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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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 História bizarra essa. Se bem que estão dizendo que os pais dessa "Orfã da vida real" tão inventando a história. Não sei qual alternativa é mais bizarra

 

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  Tranquilamente o pior filme do universo de "Invocação do Mal", pelo menos dos que vi. Mal escrito, mal dirigido, personagens que vão do nada a lugar nenhum. Não curti nada.

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  Competente thriller sobrenatural de Taiwan sobre uma equipe de cientistas que consegue capturar um espírito, e com a ajuda de um detetive de polícia, tenta desvendar a sua identidade e a causa de sua morte. O filme tem um crescendo de tensão bem conduzido; personagens bons de acompanhar e uma discussão interessante a respeito do valor da vida, e o que nos faz querer viver. Perde o ritmo aqui e ali, e tem alguns efeitos especiais que  não tinham orçamento pra fazer, mas no geral, vale a conferida.

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The Furies é um divertida produção australiana que é, resumidamente, uma versão terror de Jogos Vorazes com Massacre da Serra Elétrica. Vai vendo, praticamente não tem enredo - que se resume á corre-corre das presuntas dos mascarados - e tem um gore de dar gosto, lembrando filme dos anos 80 nos efeitos práticos. Quiçá seu diferencial seja seu toque sutil de empoderamento femenino que evita de descartá-la logo de cara, mas é um slasher rural simples e eficiente em sua proposta. 8-10

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Gwen é um bom thriller psicológico (ou seria drama histórico?) que flerta muito com A Bruxa e Lady McBeth. Tem muitas coisas admiráveis pra representar o macabro: sua atmosfera mórbida, seu desenvolvimento moroso e a atuação sincera da atriz que dá nome ao filme. A sutileza da sugestão pontualmente rompida pela ultraviolência geram toda hora uma leve sensação de incomodidade nesta fita irlandesa, a despeito do desfecho que achei borocoxô. 8-10

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Eeire é um terror filipino que é muito bem ambientado e começa até legal, mas depois cai na mesmice numa estória que seria versão da loira do banheiro daquele país, entupido de sustos fáceis e trechos bem morosos. Falaram tanto que dava maior cagaço (na Netflix ta como Testemunha Fantasma) mas creio que a criatividade e tensão ficou só no cartaz e no desfecho, estilo Sexto Sentido. 7,5-10

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Trespasers é outro "home invasion" apenas correto, sem mais. Já viu Os Estranhos? Pois é, mesma coisa só que aqui se passa no deserto do Mojave. Fora a ambientação diferenciada o filme não acrescenta mais nada ao gênero, mas consegue divertir um pouco com o nonsense dos protagonistas e algumas situações que se esticam além do necessário. Os últimos 20 mínutos são a coisa mais legal. 7,5-10

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Deadsight é mais um "zombie movie" de baixo orçamento que ao menos tem uma premissa que foge do tradicional e te mantêm preso á película: um cego e uma policial grávida unem forças pra sobreviver no apocalipse desmorto. Mas apesar disso e a precariedade do orçamento, as idéias logo se diluem e tudo se estica além da conta apesar do empenho evidente da dupla protagonista. No final fica a sensação de que com mais grana e melhor direção teria vingado coisa bem melhor neste Fargo do terror. 7,5-10

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D-Railed é um terror bizonho que são 3 filmes em um e não se resolve em qual quer ser. Começa até bem como thriller de mistério feito Assassinato no Expresso Oriente, mas daí surgem 3 reviravoltas inesperadas e vira um survival com clones do Monstro da Lagoa Negra (!?). Sim, creio que esta produção quis ser original e se perdeu totalmente nesses 3 giros, sem falar que a duração é curta demais pra desenvolver tudo que se propõe. Atuações canhestras, furos nababescos e um desfecho sem sentido completam o pacote desta pérola da bizarrice involuntária. 4-10
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Haunt é terror indie típico, correto, previsivel, porém bem efetivo. Mescla Escape Room com elementos slasher com homenagens ao terror oitentista de rodo. A boa ambientação e o roteiro oferecem diversidade na forma de pegar peças ao espectador de forma a não cair no slasher convencional. Mas fica a impressão que com um elenco melhorzinho e um desfecho mais potente teria vingado um baita filmão. Depois vi que os roteiristas são os mesmos do Lugar Silencioso, mas aqui foram mais preguiçosos pois ta cheio de furo. 8,5-10

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Midsommar se diz filme de terror mas é mesmo um thriller de mistério pois todo desenrolar da estória nada mais é que metáfora do relacionamento do casal protagonista..alías, do término dele. O roteiro tenta ser inteligente mas o filme só me prendeu no quesito das bizarrices daquela comunidade alternativa sueca. Visualmente é lindo e deixa-se ver de boa, atuações idem.. mas é justamente esta pretensão de simbolismos que faz a experiência (pelo menos a minha) não ser plena. Pelo menos foi menos broxante que Hereditário. 8-10
 

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Cutterhead é outro bacanudo filme que aborda a exploração de imigrantes se valendo do thriller de sobrevivência, no caso, no metrô. Esta produção dinamarquesa é simples, tensa e terrivelmente claustrofóbica, onde o trio de personagens é lentamente espremido cada vez mais e mais, não deixando o espectador respirar, á semelhança de Buried. O melhor é seu trio de protagonistas, que parecem interpretar eles mesmos. Um pequeno grande filme e eficiente survival. 8,5-10

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Itsy Bitsy é um bom filme de "bichos assassinos", no caso, uma aranhona turbinada que toca o terror. Parece até remake não oficial do clássico noventista Arachnophobia dadas as semelhanças. Atuações corretas, elementos mitológico interessantes, efeitos práticos e confrontos á moda antiga são os pontos positivos deste divertido filme B. O único ruim é um dramalhão familiar no meio que não diz a que veio e toma boa parte da projeção. 8,5-10

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Dead List é uma antologia horrível de curtas de terror que parece trabalho de conclusão de curso de cinema á distância. Vai vendo, ele até tem uma espinha dorsal interessante e coesa, mas os curtas em si são fraquíssimos, mal produzidos e sem tensão alguma. Da pobreza na execução e fraquíssimo elenco, sobram somente os bons efeitos práticos e o uso de metalinguagem na narrativa. Mas não é suficiente pra elevar o conjunto da obra a um nível mais aceitável. 5-10

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DreadOut é um bacanuda fita indonésia de ação de horror. Imagina uma versão terror de Jumanji.. é isso! O incrível é que é adaptação de um game (que nem sequer sabia existência) e flui que é uma beleza, não te deixa respirar com seu horror freaky e caráter imersivo. Bem feitinha e caprichada visualmente, o ruim é que os personagens não tem muito carisma e a última meia hora soa repetitiva, sem falar aquele desfecho borocoxô. 8,5-10

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Tone Deaf é um thriller apenas bonzinho pois ele quer ser mais do que é, além de modernoso. É um filme que começa bem mas não alcança todo seu potencial a despeito da ótima atuação do eterno T-1000, Robert Patrick, na pele de um psicopata. Sem ser suficientemente divertida, extravagante ou intrigante pra satisfazer os fãs do gênero. No final fica a impressão de qual era a intenção do diretor, uma vez que não serve nem como terror nem comédia diante daquele desfecho apressado. 7-10
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In Fabric é um razoável filme de gênero que flerta entre o horror e o giallo italiano. Sim, é daqueles filmes com estética retrô setentista que te hipnotiza, mas que deixa a desejar em conteúdo, no caso, uma crítica ao consumismo capitalista. Fora o visu e as boas atuações resta pouco, pois creio que não precise ser estiloso pra falar de um vestido amaldiçoado (!?). Colagem de cenas, aspecto surrealista e muito nonsense completam o pacote desta curiosa produção inglesa. A ver, mas com ressalvas. 7-10

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Three From Hell é um fecho meio melancólico da trilogia do Zombie, com House of 1000 Corpses e The Devils Reject´s. Sim, é o filme mais frouxo. Os melhores momentos das anteriores estão aqui, mas cobertos pelo verniz grindhouse, o que confere ao filme um tom de comédia desnecessário. As atuações do trio principal estão ok, mas um pouco beirando o caricato. No entanto, a violência explícita ta bem legal. Resumindo: recomendada unicamente aos fãs da saga e do Rob Zombie, mas com ressalvas. 7-10

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3 hours ago, Jorge Soto said:

 

Three From Hell é um fecho meio melancólico da trilogia do Zombie, com House of 1000 Corpses e The Devils Reject´s. Sim, é o filme mais frouxo. Os melhores momentos das anteriores estão aqui, mas cobertos pelo verniz grindhouse, o que confere ao filme um tom de comédia desnecessário. As atuações do trio principal estão ok, mas um pouco beirando o caricato. No entanto, a violência explícita ta bem legal. Resumindo: recomendada unicamente aos fãs da saga e do Rob Zombie, mas com ressalvas. 7-10

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 Caricatos os personagens da franquia sempre foram (os vilões em especial), mas Zombie errou a mão aqui? Uma pena. Achava o primeiro filme um bom Rip Off/homenagem a O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, e o segundo uma puta subversão ao apresentar essa família de vilões sádicos FDP, e em certa altura meio que nos fazer torcer por eles, o que é bizarro  por si só.

 

3 hours ago, Jorge Soto said:

Itsy Bitsy é um bom filme de "bichos assassinos", no caso, uma aranhona turbinada que toca o terror. Parece até remake não oficial do clássico noventista Arachnophobia dadas as semelhanças. Atuações corretas, elementos mitológico interessantes, efeitos práticos e confrontos á moda antiga são os pontos positivos deste divertido filme B. O único ruim é um dramalhão familiar no meio que não diz a que veio e toma boa parte da projeção. 8,5-10

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 Pô, agora fiquei curioso com esse daqui. Li alguma coisa sobre o filme, mas tava com uma cara de produção bagaceira do canal Sci-fi. Mas só por ter esse vies de "efeitos práticos" já me interessa.

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  • 2 weeks later...
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 Visto CAMPO DO MEDO

 

Laysla De Oliveira in In the Tall Grass (2019)

 

  Na trama, os irmãos Becky e Cal DeMuth (Laysla de Oliveira e Avery Whitted) viajam de carro até a cidade de Orlando, onde a moça pretende ter o bebê que está esperando. Ao fazerem uma parada em uma estrada deserta, eles passam a ouvir os pedidos de socorro de um menino, que alega estar perdido no matagal ao lado da estrada. Mas ao entrar para resgatar a criança, os irmãos descobrem que o matagal é um lugar que não respeita a física, pois eles não mais conseguem achar a saída, e o matagal parece ser infinito. Agora, Becky e Cal precisam encontrar uma maneira de sair do lugar e resgatar a criança, pois uma força maligna habita o matagal.

 Baseado em uma noveleta escrita por Stephen King e seu filho Joe Hill, CAMPO DO MEDO é a terceira adaptação produzida pela Netflix da obra de King, depois do excelente JOGO PERIGOSO, e do fraco 1922. Escrito e dirigido por Vincenzo Natali, este filme guarda muitas semelhanças com o trabalho mais famoso do diretor, CUBO, que assim como esta adaptação de King, trazia um grupo de personagens preso em um cenário que espacialmente não faz sentido algum. E talvez justamente por isso, em um primeiro momento, o filme consegue explorar a contento a premissa absurda criada por King e Hill sobre um simples matagal que se revela muito maior por dentro do que por fora, transformando assim uma paisagem aparentemente inofensiva em um ambiente aterrador. A coisa torna-se ainda mais interessante quando percebemos que o lugar não apenas desafia a lógica de espaço, mas também a lógica de tempo, lembrando um pouco nesse sentido filmes como TRIÂNGULO DO MEDO.

 Mas a medida em que novos personagens são adicionados na história, como a família Humboldt, que conta com Patrick Wilson como seu patriarca, e o ex namorado de Becky e pai da criança que ela carrega, Travis (Harrison Gilbertson), a trama vai perdendo o seu ar de estranheza, tornando-se um terror mais convencional, que mesmo que competente, parece desperdiçar um pouco o potencial apresentado na metade inicial da obra. CAMPO DO MEDO decididamente não vai entrar em nenhuma lista das grandes (e nem das otimas) adaptações de Stephen King, mas é um filme que ao meu ver, consegue cumprir com competência aquilo que se propõe a fazer, apresentando uma premissa interessante, e conseguindo encerrar a narrativa de forma decente.

 

Visto O TERCEIRO OLHO

 

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  Na trama, o jovem conde Mino Alberti (Franco Nero) está prestes a se casar com Laura (Erika Blank), para o desgosto de sua mãe dominadora (Olga Solbelli). Mas quando o Conde Alberti perde a mãe e a noiva no mesmo dia, com ambas as mortes tendo sido secretamente provocadas pela calculista empregada Marta (Gioia Pascal), o rapaz passa a entrar em um espiral de loucura alimentado por Marta, que o torna cada vez mais perigoso. Enquanto as mortes começam a se acumular, a situação piora quando o Conde recebe a visita de Daniela (Também Blank) irmã gémea de sua falecida noiva.

 Dirigido por Mino Guerrini, e escrito por quatro roteiristas, O TERCEIRO OLHO é um thriller de terror italiano de 1966, que surge como mais um Rip-off do clássico PSICOSE, de Alfred Hitchcock, como tantos produzidos na época, e que traz a estreia de Franco Nero no cinema (que no mesmo ano, ganharia o seu papel mais famoso ao interpretar Django no Western Spaghetti homónimo). O filme de Guerrini copia na cara dura vários dos elementos do clássico de Hitchcock, como o jovem rapaz fascinado por taxidermia, que pratica o seu ofício em pássaros, e que após perder alguém querido, passa a praticar em algo mais, a figura da mãe dominadora, e a natureza voyeuristica ao trazer um buraco na parede pelo qual a mãe de Gino o observa junto com a sua noiva. Além disso, a segunda metade também traz ecos de UM CORPO QUE CAI, outro clássico de Hitchcock, ao trazer o Conde vivido por Nero tentando "ressuscitar" a sua noiva através da figura de sua irmã gémea. 

 Não que buscar inspiração, e mesmo derivar elementos da obra de Hitchcock seja necessariamente um problema. Nas décadas de 70 e 80 Brian de Palma dirigiu uma série de filmes que também reciclava  diversos elementos narrativos tornados célebres pelo mestre do suspense, mas conseguia a dar a tais elementos a sua própria voz, o que não ocorre nesta produção italiana. Além disso, Nero está terrivelmente canastrão como o Conde Mino Alberti, enquanto Erika Blank tem a emoção de um manequim de loja em seu papel duplo. É somene o trabalho de Gioia Pascal que eleva um pouco o projeto, fazendo de Marta uma vilã com algumas camadas interessantes, e que em sua frieza, surge muito mais assustadora que o delirante Mino. Enfim, não chega a ser um filme ofensivo, mas existiram produções muito melhores na Itália produzida no mesmo período, inclusive produções que emularam Hitchcock com muito mais propriedade e identidade.

 

Visto PARI

 

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  Na trama, Arnab (Parambrata Chattopaddhyay) é um homem que após conhecer a sua provável esposa, acaba atropelando uma mulher, que se joga em frente a seu carro. Ao tentar descobrir juntamente com a polícia quem era a mulher, eles encontram a filha da vítima, Rukhansa (Anushka Sharma) uma moça que era mantida acorrentada. Quando Rukhansa passa a ser perseguida por uma misteriosa seita liderada pelo enigmático Professor (Rajat Kapoor), ela se abriga na casa de Arnab. Os dois logo passam a se sentir atraídos um pelo outro, mas a mulher esconde um segredo macabro e profano.

  Bem curioso este terror indiano, que em muitos aspectos lembra uma versão com adultos do sueco DEIXE ELA ENTRAR. O roteiro escrito a quatro mãos se desenvolve em grande parte encima da tensão sexual existente entre o casal protagonista. Há um contraste bastante interessante entre a inocência e ingenuidade que Rukhansa aparentemente demonstra, com aspectos mais macabros de sua natureza, vide as desconfortáveis cenas em que ela corta compulsivamente as unhas das mãos e pés, que continuamente aproximam-se de garra, e suas eventuais saídas noturnas, onde ela explicitamente demonstra a sua natureza inumana. O suspense proposto pela obra e a sensação de desconforto não está em saber se a moça é uma criatura sobrenatural ou não, pois é óbvio que é, o suspense está em saber se ela é realmente uma criatura maligna que está manipulando Arnab para seus próprios fins, ou se seu afeto por ele é verdadeiramente genuíno. Infelizmente, o filme sabota essas dúvidas mais de uma vez, através de desnecessárias sequências de Jump Scare, onde a protagonista é assombrada por sua versão monstruosa, em uma tentativa de reforçar a dualidade da personagem, mas que acaba tendo justamente o efeito oposto.

 Embora se alongue um pouco mais do que deveria, PARI ainda é um filme bastante atmosférico, e relativamente bem atuado, com destaque especial para Anushka Sharma como a protagonista, que consegue articular bem o deslumbramento e inocência de sua personagem, com uma persona mais brutal e sedutora, e para Rajat Kapoor, que faz do Professor um vilão ameaçador, mas paradoxalmente simpático. É um bom esforço do terror indiano, que como muitos clássicos do terror, levanta a questão sobre o que é de fato a monstruosidade, mas que tem problemas em sustentar a dubiedade proposta.

  

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On 10/14/2019 at 3:20 PM, Jailcante said:

Fiquei de ver esse do Campo do Medo

é legalzinho, principalmente pelo inicio e desenvolvimento, mas no final te deixa com a pulga atras da orelha com nada explicado, um vazio sem sentido. Quiçá pra deixar o espectador interpretar o que viu ou por que não soube finalizar mesmo?

 

Little Monsters é uma divertida comédia com gore onde a evolução do personagem principal em assumir responsabilidade da vida adulta é muito bem narrada. Repleto de gags hilárias, a surpresa foi ver a Lupita Nyong’o se dar muito bem neste tipo de produção, cuja premissa já é bizonha: o apocalipse zumbi numa fazendinha de pets, onde rola uma excursão infantil(!?). Resumindo, o filme não inventa a roda como Shaun of Dead mas é diversão acima da média feito Zumbilândia por carregar mensagem sentimental bem fofuchis, sem soar piegas. Ponto pra carismática molecada do longa. 8,5-10

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Luz é um curioso filme alemão sobre possessão demoníaca com forte estilo arthouse. Nada convencional e de difícil digestão, esta produção prima por cenas bizarras e queima bem devagar beirando o insuportável, pra só no final mostrar sua cara. Com estética bacana noventista, este horror nada convencional tem boas atuações e de longe a melhor cena é a sessão de hipnose e do interrogatório. Surreal, aqui ou você se encanta ou dorme todo filme. 7,5-10

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The Fanatic é um thriller bacana de stalker de ídolo, do naipe do noventista Estranha Obsessão (com Snipes e De Niro), mas com poderosa critica ao sonho americano. Travolta está irreconhecível (e muito bem) na pele duma espécie de Forest-Gump-geek-do-mal obcecado pelo seu ator preferido; o resto do elenco ta bem fraquinho. Tem muitos furos mas não desmerece como todo a produção indie e bem eficiente. Atente pras várias referências a clássicos do terror. 8,5-10

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Prey é um fraco terror que mistura vários gêneros sem conseguir ser original. Começa como drama, passeia pelo survival de Naufrago, flerta com romancezinho feito Lagoa Azul e finalmente tem um monstro tipo Predador. Na boa, so curti mesmo o thriller de sobrevivência pois o resto deixa muito a desejar, até o gore e o próprio monstro, meia boca. Pra completar, atuações ruins e um desfecho previsível coroam esta produção da Blumhouse que desponta pro anonimato. E olha que o diretor é o mesmo do ótimo remake de Maniac. 6-10

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Scary Stories to Tell in the Dark é um terrorzinho juvenil até divertido. É um Goosebumps feito pelo Del Toro, com um plot macabro meio História sem Fim mas com estrutura de mortes tipo Premonição. A ambientação sessentista e o design das criaturas é o ponto positivo, além das atuações e tal. O ruim é que pela faixa etária do público faltou um gore mais nervoso e, claro, ser meio previsível. Mas o resultado é bom passatempo apesar dos apesares.. Pra quem curtiu It, Stranger Things, etc.. 8-10

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In the Tall Grass é uma razoável adaptação de conto do Stephen King que logo de cara te enfia num labirinto bem claustrofóbico, mas logo surgem os mistérios temporais do naipe Triangulo do Medo que fundem a cuca do espectador e não se sabe o que ta rolando. É interessante, bem atuado e tem tensão com cenas bizonhas, mas deixa a desejar no quesito explicações porque se deixar pra subjetividade do espectador pode ser qualquer coisa. Pra mim o filme funcionou mais como thriller de sobrevivência do que terror psicológico. 8-10

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The Standoff at Sparrow Creek é um tenso e claustrofóbico thriller dark que te prende mesmo rolando tudo num único cenário, onde um grupo de milicanos tem que descobrir qual deles promoveu um massacre. O forte deste índie são os diálogos, roteiro e as atuações, onde ninguém é o que parece ser, do naipe de Cães de Aluguel. De baixissimo orçamento, a película é uma navalha com uma boa reviravolta final, com uma forte crítica ao governo Trump e á industria armamentista (e do entretenimento atual). É daqueles filmes que você pode discordar pelo viés político que carrega, mas que isso não faz dele menos sensacional. 9-10

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Harpoon é um eficiente thriller negro indie que tinha tudo pra dar errado - feito num único ambiente e apenas 3 personagens - mas não. Diálogos afiados e interpretações competentes fazem desta comédia negra algo do naipe do Tarantino, Guy Ritchie ou Coen. Lembra do noventista Dead Calm? É algo parecido mas tocado de forma bem dinâmica com uma pitada de survival. Não bastasse, esta bacana narrativa de desconstrução da amizade e amor se vale dum conto de Edgar Allan Poe e, pasme, Da Vida de Pi. Pequeno grande filme. 9-10

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8 hours ago, Jorge Soto said:

é legalzinho, principalmente pelo inicio e desenvolvimento, mas no final te deixa com a pulga atras da orelha com nada explicado, um vazio sem sentido. Quiçá pra deixar o espectador interpretar o que viu ou por que não soube finalizar mesmo?

 

SPOILER

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 Ah, acho que o que o filme não explica, não tinha que explicar mesmo. Dentro das regras que o projeto havia estabelecido da confusão temporal (e de realidades) que existe dentro do matagal, o final faz certo sentido, ainda que talvez tome algumas liberdades a lá VINGADORES: ULTIMATO nesse quesito.

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On 10/21/2019 at 10:19 AM, Jailcante said:

Esse filme do mato: Vi o filme no fds e gostei no geral. Sem maiores ressalvas.

 

O final eu até previ: Spoiler Teria que ter algum ser humano são ali tocar na podre da pedra e como ela mostra tudo pra pessoa, a pessoa viria como sair dali. Não deu outra. hahahaha

Vi o pessoal reclamando queo final do filme não fazia muito sentido e que faltou explicação, mas não achei. Afinal, eles meio que estabelecem que o matagal é um lugar onde tempos e mesmo realidades diferentes se cruzam.

O que acha dessa parte, Jail? Também achou confuso?

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The Cleaning Lady é um thriller bacanudo e insano sobre uma faxineira maluca que tenta ocupar o lugar da patroa, uma espécie mais trash de Mulher Solteira Procura. Ele começa feito drama televisivo mas depois engrena e mostra toda a insanidade da diarista psico, brilhantemente interpretada pela desconhecida Rachel Alig. Outra, os melhores momentos são de longe os perturbadores flashbacks da vilã, o que deixa uma baita vontade dum prequel contando sua história. O desfecho morno dá a sensação de coito interrompido mas até lá este indie cumpriu bem sua função. 9-10

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The Witch in the Window é uma arrepiante estória sobre relacionamentos. É um estudo sobre a perda de quem se ama e ás mudanças em formato de casa assombrada, o que não deixa de ser uma forma original de tratar este subgênero. Um indie de baixo orçamento que reinventa o que ja ta mais que batido, tem apenas três protagonistas dos quais se destacam pai e filho, muito bem interpretados. É um filme sensível sobre relacionamentos/perdas que tem dois momentos verdadeiramente cagantes.. grata surpresa. 9-10

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Mary é um thriller sobrenatural mixuruca que tem até uma premissa boa (sobre um veleiro assombrado) e a narrativa é documental, fugindo do lugar comum, mas a direção é clichezada até o talo e o roteiro meia boca ta bem abaixo da competência dos atores que tem. Sustinhos fáceis e uma assombração genérica que não assusta completa o pacote deste filme que literalmente fica á deriva. Na boa, o maior mistério deste filme é saber o que atraiu os grandes Gary Oldman e Emily Mortimer a esta barca furada. 7-10

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Wounds é um terror psicológico apenas razoável que começa superbem sobre um "celular maldito", prometendo ser uma versão atualizada de O Chamado mas que logo vira um nonsense cheio de simbolismos onde o único que presta são as homenagens a Cronenberg, no body horror. É um filme que trata da degradação e do colpaso mental do personagem principal, mau atuado pelo Armie Hammer, onde se destaca o resto do elenco. E esse desfecho ruim de doer? Pelamor.. 7,5-10

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Eli, diferente do filme acima, já não tenta ser cerebral e metafórico divertindo á beça. O filme se mostra como sendo de uma coisa, com várias homenagens ao cine B e bem atuado, mas logo nos finalmente tem uma reviravolta bacanuda que é outra perspectiva de tudo visto até então, que liga todas as pontas soltas. O moleque manda muito bem no papel título e neste mês de Halloween que a Netflix ta entupindo de terrores, seria uma boa que viesse logo a sequência deste enquanto ta fresquinho.. 8,5-10

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Sweetheart é um thriller de sobrevivência que me lembrou o recente Prey, onde a mistura de gêneros prejudicou o filme. Mas aqui o resultado é bem mais eficiente neste mix de Naufrago com Predador, com uma ótima protagonista negra, que seria o par romântico do Flash, em Liga da Justiça. Na verdade o survival se destaca mais que o scy-fy, mas a de destacar que o diretor tirou proveito de suas limitações e cria momentos genuinamente tensos. Mas o filme desanda no final, onde mais gente (e o vilão) finalmente dá as caras e o minimalismo anterior torna-se algo genérico. 8-10

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Occupants é um ótimo found footage de mistério que pelo menos foge da temática convencional com uma boa idéia que te prende do início ao fim. Sem fantasmas, ovnis, pé-grande ou exorcismos o tema aqui são universos paralelos coexistindo. Sim, atuações nada memoráveis, efeitos nada especiais e orçamento merreca, mas a estória é envolvente, a câmera não treme e nem tem a gritaria de praxe. Fazia tempo que não via um bom filme em primeira pessoa, tipo Bruxa de Blair, provando que basta uma boa idéia e pouca grana pra fazer um filme que vai de menos a mais. Outra, a roteirista é brasileira. 8,5-10

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Fractured é um bacanudo e afixiante thriller psicológico, do naipe de O Operário e Ilha do Medo. Nada é o que parece na história que nos é apresentada e cabe ao espectador decidir seguir a trilha do personagem principal, o ótimo Sam Worghinton, ou tirar próprias conclusões. Tenso e agoniante conforme a metragem avança, o plot parece ser previsível mas a direção subverte toda essa expectativa de forma sádica, e só pelo desfecho corajoso ja vale a pena assistir. A Netflix ta caprichando na véspera de Halloween. 8,5-10

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The Dead Center é um thriller de horror psicológico modesto e efetivo onde mesmo com falta de orçamento, o pouco gore e CGI que dispõe, é usado a favor da ótima e mórbida atmosfera dark que transpira. Ele ecoa o ótimo A Autópsia e outras referências, mas consegue impôr personalidade sem ser previsível. Ótimas interpretações contam a favor, porém seu desfecho depõe contra e com a própria mitologia que tenta estabelecer. 8-10

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 Visto A DAMA DE BRANCO

 

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   Na trama, Franklin Scarlatti (Lukas Haas) é um garoto de doze anos que perdeu a mãe recentemente. Certa noite, ao ficar preso na escola devido a um trote dos colegas, ele testemunha a aparição fantasmagórica de uma menina, no que parece ser o momento de seu assassinato. Logo depois, o garoto é atacado por um homem encapuzado, sobrevivendo por pouco. Embora a polícia tenha um suspeito, Franklin continua avistando o fantasma da menina Melissa (Joelle Jacobi) e passa a acreditar que ela foi a primeira vítima de um infanticida que vem aterrorizando a cidade há dez anos. Acreditando que o assassino ainda está a solta, o garoto inicia uma investigação com a ajuda relutante de seu irmão mais velho Geno (Jason Presson) que o leva a confrontar a figura mítica conhecida como a Dama de Branco.

  Escrito e dirigido por Frank LaLoggia, esta produção oitentista foi um grande Floop na época de seu lançamento, matando a carreira do diretor logo de começo. Mas como acontece com muitos filmes, o longa metragem acabou sendo redescoberto, tornando-se um Cult. Pois bem, após ver A DAMA DE BRANCO, consigo entender o que afastou o grande público, mas também o que fez a obra ficar em alta conta com a crítica. Começando pelos defeitos, A DAMA DE BRANCO nunca consegue esconder o seu baixíssimo orçamento, o que em alguns casos é inevitável, mas que aqui tem também a mão de uma decupagem pouco eficiente neste sentido (fruto de inexperiência, se me perguntarem). O roteiro, embora tenha muitos méritos que já abordarei, acaba soando um pouco abarrotado demais em alguns pontos, vide a própria situação da personagem título, cujo plot parece surgir de forma um pouco atrasada na trama. Além disso, a narração em Off fornecida por um Franklin já adulto soa dispensável.

  Dito isso, LaLoggia merece méritos por criar uma atmosfera fantástica para o seu filme, que circula com desenvoltura entre o terror gótico, o conto de fadas sombrio e terrores sociais mais diretos, como a violência do racismo, e o horror da pedofilia. O roteiro é competente ao construir a trama como uma grande jornada de amadurecimento para o seu protagonista, com as aparições fantasmagóricas não conseguindo sequer arranhar a maldade humana. O diretor consegue construir uma série de momentos que chocam não pela sua violência, mas por sua pungencia emocional, vide o momento em que Franklin (muito bem defendido por Lukas Haas) testemunha o momento exato da morte de Melissa, ou o desfecho do julgamento do zelador negro acusado de ser o assassino com provas meramente circunstanciais. A DAMA DE BRANCO é um otimo exemplar do terror oitentista, e que pode não ter conseguido sucesso na época justamente por trabalhar aspectos sombrios demais da natureza humana em um terror juvenil Coming of Age.

 

Visto TABERNACLE 101

 

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   Na trama, Frank (David Hov) é um ateu convicto, que está a frente de um canal do you tube que tem por objetivo desmerecer médiuns e líderes religiosos. Tentando encontrar uma prova definitiva de que não existe uma vida após a morte, o rapaz se submete a um experimento conduzido pela namorada Sarah (Elly Hiraani Clapin) onde uma droga permite que ele morra e seja trazido de volta a vida. Inicialmente, ao não lembrar de nada da experiência, Frank acredita que conseguiu a prova de que não há vida após a morte, mas a coisa muda de figura, quando o rapaz começa a sofrer uma série de experiências paranormais.

 Escrito e dirigido por Colm O' Murchu , TABERNACLE 101 é um thriller sobrenatural australiano, que começa como um plágio descarado de LINHA MORTAL, para depois pegar elementos de fontes distintas como SOBRENATURAL, A HORA DO PESADELO 3: GUERREIROS DOS SONHOS, e qualquer filme de super herói genérico, criando uma mistura indigesta, embrulhada com atuações muito ruins e efeitos especiais piores ainda. O primeiro ato do longa metragem até é interessante ao apresentar o protagonista como um tipo de ateu radical, que acredita não precisar provar a inexistência de Deus e que "quem tem que provar a existência de Deus são os crentes que acreditam nele". É um princípio interessante, que promete uma jornada interessante para um personagem tão cetico a partir do momento em que ele começar a experienciar eventos sobrenaturais. Mas basta as primeiras assombrações começarem a perturbar Frank, que ele imediatamente abraça a existência do sobrenatural, sem sequer tentar buscar uma explicação racional, o que é bem ilógico diante do cético inflexível apresentado no começo do filme.

 A situação só piora a partir do momento em que o personagem principal busca a ajuda de Meredith (Mikaela Franco), uma médium que ele havia desacreditado no começo do filme para entender o que está acontecendo. Não só Meredith surge como uma personagem absolutamente clichê, cheia de frases de efeito risíveis, como a relação que o roteiro tenta nos empurrar goela abaixo entre ela e o protagonista não possui credibilidade nenhuma. Além disso, o casal principal do nada vira mais super herói do que médium ao adquirir poderes como teletransporte, telecinese e telepatia (além de lançar bolas de energia que parecem feitas no After Effect), em uma virada dentro do roteiro que não faz sentido nenhum. Mas escrito, mal atuado e mal dirigido, tá ai um filme pra se passar longe.

 

Visto A NOITE DOS DEMONIOS 2

 

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  Na trama, seis anos se passaram desde os eventos do filme original, e agora a verdade sobrenatural do massacre da Casa Hull é visto como uma lenda urbana. Quando o halloween se aproxima , a jovem Melissa "Mouse" Franklin (Merie Kennedy) irmã caçula de Angela Franklin (Amelia Kinkade) a garota por trás da festa que resultou no massacre e cujo corpo nunca foi encontrado, passa a ter pesadelos horríveis com a irmã.  Na noite de Halloween, Melissa, que está estudando em um internato católico, é enganada por outros estudantes, que a forçam a ir até a Casa Hull para uma nova festa de Halloween, dando início a uma nova matança.

 Demorei muito para conferir esta sequência do Cult de 1988, já que não tinha gostado do filme original. Talvez pela baixa expectativa, acabei gostando bem mais desse aqui. O filme, tal como o seu antecessor é uma longa bobagem, parecendo ir ainda mais longe nas piadas sexuais adolescentes do que o filme original, bastando perceber a cena em que uma garota é possuída por uma criatura fálica que se esconde em seu batom, e que depois de não conseguir entrar em sua boca, enrosca-se em suas pernas, em uma cena que não ficaria fora de lugar em um terror Softporn. Mas achei que esta obra acabou apresentando um ritmo muito melhor, além de apresentar uma série de personagens carismáticos, como a já citada Mouse, Perry (Robert Jayne) um nerd viciado em demonologia, e especialmente a Irmã Glória (Jennifer Rhodes) a freira responsável pelos alunos, que embora seja inicialmente apresentada como a tirana "empata foda" acaba se tornando a personagem mais bad ass da película a partir da segunda metade, quando precisa proteger os seus alunos de zumbis endemoniados. Mesmo Angela surge como uma vilã mais carismática e ameaçadora aqui do que foi no filme original, ainda que tenha bem menos tempo de tela.

  No geral, A NOITE DOS DEMÔNIOS 2 não deve ficar na memória de ninguém por muito tempo, mas me divertiu bem mais do que o primeiro filme, em um dos casos de sequências melhores que o original (na minha opinião). Pra quem curte um terror estilo EVIL DEAD 2, com personagens possuídos por criaturas diabólicas, violência trash e monstros feitos no bom e velho efeito prático, pode curtir a conferida descompromissada nesta produção noventista. Talvez um dia eu dê uma conferida no terceiro filme que fecha a trilogia.

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Rabid é o bacanudo remake do setentista homônimo do Cronenberg, que é homenageado em cada frame do longa, seja nas várias referências a seus filmes como no body horror, um gore lindo de se ver. As atuações são superiores ao original, com personagens mais profundos, em especial a protagonista e o mad doctor. Na verdade este remake complementa o anterior (que acho fraco), ou seja, seria mesmo um reboot. Tem alguns defeitos sim pro final, mas o pouco que faz faz bonito. 8,5-10

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The Girl on the Third Floor é outro filme de casa assombrada cuja atmosfera e humor são bem satisfatórios. Bem próxima do estilo do Cronenberg, evita sustos fáceis e os troca por giros psicológicos (e eróticos) bem mais satisfatórios. Mas seu trunfo maior é o ator principal, o ex-lutador CM Punk, que faz com que o filme se aproxime do Raimi pois é a cada do Bruce Campbell, e o filme parece um remake bem feito e não oficial do oitentista A Casa do Espanto. 8,5-10

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Extracurricular Activities é uma comedinha dark teen que dá pro gasto, inofensiva e inócua. Seu humor negro e dinamismo a aproxima bastante do dinamismo do bacana Tragedy Girls. A estória se resume a um Mr Wolf (de Pulp Fiction, lembra?) teen resolvendo os problemas da molecada num colégio, e por si só ja vale a bizoiada. Atuações apenas corretas, estória redondinha sem reviravolta, algum gore com violência superficial e garotinhas boazudas completam o pacote. 8-10

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Rattlesnake é o último filme de terror da leva Netflixiana do mês de Halloween, felizmente bacanudo quanto os demais. Este aqui se assemelha em narrativa a 1922 com Pacto Sinistro e qualquer filme onde o tempo conta pro protagonista. É um filme que trata de escolhas morais e éticas, em formato survival/terror. Não tem susto fácil mas te mantem ligado e tenso pela atmosfera que transpira, opressora em toda metragem. As atuações são boas e as poucas falhas não comprometem o resultado final. 8,5-10

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Bloodline é um thriller indie de serial killer até legalzinho, no caso um professor psico que sai matando os pais ruins de seus alunos.. vai vendo! Interessante é ver o Stinfler de American Pie (ou Martin Riggs do novo Maquina Mortífera) bem a vontade no papel de serial, levantando um bom questionamento sobre violência doméstiao e o clichê do pai devoto de família. Tem erros de narrativa e umas questões ficam em suspenso, mas não desabonam este divertido filme. 8,5-10

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La Influencia é um terror espanhol fraquinho da Netflix onde as melhores virtudes ficam por conta da produção caprichada e em parte das atuações bem empenhadas. No entanto, a pobreza do roteiro, a previsibilidade da estória, a direção clássica e o desfecho que deixa mais perguntas que respostas aos enigmas lançados, depõe contra o filme. Tem uma ou outra homenagem a Stephen King mas nem o gore, nos finalzinhos, torna esta obra bem confusa algo melhor. 7-10

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Laddaland é um terror tailandês com forte carga dramática e crítica social. Começa feito Poltergeist mas depois fica a dúvida se tudo não passa da nóia do personagem principal diante da própria desagregação familiar. Bem ambientado, personagens medonhos, alguns sustos e bem tenso as vezes. No entanto, o filme peca pela fraca atuação do ator principal, que parece não se dar conta que o filme gira em torno dele, e a excessiva duração do longa. Mas mesmo com desfecho anti-climático e algumas incoerências do roteiro é bom ver exemplares asiáticos deste gênero. 8-10

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Memory: The Origins of Alien é um bacanudo documentário que analisa as origens de Alien e o coloca no contexto da época, mostrando de forma convincente a sinergia dos elementos que deram origem ao clássico. Com farto material de arquivo, os destaques são os depoimentos das viúvas de Dan O´Bannon e H.R.Giger. Se tem algum defeito é a ausência de qualquer testemunho do Ridley Scott, embora não falte confete á ele. É uma produção feito com carinho aos fãs do filme e de cinema em geral e que complementa o também ótimo The Beast Within: Making Alien. 9-10

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The Odd Family: Zombie on Sale por sua vez já salvou o dia de ontem, uma zombédia coreana bem divertida que dá um frescor original aos filmes de zumbi, do mesmo naipe do ótimo One Cut of the Dead. Imagina um mix Fido, Cocoon e Warm Bodies? Parece bizonho mas dá certo! Tem alguns cacoetes asiáticos que incomodam, mas no geral o filme é bem engraçado. É o que o Jim Hammursh quis fazer com seu The Dead Don´t Dead, e sem elenco estelar. Aqui o elenco é desconhecido e justamente por isso o filme funciona a contento. 8,5-10

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Bliss é um indie bem estiloso que basicamente é um mix de Transpotting com Mandy, só que com mais gore. Ta sendo vendido como filme de vampiro mas nem, o mais próximo disso é que lembra (de certa forma) é Fome de Viver. O aspecto sujo, as cores saturadas e a trilha de punk-metal joga a favor desta produção bem atuada e redondinha. Mas é filme de arte, que fique claro. Diferenciado, manja? Pra assistir puxando umzinho... 8,5-10

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The Drone é um daqueles terrir do gênero "quanto pior, melhor" do naipe de Sharkado. Vai vendo, aqui a trama é chupinhada de Brinquedo Assassino, só que ao invés do boneco possuído é um drone!? Os diálogos são hilários e o desconhecido elenco parece se divertir nessa tosqueira. Assista o trailer pra ver o naipe da bagaça... A pergunta é: como será que decidiram numa mesa redonda a produção deste filme? Mistério.. 8-10

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Portals é uma antologia scy-fy/horror tipo V/H/S que já arranca com interessante premissa  - sobre portais interdimensionais na Terra - e tem uma espinha narrativa coesa. Mas a boa impressão fica só nisso, pois apesar do quarteto talentoso de cineastas envolvidos, o filme resulta menos que a soma de suas medíocres partes.  Estórias mornas e monótonas, atuações frouxas e personagens mal desenvolvidos, sem falar que até no gore e tensão deixa a desejar.  6,5-10

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47 Meters Down Uncaged  é a divertida sequência do bacanudo Medo Profundo  que não pretende ser mais do que é, um filme B de tubarões assassinos. Desta vez fizeram um Abismo do Medo no mar, tenso, claustrofóbico e eficiente como survival, com homenagens descaradas a Deep Blue Sea. Sim, as atuações não chegam perto do longa original (principalmente a filha do Stallone, chatinha!), o roteiro se contradiz ás vezes e que cena é aquela do cara ouvindo Roxette embaixo dágua? Sim, é inferior á primeira mas ainda assim diverte á beça. 8,5-10

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se liga na referência...?

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 Visto DOUTOR SONO

 

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   Na trama, trinta anos após os  eventos no Hotel Overlook, Danny Torrance (Ewan McGregor) se tornou um alcoólatra. Após um terrível incidente, Danny passa a buscar a sobriedade, e alguns anos depois, parece encontrar a paz, trabalhando como enfermeiro em uma clínica para pacientes terminais, usando a sua "iluminação" para ajudar os pacientes a fazerem a passagem. Mas Quando Danny conhece Abra Stone (Kyliegh Curran), uma pré adolescente com as mesmas habilidades que ele, que está sendo perseguida por um grupo de vampiros energéticos conhecido como o Verdadeiro Nó, que se alimentam dos iluminados, Danny deve enfrentar os seus traumas para proteger Abra.

 Venho acompanhando a carreira de Mike Flanagan com curiosidade desde o seu primeiro filme, ABSENTIA. Trazendo na maioria das vezes personagens definidos por traumas do passado, e uma preferência por narrativa dividida em camadas temporais e sensoriais, a filmografia de Flanagan evoluiu de filme para filme, até alcançar um nome do gênero para se prestar atenção  com HUSH: A MORTE OUVE, e atingir a excelência com a minissérie da Netflix A MALDIÇÃO DA RESIDÊNCIA HILL. Mas foi em 2017, quando dirigiu também para a Netflix o thriller JOGO PERIGOSO, uma adaptação bastante complexa de um romance de Stephen King, que Flanagan ganhou a chance de enfrentar o seu maior desafio até o momento; dirigir a adaptação de DOUTOR SONO, sequência do clássico O ILUMINADO. O desafio maior não era apenas dirigir a sequência tardia de um clássico do cinema dirigido por um mestre como Stanley Kubrick, mas promover uma reconciliação entre a atmosfera mais niilista e desesperançosa que Kubrick imprimiu em sua adaptação de O ILUMINADO (notoriamente odiada por Stephen King) com a sequência literária escrita por King que ia contra muito daquilo que foi estabelecido pelo famoso diretor na película de 1980. Era um grande sinuca de bico, mas apesar de alguns percalços, Flanagan se mostrou a altura do desafio, entregando uma sequência que respeita e honra o clássico de Kubrick, mas que também resgata muito dos elementos emocionais que eram caros a King, para construir a sua própria história.

  Primeiramente, deve-se dizer que diferente de sequências que retomam clássicos, como STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA e JURASSIC WORLD, DOUTOR SONO não é uma continuação que se baseia na nostalgia, ao apresentar uma narrativa de natureza muito diferente do filme original (o que também ocorria com suas contrapartes literárias), ao usar o terror mais como um motor para o drama, do que propriamente torna-lo o cerne da narrativa. O roteiro de Flanagan trabalha com calma a sua história, inicialmente nos apresentando um prólogo que mostra como foram os primeiros meses de Wendy Torrance e o pequeno Danny (Alex Essoe e Roger Dale Floyd) após a tragédia do Overlook, e como o menino aprendeu a lidar com os fantasmas que o perseguiam com a ajuda do espírito de Dick Halloran (Carl Lumbly). Depois desse prólogo, Flanagan desenvolve todo o seu 1º ato em três narrativas paralelas, que acompanham a decadência e recuperação de Danny; a descoberta dos poderes da pequena Abra, que desenvolve desde pequena uma conexão com Torrance; e por fim o recrutamento de Andy Cascavel (Emily Alyn Lynd) para o verdadeiro Nó por sua enigmática líder, Rose: A Cartola (Rebecca Fergunson). Esse 1º ato é competente em construir o universo do filme, ao mesmo tempo em que desenvolve o trio principal formado por Danny, Abra e Rose, até que essas três histórias se cruzam ao fim do 1º ato em uma sequência angustiante que traz a participação especial de Jacob Tremblay.

  Na direção, Flanagan demonstra uma direção elegante, que consegue manter a própria identidade em sequências mais oníricas, como aquelas que trazem um duelo mental entre Abra e Rose, mas que também referência Kubrick (especialmente nas sequências envolvendo Danny) sem com isso soar uma condução esquizofrenica. De fato, muitas das reconstituições dos planos de Kubrick feitos por Flanagan surgem extremamente interessantes justamente por não serem gratuitos, e sim funcionarem como uma inversão do que foi visto no primeiro filme, como aquela onde acompanhamos uma entrevista de emprego de Danny, tal como o seu pai anos antes, ou aquela que traz Danny sentado em um bar durante o 3º ato da narrativa. Além disso, apesar de possuir duas horas e meia de duração, o diretor conduz um ritmo muito bom para a narrativa, mesmo durante as passagens mais tranquilas, já que constrói com habilidade uma atmosfera densa e melancólica, que nunca nos permite assumir que os personagens estão seguros.

  DOUTOR SONO também se beneficia de ter um elenco extremamente competente, que compreende muito bem os seus personagens. Ewan McGregor dá uma vulnerabilidade tocante para Danny, ao retrata-lo como um homem não só assombrado por seus traumas de infância (e os fantasmas literais que ele carrega em sua mente) mas por seus próprios erros na vida adulta. A jovem Kyilegh Curran também concede muito carisma e veracidade a Abra Stone, retratando a garota como estando compreensivelmente deslumbrada com a extensão cada vez maior de seus poderes, e até desenvolvendo certa arrogância a partir de certo ponto, mas sem nunca tornar-se antipática (como ocorria com a sua contraparte literária). Mas quem rouba mesmo a cena é Rebecca Fergunson ao fazer de Rose uma vilã sedutora e cruel, que não apenas lidera, mas tem o respeito de seus seguidores, pelos quais ela tem uma relação genuína de afeto. E é curioso observar que ainda que diferente da maioria dos filmes do gênero, onde o vilão tem o domínio da situação até o 3º ato, Rose e seu grupo são muitas vezes surpreendidos por Danny e Abra (que se torna cada vez mais poderosa), a ameaça em torno da personagem nunca é esvaziada, o que credito muito mais ao trabalho de Ferguson do que ao próprio roteiro. No elenco de apoio, destaca-se a presença de Carl Lumbly como Dick Halloran, que consegue reprisar os trejeitos que Scatman Crothers deu ao personagem em 1980, mas que consegue tornar o personagem seu ao dar a Halloran uma autoridade que não estava presente no filme original, devido a sua nova condição.

 Na parte técnica, destaca-se o trabalho de direção de arte, que não apenas reproduz com extrema competência os clássicos cenários do Hotel Overlook no climax da narrativa, mas concede personalidade aos principais ambientes da trama; reparem por exemplo como o quarto de Danny permanece um ambiente vazio e sombrio, mesmo depois de anos vivendo no mesmo ambiente, denunciando a desconexão do sujeito com o lugar, ou como o quarto de Abra tem bonecas de super heroínas e guerreiras de mangá, refletindo a personalidade combativa da garota, que diferente de Danny aprecia os poderes de sua iluminação. Ainda é importante citar o trabalho dos Irmãos Newton na trilha sonora, que trabalharam em todos os projetos do diretor desde OUIJA: A ORIGEM DO MAL, que criam aqui uma trilha bastante funcional, que é eficiente sem chamar a atenção demais para si mesmo, e criam uma bela nova versão para o clássico tema de O ILUMINADO feito  por Wendy Carlos E Rachel Elking em 1980

 Apesar de muitos acertos, o filme também dá as suas derrapadas. O filme utiliza a personagem de Andy Cascavel para nos dar o contexto do funcionamento do Verdadeiro Nó, o que é uma manobra didatica, mas feita de forma natural, mas a personagem perde completamente a importância após o 1º ato, denunciando assim a sua função mecânica para o enredo. E se o climax no Hotel Overlook traz um arrepio na espinha dos fãs do filme de 1980, e traz vários momentos recompensadores (discordo daqueles que apontam que é puro fan service) é inegável que em seus minutos finais,  o desfecho desse 3º ato não apenas perde o foco da história que estava contando, como ai sim nesses minutos finais. entrega um fan service ao livro O ILUMINADO que narrativamente não faz muito sentido, o que por acontecer justamente na conclusão, acaba tendo um peso maior no publico.

 Apesar desses deslizes, o saldo final de DOUTOR SONO ainda é muito positivo. Flanagan conseguiu ser extremamente respeitoso e reverente ao clássico de Kubrick, ao mesmo tempo em que inseriu muito da carga emocional que King sentiu falta no primeiro filme (e que vem do próprio trabalho de Flanagan como diretor, para quem conhece os seus filmes). Não vai ser um clássico como O ILUMINADO,e nem é tão aterrorizante quanto ele, mas não precisa ser. O filme é sim, uma continuação orgânica, que tem a coragem de seguir o próprio caminho (mas sem temer olhar para o passado) com personagens carismáticos em uma obra que consegue apelar para a emoção do público. No fim, para um projeto que tinha muita chance de dar errado, Flanagan mandou muito bem, renovando o meu interesse por seus projetos futuros.

  

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22 hours ago, Jailcante said:

Só tem horário ruim pro Doutor Sono por aqui, por isso não vi ainda. Quero ver durante semana, aí não deu. Vou esperar mudarem os horários quinta-feira que vem pra ver se surge um horário bom. Senão surgir, devo ver no fds mesmo.

Pois é. os horários aqui na minha cidade estavam bem ruins também. A bilheteria do filme não foi boa no Brasil, mas pelo menos aqui no Sul, os horários do filme eram bem ruinzinhos. Ai não tem como mesmo.

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 Visto GHOST MOTHER

 

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  Na trama, Nuntha (Paichrapa Chaichua) torna-se responsável por seus três sobrinhos depois que seu irmão policial é assassinado por traficantes sexuais. Mas em busca de encontrar provas que haviam sido recolhidas pelo irmão de Nuntha, os criminosos sequestram a moça, e acabam matando-a também. Enquanto o Detetive Thong (Thanakorn Pisanupoom) um homem traumatizado por ter perdido um refém durante um assalto tenta desbaratar a quadrilha, Nuntha retorna como um fantasma, disposta a proteger os seus sobrinhos e vingar-se de seus assassinos.

  GHOST MOTHER é um thriller sobrenatural tailandês lançado em 2007, que apesar de usar e abusar de todos os clichês envolvendo espíritos orientais de cabelos longos e molhados, ganha alguns pontos por dar alguma simpatia para essa figura fantasmagórica, proteger os seus sobrinhos é tão ou mais importante do que executar a sua vingança.Tendo sido escrito e dirigido por Theerathorn Siriphunvaraporn, o longa metragem tem uma condução interessante, com destaque para a competente sequência do assassinato de Nuntha, que começa com uma longa e muito bem filmada cena de perseguição, até a angustiante cena de morte da moça. O diretor tem uma mão relativamente boa para o suspense, conseguindo transitar entre o absurdo sem soar muito ridículo, já que as mortes provocadas pela fantasma lembram em muito os acidentes da franquia "Premonição".

  O roteiro já não é tão amarrado quanto poderia, além de contar com personagens estereotipados até dizer chega, vide a figura do detetive traumatizado, e os criminosos que se acabam de rir diante da própria maldade, sendo com certeza o que joga esse filme na categoria "Nhé". Os atores, entretanto conseguem conferir algum carisma aos seus personagens, com os coadjuvantes muitas vezes roubando a cena dos protagonistas, como é o caso da falecida Natchica Cherdchoobuphakaraee, que vive Mai, a sobrinha mais velha e sensitiva da protagonista fantasma, e Focus Jirakhul, que interpreta Prae, a irmã mais nova e mais irresponsável de Nuntha, que acaba sendo a responsável pelos alívios cômicos do longa metragem.

 No geral, GHOST MOTHER acaba sendo um "supercine" bem inofensivo. A atmosfera até é bem construída, e os atores estão empenhados em seu papel, mas excetuando uma ou outra sequência, acaba sendo um filme bem morno.

 

Visto THE CAT

 

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  Na trama, Wisely (Waise Lee) é um detetive de polícia e escritor de histórias de ficção científica nas horas vagas, que passa a investigar uma série de roubos de museu cometidos por uma garota (Gloria Yip) e seu gato preto. As investigações de Wisely o levam a descobrir que a garota é uma princesa alienígena, que tem o gato preto como o seu guardião. A princesa está na Terra em busca de uma poderosa arma que pode salvar o seu planeta, mas eles estão sendo perseguidos por uma criatura extraterrestre assassina, capaz de possuir corpos humanos.

  THE CAT é um thriller de ficção científica de terror chinês noventista, com fortes toques de ação aventuresca, que parece beber de fontes tão distintas como O EXTERMINADOR DO FUTURO e STARMAN: O HOMEM DAS ESTRELAS, além de todos os filmes de terror feitos em torno da figura do gato preto (que não são poucos). O roteiro escrito a quatro mãos por Gordon Chan e Hing Ka Shan (baseado no romance de Kuang Ni) circula com desenvoltura por vários géneros, indo do thriller policial, passando pela ficção científica de fantasia, até o terror Lovecraftiano. Os personagens, ainda que não sejam nenhum poço de profundidade e sequer tenham arcos dramáticos muito bem definidos, são, em sua maioria, simpáticos o suficiente para conseguir o apego do espectador, ainda que tenhamos alguns personagens inúteis, como a namorada do protagonista, cujas únicas funções são basicamente gritar e ser gostosa.

  A direção de Ngai Chom Lam é bastante competente em circular entre os diversos géneros propostos pelo roteiro. O diretor merece elogios por manter o uso de efeitos práticos pelo maior tempo em que consegue, vide a sangrenta cena em que um grupo de policiais entra no covil do vilão do filme, onde vemos cabeças estouradas, rostos derretidos e braços arrancados, ou no violento ataque de um policial possuído armado até os dentes à casa do protagonista, com o vilão surgindo aqui como uma espécie de versão chinesa do T 800 de O EXTERMINADOR DO FUTURO. E ainda que alguns efeitos surjam datados, outros ainda possuem a sua força, como o climax que remete diretamente ao clássico A BOLHA ASSASSINA. Deve-se tirar o chapéu também para a eficiente montagem da obra, que consegue transformar algo como um confronto mortal entre um gato e um cão em algo emocionante (cena que deixara os cachorreiros com o coração na mão), e também trabalhar de forma competente a ambiguidade do personagem título, que ora surge como um bichano fofo, ora como uma criatura extremamente ameaçadora. 

 THE CAT no fim das contas, cumpre bem a sua função de entreter, contando uma história simples, mas divertida; com cenas de ação bem dirigidas e até um gore do bom. Poderia ter sido melhor se tivessem se dado ao trabalho de darem algum arco dramático para os seus personagens, mas no fim traz as melhores características (e algumas das piores também) das fantasias de terror noventista.

 

Visto DEMONS 2: ELES VOLTARAM

 

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  Na trama, em um edifício de luxo de alta segurança, Sally Day (Coralina Cataldi Tassoni) é uma jovem que está dando uma festa de aniversário em seu apartamento. Quando a jovem é atacada e possuída por uma criatura demoníaca que sai de sua televisão, a festa de aniversário se transforma em um grande banho de sangue, que não demora a se espalhar por todo o edifício, à medida em que mais pessoas são possuídas. Agora, os sobreviventes precisam encontrar uma forma de sobreviver e escapar do prédio, que foi isolado após uma pane elétrica.

  Embora compartilhe basicamente o mesmo plot e a mesma equipe de produção de DEMONS: FILHOS DAS TREVAS lançado um ano antes, este DEMONS 2 é o tipo de continuação que pode perfeitamente ser assistida sem ter se visto o filme original, já que não mantém nenhuma amarra com seu antecessor, excetuando uma breve menção feita no filme que Sally estava assistindo quando é possuída, como se DEMONS fosse uma obra fictícia dentro do mundo de DEMONS 2. Dirigido mais uma vez por Lamberto Bava, filho do lendário Mario Bava, esta produção italiana segue a cartilha do filme original sobre um grupo de pessoas confinadas em um único ambiente tentando sobreviver a uma horda de zumbis demoníacos. O roteiro, escrito a oito mãos por Bava, Dario Argento (que produz o filme), Franco Ferrini e Dardano Sacchetti (mesmo quarteto responsável pelo original) decididamente não preza pela lógica. Por que Sally é atacada por um demónio que literalmente sai de sua televisão, e diversos outros personagens que estavam assistindo o fllme não são? Ora, por que sim. Vamos combinar que lógica interna nunca foi o forte das produções italianas de teor sobrenatural, mas algumas usavam esse absurdo justamente para dar força a sua narrativa, como é o caso do DEMONS original; afinal, no momento em que um personagem passava a usar uma espada samurai para enfrentar zumbis, e um helicóptero caia do teto sem maiores explicações, aceitávamos que a falta de lógica era a lógica. Embora tenha os seus momentos absurdos, DEMONS 2 nunca parece abraçar esse absurdo totalmente.

  Por outro lado, Lamberto Bava ainda mantém uma direção segura, comandando com competência as movimentadas sequências de perseguição sem perder o domínio do espaço cénico. Os efeitos especiais supervisionados por Danilo Bolletini (que posteriormente trabalharia em filmes como MULHER MARAVILHA e VINGADORES: A ERA DE ULTRON) e a maquiagem e próteses de Rosario Prestopino, que trabalhou com grandes nomes do terror italiano como Argento e Lúcio Fulci são grandes destaques do filme, misturando com habilidade próteses, animatrônicos, e um leve e rudimentar CGI. Nenhum personagem acaba se destacando muito, mas a título de curiosidade, este foi o primeiro filme de Asia Argento, filha de Dario, que aqui tem um pequeno papel como a filha pequena de um casal que vive no edifício. No geral, DEMONS 2 é um filme de zumbi padrão; bem dirigido, mas menos surtado do que poderia ser.

  

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