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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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363/2020 HUNTER HUNTER – JÁ VIU?

 

 HUNTER HUNTER é um thriller de terror muito bem conduzido sobre uma família que vive no meio de uma floresta canadense, e se vê aterrorizada por um lobo (ou algo mais) que está rondando a região. O filme é competente em criar uma atmosfera opressiva, só se entregando a violência mais gráfica em seu ato final. Vale a conferida.

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O Lobo de Snow Hollow - 9 de Outubro de 2020 | Filmow

 

 Escrito, dirigido e estrelado por Jim Cummings, O LOBO DE SNOW HOLLOW é um filme no mínimo esquisito. O diretor tenta articular o terror de lobisomem, com uma comédia de absurdos ao estilo Irmãos Coen, e drama familiar geracional, mas o texto não parece articular muito bem estes elementos, especialmente os dramáticos, jogados de forma bastante didática. As escolhas estranhas da montagem, que intercalam os ataques do tal lobo, com as investigações e surtos do protagonista também sabotam tanto os momentos de terror quanto os mais comicos. É um filme que tem boas ideias, mas falha na execução.

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48 minutes ago, Questão said:

Escrito, dirigido e estrelado por Jim Cummings, O LOBO DE SNOW HOLLOW é um filme no mínimo esquisito. O diretor tenta articular o terror de lobisomem, com uma comédia de absurdos ao estilo Irmãos Coen, e drama familiar geracional, mas o texto não parece articular muito bem estes elementos, especialmente os dramáticos, jogados de forma bastante didática. As escolhas estranhas da montagem, que intercalam os ataques do tal lobo, com as investigações e surtos do protagonista também sabotam tanto os momentos de terror quanto os mais comicos. É um filme que tem boas ideias, mas falha na execução.

ah, eu lembro que curti esse filme pela veia policialesca em torno do lobisomem.. e por ser o último filme do grande Robert Foster, ultimo papel dele e a quem o filme é dedicado..😭

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21 hours ago, Jorge Soto said:

ah, eu lembro que curti esse filme pela veia policialesca em torno do lobisomem.. e por ser o último filme do grande Robert Foster, ultimo papel dele e a quem o filme é dedicado..😭

 Pois é. Foi o ultimo filme do Foster. Eu até fiquei na dúvida se o personagem dele ia morrer mesmo, ou se ele faleceu durante as filmagens e colocaram isso na história.

 

O Pássaro Sangrento (1987) – Madness Station

 

  Slasher italiano eficiente, mas não muito memorável que marcou a estreia do diretor Michele Soavi, pupilo de Dario Argento, que posteriormente dirigiria filmes como A CATEDRAL e PELO AMOR E PELA MORTE. Soavi tem uma boa mão para o suspense e para condução do Gore, e é interessante como a direção parece absorver parte da aura teatral que cerca a trama, já que o assassino está agindo em um teatro. Mas falta alguma sequência de impacto um pouco maior para que o filme de Soavi realmente me engajasse ou me divertisse. É curioso que O PÁSSARO SANGRENTO geralmente aparece em listas de melhores Slasher, mas achei o filme bem mediano, não é ruim, mas passa sem grandes momentos também.

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On 5/21/2021 at 2:15 PM, Questão said:

 

Visto O TERROR DA SERRA ELÉTRICA

 

O Terror da Serra Elétrica - 23 de Agosto de 1982 | Filmow

Enfim, é um filme bem ruinzinho, mas algumas das situações são tão absurdas e involutariamente cômicas, que acabei me divertindo.

Esse não curti, não. Nem na base do humor involuntário, não consegui gostar.

Vi que é o Top 1 horror movie do Eli Roth... Isso explica muita coisa. hehehe

 

14 minutes ago, Questão said:

O Pássaro Sangrento (1987) – Madness Station

 

 É curioso que O PÁSSARO SANGRENTO geralmente aparece em listas de melhores Slasher, mas achei o filme bem mediano, não é ruim, mas passa sem grandes momentos também.

Também achei médio, meio nhé. E também não entendo quem hypa esse filme, não é pra tanto.

 

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2 hours ago, Questão said:

 

O Pássaro Sangrento (1987) – Madness Station

 

  Slasher italiano eficiente, mas não muito memorável que marcou a estreia do diretor Michele Soavi, pupilo de Dario Argento, que posteriormente dirigiria filmes como A CATEDRAL e PELO AMOR E PELA MORTE. Soavi tem uma boa mão para o suspense e para condução do Gore, e é interessante como a direção parece absorver parte da aura teatral que cerca a trama, já que o assassino está agindo em um teatro. Mas falta alguma sequência de impacto um pouco maior para que o filme de Soavi realmente me engajasse ou me divertisse. É curioso que O PÁSSARO SANGRENTO geralmente aparece em listas de melhores Slasher, mas achei o filme bem mediano, não é ruim, mas passa sem grandes momentos também.

 

2 hours ago, Jailcante said:

 

Esse não curti, não. Nem na base do humor involuntário, não consegui gostar.

Vi que é o Top 1 horror movie do Eli Roth... Isso explica muita coisa. hehehe

 

Também achei médio, meio nhé. E também não entendo quem hypa esse filme, não é pra tanto.

 

Esse italiano eu nao vi mas assisti o remake americano dele (de 2014) e curti bastante, tanto que baixei até a trilha sonora na época... e olha que ele mistura slasher com musical, uma combinacao que raramente dá certo e funciona bem, vide o recente e divertido zombie movie Anna & the Apocalipse, com gore da dar gosto... Mas acho que justamente por desconhecer o original acabei curtindo a copia indie ianque..🤣 Obrigado, foi aqui e agora que fiquei sabendo que esse filme que vi faz quase meia década é remake, pelo menos no nome..😂

 

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Espiral - O Legado de Jogos Mortais (Spiral from the Book of Saw, Dir.: Darren Lynn Bousman, 2021) 1/4

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Olha... Achei beeeeem ruim. Ouso dizer que é pior que o Jogos Mortais 4 (que até então ser ao pior da série pra mim). Talvez diferença entre os 2 seja que o JM4 era um engodo com um monte de personagens perdidos e mil coisas acontecendo na trama que não se misturavam muito bem, mas era um Jogos Mortais. Esse aqui já é beeeeeem sem graça. Uma história bem nhé mesmo. Com certeza, é um roteiro qualquer que tentaram encaixar na franquia de qualquer jeito e mesmo assim não deu muito certo, porque parece algo distante da série. Sem falar que a execução desse roteiro achei bem mirim também. Nada não chama muita atenção.

E o Chris Rock é muuuuuito ruim. Ele até se esforça, mas sei lá, canastrão no talo. Nitidamente, ele funciona melhor em comédias, drama e filmes mais sérios (ou que tenham tom mais sérios) não é muito a praia dele. Não deu pra ter empatia pelo personagem dele (ainda mais que o personagem em si é bem mala).

Difícil ver isso aqui e imaginar que os produtores acharam que poderiam dar um up na série com esse filme... Por mim, podemos fingir que isso aqui não existiu e sei lá, tentam continuar a série do filme anterior ou do 7º, ou façam um reboot/remake, ou sei lá, deixe a série morta.

 

A Invocação do Mal 3 - A Ordem do Demônio (The Conjuring - The Devil made do it, Dir.: Michael Chaves, 2021) 2/4

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Talvez seja o fato d'eu ter visto 'Espiral' antes, mas esse não me pareceu ruim. Pior que os 2 anteriores, claro, mas assistível, trama funcionou bem (pra mim). Acho que não chega a comprometer a série.

O "problema", que pra mim não seria um problema grave, pode ser o fato de que o filme poderia ter explorado mais o fato real do cara no tribunal tentando provar que cometeu crime porque estava possuído (o que poderia ter sido interessante), já que a série (os filmes principais, pelo menos, não os spin-offs) tem esse tom de 'tentar' reproduzir os fatos reais. Mas aqui não, o filme se assume como ficção mesmo, terror e a parte do tribunal não é explorada. Aqui se foca na possível investigação do casal indo atrás da entidade demoníaca que atormenta o rapaz (e quem estaria o controlando), e aí é toda essa história de susto, pistas falsas, casal perdido aqui e acolá. Mas tudo, como disse, funcionou bem.

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On 6/9/2021 at 7:38 PM, Jorge Soto said:

 

Esse italiano eu nao vi mas assisti o remake americano dele (de 2014) e curti bastante, tanto que baixei até a trilha sonora na época... e olha que ele mistura slasher com musical, uma combinacao que raramente dá certo e funciona bem, vide o recente e divertido zombie movie Anna & the Apocalipse, com gore da dar gosto... Mas acho que justamente por desconhecer o original acabei curtindo a copia indie ianque..🤣 Obrigado, foi aqui e agora que fiquei sabendo que esse filme que vi faz quase meia década é remake, pelo menos no nome..😂

 

 

 Acho que é remake só no nome mesmo. Não vi esse musical, mas ele não se apresenta como remake,, e a única coisa que os dois filmes tem em comum é a premissa básica de assassino matando no teatro (esse italiano, não é musical, alias).

1 hour ago, Jailcante said:

Espiral - O Legado de Jogos Mortais (Spiral from the Book of Saw, Dir.: Darren Lynn Bousman, 2021) 1/4

19fa18b9-11c5-48bd-be53-418c4ac3d42e.jpg

Olha... Achei beeeeem ruim. Ouso dizer que é pior que o Jogos Mortais 4 (que até então ser ao pior da série pra mim). Talvez diferença entre os 2 seja que o JM4 era um engodo com um monte de personagens perdidos e mil coisas acontecendo na trama que não se misturavam muito bem, mas era um Jogos Mortais. Esse aqui já é beeeeeem sem graça. Uma história bem nhé mesmo. Com certeza, é um roteiro qualquer que tentaram encaixar na franquia de qualquer jeito e mesmo assim não deu muito certo, porque parece algo distante da série. Sem falar que a execução desse roteiro achei bem mirim também. Nada não chama muita atenção.

E o Chris Rock é muuuuuito ruim. Ele até se esforça, mas sei lá, canastrão no talo. Nitidamente, ele funciona melhor em comédias, drama e filmes mais sérios (ou que tenham tom mais sérios) não é muito a praia dele. Não deu pra ter empatia pelo personagem dele (ainda mais que o personagem em si é bem mala).

Difícil ver isso aqui e imaginar que os produtores acharam que poderiam dar um up na série com esse filme... Por mim, podemos fingir que isso aqui não existiu e sei lá, tentam continuar a série do filme anterior ou do 7º, ou façam um reboot/remake, ou sei lá, deixe a série morta.

 

 Não assisti, mas pelo que o SOTO, e um amigo falaram é bem isso que você falou. Devem ter pego um roteiro qualquer, e socaram uma ou outra referência a franquia do Jigsaw pra dizer fazia parte.

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 Visto A CASA DO DIABO

 

A Casa do Diabo (2009) – Boca do Inferno

 

  Na trama, Samantha Huges (Jocelin Donahue) é uma estudante universitária que precisando ganhar dinheiro para o aluguel de sua nova casa, aceita o emprego de babá oferecido pelo misterioso casal Ulman (Tom Noonan e Mary Woronov). Chegando lá, a jovem se surpreende, já que ela não vai passar a noite cuidando de uma criança, e sim de uma senhora idosa. Entretanto, a medida que a noite avança, e um eclipse lunar se aproxima, Samantha passa a desconfiar que algo macabro possa estar ocorrendo no lugar.

 Escrito e dirigido por Ty West, A CASA DO DIABO (titulo bem genérico, mas paciência) funciona como uma grande homenagem aos filmes de terror do fim dos 1970 ou começo dos anos 80. West não apenas situa o seu filme neste período, ou usa temáticas bastante características dele (babas aterrorizadas; cultos satânicos, etc), mas adota um estilo de direção e montagem (feita também por West), que claramente tenta replicar a estética das produções da época. Os outros departamentos técnicos seguem essa proposta, com a direção de fotografia de Eliot Rocket emulando o granulado da época, enquanto o desenho de luz valoriza cores cinzentas, enquanto a trilha sonora de Jeff Grace (parceiro habitual do diretor) adota uma abordagem minimalista, apelando para sintetizadores nos momentos de maior drama. Mesmo a escolha da protagonista parece seguir essa proposta absolutamente referencial, com Jocelin Donahue tendo um perfil muito parecido ao de atrizes como Olivia Hussey ou Meg Tilly, que protagonizaram produções de natureza semelhante nos anos 1970 e 1980.

  Ao adotar essa abordagem mais setentista, West também nos entrega um filme de marcha lenta. A CASA DO DIABO pode facilmente ser classificado como uma obra de construção de atmosfera, já que passamos a maior parte dos noventa e cinco minutos de projeção acompanhando a protagonista vagar pela casa dos Ulman sem que nada efetivamente  aconteça. Mas essa queima lenta é bem feita, com West largando pistas aqui e ali que criam uma constante sensação de mal estar tanto no público quanto na personagem principal, desenvolvendo um suspense quase hitchcockiano, pois sabemos que ela corre algum tipo de perigo macabro, enquanto Samantha não sabe. Mas quando o climax enfim chega, confesso que ele surge de forma um pouco atropelado, nos deixando com a impressão que o diretor esticou demais a construção. No geral, um bom filme com uma boa construção de atmosfera, mas que se perde um pouco entre a homenagem e a derivação, especialmente no mal armado 3º ato.

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 Visto O CEMITÉRIO DAS ALMAS PERDIDAS

 

 O Cemitério das Almas Perdidas - Século Diário

 

  Na trama, um grupo de artistas circenses chega a uma isolada vila, mas logo após o seu primeiro show, eles são capturados pelos aldeões, e presos em um cemitério abandonado. O que os artistas não sabem é que eles estão sendo oferecidos para um grupo de vampiros comandados pelo cruel Cipriano (Renato Chocair), um jesuita espanhol que foi corrompido por um livro de magia, aterrorizando o Brasil juntamente com seus seguidores até ser amaldiçoado a permanecer aprisionado ao cemitério.

  Tenho acompanhado a carreira de Rodrigo Aragão por alguns anos, desde que ele fez a sua estreia com o clássico Trash MANGUE NEGRO, um filme de zumbis feito no formato de guerrilha, aonde o diretor acumulava diversas funções na equipe técnica com quase zero recursos. Após a excelente estreia, Aragão foi amadurecendo de filme para filme, ao mesmo tempo em que ia conseguindo mais recursos para a sua produção. O que nos leva a O CEMITÉRIO DAS ALMAS PERDIDAS, sexto longa do diretor, onde se percebe um novo nível de maturidade na forma como ele conduz a sua narrativa, e coloca as suas marcas pessoais.

 O roteiro de Aragão se divide entre duas linhas principais, uma situada no presente, onde acompanhamos a trupe circense ser sequestrada, e oferecida como sacrifício para os vampiros que habitam o cemitério do título, e outra situada no Brasil colonial, que mostra a chegada do culto de Sipriano ao nosso país, e narra como os ex jesuítas transformaram-se em vampiros e foram aprisionados no cemitério.  Mas diferente de todos os filmes anteriores do diretor, O CEMITÉRIO DAS ALMAS PERDIDAS praticamente não possui alívios cômicos. Ao utilizar o culto vampírico satânico como clara metáfora para o extermínio indígena, Aragão entrega uma obra mais comedida, que ainda que não poupe no Gore, apresenta uma violência muito menos farcesca do que a vista em seus outros filmes.

 Os trechos situados no Brasil colónia é onde estão as partes mais interessantes do filme, seja pela forma como conduz a descida a loucura e depravação de Sipriano e seus seguidores, ou como constrói a tragédia da índia Aiyra (Allana Lopes), que é capturada pelo culto a certa altura da projeção, e conta somente com a ajuda de Joaquim (Caio Macedo), único dos jesuitas que permaneceu temente a deus, para escapar. Os trechos no presente, entretanto, acabam sendo negligenciados por tempo demais, e quando o filme enfim dá atenção a eles, precisa fazer de forma corrida, de modo que a construção do jovem Jorge (Diego Garcias) como protagonista soa um pouco forçada, assim como a ligação cósmica que ele teria com Aiyra. Um pouco mais de tempo dedicado a construção do rapaz como protagonista teria tornado o terço final do longa bem melhor e mais natural. Ainda assim, O CEMITÉRIO DAS ALMAS PERDIDAS marca um novo passo na carreira de Rodrigo Aragão, que tenta entregar aqui uma obra um pouco mais madura e com ambições narrativas maiores. Continuarei acompanhando a carreira desse diretor com bastante interesse.

  

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The Retreat é um survival fraquinho, fraquinho cujo único diferencial é ter um casal de muié como isca da vez. A intencão de representatividade é boa mas o filme deia muito a desejar naquilo que se propõe. Pra frisar bem isso os assassinos, que parecem saídos do melhorzinho Hostel, matam apenas homossexuais. Fraco no roteiro e nas idéias, resta apenas as boas e empenhadas performances do casal principal e das lindas paisagens naturais e só. Nem gore decente tem, e isso é falha grave neste tipo de filme. 7-10

The Retreat - casal queer é perseguido por extremistas - trailer – Lugar  Nenhum

 

Spontaneous por sua vez é um simpático terrir romântico teen (existe isso?) que resumidamente se presta como parábola da ansiedade adolescente nestes tempos de pandemia. Aqui o plot é bem trash - jovens simplesmente comecam literalmente a explodir feito o bacanudo Scanners - e isso dá margem a releituras do "saber curtir a vida", etc e tal.. Inventivo nesse quesito e dinâmico feito videoclipe, gore bacana, trilha animada, as atuacões sao sinceras e convincentes, com direito a sermão final esfregado no rosto. Tem defeitos, mas valeu a visita. 8,5-10

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A Quiet Place Part 2 é só uma boa sequência do bacanudo filme de 2018 onde, na falta de material original e inovacão resolveram entupir com mais acão e até mostrar os monstros em close direto, algo apenas sugerido antes. Mas o maior problema aqui é a ausência de um roteiro mesmo, pois o filme não sai do lugar, além de que ele termina abruptamente, assim do nada, vítima da necessidade de fechar tudo que construiu num terceiro filme. Com boas atuacões dá pra ver sim, mas eu esperava bem mais dele. Pelo menos aqui eles desenvolvem mais a mitologia dos bichos escrotos, inclusive se descobre outro ponto fraco deles que não vou spoilear. Mas ainda assim deixa a desejar em relacão ao primeiro filme. 8-10

Posts | Page 16 of 7618

 

The Call é daqueles thrillers sobrenaturais ou de fantasia que pegam emprestado plot do século passado (vide o bonzinho Alta Frequência, com Danny Glover) e o atualiza com slasher e celular, só isso! Ah, e vem da Coréia. Mas o resultado é bem legal e pelo menos te prende na telona pra ver o que vem a seguir. As atuacões sao ok, dentro do que se espera mas a edicão é que se destaca diante daquilo que assistimos. O filme so peca pelo desfecho que é confuso pracarai.. não sei se tiveram medo de definir tudo ou deixar a cargo do espectador o que foi visto. Na Netflix, aliás. 8-10

Photo] New Poster Added for the Upcoming Korean Movie 'The Call' @ HanCinema

 

Seance é um slasherzinho indie chinfrim de fraquinho. A ambientação do internato femenino é legal mas a pelicula é sofrível, tem filmes melhores sobre o tema. O filme tenta ser um novo Pânico, um slasher sobrenatural femenino com temática LGTB bem superficial, mas fica so na intenção. Tem até revelação tipo Scooby-Doo no final. Nem comento das performances, pois o elenco femenino parece agir como se tivesse mais tinta na cachola que cérebro. 7-10

Seance (2021) - IMDb

 

What Lies Below é um thriller terror scy-fy que comeca de um jeito e termina como outro. Vai vendo, o filme comeca bem (por isso é bom nao ler sinopse nem trailer, que ja dá spoiler) tipo telefilme de putaria de afilhada com padrasto mas depois a producao ganha contornos Invasores de Corpos, etc e tal... dai sobra pra pirralha desvendar a parada, mas tudo é bem mal balanceado, sem contar que no final ficam mais perguntas que respostas ao que se assistiu. 7-10

Постеры - Что скрывает вода

 

Endangered Species é um thriller survival cujo trailer promete uma coisa mas o filme se revela outro. Eu esperava um foderoso e tenso filme de sobrevivência sobre um grupo que passa perrengue num safari, mas o longa se perde em discursos ambientalistas pró-animais. Eu que esperava a bicharada fazer petisco do elenco caí do cavalo. Não bastasse, é bem precariamente feito sem contar as atuacões, onde sinto pena da eterna Mística dos X-Men e do eterno gordinho Vern, de Conta Comigo, na barca furada em que se meteram. Como filme B até presta, mas eu esperava coisa bem melhor. Vai vendo, até os dinos de Jurassic Park são mais convincentes e dignos de Oscar que os leões, rinocerontes e hienas de cgi deste filme. 7-10

Gdzie obejrzeć cały film Endangered Species online - Netflix, HBO

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18 hours ago, Jorge Soto said:

The Call é daqueles thrillers sobrenaturais ou de fantasia que pegam emprestado plot do século passado (vide o bonzinho Alta Frequência, com Danny Glover) e o atualiza com slasher e celular, só isso! Ah, e vem da Coréia. Mas o resultado é bem legal e pelo menos te prende na telona pra ver o que vem a seguir. As atuacões sao ok, dentro do que se espera mas a edicão é que se destaca diante daquilo que assistimos. O filme so peca pelo desfecho que é confuso pracarai.. não sei se tiveram medo de definir tudo ou deixar a cargo do espectador o que foi visto. Na Netflix, aliás. 8-10

Photo] New Poster Added for the Upcoming Korean Movie 'The Call' @ HanCinema

 

 

 

 Eu gostei bastante desse quando vi. O plot mesmo de duas pessoas de tempos diferentes conseguindo se comunicar pelo telefone não é novo mesmo, já tendo sido visto em séries como A HORA DO ARREPIO ou mesmo no citado ALTA FREQUÊNCIA (Não era o Dennis Quaid nesse filme ao invés do Danny Glover?). Mas a condução é bem boa e te prende mesmo, e a guria que faz a vilã manda muito bem. Também não gostei do desfecho. Nem tanto por ser confuso, mas por nos deixar com a impressão que o diretor tinha dois finais em mente, mas sem saber qual escolher, filmou os dois.

Como curiosidade, vale citar que esse filme é um remake de um filme britânico (quem disse que só os ocidentais fazem remake?) só que não vi o filme original.

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Rua do Medo Parte 1 - 1994 (Fear Street Part One 1994, Dir.: Leigh Janiak, 2021) 2/4

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Podemos dizer que essa é a primeira "superprodução" slasher de um streaming (considerando que Netflix sempre distribuiu alguns filmes do gênero, mas produzir, acho que é primeira vez). Baseado numa série de livros, que desde anos 1990 se planejava virarem filmes. A última tentativa seria pela Fox, mas a Disney dispensou o projeto depois de comprar o estúdio da raposa. NetFliz acabou pegando e resolveu produzir 3 filmes de uma vez. Então, ainda vão ter mais 2 partes (uma rola em 1978 e outra em 1966 - que são citadas aqui). Lembrou, pra mim, o Final Girls (Terror nos Bastidores - 2015), por fazer muita referência ao gênero, então fica a sensação de "colcha de retalhos". Mas 'Final Girls' tinha muito humor ali (principalmente zoando de si mesmo) que disfarçava um pouco isso. Aqui já é um filme mais sóbrio o que faz isso não descer tão bem. Mas no geral tá ok, apesar de achar a trama meio rocambolesca demais. Felizmente, tem personagens legais que faz com que torçamos por eles. Só que problema maior é que como vai ter mais 2 partes, o final não traz muitas resoluções, ficou muita coisa pra resolver depois, nisso, parece mais um episódio de série e não tanto um filme.

 

Freaky - No Corpo de um Assassino (Freaky, Dir. Christopher B Landon, 2020) 2/4

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Acabou que gostei menos do que esperava, apesar de ter gostado (talvez tenha ido com muita sede ao pote, sei lá). Problema pra mim foi que o filme tinha que mesclar 2 gêneros: o slasher e o 'troca de corpos' (e gosto muito dos 2 gêneros), mas acho que a parte slasher acabou sendo muito diluída pra parte 'troca de corpo' ficar maior. O filme foca muito na menina no corpo do serial killer e a parte slasher ficou pra escanteio (apesar de ter uma mortes/cenas bem criativas ali). 

Acho que rolou o mesmo que A Morte te dá Parabéns 2, onde a parte sci-fi passou por cima da trama slasher e o filme acabou virando um sci-fi. Como curti a parte sci-fi isso não me incomodou ali. Já aqui, acho que a parte troca de corpos não me agradou tanto, já que tem certas cenas inverossímeis ali e os personagens (envolvendo a turma da menina) não me agradaram tanto.

(Mas acho bem válido essa tentativa do diretor renovar o gênero slasher, envolvendo/misturando ele com outros gêneros - fico de boas se ele continuar nessa vibe).

 

Spoilers:

Falando da menina no corpo do do serial killer:

Ficou meio inverosímel, já que ela sai na rua, na escola e tudo que é canto de cara limpa, com pouca gente reconhecendo o serial killer ali, mas tinha imagem dele rolando em tudo que é canal de TV. Muita cena fica sem sentido com esse fato de colocarem a cara dele na TV, já que a menina não se sente muito impedida de fazer muita coisa ali (o que é aquela cena que os amigos dela vão arranjar uma máscara pra ela num mercado cheio de gente, e levam ela junto? Porque ela não esperou no carro? Ah, sim, porque tinham que fazer aquela cena dela conversando com a mãe...). Ficou conveniente pro roteiro escolher que as poucas vezes que ela seria reconhecida e assustaria alguma pessoa (única hora que isso seria necessário é quando uma pessoa que vê ela na escola e chama a polícia - mas até isso poderia ser feito de outra forma, sem a necessidade de mostrarem o rosto do cara na TV - achei que identificarem o cara fez a coisa ficar meio solta, não era necessário).

 

Falando do serial Killer no corpo da menina:

O cara é brutal, isso é mostrado logo no início do filme e está ali livre pra agir na escola, mas achei que fez pouco (matou 2), ainda mais se considerar o filme trazer cenas curiosas, como a que ele vendo que no corpo da menina ele não seria tão forte, e aí acaba apanhando de uma de suas vítimas (hehehe). E, no fim das contas, também faltou uma apresentação maior do serial killer, porque no começo ele é apresentado como se fosse um Jason (uma máquina de matar e fim), mas mais tarde se vê que ele teria um convívio social ali (quando a menina acorda no corpo dele, tem um cara ali pedindo drogas que aparentemente o conhecia), e teria uma 'personalidade'. Se ele passasse o filme todo sem falar nada e só matando, tudo bem, mas acontece coisas ali com ele que seria bom uma introdução melhor dele no começo do filme (ainda mais que nitidamente o filme trabalha mais o lado 'troca de corpos' do que a parte slasher, então teriam que mostrar bem os 2 personagens envolvidos na troca, e não só um).

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On 7/5/2021 at 12:02 PM, Jailcante said:

 

 

Spoilers:

Falando da menina no corpo do do serial killer:

Ficou meio inverosímel, já que ela sai na rua, na escola e tudo que é canto de cara limpa, com pouca gente reconhecendo o serial killer ali, mas tinha imagem dele rolando em tudo que é canal de TV. Muita cena fica sem sentido com esse fato de colocarem a cara dele na TV, já que a menina não se sente muito impedida de fazer muita coisa ali (o que é aquela cena que os amigos dela vão arranjar uma máscara pra ela num mercado cheio de gente, e levam ela junto? Porque ela não esperou no carro? Ah, sim, porque tinham que fazer aquela cena dela conversando com a mãe...). Ficou conveniente pro roteiro escolher que as poucas vezes que ela seria reconhecida e assustaria alguma pessoa (única hora que isso seria necessário é quando uma pessoa que vê ela na escola e chama a polícia - mas até isso poderia ser feito de outra forma, sem a necessidade de mostrarem o rosto do cara na TV - achei que identificarem o cara fez a coisa ficar meio solta, não era necessário).

 

 E isso até era fácil de resolver. Afinal, o cara usa uma máscara naquela cena inicial. Assim, ele não podia ser identificado logo de cara. Podiam por só mais pra frente o assassino (no corpo da menina) identificando o cara pra polícia, e ai podiam se concentrar nessa parte da fuga da menina (no corpo do assassino) de forma mais orgânica.

 

On 7/5/2021 at 12:02 PM, Jailcante said:

 

 

Falando do serial Killer no corpo da menina:

O cara é brutal, isso é mostrado logo no início do filme e está ali livre pra agir na escola, mas achei que fez pouco (matou 2), ainda mais se considerar o filme trazer cenas curiosas, como a que ele vendo que no corpo da menina ele não seria tão forte, e aí acaba apanhando de uma de suas vítimas (hehehe). E, no fim das contas, também faltou uma apresentação maior do serial killer, porque no começo ele é apresentado como se fosse um Jason (uma máquina de matar e fim), mas mais tarde se vê que ele teria um convívio social ali (quando a menina acorda no corpo dele, tem um cara ali pedindo drogas que aparentemente o conhecia), e teria uma 'personalidade'. Se ele passasse o filme todo sem falar nada e só matando, tudo bem, mas acontece coisas ali com ele que seria bom uma introdução melhor dele no começo do filme (ainda mais que nitidamente o filme trabalha mais o lado 'troca de corpos' do que a parte slasher, então teriam que mostrar bem os 2 personagens envolvidos na troca, e não só um).

 Isso até não me incomodou. Não acho que dá pra chamar aquele cara que aparece lá naquela cracolandia de convívio social. Mas acho que faltou explorar mais mesmo o assassino no corpo da menina. Essa cena que você fala que mostra o assassino vendo que já não era tão forte no corpo da protagonista é um ótimo momento do filme. Queria ter visto mais cenas do vilão nesse tipo de situação. E acho que a futura filha do Homem Formiga manda bem quando interpreta a garota como ela mesma, mas nem tanto quando ela tá como o assassino. Ai a parte dela fica meio enfraquecida mesmo.

 

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 Visto VOZES NA ESCURIDÃO

 

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  Na trama, Sophia Howard (Catherine Walker) é uma mulher que após perder o filho, contrata um ocultista decadente (Steve Oram) para realizar um ritual que lhe permita entrar em contato com forças ocultas que lhe permitam realizar um desejo. Entretanto, não só o ritual força Sophia a enfrentar degradações físicas e mentais, mas também podem atrair criaturas demoníacas que podem destruir a sua alma.

  Escrito e dirigido por Liam Gavin , VOZES NA ESCURIDÃO é um terror sobrenatural britânico de baixo orçamento que ganha pontos por conseguir conceder aos seus rituais ocultos uma verosimilhança que não é vista em muitos filmes. Quem já leu sobre o assunto, sabe que realizar um ritual de ocultismo não é só cortar o pescoço de um animal qualquer, desenhar uns símbolos engraçados e recitar algumas palavras em uma língua estranha. Envolve passar fome e frio por horas e até dias, tentando diferentes procedimentos (muitos nojentos e insalubres) pra realizar o tal ritual

 Em primeira instância, isso poderia render um filme bem chato, mas o roteiro usa esses demorados rituais e preparativos para o ritual para construir a tensão entre os dois protagonistas, e faz isso muito bem, ponto dado também ao bom trabalho realizado pelos atores, que constroem os seus dois personagens como pessoas quebradas e cheia de fragilidades, ainda que não exatamente simpáticas (o que é intencional). O filme, entretanto, se perde em um 3º ato corrido e excessivamente moralista, mas que não estraga o resultado final desse filme que ainda que longe de ser ótimo, é no mÍnimo intrigante do ponto de vista psicológico.

 

Visto RADIUS

 

Radius (film) - Wikipedia

 

  Na trama, Liam (Diego Klattenhoff) é um homem que acorda em um local de um acidente de carro sem lembrar quem é. Ao tentar buscar ajuda, Liam logo percebe que qualquer ser vivo que chegue muito próximo dele, morre instantaneamente. Ao tentar descobrir o que está havendo com ele, Liam conhece Jane (Charlotte Sullivan), uma mulher que parece imune as habilidades mortais de Liam, mas que assim como ele, também perdeu a memória.

  Escrito e dirigido por Caroline Labréche e Steeve Léonard, RADIUS é um Sci-Fi de terror com uma premissa bastante interessante, que não estaria fora de lugar em um episódio da série ALÉM DA IMAGINAÇÃO. Os diretores conseguem explorar muito bem a sensação de isolamento sentida pelo protagonista ao investir em grandes planos abertos de ambientes vazios, ao mesmo tempo em que tornam claustrofóbicas as sequências onde Liam é posto em situações em que pode involuntariamente causar a morte de muitas pessoas, como uma passagem situada em um elevador.

  O roteiro trabalha bem o mistério envolvendo a falta de memória dos dois personagens principais, e a ligação dessa amnésia com a condição de Liam. Os personagens desenvolvem uma dinâmica bastante interessante quando percebem que não só Jane é imune a aura mortal de Liam, mas sua presença parece também neutraliza-la, forçando os dois personagens a permanecerem juntos para evitar novas mortes, o que cria passagens de tensão bem interessantes. Somente a reviravolta que leva ao 3º ato parece um pouco mal armada, ainda que conceitualmente curiosa, mas não apaga o bom trabalho de suspense que o filme realiza no conjunto da obra.

 

Visto MISTÉRIO NO BOSQUE

 

Mistério no Bosque - 17 de Abril de 1980 | Filmow

 

  Na trama, a família Curtis se muda para um velho casarão no interior da Inglaterra, de propriedade da misteriosa Sra. Aylwood (Bette Davis). Entretanto, a filha adolescente do casal, Jan (Lynn Holly Johnson) começa a ter visões com uma garota de olhos vendados, de fato, Karen a filha da Sra. Aylwood, que desapareceu trinta anos antes. Quando a irmã mais nova de Jan, Ellie (Kyle Richards) começa também a ouvir vozes, a jovem percebe que deve resolver o mistério do desaparecimento de Karen, para livrar a sua irmãzinha e a si mesma desse tormento.

  Dirigido por John Hough, veterano em filmes de terror, que naquela altura já havia dirigido clássicos como AS FILHAS DE DRÁCULA e A CASA DA NOITE ETERNA, MISTÉRIO NO BOSQUE é o que eu chamo de "filme de terror para crianças" (e digo isso sem demérito algum) produzido pela Disney no começo dos anos 80. Nesse sentido, a escolha de Hough para comandar a produção se mostrou bastante acertada, pois ao mesmo tempo que a experiência do diretor em filmes de terror permitiu que ele utilizasse de forma efetiva os signos do género para criar momentos arrepiantes, o seu trabalho na franquia "A Montanha Enfeitiçada" da mesma Disney, permitiu que ele articulasse o aspecto "Family Friendy" do estúdio com os aspectos mais sombrios da história.

  O roteiro escrito a seis mãos, a partir do romance de Florence Engel Randall é bastante esquemático, basicamente focando-se na investigação conduzida por Jan sobre o desaparecimento da garota. Mas o trabalho realizado pelas duas atrizes que fazem as irmãs Curtis, Lynn Holly Johnson (uma das poucas BondGirls a tomar um fora de James Bond, no filme 007: SOMENTE PARA SEUS OLHOS) e Kyle Richards (mais lembrada como uma das crianças que Jamie Lee Curtis toma conta em HALLOWEEN) tornam as garotas personagens que gostamos de acompanhar, apesar da história mais ou menos. Longe de ser um clássico esquecido, MISTÉRIO NO BOSQUE ainda vale a conferida, por ser um filme simpático e enxuto com personagens carismáticos, e que prova que é possível sim fazer um terror para crianças assustador, mas não traumatizante, que serve como porta de entrada para os pequenos no género.

 

 

 

 

 

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2 hours ago, Questão said:

 E isso até era fácil de resolver. Afinal, o cara usa uma máscara naquela cena inicial. Assim, ele não podia ser identificado logo de cara. Podiam por só mais pra frente o assassino (no corpo da menina) identificando o cara pra polícia, e ai podiam se concentrar nessa parte da fuga da menina (no corpo do assassino) de forma mais orgânica.

 

 

Também achei que ele ser identificado e ser perseguido pela polícia deveria ser algo mais pra frente no filme e aí essa imagem dele nas TV, ficou sobrando. E no fim, nem serviu pra muita coisa mesmo essa cena, já que como disse, a menina não sente muito impedida de fazer coisas ali, já que anda na rua de boas, vai pro colégio tomar banho, e entra num mercado lotado tudo de cara limpa e etc.

 

2 hours ago, Questão said:

 E isso até era fácil de resolver. Afinal, o cara usa uma máscara naquela cena inicial. Assim, ele não podia ser identificado logo de cara. Podiam por só mais pra frente o assassino (no corpo da menina) identificando o cara pra polícia, e ai podiam se concentrar nessa parte da fuga da menina (no corpo do assassino) de forma mais orgânica.

 

 Isso até não me incomodou. Não acho que dá pra chamar aquele cara que aparece lá naquela cracolandia de convívio social. Mas acho que faltou explorar mais mesmo o assassino no corpo da menina. Essa cena que você fala que mostra o assassino vendo que já não era tão forte no corpo da protagonista é um ótimo momento do filme. Queria ter visto mais cenas do vilão nesse tipo de situação. E acho que a futura filha do Homem Formiga manda bem quando interpreta a garota como ela mesma, mas nem tanto quando ela tá como o assassino. Ai a parte dela fica meio enfraquecida mesmo.

 

 

Não sei, achei estranha essa cena. O cara drogado parecia que conhecia ele e ficava por ali. Então, me pareceu que ele convivia com pessoas ali, não era um cara muito isolado. Mas enfim.

De qualquer forma, é aquela cena que não encontra o tom certo, porque a menina acorda nesse lugar terrível, cheia de coisas estranhas do serial killer penduradas e do nada surge esse cara falando umas bobeiras e fazendo piadinhas sem razão. Parece que quiseram suavizar a cena ali, pra não ficar muito pesada, mas aí foram muito longe e o cara drogado ficou muito além do tom.

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 Visto INVOCAÇÃO DO MAL 3: A ORDEM DO DEMÔNIO

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   Na trama, o casal de ocultistas Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farminga) participam do aparentemente bem sucedido exorcismo do menino David Glatzel (Julian Hilliard), mas a entidade que possuia a criança acaba passando para o corpo de Arne Cheyene Johnson (Ruairi O'Connor), namorado da irmã de David, Debbie (Sarah Catherine Hook). Quando o rapaz comete um assassinato sob influêcia sobrenatural, os Warren passam a tentar encontrar uma forma de provar a inocência de Arne, enquanto a criatura responsável continua a tentar destrui-lo. 

 Acho que poucos imaginavam em 2013 que INVOCAÇÃO DO MAL, filme de James Wan que ficcionalizava um dos casos investigados pelas verídicas figuras dos Warren não só se tornaria uma franquia, quanto originaria um bem sucedido universo compartilhado que já conta com oito filmes. Claro, os Spin Offs variavam de qualidade, mas nenhum deles conseguiu alcançar o sucesso de publico e crítica que os dois filmes da franquia principal comandada por Wan haviam atingido. Quando o diretor anunciou que para o terceiro filme permaneceria apenas no papel de produtor (seguindo o mesmo caminho que tomou nas franquias "Jogos Mortais" e "Sobrenatural" que também ajudou a criar) muitos torceram o nariz, se perguntando se um filme dos Warren sem Wan valia a pena. Tendo visto esse terceiro filme da série, digo que ainda é um "Supercine" bem decente, mas a falta do diretor original é sim sentida.

   Dirigido por Michael Chaves (que havia dirigido um dos Spin-Offs mais fracos da série, A MALDIÇÃO DA CHORONA), INVOCAÇÃO DO MAL 3 parece ter a intenção de fugir um pouco da fórmula estabelecida pelos filmes anteriores. Se os exemplares comandados por James Wan prestavam tributo ao subgênero de "casa assombrada" onde em cada filme os Warren precisavam ajudar uma família a se livrar de um demônio ou espirito maligno, este terceiro filme tenta mudar um pouco a fórmula ao inserir elementos detetivescos e de filmes de possessão na trama, além de um antagonista de natureza diferente. Infelizmente, tudo fica só na intenção.

  O roteiro escrito por David Leslie Johnson McGoldrick (que escreveu o filme anterior da trilogia) usa um dos casos mais famosos dos Warren como base para a trama, onde pela primeira vez na história dos Estados Unidos, um réu alegou inocência por estar possuído por uma entidade sobrenatural. O filme entretanto opta por basicamente ignorar o julgamento, excetuando uma ceninha ou outra, para focar-se na investigação dos Warren, já que o rapaz continua a ser assombrado na cadeia, e não por uma entidade que age deliberadamente, e sim por uma mestra satanista (uma bruxa, em resumo) que está controlando essa entidade. Ignorar o julgamento, que era a parte mais famosa do caso (embora eu ache um desperdício) era uma escolha, que poderia ser suprida por essa vilã humana, que poderia atingir a distinção que esse filme busca em relação aos filmes anteriores. Mas a tal mestra satanista não tem personalidade alguma, não sendo diferente das entidades enfrentadas pelo casal protagonista nos filmes dos Wan, além de não possuir um impacto visual de alguns desses adversários vistos anteriormente.

  Michael Chaves está longe de ter o mesmo domínio dos clichês que Wan possuia, e honestamente, se a ideia era entregar o comando da série principal para um diretor que havia comandado algum dos Spin-Offs da série principal, acho que David F. Sandberg (ANABELLE 2: A CRIAÇÃO DO MAL e SHAZAM) ou mesmo Gary Dauberman (ANABELLE 3: DE VOLTA PRA CASA) eram nomes bem mais interessantes. O diretor realiza algumas tentativas de homenagens a clássicos do gênero como O EXORCISTA e O ILUMINADO que soam gratuitas e mal colocadas, mais distraindo do que colaborando para a história. Não se pode dizer, entretanto, que Chaves não tenha evoluido de seu trabalho anterior, ao realizar um trabalho de construção de tensão bem mais interessante, com até os famigerados Jump-Scares característicos da franquia tendo uma execução acertada.

  Na parte do elenco, os sempre competentes Patrick Wilson e Vera Farminga estão absolutamente confortáveis na pele do casal Warren, mantendo a boa química da cena. Já Ruairi O'Connor faz um trabalho burocrático como Arne, já que o roteiro não lhe dá muito o que fazer. Vale ainda destacar a participação do pequeno Julian Hillard, que com suas participações em A MALDIÇÃO DA RESIDÊNCIA HILL, A COR QUE CAIU DO ESPAÇO e WANDAVISION está se especializando no arquétipo da criança estranha.

  Nos aspectos técnicos, destacam-se a direção de fotografia de Michael Burgess, veterando do universo "Invocação do mal", que já tendo trabalhado em A MALDIÇÃO DA CHORONA e ANNABELLE 3 mantém a identidade visual da franquia, mas ainda consegue criar um desenho de luz interessante e atmosférico, e a direção de arte de Jennifer Spence (outra veterana da serie, que fez a arte de alguns filmes da série "Annabelle" além de A FREIRA) é econômica, mas competente em sua reconstituição do começo dos anos 1980.

  No fim das contas INVOCAÇÃO DO MAL 3: A ORDEM DO DEMÔNIO cumpre aquilo que se espera de um filme da franquia, e consegue ser um "Supercine" competente, mantendo o padrão da série, ainda que a ausência de Wan na direção seja sim sentida. Talvez o que mais frustre no filme seja perceber que embora demonstre a intenção de levar a franquia para um caminho diferente, esta terceira aventura dos Warren desista no meio do caminho, o que é uma pena, pois provavelmente o caminho para sair da sombra do diretor original fosse justamente tentar algo diferente.

 

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Rua do Medo Parte 2 - 1978 (Fear Street Part 2 - 1978, Dir.: Leigh Janiak, 2021) 2/4

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Segunda parte que aposta mais na matança (apesar de muitas serem 'off screen'), mas também revela mais da maldição da bruxa, só que não avança tanto já que 3ª parte promete destrinchar melhor a história dela. Mantém a qualidade da parte 1, quem gostou do anterior deve continuar gostando desse aqui. Da minha parte, achei esse um pouco melhor já que apostou na parte que me toca: traz história rolando num acampamento (e gostei de terem focado num assassino só).

 

Spoiler:

O fato de você saber o que rola no final, já que o filme anterior fala muito sobre, não atrapalhou muito, até porque slashers assim já se sabe quem morre e quem fica vivo, mas mesmo assim o filme tentou um twist ali no final sobre qual das irmãs ficaria viva (até achei que eles iriam apostar nesse twist, porque foi o mesmo 'soft twist' do primeiro filme onde inicialmente quiseram esconder o sexo da namorada da personagem principal, aqui quiseram fazer uma manobra pra esconder/enganar qual irmã seria a que morre).

 

Sobre a Parte 3 que rola em 1666 - Já fica explícito a cara de série dessa trilogia, já que história rola num tempo bem passado, mas vai trazer o mesmo elenco da Parte 1 e 2 mesclado em outros papéis. Isso é bem típico de série que muita vezes mostra em algum episódio um outro período/outro universo (normalmente, um sonho de algum personagem) mas com os personagens conhecidos aparecendo ali em outros papéis. Não sei se gostei disso de enfiarem o elenco da Parte 1 e 2 ali, deveriam investir em outro elenco, mas ok, talvez isso seja pra mostrar uma ligação entre os assassinatos do passado com os futuros, sei lá. Enfim, aguardar.

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 Visto OS OLHOS DA MINHA MÃE

 

Os Olhos da Minha Mãe - Filme 2016 - AdoroCinema

 

  Na trama, a pequena Francisca (Olivia Bond) testemunha a sua mãe (Diana Agostini) ser brutalmente assassinada por um maníaco (Will Brill), assim como a vingança terrível que seu pai (Paul Nazak). Anos depois, Francisca (Kika Magalhaes) agora crescida desce em uma espiral de loucura, que levara morte e desespero para todos aqueles que cruzarem o seu caminho.

 Escrito e dirigido por Nicolas Pesce em seu longa metragem de estréia, OS OLHOS DA MINHA MÃE é um perturbador thriller psicológico, que mergulha com vontade na mente de sua protagonista para nos mostrar um estudo da loucura e da maldade humana. O roteiro de Pesce é dividido em tres fases "Mãe", que cobre a infância de Francisca, "Pai", que cobre a sua relação com o pai moribundo e outro personagem, e "Família", sobre a qual é melhor não falar muito para evitar spolers. Embora haja sim violência na história, ela ocorre em sua maior parte em Off Screen, com o filme apostando muito mais em um terror oriundo de Edgar Allan Poe, onde as raizes da loucura que guia a protagonista é explorada através de sua melancolia, solidão e memórias do passado.

  A opção pela total ausência de trilha sonora incidental e pela fotografia em preto e branco ajuda a criar esse clima sufocante e inóspito buscado pelo diretor, enquanto a maior parte da trilha sonora diegética (fados que sublinham a herança portuguesa da família de Francisca) contribui com o tom melancólico perseguido pela obra. Deve-se destacar também o excelente trabalho de Kika Magalhaes como Francisca, que entrega aqui uma vilã absolutamente monstruosa, mas também desesperada na maioria de seus atos, em um desempenho intenso por parte da atriz. OS OLHOS DA MINHA MÃE é um filme desconfortável de se assistir, e dei graças a deus pela duração enxuta de setenta e poucos minutos, mas ainda é uma experiencia cinematográfica digna de nota.

 

Visto FIEND WITHOUT A FACE

 

Fiend Without a Face - Wikipedia

 

  Na trama, mortes misteriosas vem ocorrendo em uma pequena e isolada cidade americana, onde as vítimas são encontradas com seus cérebros sugados. Os cidadãos culpam a base nuclear militar recentemente construída nos arredores da cidade, o que faz com que o Major Cummings (Marshall Thompson) conduza uma investigação para descobrir o que está havendo.

  Dirigido por Arthur Crabtree a partir de um roteiro de Herbert J. Leder FIEND WITHOUT A FACE (que no brasil recebeu a enganosa tradução "O Horror Vem Do Espaço" que nada tem a ver com o filme) é mais uma daquelas ficções científicas tranqueiras que Hollywood produziu aos baldes na década de 1950. Todos os elementos estão lá, desde a pequena cidade ameaçada, passando pela presença dos benevolentes militares, até a presença da energia nuclear na trama.

 Claro, não há problema algum um filme ser esquemático, especialmente uma produção com mais de sessenta anos de idade (o longa é de 58), mas nenhum dos personagens tem um pingo de carisma, e o misterio central não empolga nem um pouco. O filme ganha um pouco de folêgo em seus vinte minutos finais, ao se assumir de vez como Camp, e revelar a sua verdadeira ameaça, cérebros assassinos criados pela maquina telepatica de um cientista, que se alimentava remotamente da usina nuclear (não, não precisa fazer sentido). Ai temos algumas passagens bem interessantes com os monstrinhos criados tanto por manipulação de fantoche quanto por Stop Motion atacando os personagens principais, e até um uso insuspeito para o período de "gosma sobre os personagens" quando estes pequenos cérebros assassinos são destruidos.  Se assumisse a sua natureza Camp mais cedo no filme, FIEND WITHOUT A FACE poderia ser mais divertido, mas do jeito que é, é apenas uma tranqueira Sci-Fi esquecível.

 

Visto RUA DO MEDO 1994

 

Rua do Medo: 1994 - Parte 1 - Filme 2021 - AdoroCinema

 

  Na trama, a pequena cidade de Shadyside vem sendo aterrorizada a séculos por constantes assassinatos. Em 1994, depois que mais um massacre acontece, a jovem Deena (Kiana Madeira), que está em crise com a namorada Samantha (Olivia Scott Welch) passa a ser perseguida junto com os amigos por um grupo de assassinos, que parecem ligados a uma antiga maldição que cerca a cidade.

 Dirigido por Leigh Janiak (de HONEYMOON) a partir de um roteiro escrito a quatro mãos pela própria e por seu parceiro Phil Graziadel (que por sua vez se baseia na série homônima de noveletas de R.L. Stine), RUA DO MEDO: 1994 adota uma atmosfera nostalgica, que paga claro tributo ao cinema de terror adolescente, o que pode ser visto desde a cena de abertura, que a exemplo de PÂNICO, mata o membro mais famoso de seu elenco logo de cara (no caso, Maya Hawkes, que estourou com STRANGER THINGS). Claro, as homenagens não param por ai, com referências a outras obras como as franquias "Sexta Feira 13" e "A Morte Convida Para Dançar".

 Mas apesar de seu claro cárater de tributo (que deve estar presentes nos filmes seguintes da trilogia), RUA DO MEDO: 1994 evita se tornar simplesmente um festival de referências ao construir arcos dramáticos que mesmo simples e até didáticos demais, são bem entregues pelo elenco carismático, que constrói personagens com quem conseguimos nos importar. E ainda que não possa ser classificado como um Terrir, este primeiro exemplar de "Rua Do Medo" é esperto o suficiente pra não se levar tão a sério através de uma montagem pop (mas não exibicionista) e uma direção que flerta fortemente com o aventuresco, mas sem sabotar o drama dos personagens. É preciso estar ciente ao assistir o filme também, que embora exista um problema central que é de certa forma resolvido, e os arcos dramáticos de seus protagonistas sejam concluídos, RUA DO MEDO: 1994 termina em um grande Cliffhanger girando em torno de uma narrativa maior, que expõe o caráter episódico do projeto. Mas ainda é uma diversão honesta e cativante.

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 Visto RUA DO MEDO: 1978

 

 Rua do Medo: 1978 – Parte 2 | Trailer final do novo filme da trilogia de  terror | Trilha Do Medo

 

   Na trama, situada em 1978 (dã), o acampamento Nightwing recebe campistas das cidades rivais Shadyside e Sunnyvale, entre eles a rebelde Ziggy Berman (Sadie Sink), que tem um relacionamento difícil com a sua irmã monitora, Cindy (Emily Rudd). Mas logo, as irmãs precisam colocar as diferenças de lado, quando um monitor, sob efeito da antiga maldição que ronda Shadyside, é possuído, e armado com um machado, entra em uma matança desenfreada.

  Ese segundo filme da trilogia "Rua Do Medo", mais uma vez dirigido por Leigh Janiak, utiliza o gancho do filme anterior, onde Deena (Kiana Madeira) procurava a ajuda de C. Berman (Gillian Jacobs) para ajuda-la a libertar a namorada Samantha (Olivia Scott Welch) que havia sido possuida apenas como história moldura, centrando-se na matança do acampamento, que havia sido constantemente referenciada em RUA DO MEDO: 1994. O roteiro escrito mais uma vez pela diretora, mas que dessa vez tem como parceiro Zak Olkewicz avança pouco a trama macro da trilogia, mas cria em sua trama micro (ou eja, o que rolou no acampamento) uma narrativa muito mais urgente e sombria que a do filme anterior.

  É interessante observar como o roteiro reapresenta diversos pontos da mitologia de Shadyside, já apresentados no primeiro filme de forma bem mais dinâmica e menos didática, ao mesmo tempo em que traz elementos novos. Em termos de tom, temos um filme com muito menos humor e mais intensidade do que de 1994, que trabalha bem os arcos de seus carismáticos protagonistas, em conflitos simples, mas bem realizados, centrado especialmente no conflito entre as duas irmãs, muto bem defendidas por Sadie Sink e Emily Rudd. A direção de Leigh Janiak volta a prestar tributo ao cinema Slasher, especialmente a franquia "Sexta Feira 13" (as locações são as mesmas utilizadas para SEXTA FEIRA 13 PARTE 6: JASON VIVE), mas com homenagens mais sutis dessa vez. É um filme com muito mais violência e gore também, e mesmo as mortes ocorridas em Off Screen (essas de crianças) conseguem transmitir brutalidade.

  Mais investido no suspense e no terror propriamente dito, RUA DO MEDO: 1978 talvez sofra um pouco apenas pelo "fator prequel", já que os eventos desse filme haviam sido bem destrinchados no anterior, e a reviravolta envolvendo a identidade de "C Berman" é bem óbvia. Mas ainda assim, achei um filme mais eficiente e menos didático que o primeiro exemplar da trilogia, um Slasher honesto e até meio bobinho, mas plenamente consciente disso, sabendo utilizar os clichês do gênero a seu favor, e dando algum escopo dramático básico ao seu elenco protagonista. 

 

Visto GANJA E HESS

 

Prime Video: Ganja and Hess

 

   Na trama, após ser atacado por seu assistente psicótico (Bill Gunn) com uma antiga adaga africana, o doutor Hess Green (Duane Jones) transforma-se em um vampiro, um ser imortal, mas que precisa consumir sangue para sobreviver.  Quando Ganja (Marlene Clark) esposa do assistente morto por Hess e que o transformou aparece em busca do marido, o casal começa um perigoso romance.

  Escrito e dirigido por Bill Gunn (que faz uma participação como o assistente), GANJA E HESS é um incomum filme de vampiro setentista, que renuncia a maior parte dos signos ligados a esse monstro para centrar-se em uma história de amor e corrupção, regada a alguns interessantes comentários socias e raciais.  A tensão de diversos níveis construída entre o casal principal, muito bem defendidos por Jones (mais lembrado por A NOITE DOS MORTOS VIVOS) e Clark, é muito bem realizada, expondo bem as camadas de desconfiança e atração dos personagems-título. O uso da trilha sonora é outro acerto da produção, criando uma atmosfera rítmica e quase lisérgica para o projeto.

 Mas é a direção e a montagem experimental de Bill Gunn que mais chama a atenção em GANJA E HESS. Valendo-se muitas vezes de Jump-Cuts e quebras intencionais de eixo, que lembram os projetos da Nouvelle Vague, Gunn assume um grande risco que poderia ter tornado seu filme confuso ou pretensioso, mas que casa com a atmosfera febril do longa. O filme apenas se beneficiairia de uns vinte minutos a menos, pois torna-se cansativo em algumas partes (especialmente na metade inicial), mas ainda é uma obra curiosa, que vale a conferida.

 

Visto RUA DO MEDO: 1666

 

Rua do Medo: 1666 - Parte 3 | Crítica | Filme | Netflix | Apostila de Cinema

 

    Na trama, em 1666, na comunidade de Union, a jovem Sarah Fier (Kiana Madeira) apaixona-se pela filha do pastor, Hannah Miller (Olivia Scott Welch). Mas quando a tragédia começa a rondar a comunidade e assassinatos brutais acontecem, os aldeões culpam Sarah como a portadora do pecado que trouxe a maldição ao local. Os eventos de 1666 são a chave para que em 1994 a jovem Deena (também Madeira) quebre a maldição que assombra a cidade de Shadyside a 300 anos.

  Mais uma vez dirigido por Leigh Janiak, que também retorna ao roteiro ao lado de Phil Graziadel (que co-escreveu RUA DO MEDO: 1994) e Kate Trefry, RUA DO MEDO: 1666 mostra-se o filme mais irregular dessa trilogia, mesmo que ainda possua os seus bons momentos. Muitos acusaram o projeto de ser uma minissérie disfarçada de trilogia de filmes, uma observação válida, com certeza, mas que também poderia ser contra argumentada. Pois embora claramente envolvidos em uma narrativa maior e contínua, os dois filmes anteriores da trilogia ainda possuiam arcos próprios de começo, meio e fim. De certa forma, isso também é verdade neste desfecho da trilogia, mas a sensação episódica do projeto, é maior aqui do que em seus antecessores.

 Tendo se desenvolvido até aqui como uma grande homenagem ao cinema Slasher, o trecho situado em 1666 soa deslocado em muitos aspectos, ao abandonar o Slasher e centrar-se no terror puritano histórico. É um gênero do terror bem diferente e muito menos Pop do que aquele com que a trilogia vinha trabalhando até então, o que não significava que a roupagem Teen da trilogia não poderia ser aplicada, mas a diretora parece ficar entre dois caminhos e não seguir nenhum exatamente. O primeiro é o comportamento anacrônico, percebido especialmente em uma sequência onde os jovens de Union (que futuramente seria dividida entre Shadyside e Sunnyvale) vão para um lual, comportando-se claramente como adolescentes do século 20 com um vocabulário mais rebuscado. Diferente do que alguns podem pensar, é claramente uma opção (Arriscada) do que um erro. Mas nem sempre o roteiro se compromete com essa opção, tentando assumir uma atmosfera mais sissuda do terror histórico em outros momentos.

 A opção por não renovar o elenco nessa terceira parte, trazendo atores vistos nos filmes anteriores mais distrai do que ajuda, embora entenda-se o objetivo de retratar os habitantes de 1666 como antepassados dos personagens vistos em 1978 e 1994. Claro, existem boas idéias aqui, ao explorar o terror do puritanismo e do preconceito, sendo inteligente botar um romance homossexual no centro da trama, em um prisma diferente do que havia sido feito no primeiro filme. Mas percebe-se também o quanto muitas vezes Janiak e seu time de roteiristas não confiam em seu público para fazer ligações, acabando por sinalizar algumas de suas reviravoltas, já que no momento em que temos a atriz que interpreta a grande heroina da trilogia vivendo Sarah Fier no passado (sendo que temos flashes da real Sarah Fier, vivida por Elizabeth Scopel) toda a reviravolta em torno da personagem é vista a mil quilometros de distância.

 Mas o filme vem também com a responsabilidade de encerrar a trama macro da trilogia, sendo dividido então em duas partes, uma situada em 1666 e outra de volta a 1994, causando problemas de identidade ao filme, já que as duas partes são radicalmente distintas em termos de tom. A hora final retorna o tom de terror aventuresco do primeiro filme da trilogia, entregando um desfecho satisfatório, mas com uma sensação de risco muito menor, além de um texto bastante didático. Além disso, ao analisar a trama macro, percebe-se algumas falhas de roteiro, que fazem com que alguns detalhes dos dois primeiros filmes não façam muito sentido.

 No fim, RUA DO MEDO: 1666 é o filme mais fraco da trilogia, por diferente dos exemplares anteriores, não conseguir encontrar uma identidade. Não se pode negar que essa trilogia foi uma experiência interessante da Netflix, e honestamente muito divertida na maior parte do tempo, embora ainda fosse necessário alguns ajustes nesse modelo hibrido que é meio trilogia, meio minissérie. Claro, que há um gancho para uma possível continuação, mas a história ainda se encerra de forma satisfatória, mesmo que de forma trôpega.

  

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Esse terceiro acabou sendo o mais diferente, por não investir em ser um slasher convencional (até tem uma matança ali, mas ela não é mostrada). Acaba só passando a história da bruxa a limpo e depois uma conclusão extra em 94.

Achei eficiente no que se propõe. Gostei das respostas dadas e da conclusão (se bem que deram dica que pode haver mais sequels...).

Mas a série pecou mais no fator 'marcante': Não tem nada ali que vai saltar na mente quando for falar dos filmes no futuro. Pelo menos, não pra galera mais antiga que já viu diversos outros filmes, mas pra gurizada atual talvez fique algo ali. Talvez cultuem a trilogia no futuro, vá saber.

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