19 Dias de Horror

[Questão]

 

 Eficiente thriller paranormal setentista, que mistura elementos de filmes Noir com terror paranormal estilo PATRICK. Acaba dando umas enroladas desnecessárias, mas vale a conferida.

[Jailcante]

Host (idem, Dir.: Rob Savage, 2020) 3/4

 

Primeiro filme de terror da época da pandemia. Acho que não difere muito do Amizade Desfeita (Unfriended), que tem mesmo tema e estrutura de pessoas se comunicando via internet, mas é mais curto assim já chega mais rápido na ação sem maiores enrolações. Gostei muito no geral.

[Questão]

On 3/4/2021 at 12:41 PM, Jailcante said:

Host (idem, Dir.: Rob Savage, 2020) 3/4

 

Primeiro filme de terror da época da pandemia. Acho que não difere muito do Amizade Desfeita (Unfriended), que tem mesmo tema e estrutura de pessoas se comunicando via internet, mas é mais curto assim já chega mais rápido na ação sem maiores enrolações. Gostei muito no geral.

 

 Achei esse filme bem eficiente, e olha que não sou fã de Found Footage e Desktop movie. Mas o suspense é muito bem dirigido, mesmo que seja previsível até dizer chega.

 

 

 Terror dramático oitentista com forte pegada social ao contar a história de uma jovem atriz que encontra um cão na rua, que acaba por ser um "cão branco", ou seja, um animal treinado para atacar negros. O filme traz uma visão humanista, levantando questões sobre a possibilidade ou não de se curar o racismo, além de trazer momentos de suspense muito bem conduzidos. Vale a conferida

[Questão]

 

 Visto VOZES

 

 

  terror sobrenatural espanhol bem basicão sobre uma família que se muda para um velho casarão no interior da Espanha, onde o filho do casal começa a escutar vozes macabras, enquanto estranhas mortes e eventos sobrenaturais começam a acontecer. Ainda que o fim do 1º ato da obra traga uma reviravolta que honestamente me pegou de surpresa, VOZES no geral é um filme de espírito maligno bem formuláico, lembrando franquias hollywoodianas famosas como "Sobrenatural" e "Invocação do Mal". Funciona como entretenimento ligeiro, especialmente pela duração enxuta, mas não deve se perpetuar muito na memória não.

[Questão]

 

 Visto JOGO NA ESCURIDÃO

 

 

  Eficiente thriller de horror indiano, que acompanha uma jovem design de videogames que sofre de nictofobia (medo mórbido de escuro) devido ao estresse pós traumático que sofreu após ser sequestrada e abusada. O filme de Ashwin Saravanan possui uma atmosfera muito bem conduzido, apresentando-se em sua metade inicial como um bem conduzido suspense psicológico sobre os traumas da protagonista, para então abraçar o Slasher Home Invasion em sua segunda metade. A natureza subitamente fantástica assumida pela narrativa em seu terço final, que evoca uma versão mais sisuda de A MORTE TE DÁ PARABÉNS pode gerar estranhamento, por não ser tão bem construída pelo roteiro, mas se o espectador estiver sujeito a elevar um pouco a suspensão de descrença, ainda terá uma boa experiência. Visto na Netflix.

[Jailcante]

Brahms - O Boneco do Mal II ( Brahms - The Boy II, Dir.: William Brent Bell, 2020) 1/4

 

Claro que não dava pra esperar nada do filme, então é isso que ele entrega: nada. Na verdade, repete o filme original: Pessoa apavorada com o boneco o tempo todo, nisso nada acontece, só um susto aqui e ali e o final emenda tudo com um plot bem ridículo. O detalhe é que esse passa por cima da explicação do filme original, forçando uma resolução que tenta levar a franquia pra outro lado. Enfim. Assisti por curiosidade mórbida mesmo, já devo esquecer o que vi em 3...2...1...

[Questão]

On 3/15/2021 at 11:55 AM, Jailcante said:

Brahms - O Boneco do Mal II ( Brahms - The Boy II, Dir.: William Brent Bell, 2020) 1/4

 

Claro que não dava pra esperar nada do filme, então é isso que ele entrega: nada. Na verdade, repete o filme original: Pessoa apavorada com o boneco o tempo todo, nisso nada acontece, só um susto aqui e ali e o final emenda tudo com um plot bem ridículo. O detalhe é que esse passa por cima da explicação do filme original, forçando uma resolução que tenta levar a franquia pra outro lado. Enfim. Assisti por curiosidade mórbida mesmo, já devo esquecer o que vi em 3...2...1...

 

 Esse ai tive zero interesse em conferir. O ruinzinho primeiro filme foi mais do que o suficiente pra mim.

 

 

 

  Sempre ouvi falar de LINHA MORTAL,  thriller sobrenatural noventista dirigido por Joel Schumacher, responsável por clássicos como GAROTOS PERDIDOS e UM DIA DE FÚRIA (e BATMAN E ROBIN), e até já tinha tido algumas chances de conferir, mas por um motivo ou outro acabava passando. Pois bem, recentemente, finalmente conferi o longa, e confesso que fiquei um tanto decepcionado. O elenco estrelado encabeçado por Kiefer Shuterland (velho colaborador de Schumacher), Kevin Bacon, e uma Julia Roberts pré UMA LINDA MULHER até segura bem os dramas individuais, mas tem zero química de cena, o que já atrapalha grande parte da imersão no filme, pois não acreditamos em qualquer tipo de elo legítimo entre aquelas pessoas. A interessante premissa sobre jovens médicos tentando descobrir a existência de um pós vida passando a ser assombrados pelo que trazem de volta também acaba sendo bem desperdiçada. No geral, um filme bem esquecível.

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Visto FORTUNA MALDITA

 

 

  Na trama, Alfie (Chelsea Islan) é uma jovem que se afastou de seu pai Lesmana (Ray Sahetapy) e do resto de sua família.  Quando Lesmana sucumbe a uma doença misteriosa, Afie, viaja para a velha casa de campo de seu pai  juntamente com a madrasta e os meio irmãos para resolver o que fazer com a propriedade. Lá, a família acaba libertando acidentalmente uma entidade demôniaca, que voltou para cobrar um pacto feito pelo patriarca anos antes.

 FORTUNA MALDITA é um horror sobrenatural indonésio muito competente naquilo que se propõe. Fortemente inspirado na clássica franquia "Evil Dead", com direito a muita possessão demoníaca bizarra; membros quebrados e decepados de forma explícita, e Gore a rodo, com litros de sangue e gosma utilizado, fazendo a festa da galera da maquiagem. Claro, de nada adiantaria todos esses efeitos práticos sem um bom ritmo e uma história bem amarrada, mas felizmente é isso que o diretor Timo Tjahjanto (também responsável pelo roteiro) nos entrega, apresentando um drama simples, mas eficiente para os personagens, e um condução que nos prende a cadeira. Quem curte o terror de caras como Sam Raimi, decididamente deve curtir esse filme aqui.

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 Visto SPUTNIK: ESTRANHO PASSAGEIRO

 

 

  Na trama, situada em 1983, Tatyana Kilmova (Oksana Akinshina) é uma  neurologista caída em desgraça após usar um tratamento polêmico para curar um paciente. Ela é procurada pelo  Coronel Semiradov (Fedor Bondarchuck), que se oferece para livra-la do processo que ela enfrenta, em troca de assumir um caso secreto. O cosmonauta Konstantin Veshnikov (Pyotr Fiodorov) retornou a terra sem lembranças da aterrisagem que matou o seu colega de voo, mas ao examinar o paciente, Tatyana logo descobre que existe um alienígena dentro do corpo de Kostantin.

  SPUTNIK: ESTRANHO PASSAGEIRO é um competente thriller de ficção científica russo, que embora claramente beba da fonte do clássico ALIEN de Ridley Scott, e tenha os seus momentos Gore e de grande suspense, está mais interessado no psicológico de seus personagens. O roteiro de Oleg Malovichko explora a culpa que o cosmonauta sente por algumas atitudes que tomou antes de sua viagem ao espaço, que se refletem nas ações do alienígena vivendo em seu corpo, que eventualmente sai para uma matança. Da mesma forma, a jornada dramática da protagonista a coloca diante de alguns dilemas morais bem interessantes, criando um arco dramático que mesmo simples, é muito bem executado. A direção de Egor Abramenko também merece elogios por criar um ambiente claustrofóbico para a narrativa, que fortalece a atmosfera intimista buscada pela obra. Por fim, devo destacar a trilha de Oleg Karpachev, que cria um tema forte e marcante para a obra, daquele que nos puxa para dentro da história. Apesar de algumas escorregadas, SPUTNIK- ESTRANHO PASSAGEIRO é um ótimo Sci-fi de terror entregue pelos russos, como não se via há algum tempo dentro do género.

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Visto DUST DEVIL: O COLECIONADOR DE ALMAS

 

 

  Na trama, Wendy Robinson (Chelsea Field) é uma mulher que vive na Africa Do Sul, que resolve abandonar o seu marido, Mark (Rufus Swart) após ser agredida por ele. Ao cruzar o deserto de carro, ela acaba dando carona a um homem misterioso (Robert John Burke), que na verdade é uma criatura demoníaca capaz de mudar de forma, e que é responsável por várias mortes na região.

 Escrito e dirigido por Richard Stanley, mais lembrado por ter sido demitido da desastrosa versão noventista de A ILHA DO DOUTOR MOREAU (o que lhe rendeu uma geladeira de décadas até o seu recente retorno na adaptação de A COR QUE CAIU DO ESPAÇO estrelada por Nicolas Cage) DUST DEVIL é um Road Movie de terror, mais preocupado em criar uma atmosfera de terror quase lisérgica do que propriamente criar uma história ou nos fazer criar alguma empatia com os personagens que estamos acompanhando. De fato, Stanley dedica quase toda a sua primeira hora estabelecendo a mitologia de seu vilão principal, através da investigação do chefe de polícia Ben Mukurob (Zakes Morae), onde as visitas do policial a legistas e feiticeiros vodus são sempre acompanhadas por vários planos do deserto e de ambientes infernais, e é claro, por uma narração que destaca o quão complexo e poderoso é o personagem-título.

 Há uma certa pretensão em DUST DEVIL que nunca permite que o espectador consiga se envolver com o que está sendo contado em tela. Não que haja um problema em contar uma história de terror que seja mais atmosférica do que narrativa; pois existem otimas obras do género feitas neste formato. Mas Dooley parece tão desesperado em nos vender esta imagem quase onipotente do antagonista da obra, através da narração rebuscada, montagem lisérgica, e imagens grandiosas do personagem andando em contraluz no deserto, que acaba conseguindo o efeito oposto, criando apenas um efeito constrangedor, como um dançarino tentando criar passos de dança novos que não dão muito certo.

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 Visto TEMPOS OBSCUROS

 

 

  Na trama situada em 1996, Zack (Owen Campbell) e Josh (Charlie Tahan) são dois adolescentes amigos desde a infância, que acabam matando um amigo por acidente durante uma discussão. Os dois, junto com um terceiro garoto, resolvem esconder o corpo e dar fim ao assunto. Mas a medida em que a culpa vai consumindo a dupla de amigos, e eles se vêem apaixonados pela mesma garota, a bela Allison (Elisabeth Cappuccino) o seu relacionamento vai se tornando mais tenso, levando a desdobramentos violentos.

  Dirigido por Kevin Phillips em seu longa metragem de estreia a partir de um roteiro escrito a quatro mãos por Ben Collins e Luke Petrowski, TEMPOS OBSCUROS é um competente thriller psicológico de terror estilo Coming Of Age, que trazem a presença da morte e a chegada da sexualidade como um rito de passagem e de fim de inocência. Ainda que não seja muito longo, o filme de Kevin Phillips leva o seu tempo para estabelecer a dinâmica entre os seus personagens antes de trazer o acidente fatal (construído como uma tragédia anunciada) que serve como catalisador do principal conflito do filme. Méritos também devem ser dados a como o roteiro constrói a intensidade da adolescência e dos conflitos adolescentes, mas sem tornar tais dramas juvenis óbvios demais ou fazer com que tais dramas tirem o foco da história de culpa e descida a loucura que serve como grande fio condutor da narrativa.

 Temos um elenco muito bom, que segura bem o drama da narrativa, com Owen Campbell e Charlie Tahan (vivendo mais um garoto problemático em sua carreira) conferindo naturalidade a amizade dos dois protagonistas e as rachaduras que vão surgindo entre os dois devido a culpa e o ciumes que carregam. Elisabeth Cappuccino consegue brilhar no pouco tempo de tela que tem, conseguindo fazer de sua personagem um pouco mais do que o mero pivô da disputa entre os protagonistas. A fotografia de Eli Born também merece destaque, com os ambientes cinzentos criados por ela adequando-se perfeitamente a proposta do filme. TEMPOS OBSCUROS entretanto, acaba entregando um desfecho um pouco mal armado, que parece simplesmente esquecer de seu conflito catalisador, para focar em coisas que não precisavam tanto de atenção. Mas continua sendo um thriller de amadurecimento que vale a conferida.

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 Visto LA LLORONA

 

 

 

  Na trama, um velho ex-ditador guatemalo (Julio Diaz) está sendo julgado pelo genocídio que cometeu durante o seu governo. Enquanto o julgamento transcorre, o velho fica confinado em seu casarão junto com a sua família, já que a casa está cercada por manifestantes. Mas quando a misteriosa Alma ((Maria Mercedes Coroy) vai trabalhar na casa, coisas estranhas começam a acontecer, passando a indicar que o passado voltou para cobrar os pecados do ditador.

 LA LLORONA é um curioso thriller sobrenatural guatemalo com fortes tintas politicas, ao utilizar o conhecido mito latino do espírito vingativo da Chorona como uma grande metáfora para as vítimas das políticas genocidas que geralmente se fazem perceber em governos ditatorias. O filme de Jayro Bustamante (que também escreve o roteiro ao lado de Lisandro Sanchez) é um filme que investe fortemente na atmosfera, e diferente de A MALDIÇÃO DA CHORONA, recente filme hollywoodiano sobre a mesma criatura, evita a todo o custo os Jump-Scares para focar na pressão psicológica que racha aquela família, que mais do que assombrada pela Chorona, se vê assombrada pelas ações brutais que o patriarca cometeu em seu governo. O filme talvez seja um pouco mais comprido do que precisava, mas vale a conferida.

 

Visto FUJA

 

 

   Na trama, Chloe Sherman (Kiera Allen) é uma adolescente paraplegica prestes a fazer dezoito anos, com uma saúde frágil, que vive sob os cuidados de sua amorosa mãe Diane (Sarah Paulson). Entretanto, ao perceber alguns comportamentos estranhos de Diane, Chloe logo passa  a desconfiar que a mãe esconde um grande segredo dela, que pode mudar tudo que ela acreditava saber sobre a própria vida.

  Dirigido por Aneesh Chaganty (que já havia chamado a atenção pelo thriller BUSCANDO) à partir de um roteiro escrito pelo diretor em parceria com Sev Ohanian, FUJA é um eficiente thriller psicológico, que embora seja muito bem conduzido por Chaganty, tem o seu principal ponto forte na atuação de Sarah Paulson. Paulson consegue transitar entre os aspectos doces maternais de sua personagem, com o perigo e insanidade crescente que ela vai revelando ao longo da projeção de forma extremamente orgânica. Embora Paulson seja a dona do show, os devidos méritos também devem ser enregues a estreante Kiera Allen (de fato, uma atriz cadeirante), que consegue conquistar a simpatia do espectador e carregar o drama de seus personagens. No geral, FUJA é um "Supercine" competente, longe de ser a coca toda que alguns estão alardeando, mas que vale a conferida pela boa construção de tensão e duração enxuta.

[Questão]

 

 Visto A ULTIMA PROFECIA

 

 

   Na trama, após perder a esposa para uma doença rara, John Klein (Richard Gere) passa a se concentrar apenas em seu trabalho como jornalista. Mas durante uma viagem para realizar uma entrevista, John acaba misteriosamente indo parar em uma pequena cidade, sem se lembrar quando chegou até lá. Alguns cidadãos vem tendo visões premonitórias de desastres, e avistando uma criatura misteriosa, a mesma que a esposa de John alegou ter visto pouco antes de morrer.

  Dirigido por Mark Pellington a partir de um roteiro de Richard Hatem (que por sua vez se baseia no livro "de relato" de John A. Keel), A ULTIMA PROFECIA é um atmosférico thriller sobrenatural dos anos 2000, que cria uma ambientação quase surrealista, ainda que o seu roteiro soe um pouco frouxo em alguns momentos. O diretor Mark Pellington faz um bom trabalho na construção das sequências alucinogénas envolvendo o tal homem mariposa do título original, enquanto as situações cada vez mais estranhas encontradas pelo protagonista e pela delegada Connie Mills (Laura Linney) são bem dirigidas, lembrando histórias como ALÉM DA IMAGINAÇÃO.  Entretanto, o roteiro é um pouco tropego, já que a partir de certo momento, apenas começa a empilhar situações estranhas sem que elas tenham muito sentido, ainda que o filme defenda que existam situações que o ser humano nunca vai compreender , o texto exagera demais nisso., assim como no desenvolvimento dos personagens também é um pouco confuso. No fim A ULTIMA PROFECIA é um bom "Supercine", mas não muito memorável.

 

Visto RASTROS DE UM SEQUESTRO

 

 

   Na trama, Jin Seouk (Ha Neul Kang), um rapaz de vinte um anos muda-se com os seus pais e irmão mais velho para uma nova casa. Certo dia, ao dar uma volta com o irmão Yoo Seok, ele testemunha o irmão ser sequestrado. Yoo Seok retorna mais de duas semanas depois, alegando não se lembrar do que houve durante o sequestro. Mas conforme os dias passam, Jin Seouk passa a notar um comportamento estranho no irmão, passando a desconfiar que aquele não é o verdadeiro Yoo Seok.

  RASTROS DE UM SEQUESTRO é um eletrizante thrilller de horror sul coreano, que se destaca nas atuações, na excelente atmosfera construída pela direção, e por um roteiro muito bem amarrado, que constrói todas as suas diversas e rocambolescas reviravoltas de forma extremamente coerente, mérito do diretor e roteirista Hang Jun Zhang. O filme é aquele tipo de produção que agarra o público pelas costelas, e não solta até o desfecho, através de uma narrativa que constantemente se transforma e torna-se mais sombria, contrastando bastante com os solares minutos iniciais de projeção. Esteticamente, o filme também é muito bonito, criando cenários bonitos, mas sufocantes.  Com um elenco afiadissimo, RASTROS DE UM SEQUESTRO é mais um brilhante thriller de horror sul coreano, com personagens complexos, cenários de pesadelo perturbadores, e mistérios instigantes. Super recomendado. 

  

[Questão]

 

 Visto ADORADORES DO DIABO

 

 

 

   Na trama, Cal Jamison (Martin Sheen) é um psicólogo, que após perder a esposa em um acidente doméstico, muda-se para Nova Iorque junto com seu filho de oito anos Chris (Harley Cross). Quando Cal é chamado para tratar um policial histérico (Jimmy Smits) que investigava uma série de assassinatos ritualísticos de crianças, se vê envolvido em um mundo de religiões ocultas, pondo em risco não só a própria vida, mas também a de seu filho.

  Dirigido por John Schlesinger, a partir do roteiro de Mark Frost (mais conhecido por seu trabalho na série TWIN PEAKS), que por sua vez adapta o romance de Nicholas Conde, ADORADORES DO DIABO (título nacional equivocado, pois o filme não trata de satânismo) é um interessante thriller sobrenatural oitentista, que parece uma mistura do também oitentista A MALDIÇÃO DOS MORTOS VIVOS de Wes Craven, com toques de O BÊBE DE ROSEMARY no que diz respeito a presença de cultos pagãos entre membros da alta sociedade americana.

   A direção de John Schlesinger é hábil em criar uma atmosfera de suspense muito bem vinda para o longa, que se baseia muito mais no terror psicológico do que no terror físico (ainda que ainda tenha alguns momentos de Gore, vide a cena em que um enorme e incomum furúnculo surge no rosto de uma mulher). O filme talvez seja um pouco mais longo do que precisava, e tem alguns problemas de ritmo, além do roteiro falhar miseravelmente quando tenta trazer alguma relatividade a religião da Santeria, mas apesar de seus problemas, ADORADORES DO DIABO ainda é um thriller divertido de assistir.

 

Visto MENTES DIABÓLICAS

 

 

     Na trama, Alex Forbes (Eddie Redmayne) é um jovem estudante, preso pela suspeita de ter matado o amigo Nigel Colby (Tom Sturridge). A psicóloga forense Sally Rowe (Toni Collete) é enviada para tentar obter uma confissão de Alex, que continua alegando inocência, e acusando Nigel não apenas de ter planejado a própria morte, mas de ter cometido uma série de assassinatos anteriores.

   Escrito e dirigido pelo então estreante Gregory J. Read, MENTES DIABÓLICAS é um thriller britânico que se pauta na tensão construída entre os seus dois jovens protagonistas. A maior parte da história é contada em flashback nas consultas que a personagem de Collete (em um papel menor do que pode parecer) tem com o personagem de Redmayne (em seu papel de estreia), onde ele conta a série de incidentes que se desenrolaram até a morte de Nigel desde o momento que o conheceu, quando o estranho rapaz tornou-se seu colega de quarto.

 O primeiro grande problema do filme, é que o coração da trama, que devia ser a relação doentia desenvolvida entre o manipulador Nigel e nosso protagonista não funciona. O poder e a influencia que Nigel passa a ter sobre Alex parece surgir do nada. A existência de uma sociedade secreta, e de um mito envolvendo tal sociedade também são terrivelmente mal construídos. Pra piorar, MENTES DIABÓLICAS fecha com um final ambíguo, trazendo uma reviravolta, que tenta ser esperta, mas que pode ser vista a milhas de distância. No geral, um thriller bem chatinho que dá pra passar adiante de boa.

[Questão]

 

Visto O TERROR DA SERRA ELÉTRICA

 

 

  Na trama, um campus universitário vem sendo assombrado por um serial killer que ataca e mutila mulheres com uma motoserra. Para tentar resolver o caso, o Tenente Bracken (Christopher George) infiltra a policial Mary Riggs (Lynda Day George) como professora na universidade, onde ela contara com a ajuda do jovem Kendall (Ian Sera) em sua investigação.

 Este Slasher oitentista co-produzido por Espanha e Estados Unidos é um daqueles filmes que de tão ruins, acabam ficando divertidos ao se tornarem involuntariamente cómicos. Dirigido por Juan Piquer Simon, a partir de um roteiro escrito a quatro mãos por Dick Randall e John W. Shadow, O TERROR DA SERRA ELETRICA (por algum motivo, os tradutores não achavam motoserras assustadoras) é dividido basicamente em duas linhas narrativas, os assassinatos do maníaco em si, e a investigação policial para descobrir a identidade do psicopata. Os maiores problemas com certeza estão na tal investigação, pois o filme parece tentar leva-la à serio, mas os policiais tomam cada atitude bizarra que torna a coisa bem ridícula. Afinal, por que o Tenente Bracken parece confiar tanto em Kendall a ponto de lhe revelar detalhes da investigação, e chegar a envia-lo para fazer trabalho de investigação na delegacia? O rapaz, afinal, não demonstra nenhuma inteligência, e provavelmente deveria ser visto como suspeito, e não aliado, já que está por perto da maioria das cenas do crime. Já as Death Scenes são bem feitas, ainda que guardem os seus absurdos (o assassino escondendo a motoserra nas costas ao entrar em um elevador com uma vítima me fez rir alto). Enfim, é um filme bem ruinzinho, mas algumas das situações são tão absurdas e involutariamente cômicas, que acabei me divertindo.

 

Visto TERROR À BORDO

 

    Na trama, após perderem um filho em um acidente de trânsito, o casal John e Rae Ingram (Sam Neill e Nicole Kidman) partem em uma viagem de iate para tentar superar o trauma. Durante a viagem, eles encontram um bote salva vidas ocupado por Hugie (Billy Zane), que alega que o seu barco está afundando, e seus companheiros morreram de intoxicação alimentar. Mas John não acredita na história, e logo descobre que Hughie é um maníaco homicida.

  TERROR À BORDO é um Thriller oitentista australiano dirigido por Philip Noyce (responsável por INVASÃO DE PRIVACIDADE e O COLECIONADOR DE OSSOS) a partir de um roteiro de Terry Hayes (que escreveu Mad Max 2 e 3) que adapta o romance de Charles Williams. O filme foi responsável por dar projeção tanto ao seu diretor quanto a Nicole Kidman, permitindo que ambos migrassem para Hollywood após a boa recepção do projeto, mas visto nos dias de hoje, o filme de Noyce me parece um pouco genérico e apelativo demais para o meu gosto.

  O roteiro de Hayes coloca uma grande tragédia para motivar os personagens a velejarem, em uma cena relativamente forte onde vemos a morte do filho do casal. Entretanto, tal tragédia é simplesmente esquecida no resto do filme, não significando nada para o arco dos personagens, já que o casal poderia tranquilamente ter ido velejar sem a morte do filho, revelando então a existência desse início como mero valor de choque. Ainda que Noyce crie uma boa ambientação, explorando bem o ambiente confinado do iate, e usando um desenho de som que sabe valorizar o som ambiente de um espaço em alto mar, o antagonista vivido por Billy Zane nunca consegue realmente transmitir a ameaça necessária para que o suspense e o terror do filme funcionem de verdade. Enfim, TERROR À BORDO acaba sendo um filme com personagens chatos e emocionalmente inócuo, que tenta nos ganhar com choques gratuitos e sem significado, e com a nudez da jovem Nicole Kidman.

[Jorge Soto]

Willy’s Wonderland é um terrir fraquinho que so vale pelo sempre canastrão Nicholas Cage, que aqui nao abre a boca no decorrer da hora e meia de projecão, destacando o que sabe fazer de melhor... suas caras e bocas! E o plot? Imagina um Brinquedo Assassino misturado com Pague pra Entrar, Reze pra Sair.. É um filme pra nao levar a sério diante de tanta bizarrice e nonsense, vai vendo.. brinquedos animatrônicos ganham vida e matam gente num parque...mas é tudo muito tosco, beirando filme trash. So vale mesmo pelo Cage, e olhe lá. 7.5-10

 

 

The Unholy é um terror genérico do qual esperava bem mais, sendo fã desse gênero. Ele até comeca bem interessante feito aquele francês A Aparicão (pela temática similar de busca da veracidade aos milagres religiosos) mas logo não demora a mostrar sua verdadeira cara. Tem jump scare fácil, explicacão mastigada demais e muita pirotecnia digital desnecessária nos finalmentes. Num diretor indie menos convencional teria vingado coisa melhor e o bom protagonista desperdicado, o eterno Negan" Jeffrey Dean Morgan, aqui dá sinais que nem ele guenta esse tipo de filme, infelizmente. Ainda torco pra ver ele interpretando Thomas Wayne em Flashpoint.. mas sei não. 7.5-10

 

 

Army of the Dead é um filme mediano de zumbis do qual esperava beeem mais, e olha que curto o gênero. É um Onze Homens e um Segredo versao desmortos. Como ja disseram, creio que o melhor são os 15 minutos prólogo. A mistura de gêneros zumbi e filme de assalto funciona em partes, principalmente quando parte pra acão desenfreada. O que fode tudo é o melodrama piegas do personagem principal com a filha, fora outros pepinos de falta de coerência e de ritmo mesmo. Bautista é Bautista e o resto do elenco ta la pra servir de isca, so se salva o alemãozinho, o mais divertido de todos. Resumindo: é um filme do Snyder com todos seus cacoetes e defeitos. Mas no geral ta muito longe de ser top feito Trem pra Busan, mas tambem distante de ser um desastre completo. Dá pra ver, mas eu esperava mais. 8-10

 

 

The Djinn é um bacanudo terror indie com estética oitentista que tinha tudo pra dar errado: baixo orcamento, plot batido e uma única ambientacão. Imagina um mix de Esqueceram de Mim com Evil Dead.. é isso! Enxuto e tenso, acompanhamos o perrengue do infeliz moleque preso no apê com um "gênio da lâmpada" do mal, o que aproxima o longa da antiga franquia noventista The Whismaster. Tem uma reviravolta nos finalmentes meio previsível, mas nada que desabone o conjunto. 8.5-10

 

 

Wrong Turn é o bacanudo reboot da antiga franquia Pânico na Floresta que praticamente nao tem nenhum elemento que a ligue á dita cuja, portanto se pusessem outro nome ninguem ligava. Como nao sou muito fã da franquia acabei curtindo este "slasher filosófico" que se mostrou muito divertido, tem ritmo e possui boas cenas de acao e gore, além com boas sacadas e reviravoltas no roteiro. Sim, tem os clichês deste subgênero mas a certo ponto a estória os subverte e isso te prende ao filme. Grata surpresa da semana. 9-10

 

 

Held é um thriller indie que da pro gasto, estilo Supercine, porém acima da media.  Tenta ser uma inversao do home invasion, com algumas paradas Joao Cleber.. Ele é bem redondinho dentro de sua proposta e consegue prender a atencao a despeito das suas atuacoes apenas corretas, porem satisfatorias. Tem uma reviravolta razoavel nos finalmentes e é isso, sem muito mais o que dizer. Podia ter sido pior mas nao foi. Deu pra ver de boas... 8-10

 

 

Slaxx é um divertido terrir que nao dava nada mas me rachei de rir com o plot absurdo de uma calça jeans assassina!? Sim, isso mesmo?! É daqueles filmes quanto pior, melhor... Tem um quê de Dawn of Dead pelo confinamento numa loja de departamentos, mas o legal mesmo sao as mantanças da indigo blue. O roteiro absurdo aproveita pra fazer critica ácida ao consumismo, ao trabalho escravo no terceiro mundo e ao corporativismo. Nem menciono as atuacoes, todas dao pro gasto. 8-10

 

 

The Stylist é um razoável thriller de terror sobre uma cabeleireira serial killer...sim, isso mesmo! Pior que a diretora ja foi cabeleireira e entende bem de madeixas.. É legal e a protagonista manda bem no papel principal deste filme que é mais um estudo de personagem e sobre carência afetiva. O problema é que seu plot vem de um curta e o filme todo parece piada esticada até o talo, havendo muita enxecao de linguica na metragem. Dá pra ver mas poderia ser bem melhor e mais cativante, porque parece teatro filmado. 7.5-10

 

 

All My Friends Are Dead é uma divertida comédia negra vinda da Polonia, acreditem? Imagina um American Pie dirigido pelo Tarantino...é isso! Tem gore, putaria e violência de dar gosto este filme hilariamente surreal. Aqui ele pega todos os clichês gringos deste tipo de filme e eleva á enéssima potência, com resultados positivos. Sim, tem algum deslize aqui e e ali, principalmente na reviravolta final. Atente pra ótima trilha sonora oitentista. Pérola rara da Netflix. 8.5-10

 

 

Saint Maud é um arrepiante thriller religioso que trata sobre obsessao dogmática crista e o grande acerto é mostrar isso pela ótica da personagem principal, interpretada com maestria pela Morfydd Clark. É um filme que flerta com drama e terror psicológico construindo atmosferas agoniantes que nos colocam no lugar da crente maluca, sem falar na ajuda da ótima montagem que cria a distorcao da realidade da prota. Sua interacao com a patroa gera as melhores cenas. Mas tudo seria em vao nao fosse a dupla fantastica de atores este indie inglês. E os dois ultimos segundos do filme o resumem perfeitamente. 9-10

 

 

Son é um bom thriller de terror do diretor do ótimo The Canal, onde aqui o lance ta em descobrir o que é real e o que é ilusao em todo o longa. É daqueles filmes de criancas malditas onde nao se sabe se o moleque é de fato o capiroto ou tudo nao passa de maluquice de sua mae. Bem conduzido e com gore decente, imagina um Bebe de Rosemary com A Profecia ou Deixe Ela Entrar. É isso! E apesar das referências óbvias o filme consegue ter identidade própria gracas a direcao e boas atuacoes do moleque e da mae. 8.5-10

 

 

La Llorona é um filme guatemalteca descrito como terror mas ele flerta mais com realismo mágico que o terror propriamente dito. E nisso ele cumpre bem sua funcao de denuncia da ditadura e seus pecados. Longe daquela tranqueira Maldicao da Chorona, este aqui é mais pesado e muito mais contundente que aquele terrorzino mequetrefe da franquia The Conjuring justamente pela temática. A ambientacao (a casa dum general), os diálogos e as atuacoes sao o forte deste longa. Ah, e a cancao dos creditos finais é linda, da estupenda Gaby Moreno. 9-10

 

 

Breaking Surface é um agoniante survival sueco bem competente. Imediatamente lembrei do bacanudo indie 12 Under Feet (aquele das teens presas numa piscina olimpica) e do laureado 127Hrs. É direto e enxuto, e nao bastasse com protagonistas femininas destilando suas neuras e nóias em representatividade.. As atuacoes sao ok e as locacoes de cartao-postal sao de impressionar, dai fica a dica que os nórdicos tao aprendendo bem os clichês americanos deste tipo de filme, e fazendo muito melhor. No final ficam algumas pontas soltas, principalmente no que diz respeito a mae da protagonista, mas o resultado é positivo sim. 8.5-10

 

 

The Reckoning é um thriller de época que vem sendo detonado mas tem seus méritos apesar de parecer ter sido dirigido por um principiante e nao pelo foderoso Neil Marshall. A analogia da peste com a Covid é imediata, porém rasa.. resta um filme de survival ou thriller de vinganca de época, no caso de uma "bruxa" condenada injustamente, que dá pro gasto. É preciso muita suspensao da descrenca pra muitas cenas, mas se o longa se levar como filme B consegue entreter. Resumindo, um filme inferior aos foderosos Abismo do Medo e Dog Soldiers, porém superior o recente remake medonho Hellboy, onde a gente se pergunta se todos os filmes realmente foram feitos pelo mesmo diretor. 8-10

 

 

The Russian Bride é um divertido thriller de vinganca que emula a elegância do horror gótico com gore dos filmes B. Em forma de conto trata de temas feministas relevantes desta ida online, tem duracao enuta e suas atuacoes sao corretas, dentro do possível. Clara homenagem aos filmes da Universal, especialmente Frankenstein, o filme comeca devagar mas engata de vez, sendo sua meia hora final um colírio pros olhos onde nos vemos torcendo pela heroína como se estivessemos na final de Copa. Tem defeitos de roteiro, tem..mas so esta sequencia final ja releva tudo isso. 8.5-10

 

 

 

Black box é um bom thriller scy-fy que parece um bom episodio de Black Mirror ou Além da Imaginacao. Mas eu na verdade logo associei ao noventista The Cell, por se tratar de uma viagem á mente humana. O suspense se mantem na tela de forma eficiente, dando pistas em migalhas pra gente solucionar o mistério proposto. Com trocentas reviravoltas, o filme se segura pelas ótimas performances do seu elenco principal, todos oriundos de series,  neste filme que tem o selo Blumhouse de qualidade.8.5-10

 

 

Don’t Tell a Soul é um razoável thriller que parece ser de Supercine mas consegue ir um tiquim além, mas só um pouco. Sua curta duracao o favorece e as atuacoes corretas da dupla jovem principal também. Tem uma reviravolta meio bizonha quase torna engracada inclusive, apesar da premissa se resumir ao embate entre dois irmaos de caráter totalmente diferente, o bom e o mau, diante de uma cirscuntancia atípica (abandonam ou nao um cara num buraco). Um filme mediano porém competente com o moleque que faz o Shazam. 8-10

 

 

Run Hide Fight é um divertido thriller de acao que basicamente é um Elefante ou Tiros em Columbine  misturado com Duro de Matar. Sim, moleques bullizados armados tomam escola e cabe a uma Rambinha fazer o trabalho da Swat. Plot inverossimil mas tocado de forma divertida e bem violenta. A personagem central é forte e bem interpretada, o vilao ta apenas ok em carisma.. o resto ta bem correto, dentro do possível. Pena que resvale nos clichês basicos do filme de heroi e seja menos humano, senao seria um filmaco top...mas ainda assim é bem competente. O filme ao invés de mergulhar no porquês de massacres indaga na cara dura: o que a gente faria num caso desses? 9-10

 

 

 

Shadow In The Cloud é uma montanha russa que provoca muitas emocoes, muitos gêneros misturados com resultado mais que satisfatório. Misture monstros, machismo, misoginia, Segunda Guerra, etc.. é isso! Um filme B que a eterna Chloe “Hit Girl” Moretz carrega nas costas com sua canastrice, onde nem é preciso suspensao da descrenca pra assistir. Pois parece um episodio de Além da Imaginacao (e de certa forma o é, do filme de 84) com Memphis Belle, a Fortaleza Voadora! Um filme trash de empoderamento femenino divertido, pra desligar cérebro e mandar ver com esta sub-Ripley chutando bundas da forma mais inverossímil possível. 8.5-10

 

 

Girl é um thriller de vinganca bem fraquinho apesar do elenco comprometido. Parece um Telecine com trocentas reviravoltas (todas previsíveis) um tiquim acima da mèdia, e só. As revelacoes sao bem novelescas e as cenas de acao sao comprometidas pela fraca edicao. Um filme que beira exploitation B com muito humor involuntário, é isso! No entanto, este filme me surpreendeu mesmo unicamente por ver o quanto que o Mickey Rourke ta zuado de tanta plástica no rosto! ?7.5-10

 

 

Spiral é um bacanudo thriller de mistério que aborda os temas de terror social, no caso, o preconceito, e de forma bem original. Imagina uma espécie de Os Estranhos, onde o casal vitima é gay, com elementos aqui e ali de Sobrenatural e até Seven. Com duracao enxuta e atuacoes impecáveis, este indie canadense aborda o medo primitivo, que sabe ser explorado por quem quer impor seu credo ou crenca. E esse plot original soube ser bem desenvolvido neste filme algo desconfortante e tenso, gerando horror. O medo e preconceito ás minorias ser algo cíclico na humanidade mostra que de fato a arte nao imita a vida, infelizmente. Jordan Peele ficaria orgulhoso com este filme de tematica LGBT. 8.5-10

 

 

A Good Woman Is Hard To Find é um bom thriller de vinganca irlandês, mas é mais psicológico que gráfico feito Doce Vinganca. Tem gore, mas a pegada é mais psico mesmo. O arco da infeliz personagem principal é muito bem construído e sua evolucao é bem convincente, mas é preciso muita suspensao da descrenca nalgumas passagens do filme pois a atriz manda bem. Mesmo assim é daqueles thrillers que te deia grudado na cadeira, esperando aquilo que se sabe ja vai acontecer. Os mafiosos patetas merecem destaque e filme próprio. 8-10

 

 

Shortcut é um razoável terror teen de amadurecimento que emula muitas outras producoes do gênero, tipo Stand By Me, The Monster e, principalmente, a franquia Jeepers Creepers. A procedência italiana é bem curiosa, mas o resultado é bem genérico de tao ianque que resulta ser. Nao que isso seja defeito, pois os efeitos sao corretos, o elenco mirim é competente e o filme te prende. O problema é que ele podia ter sido mais ousado e respondido muitas questoes deixadas no ar, no desfecho. Fica meio como um indie que conta uma breve crônica juvenil, previsível, sinistra e ao mesmo tempo intrigante. 8-10

 

 

Run é um bacanudo thriller de suspense que se vale do batido plot de "deficiente passa perrengue na própria casa", no caso, uma jovem cadeirante. É legal ver a tensao sendo construída aos poucos, ver que a mae da protagonista esconde algo sinistro e que a condicao de cadeirante dela dificulta resolver as coisas. Com elementos de Louca Obsessao e do ótimo espanhol Cuerdas, o longa é muito eficaz em manter o mistério e o suspense, nos colocando no lugar da pirralha com tao poucos elementos e uma ambientacao limitada. Bem atuado pela Sara Paulson e a pirralha, com reviravolta razoável e epìlogo de deixar sorriso estampado no rosto, eis um bom exemplar feito com orcamento merreca. 8.5-10

 

 

[Questão]

5 hours ago, Jorge Soto said:

 

 

Run é um bacanudo thriller de suspense que se vale do batido plot de "deficiente passa perrengue na própria casa", no caso, uma jovem cadeirante. É legal ver a tensao sendo construída aos poucos, ver que a mae da protagonista esconde algo sinistro e que a condicao de cadeirante dela dificulta resolver as coisas. Com elementos de Louca Obsessao e do ótimo espanhol Cuerdas, o longa é muito eficaz em manter o mistério e o suspense, nos colocando no lugar da pirralha com tao poucos elementos e uma ambientacao limitada. Bem atuado pela Sara Paulson e a pirralha, com reviravolta razoável e epìlogo de deixar sorriso estampado no rosto, eis um bom exemplar feito com orcamento merreca. 8.5-10

 

 

 

 

  Eu até gostei desse quando eu vi, mas acho que ele vale mais pela atuação da dupla principal do que pelo conjunto da obra.

[Questão]

10 hours ago, Jorge Soto said:

 

 

 

La Llorona é um filme guatemalteca descrito como terror mas ele flerta mais com realismo mágico que o terror propriamente dito. E nisso ele cumpre bem sua funcao de denuncia da ditadura e seus pecados. Longe daquela tranqueira Maldicao da Chorona, este aqui é mais pesado e muito mais contundente que aquele terrorzino mequetrefe da franquia The Conjuring justamente pela temática. A ambientacao (a casa dum general), os diálogos e as atuacoes sao o forte deste longa. Ah, e a cancao dos creditos finais é linda, da estupenda Gaby Moreno. 9-10

 

  Com certeza bem melhor que o filme do universo "Invocação do Mal", ainda que as propostas sejam bem diferentes. Esse guatemalteca (ou guatelalo, eu nunca sei. hehehehe) é mais calcado na atmosfera, e o terror é bem mais sutil mesmo, lembrando quase as obras do Del Toro, mas com uma direção de arte mais discreta.

[Questão]

On 3/14/2021 at 11:28 AM, Questão said:

 

 Visto JOGO NA ESCURIDÃO

 

 

  Eficiente thriller de horror indiano, que acompanha uma jovem design de videogames que sofre de nictofobia (medo mórbido de escuro) devido ao estresse pós traumático que sofreu após ser sequestrada e abusada. O filme de Ashwin Saravanan possui uma atmosfera muito bem conduzido, apresentando-se em sua metade inicial como um bem conduzido suspense psicológico sobre os traumas da protagonista, para então abraçar o Slasher Home Invasion em sua segunda metade. A natureza subitamente fantástica assumida pela narrativa em seu terço final, que evoca uma versão mais sisuda de A MORTE TE DÁ PARABÉNS pode gerar estranhamento, por não ser tão bem construída pelo roteiro, mas se o espectador estiver sujeito a elevar um pouco a suspensão de descrença, ainda terá uma boa experiência. Visto na Netflix.

 

 @Jailcante, se curtiu A MORTE TE DÁ PARABÉNS, recomendo esse aqui que tá na Netflix. Não é tão bom quanto os filmes do Babyface, mas tem o seu valor.

[Jailcante]

13 hours ago, Questão said:

 

 @Jailcante, se curtiu A MORTE TE DÁ PARABÉNS, recomendo esse aqui que tá na Netflix. Não é tão bom quanto os filmes do Babyface, mas tem o seu valor.

 

Valeu. Vou dar uma olhada nele.

[Questão]

On 5/30/2021 at 12:15 PM, Jorge Soto said:

Willy’s Wo

 

 

 A Bella Thorne tenta virar uma espécie de "Scream Queen" já faz um tempo, mas pouca coisa dela no género emplaca (excetuando talvez a sua participação na franquia "A Babá"). Como curiosidade, ela tentou emplacar em outro género, o pornô um tempo atrás, mas parte da industria pornô se revoltou, já que por já ser famosa, ela estaria roubando holofotes das atrizes da área. Corporativismo tem em qualquer lugar mesmo. kkkkk

[Jorge Soto]

On 6/4/2021 at 11:22 AM, Questão said:

 

 A Bella Thorne tenta virar uma espécie de "Scream Queen" já faz um tempo, mas pouca coisa dela no género emplaca (excetuando talvez a sua participação na franquia "A Babá"). Como curiosidade, ela tentou emplacar em outro género, o pornô um tempo atrás, mas parte da industria pornô se revoltou, já que por já ser famosa, ela estaria roubando holofotes das atrizes da área. Corporativismo tem em qualquer lugar mesmo. kkkkk

eu nao diria scream queen no caso dela e sim acho que ela ta atirando pra tudo quanto é lado mesmo... ja vi filme scy-fy, acao, fantasia e terror com ela nestes ultimos anos...🤣

 

 

Bloody Hell por sua vez é uma bacanuda comédia negra indie resultado duma mistura de vários gêneros: torture porn, survival, heist movie, canibal movie, etc É um filme que parece ter sido feita pelo Sam Raimi ou por um Tarantino mais fumado. As atuacoes sao todas boas, menos a do protagonista principal (canastra demais) que nao bastasse faz dois papéis, dele e da "consciência" dele. Com gore e violência gráfica boas de ver, atente pras boas e hilárias sacadas nos diálogos. 9-10

 

 

 

Spiral é um filme mediano como um todo, ainda mais fazendo parte da franquia Jogos Mortais. É bom como thriller policial mas deixa muito a desejar como parte daquele universo do Jigsaw. Parece que precisou dessa griffe pra se alavancar. Vamos por partes: previsível, a trama você ja pela metade saca quem é o autor da carnificina e a tensão acaba por ai mesmo. Gore e armadilhas tem (mas poucas), sao bem feitas mas nao basta, acho que so os fãs vão curtir. Outra: Chris Rock NAO convence como policial sério nem a pau. É um filme muito bem feito na parte técnica mas que dificilmente se tornará o preferido entre os fãs da franquia. Deixa a desejar. 7-10

 

 

Benny Loves You é um razoável terrir britânico de bonecos assassinos mas este aqui se assume terrivelmente trash até o sabugo da unha. Pensa num Demonic Toys com mais grana, o que não é elogio. Ta mais pra Chucky com uma versao B de Ted. As atuacões sao muito toscas assim como a interacão CGI com atores, mas os efeitos práticos sao bons. O melhor é o personagem principal, o tal Benny, consegue convencer mais que todo elenco somado e o último ato consegue ser insanamente divertido. É um bom filme ruim que se tivesse sido feito pela JasonBlum teria vingado coisa beeeem melhor. 7,5-10

 

 

The Empty Man é um bom thriller de terror scy-fy bem zen que emula Candyman, filme de sitas ou cultos sinistros e policial investigativo. A mistura dá certo até certo ponto, principalmente no quesito thriller investigativo. Mas no quesito scy-fy deixa a desejar porque muita coisa fica em aberto, a cargo do espectador. Ele prende sim, mas falta alguma coisa mais, porque a interpretacao do cara principal ta boa e a atmosfera criada é bem medonha. Outra coisa: a duracão excessiva depõe contra, uma meia hora menos cairia bem ao conjunto.  Baseado numa HQ que nao li. 8-10

 

In the Earth é mais um daqueles terror-filosófico estilo Middsomar, mas este aqui nao me fisgou não. Assisti mesmo porque curto o diretor inglês Bentley nesta empreitada que pega vácuo no tema de pandemia. Até comeca bem como thriller de sobrevivência e te até um gore bom de ver, mas depois viaja demais na maionese e seu terco final, psicodélico demais, nao entendi lhufas! Pra mim ficou claro ser mais um exercicio de estilo em meio ao Covid que qualquer coisa, mesmo com boas interpretacoes em micro orcamento. Mas tem quem goste desse naipe de indies. 7-10

 

 

Boys from County Hell é um razoável filme de vampiros irlandês que tenta fazer graca com pouco e consegue até certo ponto. É um terrir divertido e bem simplório dentro daquilo que se propoe. Aqui é atribuida uma nova mitologia aos sanguessugas e isso faz a diferenca tanto como confunde mais o espectador. As atuacões sao ok e nao se espera muito delas. Tem gore, tem reviravoltas no roteiro, tem humor bem ácido e piadinhas bem vergonhosas...enfim, deixa-se ver pra passar um bom tempo. 8-10

[Questão]

On 6/5/2021 at 1:06 PM, Jorge Soto said:

 

Spiral é um filme mediano como um todo, ainda mais fazendo parte da franquia Jogos Mortais. É bom como thriller policial mas deixa muito a desejar como parte daquele universo do Jigsaw. Parece que precisou dessa griffe pra se alavancar. Vamos por partes: previsível, a trama você ja pela metade saca quem é o autor da carnificina e a tensão acaba por ai mesmo. Gore e armadilhas tem (mas poucas), sao bem feitas mas nao basta, acho que so os fãs vão curtir. Outra: Chris Rock NAO convence como policial sério nem a pau. É um filme muito bem feito na parte técnica mas que dificilmente se tornará o preferido entre os fãs da franquia. Deixa a desejar. 7-10

 

 Sem spoiler, a ligação com a franquia do Jigsaw ao menos é bem feita, ou soa forçada?

 

 

[Jorge Soto]

1 hour ago, Questão said:

 

 Sem spoiler, a ligação com a franquia do Jigsaw ao menos é bem feita, ou soa forçada?

 

forcada... tentam vender um thriller genérico com a grife do Jigsaw..  

[Questão]

 

 video interessante do Whatculture horror sobre histórias bizarras acontecidas em sets de filmes de terror.

 

 

 Bizarro deixarem O EXORCISTA de fora, pois rolou umas histórias bizarras lá também. Enquanto a maioria deve ser balela, essa que rolou no set de ALÉM DA IMAGINAÇÃO: O FILME. Nem saia dessa historia da morte dos atores em um acidente.