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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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A Casa Sombria - Filme 2021 - AdoroCinema

 

  Tá ai um filme estéticamente  bonito e bem dirigido, e com uma atuação muito boa de sua protagonista, a sempre talentosa Rebecca Hall, mas que não me pegou, na real, me deu sono. No geral, é mais um filme de assombração, que usa o sobrenatural como metáfora para o luto. Tenho que dar parabéns ao roteiro por permitir que o público tire as suas próprias conclusões sem deixar a história confusa, mas faltou algo pra me deixar mais investido.

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 Visto TARA DIABÓLICA

 

Tara Diabólica - 1963 | Filmow

 

  Um bem conduzido thriller exploitation sessentista, que parece antecipar em uma década obras como ANIVERSÁRIO MACABRO e O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA. Aqui, acompanhamos um trio de professores que tem o azar de parar em um isolado posto de gasolina, onde acabam reféns de um casal de sádicos psicopatas. O suspense do filme é bem conduzido, e conta com algumas viradas inesperadas. Só as atuações que acabam soando um pouco caricatas para os dias de hoje, mas no geral ainda é um filme que merece ser redescoberto.

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 Visto NOITE PASSADA EM SOHO

 

Cine Belas Artes | Noite passada em Soho - Cine Belas Artes

 

  Com NOITE PASSADA EM SOHO, Edgar Wright, que se notabilizou por seus filmes voltados para um humor bem marcado aventura-se no terreno do terror psicológico, resultando em um thriller muito bem conduzido, que conta com atuações fortes e um visual acachapante. Sem abrir mão do ar referêncial a cultura pop que sempre marcou a sua obra, Wright e equipe entregam um filme de fotografia vibrante carregada no neon, e uma direção de arte que recria os anos 1960 de forma a explorar tanto o glamour da época quanto o seu submundo. Thomasin McKenzie entrega uma protagonista que faz brotar carisma de sua fragilidade, enquanto Anya Taylor Joy é um verdadeiro furacão em cena. Somente algumas reviravoltas do 3º ato não parecem tão bem fundamentadas, mas não estraga a boa experiência.

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  • 2 weeks later...
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 Visto ILUSÕES PERIGOSAS

 

Filme: "Ilusões Perigosas (1995)" - Dicas de Filmes Pela Scheila

 

 ILUSÕES PERIGOSAS é um esquecido, mas eficiente thriller gótico noventista estrelado por uma jovem Kate Beckinsale como uma mulher enigmatica que encanta um parapsicólogo que vai investigar uma série de eventos fantasmagóricos em uma mansão rural na década de 1920. O projeto dirigido por Lewis Gilbert (que comandou vários exemplares da franquia 007 como COM 007 SÓ SE VIVE DUAS VEZES e 007: O ESPIÃO QUE ME AMAVA), tem uma condução bastante charmosa, apostando muito mais na construção de um ambiente desconfortável do que nos sustos fáceis que se tornaram comum no subgênero das histórias de casas mal assombradas. O roteiro escrito a seis mãos (incluindo o diretor) e baseado no romance de James Herbert (cuja obra também inspirou o recente ROGAI POR NÓS) é competente em nos fazer duvidar se o que vemos é de fato fruto do sobrenatural ou de instabilidade mental protagonista, muito bem defendido por Aidan Quinn. Apesar de uma reviravolta final que acaba não se sustentando muito bem, ILUSÕES PERIGOSAS é uma surpresa bastante positiva pra quem como eu, curte uma boa história gótica de fantasma a moda antiga, em um trabalho que merecia ser mais lembrado.

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 Visto UM ANJO PARA SATÃ

 

An Angel for Satan (1966) - IMDb

 

  Na trama, Roberto Merigi (Anthony Steffen) é um restaurador que viaja até uma pequena aldeia para restaurar uma estatua, que os aldeões acreditam estar amaldiçoada. Ao começar os trabalhos, Roberto conhece a bela Harriet (Barbara Steele), que guarda uma semelhança incrível com a estátua por sua antepessada ter sido a modelo, mas quanto Harriet começa a apresentar um comportamento estranho, sinais de que a maldição é real passam a aparecer.

  Dirigido por Camillo Mastrocinque,UM ANJO PARA SATÃ é um thriller de terror gótico italiano, com fortes tintas psicossexuais. O filme Centra-se na figura de uma Femme Fatale, que provoca indiretamente uma onda de assassinatos em sua aldeia, e nesse sentido, a presença sedutora (mas nunca vulgar) de Steele cai como uma luva para a sua personagem. Não que seja exatamente um grande desafio para a atriz, que já havia vivido o papel duplo de uma mocinha e sua ancestral maligna no clássico A MASCARA DO DEMÔNIO , mas aqui trata-se de uma personagem mais sedutora e menos macabra. Entretanto, ainda que não cheguem a surgir do nada, o filme de Mastrocinque não fundamenta muito bem as suas reviravoltas finais, que soam bastante forçadas. No geral, o filme tem seus bons momentos, mas vale só pra quem tem muito interesse no cinema de terror gótico , pois o final bagunçado não deixa uma impressão  muito boa.

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Visto A MALDIÇÃO DA SERPENTE

 

A maldição da serpente (1988) Filme. Onde Assistir Streaming Online

 

  Na trama, Angus Flint (Peter Capaldi) é um arqueólogo que ao descobrir uma caveira de uma antiga criatura no interior da Inglaterra, chamando a atenção da misteriosa Lady Sylvia Marsh (Amanda Donohoe), a sacerdotisa monstruosa de uma antiga criatura mítica. Quando uma série de eventos estranhos começam a acontecer, Angus se une ao jovem Lorde D,ampton (Hugh Grant), e a duas irmãs (Catherine Oxenbergh e Sammi Davis) que buscam os pais desaparecidos, para tentar descobrir o que há por trás destes incidentes.

 Escrito e dirigido por Ken Russel (de TOMMY e VIAGENS ALUCINANTES) a partir de um romance de Bram Stoker (mais famoso por DRÁCULA) A MALDIÇÃO DA SERPENTE é tanto uma homenagem aos típicos terrores góticos da Hammer, como também uma espécie de sátira aos mesmos, não se furtando de abraçar com gostos os elementos mais ridículos de sua história. Não há como, por exemplo, levar a sério o fato de personagens transformados em "pessoas cobra' após serem mordidos (tal como os vampiros) sairem dançando hipnotizadas a cava vez que escutam musica ritmada, ou mesmo os figurino exoticamente sexys da vilã.

  Por outro lado, é interessante a forma absolutamente jocosa (e ao mesmo tempo perturbadora) que Russel escolhe para explorar os símbolos obviamente sexuais envolto nas histórias de vampiro (e sendo que falamos aqui de vampíros cobra, estamos falando também de simbolos falícos) optando por uma montagem picotada e um chamativo Chroma Key para ilustrar passagens de alucinação e sonhos absolutamente profanos, que beiram o mau gosto, mas que soam apropriados dentro do espírito do filme. No geral, A MALDIÇÃO DA SERPENTE não é um filme bom, mas é um Terror B que consegue ser no mínimo curioso dentro dos signos do gênero.

  

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 Visto O ESTRANHO PODER DE MATAR

 

O Estranho Poder de Matar - 1978 | Filmow

 

 Na trama, durante um jogo de criquete em um sanatório, um recém chegado que se internou voluntariamente  (Tim Curry) conhece Crossley (Alan Bates), que lhe conta que já viveu em uma tribo aborigene, onde aprendeu a dar um poderoso grito capaz de matar as pessoas. Crossley então conta ao colega como foi parar ali, após o seu caminho cruzar o caminho do músico Anthony Fielding (John Hurt).

 O ESTRANHO PODER DE MATAR é um thrille setentista de terror britânico dirigido por Jerzy Skolimowsky, que assina o roteiro juntamente com Michael Austin. Através da narrativa moldura fornecida pelo jogo de criquete no sanatório, a obra mostra como um completo estranho vai aos poucos se inflitrando na vida do personagem de John Hurt, inicialmente apenas puxando papo depois de uma missa, então pedindo um almoço por estar sem comer a dias e assim sucessivamente. O interessante do roteiro é que Crossley nunca faz questão de esconder o quanto é esquisito e potencialmente perigoso, tendo em vista que admite casualmente ter matado os seus filhos na Australia apenas para não deixar nada para trás. Embora possa soar bastante estranho por que Anthony está levando tão de boa aquele homem estranho na sua casa, o filme costrói Crossley como alguém perturbador sim, mas igualmente fascinante, e que desperta curiosidade, especialmente após as suas histórias sobre ter poderes sônicos, de modo que a boa vontade do protagonista seja minimamente comprêensível, mesmo apesar das reservas de sua esposa Raquel (Susannah York). Claro, os problemas surgem quando Crossley começa a apontar as fragilidades e inseguranças de seu anfitrião, tanto em seu casamento quanto em sua profissão, passando a exercer um controle quase sobrenatural sobre o casal.

A medida em que a narrativa vai se tornando mais febril, e mais abertamente fantástica, a montagem se torna mais esquisita e não linear, claramente desafiando a veracidade dos eventos que estão sendo narrados. Um recurso interessante, mas que acaba atrapalhando a progressão dramática em alguns momentos. No geral, O ESTRANHO PODER DE MATAR é um thriller interessante, mas que não parece viver a altura de suas ambições.

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Olhos Assassinos (Eye of a Stranger, Dir.: Ken Wiederhorn, 1981) 2/4

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Um serial killer está atacando e aterrorizando mulheres da cidade. Uma repórter desconfia de um vizinho do prédio onde mora e passa a investigá-lo. Primeiro filme da atriz Jennifer Jason Leigh, onde interpreta uma garota adolescente cega,surda e muda (irmã da personagem principal). Filme saiu no 'ano dos slashers', daí acabou que classificaram o filme assim, mas tá mais pra um 'Hitchcock classe B'. Apesar de algumas mortes com efeitos do Tom Savini (sempre eficiente), o filme tem foco maior na investigação da repórter e não tanto nas mortes (e pra mim, assassino de slasher quer só matar a pessoa, nada mais, estupro já é outra área que esse gênero não contempla). Maior problema é que fotografia parece filme feito pra TV dos anos 1970. E filme inspirado em Hitch tem que ter uma fotografia maior, porque aí já perde muito. Mas ok. É um bom filme de suspense, sem muitos problemas.

 

Noite de Pânico (Alone in the Dark, Dir.: Jack Sholder, 1982) 2/4

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Um grupo de pacientes de um sanatório, acredita que o médico que acabou de chegar no local matou o médico anterior que eles gostavam. Depois de um blackout na cidade, eles fogem e vão atormentar esse médico e sua família. Mais um filme classificado como slasher (porque saiu na época), mas está mais pra um 'home invasion' mesmo, com a família do médico ilhada em casa por causa do psicopatas.Filme já ganha muito pelo elenco com Jack Palance, Martin Landau e Donald Pleasence. Eles dão um certo gás no filme. E o filme tem mesmo uma tensão forte com a família tendo que sobreviver ao ataque dos psicopatas. Vale a assistida.

Curiosidade (1): Filme tem esse nome original 'Alone in the Dark', mas não tem ninguém "sozinho no escuro' em momento nenhum do filme. E acabou que um game famoso ganhou esse nome de 'Alone in the Dark' e esse game virou um filme péssimo do diretor Uwe Bowe. Daí, temos 2 filmes com esse nome, um não tendo nada a ver com o outro.

Curiosidade (2): Foi feito pela New Line (mesma produtora da série A Hora do Pesadelo), produzido pelo Robert Shaye (produtor dos filmes do Freddy) e dirigido pelo Jack Sholder (diretor de A Hora do Pesadelo 2). Se passa em  Springwood, mesma cidade onde se passa os filmes do Freddy. Então, gosto de pensar que esse filme é algo que aconteceu antes dos filmes do Freddy, estão no mesmo universo. Ou seja, já tinha psicopatas aterrorizando a cidade lá antes do Freddy aparecer. hehehe

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2 hours ago, Jailcante said:

Olhos Assassinos (Eye of a Stranger, Dir.: Ken Wiederhorn, 1981) 2/4

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Um serial killer está atacando e aterrorizando mulheres da cidade. Uma repórter desconfia de um vizinho do prédio onde mora e passa a investigá-lo. Primeiro filme da atriz Jennifer Jason Leigh, onde interpreta uma garota adolescente cega,surda e muda (irmã da personagem principal). Filme saiu no 'ano dos slashers', daí acabou que classificaram o filme assim, mas tá mais pra um 'Hitchcock classe B'. Apesar de algumas mortes com efeitos do Tom Savini (sempre eficiente), o filme tem foco maior na investigação da repórter e não tanto nas mortes (e pra mim, assassino de slasher quer só matar a pessoa, nada mais, estupro já é outra área que esse gênero não contempla). Maior problema é que fotografia parece filme feito pra TV dos anos 1970. E filme inspirado em Hitch tem que ter uma fotografia maior, porque aí já perde muito. Mas ok. É um bom filme de suspense, sem muitos problemas.

 Achei esse bem "nhé" quando vi. E também não considero Slasher. Alias, acho que tá bem mais pra Giallo do que pra Slasher.

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2 hours ago, Jailcante said:

 

 

Noite de Pânico (Alone in the Dark, Dir.: Jack Sholder, 1982) 2/4

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Um grupo de pacientes de um sanatório, acredita que o médico que acabou de chegar no local matou o médico anterior que eles gostavam. Depois de um blackout na cidade, eles fogem e vão atormentar esse médico e sua família. Mais um filme classificado como slasher (porque saiu na época), mas está mais pra um 'home invasion' mesmo, com a família do médico ilhada em casa por causa do psicopatas.Filme já ganha muito pelo elenco com Jack Palance, Martin Landau e Donald Pleasence. Eles dão um certo gás no filme. E o filme tem mesmo uma tensão forte com a família tendo que sobreviver ao ataque dos psicopatas. Vale a assistida.

Curiosidade (1): Filme tem esse nome original 'Alone in the Dark', mas não tem ninguém "sozinho no escuro' em momento nenhum do filme. E acabou que um game famoso ganhou esse nome de 'Alone in the Dark' e esse game virou um filme péssimo do diretor Uwe Bowe. Daí, temos 2 filmes com esse nome, um não tendo nada a ver com o outro.

Curiosidade (2): Foi feito pela New Line (mesma produtora da série A Hora do Pesadelo), produzido pelo Robert Shaye (produtor dos filmes do Freddy) e dirigido pelo Jack Sholder (diretor de A Hora do Pesadelo 2). Se passa em  Springwood, mesma cidade onde se passa os filmes do Freddy. Então, gosto de pensar que esse filme é algo que aconteceu antes dos filmes do Freddy, estão no mesmo universo. Ou seja, já tinha psicopatas aterrorizando a cidade lá antes do Freddy aparecer. hehehe

 

 Eu gosto bastante desse. Esse eu já considero slasher sim (ou pelo menos com toques fortes de slasher), com direito ao casal que resolve transar e é morto pelo assassino. Curioso que esse filme apresentou o assassino com mascara de Hockey antes do Jason começar a usar. kkkkk

E o elenco é excelente, especialmente o Jack Palance. A cena final é muito boa.

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Os dois filmes são de 1982, mas o Sexta-feira 13 Parte 3 saiu em agosto, esse filme saiu em novembro. Então, o Jason usou antes. hehehe

Mas o vilão do Mad Max 2 veio antes dos 2, já que filme é de 1981:

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Mas essa máscara usada nesse filme é mais usada em jogos de hockey, pelo que sei. E na Parte 5 usaram essa máscara no poster apesar do assassino Roy Burns não usar ela no filme.

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Mensageiro da Morte (When a Stranger Calls, Dir.: Fred Walton, 1979) 2/4

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Curioso como esse filme nasceu. Diretor fez inicialmente um curta metragem em 1978 com essa história da babá que é atormentada por ligações telefônicas de um maníaco (se inspirou num caso real noticiado num jornal). Acabou que ele  resolveu fazer um longa metragem logo depois de lançar o curta metragem. Ele diz num depoimento que pensava num Oscar, mas o curta metragem não teve aceitação necessária pra isso, então ele partiu pro longa metragem. 

Pra aumentar a duração do filme, a saída dele foi refilmar o curta metragem todo (uns 20 min.) e depois incluir mais 2 trechos na história pra chegar na metragem certa. A 3ª parte até que se conecta com a 1ª. O problema é a 2ª, que não é ruim, mas ficou avulsa. Não tem muito a ver com o resto do filme. Parece que colocaram um filme policial no meio de um slasher.

Enfim, se o diretor tivesse conseguido unir melhor a 2ª parte com as outras duas teria sido melhor. Mas tudo bem, o filme vale pela primeira parte que é boa, e a terceira que conclui bem.

Spoilers:

2ª parte se passa 7 anos depois da 1ª parte, com o detetive indo atrás do maníaco que fugiu de um sanatório. Aqui o maníaco vai incomodar uma mulher que viu num bar, e depois passa a persegui-la. Mas não sabemos o que o cara quer com ela (aparentemente, não queria mata-la, só queria alguém pra fazer companhia ou algo assim, sei lá). Parece que o diretor quis mostrar melhor personalidade do maníaco, mas não conseguiu muito, porque aqui ele se apresenta muito frágil, mas nos outros seguimentos, ele parecia mais ameaçador e seguro de si - parece 2 personagens separados, não o mesmo. 

 

**Filme teve remake no começo dos anos 2000 (foi daqueles filme de terror dos anos 80/70 que ganhou remake nessa época). O remake já trabalhou diferente do original, já que pegou os 20 mins do curta metragem e encheu linguiça pra aumentar a metragem da história da babá sendo atormentada pelo maníaco. As outras 2 partes que foram incluídas no filme original foram descartadas aqui (apesar de achar que a intenção era filma-las em separado e formar uma trilogia, mas desistiram disso no meio do caminho).

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23 hours ago, Jailcante said:

Mensageiro da Morte (When a Stranger Calls, Dir.: Fred Walton, 1979) 2/4

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Curioso como esse filme nasceu. Diretor fez inicialmente um curta metragem em 1978 com essa história da babá que é atormentada por ligações telefônicas de um maníaco (se inspirou num caso real noticiado num jornal). Acabou que ele  resolveu fazer um longa metragem logo depois de lançar o curta metragem. Ele diz num depoimento que pensava num Oscar, mas o curta metragem não teve aceitação necessária pra isso, então ele partiu pro longa metragem. 

Pra aumentar a duração do filme, a saída dele foi refilmar o curta metragem todo (uns 20 min.) e depois incluir mais 2 trechos na história pra chegar na metragem certa. A 3ª parte até que se conecta com a 1ª. O problema é a 2ª, que não é ruim, mas ficou avulsa. Não tem muito a ver com o resto do filme. Parece que colocaram um filme policial no meio de um slasher.

Enfim, se o diretor tivesse conseguido unir melhor a 2ª parte com as outras duas teria sido melhor. Mas tudo bem, o filme vale pela primeira parte que é boa, e a terceira que conclui bem.

Spoilers:

2ª parte se passa 7 anos depois da 1ª parte, com o detetive indo atrás do maníaco que fugiu de um sanatório. Aqui o maníaco vai incomodar uma mulher que viu num bar, e depois passa a persegui-la. Mas não sabemos o que o cara quer com ela (aparentemente, não queria mata-la, só queria alguém pra fazer companhia ou algo assim, sei lá). Parece que o diretor quis mostrar melhor personalidade do maníaco, mas não conseguiu muito, porque aqui ele se apresenta muito frágil, mas nos outros seguimentos, ele parecia mais ameaçador e seguro de si - parece 2 personagens separados, não o mesmo. 

 

**Filme teve remake no começo dos anos 2000 (foi daqueles filme de terror dos anos 80/70 que ganhou remake nessa época). O remake já trabalhou diferente do original, já que pegou os 20 mins do curta metragem e encheu linguiça pra aumentar a metragem da história da babá sendo atormentada pelo maníaco. As outras 2 partes que foram incluídas no filme original foram descartadas aqui (apesar de achar que a intenção era filma-las em separado e formar uma trilogia, mas desistiram disso no meio do caminho).

 

 Pois é. Sempre achei o filme meio estranho no sentido que toda a parte focada no maníaco não conversar muito bem com a cena de abertura e com o final do filme. Entendi a intenção do diretor que era mostrar que aquele maníaco assustador do começo do filme, no fim era um cara bem patético. Mas tem uma coisa que não funciona direito pra mim.

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 Visto PÂNICO

 

Pânico: Trailer do novo longa da franquia é divulgado - MeUGamer

 

  Na trama, vinte cinco anos após os assassinatos originais de Woodsboro, um novo assassino surge na cidade, e assume o legado de Ghostface reiniciando o ciclo de assassinato que assombra a cidade á décadas. Os crimes forçam Sam Carpenter (Melissa Barrera), uma jovem que passou anos fora a retornar para Woodsboro para proteger aqueles que ama, onde contara com a ajuda de sobreviventes dos massacres anteriores.

  Após a morte de Wes Craven em 2015, que dirigiu todos os quatro exemplares anteriores da franquia, qualquer idéia de continuação das desventuras de Sidney Prescott e Cia passou a ser vista com grande desconfiança entre os fãs. Quando foi anunciado em 2019 que a produtora Spyglas (que comprou os direitos da falída Weinstein Company) produziria um quinto exemplar, todos ficaram de orelha pé. O retorno do trio original, entretanto, e o anuncio de que o filme seria dirigido pela dupla de diretores responsáveis pelo elogiadíssimo READY OR NOT, sob a benção de Kevin Williamson, criador da franquia (que volta apenas como produtor) deu ao projeto algum respaldo, ainda que a desconfiança permanecesse. Mas agora que PÂNICO (mesmo título do original) foi lançado, fica a pergunta, os novos diretores conseguiram honrar o legado de Wes Craven? A pergunta felizmente é sim.

  Como todos os exemplares anteriores da franquia, o PÂNICO DE 2022 é um filme sobre filmes e se debruça sobre um tema especíifico que conversa com a sua época. Se antes a série tratou de Slashers, sequências, trilogias, e remakes, as "renovações de franquias" com suas passagens de bastão com apelo nostálgico e adequação as novas gerações é a bola da vez. Nesse sentido, o filme de Matt Bettinelly Olpin e Tyler Gillett torna-se a mais metalinguística entrada da frânquia desde o filme original, utilizando-se da frânquia "Stab" (os filmes dentro dos filmes que dramatizam os massacres de Ghostface) como metáforas mais diretas do que nunca ao papel da própria frânquia "Pânico" na história do cinema de terror, reconhecendo-se pela primeira vez como parte da história do gênero sob o qual tanto refletiu, não tendo portanto, medo de critíca-lo, (mas sem soar hipócrita, o que é raro).

 Entretanto, roteiro escrito a quatro mãos por Guy Busick e James Vanderbilt é habilidoso em construir a jornada de seus principais personagens com calma, nos permitindo ter algum tempo para conhece-los antes de manda-los de encontro a faca de Ghostface. Isso deve-se especialmente a um bom elenco, com destaque para a protagonista Melissa Barrera, que constrói Sam uma protagonista que mesmo sendo desenhada como uma herdeira de Sidney Prescott, é diferente em muitos aspectos ao ponto de não parecer uma derivação, Jenna Ortega, que em sua pequena participação como Tara consegue transmitir iguais níveis de fragilidade e determinação, e Jack Quaid, que cria com Richie um personagem bastante divertido. O elenco original, por sua vez, claramente assume a condição de apoio aqui (é um filme de passagem de bastão, lembrem-se), mas cada um tem o seu momento para brilhar, com seus dramas trabalhados de forma mais sutil e ligeira do que os da nova geração, mas não menos eficientes.

 A direção de Olpin e Gillett, por sua vez, dá ao filme um dinamismo impressionante, de modo que não sentimos as quase duas horas de duração passarem, ao mesmo tempo em que a dupla não tem medo de investir em planos e movimentos de câmera mais dramáticos e quase operisticos, vide um longo plano holandês que se vai se afastando de Sam no momento em que ela percebe estar em perigo mortal, ou o leve movimento Vertigo que parece fazer a casa de Stu Macher (palco do climax do 1º filme) se agigantar diante de Sidney quando ela está prestes a entrar. As cenas de violência propriamente dita também são sensivelmente diferentes aquela que estávamos acostumados, já que como visto em READY OR NOT a dupla de diretores não teme mostrar a violência como algo mais caótico e "sujão", enquanto Craven, mesmo quando fazia o sangue jorrar e expunha as tripas de seus personagens, compunha planos mais elegantes e organizados digamos assim nas cenas de morte. Não é pior, nem melhor, mas claramente diferente.

 O PÂNICO de Olpin e Gillett é uma carta de amor a franquia em um retorno cheio de vigor, e que conseque torcer os clichês da série de forma interessante; reverenciando o passado da série, ao mesmo tempo em que estabelece um novo e carismático elenco de personagens em uma boa passagem de bastão. Ainda que não seja a minha sequência favorita do insuperável filme original de 1996, mas é uma produção que honra o legado de Wes Craven e traz o vilanesco Ghostface de volta em excelente forma. Sai com um sorriso no rosto.

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 Visto CHI O  SUU BARA

 

Evil of Dracula (1974) - IMDb

 

Na trama, Shiraki (Toshio Kurosawa) é um professor que chega a uma pequena cidade do interior para assumir uma vaga em um colégio interno para garotas. Mas logo, o professor começa a perceber uma série de fatores estranhos, como a anemia inexplicável de uma aluna, e visões sobrenaturais, que o levam a acreditar que o estranho diretor da escola (Shin Kishida) possa ser um vampiro.

 CHI O SUU BARA (que no ocidente ganhou títulos relacionados a Drácula, o que não faz sentido pois ninguém fala em Drácula no filme) é um terror vampiresco japonês setentista dirigido por Michio Yamamoto, que com este filme fecha a sua "trilogia vampírica" (da qual só assisti esse). Fortemente influenciado pelo terror gótico produzido pela Hammer na década anterior, o filme de Yamamoto segue de perto a cartilha das tramas clássicas de vampiro, incluindo o próprio DRÁCULA. Ou seja, temos belas garotas sendo visitadas e hipnotizadas por um vampiro, enquanto um cara que não sabe da existência dos vampiros, com a ajuda de um cara mais velho e mais escolado no combate aos monstros, tenta salva-las. O roteiro escrito a quatro mãos por Ei Ogawa e Masaru Tekesue é bastante formuláico nesse sentido, não fazendo nada de errado, mas também seguindo as fórmulas do gênero de forma quase burocrática. Felizmente, a direção de Yamamoto consegue tirar muito de pouco, ao conceder ao filme uma atmosfera bastante elegante e quase etérea, apoiado por um bom trabalho de maquiagem nas cenas de maior gore, enquanto explora o erotismo natural nesse tipo de história de forma perturbadora, mas não apelativa. No fim das contas, CHI O SUU BARA é o filme de vampiro clássico padrão, mas muito bem executado.

 

Visto LADRÕES DE TÚMULOS

 

Ladrões de Túmulos - 1989 | Filmow

 

  Na trama, um grupo de ladrões de túmulos em busca de joias, acaba encontrando uma cripta escondida sob um velho cemitério, onde acidentalmente  libertam um mestre satanista, que séculos antes foi morto pela inquisição, jurando voltar um dia para se vingar e trazer o anticristo á terra. Enquanto o satanista começa uma onda de assassinatos brutais em busca de uma virgem, os jovens ladrões de túmulos devem se unir ao capitão da polícia local para deter o assassino sobrenatural.

 LADRÕES DE TÚMULOS é um slasher sobrenatural mexicano, lançado no fim dos anos 80, quando a primeira onda do subgênero já começava a entrar em decadência. Nesse sentido, o filme escrito e dirigido por Ruben Galindo JR é bem representativo, por se concentrar mais nas sequências de morte do que em qualquer tentativa de construção de atmosfera ou carisma de personagem, excetuando talvez a jovem medium vivida por Erika Buenfil. Claro, sendo o Slasher um subgênero tipicamente americano, é sempre curioso observar como outros paises se apropriam dele, o que rola aqui através da afiliação que o filme faz com o cinema exploitation gótico que foi bem forte no México por um tempo. Mas o filme é muito mal dirigido, tem uns erros de montagem bizarros, e um roteiro zoado pra caramba, que parece dispor os seus personagens de uma forma completamente aleatória. Enfim, um filme bem ilustrativo pra representar a "decadência Slasher" do fim dos anos 1980, começo dos 90.

 

Visto SHOCK: DIVERSÃO DIABÓLICA

 

Shock: Diversão Diabólica (1984) - IMDb

 

  Na trama, após um show de rock realizado em uma isolada casa de campo, os jovens que ali permaneceram começam a ser perseguidos e brutalmente assassinados por um psicopara misterioso. Sem terem como sair dali, os sobreviventes tentam se manter vivos até o amanhecer, ao mesmo tempo em que começam a desconfiar que o assassino pode estar entre eles.

 Dirigido por Jair Correa, a partir de um roteiro escrito pelo próprio em parceria com Gertrude Elsenlohr, SHOCK: DIVERSÃO DIABÓLICA é um curioso e eficiente slasher brasileiro lançado em 1984, que chama a atenção pela forma como subverte muito dos clichês do gênero em pleno auge da febre Slasher. Por exemplo, a jovem Sara (Mayara Magri) mocinha virginal e que dispensa o uso de drogas aqui acaba sendo a primeira a ser despachada pelo assassino, em uma subversão interessante do gênero. Embora brinque com a questao do Whodunit, criando mistério com a figura do assassino reconhecido apenas pelo par de botas pretas que usa, o filme de Correa está muito mais interessante no jogo de suspense do que de fato na identidade do assassino. O longa também possui um Gore bastante comedido, estando bem mais pra HALLOWEEN do que pra SEXTA FEIRA 13 nesse sentido, com mais cuidado na construção de atmosfera do que propriamente em sangue jorrando. Vale ainda destacar a ótima trilha sonora original composta para o filme, que infelizmente não consegui encontrar em lugar nenhum. Ainda que o próprio diretor em entrevistas recusasse o "fator slasher" para o seu filme, isso é exatamente o que SHOCK: DIVERSÃO DIABÓLICA é, e não é nada mal, pois mesmo longe de ser um filme perfeito, consegue ter identidade, e ser eficiente em sua simplicidade.

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Comprei o box dessa série que vem com os 5 filmes da série Fantasma. Assisti eles no fds:

Fantasma (Phantasm, Dir.: Don Coscarelli, 1979) 3/4

Fantasma II (Phantasm II, Dir.: Don Coscarelli, 1988) 2/4

Fantasma III - O Senhor da Morte (Phantasm III - Lord of Dead, Dir.: Don Coscarelli, 1994) 2/4

Fantasma IV - O Pesadelo Continua (Phantasm IV - Oblivion, Dir.: Don Coscarelli, 1998) 1/4

Fantasma Devastador (Phantasm - Ravager, Dir.:David Hartman, 2016) 1/4

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-O primeiro filme é realmente notável. É um daqueles filmes bizarros de terror que só a década de 1970 poderia entregar. Trama maluca, com uma ambientação ótima. Vilão carismático (chamado simplesmente de Tall man - Homem Alto). É um filme único e difícil de copiar (tanto que não gerou clones). Notável. Único da série que merece nota.

-O segundo filme foi feito por um grande estúdio (Universal), daí vem um orçamento bem maior pros efeitos especiais. Tenho que elogiar esse filme pelo fato do estúdio ter chamado o criador da série, aí o filme, goste ou não, tem uma cara própria e não virou um slasher, que era moda da época (com outro diretor e roteiristas, creio que teriam ido pra esse lado). Mas o caminho que o diretor tomou aqui, também não foi algo que me agradou muito, já que virou um filme de ação com toques de terror. O personagem Reggie foi muito upado, mas ele não tem nada de especial (deveriam ter deixado os 2 irmãos - Josy e Michael - no foco). Colocando o Reggie na linha de frente, o filme virou outra coisa. O cara virou um Rambo que sai matando zumbis/anões por onde passa. O filme, basicamente, é isso. Mas ok, não chega a ser ruim, só um pouco frustante, ver que a série descambou pra outra coisa.

-O terceiro filme, já foi feito sem estúdio grande, assim o orçamento diminuiu bastante, mas não é algo que dá pra notar muito. Agora chamaram o ator que fez o Michael no filme original, e assim já dá pra ver uma mudança enorme no tom do personagem para o segundo filme (onde foi feito por outro ator). O personagem foi jogado mais pra escanteio (deixou de ser o parceiro do Reggie, pra ser alguém que o Reggie tem que salvar). Ele tá com o tom mais frágil deixou de ser badass que nem o Reggie, e o Tall Man estaria atrás dele porque ele seria importante pro plano dele (mas isso nunca é muito bem explicado em nenhum filme - fica tudo no ar). O irmão Jody, do filme original, reaparece aqui, mas sem muitas explicações, ele só deixa a trama mais confusa. Filme continua com cenas de ação/lutas demais, aí continua mais um filme de ação do que terror. Mas tá no mesmo nível do segundo filme.

-O quarto filme já tentaram fazer algo como o primeiro da série, e não um filme de ação desenfreado como as duas continuações anteriores, mas o problema é que ficou chato pra dedéu. Orçamento bem menor, já dá as caras por aqui. Na história, Michael fica preso num deserto, e Reggie continua andando por aí matando zumbis (mas diminuíram essas cenas dele pra não virar filme de ação). A trama se resume o Reggie procurando o Michael, e o Michael no deserto sofrendo um bando de flashbacks (o diretor guardou uma material enorme do primeiro filme que não foi usado e acabou colocando aqui pra esticar tempo do filme). Enfim, que bom que tentaram não fazer outro filme de ação desenfreado, mas uma pena da trama ter ficado chata demais (sem falar que nunca explicam muito bem o que está acontecendo exatamente, então ficou mais confusa).

-O quinto filme, já foi feito bem depois do quarto filme (1998-2016), já por outro diretor (mas diretor original ajudou no roteiro e produziu), com uma produção paupérrima. Aqui, o Reggie virou o protagonista definitivo, até o Tall Man estaria indo atrás dele (ele esqueceu que tava atrás é do Michael nos filmes anteriores?). Trama bem confusa, com o Reggie pulando de sonho/universo/realidade a todo momento. Cada filme da série, além de não explicar algo que já colocaram antes, incluem mais coisas confusas na trama que também não são tão explicadas, e estamos já no quinto filme, então imagina o quanto de coisa mal explicada tem por aqui. Nesse filme, já notei que desistiram de falar qualquer coisa sobre a trama do filme/série. Só vão jogando coisas e mais coisas na cara do público. Tem uma espécie de 'multiverso' aqui, então o Reggie vai pulando de um pra outro, alguns com umas situações interessantes (que não são tão bem trabalhadas porque o cara já muda logo pra outro), outras nem tanto (só estão ali pra confundir mesmo), isso tudo pro final, o filme virar um Mad Max, com efeitos de baixo orçamento. Filme tem cara de final de saga, mas mais uma vez, não explicam muita coisa, deixam coisas abertas (assim já temos motivos pra fazer um sexto filme daqui um tempo...). 

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On 1/24/2022 at 12:22 PM, Jailcante said:

Comprei o box dessa série que vem com os 5 filmes da série Fantasma. Assisti eles no fds:

Fantasma (Phantasm, Dir.: Don Coscarelli, 1979) 3/4

Fantasma II (Phantasm II, Dir.: Don Coscarelli, 1988) 2/4

Fantasma III - O Senhor da Morte (Phantasm III - Lord of Dead, Dir.: Don Coscarelli, 1994) 2/4

Fantasma IV - O Pesadelo Continua (Phantasm IV - Oblivion, Dir.: Don Coscarelli, 1998) 1/4

Fantasma Devastador (Phantasm - Ravager, Dir.:David Hartman, 2016) 1/4

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-O primeiro filme é realmente notável. É um daqueles filmes bizarros de terror que só a década de 1970 poderia entregar. Trama maluca, com uma ambientação ótima. Vilão carismático (chamado simplesmente de Tall man - Homem Alto). É um filme único e difícil de copiar (tanto que não gerou clones). Notável. Único da série que merece nota.

-O segundo filme foi feito por um grande estúdio (Universal), daí vem um orçamento bem maior pros efeitos especiais. Tenho que elogiar esse filme pelo fato do estúdio ter chamado o criador da série, aí o filme, goste ou não, tem uma cara própria e não virou um slasher, que era moda da época (com outro diretor e roteiristas, creio que teriam ido pra esse lado). Mas o caminho que o diretor tomou aqui, também não foi algo que me agradou muito, já que virou um filme de ação com toques de terror. O personagem Reggie foi muito upado, mas ele não tem nada de especial (deveriam ter deixado os 2 irmãos - Josy e Michael - no foco). Colocando o Reggie na linha de frente, o filme virou outra coisa. O cara virou um Rambo que sai matando zumbis/anões por onde passa. O filme, basicamente, é isso. Mas ok, não chega a ser ruim, só um pouco frustante, ver que a série descambou pra outra coisa.

-O terceiro filme, já foi feito sem estúdio grande, assim o orçamento diminuiu bastante, mas não é algo que dá pra notar muito. Agora chamaram o ator que fez o Michael no filme original, e assim já dá pra ver uma mudança enorme no tom do personagem para o segundo filme (onde foi feito por outro ator). O personagem foi jogado mais pra escanteio (deixou de ser o parceiro do Reggie, pra ser alguém que o Reggie tem que salvar). Ele tá com o tom mais frágil deixou de ser badass que nem o Reggie, e o Tall Man estaria atrás dele porque ele seria importante pro plano dele (mas isso nunca é muito bem explicado em nenhum filme - fica tudo no ar). O irmão Jody, do filme original, reaparece aqui, mas sem muitas explicações, ele só deixa a trama mais confusa. Filme continua com cenas de ação/lutas demais, aí continua mais um filme de ação do que terror. Mas tá no mesmo nível do segundo filme.

-O quarto filme já tentaram fazer algo como o primeiro da série, e não um filme de ação desenfreado como as duas continuações anteriores, mas o problema é que ficou chato pra dedéu. Orçamento bem menor, já dá as caras por aqui. Na história, Michael fica preso num deserto, e Reggie continua andando por aí matando zumbis (mas diminuíram essas cenas dele pra não virar filme de ação). A trama se resume o Reggie procurando o Michael, e o Michael no deserto sofrendo um bando de flashbacks (o diretor guardou uma material enorme do primeiro filme que não foi usado e acabou colocando aqui pra esticar tempo do filme). Enfim, que bom que tentaram não fazer outro filme de ação desenfreado, mas uma pena da trama ter ficado chata demais (sem falar que nunca explicam muito bem o que está acontecendo exatamente, então ficou mais confusa).

-O quinto filme, já foi feito bem depois do quarto filme (1998-2016), já por outro diretor (mas diretor original ajudou no roteiro e produziu), com uma produção paupérrima. Aqui, o Reggie virou o protagonista definitivo, até o Tall Man estaria indo atrás dele (ele esqueceu que tava atrás é do Michael nos filmes anteriores?). Trama bem confusa, com o Reggie pulando de sonho/universo/realidade a todo momento. Cada filme da série, além de não explicar algo que já colocaram antes, incluem mais coisas confusas na trama que também não são tão explicadas, e estamos já no quinto filme, então imagina o quanto de coisa mal explicada tem por aqui. Nesse filme, já notei que desistiram de falar qualquer coisa sobre a trama do filme/série. Só vão jogando coisas e mais coisas na cara do público. Tem uma espécie de 'multiverso' aqui, então o Reggie vai pulando de um pra outro, alguns com umas situações interessantes (que não são tão bem trabalhadas porque o cara já muda logo pra outro), outras nem tanto (só estão ali pra confundir mesmo), isso tudo pro final, o filme virar um Mad Max, com efeitos de baixo orçamento. Filme tem cara de final de saga, mas mais uma vez, não explicam muita coisa, deixam coisas abertas (assim já temos motivos pra fazer um sexto filme daqui um tempo...). 

 

 Vi só os dois primeiros dessa franquia, e não curti muito não. O vilão até é legalzinho, e gosto dos efeitos práticos trasheiras (especialmente do primeiro filme), mas de resto achei viajado demais a ponto de me perder.

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 Visto THE VAMPIRE DOLL

 

The Vampire Doll - Wikipedia

 

  Na trama, Kazuhiko (Atsuo Nakamura) viaja para o interior para visitar a noiva Yuko (Yukiko Kobayashi) apenas para ser informado pela mãe da garota (Yoko Minakaze) que ela morreu em um acidente de carro. Algumas semanas depois, a irmã de Kazuhiko, Keiko (Kayo Matsuo) chega a cidade ao lado do namorado em busca do irmão, que nunca voltou, e percebe que a morte de Yuko e o desaparecimento do irmão estão envoltos em mais mistérios do que aparentam.

  Dirigido por Michio Yamamoto, a partir de um roteiro escrito a quatro mãos por Hiroshi Nagano e Ei Ogawa (colaborador habitual do diretor), THE VAMPIRE DOLL é o primeiro exemplar da trilogia temática de vampiros japoneses comandada por Yamamoto nos anos 1970, que ainda contaria com O LAGO DE DRÁCULA (que não assisti) e CHI O SUU BARA. Enquanto o ultimo filme dessa trilogia se comunicava mais diretamente com as clássicas histórias góticas de vampiro, esta produção de 1970 parece dever maiis a obra de Edgar Allan Poe, ao girar em torno de temas como luto e traição, sendo especialmente influenciado pelo clássico O ESTRANHO CASO DO SR. VALDEMAR.

  O roteiro é bastante direto, sem soar muito apressado, utilizando-se de forma inteligente do recurso do falso protagonisma, ao primeiro nos convencer que acompanharemos Kazuhiko ao longo do filme e sua jornada de luto, apenas para descartá-lo e trazer Keyko e o namorado como protagonista de fato, que surgem como dois personagens mais divertidos e solarespara a narrativa, trazendo bons momentos de alívio cômico sem sabotar a tensão. Claro, isso também se deve ao ótimo trabalho de direção de Michio Yamamoto, que sabe manipular muito bem os clichês do gênero para criar uma atmosfera sombria e soturna para o seu filme. THE VAMPIRE DOLL não é nenhuma pérola escondida do cinema de terror japonês, mas vale a diversão.

 

Visto CÉU VERMELHO SANGUE

 

Céu Vermelho-Sangue - Filme 2021 - AdoroCinema

 

  Na trama, Nadja (Peri Baumeister) é uma mullher com uma doença misteriosa, que viaja com o filho pequeno Elias (Carl Anton Koch) para os Estados Unidos em busca de uma cura para a sua condição. Mas quando um grupo de terroristas sequestra o avião, Nadja é obrigada a revelar a sua verdadeira natureza como uma vampira, o que se revela um risco mortal não apenas para os criminosos, mas para todos a bordo.

 Esta co-produção alemanha/Estados Unidos dirigida por Peter Thorwarth e escrita pelo próprio em parceria com  Stefan Holtz é um olhar interessante para o subgênero vampiresco, abrindo mão de qualquer romantismo em torno desse tipo de criatura ao inseri-la em um thriller de suspense e ação claustrofóbico nos moldes da franquia noventista "Turbulência". O filme de Thorwarth constrói o seu drama motor através da relação mae/filho, parecendo usar o vampirismo dentro dessa dinâmica como uma metáfora para uma doença terminal, já que Nadja tem cada vez mais dificuldade em controlar os seus impulsos sanguinolentos, transformando-se assim em um risco para o filho. Não parece coincidência, portanto que a forma vampirica da protagonista, ainda que remeta ao clássico NOSFERATU, também traga semelhança com pacientes terminais, vide a calvicie e a magreza.

  Embora seja relativamente longo com suas duas horas de duração, CÉU VERMELHO SANGUE consegue manter o ritmo, nos deixando investidos durante a rodagem, a medida em que as apostas da narrativa vão ficando mais altas através de uma série de boas reviravoltas. O filme também se sai muito bem nos aspectos técnicos, com destaque para o trabalho de maquiagem prática e de fotografia. Confesso que fui não esperando muita coisa, e fui agradavelmente surpreendido por este TURBULÊNCIA com vampiros.

 

Visto DARK WATER

 

Dark Water - Água Negra - Filme 2002 - AdoroCinema

 

  Na trama, Yoshimi Matsubara (Hitomi Kuroki) está disputando a guarda da filha de seis anos Ikuko (Rio Kanno) com o marido. Sem emprego fixo, Yoshimi muda-se com a filha para um decadente edifício, onde se estabelece com a criança. Tudo parece estar indo bem, até que misteriosos vazamentos no teto começam a perturbar a família, enquanto uma série de inexplicáveis fenômenos começam a ocorrer no edifício.

  DARK WATER reune mais uma vez o diretor Hideo Nakata e o escritor Koji Suzuki após o sucesso de RINGU, com Suzuki mais uma vez adaptando o seu próprio trabalho para o cinema. Existem semelhanças entre esse filme e a famosa franquia do VHS assassino, vide a trama girar em torno de uma mãe tentando proteger o seu rebento, e a própria presença de uma criança fantasmagórica como principal antagonista, e meso a forma como Nakata constrói a atmosfera é semelhante nas duas obras. Mas diferente de RINGU, que se concentrava bastante em eu mistério central e na mecânica de sua maldição, DARK WATER está muito mais interessado nos traumas de sua protagonista do que em tentar fornecer grandes explicações ou motivações para o que quer que esteja ocorrendo naquele edifício.

  Em muitos sentidos, DARK WATER é um filme tanto sobre o medo do abandono, quanto do medo de provocar a sensação de abandono. E para fazer esse ponto, Nakata utiliza-se de variadas simbologias, desde a própria água, que representa o trauma da protagonista de ter sido esquecida pela mãe na escola quando criança durante um dia de chuva, até a mochila vermelha da suposta menina fantasma, que insiste em ficar aparecendo pelo edifício ao longo da projeção. No fim das contas, DARK WATER é uma entrada bastante intimista no subgênero do espirito oriental, mostrando que Nakata podia proporcionar experiências bem diferentes usando os mesmos brinquedos.

  

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Escape Room 2 - Tensão Máxima (Escape Room Tournament of Champions, Dir.: Adam Ribotel, 2021) 2/4

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Não achei ruim (é assistível), mas também não é algo muito relevante. É daquelas continuações que repetem o original sem acrescentar muita coisa. Então, se gostou do original e não esperar muuuuita coisa desse aqui, pode assistir tranquilo. Problema é que as armadilhas do original eram mais... originais. Aqui, nitidamente, já faltou ideias pra algo mais interessante (se no 2º filme a coisa está assim, imagina se sair um 3º, 4º, 5º... filmes). Tirando a armadilha do banco, as demais são meio brochas (sem falar que não são tão verossímeis). Mas no geral, ok. Não achei terrível. 

 

Spoilers:

Claro que o que se esperava aqui, pelo final do primeiro filme, seria um encontro com a organização das armadilhas, mas não tenho certeza se aquele pai e filha são. Ficou no ar que eram quem organizavam as armadilhas, mas não sei se são os chefões ali (mas mesmo se não forem, com certeza, os magnatas que pagavam a organização vão passar a pagar a guria ali no terceiro filme e ela vai poder se esbanjar matando o povo nas armadilhas). Enfim, não deu impressão que a história avançou. Só colocaram 2 sub-chefes ali, e vão continuar enrolando até o momento que resolvam acabar com a série e fazer um 'capítulo final'.

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  • 3 weeks later...
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 Visto UMA LÂMINA NO ESCURO

 

Uma Lâmina na Escuridão - 6 de Agosto de 1983 | Filmow

 

Na trama, Bruno (Andrea Occhipinti) é um compositor que se isola em uma pequena casa de campo para buscar inspiração para compor a trilha de um filme de terror. Mas logo, Bruno começa a desconfiar que não está sozinho na casa, enquanto um misterioso e sanguinário assassino armado com um estilhete começa a matar qualquer garota que se aproxima da casa.

Dirigidio por Lamberto Bava (da franquia "Demons", e que aqui também assume a montagem) a partir de um roteiro escrito a quatro mãos por Eliza Briganti (ZOMBIE, A CASA DO CEMITÉRIO) e Dardano Sacchetti (O GATO DE NOVE CAUDAS, BANHO DE SANGUE), UMA LÂMINA NO ESCURO é um típico Giallo italiano oitentista, lembando até aqueles comandados por Dario Argento em anos anteriores, onde um homem que trabalha no ramo artistico deve sozinho desvendar uma série de assassinatos brutais.  Nesse sentido, o filme não traz grandes surpresas, enquanto vemos belas mulheres sendo perseguidas pelo assassino praticament em baixo do nariz de nosso protagonista, levando a uma revelação final um tanto quanto previsisvel e batida.

 Ainda assim, a condução do Bava filho é digno de nota, sabendo valorizar as sequências de maior suspense, e utilizando-se do gore de uma forma impactante, mas não excessivamente apelativo. Dstaca-se também a trilha sonora composta pelos irmãos Angelis (de TORSO e A PROVA DE MORTE), que torna-se diegética, já que muitos dos eventos do filme se desenrolam ao som da trilha que o próprio protagonista está compondo, com destaque para a primeira sequência de assassinato.

 No geral, UMA LÂMINA NO ESCURO é um Giallo padrão e bem na média. Cumpre o que se propõe, mas é rapidamente esquecido em seguida. Como curiosidade, o filme conta em seu elenco com a presença de Michele Soavi, diretor que chamaria a atenção com filmes como O PASSARO SANGRENTO e A CATEDRAL.

 

Visto  O JUIZO

 

O Juízo – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

  Na trama, Augusto Menezes (Felipe Camargo), muda-se com a esposa Tereza (Carol Castro) e com o filho adolescente Marinho (Joaquim Waddington) para uma isolada fazenda para tentar recomeçar a vida, esperando encontrar diamantes na região. Mas o local é assombrado pelo espirito de Couraça (Criolo), um escravo que foi enganado pela família de Augusto.

  Dirigido por Andrucha Waddington, a partir de um roteiro de Fernanda Torres, O JUIZO é um thriller sobrenatural brazuca, que tenta trabalhar com o terror de isolamento, claramente baseando-se na estutura de filmes como HORROR EM AMYTIVILLE e O ILUMINADO ao botar o patriarca sucumbindo a influências sobrenaturais malignas, enquanto o olho percebe tais influências sem ser afetado, e a matriarca acaba assumindo a posição racional da dinâmica. É uma estrutura bastante formulaíca, mas que o roteiro de Torres e a direção de Waddington consegue fazer funcionar sem grandes percalços.

  Waddington é um diretor que base trabalhar com a estética gótica que ele emprega aqui, vide o seu trabalho de estréia, o thriller GÊMEAS, que tinha um forte flerte do terror, ao mesmo tempo em que também sabe trabalhar uma decupagem que reforça a sensação de isolamento de seus personagens, como ele já havia provado no drama CASA DE AREIA. Entretanto, o roteiro escrito por Fernanda Torres (importante atriz do cinema e da TV, e esposa do diretor) falha em nos fazer criar um mínimo de empatia pela família protagonista, não conseguindo levar os personagens além de seus arquétipos básicos. O conflito do protagonista de Felipe Camargo, por exemplo, nunca parece emocionalmente convincente, já que nunca entendemos como aquele lugar o está afetando de fato. Não há também como não apontar o total desperdício de atores de peso como Fernanda Montenegro, Lima Duarte e Fernando Eiras, que surgem em papéis completamente dispensáveis e mecânicos que pouco ou nada acrescentam a narrativa. O JUIZO é uma investida válida do nosso cinema no terror, algo que sempre aplaudo, mas que acaba sendo pouco memorável.

 

Visto A CURA

 

Cure (filme de 1997) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

  Na trama, Kenishi Tabake (Koji Yakusho) é um detetive que investiga uma série de assassinatos cometidos em Toquio, por diferentes pessoas, ligados por todas as vítimas terem tido um x esculpido na testa das vítimas, ainda que os assassinos não saibam explicar por que fizeram aquilo. Quando a polícia captura um suspeito (Masato Hagiwara) em uma das cenas do crime, que alega não se lembrar quem é ou de onde veio, Takabe passa a acreditar que esse estranho de alguma forma esteja induzindo os outros a matar.

 A CURA é uma produção japonesa noventista Escrita e dirigida por Kiyoshi Kurosawa, mestre do terror que tem no currículo filmes como SWEET HOME e PULSE. Aqui, Kurosawa entrega um thriller policial sobre um serial killer controlador de mentes, que embora tenha um momento ou outro de Gore, está muito mais interessado em realizar um estudo de personagem do que propriamente nos aspectos de terror e suspense de sua narrativa. De fato, é um filme muito mais de desconforto do que de suspense em si.

 A ainda é interessante, especialmente pelo controlador de mentes só poder hipnotizar as suas vítimas baseadas em emoções de raiva e frustração que elas já possuem. O problema é que falta foco dramático ao filme de Kurosawa, e ainda que a investigação do detetive sirva de costura para o filme, as outras vítimas do vilão surgem por muito pouco tempo para que o estudo de personagem que o roteiro proponha seja efetivo, e este é um filme mais preocupado com o psicológico do que com o festival de mortes, o que é louvável, mas demanda cuidado. Do jeito que ocorre, o fime acaba pecando muito no ritmo, tornando-se quase sonolento, e fazendo sentir as suas quase duas horas de duração. A CURA é um filme que mira alto, mas o seu estudo de personagem em meio a uma investigação policial com assassinatos hipnóticos acabou não batendo pra mim.

Vale destacar que o diretor voltaria a revisitar o tema de um psicopata hipnotizador no muito mais eficiente CREEPY de 2016, que curti bem mais.

  

 

 

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 Visto O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA: O RETORNO DE LEATHERFACE

 

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  Na trama, um grupo de jovens compra uma pequena cidade fantasma com o intuito de transforma-la em uma ecovila. Ao chegarem lá, descobrem que uma idosa que administrava um antigo orfanato ainda vive lá, e ao tentar despeja-la, acabam provocando o infarto da senhora. Isso causa a furia do ultimo residente do orfanato, na verdade o maníaco homicida Leatherface, que viveu escondido no local por quase cinquenta anos, e agora inicia uma vingança sangrenta.

  "O Massacre Da Serra Elétrica" (como todos sabem, na verdade uma motoserra) forma ao lado de "Halloween", "Sexta Feira 13" e "A Hora Do Pesadelo" o quarteto sagrado de franquias da era de ouro do slasher no cinema. O filme original, dirigido por Tobe Hooper em 1974 é um clássico do gênero, tendo influênciado de uma forma ou de outra não só seus colegas medalhõe slasher, por ter sido a primeira, mas o terror como um todo. Mas enquanto as cinesséries estreladas por Michael Myers (HALLOWEEN), Jason Voorhees (SEXTA FEIRA 13) e Freddy Krueger (A HORA DO PESADELO) conseguiram aos trancos e barrancos construir uma mitologia mínima em torno de seus universos e vilões icônicos, a saga de Leatherface nunca conseguiu realmente se desprender do filme original, com cada continuação ignorando a anterior. Talvez o mais próximo que a franquia tenha chegdo disso tenha sido justamente com o descarte do original, através do remake homônimo de 2003 e sua prequel de 2006, mas mesmo assim com resultados bem mistos.

  Pois bem, este nono exemplar da franquia, anunciado em 2019 com produção de Fede Alvarez (do reboot de EVIL DEAD, e que aqui é um dos responsáveis pelo roteiro) surge com a proposta atual de um Soft Reboot, levando em conta apenas o filme original (nada novo para a franquia, já que O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 3D de 2013 já havia feito isso), com a diferenç que dessa vez a série parecia buscar inspiração direta no que a Blumhouse havia realizado com HALLOWEEN de 2018, ao promover uma passagem de bastão que mostrasse o vilão enfrentando a sua vítima original. Assim, se Halloween promoveu o retorno de Laurie Strode, O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA: O RETORNO DE LEATHERFACE (que seguindo a moda, mantém o título do primeiro filme no idioma original) traria o retorno da sobrevivente do primeiro filme, Sally Hardesty (Olwen Fouere, substituindo Marlyn Burns, falecida em 2014).

Isso não apenas soa como uma decisão claramente pouco criativa (eles nem tentam disfarçar, já que a caracterização de Fouere é totalmente chupinhada da de Jamie Lee Curtis nos recentes filmes da série "Halloween"), como verdade seja dita, "O Massacre Da Serra Elétrica" não tem o escopo pra realizar uma sequência legado, justamente por que a série nunca conseguiu construir uma mitologia em que se basear para isso, fazendo com que qualquer tentativa de criar este impacto emocional soe artificial, e até risível, como percebemos no constrangedor momento de confronto entre Sally e Leatherface., ou no trecho em que parece haver uma passagem de bastão entre a heroina original e uma das novas protagonistas.

 Ainda que o roteiro escrito a seis mãos por Alvarez, seu parceiro habitual Rodo Sayagues e pelo estreante em longas Chris Thomas Devlin mantenha mais ou menos a temática da família que sempre circundou a série, seja pela motivação do Leatherface quanto pela relação das irmãs protagonistas, é engraçado como um filme que tenta se colocar como "sequência legado" ignora completamente a família do Leatherface vista no filme original. Até por que verdade seja dita, embora o assassino da serra elétrica (cof cof motoserra) seja o personagem símbolo da franquia, na maior parte das vezes ele é um pau-mandado de seus famíliares mais sádicos e perigosos, e funciona muito melhor assim, por que é o que o diferencia de um Jason ou de um Michael. É só perceber que se a gente trocasse o Leatherface desse filme por um outro assassino qualquer e tirasse a Sally (que também não faria diferença nenhuma) seria o mesmo filme.

 Mas tudo bem, O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA: O RETORNO DE LEATHERFACE poderia falhar como sequência legado (até por como eu disse, não haver muita mitologia para se estabelecer um legado) mas funcionar como um slasher descompromissado, mas nem isso. Pra que um filme desses tenha o mínimo de sucesso, o público precisa se importar um pouco com os personagens para temer por seus destinos, mas a maioria aqui é bem escroto, bastando ver que eles basicamente expulsam a dona do orfanato da casa dela,sendo que ela tinha a escritura. Ou seja, a gente quase dá razão pro Leatherface. kkkk. Os unicos personagens minimamente desenvolvidos aqui são as irmãs Melody (Sarah Yarkin de A MORTE TE DÁ PARABÉNS 2) e Lila (Elsie Fisher de CASTLE ROCK), que ganham um arco bem sem vergonha, apesar das atrizes serem relativamente carismáticas, e da irmã mais nova ter um background interessante tendo sobrevivido a um tiroteio em uma escola, mas que acaba não servindo pra muita coisa.

  O diretor David Blue Garcia até consegue criar umas composições de quadros interessantes, fazendo com que Leatherface sempre surja ameaçador em cena, utilizando a sua experiência como diretor de fotografia para usar a luz para aumentar o impacto das cenas, vide a passagem onde o vilão veste a sua máscara pela primeira vez ao por do sol, ou a cena onde invade um ônibus banhado por luz neon. O gore e o trabalho de maquiagem também merecem elogios, sendo provavelmente a melhor coisa deste filme. Por outro lado, acho a direção de arte do filme bastante pobre, já que eles exploram muito pouco todo o ambiente da cidade fantasma. Tem alguma coisa na montagem que também me incomoda. É um filme bem ligeiro, tendo uns setenta e pouco minutos, mas fica-se com a impressão de que essa agilidade não é por que o filme foi pensado assim, e sim por que foram cortando coisas meio de qualquer jeito.

  O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA: O RETORNO DE LEATHERFACE acaba sendo apenas mais um filme ruim da série. É um slasher fraco, que deve ser esquecido logo após ser assistido. Está longe de ser a pior coisa a ser feita com a série, isso com certeza. Mas por outro lado, talvez seja uma das obras mais genéricas a contar com a participação do assassino da motoserra, e isso em uma franquia que nunca prezou exatamente pela originalidade, quer dizer alguma coisa.

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Naquele Final de Semana (The Weekend Away, Dir.: Kim Farrant, 2022) 1/4

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Duas amigas vão passar um final de semana na Grécia, uma delas some depois de uma noite de bebedeira. A amiga que sobra tenta descobrir o que aconteceu.

Não tem muito a dizer. É daqueles "suspense de Supercine" que pelo jeito, depois que o Supercine morreu, a Netflix resolveu adotar esses filmes. Sem muita graça, onde você não se importa muito pros personagens. Mas começa bem, problema é depois quando começa a investigação, as revelações e etc... nhé. 

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8 hours ago, Jailcante said:

Naquele Final de Semana (The Weekend Away, Dir.: Kim Farrant, 2022) 1/4

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Duas amigas vão passar um final de semana na Grécia, uma delas some depois de uma noite de bebedeira. A amiga que sobra tenta descobrir o que aconteceu.

Não tem muito a dizer. É daqueles "suspense de Supercine" que pelo jeito, depois que o Supercine morreu, a Netflix resolveu adotar esses filmes. Sem muita graça, onde você não se importa muito pros personagens. Mas começa bem, problema é depois quando começa a investigação, as revelações e etc... nhé. 

 

 A premissa básica me lembrou SE BEBER, NÃO CASE. KKKKKK

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