade? Afinal, se ele estava se afundando, pelo menos não estava machucando ninguém. O filme não tinha obrigação de levantar estas questões, mas ao levanta-las, não tenta fazer uma tentativa superficial que seja de discuti-las.

 

 O projeto não funciona como comédia de humor negro, já que nenhuma das piadas funcionam, e também não funciona como suspense. Não só a tensão entre os dois amigos devido ao fato de Chris estar acorrentado não é trabalhada, como nenhuma das ameaças que surgem ao longo do filme, como os traficantes, os índios hostis que tiveram seu território acidentalmente invadido por Chris, ou a misteriosa entidade que habita a região, e se manifesta através de projeções de vídeo, nada disso dá a minima sensação de ameaça.

 

 Com crise de identidade, personagens com os quais eu não me importava, tensão zero, e sequer conseguindo ser divertido ou engraçado, RESOLUTION foi uma enorme perda de tempo pra mim. Não recomendo.

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esse é um Segredo da Cabana mais cabeca.....ja to vendo o Scoffa, que amou, surtar ao ler o post acima..eu achei apenas mediano

 

 Hehehe. Pior que é bem a praia do SCOFA mesmo, mas pra mim nem pra mediano serve, é ruim mesmo. Já COHERENCE que o Scofa idolatra eu acho mediano. Pelo menos nossos gostos combinam com TRIANGULO DO MEDO, que tanto ele quanto eu achamos excelente :D

 

 Visto THE DROWNSMAN

 

 the-drownsman.jpg

 

 

 

   Na trama, após quase se afogar em um lago, Madison (Michelle Mylett) passa a ser assombrada por visões de uma monstruosa figura encharcada, desenvolvendo um quadro de hidrofobia. Um ano depois, suas amigas lideradas por Hannah (Caroline Palmer) decidem fazer uma intervenção, para que Madison supere seus medos de uma vez. Mas ao simular uma sessão espirita com a ajuda da jovem exotérica Cathryn (Clare Bastable) elas acabam dando acesso total ao Drownsman ao nosso mundo, que começa a mata-las uma a uma.

 

 Este horror sobrenatural canadense dirigido por Chad Archibald (que co escreve o roteiro com Cody Calahan) tem um formato bem formulaico. Temos uma cena de abertura interessante (a mais forte do filme) onde vemos o personagem título vivido por Ry Barrett fazendo a sua ultima vítima, depois somos apresentados a protagonista e seu trauma, as jovens mexem com forças que não devem ao realizar uma sessão espirita totalmente mal conduzida, mortes acontecem, um velho maluco esclarece um pouco a situação para os personagens que sobreviveram até esse ponto e por ai vai.

 

  Mas ser formulaico não é o problema desta produção canadense (ou pelo menos não o seu principal problema) até por que a premissa básica de THE DROWNSMAN é bem interessante. A exemplo do clássico de Wes Craven A HORA DO PESADELO, em que os personagens tinham que se privar de uma necessidade básica (no caso dormir) para se manterem longe de Freddy Krueger e seu mundo de pesadelos, aqui, Madison e suas amigas deveriam em tese evitar uma necessidade básica do ser humano, a água.

 

  Mas enquanto Craven percebeu a genial premissa que tinha na mão, mostrando o sofrimento que a privação de sono causava em seus personagens, o diretor Archibald não consegue perceber que o medo da água, que usamos pra sobreviver e pra higiene pessoal poderia ser tão angustiante quanto o monstro do título. Pouquíssimos são os momentos em que o diretor usa essa premissa a seu favor, como na cena em que vemos Madison tomando água diretamente na veia, ou aquela em que o Drownsman faz uma de suas primeiras vítimas ao faze-la engasgar com um gole d'agua para depois puxa-la para o seu covil dimensional ou seja lá que diabo for aquele lugar onde o vilão se esconde.

 

 A direção de Archibald também se mostra extremamente frouxa. o cineasta basicamente utiliza o mesmo plano para mostrar cada vez que uma das meninas é puxada para dentro do mundo do Drownsman, emergindo assustadas em um tanque sempre no mesmo enquadramento em uma decupagem extremamente preguiçosa. Pelo título, sabemos também que o vilão terá preferência em eliminar as suas vítimas afogando-as. Mas mais uma vez, temos uma enorme preguiça por parte do diretor em mostrar os afogamentos do vilão, e uma certa falta de coragem, já que se o cara estava fazendo um filme sobre um espirito vingativo que afoga as suas vítimas, o mínimo que se esperava é que ele deixasse o publico compartilhar da agonia das garotas lutando pra respirar enquanto procuram uma saída, mas não.

 

 Deixando ainda um gancho para uma sequência (que acredito não verei caso seja produzida) THE DROWNSMAN é um filme fraco e esquecível. Não vale o tempo gasto com ele.

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O Espelho (Oculus 2014)

 

Estava curioso para assistir este filme tão comentado. É interessante, mas nada demais. Não vejo o porque dele se destacar na leva atual de filmes de terror.

 

(Spoilers)

 

O roteirista deve ser um grande fã do Stephen King, uma vez que a trama apresenta um conceito tão caro ao Stephen King. Mas isso não quer dizer que seja uma coisa boa. O enredo é basicamente sobre um objeto corriqueiro dotado de uma consciência maligna e demoníaca que tem por objetivo promover a degradação psicológica do seu possuidor, levando-o a cometer atos violentos contra todos. Eventualmente, este objeto está envolvido num longo histórico de mortes misteriosas, e eventualmente as vítimas se tornaram espectros colecionados pelo objeto.

 

Mais uma vez temos a história de uma família feliz que, misteriosamente, se vê vítima da próprio pai, que se torna um assassino por influência de forças sobrenaturais provindas do espelho. Mas o incomum desta história é que, dez anos após a tragédia, os filhos, os únicos sobreviventes, resolvem recuperar o espelho e montam todo um aparato científico tentando provar que o objeto realmente contém forças sobrenaturais para, no fim do experimento, destruir o objeto utilizando um aparelho de "tortura personalizada".

 

Não preciso dizer aqui que o final é mais que previsível. Obviamente, este experimento não vai dar certo. Obviamente, os protagonistas começam a delirar e não sabem mais o que é real. Obviamente, os protagonistas viram vítimas do próprio aparelho de tortura. Obviamente, o espelho sai ileso. Talvez eu seja meio quadrado, mas estes finais pessimistas são um clichê supremo no gênero e me incomodam muito. Não que eu sempre defenda o final feliz, mas gosto quando termina em uma ambiguidade mais vaga, quando deixa um gosto "agridoce" na boca após o filme. Não me agrada em nada estes finais escancarados para continuações...

 

Além disso, o filme não explora todo o potencial simbólico envolvendo o espelho. Ao invés de retratá-lo como um portal para realidades paralelas ou como reflexo deformado da realidade, o espelho é simplesmente um objeto amaldiçoado que traz a morte para quem chega perto dele. Simples assim.

 

Enfim, o filme tem uma trama interessante (ainda que seja uma coletânea de clichês, mas o que importa isso?); tem boas cenas de tensão e mistério; não se rende a sustos fáceis. Mas o final óbvio e rasteiro desvaloriza muito o filme. Ainda mais se levarmos em consideração a idiotice típica dos protagonistas de filmes de terror que bolam um plano "jenial" (só que não) para, sozinhos numa casa abandonada, brincar de cientistas e mexerem com forças sobrenaturais...

 

Mas é um filme bonzinho, todavia...

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