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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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Outro dia estava me perguntando quantos filmes Amityville existem. Aqui tá minha resposta: 22 filmes (!!!). O cara aqui resolveu fazer um vídeo com review de cada um deles (haja coragem!).

 

 

Ele frisa que ao contrário de franquias como a do Freddy ou Jason e outras que se tem que ter o direito autoral pra fazer o filme, a série Amityville nem tanto. Se for fazer um filme sobre as histórias reais das famílias que moraram lá (e de onde se originou a história), teria que obter os direitos, mas uma história aleatória qualquer sobre a casa/cidade em si, isso não é necessário, então qualquer um poderia fazer seu filme Amityville (ele dá exemplo que ele mesmo poderia filmar ele peidando por 1h30 e chamar isso de 'Amityville - A Bomba de Gás'). Então, muito filme surgiu com o nome 'Amityville' só pra aproveitar fama da 'franquia'.

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Pior que tinha assistido o "Os assassinatos em Amityville" recentemente, mas tinha outro da série lá na Amazon Prime. A sinopse fala de dois paranormais que vão até uma estrada assombrada (daí, você pergunta: "O que tem a ver uma estrada com uma casa que normalmente é o cenário da série?" Enfim), fiquei curioso em assistir, mas deixei pra lá. E no vídeo o cara fala que justamente esse é o pior filme que ele viu na vida. Sem mais. Pelo tudo o que ele disse e mostrou ali do filme, não é difícil de duvidar disso. Valeu pleo aviso: Vou passar longe desse.

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Songbird é um razoável thriller apocalíptico que pega o vácuo do Corona, tanto que ta sendo chamado o filme da pandemia, pois mostra o mundo devastado pelo Covid-24. A crítica detonou mas eu consegui ver algo que preste nele, mas é bem pouco mesmo. Tipo o desenho de producao e a parte técnica, sempre impecavéis sendo do Michael Bay seu produtor. Mas sendo dele tem um roteiro raso feito pires, personagens mais rasos ainda e a pretensao de criar paralelismos estúpidos com a atualidade. Creio que se nao tivesse rolando tempos de pandemia eu curtisse mais, porque como filme deixa a desejar muito. Piegas demais! Curiosidade è rever a Elpidia Carillo, a mocinha do Predador do Schwarzza, hoje o pó da rabiola interpretando a avò da mocinha. 7-10

stuart pettican - Photographer - Pettican Photography | LinkedIn

 

Breach é a prova definitiva que desisto dos filmes do Bruce Willis de vez, a menos que ele volte á franquia Duro de Matar. PQP... arca espacial, alienígenas metamorfos, um mecânico sendo escolhido pra salvar a humanidade, etc?! Meu, isso ta longe de ser veìculo pro Willis nem em pensamento. Pior que esta bagaceira se leva a sèrio! Antes fosse filme B mas nem, è tudo meia boca e sem graca! Nao bastasse um Bruce Willis apàtico, no automático, sem um pingo do carisma que o tornou famoso. Disso se salva apenas o sempre bom coadjuvante Thomas Jane, mas nao a ponto de salvar este filme da mediocridade. Passem longe! 5-10

Critique Ciné : Breach (2020) - Critiques séries et ciné, actu - Breaking  News, ça déborde de potins

 

Relic é um bom terror dramático (e por vezes psicológico) que trata sobre envelhecimento e abandono na forma de muitas alegorias..body horror bão..e tensão crescente a outra producao que trata quase do mesmo tema, The Dark ant the Wiched.. Náo o tipo de filme com grandes surpresas, sustos ou reviravoltas, mas o clima, a pegada sensìvel sobre o tema e a òtima atuacão da Emily Mortimer ja valem a visita. Reparar que o corpo idoso è retratado de forma tremendamente asquerosa, em cenas realmente repugnantes. 8-10

New 'Relic' trailer; Emily Mortimer, Bella Heathcote and Robyn Nevin star

 

Freaky é um divertido terrir teen que tem o mesmo frescor nostálgico oitentista de A Morte te dá Parabéns, e so depois vi que é do mesmo diretor. É mix daqueles filmes de "troca de corpo", tipo Quero ser Grande ou Se Eu Fosse Você...com Sexta-Feira 13! Tem gore.. e muito, mas a pegada é mais cômica e funciona muito bem pra mostrar a evolução do personagem principal. Atuações ok e bem feitinho, eis um filme que parece ter saído de uma locadora século passado. E isso é elogio, apesar de um errinho ou outro no roteiro. @Jailcante com certeza vai curtir pois é uma homenagem ao slasher. 9-10

One More Trailer for 'Freaky' Body Swap Slasher with Vince Vaughn |  FirstShowing.net

 

Asylum: Twisted Horror and Fantasy Tales é uma antologia de 8 curtas de terror, scy-fy e fantasia que dá pro gasto. Sua espinha dorsal é bem meia boca pois parece feita ás pressas pra tentar "unir" cada produção e seu mestre de ceremônias é fraco, não chega aos pés do Creepy, de Tales From the Cript. Pra variar, umas destoam das outras, como a do exorcismo, a engraçada que envolve o Trump e a feita com animação, superiores ao resto. Ainda assim, não chega á genialidade de Mortuary, a coletânea do ano. 8-10

Santiago Horror: Primeras confirmaciones de la programación 2020 - Cine de  Género Latinoamericano

 

The Dinner Party é um bom thriller macabro com muitos diálogos tarantinescos desnecessários, mas que não compromete o longa. É a versão satânica de qualquer filme gastronômico, tipo Festa de Babette. É bem legal ver a transformação da personagem principal, de introvertida pra fodona bad ass, e o gore lindo de ver. Tem personagens interessantes, tensão crescente todo longa, um banho de sangue no último ato e uma boa reviravolta no fim. O ruim é que tem muito diálogo (uns legais, outros não) até os finalmentes. É um bom filme indie, divertido e competente, feito Monster Party. 8,5-10

WTS3.15 Guests: Miles Doleac and Clifton Hyde

 

Dreamland é uma boa fábula neo-noir que trata de moralidade e redenção e se sustenta basicamente pelo ótimo protagonista (em papel duplo) e os bizonhos personagens coadjuvantes. Vai vendo, tem matador de aluguel, um cafetão, uma ricaça e..um vampiro (!?)..sim, isso mesmo! Não é um filme pra todos, mas é uma abrodagem diferenciada e criativa do cinema de crime. É uma produção que transpira o cinema de Lynch pela bizarrice, mas nem por isso deixa de ser interessante, seja narrativa como esteticamente. Depois fui ver o diretor e vi que aqui ele faz dobradinha com o ator do ótimo Pontypool. 8,5-10

DREAMLAND” has a different date and more profane poster in Canada | Rue  Morgue

 

Boss Level é um bacanudo e sangrento thriller scy-fy que é um A Morte te dá Parabéns ou Feitiço do Tempo só que dos filmes de ação, com várias referências a outras produções do gênero, tipo Timecop. Sim, o plot não é original mas sua execução sim, tentando quebrar a monotonia de ver seu protagonista trocentas vezes na mesma cena. A metáfora da evolução do personagem em vários níveis se dá como se fosse videogame, boa sacada. Só acho que o Frank Grillo não ta a altura do personagem principal, pois o Mel Gibson ofusca ele facinho como vilão. Opção pipoca bem sacada de entretenimento, um violento filme alto-astral envolto em ótima trilha sonora.9-10

OnlineHD Boss Level Online Teljes Film Magyar

 


Game of Death é uma divertida fita de horror, recheada de gore e nostalgia oitentista em partes iguais. Imagina um mix sinistro de Jumanji com Assassinos por Natureza.. é isso! A premissa é bem simples e o filme funciona como relógio, em contagem regressiva. Atuações ok, ritmo frenético e sangue voando na tela devido aos sempre bons efeitos práticos. Filme indie e com baixo orçamento, surpreende que seja bem estiloso nalgumas sequências feitas com ácido. Diversão com duração enxuta pra quem curte um gore das antigas! 9-10

Постеры: Игра смерти / Постер фильма «Игра смерти» (2017) #3430760

 

Karate Kill é um divertido e sangrento filme de porradaria B que emula a produção bagaceira de videolocadora, tipica do Chuck Norris, mas a procedência japa lhe confere um charme extra. Não espere coerência ou lógica, apenas é pra deixar ver esta trasheira tipicamente grindhouse que pega elementos de tantos filmes (dificil dizer todos) e os entorna num caldo só. Este filme tem público definido e provavelmente vai desagradar quem não é. Eu curti muito. Pancadaria, gore e nudes nivel top. 8,5-10

Karate Kill Trailer Is The Karate Kid on Steroids

 

Tailgate é um bacanudo e tenso thriller holandês que é mix de Encurralado e Morte Pede Carona que fala sobre tolerância e educação, resumidamente. O psico da vez é muito carismático que torcemos mais por ele que pela infeliz e chatérrima familia que cruza com ele. As atuações tão ok onde se destaca de longe o cara que faz o killer e que torço pra que tenha outro filme só dele. O ruim é que o terço final do filme se torna genérico, mas não a ponto de comprometer toda obra. 8,5-10

Recensie: Bumperkleef (Lodewijk Crijns, 2019)

 
  • The Dark and the Wicked é um bom terror psicológico do diretor que trouxe preciosidades como Os Estranhos e The Monster. Novamente o filme lida com o desconhecido, que se mostra sempre presente mesmo no nada, e isso já é ponto positivo pois gera uma agonia tensa em toda metragem. O ritmo é lento, mas nem por isso não deixa de ter atmosfera sinistra, som misterioso e design sinistro. As atuações saõ poderosas e se aliam ás qualidades técnicas do longa, mas o filme tem desfecho pouco satisfatório, o que é broxante. 8-10

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Triggered é uma produção sul africana divertidinha que não esconde suas inspirações como híbrido de Jogos Mortais com Sexta-Feira 13. É daqueles filmes onde um monte de teens idiotas é forçado a algum jogo mortal pra salvar suas vidas. Começa bem lento mas depois diz ao que veio, num ritmo frenético e sangrento só. O legal é ver como as relações dos personagens se fragmenta, feito um BBB, apesar que as atuações deixe a desejar. Tão chamando de Battle Royale da geração Z, mas isso é exagero. Curti, uma película simples, com gore legal e divertida. 8,5-10

MastersOfHorror: August 2020

 

Fatman é um filme natalino diferenciado, um diversão subversiva em forma duma violenta comedia negra com premissa interessante, porem mal executada.. é um filme natalino não convencional mas por isso ja vale a pena, embora a premissa dum Papai Noel John Wick a principio pareça bizarra demais.. apesar disso, Mel Gibson e Goggins carregam filme nas costas. O espirito natalino ta ali, mas a embalagem que é diferente. Mas essa mistura ficou meio esquisita, a diferença do ótimo e mais que recomendável Keanu, um filme de bichiinho fofinho (no caso, um gatinho) ultraviolento. 8-10

Fatman Movie Download | Tags and Chats

 

 

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On 11/20/2020 at 10:40 AM, Jorge Soto said:

T

The Dark and the Wicked é um bom terror psicológico do diretor que trouxe preciosidades como Os Estranhos e The Monster. Novamente o filme lida com o desconhecido, que se mostra sempre presente mesmo no nada, e isso já é ponto positivo pois gera uma agonia tensa em toda metragem. O ritmo é lento, mas nem por isso não deixa de ter atmosfera sinistra, som misterioso e design sinistro. As atuações saõ poderosas e se aliam ás qualidades técnicas do longa, mas o filme tem desfecho pouco satisfatório, o que é broxante. 8-10

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3 hours ago, Jorge Soto said:

 

  • The Dark and the Wicked é um bom terror psicológico do diretor que trouxe preciosidades como Os Estranhos e The Monster. Novamente o filme lida com o desconhecido, que se mostra sempre presente mesmo no nada, e isso já é ponto positivo pois gera uma agonia tensa em toda metragem. O ritmo é lento, mas nem por isso não deixa de ter atmosfera sinistra, som misterioso e design sinistro. As atuações saõ poderosas e se aliam ás qualidades técnicas do longa, mas o filme tem desfecho pouco satisfatório, o que é broxante. 8-10

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  SOTO Gostou tanto do filme que resenhou duas vezes no mesmo tópico. kkkkkkk

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On 12/19/2020 at 2:58 PM, Jorge Soto said:

 

Freaky é um divertido terrir teen que tem o mesmo frescor nostálgico oitentista de A Morte te dá Parabéns, e so depois vi que é do mesmo diretor. É mix daqueles filmes de "troca de corpo", tipo Quero ser Grande ou Se Eu Fosse Você...com Sexta-Feira 13! Tem gore.. e muito, mas a pegada é mais cômica e funciona muito bem pra mostrar a evolução do personagem principal. Atuações ok e bem feitinho, eis um filme que parece ter saído de uma locadora século passado. E isso é elogio, apesar de um errinho ou outro no roteiro. @Jailcante com certeza vai curtir pois é uma homenagem ao slasher. 9-10

One More Trailer for 'Freaky' Body Swap Slasher with Vince Vaughn |  FirstShowing.net

 

 

 

 

Sim, já ouvi falar muito bem desse filme, já tô de olho nele.:D

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 Christopher Landon está mesmo se tornando um nome pra se prestar atenção. E é curioso como ele parece pegar as tramas de classicas comédias oitentistas como FEITIÇO DO TEMPO e SEXTA FEIRA MUITO LOUCA (Não o da Jamie Lee, que é remake), e articula com tramas Slasher.

 

Em tempo, bem curioso pra esse FREAKY

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6 hours ago, Questão said:

Off: Sacanagem da Marvel demitir a menina no meio da convenção.

Sei lá, as matérias a respeito deixam subentendido que foi sacanagem.. mas a real é que ninguem sabe de fato quais eram os termos do acordo da jovem com a Disney. Tanto que a Emma nao guarda rancor disso, parecendo até que ela esperava que isso fosse um dia ocorrer. A impressáo que dá é que a Disney é um cabide de empregos e náo. Os atores sao meros cifroes pros engravatados e a substituicaó é ate compreenssivel. O currículo da nova contratada é bem mais generoso e expressivo que a da Emma, e nao bastasse a jovem ta numa ascensao fudida em Hollywood, coisa que a Emma nao ta. Ta na boca dos teens atualmente. E faz  mais sentido chamar ela prum vindouro Jovens Vingadores do que manter a antiga contratada.

Mas a esperanca é a última que morre.. quem sabe a Emma seja reaproveitada pra outro papel, da mesma forma que a Gemma Chan, que de vila inexpressiva em Capita Marvel passou pra heroina Sersi, no vindouro Eternos.

Captain Marvel: Gemma Chan explains Minn-Erva blue make-up and costume -  Radio Times

Gemma Chan aparece como Sersi nas gravações d'Os Eternos ~ Universo Marvel  616

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  • 2 weeks later...
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 Visto O QUE VOCÊS FIZERAM COM SOLANGE?

 

O Quê Vocês Fizeram com Solange? - 9 de Março de 1972 | Filmow

 

  Na trama, Henry Rosseni (Fabio Testi) é um professor que está tendo um caso com uma de suas alunas, Elizabeth (Cristina Galbo). Quando um assassino misterioso vestido como um padre começa a matar um grupo de garotas da escola, e Elizabeth acaba testemunhando um dos crimes, Henry precisa investigar o caso, principalmente depois de entrar para a lista de suspeitos da polícia.

  Dirigido por Massimo Dallamano a partir de um roteiro escrito pelo próprio em parceria com Bruno Di Gerônimo, que por sua vez se baseia em romance de Edgar Wallace, O QUE FIZERAM COM SOLANGE é um típico Giallo setentista italiano, com elementos bastante típicos do gênero, como o crime do passado por trás das motivações do vilão, o protagonista que inicia a investigação para provar a própria inocência, e claro, a memória como a chave para a resolução do mistério que move a trama.

  Um bom Giallo é basicamente construído por seu clima, mas ainda que tenha os seus bons momentos, O QUE VOCÊS FIZERAM COM SOLANGE? não possui muitas sequências marcantes. Não que a construção de suspense de Dallamano não seja eficiente, mas também não chama muito a atenção. Em termos de Gore, é um filme relativamente comportado também, para uma época que já tinha nomes como Dario Argento e Lucio Fulci usando o gênero para pintar a tela de vermelho, com o diretor tento optado por uma violência mais sugerida do que explícita, apesar de ainda ter um ou outro momento de choque visual. O que mais se destaca acaba sendo realmente a trilha do sempre brilhante Ennio Morricone, com um tema melancolico e evocativo, e a montagem de Antonio Siciliano, que traz uma edição dinâmica para a obra, destacando-se sem ser exibicionista. É um Giallo padrão, vai agradar quem curte, mas não vai muito mais longe.

 

Visto A LIGAÇÃO

 

 A Ligação - Filme - Cinema10.com.br

 

  Na trama,  Seo Yeoh (Park Chin Hye) é uma jovem que após perder o celular, passa a usar um  telefone fixo que encontra em sua casa. Logo, ela começa a receber ligações de Young Sook (Jeo Jong Seo), e as duas descobrem que vivem na mesma casa, mas enquanto a primeira fala de 2019, Young Sook fala de 20 anos no passado. Com esta conexão, as duas percebem que podem alterar a história; mas o que parece uma benção, logo se torna um pesadelo quando Seo Yeoh percebe a real natureza de Young Sook.

  Escrito e dirigido por Chung Hyun Lee, A LIGAÇÃO é um remake de uma produção britânica (que não assisti) que parte de uma premissa já vista algumas vezes na TV e no cinema (o filme ALTA FREQUÊNCIA me vem a mente) onde duas pessoas, uma no passado, e a outra no presente, encontram uma forma de se comunicar, e acabam alterando o tempo, gerando consequências graves. A grande sacada na proposta do filme coreano é fazer uma dessas pessoas ser uma psicopata das brabas, criando um jogo de gato e rato temporal que deixa o espectador tenso durante toda a projeção.

 O diretor Chung Hyun Lee constrói o seu filme de maneira exemplar, primeiro estabelecendo a relação de cumplicidade entre as duas protagonistas, retratando de forma consciente e econômica o quanto uma alivia a solidão da outra, para então começar a estabelecer os primeiros pontos de ruptura, a partir que uma sente que não está sendo tão beneficiada pela relação quanto a outra. O filme lida muito bem com as complicações sempre presentes em histórias de interferência temporal, com os efeitos especiais sendo muito bem utilizados para retratar as alterações que o presente sofre por causa das ações realizadas no passado. As duas protagonistas estão muito bem em cena, entregando tanto uma protagonista com um arco dramático bem legal e a qual conseguimos nos apegar, quanto uma vilã carismática, mas que também conquista o ódio do publico. A montagem também manda muito bem em criar a constante ligação entre as cenas no passado e no presente, tanto na forma de construir a tensão quanto na criação de significados narrativos. O filme, porém, dá uma escorregada feia em seus cinco minutos finais, na tentativa de criar um final chocante desnecessário com uma reviravolta meio mal armada. Mas ainda é um ótimo entretenimento. Pro JAILCANTE, que curte tramas de alteração do tempo, é um prato cheio. Disponível na Netflix.

 

VISTO THE DARK AND THE WICKED

 

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  Na trama, os irmãos Louise e Michael (Marin Ireland e Michael Abbot JR) vão para a velha fazenda de seus pais para ajudar a sua mãe (Julie Oliver Touchstone) a cuidar do seu pai moribundo (Michael Zagst), mesmo sob protestos da mãe, pois ela alerta que o diabo planeja levar a alma do velho moribundo, e destruíra qualquer um que ficar no caminho. Inicialmente, os irmãos não levam a sério, mas logo coisas estranhas começam a acontecer.

 Já que o SOTO postou duas resenhas do filme por aqui (kkkkkk) resolvi dar uma conferida nesta mais recente produção de Bryan Bertino, responsável por alguns cults como OS ESTRANHOS e THE MONSTER. Após assistir, achei interessante reparar como embora sempre trabalhe com o tema da família em crise, Bertino tem entregue entradas relativamente diferentes a cada investida sua no género. THE DARK AND THE WICKED segue a recente onda de filmes de terror Slow Burn, lembrando produções como A BRUXA ou HEREDITÁRIO,  ao focar-se nos processos depressivos de seus protagonistas, entrecortados por alguma sequência assustadora.

Ainda que se possa ler a história da família assombrada pelo diabo como uma metáfora para o processo do luto, ou mesmo o chamado luto em vida, quando o ente querido ainda respira mas não está mais realmente lá, o filme de Bertino é muito mais um projeto de direção do que de história (e talvez possamos falar isso de todos os seus filmes), o que funciona aqui, pois Bertino é um bom diretor, que tem uma mão fantástica para a construção do suspense, deixando o publico na ponta da cadeira quando quer. Mas os personagens são tão introspectivos e o filme demora tanto pra engrenar, que acabou me perdendo, apesar de não ser um filme longo.

 

Visto PATRICK

 

‎Patrick (1978) directed by Richard Franklin • Reviews, film + cast •  Letterboxd

 

  Na trama, após matar a mãe e o namorado dela, Patrick (Robert Thompson) entra em um estado catatônico. Três anos depois, Kathy Jacquard (Susan Penhaligon), uma enfermeira recém divorciada vai trabalhar na clínica comandada pelo Dr. Roget (Robert Helpmann) e fica responsável por Patrick, visto como um vegetal sem retorno. Mas mesmo preso no próprio corpo, Patrick desenvolveu poderes telepáticos, e ao ficar obcecado por Kathy, passa a utiliza-los para tê-la apenas para si.

 Dirigido por Richard Franklin, a partir de um roteiro de Everett De Roche, PATRICK é um thriller setentista de terror Sci-Fi, que traz uma premissa intrigante ao trazer um vilão que em tese, está completamente indefeso em uma cama, mas que é mais poderoso do que aparenta. O filme é relativamente bem conduzido por Richard Franklin, que é claramente influênciado por Alfred Hitchcock na forma de trabalhar o suspense, na decupagem,  e mesmo na identidade visual do filme (Franklin, que dirigiria PSICOSE 2, claramente se inspira no Design do Bates Motel  para criar a clínica que serve de palco para a historia). O filme é interessante também por trazer uma protagonista relativamente progressista para o período, o que é adequado diante da possessividade do vilão. É um filme bem eficiente, que talvez não precisasse de quase duas horas de duração, mas que ainda é divertido. Em tempo, a produção ganhou um remake em 2013 que acabou me agradando mais do que o original.

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On 12/21/2020 at 2:21 PM, Jailcante said:

 

Sim, já ouvi falar muito bem desse filme, já tô de olho nele.:D

 

On 12/23/2020 at 12:58 AM, Questão said:

 

 Christopher Landon está mesmo se tornando um nome pra se prestar atenção. E é curioso como ele parece pegar as tramas de classicas comédias oitentistas como FEITIÇO DO TEMPO e SEXTA FEIRA MUITO LOUCA (Não o da Jamie Lee, que é remake), e articula com tramas Slasher.

 

Em tempo, bem curioso pra esse FREAKY

 

Vi estes dias uma noticia gringa que a atriz da franquia A Morte Te Da Parabéns ta pilhando o diretor pra franquia dela ter crossover com o de Freaky...o que realmente nao é algo improvável de ocorrer. O problema é que a terceira parte do filme dela ta stand by por ora.. Que mané Darkverse ou Universalverse o que.. o lance é Blumverse na veia...?

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On 1/7/2021 at 2:56 PM, Jailcante said:

Tem que ter o 3º do A Morte te dá Parabéns. Tem que fechar a trilogia aí. :(

 

23 hours ago, Questão said:

 

 Pois é. O diretor diz que já tem até roteiro pronto. Mas o estúdio tá meio assim por que o segundo filme não chegou nem perto de arrecadar o que o primeiro conseguiu.

 

Depois que o Jason Blum confirmou que ‘A Morte Te Dá Parabéns‘ e ‘Freaky: No Corpo de um Assassino‘ se passam no mesmo universo, muitos fãs estão ansiosos por um crossover. Pensando nisso, um fã criou um cartaz incrível conectando as duas franquias. Recentemente, a atriz Jessica Rothe, protagonista da franquia ‘A Morte Te Dá Parabéns‘, revelou que quer um crossover com ‘Freaky: No Corpo de um Assassino‘. “Acho que é totalmente válido, como você disse, [Kathryn Newton em ‘Freaky’] encarna muita força e muito poder no papel [do Carniceiro]. Eu tive sorte de assistir ao filme no final de semana de estreia e foi incrível, performances selvagens de Kathryn e de Vince [Vaughn]. Então concordo que precisamos de um show entre Tree e Millie. E talvez Vince possa fazer uma aparição como uma scream queen, porque ele nos deu vida. Ele fez um ótimo trabalho”.

Vale lembrar que ‘A Morte Te Dá Parabéns’ já caminha para um terceiro capítulo. Em entrevista ao Empire, o diretor Christopher Landon revelou o título oficial do próximo filme da saga, revelando alguns detalhes sobre o status da produção. “O título da nova sequência é ‘Happy Day Death to Us’ [Feliz dia da morte para nós, em tradução livre]. É um título provisório. O terceiro filme definitivamente está em pausa no momento. Eu sei que o Jason Blum ama a franquia e a Jessica Rothe também adoraria retornar. Eu escrevi o terceiro filme há algum tempo.”
Ele continua, “Acredito que nós estamos empolgados a direção do novo filme, porque ele é diferente dos dois anteriores, então nós estamos cruzando os dedos e torcendo para que a nossa base de fãs continue a crescer. Que sabe… pode acabar acontecendo, espero que em breve.”
O primeiro filme foi lançado em 2017 e se tornou um sucesso nas bilheterias, arrecadando US$ 125,5 milhões pelo mundo – mas a sequência lançada em 2019 ficou bem abaixo do esperado, com apenas US$ 65 milhões.
Porém, Jason Blum, fundador da Blumhouse, ainda não desistiu da franquia.
Em entrevista ao Yahoo, Blum revelou que ele está “trabalhando horas extras” para que ‘A Morte te Dá Parabéns 3’ aconteça. “Deixe-me dizer, estou trabalhando horas extras nisso. Acredite em mim. Estou tentando.”, afirmou.

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On 6/1/2020 at 2:39 AM, Questão said:

 

Visto AMEAÇA PROFUNDA

 

Crítica | Ameaça Profunda

 

  Na trama, depois que uma estação de pesquisa subaquática é atingida pelo que parece ser um maremoto, a chefe de engenharia Norah (Kristen Stewart) deve se unir ao capitão da estação (Vincent Cassel) e aos sobreviventes restantes para tentar encontrar uma maneira de chegar á superfície, antes que o local inteiro inunde e se transforme em um túmulo aquático. Obrigados a andar em um dos pontos mais profundos do oceano já atingidos pelo ser humano, Norah e seus companheiros terão que enfrentar uma força tão antiga quanto a própria humanidade, se quiserem sobreviver.

 Dirigido por William Eubank (do estranhIssimo O SINAL: FREQUÊNCIA DO MEDO) a partir de um roteiro escrito a quatro mãos por Brian Duffield (de A BABÁ) e Adam Cozad (de JACK RYAN: OPERAÇÃO SOMBRA), este AMEAÇA PROFUNDA, como bem disse o SOTO em seu comentário, bebe da fonte do sci-fi aquático de James Cameron O SEGREDO DO ABISMO, assim como do terror claustrofóbico e lovecraftiano popularizado pela franquia "Alien". De fato, o roteiro de Duffield e Cozad deve muito ao ALIEN de Ridley Scott no que diz respeito a construção de seus personagens principais. Tal como em ALIEN, temos uma protagonista feminina levemente masculinizada (tal como a clássica Ellen Ripley de Sigouney Weaver), que possui uma espécie de relação platônica com o seu capitão, um técnico que serve de alívio cômico, e uma personagem feminina mais frágil (vivida aqui por Jessica Henwick em um papel que contrasta com o tipo guerreira que se acostumou a viver na televisão), para fazer um contraponto a protagonista mais determinada.

 Mas diferente do clássico de Scott, o filme de Eubank não perde tempo em estabelecer uma ordem vigente, e o filme mal completa cinco minutos, e já temos a personagem de Kristen Stewart correndo pela vida enquanto parte do cenário afunda. Assim sendo, AMEAÇA PROFUNDA é um filme muito direto, o que poderia ser bastante positivo, se soubesse trabalhar os conflitos de seus personagens na ação (que é constante) e soubesse comandar essa ação, tais como as sequências de suspense, mas infelizmente não é o que acontece. A montagem é confusa, e sob a desculpa de manter a ameaça das estranhas criaturas que passam a perseguir os personagens em sua jornada pelo mar, acaba por criar uma ação picotada que nos deixa perdidos e consequentemente apáticos sobre o que está ocorrendo. Tecnicamente, é um filme bem feito, mas achei bem estéril emocionalmente, e não muito bem dirigido. Ah, e no fim, o filme se revela uma adaptação (bem livre) de um clássico conto do Lovecraft.

Realmente não é tão bom quanto eu achei que seria, mas ainda assim eu gostei. Talvez funcionasse melhor se fosse um found footage, pois nesse tipo de produção esses defeitos costumam ser mais relevados. Aliás, deve ser por isso que eu ainda assim consegui gostar um pouco do filme, porque em algum momento eu devo realmente tê-lo imaginado como um found footage.

On 12/10/2020 at 3:04 PM, Jailcante said:

Mindsomar - Esse não entendo o povo cultuar... É um remake de 'O Homem de Palha', nada mais (que já teve um remake oficial com o Cage). Não suporto esses filmes que pessoal cultua como se fosse a última bolacha/biscoito do pacote, como se fosse algo maior, mas tem uns defeitos ali que pelamordedeus, acho meio demais (como personagens inúteis ou burros demais). Enfim...

O problema desse Midsommar é que ele é o primeiro filme de terror onde os protagonistas aceitam numa boa serem ''derrotados'' pelos vilões. Seria como se em Sexta-Feira 13 as vítimas do Jason aceitassem completamente serem mortas por ele, sem tentarem escapar ou fugir disso. Meio estranho um filme desse jeito...

Só pra não ficar falando mal, alguém poderia argumentar que o filme não se resume apenas ao casal, mas também aos amigos deles. Então o casal seria o único dos vários personagens a não tentarem fazer nada, o resto sim. Mas ainda não dá, esse filme tem uma direção lenta demais para um filme de terror. A impressão que dá é que o diretor quer que achemos completamente normal as bizarrices da história, e não algo perturbador ou estranho. Quiseram colocar 2 gêneros em um único filme, aí um deles acabou se sobressaindo.

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On 1/14/2021 at 3:40 PM, Questão said:

Pra você que curte terror envolvendo tramas de alteração do tempo, JAIL, recomendo que confira o coreano A LIGAÇÃO na Netflix. 

@JailcanteE mesmo nao sendo terror, esta producao da Hulu é bem divertida no quesito loop temporal, etc... um Feitico do Tempo mas meio comédia romântica scy-fy..vale tb a bizoiada..

 

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On 1/21/2021 at 11:38 PM, superover said:

 

O problema desse Midsommar é que ele é o primeiro filme de terror onde os protagonistas aceitam numa boa serem ''derrotados'' pelos vilões. Seria como se em Sexta-Feira 13 as vítimas do Jason aceitassem completamente serem mortas por ele, sem tentarem escapar ou fugir disso. Meio estranho um filme desse jeito...

 O HEREDITÁRIO tem essa pegada também. Os filmes do Ari Aster são basicamente sobre pessoas que não conseguem se comunicar, e por isso sempre são consumidas pelo elemento de terror. Se ele dirigisse um filme de "Sexta Feira 13", provavelmente a protagonista encontraria um corpo pendurado pelo Jason, voltaria pra onde estão os amigos, e não falaria nada. kkkkkk

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 Visto FREAKY: NO CORPO DE UM ASSASSINO

 

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  Na trama, Millie (Kathryn Newton) é uma jovem tímida e um pouco desengonçada, que ao ser esquecida pela mãe na escola, é atacado pelo serial killer conhecido como o Açougueiro de Blissfield (Vince Vaughn), que na noite anterior, havia sem saber roubado uma adaga mística. Ao ser apunhalada, Millie e o assassino trocam de corpos, e agora presa no corpo de um psicopata de quase dois metros, Millie precisa convencer os seus amigos sobre quem é e recuperar o seu corpo, antes que vinte quatro horas se passem e a troca se torne permanente.

  O diretor Christopher Landon decididamente está se tornando um nome para se prestar atenção dentro do género. Após articular os elementos cômicos da premissa fantástica do clássico FEITIÇO DO TEMPO dentro de um Slasher Whodunit nos ótimos filmes da franquia "A Morte Te Dá Parabéns", o diretor repete a dose ao pegar mais uma clássica comédia oitentista de fantasia, no caso SEXTA FEIRA MUITO LOUCA (cujo título original é referenciado no título deste aqui) e articula-lo com os elementos de Slashers como HALLOWEEN e SEXTA FEIRA 13, ao trazer a inusitada situação de uma troca de corpos entre a vítima loirinha e o assassino enorme.

  O roteiro escrito a quatro mãos por Landon e Michael Kennedy aposta na simplicidade, criando uma jornada dramática simples, mas eficaz para a sua protagonista, que precisa despertar uma força e segurança que nem sabia que tinha para solucionar a situação em que se meteu. O texto consegue tira muito sarro dos clássicos Slasher oitentistas, usando diversos signos destes filmes mas ressignificando-os não só dentro de uma linguagem contemporânea, mas explorando o potencial cómico da premissa central.  Landon já havia demonstrado ter um grande Timing cômico na direção em seus trabalhos anteriores, e continua afiado aqui, em uma condução divertídissima, que embora abrace com gosto o absurdo da narrativa (e o gore que uma trama que se inspira em slashers oitentistas exige), nunca permite que a obra perca o coração.

Não posso deixar de citar o ótimo elenco principal. O sempre competente Vince Vaughn consegue ser ameaçador nos poucos momentos em que aparece como o Açougueiro de Blissfield, e hilário sem ser constrangedor quando atua como Millie, em um trabalho que é mais difícil do que parece (basta comparar com Jack Black em JUMANJI: BEM VINDO A SELVA). Celeste O'Connor e Misha Osherovich também são divertidos pra caramba como Nyla e Josh, os melhores amigos de Millie, conseguindo brincar de maneira eficiente com os estereótipos da Melhor amiga e do amigo gay.  Já Kathryn Newton consegue divertir nos poucos momentos em que vive Millie, mas diferente de Vaughn, a atriz não consegue explorar todo o potencial cômico existente na premissa que é basicamente "Jason no corpo de uma adolescente". Não que ela mande mal, mas não alcança o potencial. Mas no geral, FREAKY: NO CORPO DE UM ASSASSINO é diversão garantida, e mais um terror cômico de responsa com a mão de Christopher Landon.

 

Visto RAW

 

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  Na trama, Justine (Garante Marillier) é uma garota vegetariana, que seguindo a tradição da família, acaba de entrar no curso de veterinária. Durante os trotes de começo do curso, Justine é obrigada a comer carne crua de coelho, de fato, a primeira carne que prova na vida. Essa experiência desperta fortes e perigosos instintos na jovem, que se tornam mais poderosos e perigosos á medida em que ela tenta reprimi-los.

 RAW é um terror Coming of Age francês escrito e dirigido por Julia Ducornau, que flerta fortemente com o body horror. Como é de se esperar, Justine é apresentada ao público como uma garota tímida e reprimida pelos pais, que empalidece diante da figura mais confiante e rebelde de sua irmã mais velha Alexia (Ella Rumpf). Á partir do momento em que a personagem começa a sentir desejo por carne (inclusive carne humana) ela vai se tornando mais confiante, e rapidamente começa a florescer sexualmente. É um arco relativamente batido, mas que ganha um molho especial pela forma com que a diretora vai tensionando e tornando mais complexa a relação entre as duas irmãs diante das transformações sofridas pela protagonista.

  É curioso observar como Ducornau e o diretor de fotografia Ruben Impens utilizam as imagens detalhadas e viscerais dos trotes na universidade, como o banho de sangue tomado pelos alunos, e mesmo as aulas de dissecação de cachorro e exames anais de cavalo; com as imagens de florescer sexual de Justine, vide uma dança sexy que ela faz para si mesma no espelho. Tais sequências sempre são destacadas com recursos como o slow motion ou cortes rápidos videoclipados, e aá medida em que o filme avança a visceralidade animal e o despertar sexual vão se aproximando, até tornar-se uma coisa só á partir de determinado ponto. No frigir dos ovos, RAW é uma experiência cinematográfica válida, especialmente pelo trabalho das atrizes principais, mas que torna-se um pouco cansativo e pretensioso á partir de certo ponto.

 

Visto HAUSU

 

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      Na trama, Gorgeous (Kimiko Ikegami) é uma adolescente que não aceita que o seu pai (Saho Sasazawa) esteja namorando de novo. Irritada, ela viaja juntamente com um grupo de amigas para a casa de campo de sua tia (Yoko Minamida). Ao chegarem lá, as garotas logo começam a desaparecer uma por uma, vítimas de uma força misteriosa que habita a casa.

 HAUSU é um terror psicodélico japonês setentista, dirigido por Chigumi Obayashi, que embora parta da premissa típica das histórias de casa mal assombrada, está muito pouco preocupada com a lógica, e mais com a estética, quase como um filme experimental. O filme se apresenta como uma fantasia infantil sangrenta, bastando observar como o nome das protagonistas são basicamente funções. HAUSU não é um filme para todos os paladades, pessoalmente eu não curti muito, apesar de ter umas loucuras visuais bem interessantes que claramente inspiraram clássicos que vieram depois, como EVL DEAD e FOME ANIMAL.

 

Visto MARTIN

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  Na trama, Martin Mahadas (John Amplas) é um jovem que vai morar com um primo idoso (Lincoln Maazel) e a neta dele (Chrstine Forrest). O idoso acredita piamente que a sua família é amaldiçoada a de tempos em tempos ter um vampiro entre os seus membros. Apesar de descartar a insistência do velho como crendice, Martin sente um impulso que o leva a matar mulheres e beber o sangue delas.

  Escrito e dirigido por George A. Romero, o famoso diretor dos clássicos zumbis A NOITE DOS MORTOS VIVOS, e DESPERTAR DOS MORTOS, este MARTIN se apresenta como um terror com fortes tintas urbanas, onde a figura mitológica do vampiro é basicamente ridicularizada diante dos horrores que o ser humano pode praticar. O personagem título pode dizer que não acredita no sobrenatural, e isso é verdade, mas isso não significa que ele não acredite que seja um vampiro. Mas diferentes dos ataques de vampiro aos quais o cinema estava acostumado nesse momento, mostrados sempre como elegantes e eficientes (algo que Romero faz questão de representar em fantasias do protagonista filmadas em preto e branco) os ataques reais onde Martin droga as suas vítimas com uma seringa para então cortar os pulsos dela com uma navalha são desorganizados, ineficientes, e até falham de vez em quando. Assim, embora não seja tão assustador (de fato, é até um pouco patético) Martin se torna um "monstro" muito mais perturbador justamente por ser mais crivel.

  MARTIN gasta tempo construindo uma atmosfera degradante, mas absolutamente crivel em torno do protagonista, gastando tempo para mostrar a deterioração do bairro onde se passa a história, ou as neuroses e depressões dos personagens que orbitam a história principal. Romero entrega um estudo de personagem filmado de maneira crua e direta, que aponta que o terror dos mitos sobrenaturais não é pareo para o terror da natureza humana, seja ela individual ou coletiva.

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Quiz: Quem seria você num filme de terror?

https://www.legiaodosherois.com.br/quiz/personagens-filme-terror.html

Pior que eu tirei: O primeiro a morrer !!! hahahaha Nem duvido, acho que rolaria sim.

 

[Quiz] Quem você seria em um filme de terror?
Imagem do item
 
RESULTADO

O primeiro a morrer

Coitado de você... tão cheio de sonhos e esperanças, de ideais e propósitos... tudo desperdiçado por uma decisão ruim. Talvez você não devesse ter descido ao porão. Ou quem sabe, ainda estaria vivo se não tivesse se separado de seus amigos. O que importa é que você foi a primeira vítima do assassino.

Geralmente, a primeira vítima dita o tom de todo o filme. Ela sempre tem uma morte brutal e sofre com vários jogos psicológicos do assassino. Porém, há um lado bom nisso. Casey Becker continua sendo lembrada até hoje como uma das melhores personagens de Pânico, mesmo aparecendo menos de cinco minutos...

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Visto À ESPREITA DO MAL

À Espreita do Mal - 6 de Dezembro de 2019 | Filmow

 

  Na trama, Greg Harper (Jon Tenney) é um detetive de polícia de uma pequena cidade que investiga o desaparecimento de garotos que pode estar ligado á um maníaco que aterrorizou a região anos antes. Ao mesmo tempo em que conduz a investigação, o detetive tenta reconstruir o seu casamento após a traição da esposa Jackie (Helen Hunt) e conter a rebeldia do filho adolescente Connor (Judah Lewis), que não consegue perdoar a mãe, mas a situação se torna pior quando coisas estranhas começam a acontecer na casa dos Harper.

 Dirigido por Adam Randall á partir de um roteiro escrito pelo estreante Devon Graye (mas que já tem uma carreira longa como ator, especialmente na TV), À ESPREITA DO MAL é um competente thriller psicológico, que brincando com diferentes subgêneros como o thriller de horror policial, o thriller de vingança, o Home Invasion, e até mesmo o Found Footage, cria uma narrativa instigante, que se destaca por assumir diferentes pontos de vista ao longo da história, ressignificando o que foi visto antes, mas sem perder a coesão narrativa.  

  A direção de Adam Randall é bastante competente ao comprar a brincadeira proposta pelo roteiro de revisitar a mesma cena sob diferentes pontos de vista, mantendo a atmosfera e a tensão coesas, enquanto a fotografia cinzenta de Philipp Blaubach dá ao longa metragem o aspecto sombrio e claustrofóbico pedido, mas sem que soe uma dessaturação gratuita, como muitos outros filmes que tentam adotar uma estética semelhante. O projeto, que tem um conflito familiar como coração da narrativa também se beneficia de um elenco afiado, como Helen Hunt, atriz que há muito tempo não via trabalhar, e que consegue brilhar mesmo que o seu papel seja basicamente de apoio, ou o jovem Judah Lewis, que tem se destacado em produções de terror Teen como a franquia "A Babá", ou VERÃO DE 84, e aqui se afasta um pouco do tipo mais bobão a que estava acostumado. No geral, À ESPREITA DO MAL acabou me surpreendendo positivamente, e leva a minha recomendação.

 

Visto INVASORES DE CORPOS

 

Amazon.com: Invasion Of The Body Snatchers [Collector's Edition] [Blu-ray]:  Donald Sutherland, Leonard Nimoy, Brooke Adams, Jeff Goldblum, Veronica  Cartwright, Philip Kaufman: Movies & TV

 

 

   Na trama, Matthew Bennell (Donald Shuterland) é um fiscal sanitário de San Francisco, que junto com a amiga Elizabeth Driscoll (Brooke Adams) começa a notar um coportamento estranho em algumas pessoas à sua volta, como se essas tivessem perdido a emoção. Logo, Matthew e Elizabeth descobrem que uma invasão alienígena está em curso, com as criaturas se apossando do corpo de suas vítimas. Junto com alguns poucos amigos, o casal precisa deter a conspiração alienígena, antes que eles mesmo sejam assimilados pelos invasores.

 Dirigido por Philip Kaufman á partir do roteiro de W.D Ritcher, esta produção setentista foi a segunda das quatro adaptações do romance homónimo de Jack Finnley, que praticamente estabeleceu todo o arquétipo das histórias de infiltração alienígena. Diferente da primeira versão, o clássico VAMPIROS DE ALMAS de Don Siegel, que seguia o material original ao situar a trama em uma cidade pequena, o filme de Kaufman estabelece a invasão em um estado já bem mais avançado, ao situar a narrativa em uma grande cidade como San Francisco. Ainda que não possua o charme da produção de 1956, essa decisão do filme de Kaufman dá a essa nova versão da história um carater mais sombrio e pessimista ( o que se reflete inclusive em seu desfecho), nos deixando com a impressão de que não há como nossos protagonistas deterem a invasão. A metáfora política não é tão evidente aqui quanto foi na versão de 56, ou mesmo na fraca versão de 2007, mas ainda se faz sentir.

  O filme também se mostra muito mais gráfico do que a versão original, com os efeitos especiais de Dell Rheaume (que posteriormente cuidaria dos efeitos do HORROR EM AMYTIVILLE original) possuindo grande destaque, vide a perturbadora cena onde as vagens alienígenas começam a "parir" as cópias humanas. O elenco, por sua vez, é digno de nota, sendo comandado por um Donald Shuterland, que realmente nos passa a aura de "homem comum", que se vê absolutamente apavorado e incrédulo diante da situação que enfrenta, enquanto o ainda novato Jeff Goldblum tem uma participação divertida como o amigo paranóico do protagonista. Como curiosidade, vale a pena observar a participação de Leonard Nimoy, que acaba apenas vivendo um tipo muito parecido com o seu famoso papel de Spock de "Jornada Nas Estrelas". Me diverti mais do que esperava com essa versão setentista de "Invasores de Corpos". Bem melhor que o filme de 2007 com Nicole Kidman e Daniel Craig, mas não supera o charme da versão original de Don Siegel.

 

Visto OFERENDA À TEMPESTADE

  

Ofrenda a la tormenta (2020) - Filmaffinity

 

 

  Na trama, dois meses se passaram desde que a inspetora Amaia Salazar (Marta Etura) impediu que a sua mãe psicotica (Susi Sanchez) matasse o seu bebê em um ritual de ocultismo. Quando bebês começam a ser assassinados pelos próprios pais, Amaia deve confrontar de uma vez por todas uma seita de ocultismo extremamente influente, que de alguma forma esteve conectada com todos os crimes macabros que aterrorizaram o Vale de Baztan nos últimos anos.

   Mais uma vez dirigido por Fernando Gonzalez Molina e escrito por Luiso Berdajo (baseado no romance de Dolores Redondo), OFERENDA À TEMPESTADE conclui a chamada "trilogia Baztan" iniciada por O GUARDIÃO INVISÍVEL e que teve continuidade com LEGADO NOS OSSOS. Infelizmente, este capítulo derradeiro acaba sendo o exemplar mais fraco da trilogia. Deixando os aspectos mais terroríficos, e mesmo a ação que permeou os dois primeiros filmes da série, OFERENDA À TEMPESTADE tenta a todo custo fechar todas as pontas soltas deixadas pelos dois filmes anteriores, inclusive criando uma desnecessária conexão entre o serial killer do primeiro filme, e a seita do segundo. Isso cria um filme que acha que tem uma mitologia extremamente rica em mão, e fica se preocupando em esmiuça-la ao longo de quase duas horas e meia de projeção, se concentrando em pontos que em nada acrescentam a história, como o desaparecimento do mentor americano de Amaia (que nunca serviu pra muita coisa). O filme tenta estabelecer o seu lado dramático através de uma crise no casamento da protagonista com o marido James (Benn Northover) que nunca convence, pois o personagem é uma sifra, tirando assim qualquer força dramática que o triangulo amoroso formado entre a protagonista, o marido e o juiz Markina (Leonardo Sbaraglia) poderia ter. Nem o mistério central do filme se salva, pois é ridiculamente óbvio, bastando olhar o cartaz do filme para descobrir o culpado. A conclusão, alias soa corrida e apressada, com toda a conspiração gigante que o filme sugere, simplesmente sumindo de uma hora pra outra. É um filme esteticamente bonito, e que segura no carisma de sua protagonista, mas que é um desfecho sem brilho para esta trilogia de suspense policial espanhola.

 

  Visto COMA

 

Coma (1978) - IMDb

 

    Na trama, após uma amiga entrar em coma e morrer no que deveria ser uma operação simples, a jovem Dra. Susan Wheeler (Genevieve Bujold) passa a notar casos muito semelhantes no hospital que trabalha. Passando a investigar a situação, Susan descobre que os corpos somem após essas mortes, passando a desconfiar da existência de uma conspiração, apesar da incredulidade de seu namorado, o também médico Mark Bellows (Michael Douglas).

  Thriller setentista escrito e dirigido por Michael Crichton (famoso principalmente por ter escrito o livro que originou a franquia "Jurassic Park"), a partir do romance de Robin Cook, COMA é um bem conduzido filme de conspiração, que consegue construir uma atmosfera envolvente de paranóia, tornando cada personagem um suspeito em potencial, sem que a direção tenha que forçar a barra para isso. O roteiro de Crichton traz um papel interessante sobre o papel da medicina e os seus limites éticos. Na direção, Crichton conduz as sequências de suspense com grande eficiência, não permitindo que as diversas cenas onde a mocinha se vê perseguida ou espionada tornem-se enfadonhas ou repetitivas.

 Ao mesmo tempo, o escritor e cineasta consegue criar algumas passagens visualmente impressionantes e aterrorizantes, como o assassinato de um homem atirado contra um painel elétrico, ou uma perseguição ocorrida dentro de um necrotério, onde os corpos ficam pendurados de forma macabra. Minha única reclamação é que o filme talvez não precisasse se estender por quase duas horas de projeção, especialmente por apresentar um 3º ato por demais corrido. Mas ainda assim, mesmo que não seja nenhuma pérola esquecida, COMA ainda é um Supercine  de responsa, e vale a conferida.

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