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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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Giallo Vol. 7 (assistido esse fim de semana)

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Até que esse volume está bom. Nível dos filmes melhorou em relação aos últimos boxes.

Uma Sobre a Outra (Una sull’altra, Dir.: Lucio Fulci, 1969) 3/4

"Um Corpo que Cai" versão Giallo feito pela Lucio Fulci, não deixa de ser algo notável. Mulher de médico morre de ataque de asma, e  depois disso, ele fica obcecado por uma dançarina que se parece muito com sua falecida esposa. Achei o desenvolvimento bom, mas o final é o melhor, cheio de reviravoltas legais.

Um Dia Negro (Giornata nera per l’ariete,  Dir.: Luigi Bazzoni, 1971) 2/4

Série de assassinatos começam a ocorrer, e polícia culpa um jornalista que teria conexão com todas vítimas, ele, assim, tem que correr pra provar inocência. Bom policial com serial killer, estrelado pelo Franco Nero e com trilha de Enio Morricone. Identidade do/a assassino/a é meio óbvia (pra mim, foi) e o motivo dele/a foi meio blé (poderiam ter bolado algo melhor ali), mas, no geral, o filme é competente.

Fotos Proibidas  (Le foto proibite di una signora per bene, Dir.: Luciano Ercoli, 1970) 2/4

Mulher é chantageada quando um homem diz que tem provas de que o marido dela é um assassino. Talvez o que menos gostei do pack, mas mesmo assim é bom. Protagonista falha um pouco por ser muito passiva, aí certas coisas acontecem porque ela não tomou uma atitude antes. Mas enfim, já era clichê moças mais passivas nesses filmes, aqui não é diferente.

As Lágrimas de Jennifer (Perché quelle strane gocce di sangue sul corpo di Jennifer?, Dir.: Giuliano Carnimeo, 1972) 3/4

Mais um bão filme policial com serial killer. Mortes ocorrendo num prédio, onde belas moças são assassinadas sem motivo aparente (a inicial foi no elevador - com certeza foi inspiração pro DePalma no "Vestida para Matar"). Daqueles que todo mundo é suspeito até que se prove o contrário. Funciona muito bem sempre quando é bem realizado (e aqui foi). Os policiais geram uns momentos mais descontraídos durantes a investigação (isso de polícia mais cômica durante investigação de assassinatos acabou virando um clichê já que foi usado em muitos filmes depois desse). Só a cena final é que não entendi (vou ter que pesquisar pra saber do que se trata...).

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Acho que nunca cheguei a postar um top de filmes de terror aqui (apesar de ser autor do tópico), porque nunca parei pra fazer um mesmo, é um gênero que gosto muito e muito filme me marcou. Difícil fazer. Sou da época das locadoras de VHS onde alugar filme de terror era o máximo do máximo. Então, a maioria dos filmes vai ser dessa época mesmo porque foram os que me marcaram mais.

Meus Top 10 de Filmes Favoritos do Terror:

10. Pânico (Scream, Dir.: Wes Craven, 1996)

09. A Mosca (The Fly, Dir.: David Cronenberg, 1986)

08. Coração Satânico (Angel Heart, Dir.: Alan Parker, 1988)

07. A Vingança de Cropsy/Chamas da Morte (The Burning, Dir.: Tony Maylam, 1981)

06. O Iluminado (The Shinning, Dir.: Stanely Kubrick, 1980)

05. Alien - O Oitavo Passageiro (Alien, Dir.: Ridley Scott, 1979)

04. Halloween - A Noite do Terror (Halloween, Dir.: John Carpenter, 1978)

03. O Enigma do Outro Mundo (The Thing, Dir.: John Carpenter, 1982)

02. A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, Dir.: Wes Craven, 1984)

01. Sexta-feira 13 (Friday the 13th, Dir.: Sean S Cunnigham, 1980)

 

Formação do Top:

A trinca Sexta-feira 13-A Hora do Pesadelo-Halloween (E sim, nessa ordem), eu obrigatoriamente teria que por e no topo da lista, porque passei minha vida vendo esses filmes. Comecei o top por aí, já tenho meus 3 primeiros aí.

Os outros 3 próximos filme do top seriam O Enigma do Outro Mundo-Alien-O Iluminado, já que são filmes que me marcaram pra caramba também. Curioso que desses três (e acho que do top todo), O Iluminado foi o único que não assisti na época. Só na década passada (quando colecionava DVDs) que o assisti, mas mesmo assim era como se tivesse o visto lá no passado, tamanha força dele.

Com mais esses 3 filmes na parada, Halloween, infelizmente, acabou caindo uma posição porque considero que melhor filme do John Carpenter é O Enigma do Outro Mundo. Separei o trio principal, foi duro mas é a realidade.

Próximo passo seria colocar outro slasher que aprecio porque é o sub-gênero de terror que mais gosto, nisso veio The Burning (que no Brasil tem 2 nomes A Vingança de Cropsy e Chamas da Morte). Primeiro filme slasher que vi (de terror num todo, acho que os primeiros foram Poltergeist ou Pague Para Entrar Reze para Sair ou Quadrilha de Sádicos 1-2, não lembro quais deles foi, ou se foi algum outro, enfim). Visto ainda criança e me amedrontou muito (revendo o filme recentemente, muita coisa ainda foi preservada daquela época). Tirando as 3 franquias principais do gênero, esse com certeza, é o melhor filme que veio desse sub-gênero.

Completando a lista tem outros 2 filmes, que curiosamente foram os primeiros que vi em VHS. A Mosca, vi na casa de um vizinho, quando não tinha videocassete em casa, e o outro Coração Satânico que já o primeiro que assisti quando tinha vídeo cassete em casa. Não sei se Coração Satânico possa ser considerado terror, talvez seja puxado mais para um suspense investigativo, sei lá, mas enfim, o filme tem muita coisa de horror no filme, então o coloco aqui. Fim.

Pânico pra completar a lista, até porque quis colocar um filme "mais novo" e esse clássico dos anos 90, foi o máximo que cheguei. hehe

(Pra citar essa década recente que tá acabando, acho que destacaria, o primeiro It, o primeiro Invocação do Mal, mas o top talvez seja It Follows/Corrente do Mal mesmo, gostei muito desse)

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On 11/17/2019 at 2:14 AM, Questão said:

Bom Thriller espanhol comandado por Alex de La Iglesia no já clássico formato de personagens isolados em uma situação limite revelando o pior e o melhor do ser humano na luta pela sobrevivência. Fui não dando nada pelo filme, e acabei me surpreendendo. Vale a conferida.

Esse diretor espanhol é muito bom... dele recomendo La Chispa de la Vida, Perfectos Desconocidos, La Comunidad, Muertos de la Risa, El Dia de la Bestia e Mi Gran Noche.

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The Huntress: Rune of the Dead é um curioso filme sueco que mistura vikings e zumbis com resultado pouco satisfatório. É uma produção bem feitinha e com paisagens deslumbrantes, mas que não se resolve que gênero quer mostrar. Com atuações corretas (que suecas lindas!), o filme é mais uma variante tediosa do seriado do Ragnar uma vez que os mortos-vivos só dão as caras nos bons 15 minutos finais desta produção. Sim, é uma enrolação e encheção de linguiça até o filme engrenar. Se conseguir ficar acordado até lá, vai fundo. 7,5-10

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The Cleansing Hour é um terrorzão com humor negro bem legal que dá um frescor e originalidade aos batidos filmes de exorcismo, adaptando a estória dum exorcista picareta de streamming online que se vê em apuros ao tropeçar com um capeta de verdade. Bebendo da fonte do clássico do Friedkin mas adaptado aos tempos internéticos de pós-verdade e youtube, este indie é bem atuado, violento e tem gore gostoso surpreendente, e é feito á moda antiga. O terceiro ato decai um pouco mas a reviravolta final é a cereja do bolo desta preciosidade. 9-10

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My Soul to Keep é um terror dramático bem bão que respira a deliciosa infância de Stranger Things, mas depois se torna um mix divertido, tenso e frenético de Esqueceram de Mim com Babadock. É um filme que trata dos medos infantis, responsabilidade e ação/consequência. Simples em sua proposta indie e corretamente atuado pela dupla principal mirim, o melhor disparado são seus últimos 15 minutos e seu desfecho amargo e corajoso. Ainda tô digerindo se tudo realmente ocorreu ou era fruto da cachola fértil do moleque. 9-10

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Primal é um thriller de ação assumidamente B que lembra muito Con Air, coincidentemente atuado pelo Nic cage, aqui destilando sua canastrice ao máximo. É um filme redondinho que se sabe o que esperar, mas que deveria se chamar Snakes, Jaguar e a Serial Killer in a Boat, em referência ao trash Serpentes a Bordo. Curiosidade é que aqui tem dois mutantes da franquia X-Men: a Jean Grey e o Blob. A outra curiosidade é que os "brasileiros" do filme falam espanhol?.. 7,5-10

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The Nightingale é um ótimo e brutal thriller de época, um mix de Doce Vingança, Tracker e Brimstone. Mas também é um drama bem pesadão que trata da brutalidade do neocolonialismo europeu com um toque feminazi tão habitual nestes dias. Violento e sombrio, a atriz que faz a infeliz protagonista carrega o filme nas costas. E aquele Sam Claflin, do fofinho Como Eu Era Antes de Você, se firma como um dos vilões mais repulsivos do cinema. Um filme barra pesada, mas corajoso em sua proposta. 9-10

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The Divine Fury é mix de Blade com Constantine só que de olhos puxados. É um horror de ação coreano bem divertido, um filme de exorcismos diferenciado tal qual o bacanudo The Priests. Demora pra engrenar mas quando o faz vem com tudo. Tem umas cenas arrepiantes que deixa qualquer genérico da Blumhouse no chinelo e é bem criativo no roteiro. Com atuações corretas, o único porém é que se faz excessivamente longo. Meia hora a menos cairia como luva sem prejuizo na estória. 8,5-10

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Draug por sua vez é um drama de horror sueco nos moldes de A Bruxa com elementos de Conan. É um filme que resumidamente fala sobre brutalidade em tempos de crise e que vale a pena unicamente pelas personagens femeninas, que deixam as masculinas brucutús no chinelo. De baixíssimo orçamento, ele empolga mais como estudo dos bárbaros medievais do que como terror... pois ele é confuso e meio entediante nesse aspecto. 8-10

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On 11/19/2019 at 1:13 PM, Jailcante said:

 

10. Pânico (Scream, Dir.: Wes Craven, 1996)

09. A Mosca (The Fly, Dir.: David Cronenberg, 1986)

08. Coração Satânico (Angel Heart, Dir.: Alan Parker, 1988)

07. A Vingança de Cropsy/Chamas da Morte (The Burning, Dir.: Tony Maylam, 1981)

06. O Iluminado (The Shinning, Dir.: Stanely Kubrick, 1980)

05. Alien - O Oitavo Passageiro (Alien, Dir.: Ridley Scott, 1979)

04. Halloween - A Noite do Terror (Halloween, Dir.: John Carpenter, 1978)

03. O Enigma do Outro Mundo (The Thing, Dir.: John Carpenter, 1982)

02. A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, Dir.: Wes Craven, 1984)

01. Sexta-feira 13 (Friday the 13th, Dir.: Sean S Cunnigham, 1980)

 

 Só tem filme bom nessa lista. Decididamente, não consigo fazer um Top, mas de todos esses ai, PÂNICO estaria em primeiro na minha lista, por ser literalmente o meu filme de terror favorito, e acho que haveria um lugarzinho na lista pro A HORA DO PESADELO e O ENIGMA DO OUTRO MUNDO. Embora eu seja um grande fã da série, tenho minhas duvidas se haveria um filme da franquia "Sexta Feira 13" na minha lista, mas se houvesse, não seria o original (ainda que eu goste muito dele) mas sim o SEXTA FEIRA 13: PARTE 2.

 

On 11/19/2019 at 3:06 PM, Jorge Soto said:

Esse diretor espanhol é muito bom... dele recomendo La Chispa de la Vida, Perfectos Desconocidos, La Comunidad, Muertos de la Risa, El Dia de la Bestia e Mi Gran Noche.

Também gosto do trabalho do cara. Desses que você recomendou, vi só O DIA DA BESTA que é bem bom. Mas dele também vi o bizarro BALADA DO AMOR E DO ÓDIO, que basicamente é uma briga surreal de palhaços assassinos, e o britânico ENIGMAS DE UM CRIME, estrelado pelo Elijah "Frodo" Wood e pelo saudoso John Hurt, que mesmo sendo o filme mais "certinho" do cara, ainda é um "Supercine" dos bons.

 

On 11/23/2019 at 8:14 AM, Jorge Soto said:

 

Primal é um thriller de ação assumidamente B que lembra muito Con Air, coincidentemente atuado pelo Nic cage, aqui destilando sua canastrice ao máximo. É um filme redondinho que se sabe o que esperar, mas que deveria se chamar Snakes, Jaguar e a Serial Killer in a Boat, em referência ao trash Serpentes a Bordo. Curiosidade é que aqui tem dois mutantes da franquia X-Men: a Jean Grey e o Blob. A outra curiosidade é que os "brasileiros" do filme falam espanhol?.. 7,5-10

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    Confesso que hoje em dia ver o Nicolas Cage na capa de um filme já é meio caminho andado para que eu passe a obra adiante. Não é nada contra o Cage em si (embora ele seja bem canastrão), mas poucos atores nos últimos anos tem tido um faro tão grande pra farejar (e estrelar) filmes ruins quanto ele. Não é que os filmes do cara sejam esquecives, é que são verdadeiras bombas mesmo.

 

Visto O LAMENTO

 

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  Na trama, os povos de uma pequena aldeia coreana vem sendo aterrorizados por uma série de misteriosas mortes, onde pessoas surtam e matam seus entes queridos, para sucumbirem a uma estranha doença pouco tempo depois. O atrapalhado policial Jong Goo (Do Won Kwak) passa a investigar essas mortes, e passa a suspeitar do envolvimento de um japonês (Jun Kunimura) que vive em uma isolada cabana nas montanhas, pois as mortes praticamente coincidem com a sua chegada. O caso torna-se pessoal quando Jong Goo percebe que sua filha, a pequena Hyo Jin (Hwan Hee Kim) começa a apresentar os mesmos sintomas daqueles que caíram doentes depois de assassinarem suas famílias.

  Escrito e dirigido por Hong Jin Na, O LAMENTO é mais um ótimo exemplar do género vindo da Coreia do Sul. Trazendo elementos de diferentes subgéneros do terror, como os filmes de zumbis, tramas de fantasma, e filmes de possessão demoníaca, o roteiro de Hong Jin Na merece créditos por apresentar o seu universo inicialmente de forma mais leve, ao apresentar o cotidiano do protagonista no trabalho e ao lado de sua família,  desenhando Jong Goo como um homem simples, inseguro, e até um pouco trapalhão, e que se envolve em situações cómicas (a cena em que uma testemunha é atingida por um raio é impagável) para depois ir adicionando camadas mais graves a narrativa, a partir do momento em que a investigação do policial assume uma natureza pessoal, e ele vai revelando uma faceta mais sombria. O roteiro também é inteligente em jogar com as duvidas do publico a respeito das intenções do estranho japonês que vive nas montanhas; seria ele realmente uma figura sobrenatural responsável pelos aterrorizantes eventos que tem se desenrolado na aldeia, ou as histórias sobre ele seriam meramente fruto de xenofobia? Ele é o vilão; ou esta lá para ajudar? O roteiro é inteligente por conseguir segurar essa duvida até a tensa sequência final, sem precisar dar saltos de lógica para isso.

  Tal como o roteiro, a direção de Hong Jin Na merece muitos elogios. Pois se consegue dar ao filme uma atmosfera mais leve em sua metade inicial, para então, de forma natural, ir tornando essa atmosfera mais sombria e trágica até o desfecho da obra, o diretor também consegue construir uma ambientação macabra desde o início da pelicula, que nos deixa constantemente incomodados, mesmo nos momentos mais solares da trama. A direção também é hábil na forma como se utiliza da violência, guardando-a para momentos pontuais do filme, onde ela funciona de forma chocante, mas sem ser por demais escandalosa, o que não combinaria muito com o tom dado pelo cineasta. Vale destacar também a direção de fotografia  de Kyung Pyo Hong, responsável pela foto de filmes como O EXPRESSO DO AMANHÃ, e o recente PARASITA. faz um belo trabalho retratando essa aldeia coreana sempre chuvosa ou nublada, criando uma ambientação evocativa, mas ainda assim bonita de se ver. Na parte das atuações, o ator Do Won Kwak como o protagonista, consegue dar unidade ao Jong Goo mais bonachão que vemos na metade inicial do longa metragem, com o homem mais desesperado e no limite de sua sanidade que chega ao fim da película. Jun Kunimura, por sua vez, vende bem a ambiguidade do japonês misterioso, nos deixando na duvida até o final sobre que tipo de homem (ou criatura) ele seria.

 Se O LAMENTO tem um defeito, é que ele pode se tornar um pouco arrastado lá pela sua metade, não conseguindo justificar completamente as mais de duas horas e meia de filme. O final, ainda que longe de ser perfeito, é inegavelmente bem conduzido, e tem força inegável. É uma obra que não atingiu a popularidade, por exemplo de um INVASÃO ZUMBI, outra produção coreana do mesmo ano (até por não ser um terror tão comercial), mas que vale a pena ser conferido.

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10 hours ago, Questão said:

 

 Só tem filme bom nessa lista. Decididamente, não consigo fazer um Top, mas de todos esses ai, PÂNICO estaria em primeiro na minha lista, por ser literalmente o meu filme de terror favorito, e acho que haveria um lugarzinho na lista pro A HORA DO PESADELO e O ENIGMA DO OUTRO MUNDO. Embora eu seja um grande fã da série, tenho minhas duvidas se haveria um filme da franquia "Sexta Feira 13" na minha lista, mas se houvesse, não seria o original (ainda que eu goste muito dele) mas sim o SEXTA FEIRA 13: PARTE 2.

Acho que um tempo atrás muitos colocaram a Parte 2 na frente da série, era o preferido no geral, mas nos últimos anos, tenho visto a Parte 4 tem ficado na frente (vi muito top com ele na frente). Eu sempre preferi a Parte 1 mesmo. hehe Dos com Jason, ficaria com a Parte 6.

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Ready or Not é um divertidíssimo  e sangrento thriller indie com muito humor negro. Basicamente é uma criativa inversão dos filmes de casamento com Duro de Matar ou O Alvo. A protagonista principal segura bem a peteca como final girl da vez e a ambientação gótica é muito boa. O filme não quer inventar nada, mas desenvolve sua premissa (até previsível) com muita eficácia e dinamismo. Boa surpresa de baixíssimo orçamento que tem a sumida Andie McDowell voltando pra casamentos e muitos funerais. 9-10

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Ghost in the Graveyard por sua vez é um terror independente frouxo, genérico e sem sal que parece foi piloto de possível franquia que duvido continue. É um Supercine fraco pois não tem tensão, o roteiro é meia boca e seus atores deixam a desejar. Nem pagar peitinho tem, pelo menos. Na boa, não recomendo esta joça embora o trailer e sinopse criem curiosidade. E que tristeza ver o grande Jake Busey nesta barca furada, pois o pai dele, Gary, estaria com muita vergonha de ver a decadência do rebento. 6-10

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The Shed é um terror que parte de uma ótima premissa: o que fazer quando se prende um vampiro num barraco? Mas a película não desenvolve isso a contento. Visivelmente bebendo da fonte do ótimo (e perturbador) Deadgirl, trocando um zumbi por um sanguessuga e traçando uma clara metáfora do bulling, a película tem bom clima retrô, efeitos práticos e gore bacanas. No entanto, as atuações são bem fraquinhas e o roteiro força demais a barra, é repleto de furos e decisões sem sentido de parte dos personagens. Podia ter sido um filmão, mas.. 8-10 

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The Odds é um bom terror psicológico que a princípio parece mais um torture-porn nos moldes dos ótimos Would You Rather ou os 13 Desafios, mas vai além. De baixíssimo orçamento, seu estilo teatral, os bons atores e os diálogos inteligentes são seu grande diferencial. Tudo ocorre num ambiente, tem só dois atores mas o filme é tenso e te mantém ligado neste Tudo Por Dinheiro masoquista, física e psicológicamente. Dá pra ver de boas e roer as unhas. 8-10

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Freaks é uma scy-fy sombria, claustrofóbica e tensa nos moldes de Cloverfield Lane e até o drama O Quarto de Jack, onde não se sabe o que ta ocorrendo até os finalmentes. Sim, é daqueles filmes quanto menos se sabe melhor, pois é um quebra-cabeça narrativo onde cada cena conta por te dar pistas. No final é um filme de gênero conhecidíssimo e já visto, mas sob outra perspectiva. E isso é um elogio, alavancado principalmente pela ótima atuação da garotinha, uma versão femenina do Jacob Tremblay. 8,5-10

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Daniel Isn´t Real é um bom thriller psicológico sobre "amigos imaginários", feito Clube da Luta ou até Ted, mas em tom dark e mórbido. Aqui o grande enigma é decifrar o que o personagem título é: doido varrido, fantasma ou algo mais sinistro.. É um filme que faz a festa dos psicológos por "demonizar" doenças, mas no final o espectador dá seu próprio aval. Bem feitinho e com efeitos visuais bem interessantes, estilo Hellraiser, o destaque é o filho do Schwarzza, muito bem no papel do malucão da vez. 8,5-10

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On 11/25/2019 at 12:03 PM, Jailcante said:

Acho que um tempo atrás muitos colocaram a Parte 2 na frente da série, era o preferido no geral, mas nos últimos anos, tenho visto a Parte 4 tem ficado na frente (vi muito top com ele na frente). Eu sempre preferi a Parte 1 mesmo. hehe Dos com Jason, ficaria com a Parte 6.

 Acho o PARTE 2 muito bom, no mesmo patamar do PARTE 1, e ainda tem um fator emocional ai, por que o PARTE 2 foi o primeiro filme da série que assisti (bom, na verdade foi JASON VAI PARA O INFERNO, mas você entendeu. Foi o primeiro filme bom da série que eu assisti?)

 

On 12/7/2019 at 6:36 AM, Jorge Soto said:

Ready or Not é um divertidíssimo  e sangrento thriller indie com muito humor negro. Basicamente é uma criativa inversão dos filmes de casamento com Duro de Matar ou O Alvo. A protagonista principal segura bem a peteca como final girl da vez e a ambientação gótica é muito boa. O filme não quer inventar nada, mas desenvolve sua premissa (até previsível) com muita eficácia e dinamismo. Boa surpresa de baixíssimo orçamento que tem a sumida Andie McDowell voltando pra casamentos e muitos funerais. 9-10

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 Além de ser bem gata, essa loirinha que protagoniza esse filme é carismática pra caramba e tem um timing cómico muito bom, vide A BABÁ que ela fez com a Netflix. Não me surpreenda que tenham chamado ela pra ser a filha do Bill, em BILL E TED 3. Parece bem o estilo dela.

 

 VISTO MIDSOMMAR: O MAL NÃO ESPERA A NOITE

 

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  Na trama, Dani (Florence Pugh) é uma garota que após passar por uma grande tragédia em sua vida com o suicídio da irmã/assassinato dos pais, aceita viajar com o namorado Christian (Jack Reynor) e seus amigos para passar alguns dias em uma comunidade alternativa na Suécia, em pleno verão, mesmo com o relacionamento dos dois estando bastante estremecido. Estando em um ambiente onde o sol não se põe, devido ao efeito do sol da meia noite, Dani logo percebe que a estranha comunidade que os recebeu, tem costumes mais perigosos do que ela e seus amigos foram levados a acreditar.

 Segundo longa metragem de Ari Aster, que estourou no ano passado com HEREDITÁRIO, este novo projeto segue uma atmosfera muito semelhante ao do projeto anterior de Aster, ao construir a tensão e o medo que permeia a maior parte da narrativa a partir da incomunicabilidade de seus personagens, incomunicabilidade que no caso desse filme, ganha um peso a mais já que boa parte do roteiro escrito pelo próprio Aster, coloca as experiências vividas por Dani e Christian como uma grande metáfora para o término de um relacionamento. Bebendo da fonte de obras como o clássico britânico O HOMEM DE PALHA (que também tratava de uma estranha comunidade alternativa com segredos sangrentos), MIDSOMMAR provoca  estranhamento inicial no público desde o momento em que os personagens chegam a tal comunidade na Suécia, não só pelo contraste que essas cenas possuem com as passagens iniciais do filme situadas nos Estados Unidos (todas noturnas) mas pelo próprio comportamento tipicamente hippie exibido por essa comunidade, que vende-se como uma sociedade leve e alegre, contrastando com a tensão e a melancolia existente entre o casal protagonista. Tal como em HEREDITÁRIO, o filme não poupa no Gore quando este se faz necessário, e este causa o impacto que tem que causar, sem com isso soar apelativo. O elenco manda bem, especialmente Florence Pugh, que nos próximos meses ira ganhar maior projeção ao estrelar VIÚVA NEGRA ao lado de Scarlett Johansson. No final, gostei bem mais de MIDSOMMAR do que do filme anterior do diretor (diferente da grande maioria, não curti muito HEREDITÁRIO) ainda que este novo filme de Ari Aster também peque por uma desnecessária duração excessiva, a proposta do terror da incomunicabilidade que parece tão caro ao diretor funcionou bem melhor aqui.

 

Visto A MALDIÇÃO DA CHORONA

 

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  Na trama, situada em 1973, Anna Tate Garcia (Linda Cardellini) é uma assistente social de Los Angeles, que investiga o desaparecimento de dois meninos, só para descobrir que a mãe das crianças (Patricia Velasquez) os mantinha trancadas em casa. Mesmo contra os pedidos desesperados da mãe dos meninos, Anna os envia para um abrigo, somente para as crianças serem encontradas afogadas em um rio das proximidades. Logo, Anna descobre que os meninos foram vítimas de um espírito maldito conhecido como "a chorona", e que agora, seus próprios filhos podem tornar-se vítimas da entidade.

 Acho que poucos esperavam que INVOCAÇÃO DO MAL, sucesso de James Wan lançado em 2013 acabaria originando um dos poucos universos compartilhados cinematográficos que realmente deu certo (pelo menos em termos económicos) após todo o estúdio tentar reproduzir a fórmula da Marvel do universo compartilhado. Mas foi o que aconteceu, e além de uma sequência direta, e um terceiro filme a caminho, os monstros surgidos dentro da franquia "Invocação do Mal" passaram a ganhar as suas próprias produções, como a boneca Annabelle, que já concluiu uma trilogia, e a Freira, que já tem um segundo filme em planejamento. Este A MALDIÇÃO DA CHORONA, que tem como base a famosa lenda mexicana acaba diferenciando-se de seus "colegas de Spin-off" por não ter sido previamente apresentado na franquia principal. De fato, a ligação com este universo acaba sendo feita apenas com a participação de um personagem vindo dos Spin Offs, o Padre Perez (Tony Amendola), visto pela primeira vez em ANNABELLE. Mas a participação desse personagem é tão superficial, que é impossível não achar que a ligação com o "universo Invocação do Mal" não foi feita por puro oportunismo.

  Não que a conexão seja absurda. O diretor estreante Michael Chaves (que também será responsável por INVOCAÇÃO DO MAL 3) segue muito de perto o estilo visual e de direção estabelecido pelos outros filmes deste universo, enquanto o roteiro de Mikki Daughtry e Tobias Laconis trabalha com vários elementos recorrentes deste universo; como a trama de época, o envolvimento da igreja, crianças em perigo, e por ai vai. Mas Chaves não tem o domínio dos clichês ou a inventividade visual que Wan ou mesmo David F. Sandberg (de ANNABELLE: A CRIAÇÃO DO MAL) possuem, tornando o seu filme previsível. O roteiro também falha miseravelmente em estabelecer uma mitologia coerente para o monstro do título, sendo cheio de conveniências. Não chega a ser o pior filme já apresentado por este universo, mas também está longe de ser o melhor.

  

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 Visto ESPINHOS

 

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  Na trama, Seth (Paulo Constanzo) e Polly (Jill Wagner) são um jovem casal de namorados que decidem passar um fim de semana romântico acampando. Mas no caminho, eles são sequestrados por Dennis (Shea Whigham), um criminoso fugitivo, e sua namorada, a instável Lacey (Rachel Kerbs). Ao pararem em um posto de gasolina estranhamente deserto no meio da estrada, o quarteto é atacado por um voraz parasita alienígena, capaz de infectar e consumir qualquer organismo vivo com um mero arranhão. O grupo agora precisa aprender a trabalharem juntos, se quiserem sobreviver a situação.

  Dirigido por Toby Wilkins em 2008, a partir de um roteiro escrito a quatro mãos por Ian Shorr e Kai Barry, ESPINHOS é o filme B por excelência, trazendo um grupo reduzido de personagens, ilhados em um cenário único por uma criatura alienígena, que estava ali por puro azar dos protagonistas. E é muito divertido e competente naquilo que se propõe, no que é  a história de terror despretensiosa por excelência. Temos o arco dramático simples, mas eficaz do criminoso redescobrindo a própria nobreza diante de uma situação limite, e do namorado meio nerd e biólogo (cujos conhecimentos tornam-se vitais para tentar sobreviver ao monstruoso vilão da história) descobrindo em si mesmo uma força que sequer sabia que tinha. É tudo muito esquemático, mas a boa execução, personagens carismáticos e o bom entrosamento do elenco faz com que tudo funcione.

  O bom uso de efeitos práticos com o uso mínimo de CGI é outro acerto do longa metragem, já que a criatura é capaz de possuir não só os corpos de suas vítimas, mas mesmo membros decepados, com o design das criaturas neste aspecto lembrando bastante o de clássicos como O ENIGMA DO OUTRO MUNDO. O filme tem bem empregadas sequências de gore, mas que nunca se torna exagerado ou de mau gosto. A direção de Toby Wilkins também merece elogios pelo excelente aproveitamento do espaço de posto de gasolina, nunca denunciando a natureza de baixo orçamento da produção. ESPINHOS não é um grande filme. Longe disso. Mas ainda assim vale a conferida, pois é um filme honesto naquilo que se propõe, conseguindo trazer alguns bons momentos de tensão, em uma trama simples e quase pueril com todos os signos do Sci-fi B de horror, e nem por isso desrespeita a inteligência do publico. Recomendo.

 

Visto ITSY BITSY

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  Na trama, Kara Spencer (Elizabeth Roberts) é uma mãe solteira traumatizada pela morte de seu filho caçula em um acidente de carro, e que está se viciando em medicamentos. Kara muda-se com seus dois filhos, o pré adolescente Jesse (Arman Darbo) e a pequena Cambria (Chloe Perrin) para uma isolada casa para cuidar de um velho arqueólogo, o viúvo Walter Clark (Bruce Davison). Mas quando Walter recebe um antigo artefato roubado de uma tribo africana, ele não sabe que está liberando em sua casa uma gigantesca aranha, faminta e mortal, que forçara Kara a encarar os seus traumas e lutar para sobreviver se quiser manter os seus filhos seguros.

  ITSY BITSY é o longa metragem de estreia de Micah Gallo, especialista em efeitos especiais que fez a sua carreira com os filmes da franquia "Terror no Pântano". a partir de um roteiro escrito a seis mãos pelo próprio diretor em parceria com Jason Alvino e Bryan Dick. O que temos aqui é um filme B que tenta se levar a sério demais, focando mais no drama de seus personagens do que na questão do monstro em si, o que não seria um problema se os dramas apresentados pelo roteiro não fossem tão mal construídos, e se Elizabeth Roberts não fosse uma atriz tão limitada. De fato, ITSY BITSY não parece ter material o suficiente para sustentar um longa metragem (e olha que estamos falando aqui de um filme relativamente curto, de oitenta e poucos minutos). Gallo nitidamente não tem uma boa mão para o suspense, pois botar a aranha espreitando os moradores da casa a cada cinco minutos só para lembrar que ela está lá não configura suspense. O diretor parece realmente confiar no drama motor do filme, que é o trauma da protagonista e sua relação cada vez mais difícil com o filho mais velho, mas não só soa meloso e entediante, como não se comunica de forma alguma com o subplot (sim, é isso que é) da aranha gigante vivendo no sotão. A presença de Bruce Davison, em uma velha manobra do género de trazer um ator veterano para dar alguma respeitabilidade ao projeto também acaba não ajudando muito, já que existe todo um backstory em torno do personagem e sua relação com o filho adotivo que não só é pouco clara, mas que no fim não tem impacto nenhum.

 Para não dizer que não gostei de nada, deve-se reconhecer que o histórico com efeitos especiais do diretor se reflete na concepção da criatura, criada com efeitos práticos na maior parte do tempo, e que tem alguns momentos de brilho. Mas não é o bastante pra salvar este Filme B cujo grande pecado é se levar a sério demais sem ter escopo para tal. A título de curiosidade, o filme conta com a atriz Denise Crosby interpretando a xerife, que é mais lembrada por ter estrelado a versão original de CEMITÉRIO MALDITO no final dos anos 80.

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 Visto A NOITE DO TERROR CEGO

 

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  Na trama, Virginia (Maria Elena Arpon) e Bette (Betty Turner) são duas velhas amigas de universidade, que se encontram por acaso justamente quando Bete se prepara para uma viagem de trem com seu amigo Roger (Cesar Burner) rumo a Portugal. Com ciumes de Bette e Roger, já que nutre sentimentos românticos pelos dois, Virginia abandona o trem no meio da viagem, se abrigando nas ruínas de um velho monastério medieval. Mas o que a jovem não sabe, é que ali estão sepultados cavaleiros templários amaldiçoados, que todas as noites deixam as suas tumbas em busca de sangue fresco.

  Escrito e dirigido por Amando de Ossorio, A NOITE DO TERROR CEGO é um filme de zumbis lançado em 1972,  que foi bastante influente no género na europa, influenciando cineastas como Lucio Fulci, Lamberto Bava e Michele Soavi quando estes comandaram suas próprias produções de zumbi. O filme de Ossorio bebe direto na fonte do cinema de terror gótico europeu (produzido especialmente pela britânica Hammer na década anterior), onde a arquitetura medieval do monastério em ruínas é parte vital da construção da atmosfera do filme, e a ameaça representada pelos cavaleiros templários zumbis se origina de um mal ancestral (e aristocrático). Ao mesmo tempo A NOITE DO TERROR CEGO também é um típico produto dos anos 1970, flertando fortemente com o exploitation, com cenas de tortura relativamente pesadas, nudez, e uma cena de estupro sem qualquer tipo de função narrativa ou mesmo de choque. Tecnicamente, o diretor consegue dar ao filme uma atmosfera relativamente interessante, conduzindo algumas sequências dignas de nota, como aquelas que trazem a primeira ressurreição dos templários (que me lembrou sequência semelhante do clássico italiano A MASCARA DO DEMÔNIO de Mario Bava) ou a cena que mostra a morte de um legista, que mesmo cheio de clichés, é muito bem executada. O trabalho de maquiagem utilizado para criar os zumbis cegos também é digno de nota, por conferir um visual simpes, mas aterrador aos vilões zumbis.

  Mas sendo um tipo representante do que se convencionou chamar de "Filme Trash" é no roteiro que A NOITE DO TERROR CEGO se perde totalmente. Não são os atores canastras, ou as situações absurdas ou diálogos horríveis que o bicho pega, mas como a história insere situações como a ressurreição da primeira vítima dos templários como zumbis e a presença de um contrabandista que sem razão nenhuma, resolve ajudar os protagonistas, só para descartar essas situações, ou simplesmente esquece-las logo depois, além da presença de passagens de terrível mau gosto, para dizer o mínimo, como a gratuita cena do estupro. No geral, embora seja um Cult, é um filme que envelheceu terrivelmente mal. Não recomendo.

 Visto MORTO NÃO FALA

 

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  Na trama, Stenio (Daniel de Oliveira) é assistente de um necrotério, que secretamente, possui a capacidade de falar com os mortos que ele recebe toda a noite. Stenio passa por uma crise em seu casamento com Odete (Fabiula Nascimento) com quem tem dois filhos; que chega a um ponto de ruptura quando ele descobre através de um dos mortos que a esposa o está traindo com o padeiro Jaime (Marco Ricca). Cego de ódio, Stenio decide usar as informações que obtém com os mortos para se vingar, iniciando um processo que pode destruir a sua vida e de todos aqueles ao seu redor.

  Embora este seja o primeiro longa metragem efetivamente comandado pelo gaucho Dennison Ramalho, ele já pode ser considerado um nome bastante importante na retomada da produção audiovisual do terror brasileiro há algum tempo. Afinal, além de ter comandado premiados curta metragens voltados ao género como AMOR SÓ DE MÃE e NINJAS, ele co-escreveu ENCARNAÇÃO DO DEMÓNIO em 2008, ultimo filme de Zé do Caixão que marcou o início desta retomada, além de ter levado a poderosa Rede Globo a arriscar pela primeira vez uma produção 100% horrorífica, com a (desastrosa) série SUPERMAX. Com este MORTO NÃO FALA, Ramalho entrega uma obra plenamente consciente de todas as convenções do género, , e que apesar de não ter medo nenhum de se entregar a tais convenções, as utiliza para construir o seu próprio universo e mitologia.

 É digno de nota como o roteiro de Ramalho constrói com cuidado em seu terço inicial o universo de Stenio, cercado pelas consequências da violência urbana, que representam a maior parte de seus "clientes", e com tal violência sendo posta de forma totalmente naturalizada e corriqueira pela câmera nas passagens noturnas no necrotério, enquanto o verdadeiro terror se encontra nas dificuldades do dia dia, representadas principalmente nas figuras da falta de sentimento de Odete e nas cobranças do padeiro. Parte desta construção também se deve ao bom trabalho de Daniel de Oliveira, que como o protagonista mantém uma postura tranquila e sarcástica quando fala com os mortos, mas introvertida e nervosa quando precisa lidar com os vivos.

  O filme escorrega aqui e ali, com algumas situações sendo criadas mais por serem (supostamente) visualmente interessantes do que propriamente narrativas, como a visita do protagonista ao cemitério, e com certeza se beneficiaria se personagens como Lara (a talentosa Bianca Comparato) fossem um pouco menos arquétipos, mas MORTO NÃO FALA ainda assim é um bom filme de terror brazuca, sendo muito melhor que muita produção gringa por ai. A passos curtos, mas firmes, o cinema de terror brasileiro continua crescendo, o que como fã do género, acho fantástico.

  

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 Visto DEIXE-ME ENTRAR

 

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  Na trama situada na década de 1980, Owen (Kodi Smith Mcphee) é um garoto solitário, atormentado por bullyes na escola e deprimido pelo processo de divorcio de seus pais. Quando Abby (Chloe Grace Moretz) uma menina misteriosa muda-se para o apartamento do lado, Owen passa a nutrir um grande carinho pela garota, que ele encontra sempre a noite, no pátio do prédio. Mas quando a pequena cidade onde eles vivem, começa a ser aterrorizada por uma série de assassinatos, o menino passa a desconfiar do envolvimento de sua amiga e de seu estranho pai (Richard Jenkins), sem saber que Abby na verdade é uma vampira.

  Lançado em 2010, DEIXE-ME ENTRAR é o remake hollywoodiano do já cult sueco DEIXE ELA ENTRAR. Comandado por Matt Reeves (que na época vinha do sucesso de CLOVERFIELD) este remake atraiu muita desconfiança na época, não só por ser a versão ianque de um sucesso estrangeiro, mas pela velocidade com que entrou em produção (afinal, o filme original de Thomas Alfredson havia sido lançado apenas dois anos antes). Mesmo eu, que estou longe de ser um "remake hater", reconheci o claro oportunismo nesta produção, e me lembro de como o material de divulgação parecia pouco se diferenciar do filme original (que acho um bom filme, mas que não teve grande impacto em mim). Mas tanto tempo depois, com Matt Reeves tendo se provado como um excelente diretor em dois ótimos filmes da franquia "Planeta dos Macacos" e prestes a comandar o novo filme do Batman, estrelado por Robert Pattinson, resolvi conferir como Reeves havia se saído com este remake.

 Pois bem, a verdade é que não fiquei muito impressionado. O roteiro escrito pelo próprio Reeves segue exatamente os mesmos passos do filme original, sendo portanto bastante honesto ao se declarar não só inspirado no romance que inspirou o filme sueco, mas no próprio roteiro do filme de Alfredson. Visualmente, DEIXE-ME ENTRAR também se mantém muito próximo de sua contraparte sueca, resgatando não só o clima invernal daquele filme, mas decisões estéticas muito características, como o fato de sempre mostrar a mãe de Owen desenquadrada ou desfocada de alguma forma, reforçando assim a sensação de solidão experimentada pelo menino. 

  É na identidade nacional do cinema norte americano que o filme de Matt Reeves se diferencia de DEIXE ELA ENTRAR. Os silêncios e o distanciamento emocional característicos do cinema sueco dão lugar a trilhas mais evocativas (nenhuma digna de nota) e uma construção um pouco mais explícita no ponto de vista da direção de atores na relação de Abby e Owen. De fato, a própria significação do género surge aqui mais explícita, ao por exemplo, dar uma mascara ao "guardião" de Abby quando este comete crimes para alimenta-la, ligando-o assim a figura do serial killer americano. Enfim, DEIXE-ME ENTRAR não é um filme ruim, mas é um filme esquecível. A questão não é que ele é inferior a versão sueca, a questão é que ele simplesmente parece subserviente demais a ela, gerando um filme estéril no geral.

 

Visto OS 3 INFERNAIS

 

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  Na trama, dez anos após terem sido presos após sobreviverem a um brutal confronto com a polícia, os irmãos psicopatas Otis e Baby Firefly (Bill Moseley e Sheri Moon Zombie) escapam da cadeia com a ajuda de seu primo Winslow Coltrane (Richard Brake), ultimo membro vivo de sua família. Deixando um rastro de sangue por onde passam, o trio se refugia no México, mas acabam se tornando alvo do traficante Aquarius (Emilio Rivera), que pretende vingar o seu pai (Danny Trejo), um velho inimigo da Família Firefly que foi morto por Otis na cadeia.

  Quando o musico Rob Zombie, vocalista da extinta banda White Zombie, lançou-se como diretor de longas metragens em 2003, ele entregou A CASA DOS 1000 CORPOS, um Rip -Off plenamente auto consciente do clássico O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, que mostrava-se um slasher exploitation, que embora estivesse a anos luz de ser um grande filme, mostrava um cineasta com um estilo no mínimo intrigante. Dois anos depois, Zombie entregou a sequência intitulada REJEITADOS PELO DIABO, um filme muito mais bem acabado que ia além do Rip Off,  contando a história não do ponto de vista das vítimas e sim da família de psicopatas, desafiando inclusive o público a simpatizar com eles. O fim daquele filme parecia encerrar de forma apropriada a história daqueles personagens, mas quase quinze anos após REJEITADOS PELO DIABO, Zombie, resolve revisitar esse universo e transforma a saga da Família Firefly em uma trilogia. O resultado é um filme descartável, que não funciona em nenhum nível, e falha miseravelmente em captar o que tornava os dois primeiros filmes dignos de nota.

 OS 3 INFERNAIS até começa de forma interessante, estruturando-se quase como um "docudrama" ao intercalar sequências dos personagens na cadeia, com reportagens de telejornais e cenas de documentário, mostrando o impacto que os crimes dos Firefly tiveram nos Estados Unidos, inclusive com a família conquistando muitos admiradores. São nestas cenas que temos a rápida participação do recentemente falecido Sid Haig como o Capitão Spaulding, o palhaço assassino dos filmes anteriores e patriarca da família, que doente demais para gravar o filme todo, teve seu personagem morto fora de tela ao ser executado por injeção letal. Ai aparece o primeiro problema, já que para suprir a ausência de Haig, Zombie faz brotar do nada um primo para tirar Otis da cadeia. Claro, esse é o menor dos absurdos de toda a metade inicial do filme envolvendo o plano dos primos para tirar Baby da prisão, mas justamente por seus absurdos (que envolve um palhaço aleatório batendo na porta errada no meio da noite quando os assassinos fazem uma família de refém) que essa parte inicial se mantém minimamente divertida. Mas a partir do momento que chegam no México, OS TRÊS INFERNAIS vira qualquer filme ruim de Steven Seagal matando traficantes mexicanos na fronteira, e o que já era ruim, fica ruim e chato. Além disso, se os filmes anteriores (o segundo em especial) eram corajosos em nos desafiar a gostar dos vilões, mesmo quando estes massacravam pessoas inocentes, todos os personagens aqui são pintados como caricaturas desagradáveis, nos deixando totalmente indiferentes sobre quem vive ou morre. Enfim, os Firefly estavam muito melhores dirigindo para morte certa ao avançar para uma barreira policial impenetrável. Com certeza era um final mais digno.

 

  

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  • 3 weeks later...
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Visto BAD COMPANY: OS MAUS COMPANHEIROS

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  Na trama, as desérticas estradas da Califórnia estão em estado de alerta devido a dois crimes; um roubo milionário que teria ocorrido em um cassino em Las Vegas, e a série de homicídios cometidos pelo misterioso serial killer conhecido como "O Esquartejador", que desmembra as suas vítimas na estrada. Jack Powell (Lance Henriksen) é um homem casado ansioso em voltar para a sua esposa em San Diego, mas carrega consigo uma maleta misteriosa. É quando Jack conhece em uma lanchonete o misterioso Adrian (Eric Roberts), um homem instável e violento, que carrega os seus próprios segredos, e passa a perseguir Jack.

  Escrito e dirigido por Victor Salva, conhecido por ser o responsável por trás da franquia "Olhos Famintos", e também por seus crimes de pedofilia nos sets de PALHAÇOS ASSASSINOS, este BAD COMPANY, lançado no começo da década de 1990 parece dever muito ao cult oitentista A MORTE PEDE CARONA, tanto pela premissa inicial de um road movie de terror que se desenvolve a partir de uma carona dada de mau grado quanto na existência de uma certa tensão sexual existente entre os seus dois protagonistas, também existente no clássico estrelado por Rutger Hauer. Infelizmente, embora trabalhe com algumas ideias bem interessantes, o roteiro de Salva tem sérios problemas na construção dramática e no crescendo de tensão entre os dois homens, apelando para uma série de clichês muito mal executados sobre "road movies de terror" que o diretor executaria muito melhor quando dirigisse OLHOS FAMINTOS alguns anos depois. Além disso, a reviravolta final apresentada por Salva, embora interessante como premissa, não faz sentido nenhum com o que havia sido apresentado até então. O que acaba salvando o filme de Salva (puta trocadilho ruim, mas não resisti) é a atuação do sempre competente Lance Henriksen, capaz de dar alguma respeitabilidade ao protagonista, mesmo quando protagoniza uma constrangedora sequência de "piti", e Eric Roberts, um ator que geralmente acho canastra, mas cuja canastrice casou bem com a personalidade maníaca de seu personagem. Enfim, não chega a ser bomba, mas também não é bom. Ninguém perde nada por não assistir esse daqui.

 

Visto LITTLE MONSTERS

 

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  Na trama, Dave (Alexander England) é um músico falido e irresponsável que após se separar da namorada, vai morar com a irmã Tess (Kat Stewart) e o sobrinho de cinco anos Felix (Diesel La Torraca). Ao levar Felix para o jardim de infância, Dave se encanta com a professora do sobrinho, a Srta Caroline (Lupita Nyong'o), e se oferece para acompanhar a turma em uma visita a uma fazenda, onde também estará presente o popular apresentador infantil Teddy McGiggle (Josh Gad). Mas quando um vírus em uma base militar é liberado, dando início a uma epidemia zumbi, Dave e a Srta. Caroline devem lutar não só pela segurança das crianças, mas também pela inocência delas.

 Escrito e dirigido por Abe Forsythe para o Hulu, LITTLE MONSTERS é uma produção australiana, que bebendo da fonte do Cult TODO MUNDO QUASE MORTO de Edgar Wright, apresenta uma comédia hilariante, e por que não dizer, "fofa" pela forma como abraça o universo infantil e suas idiossincrasias, mas mantendo todas as características do "subgênero zumbi" onde está inserido, conseguindo entregar até alguns bons momentos de tensão, ainda que leveza seja a palavra de ordem. Assim como no Cult de Edgar Wright, LITTLE MONSTERS apresenta um "perdedor egoísta", que por meio de um ataque zumbi, ganha a chance de amadurecer, e( por que não) "conquistar a garota", mas enquanto o filme estrelado por Simon Pegg era regado por forte cinismo, a obra de Abe Forsythe apresenta tal jornada de forma mais otimista e sincera, colocando-se quase como uma fábula de amadurecimento com zumbis.

  Grande parte do que faz LITTLE MONSTERS uma experiência tão prazerosa é o quão bem afinado é o seu elenco. Em um ano em que já havia chamado a atenção dentro do género com NÓS, Lupita Nyong'o mostra-se absolutamente encantadora e com um excelente Timing cômico como a Srta. Caroline. Embora parta do arquétipo da "Doce Professora", Lupita consegue dar humanidade a sua personagem, ao retratar a professora como uma educadora que faz de tudo para preservar os seus alunos do horror que se desencadeia a sua volta (e dai vem grande parte do humor do filme) ao mesmo tempo em que nunca soa condescendente com as crianças. Alexander England também é competente na construção do arco de seu personagem de um homem egoísta e amargo em alguém mais esperançoso. Por fim, embora tenha momentos divertidos, Josh Gad não consegue fazer muito com seu personagem, Teddy McGiggle, já que a persona do apresentador infantil secretamente vil já foi feita muitas vezes e de forma muito melhor, mas também não prejudica. E claro, dando suporte ao trio principal há o ótimo elenco infantil, que não são apenas muito simpáticos, mas também naturais, acompanhando muito bem o Timing das piadas propostas pelo roteiro. Em resumo, LITTLE MONSTERS é diversão garantida.

 

 Visto THE BELKO EXPERIMENT

 

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  Na trama, os funcionários da poderosa empresa Belko, na Colômbia, trabalham em uma manhã normal quando repentinamente o prédio inteiro, localizado em uma região distante, é isolado, impedindo que qualquer um deles saia. Uma voz nos interfones dá duas horas para que trinta dos oitenta funcionários presentes no prédio sejam assassinados, do contrário, o dobro desse número será morto através dos explosivos plantados em suas cabeças. Inicialmente, os funcionários acreditam tratar-se de uma piada de mau gosto, mas quando os misteriosos donos da empresa provam estar falando sério, uma luta pela sobrevivência tem início.

  Dirigido por Greg McLean, mais conhecido como o homem por trás da franquia "Wolf Creek", e escrito por James Gunn, mais famoso por comandar a franquia "Guardiões da Galaxia", este THE BELKO EXPERIMENT se apresenta como um thriller competente de terror, que usa o experimento social macabro ao qual os funcionários da Belko são submetidos como uma interessante metáfora para a natureza toxicamente competitiva e predatória das relações de trabalho, ainda que o roteiro de Gunn não pareça 100% bem sucedido na execução de tal metáfora, talvez pela forma rápida como dicotomiza os seus personagens, com uma ou outra exceção. A narrativa, entretanto, consegue prender a atenção do espectador até o seu desfecho, e em alguns momentos, o roteiro de Gunn consegue realmente nos deixar em dúvida sobre quem vai sair vivo ou não, o que é um grande mérito. A direção de Greg Mclean é competente, embora sinta que o potencial de violência insana que a premissa oferecia (e o próprio cartaz sugere) seja poucas vezes aproveitado pelo filme. No geral, THE BELKO EXPERIMENT é um Thriller de terror competente, que vale a conferida, se estiver em um dia não muito exigente.

 

 

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  • 2 weeks later...
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 Visto A CELA

 

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  Na trama, uma equipe do FBI liderada pelo agente Peter Novak (Vince Vaughn), consegue capturar o serial killer Carl Stargher (Vincent D'Onofrio), mas não antes que ele sofra um derrame e entre em coma permanentemente. Com a vítima mais recente do maníaco sendo mantida em uma cela em um local desconhecido, que lentamente se enche de água, o FBI recorre a ajuda da Doutora Catherine Deane (Jennifer Lopez), uma psicóloga que com a ajuda de cientistas, desenvolveu uma maquina que lhe permite entrar na mente de seus pacientes, e que assim, poderia localizar e salvar a ultima vítima de Stargher. Mas a mente de um assassino pode ser um lugar extremamente perigoso.

  Dirigido por Tarsem Singh a partir de um roteiro escrito por Mark Protosevich, A CELA é uma ficção científica de terror que parte de um conceito intrigante, ao colocar uma psicóloga confrontando os diferentes aspectos da psique de um maníaco homicida, abordando tanto os seus aspectos mais monstruosos quanto os mais humanos. Entretanto, o roteiro de Protosevich (em seu primeiro roteiro de longa) não consegue organizar a premissa de forma coerente, por nunca conseguir estabelecer realmente o conflito interno de seus protagonistas, que precisa ser dado em uma série de diálogos expositivos. Isso se torna especialmente frustrante durante o 3º ato da narrativa, quando a personagem de Lopez assume um grande risco para "salvar determinado aspecto da personalidade do vilão, sem que a trama tenha criado uma conexão real entre os dois personagens para basear a decisão da Doutora Deane.

  Embora alguns de seus enfeitos tenham envelhecido de 2000 pra cá, A CELA continua a ser um filme visualmente inventivo, com o design de produção de Tom Foden e o trabalho de maquiagem de Camille Calvet (indicada ao oscar naquele ano) sendo muito interessantes, ajudando a criar o ambiente alienígena que se revela os cenários mentais do filme, e pegando pesado nas simbologias que vão deste os mitos egípcios até o cristianismo. A direção de Singh, por sua vez, soa um pouco exibicionista e videoclipada demais pro meu gosto. No geral, é um filme que tinha potencial pra bem mais, mas que acabou não chegando lá.

 

Visto DON'T LOOK UP

 

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 Na trama, Toshio Murai (Yurei Yanagi) é um jovem diretor de cinema que está gravando um drama da II Guerra em um velho estúdio, e tenta esconder o seu encantamento pela protagonista da obra a bela Hitomi Kurokawa (Yasuyo Shirashima). Mas quando coisas estranhas começam a acontecer, como o surgimento de estranhas imagens nos negativos do longa metragem que remetem o diretor a um filme que o aterrorizou quando criança, Toshio e parte da equipe passam a acreditar que o estúdio em que estão gravando é mal assombrado

  DON'T LOOK UP foi o filme que chamou a atenção do cinema japonês para o diretor Hideo Nakata, que somente dois anos depois, ganharia projeção internacional ao dirigir o famoso RINGU. DON'T LOOK UP, dirigido por Nakata em 1996 á partir de um roteiro escrito pelo próprio Nakata em parceria com Hiroshi Takahashi (seu colaborador habitual) tem muito em comum com o popular filme sobre a fita de vídeo amaldiçoada, desde a presença de umaa figura fantasmagorica cabeluda que se esconde em uma mídia analógica, passando por toda uma estrutura narrativa que é construída em direção á uma única sequência de horror mais explícito no climax da narrativa.

  Nakata já mostra neste filme a boa mão para a construção de uma atmosfera sufocante, e do uso comedido e certeiro do Jump Scare que foram percebidos em seu longa metragem mais conhecido, mas se no filme de estréia de Sadako havia um arco dramático e uma construção de mitologia dando suporte ao exercício de suspense da direção, o que temos em DON'T LOOK UP é um roteiro confuso que não faz lá muito sentido. Nunca entendemos, por exemplo, qual era a relação do protagonista com o filme gravado naquele estúdio anos antes de onde supostamente a criatura fantasmagórica que o assombra se origina. Além disso, o filme tem sérios problemas de ritmo, e apesar de seus enxutos setenta e poucos minutos, ele parece durar bem mais. No geral, DON'T LOOK UP é curioso por ser um dos percursores dos J Horror fantasmagóricos que tomaram o Japão nos anos 90 e 2000, tem uma construção de atmosfera interessante, mas peca por um roteiro falho e um ritmo arrastado.

 

Visto THE PERFECTION

 

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  Na trama, Charlotte (Allison Willams) é uma violoncelista prodígio que passou anos afastadas dos palcos cuidando da mãe doente. Quando a sua mãe morre, Charlotte retoma contato com seu antigo mentor, Anton (Steven Webber) e conhece a principal violoncelista da escola de musica do mentor, Lizzie (Logan Browning). As duas mulheres rapidamente tornam-se amigas, e pouco tempo depois, amantes. Mas quando Lizzie convida Charlotte para acompanha-la em uma viagem de ferias pela China, Charlotte começa a revelar suas verdadeiras intenções.

 Escrito e dirigido por Richard Shepard para a Netflix, THE PERFECTION é um curioso thriller psicológico, que em sua metade inicial lembra um pouco os thrillers psicosexuais noventistas, mas cuja trama vai sofrendo uma série de reviravoltas que levam o filme para caminhos bem diferentes daqueles apontados pela narrativa inicialmente, conseguindo fazer isso sem atrapalhar a coesão da história. Allison Williams, que já havia provado que podia ser bem assustadora em CORRA de Jordan Peele, segura bem o suspense da metade inicial, quando fica muito claro que Charlotte tem planos mais sinistros para Lizzie do que a outra garota imagina inicialmente. Toda a sequência envolvendo a viagem de oníbus onde Lizzie passa mal é angustiante pela forma como o diretor trabalha o Body Horror e a escatologia durante esta sequência (quem já passou mal em um lugar onde não deveria sabe o quanto é agoniante), e tudo é coroado pela atuação em camadas de Williams.

 A segunda metade da obra, embora também tenha os seus momentos altamente angustiantes, como aquele que ilustra o cartaz, já não tem a mesma força da metade inicial, devido á uma montagem que tenta ser estilosa ao fazer "Reverse Fasts" para tentar explicar as várias reviravoltas que vão surgindo na história. Além disso, o climax da história soa excessivamente corrido, trazendo um experimentálismo estético que não dá muito certo, e com o uso do Gore, que havia sido tão bem utilizado até então, passando a jogar contra a atmosfera que havia sido construída. Apesar das escorregadas de sua metade final, (especialmente seus minutos finais) THE PERFECTION é um filme que ainda vale a conferida, especialmente pelo desempenho das protagonistas.

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Trick é um terror de ação que finca seu pé no slasher e filmes de asssassinos em série, tipo Sexta-Feira 13 encontra Seven. É divertido pois é bem dinâmico e não te deixa respirar, pois o killer parece sempre estar a frente das investigações..e o body count é bem generoso. Ta cheio de furos e algumas inverossimilidades, mas e daí? O desfecho é apressado e meio nada a ver, provavelmente pela tentativa de estabelecer uma franquia com o novo killer..mas creio que só um filme dele ja ta bom. Resumindo, é bom, divertido e esquecível. 8-10

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Zumbieland 2 é uma sequência morna de um filme legalzinho, mas que dispensava continuacão. É legal ver os protagonistas com mais idade mas não deixa de ficar aquela sensação de piada esticada até o talo. Comentaram que os personagens avulsos valem o filme mas eu não vi nada demais, parece que é tentativa desesperada em dar continuidade a esta franquia, que já deu o que tinha que dar. Humor ok..gore mais comedido e um ou outro momento valem a visita, sem mais.  8-10

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Wilkolac é um bom drama de horror polonês de época, que emula o bacanudo oitentista Cujo e o transporta pro Senhor das Moscas. A metáfora do holocausto nazista é desnecessária pois o filme se sustenta mesmo como survival, sem falar que a meninada ta de parabéns em interpretacão. A atmosfera e a tensão estão presentes a toda hora, além de imagens poderosas, e isso poucos filmes conseguem dentro do aparato técnico limitado. 8,5-10

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Extra Ordinary é uma simpática e divertida comédia de terror irlandesa que é o que o medonho remake dos Caça Fantasmas quis ser e não foi. É um filme simples com pegada setentista, tanto na estética como no geral, e as interpretações estão corretas. Tem até um gorezinho básico, bem-vindo. A atriz gordinha dá um banho na Melissa Macarthy, em naturalidade e espontaneidade. 9-10

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Snatchers é uma divertido scy-fy que parece ter sido feito nos anos 80, dada a sua estética e plot basicão, que nada mais é uma metáfora ao medo da gravidez precoce e critica feroz ao aborto. Com referências a Nasce um Monstro e Invasores de Corpos, o elenco manda bem na sua canastrice sob medida. Bem feitinho, só nos finalmentes decai de ritmo, mas dá pra ver de boa e dar altas risadas. 8,5-10

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Malevolence 3 é o melancólico fecho da trilogia começada pelo razoável Malevolence (2004) e continuada no bem melhor Bereavement (2010). Aqui parece tudo genérico e feito as pressas, e ainda por cima não tem a gostosona da Alexandra Daddario, final girl do anterior. Resumindo, é um slasher fraco até pra quem é fã do gênero pois ainda por cima o gore é comedido. Isso que dá o diretor acumular quase todas as funções técnicas...so faltou interpretar todas as personagens. 6-10

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The Room é um bom thriller fantástico que parece um conto esticado do finado seriado Além da Imaginação, que flerta com o crássico Stalker do Tarkovsky, pela temática do objeto que materializa os desejos das pessoas, feito a lâmpada do Alladim. Atuado corretamente e bem ambientado, o filme tem várias reviravoltas; algumas são bestas e desnecessárias enquanto outras conseguem manter o interesse do espectador. No final, o saldo é positivo diante da mitologia estabelecida, um pouco confusa, porém efetiva dentro da proposta. 8,5-10

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8 hours ago, Jorge Soto said:

 

 

Zumbieland 2 é uma sequência morna de um filme legalzinho, mas que dispensava continuacão. É legal ver os protagonistas com mais idade mas não deixa de ficar aquela sensação de piada esticada até o talo. Comentaram que os personagens avulsos valem o filme mas eu não vi nada demais, parece que é tentativa desesperada em dar continuidade a esta franquia, que já deu o que tinha que dar. Humor ok..gore mais comedido e um ou outro momento valem a visita, sem mais.  8-10

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 Esse dai eu não me animei nem um pouco a ver. O primeiro até é legalzinho, mas extremamente esquecível. E os trailers desse não me convenceram de que essa sequência seria diferente

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4 hours ago, Questão said:

 

 Esse dai eu não me animei nem um pouco a ver. O primeiro até é legalzinho, mas extremamente esquecível. E os trailers desse não me convenceram de que essa sequência seria diferente

Não tá perdendo muito não.. fez bem.

 

1 hour ago, Tensor said:

ADOREI Zombieland 2, até mais que o um. Jesse Eisenberg e Woody Harrelson nasceram pra atuarem juntos. Uma das experiências mais divertidas que tive no ano.

Mas sei que to sozinho nessa, a maioria ou não curtiu ou prefere o primeiro. 

E viva as diferenças ?

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Sombra no Escuro (The Silent Scream, Dir.: Dennis Harris, 1979) 2/4

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Sobre uma moça universitária que não consegue vaga em alguma república, aí tem que se hospedar numa casa misteriosa a beira mar. Os donos do local aparentemente guardam um segredo. É um slasher que saiu um pouco antes do Sexta-feira 13, então não tem tanta morte ou violência mais gráfica, acaba tentando chamar a atenção pela trama misteriosa, por isso eu o chamaria de um "slasher hitchcockiano" (tem os elementos de um slasher, mas a trama misteriosa é o que mais chama atenção). Se a trama misteriosa presta? Não tanto, mas não é tão ruim. Enfim, fica na média. Dá pra assistir sem se irritar.

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Popcorn - O Pesadelo está de volta (Popcorn, Dir.: Mark Herreir, 1991) 1/4

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Antes de Pânico esse seria outro filme que brinca com o gênero e faz umas referências. Mas não funcionou nada pra mim. Eles não fazem referências diretas a alguns filmes, e sim cria filmes próprios e zoam esses filmes, os ridicularizam. É meio complicada essa situação porque quando o filme faz isso, acaba se auto ridicularizando, porque faz parte do gênero, não é algo fora dele. Deveria ser visto como comédia, mas nem assim eu gostei disso aqui. Pretendo esquecer. 

P.S.: Criaram uma músicas que tocam no decorrer do filme, mas é uma pior que outra. Acaba jogando o filme ainda mais pra baixo.

 

Prefácio da Morte (I, Madman, Dir.: Tibor Takacs, 1989) 2/4

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Tenho dificuldade em colocar esse como um "Slasher movie" (ele veio no box Slasher Vol. 6 e já vi uns fãs o colocando assim). Não basta colocar uma série de mortes no filme, essas mortes tem que ser o ponto principal do filme e serem bem mais gráficas. Aqui começou, sim, como uma criação de um novo Freddy Krugger, um serial killer sobrenatural, mas foi pra outro lado. O próprio roteirista diz que não queria que fosse um filme só pra mostrar mortes, e olhando bem o filme, não é mesmo. Pra mim, parece uma versão atualizada do 'Fantasma da Ópera', meio longe de ser um slasher.

Mas fora isso, o filme não me pegou totalmente, só que tem coisas interessantes. O vilão é mesmo aterrorizador, o filme tem cenas fortes e situações interessantes. Só acho que faltou um certo tchan pra ser um filme de terror mais memorável. O filme é meio "limpinho" demais, faltou ser meio 'cru', parecendo uma versão estendida de algum episódio do 'Contos da Cripta', ou seja, parece uma história que faz homenagem ao gênero, e não algo que tenha força própria.

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 Visto HISTÓRIAS ASSUSTADORAS PARA CONTAR NO ESCURO

 

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  Na trama situada em 1968, um grupo de jovens adolescentes resolvem explorar em plena noite de halloween a velha casa da Família Bellows, que segundo os rumores, é assombrada. Lá, os amigos encontram um velho livro de histórias , que segundo a lenda, foi escrito por Sarah Bellows (Kathleen Pollard), a filha psicótica da família. A aspirante a escritora Stella (Zoe Margaret Colleti) fica com o livro, mas logo percebe que novas histórias assustadoras estão surgindo magicamente no livro, narrando finais macabros para os seus amigos. Agora, Stella precisa descobrir uma maneira de quebrar a maldição do livro, antes que as historias de Sarah Bellows destruam a ela e a seus amigos.

 Dirigido pelo norueguês André Øvredal, que tem no currículo obras interessantes do género como O CAÇADOR DE TROLLS e A AUTÓPSIA, este HISTÓRIAS ASSUSTADORAS PARA CONTAR NO ESCURO mostra o diretor se aventurando na linha do terror  juvenil, ao trabalhar com uma história mais leve e aventuresca, e menos sangrenta que seus trabalhos anteriores O roteiro escrito a seis mãos por Guilhermo Del Toro (que também é um dos produtores), e pelos irmãos Hageman é interessante ao contextualizar a época ao usar a Guerra do Vietnã como pano de fundo, ao mesmo tempo em que trabalha a questão da xenofobia através do jovem Ramon (Michael Garza) um jovem de passagem pela cidade, que acaba se envolvendo na maldição do livro e se tornando o interesse amoroso da protagonista.

 O diretor consegue criar uma atmosfera interessante para o seu filme, e também um bom ritmo, enquanto o design das criaturas que surgem das histórias do livro se beneficiam por serem criados (em maioria) através de maquiagem e efeitos práticos. O modus operandi da ameaça da narrativa também permite que o filme assuma um caráter pseudo antológico, já que as histórias podem flertar com diferentes tipos de horror, como o leve Body Horror envolvendo uma jovem com um ponto vermelho no rosto. Entretanto, o roteiro acaba pecando por se utilizar muito mal de alguns clichês, como os envolvendo a própria protagonista, uma menina solitária com traumas envolvendo o abandono da mãe. Infelizmente, falta carisma aos personagens de HISTÓRIAS ASSUSTADORAS PARA CONTAR NO ESCURO, o que é um grande ponto contra. O desfecho também parece mais preocupado em construir pontes para uma possível franquia do que encerrar a história, o que também incomoda. No fim, é um filme divertido, mas cuja premissa poderia ter rendido algo bem melhor.

 

Visto O FILHO DAS TREVAS

 

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  Na trama, John March (John Terry) é um detetive particular contratado pela bela Claire (Jane Sibbett) para investigar o seu marido, Charles Dexter Ward (Chris Sarandon), um cientista que repentinamente se tornou distante da esposa, isolando-se na casa de um antepassado desconhecido para conduzir as suas experiências. Ao investigar o caso, John descobre que Ward se tornou extremamente obcecado por seu antepassado, Joseph Curwen (também Sarandon) com quem compartilha uma semelhança impressionante. O problema é que Curwen era um bruxo sanguinário, que fazia experiencias macabras, que agora parecem estar sendo repetidas por seu descendente.

  O FILHO DAS TREVAS é a segunda adaptação da noveleta "O Estranho Caso de Charles Dexter Ward" de H.P Lovecraft, (a primeira foi O CASTELO ASSOMBRADO de 1963, dirigido por Roger Corman, e tendo Vincent Price no papel de Ward). Esta nova versão dirigida por Dan O'Bannon (de A VOLTA DOS MORTOS VIVOS) e escrita por Brent V. Friedman, embora transporte a história para os tempos atuais (bem, os anos 90) e conceda a ela uma atmosfera Noir ao utilizar-se dos arquétipos do detetive particular cínico e da Femme Fatale, é muito mais fiel a história de Lovecraft do que a elegante versão dos anos 60. Isso não significa, entretanto, que o filme seja bom. O'Bannon entrega um filme extremamente arrastado, que parece demorar uma eternidade para chegar a algum lugar. O roteiro entrega as informações a conta gotas, mas os personagens são tão chatos e tudo é filmado de forma tão burocrática que chega a dar sono.

 Além disso, o roteiro parece introduzir uma série de elementos que parecem importantes, mas que acabam não dando em nada, como a tensão sexual entre o detetive e a esposa de Ward, que logo é esquecida, ou o anuncio de uma gravidez, que depois de citada uma primeira vez com grande pompa, nunca mais é referenciada. O filme até tenta compensar toda essa lentidão em seu 3º ato com algum gore, mas dai já é tarde demais. Com personagens rasos e sem graça, e uma trama investigativa que parece andar a passos de tartaruga, O FILHO DAS TREVAS é um filme simplesmente chato e monótono. Minha dica é que fiquem com a versão de Roger Corman da história, que pode não ser lá tão fiel a noveleta de Lovecraft, mas com certeza é um longa metragem muito mais divertido.

 

Visto MARCA DA VINGANÇA

 

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  Na trama, Jamie Morgan (Jim Sturges) é um jovem fotógrafo, que tendo uma marca de nascença em forma de coração marcando metade do seu rosto, tornou-se um paria social. Vivendo em um bairro violento de Londres, Jamie fica assombrado quando descobre que uma das gangues da cidade parece ser formada por demónios de verdade. Quando a sua mãe (Ruth Sheen) é assassinada por essa gangue demoníaca, Jamie começa a caça-los, em busca de vingança. Entretanto, logo o rapaz será tentado por forças diabólicas, que podem transforma-lo naquilo que ele está tentando combater.

  Escrito e dirigido por Philip Ridley, MARCA DA VINGANÇA é um filme que começa como um Thriller de vingança, para depois se transformar em uma trama com toques faustianos, e finalmente adotar uma natureza mais psicológica em seu 3º ato. Este thriller britânico merece pontos por não ter medo de mudar completamente a direção de sua narrativa ao longo de sua projeção, mas se tais mudanças não chegam a se tornar incoerentes com o que foi apresentado, não se pode dizer também que elas ocorram de forma completamente bem sucedida. Não que as reviravoltas sejam mal estruturadas, mas algo na execução parece fazer com que não funcionem tão bem, especialmente a natureza em aberto deixada pelo desfecho.

 Ainda assim, o filme de Philip Ridley trata-se de uma obra bastante interessante. Jim Sturges está muito bem como Jamie, entregando um anti herói trágico que consegue nos envolver em seus dramas e suas duvidas, mesmo quando o roteiro força um pouquinho. Timothy Spall tem uma pequena, mas interessante participação como o afetuoso pai de Jamie, que surge nos flashbacks, mostrando-me uma faceta deste ator que eu não conhecia. O trabalho de fotografia e direção de arte também merece destaque por entregar uma Londres suja, violenta e desesperançosa, fazendo isso com pouquíssimos elementos. No geral, MARCA DA VINGANÇA funciona como thriller psicológico/sobrenatural, apesar de algumas escorregadas. Está longe de ser um grande filme, mas é um bom exemplar do terror britânico, que mistura o sobrenatural, psiquês alquebradas, e violência urbana.

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 Visto O FAROL

 

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  Na trama, situada no fim do século 19, Ephraim Winslow (Robert Pattinson) é um homem que chega a uma pequena ilha para trabalhar por algumas semanas como assistente do faroleiro Thomas Wake (William Dafoe), substituindo o antigo assistente, que supostamente teria enlouquecido.  Á medida em que os dias passam, a tensão entre os dois homens começa a crescer cada vez mais, com o jovem assistente passando a ter uma série de pesadelos envolvendo uma sereia e se tornando cada vez mais intrigado com o comportamento arredio e abusivo de seu superior, que o proíbe de entrar na sala da luz do farol.

  Segundo longa metragem de Robert Eggers (que em 2015 havia chamado a atenção com o sucesso de publico e crítica de A BRUXA) este O FAROL segue muito do estilo apresentado pelo cineasta em seu filme de estreia, tanto na forma como constrói o terror quanto a temática que guia tal terror, no caso a repreesão sexual, mas agora observada de um ponto de vista masculino. O roteiro escrito pelo próprio diretor, em parceria com o irmão Max Eggers, constrói o suspense da narrativa através da rotina e do isolamento dos personagens que vai os enlouquecendo aos poucos, ao mesmo tempo em que estabelece uma sutil, mas inquestionável tensão sexual entre os seus dois protagonistas. Assim como no projeto anterior de Eggers, o roteiro usa e abusa de simbolismos, desde as figuras monstruosas vistas por Ephraim, passando por uma interessante sequência que mostra o personagem de Pattinson entrando lentamente no mar, até o próprio farol do título. Entretanto, tal como em A BRUXA tanto simbolismos começam a irritar a partir de certo ponto. Os diálogos, por sua vez são divertidos por retratarem o ambiente cada vez mais louco e doente que se estabelece no farol.

 Esteticamente, O FAROL é um filme muito interessante, pois ele não apenas é fotografado em preto e branco, mas mesmo o seu desenho de luz e uma pequena "sujeira" nas imagens parecem remeter aos filmes antigos, em um anacronismo bonito e proposital. O desenho de som, já tem um nível de detalhes que só uma produção contemporânea poderia ter, sendo vital para construir o clima de isolamento e loucura que a obra possui. Pattinson e Dafoe, por sua vez, estão brilhantes em seus respectivos papéis, o primeiro construindo bem o arco de Ephraim como um rapaz retraído, que aos poucos vai sendo enlouquecido pelo ambiente, e o segundo por conseguir dar humanidade para um personagem que parte de uma caricatura. Mas no fim das contas, tal como A BRUXA, O FAROL não funciona muito bem pra mim, me marcando muito pouco. Creio que o cinema de Eggers não seja pra mim mesmo.

 

Visto PÂNICO AO ANOITECER

 

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  Na trama, em 1946, a pequena cidade de Texarkana (que tem esse nome por se localizar na divisa dos estados americanos do Texas e do Arkansas) passa a ser aterrorizada por um misterioso e sádico serial killer mascarado, que tem atacado jovens casais nas noites de lua cheia. Enquanto o pânico se espalha pela cidade, a polícia local liderada pelo Chefe Sullivan (Jim Citty) com a ajuda do Texas Ranger, Capitão Morales (Ben Johnson) tentam capturar o maníaco antes que ele faça novas vítimas.

  Dirigido por Charles B. Pierce, PÂNICO AO ANOITECER é um slasher setentista baseado nos assassinatos reais nunca solucionados ocorridos na cidade de Texarkana em 1946, cometidos pelo "Assassino Fantasma", como a midia o batizou. Tal como O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, lançado alguns anos antes, o filme de Pierce adota uma atmosfera documental ao usar um narrador abrindo o filme para nos informar que os eventos que estamos prestes a ver são reais, e que somente o nome dos personagens foi alterado, continuando a fazer interjeições de tempos em tempos. Embora esteja longe de ser uma narrativa de ares biográficos, como ZODÍACO de David Fincher, por exemplo, PÂNICO AO ANOITECER segue relativamente de perto a ordem dos crimes cometidos pelo Assassino Fantasma em 1946, inclusive com a sobrevivência do casal que se tornou as primeiras vítimas do psicopata, mas claro, enfeita bem a narrativa para que ela se encaixe dentro das convenções do género terror. Embora tenha elementos clássicos dos slasher, o roteiro de Earl E. Smith não se encaixa completamente dentro da estrutura clássica do slasher, já que é muito mais focado na investigação para encontrar o assassino, com as vítimas adolescentes surgindo somente nos momentos que antecedem os ataques e nos ataques em si, estando longe de serem os protagonistas, como se convencionou no Slasher tradicional.

  O grande problema de PÂNICO AO ANOITECER é o seu humor terrivelmente deslocado. Para uma trama que assume esse ar documental desde o seu início, e que encena as suas sequências de assassinato com certa crueza (mesmo quando flerta com o absurdo como na cena de assassinato envolvendo um trombone) ter policiais tão patetas com planos dignos do Chefe Wiggun de OS SIMPSONS, como se vestirem de mulher para atrair o assassino decididamente não combina. Nesse sentido, o filme me lembrou o cult ANIVERSÁRIO MACABRO de Wes Craven, que cometia erro semelhante ao contrapor um tom cru e brutal com comédia pastelão. No geral, PÂNICO AO ANOITECER é um proto slasher interessante, mas que tinha potencial para mais.

 

Visto MAL NOSSO

 

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  Na trama, Arthur (Ademir Esteves) é um médium, que através da Deep Web,  contrata Charles (Ricardo Casella), um sádico matador de aluguel, para executar a sua filha Michele (Luara Pepita) na noite em que a garota completar vinte anos. Através de flashbacks, Arthur conta como desde a sua juventude (onde é vivido por Fernando Cardoso) foi atormentado pelas visões de pessoas mortas, até o momento em que encontrou um guia na figura de um palhaço triste, e é desse encontro que se origina a sua ordem para matar a filha, jovem que também tem um passado complexo.

  Escrito e dirigido pelo estreante em longas metragens Samuel Galli, MAL NOSSO é um terror brasileiro cheio de boas intenções, que até constrói uma atmosfera interessante e um bom uso de efeitos práticos, mas cuja estrutura narrativa mal costurada acaba não funcionando bem. Narrativamente, não há nada de errado com o o longa, mas existe uma mudança de estilo constante no projeto, que por serem mal articuladas, acabam tirando muito da coesão da obra. O filme começa como uma trama de assassinato, com ares de Sexploitation, ao acompanharmos o processo de contratação de Charles, que não mata apenas por dinheiro, mas também por prazer. Então, temos um longo flashback que surge como uma espécie de versão brazuca de O SEXTO SENTIDO com a versão jovem do protagonista, para então avançarmos mais e entrarmos na seara dos filmes de exorcismo, e assim por diante. Mas o filme de Galli parece passear por estes estilos de terror de forma um pouco desenfreada, como se atirasse para todos os lados. A atmosfera é bem construída, mas não o suficiente para compensar personagens sem carisma algum, ou a falta de uma construção de mundo consistente. Os atores também nunca parecem realmente confortáveis em seus papéis, nunca soando realmente naturais. Mas deve-se elogiar o design das criaturas (todas interpretadas por Waldemarra dos Santos, que está se transformando no Javier Botet brasileiro) que mesmo não sendo exatamente criativas, são super funcionais dentro daquilo que o filme propõe.

 No fim das contas, MAL NOSSO é uma experiência interessante de um diretor iniciante com algum talento, mas sofre de falta de foco, ao tentar ser tudo de uma vez só. Mas dentro do que o terror brasileiro tem nos entregado ultimamente, vide os filmes de Marco Dutra, Rodrigo Aragão, ou mesmo o recente MORTO NÃO FALA, acaba não sendo muito impressionante.

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The Shasta Triangle é um scy-fy de terror de orçamento merreca que começa prometendo uma trama bacana de mundos paralelos e realidades alternativas, mas se perde no meio termo sem dizer a que veio. A trama é frouxa e confusa e as atuações estão dentro do aceitável, embora falta de orçamento não seja desculpa pra falta de criatividade e dum roteiro decente. Vade retro, tem coisa bem melhor no gênero. 6-10

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Countdown é um divertido terror teen que lembra muito a franquia Premonição, só que mais light. O plot do aplicativo "do mal" tem uma mitologia interessante, embora o gore e as mortes não sejam tããão memoráveis, mas ao menos prende a atenção. Com atuações corretas e um desfecho que deixa gancho pra sequência, eis um terror descompromissado, acerebrado e, mesmo assim, bom passatempo. 8-10

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Colour Out of Space é mais um belo exemplo do quão difícil é adaptar HP Lovercraft pras telas. Se como adaptação (o alemão de 2010 dá de dez neste aqui!) deixa a desejar, como terror scy-fy é até razoável. Nicolas Cage surtado, estética oitentista e paleta de cores bacana, fora os bons efeitos especiais á moda antiga (com um tiquim de cgi). Contudo, tem muitos problemas de ritmo e é demasiado longo. No mais, vale assistir mas sem esperar clássico nenhum. Acredito que o resultado tenha sido irregular porque o diretor não pegava nada desde o século passado (!?). 8-10

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Spell é um thriller (terror?) psicológico indie com muitas semelhanças narrativas ao badalado (e bem superestimado) Middsomar, mas de baixíssimo orçamento e com uma pegada de jornada do herói mais noir. É interessante não apenas pela ambientação gélida da Islândia mas pela sua estrutura em capítulos. As atuações estão todas ok e o filme demora pra engrenar pois é meio que paradão e de difícil digestão. Mas da mesma forma que o badalado filme mencionado deixa a sensação que podia ter sido bem melhor. 8-10

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A Serial Killer's Guide to Life é uma divertida comédia inglesa com muuuito humor negro (finíssimo!) e sua estrutura narrativa lembra muito o igualmente bacana Sightseed. É um road movie narrado em capítulos com pegada de auto-ajuda(!?). Imagina um Beautiful Day in the Neighborhood com Thelma & Luise sociopata, é isso! A dupla principal ta ótima e a duração enxuta do filme ajuda na experiência. Outra, a reviravolta final serve de cereja de bolo neste pequeno grande filme que faz sorrir do início ao fim. 9-10

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Quien a Hierro Mata é um ótimo e tenso thriller espanhol quer trata resumidamente da espiral de vingança dos protagonistas principais. Uma espécie daquele francês Intocáveis só que mórbido. As atuações estão super bem, em especial o grande Luis Tosar, que aqui faz dobradinha novamente com o diretor de [REC]. O desfecho amargo serve de cereja de bolo desta obra que Hollywood decerto nunca faria igual. É um filme com ótima premissa e bem desenvolvido, mas que deixa a sensação que é bem inverossímil quado se pensa nele. E daí? tem na Netflix. 9-10

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Endzeit é um curioso filme de zumbi alemão que não inventa nada e não faz uso do nazismo pra justificar a si mesmo, o que já é alguma coisa. Tem formato de road movie e tem uma bizonha mensagem ecológica (!?), a despeito da pegada subliminar de lacração femenina em suas personagens principais. Resumindo, é algo ja visto em Walking Dead mas vale unicamente por sua procedência e estes pequenos detalhes. 7,5-10

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A Casa Sinistra ( The Dark Old House, Dir.: James Whale, 1932) 2/4

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Difícil avaliar nos padrões de hoje, mas tem uma ambientação muito boa, e o personagem do Karloff é bem sinistro. História clássica do pessoal que está preso numa tempestade, e aí tem que entrar numa mansão pra se aquecer e lá moradores são tenebrosos e guardam um mistério tenebroso. Problema que esse 'mistério tenebroso' é bem risível... Mas ok, antes do mistério aparecer filme carrega bem no suspense e terror.

Spoiler

Filme tem uns 3 ou 4 personagens ali que poderiam funcionar muito bem como vilão, mas no final escolhem um personagem bem estranho pra executar essa função. Enfim... Difícil entender como eles deixarem o personagem do Karloff solto na mansão, mas deixam preso um cara lá que qualquer um pode dar uma surra fácil. Até o velho na cama lá conseguiria dar uma surra nele. Se esse filme fosse um Senhor dos Anéis: Imagina que na mansão, o pessoal que chega lá são recepcionados pelo Saruman, Sauron e Gollum. Qualquer um deles poderiam funcionar muito bem como o vilão, mas, no fim escolhem um Hobbit pra ser o vilão. Pois é, mais ou menos isso. hehehe 

 

A Maldição da Caveira (The Skull, Dir.: Freddie Francis, 1965) 3/4

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Colecionador recebe a crânio do Marquês de Sade que é amaldiçoada e assim coisas sinistras começam a acontecer com ele. Esse é um exemplo de uma trama simples mas que funciona muito bem e sem muito esforço. Tudo é eficiente mas naturalmente, sem muita firulas. Peter Cushing e Christopher Lee alavancam a qualidade do filme. Recomendável.

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