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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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Incubus (Idem, Dir.: John Hough, 1981) 2/4

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Slasher canadense estrelado pelo John Cassavets (O Bebê de Rosemary). Na verdade, considero um terror sobrenatural com uma mistura de slasher com Gialo (o foco do filme é mais a investigação, não tanto as mortes, então está mais pra Gialo, pra mim). Filme tem uma cidade pequena sendo atacada por um monstro que estupra as mulheres do vilarejo, Cassavetes é o médico da cidade que em determinado momento vai investigar as mortes. Tive impressão que pensaram primeiro a cena final, depois foram inventando o resto, porque tem coisas ali que não encaixam muito bem (fiquei com algumas dúvidas). E o plot twist ali, na época, poderia funcionar melhor, hoje em dia é fácil prever. Mas o filme tem um ritmo bom (apesar de começar meio lento) e o John Cassevetes tem uma boa presença no filme.

Massacre no Colégio (Slaughter High, Sir.: Mark Ezra, Peter Litten e George Dugdale, 1986) 2/4

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Filmado na Inglaterra. Filme inicialmente teria o nome de "1º de abril" e seria mais um filme slasher que usaria uma data do calendário pra explorar suas mortes criativas, mas já tinha um outro filme com esse nome lançado no mesmo ano (da Paramount - estúdio grande se deu melhor pra ficar com o nome), daí tiveram que adotar outro mais genérico, mas o filme explora a data assim mesmo (só que sem o nome no título fica meio estranho ficarem falando da data o tempo todo).

É sobre um grupo de bullies que atormentam um nerd num colégio, só que as brincadeiras deles acabam por quase matar o nerd. Anos mais tarde, eles são convidados para uma festa de "reunião de colegial", mas o colégio já tá abandonado. Mesmo sem saber quem fez os convites, entram no local pra festejar a data. Mas acabam que começam a morrer um por um, e a suspeita é que seja obra do nerd.

Talvez a coisa que mais irrita são aqueles clichês de slashers onde se tem muito personagem burro, que resolve ficar caminhando sozinho no colégio, sendo que tem um assassino louco solto por lá (tem até um casal que resolveu transar no meio dessa matança - ???), mas as mortes são criativas e bem executadas. Problema é que tem dois finais, um é bom bem criativo, infelizmente não souberam explorar muito bem e já emendam com outro final lá genérico que meio estraga o que mostraram antes. Mas enfim, é bom slasher oitentista.

 

**Trilha do Harry Manfredini, o mesmo dos Sexta-feira 13, que considero que ele deu um caô no pessoal aqui: Entregou muita coisa que ele simplesmente pegou do fez nos filmes do Jason (sim, considero que teve muito ctrl c + ctrl v). Acho que ele pegou pedaços pequenos aqui e acolá, pra não dar processo, mas não acho que ele criou algo novo. Deve ter dado preguiça nele aqui, e só reciclou o que já tinha feito antes.

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O Padrasto (The Stepfather, Dir.: Joseph Ruben, 1987) 2/4

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Um assassino serial killer tem como hábito formar uma família de "comercial de margarina", mas quando a realidade bate na porta (a família começa a encher a paciência dele - leia-se), ele elimina a família e tenta montar outra família em outro canto com outra identidade. Foi baseado num caso real que aconteceu nos anos 70, de um contador de Wall Street que matou a família depois que foi demitido e sumiu (acabou sendo encontrado nos anos 90 depois desse filme ser lançado). Filme acabou tendo duas sequências e um remake em 2009.

Não tem o que falar muito, é um bom suspense com uma interpretação sólida do Terry Quinn e uma trilha legal. Pra mim, só incomoda, que parece uma produção de TV (o terceiro filme acabou sendo feito direto pra TV). Mas é um suspense recomendável.

** Aqui no Brasil, incluíram o filme no box de DVDs de filmes 'Slashers', mas está longe de ser um. Inclusive no making of, os realizadores dizem que tentaram manter o filme longe de ser um slasher.

 

Motel Diabólico (Motel Hell, Dir.: Kevin Connor, 1980) 1/4

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Contém spoilers.

De certa maneira, não deixa de ser uma versão soft do 'O Massacre da Serra Elétrica', porque traz caipiras (aqui uma dupla, um irmão e uma irmã) que usam carnes humanas nas suas receitas (mas no caso, são receitas que eles vendem o produto e o povão não sabe que tem carne humana no meio - blergh).

O troço que fazem não faz muito sentido. Eles enterram as vítimas, deixando elas só de cabeça pra fora (a dupla tira a cordas vocais das vítimas para não gritarem), depois de um tempo, matam e usam a carne deles. Pra quê enterrar? Não explicam. E porque coletam os humanos fora de ordem? O primeiro que capturaram no filme deixaram ele ali um tempão (o cara até foge e salva os outros), e os últimos que capturaram, mataram logo depois pra pegar a carne. Enfim. Meio bizarro.

No geral, achei meio arrastado, e meio cômico demais (não dá pra levar nada a sério mesmo) e única coisa que achei interessante foi o final: Filmes de terror nessa época (principalmente, os slashers), já tinham na sua quase totalidade adotado as mulheres como heroínas ou as sobreviventes. Aqui ainda temos uma estrutura que traz a figura do 'homem salvador', com a mulher até presa numa máquina, perigando morrer, e o cara tendo que se apressar na luta contra o vilão pra salvá-la. Acho que na época viram isso como algo atrasado, mas hoje talvez seja algo que faz esse filme ser meio único dentro os demais da época.

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  • 2 weeks later...
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On 7/18/2022 at 6:09 PM, Jailcante said:

O Padrasto (The Stepfather, Dir.: Joseph Ruben, 1987) 2/4

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Um assassino serial killer tem como hábito formar uma família de "comercial de margarina", mas quando a realidade bate na porta (a família começa a encher a paciência dele - leia-se), ele elimina a família e tenta montar outra família em outro canto com outra identidade. Foi baseado num caso real que aconteceu nos anos 70, de um contador de Wall Street que matou a família depois que foi demitido e sumiu (acabou sendo encontrado nos anos 90 depois desse filme ser lançado). Filme acabou tendo duas sequências e um remake em 2009.

Não tem o que falar muito, é um bom suspense com uma interpretação sólida do Terry Quinn e uma trilha legal. Pra mim, só incomoda, que parece uma produção de TV (o terceiro filme acabou sendo feito direto pra TV). Mas é um suspense recomendável.

** Aqui no Brasil, incluíram o filme no box de DVDs de filmes 'Slashers', mas está longe de ser um. Inclusive no making of, os realizadores dizem que tentaram manter o filme longe de ser um slasher.

 

 

 Eu curti esse filme quando vi, muito pela atuação do Quinn. É um bom Supercine. O remake eu já acho bem ruinziho.

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 Visto O QUARTO DOS DESEJOS

 

O Quarto dos Desejos - Filme 2019 - AdoroCinema

 

  Na trama, Matt (Kevin Janssens) e Kate (Olga Kurylenko) são um casal que muda-se para uma isolada casa no interior. Logo,os dois descobrem um quarto misterioso capaz de materializar qualquer coisa que eles desejam, de roupas a dinheiro. Mas quando Kate,que já havia passado por dois abortos, pede um filho para o quarto, as coisas começam a sair do controle.

  Dirigido por Christian Volckman a partir de um roteiro escrito pelo próprio, e mais dois colaboradores, O QUARTO DOS DESEJOS parte de uma premissa bastante interessante que é a criação de uma criação de um ser por meios não naturais sem pensar nas devidas consequências, tema mais do que comum nas narrativas de terror, mas que aqui ganha a boa cobertura do desejo maternal. Dessa forma, o filme tenta criar uma situação de desconforto, com a mãe tentando criar a criança (que não pode deixar a casa),e o pai sentindo-se posto de lado diante da situação, ja que a criança não era um desejo dele. Mas ofilme cria bases muito fracas para o seu conflito central, e o próprio desejo maternal de Jane surge meio do nada na história. As próprias possbilidades do quarto do título são desperdiçadas, só tendo o seu potencial realmente explorado no climax. No geral, dá pra assistir de boa, mas fica-se com a impressão que a premissa poderia ter oferecido algo bem melhor.

 

Visto A RENA BRANCA

 

A Rena Branca - 1952 | Filmow

 

  Na trama situada em uma pequena aldeia do Polo Norte, Pirita (Mirjami Kuosmanen) é uma jovem recem casada, que sentindo-se rejeitada pelo marido (Kaverlo Nislãa), que passa muito tempo com os amigos, procura a ajuda de uma entidade sobrenatural para ter o marido apenas para si. Logo, os homens da região passam a ser atacados por uma misteriosa Rena branca.

 A RENA BRANCA é um curioso filme de vampiro finlandês dos anos 1950, dirigido por Erik Blomberg, a partir de um roteiro escrito pelo próprio em parceria com a esposa Mirjami Kuosmanen (que também protagoniza o longa). Embora possua curta duração, tendo pouco mais de setenta minutos de duração,o filme de Blomberg se constrói de forma lenta, ao mesmo tempo que se entrega a uma série de simbolismos sobre a protagonista se entregando ao seu lado mais selvagem e egoista. É uma produção bastante curiosa sobre vampiros para o período, já que passa longe de qualquer tradiçao gótica, ainda que mantenha o elemento sexual típico dos filmes do tipo, onde a rena do título atrái os homens para longe para depois seduzi-los na forma de uma linda mulher. É preciso dizer que o diretor sabe construir bem a atmosfer, vide a cena em que Pirita ouve o som de lanças sendo afiadas na aldeia para caçarem a rena. A protagonista e seu desenvolvimento, infelizmente são mal construídos, o que acaba prejudicando a experiência.

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 Visto JONATHAN

 

Jonathan - 1970 | Filmow

 

 Na trama, no fim do século 19, um pequeno vilarejo vive sob domínio de um grupo de vampiros aristocratas. Cansados da miséria e das mortes impostas pelas criaturas,um grupo de aldeões prepara uma revolta, e enviam Jonathan (Jurger Jung), um jovem aventureiro, para matar o vampiro mestre (Hans-Dieter Jendreyko), e assim expulsar os sugadores de sangue de suas terras.

  Escrito e dirigido por Hans W. Geissendorfer, JONATHAN é um horror folk setentista alemão,que baseia-se muito livremente no clássico "Drácula" de Bram Stoker, para criar uma história de revolução social contra os ricos "sugadores de sangue". Claro, os vampiros no geral sempre foram usados como uma forma de crítica aos aristocratas, mas o interessante é que em JONATHAN, o fato dos vampiros se alimentarem dos aldeões não parece tão nocivo quanto a exploração econômica do vilarejo, vide a cena em que o protagonista entra em um verdadeiro abrigo com varios aldeões amontoados.

  Curiosamente, para um filme com uma duração relativamente longa, e um ritmo levemente compassado, JONATHAN se desenvolve de forma eficientesem deixar o público cansado. É um olhar interessante para o vampirismo,  que traz algumas inversões interessantes dentro do gênero das histórias de vampiro. Eu curti, mas éumflmeque talvez não funcione com os mais impacientes.

 

Visto PACTO COM O DIABO

 

Pacto com o Diabo - 1964 | Filmow

 

  Na trama, uma rivalidade de séculos entre as famílias Lanier e Whitlock chega a extremos quando o projeto de urbanização de Bill Lanier (Jack Hedley) devasta o cemitério dos Whitlock, para a fúria de Morgan Whitlock (Lon Chaney Jr). Entretanto, durante a destruição dos cemitérios, uma bruxa é libertada, e agora, busca vingança contra a família Lanier.

  Dirigido por Don Sharp (que comandou O BEJO DO VAMPIRO) a partir de um roteiro escrito por Harry Spalding (responsável pelo texto de OLHOS NA FLORESTA), PACTO COM O DIABO é um típico terror britânico sessentista, que carrega certa atmosfera gótica, apesar da ambientação "contemporânea". Don Sharp foi um diretor relativamente competente, que mesmo sendo derivativo, conseguia dar certa elegância aos clichês, vide o citado O BEIJO DO VAMPIRO. Entretanto, esse charme não se repete aqui, com um filme que possui um visual pouco criativo,e não consegue esconderoseu baixo orçamento, apesar de algum bom uso dos efeitos práticos no terço final.

  Não ajudaque o roteiro de Spalding não consiga dar o mínimo de coesão para a mitologia do filme, nunca ficando claro se o espírito da bruxa age sozinho, ou precisa mesmo de seu servo humano (cuja identidade é bem óbvia). Além disso, a relação estilo "Romeu e Julieta" entre os membros mais jovens das famílias Lenier e Whitlock nunca convence, sabotando assim o coração dramático do filme. Infelizmente, não curti.

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 Visto INVASORES DE CORPOS

 

Os Invasores de Corpos - A Invasão Continua - Filme 1993 - AdoroCinema

 

  Na trama, Marty Malone (Gabrielle Anwar) é uma jovem que muda-se com a família para uma aldeia militar, onde seu pai (Terry Kinney) trabalhara por alguns meses. Logo, Marty passa a perceber um comportamento estranho em algumas pessoas da base, inclusive de sua madastra Carol (Meg Tilly), e descobre horrorizada que alienígenas estão substituindo as pessoas por cópias sem emoção, que preparam uma invasão em larga escala.

 Parece haver algo atemporal no romance "Invasores de Corpos" de Jack Finney, que basicamente estabeleceu as bases do horror de infiltração, onde criaturas estranhas a nós se inserem secretamente em uma sociedade para destruí-la por dentro. A obra já foi adaptada quatro vezes para o cinema, primeiro no clássico VAMPIROS DE ALMAS nos anos 1950, refletindo os medos da Guerra Fria, depois novamente nos anos 70 como INVASORES DE CORPOS, que ilustrava a queda dacontracultura dos anos 60 e 70, e a quarta e mais recente versão de 2007, OS INVASORES, que funcionava como metáfora para os medos pós 11/9 e Guerra do Iraque.

 A terceira adaptaçao, lançada em 1993 sob o comando de Abel Ferrara (diretor de VICIO FRENÉTICO) e com roteiro de Stuart Gordon, Dennis Paoli (de RE-ANIMATOR) e Nicholas St. Johnson (colaborador habitual de Ferrara) destaca-se por ser a mais pessoal das três por focar-se mais na questão de um conflito geracional, e da queda total da instituição famíliar, comunicando-se bastante com o tipo de cinema de terror produzido no fim dos anos 1980 e começo dos anos 1990.

 Se em todas as outras versões, temos adultos como protagonistas, aqui a história é contada do ponto de vista de uma adolescente que se sente deslocada dentro da própria família, dando essa visão mais pessoal para a narrativa em relação as outras adaptaçoes. A escolha por situar a trama em uma base militar surge como uma crítica interessante as próprias instituições, tendo em vista que a lógica mlitar busca padronização semelhante a que é proposta pelos alienígenas. Também não parece ser coincidência que um dos primeiros lugares que dão sinais de ter sido tomado por alienígenas é a escola frequentada pelo irmao caçula da protagonista, criticando também a padronização do sistema de ensino.

  A direção de Abel Ferrara é muito competente, conseguindo criar  uma sensação de desconforto e claustrofobia constante a medida em que a ameaa dos aliens vai ficando mais clara. Ao mesmo tempo, é feito um bom uso dos efeitos práticos para trabalhar o lado grotesco dofilme, vide a passagem em que a protagonista adormece em sua banheira e passa a ser coberta pelas vagens alienígenas, enquanto a sua cópia é lentamente criada. O elenco tambem é bsante competente, com Gabrielle Anwar (famosa pela cena do tango em PERFUME DE MULHER) entregando uma heroína simpática, enquanto as participações de Forest Whitaker e R. Lee Ermy (vivendo uma versão desumanizada de seu personagem em NASCIDO PARA MATAR) trazem alguns dos momentos mais intensos da obra.

A versão noventista de INVASORES DE CORPOS é mais uma boa adaptação do clássico de Jack Finney, sendo bastante rico tematicamente, e sendo talvez a versão mais íntima das quatro adaptações, ao centrar-seem personagens que tentam descobrir o que os define como indivíduos dentro de instituições clássicas como a educação, o militarismo e a família, ao mesmo tempo em que crítica essas próprias intituições.

 

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Bastardoz é um zombie movie espanhol divertidinho mas até certo ponto apenas. Sua premissa lembra muito Operacao Overlord, mas aqui se passa na Guerra Civil daquele país. É bem feitinho e be produzido, tem gore e belos efeitos artesanais, tem boas locacoes e é dinâmico. Mas percebe-se a precariedade do roteiro pois beira o genérico, quase caricatural, mas ainda assim dá pra passar o tempo. Vale mesmo pela curiosidade de ver este país enveredar num sub-gênero surrado ate nao poder mais, embora o resultado fique mais do mesmo. 7.5-10

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Silent Night é uma bacanuda comédia dramática negra apocaliptica que a primeira vista parece ser o tipico "filme de jantar", onde familia se reúne em alguma data comemorativa (no caso, o Natal) e comeca lavacao de roupa suja, mas depois vai mostrando sua verdadeira face. O dilema em tomar ou nao uma pilula pra familia se suicidar diante um iminente ataque químico te prende na tela até seu desfecho melancólico (porém esperancoso), e a metáfora com a pandemia nao é nada gratuita ( alô negacionismo!). Do elenco todos andam bem, mas quem carrega o maior peso dramático e se destaca é o moleque do Jo Jo Rabit. Ironicamente, a trilha sonora é recheada de clássicos natalinos. 9-10

Silent Night (2021) - IMDb

 

Men é um filmaco que nada mais é uma alegoria sobre a masculinidade tóxica e misógina em formato de terror folk. A atmosfera, fotografia e mitologia criadas sao de deixar de queixo caído. A atriz principal (única mulher do longa) manda bem, mas eu particularmente gostei muito mais do Rory Kinnear que interpreta praticamente todos os demais personagens masculinos do filme, afinal homem é tudo igual, ne?🤣Diferente do Eddie Murphy, aqui ele nao precisa de trocentos kilos de maquiagem pra se diferenciar e sim de pequenos trejeitos de interpretacao pra fazer seus personagens. O cara faz até uma crianca, vai vendo! O desfecho é bem cronenbergiano no body horror nesta bela surpresa do mesmo diretor do razoável Ex-Machina. 9-10

Letterboxd on Twitter: "New poster for @A24's MEN, directed by Alex Garland  🙌 https://t.co/nU46PqjAut" / Twitter


 

X é um slasher genérico que diverte mas ta cheio de poréns. A ambientacao setentista, fotografia, metáfora terror-porno, gore, atuacoes (principalmente da atriz principal) e trilha sonora valem a bizoiada. O diretor presta homenagem a varias producoes do gênero mas esqueceu dum roteiro mais lógico pros viloes octagenários pois tem muita coisa que nem com suspençao de descrença desce. Valeu pela putaria, pelas boas intencoes e pelo ja mencionado acima. So nao acho que tenha fôlego suficiente pro prequel, vide a Orfa 2. O diretor é bom mas aqui fez algo basicao, pois de seus trampos anteriores ainda prefiro o home invasion You Are the Next, o mockumentary Sacrament e seus curtas na franquia V/H/S. 8-10

Ti West Is Back With A24 Horror Movie 'X' - Check Out the Poster Now and  Watch the Trailer Tomorrow! - Bloody Disgusting

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Incantation é um terror found footage tailandês razoável que poderia ter sido muuuito melhor. É daqueles filmes que se você assiste, morre...manja? A maldicao e a mitologia mostradas sao bem legais e geram até um certo cagasso...no entanto, o filme ter duas linhas narrativas atemporais mais confunde que ajuda, diluindo a tensao construída. Outra, a longa duracao prejudica...uma meia hora a menos de sequencias onde so enrolam ajudaria muito. Na Netflix ta como Marcas da Maldicao. 8-10

Incantation (2022) - IMDb


 

American Carnage tenta ser uma sátira a política racial do Trump que até comeca bem, mas depois o filme nao se resolve se quer ser sátira, terror ou comédia de conspiracao porque o plot final é de uma bizarrice sem precedentes. Atuacoes no automático, etc e tal..so se salvam duas boas cenas de contorcionismo do capeta com gore mas nao bastam pra elevar o conjunto da obra. Sinceramente, nao recomendo... Resumindo, é um terror social tipo Nós, so que ruim. 7-10

American Carnage (2022) - IMDb


 

 

Watcher é outro thriller de suspense que nao dava nada.. ele comeca como tipico filme de Supercine e depois te envolve com a trama, te prendendo ate o final. No fundo, é uma alegoria do terror de ser mulher, o que o aproxima de certa medida ao igualmente ótimo Men. A protagonista manda bem mas quem rouba as cenas nos pouco momentos que aparece é o escalofriante vizinho e suposto serial killer. Boa pedida pra sabado a noite. 9-10

Watcher poster - Foto 1 - AdoroCinema
 

 

Here Before é um thriller psicologico britânico que custou muito a me manter grudado na tela. Tem boas intencoes e a protagonista manda muito bem, mas nao foi suficiente pra me fisgar na piracao mental da personagem principal. Ate agora nao entendi o desfecho e nem pretendo rever pra tentar entender... Paciência.. No entanto, as criancas do longa mandam muito bem e estao pau a pau com a protagonista. Mas o filme nao me desceu nao. 7-10

Here Before (2021) - IMDb

 

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Sandman é um seriado que assisti (e olha que nao sou muito fa de seriado) a primeira temporada porque era fa das HQs e posso afirmar que os caras acertaram na adaptacao...muito boa! Sim, os arcos e muita coisa foi enxugada pra cada episodio e a Netflix suavizou muita coisa barra pesada das HQs mas nada que comprometa o entendimento e a essência da coisa. No entanto, nao curti a mudanca de gênero (e cor) de alguns personagens, na tentativa de lacrar em representatividade. Paciência. Acredito que se o filme Watchmen do Snyder tivesse sido feito nesse formato de seriado só teria se beneficiado disso. 9-10

Netflix divulga o trailer e pôster de 'SANDMAN', durante a ...

 

A Orfa 2 é apenas uma prequel razoável do filme original que tem alguns acertos mas tambem muitos erros. O primeiro filme tinha uma boa reviravolta que mostrava a pirralha como uma anazinha psico, ja neste aqui a estória se repete do inicio ao fim (nao tem origem nenhuma como sugere o titulo) e com igualmente outra grande reviravolta: como nao dava pra inovar na personagem tentaram inovar na nova família adotiva (a madrasta e irmao), tornando-os os verdadeiros viloes.. o que faz a orfazinha nossa heroina!!😁 Tem ate um momento Esqueceram de Mim com gore.🤣 É uma boa tentativa de diferenciar o filme original mas que mexe na mitologia da pirralha, pois aqui torcemos por ela. Por isso acho que na essência so a fuga do instituto na Russia, logo no comeco, é memoravel pois o resto é decalque do filme anterior. Era algo previsivel isso, mas ainda assim valeu pela tentativa. Boas interpretacoes, mortes marromenos e bem feitinho em sua hora e meia enxuta...só. 7.5-10

Ficheiro:Orphan First Kill.png – Wikipédia, a enciclopédia livre


 

Day Shift é um filme buddy movie com vampiros, tipo Dia de Treinamento.. mas com cacadores de vampiros, o novato e o expert. O filme diverte mas nao se vê a liga entre o Electro Jamie Fox e o Dave Franco como novato. O filme é muito bem feito e tem boas sequencias de acao, principalmente com vampiros contorcionistas mas um enredo bem genérico. É o tipico filme da Netflix que te diverte mas é logo depois esquecido. Ah, e o Snoopy Dog rouba facil todas as cenas em que aparece, até da dupla principal. 8-10

Day Shift" Poster | Jamie Foxx, Dave Franco, and Snoop Dogg Hunt Down  Vampires in Netflix's "Day Shift" Trailer | POPSUGAR Entertainment Photo 6


 

They/Them é um slasher ruim cujo unico diferencial é ser queer e trans. Imagina um Sexta-Feira 3 com vítimas LGTB+...é isso! No entanto, ate como filme de terror nao engata..tudo muito mal feito, roteiro ruim e atuacoes do elenco colorido demasiado afetada. Mas a pergunta que me faco o que leva o sempre ótimo Kevin Bacon a entrar numa furada destas? Vai vendo.. um acampamento feito pra converter gays e outrem em heterosexuais? A ideia ate que é boa, mas muito mal executada.. uma pena, nem como parodia serve. Nem as mortes prestam... fuja!  6-10


They/Them (2022) - IMDb

 
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On 8/11/2022 at 3:38 PM, Jorge Soto said:

meu microcurta de menos de um minuto homenageando o gênero..🤣😂

kkkkk, Genial.

 

On 8/13/2022 at 12:26 PM, Jorge Soto said:

Sandman é um seriado que assisti (e olha que nao sou muito fa de seriado) a primeira temporada porque era fa das HQs e posso afirmar que os caras acertaram na adaptacao...muito boa! Sim, os arcos e muita coisa foi enxugada pra cada episodio e a Netflix suavizou muita coisa barra pesada das HQs mas nada que comprometa o entendimento e a essência da coisa. No entanto, nao curti a mudanca de gênero (e cor) de alguns personagens, na tentativa de lacrar em representatividade. Paciência. Acredito que se o filme Watchmen do Snyder tivesse sido feito nesse formato de seriado só teria se beneficiado disso. 9-10

Netflix divulga o trailer e pôster de 'SANDMAN', durante a ...

 

 

 

 Assisti só os dois primeiros episódios, por enquanto. Mas gostei do que vi.

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Visto A MÃO DO DIABO

 

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Na trama, Roland Brissot (Pierre Fresnay) é um pintor azarado prestes a ser dispensado pela namorada (Josseline Gael), até que um dia é enganado a comprar um talismã de um homem misterioso (André Gabriello), de fato uma mão decepada. Mas logo, a sorte de Roland vira, seus quadros começam a vender e ele passa a ter total devoção de sua esposa. Mas o talismã pertence ao próprio Diabo (Palau), que passa  a perseguir Roland para obter a sua alma em troca da mão.

  Dirigido por Maurice Torneur a partir de um roteiro de Jean Paul Le Chanois, que por sua vez adapta o romance de Gerard de Nerval, A MÃO DO DIABO é um thriller de fantasia francês de 1943, que bebe fortemente do movimento do expressionismo alemão. Essa influência do famoso movimento germãnico faz-se notar tanto na temática do acordo mefistofélico, presente em obras como O ESTUDANTE DE PRAGA e FAUSTO quanto em sua estética e Mise en Scéne, que flerta sem vergonha nenhuma com o teatral.

  Entretanto, apesar de possuir um humor macabro até interessante, A MÃO DO DIABO acaba se revelando um filme que não envelheceu muito bem, e apesar de sua curta duração de setenta e poucos minutinhos, soa bastante arrastado. Mas o maior problema, é que mesmo para os padrões mais frios do cinema francês, o longa metragem de Maurice Torneaur não consegue realmente nos fazer investir emocionalmente em seus personagens, e nesse sentido mesmo o humor é mal aplicado, vide uma morte que parece arrasar o protagonista, mas que a obra não parece dar a devida atenção. No geral, A MÃO DO DIABO é uma peça curiosa do cinema fantástico francês, mas infelizmente não posso dizer que curti.

 

Visto WATCHER

Watcher poster - Foto 1 - AdoroCinema

 

  Na trama, Julia (Maika Monroe) muda-se com o noivo Francis (Karl Glusman) para um apartamento em Bucareste na Romênia, onde tem dificuldade em se adaptar a lingua e a solidão, já que o companheiro passa a maior parte do tempo trabalhando fora. A situação piora quando Julia passa a desconfiar que o seu vizinho da frente tem a observado pela janela, e que ele possa ser o serial killer que vêm assombrando a cidade.

 Longa de estréia de Chloe Okuno, (que já havia dirigido um curta para a franquia VHS), a partir de um roteiro escrito pela própria em parceria com Zack Ford, WATCHER é um competente thriller de suspense, que ainda que parta da tão copiada premissa básica do clássico JANELA INDISCRETA, onde alguém descobre que o vizinho da frente possa ser um assassino, consegue tornar a narrativa sua ao trabalhar de forma eficiente a temática da solidão e do isolamento. A idéia de situar a trama em um país estrangeiro e fazer o público compartilhar desse deslocamento ao não legendar os nativos (a não ser que você fale romeno) é utilizada de forma inteligente pela direção e pelo roteiro, fazendo com que a personagem se sinta deslocada em praticamente qualquer ambiente, seja fazendo compras no mercado, ou mesmo em um jantar com amigos do trabalho do noivo.

 Como o SOTO muito bem observou em sua resenha, o filme pode ser lido perfeitamente bem como uma metáfora sobre o quanto a descrença na figura feminina pode torná-las vulneráveis, não sendo coincidência que Julia encontra muito mais apoio na sororidade oferecida pela vizinha independente Irina (Madaline Anea) do que no próprio noivo. Felizmente, o subtexto não é posto de forma intrusiva, fluindo melhor por causa disso. O Elenco também segura bem o rojão, com Maika Monroe mais uma vez provando que é um nome forte dentro do gênero. Com certeza vale a conferida.

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 Visto O SÁDICO BARÃO VON KLAUS

 

O Sádico Barão Von Klaus - 7 de Setembro de 1962 | Filmow

 

  Na trama, uma pequena aldeia espanhola vem sendo assombrada por uma série de assassinatos de garotas, semelhantes aos que foram cometidos décadas antes pelo Barão Von Klaus, um rico morador da região.  O Inspetor de polícia local (Georges Rollin) e um jornalista de fora da cidade (Manuel Alexandre) unem-se para investigar o caso e descobrir o responsável, com os descendentes da Família Von Klaus estando no topo da lista de suspeitos.

 Dirigido por Jesus Franco em um de seus primeiros projetos, a partir de um roteiro escrito pelo próprio em parceria com Rene Sebille, O SÁDICO BARÃO VON KLAUS é um terror gótico espanhol que parece antecipar alguns dos elementos do subgênero Giallo, que se popularizaria nos anos seguintes, embora não seja propriamente um Giallo. O filme traz muitos dos elementos que se tornariam centrais na filmografia de Franco nos anos seguintes, como o já citado interessente na atmosfera gótica, no erotismo, e até mesmo no fetichismo sado, que caracterizaria sua forte contribuição ao cinema exploitation (especialmente nos anos 70 e 80, onde ele dirigiria verdadeiros Soft Porn de horror).

 Apesar de ter os seus momentos mais fortes, especialmente em uma cena de tortura durante o 3º ato, onde Franco dá vasão as suas adoradas imagens de mulheres seminuas acorrentadas, O SÁDICO BARÃO VON KLAUS parece mais interessado na investigação conduzida pela dupla protagonista do que na violência propriamente dita, e é competente em construir uma atmosfera de suspense bastante eficiente, reforçada pela sempre classuda presença de Howard Vernon como o atual Barão Von Klaus e maior suspeito dos crimes, na primeira de muitas parcerias entre o ator e Jesus Franco, que se repetiria em filmes como a franquia "Doutor Orloff" No gerál, O SÁDICO BARÃO VON KLAUS é um típico thriller gótico de assassinato bastante comum no começo dos anos 60, que mesmo não sendo muito memorável, é interessante por já dar os sinais das assinaturas do controverso cineasta espanhol.

 

Visto IMPETIGORE

 

Impetigore - Filme 2019 - AdoroCinema

 

Na trama, Maya (Tara Basro) é uma jovem que apos sofrer uma inexplicável tentativa de assassinato de um estranho, descobre que possui um casarão em sua vila natal no interior. Quebrada, ela viaja junto com a amiga Dini (Marissa Anita) até o misterioso vilarejo, apenas para descobrir que sua família está envolvida em uma antiga maldição que assola a aldeia, e que agora a coloca em perigo mortal.

 Escrito e dirigido por Joko Anwar do competente OS ESCRAVOS DE SATÁNAS, IMPETiGORE é um Folk horror indonésio, que tem uma construção de atmosfera muito bem feita da parte do diretor, que aposta muito mais no suspense do que propriamente no Gore explícito, ainda que use as passagens mais violentas de forma bastante efetiva quando elas surgem. Por outro lado, o diretor (que parece ter um apreço consciente pelos clichês do gênero), não os manipula tão bem como havia feito em seu trabalho anterior, o citado OS ESCRAVOS DE SATÁNAS, com alguns Jump Scares e tensões falsas surgindo de forma pouco orgânica.

O roteiro leva o seu tempo para apresentar a dupla de amigas, mas apesar de Tara Basco e Marissa Anita terem boa química de cena, e conseguirem fazer o publico esboçar um sorriso ou outro, não consegui realmente me conectar com o drama das personagens de modo a me fazer realmente me preocupar com elas. E se elogiei a construção da atmosfera do filme, a meia hora final sofre de uma exposição muito pouco orgânica feita para armar as reviravoltas finais da narrativa, de modo que muito da força do climax se perde.

 No geral, IMPERTIGORE funciona como Folk Horror, e mostra um diretor que sabe construir a sua atmosfera. Infelizmente, acaba sendo um filme que não consegue bancar a duração que tem, já que o longo tempo dedicado aos personagens realmente não leva a desenvolvimento nenhum, e não nos faz gostar mais deles. Uma pena, pois tinha potencial para mais.

  

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  • 2 weeks later...
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Beast é um bom mix de thriller de sobrevivência com filme de bicho assassino, no caso, um leao, lembrando muito A Sombra e a Escuridao ou o foound footage Safari. É um filme bem redondinho e previsível naquilo que se propoe, mas muito bem feito e que diverte e te prende na tela, que é o que interessa. O diretor manja desse naipe de filme pois aprendeu com Everest, Vidas a Deriva, Sobrevivente, etc) a manipular bem acao e tensao na medida certa. Elba e o resto parece no automático, mas nao compromete, mas o leao ninja digitalizado rouba as cenas pois é muito bem feito e bastante convicente. So nao curti os momentos melodramaticos e piegas do Elba com as filhas, totalmente desnecessarios em meio a toda aquela sanguiolencia que o filme se propoe  mostrar. Ainda assim, vale a conferida. 9-10

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Fall é um thriller de sobrevivência bem simples em sua premissa e de ótima qualidade técnica. O perrengue das duas amigas é envolvente e te mantém preso a telona apesar de muita coisa parecer inverossímil pra quem manja bem de escalada. No entanto cumpre sua funcao de entreter em seus enxutos 100min e as duas infelizes dao conta do recado em seus personagens, inclusive a Mary Marvel. So achei desnecessário o acréscimo de várias subtramas piegas e melodramáticas ao invés de se centrar 100% e unicamente em sua trama de sobrevivência. Bom passatempo pra tarde chuvosa de hoje. 8.5-10

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Fresh é uma divertida comédia romântica que nao demora pra se tornar um foderoso thriller de suspense nos moldes de Supercine, e nao bastasse isso insere torture porn, antropofagia, survival e muita doideira indie no trajeto. Bebendo da fonte de Centopéia Humana e Silencio dos Inocentes, aqui o casal principal destoa.. a atrizinha vitima manda bem, mas o Sebastian "Soldado Invernal" Stan manda muito mais ainda mais fazendo o vilao canastra do longa. Como indie se destaca pois tem muita coisa criativa, desde os créditos iniciais ate a eclética trilha sonora. So achei o desfecho bem genérico diante de tudo legal que construiu desde o inicio a despeito de sua duracao enxuta de hora e meia, contando tudo que tinha que ser dito sem enchecao de linguica. De longe a melhor coisa vista nesta semana, mesmo com um ou outro defeito. 9-10

Fresh' Gets a Truly Unappetizing New Poster
 

 

 

Dashcam é uma boa investida de found footage diferenciado mas que tem muitos poréns. Imagina um After Hours mesclado numa live de terror, quase uma noite toda que da errado sendo transmitida ao vivo em plena pandemia! Vi aqui uma visivel homenagem a REC e sua protagonista figura como uma das mais tremendamente odiosas do cinema, negacionista e irritante até nao poder mais! Mas o lona sofre do mal deste tipo de formato, tipo camera tremida que impede ver o que se passa na tela.. Ah, achei o desfecho bem frouxo porque no final nao explicou se a parada toda era coisa de seita maldita, et, contagio zumbi ou seja la o que for.. acredito que foi uma boa idéia porém mal executada, principalente quando se acha que este tipo de filme ja deu tudo que tinha de dar. Aqui da até uma revigorada do gênero, porem faltou algo mais. Outra, acredito que se este filme tivesse sido lancado no auge da pandemia ia bombar. 8-10

DASHCAM | Full Trailer and Poster - My Bloody Reviews

 

 

Hatching é uma bacanuda fábula nórdica de amadurecimento e procura de identidade, vai vendo.. imagina um A Mosca pré-adolescente! É isso! A transforacao da personagem-mirim principal só ganha pontos a mais gracas a ótima performance da pirralha do filme. A metáfora do ovo eclodindo no lar e o amadurecimento "comming age" da prota é evidente, mas o legal sao as sequências de body horror e violência da intempestuosa personagem em formacao de caráter, emulando Deixe Ela Entrar. Efeitos práticos fenomenais, no entanto quando recorrem ao cgi pro "bichinho" fica evidente a inferioridade diante das Disney da vida.. Ainda assim, o filme se sustenta por si mesmo até seu foderoso desfecho. Anote aí vai ganhar remake ianque! 8,5-10

Pôster do filme Hatching - Foto 13 de 24 - AdoroCinema

 

 

Hellbender é um terror folk indie que trata da relacao de uma mae e filha numa embalagem ocultista. Na boa, as interpretacoes e o roteiro ta ok, a trilha sonora é muito boa e a mitologia das bruxas estabelecida é bem interessante. Mas na boa, o que pega é a precariedade da producao!! Parece tcc de estudante de cinema! A intencao é boa mas tudo soa meio psicodelico e mambembe demais pra imersao... Em tempo, o diretor e atores sao tudo parente...algo similar ao Rob Zombie, so quem sem o orcamento deste ultimo! Ou seja, proposta boa, mas execucao duvidosa...O desfecho foi meio nhé porque deixou muitas pontas soltas 7,5-10

Hellbender (2021) - IMDb

 

 

You Won’t Be Alone é um terror dramático que lembra muito Sob a Pele, mas com uma bruxa no lugar de um alieníena. Aqui acompanhamos uma bruxa incorporando pessoas por geracoes tentando compreender a humanidade, pincelando temas de feminismo, empoderamento e mudanca de gênero. A ideia, a mitologia explorada bem estabelecidas e o body horror sao bem legais mas tem um grande porém: tem o ritmo de filme de arte europeu! Mas se conseguir sobreviver a primeira meia hora sonífera vai curtir, como eu. Filme contemplativo que te prende apesar de cozinhado a fogo lento e as atuacoes tao muito boas, das bruxinhas em pelo, principalmente. 8-10

You Won't Be Alone (2022) - IMDb


 

Glorious é um conto sombrio-cósmico-cômico-lisérgico que vinaria melhor num curta, tendo e consideracao sua menos de hora e meia de duracao. Ele trata sobre o karma cósmico de cada um, embalado num pacote meio loverkrafianiano. Tudo se passa num local fechado, um banheiro sujo, lembrando muito Jogos Mortais, e sua fotografia usa e abusa do violeta, lembrando a Cor que Veio do Espaco. Nao adianta contar muito sem dar spoiler mas vale a bizoiada com a destreza do que conseguiram fazer neste indie com tudo limitado. Desde os efeitos práticos, o ator principal que ta ok até o JK Simmons (sim, o Gordon e o JJameson) emprestando sua voz a um ser cósmico que quer destruir o universo!?  8-10

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Visto O TELEFONE PRETO

O Telefone Preto - Cinema da Fundação

 

  Na trama, situada em 1974, Finney (Mason Thames) é sequestrado pelo maníaco conhecido como The Grabber (Ethan Hawke),  sendo mantido em cativeiro no porão do vilão. Aterrorizado, e sem esperança de fuga,  Finney começa a receber telefonemas vindos de um telefone preto quebrado no porão, onde pode ouvir as vozes das vítimas anteriores do Grabber, o que acaba se tornando a sua unica chance de sobrevivência.

Sempre gostei muito do trabalho de Scott Derrickson no no terror, um cineasta que tem uma trajetória parecida com a de James Wan, ainda que não goze da mesma popularidade do primeito. Após estrear com a curiosa entrada da frânquia "Hellraiser", HELLRAISER: INFERNO de 2000, que propunha uma abordagem mais psicológica e menos gráfica da série dos cenobitas, Derrickson foi acumulando grandes acertos em sua filmografia, como o excelente Mash-up de drama de tribunal e terror de exorcismo que é O EXORCISMO DE EMILY ROSE ou o atmosférico A ENTIDADE, embora tenha tido também alguns tropeços, vide o remake de O DIA EM QUE A TERRA PAROU e o genérico LIVRAI-NOS DO MAL.

  Após ter se reconciliado com os grandes blockbusters com o bem sucedido DOUTOR ESTRANHO (que acho um pouco irregular), estava tudo certo para Derrickson dirigir a continuação, mas conflitos criativos com a toda poderosa Marvel Studios fizeram Derrickson abandonar o comando do segundo filme do mago da Marvel, e embarcar em um antigo projeto que vinha acalentando há algum tempo, a adaptaçao do conto "O Telefone Preto", de Joe Hill, filho do famoso Stephen King.

  Escrito pelo próprio diretor em parceria com C. Robert Cargill, (que já colaborou com Derrickson em A ENTIDADE e DOUTOR ESTRANHO) O TELEFONE PRETO leva o seu tempo para construir o universo do protagonista, explorando as suas dificuldades em se impor na escola, onde é constantemente vítima de Bullyng, a sua afetuosa relação com a irmã mais nova Gwen (Madeleine McGraw) e a difícil convivência com o pai alcóolatra (Jeremy Davis). A narrativa constrói com competencia e sem didatismo o universo de Finney, sendo divertido como pequenos detalhes como duas crianças rivais após serem feridas de forma mais séria durante uma briga de vários estudantes se sentam lado a lado enquanto a briga continua a rolar, como se houvesse uma espécie de código de conduta entre aqueles jovens ate no que diz respeito a violência. Também é digno de nota como a presença do Grabber na vida do protagonista é contruida, dando ao vilão uma aura ameaçadora antes mesmo de ele dar as caras.

 A partir do segundo ato, quando Finney é sequestrado pelo Grabber, a trama se divide em duas linhas narrativas. A principal, com Finney nas garras do psicopata, e contando com a ajuda dos fantasmagóricos telefonemas, e uma secundária, onde a jovem Gwen, que tem visões premonitórias em seus sonhos, tenta se valer dessa mediunidade para localizar o irmão e resgatá-lo. As duas histórias, entretanto, acabam não sendo muito bem costuradas, com a investigação de Gwen nunca tendo impacto real no desfecho da narrativa, servindo apenas para fornecer respiros para a tensão que se desenrola no cativeiro do Grabber. Mas a tram principal é desenvolvida mais a contento, e gosto de como o roteiro nos dá pouquíssimas informações sobre o vilão e de como cada uma das assombrações que conversam com Finney através do telefone do título possuem personalidades bem marcadas, levando a diferentes tipos de interação com o protagonista.

  Sendo uma adaptação de uma história do filho de Stephen King, percebe-se aqui alguma influência das histórias do King pai, vide uma figura macabra perseguindo crianças no suburbio, paternidade tóxica,, uma criança com poderes sobrenaturais que usa suas habilidades para tentar solucionar a ameaça da vez, e é claro, essa ameaça surgindo como uma metáfora para o amadurecimento do protagonista. De fato, parecem haver uma série de homenagens visuais claras a IT, uma das mais famosas adaptações de King, desde um vilão que usa balões em seus ataques até a passagem de uma criança com uma capa de chuva amarela. Entretanto, ainda que a trama se situe nos anos 70, e se utilize bem de recursos estéticos característicos da época, vide as visões de Gwen que parecem ter sido filmadas em Super 8, O TELEFONE PRETO não parece estar interessado em promover algum tipo de apelo nostalgico a décadas anteriores, como as adaptações de IT promoviam.

  O filme também traz uma direção bastante competente e inventiva de Scott Derrickson, que explora o cenário do porão do The Grabber, onde se passa mais de metade da história, de forma bastante efetiva, de modo a nunca nos deixar com a impressão de estarmos vendo uma peça filmada, como ocorre com algumas tramas que passam muito tempo em um único cenário, assim como consegue trabalhar de forma criativa as aparições fantasmagóricas, gerando alguns Jump Scares efetivos e orgânicos. As diferentes combinaçoes de mascara de demonio utilizadas por Ethan Hawke (criadas pelo famoso maquiador Tom Savini de SEXTA FEIRA 13) são um show a parte, não só por darem um visual bastante sinistro ao psicopata, mas também por retratar o seu estado de espirito.

  Mas é em seu elenco que O TELEFONE PRETO encontra a sua maior força. Não acho que o The Grabber tenha força pra virar novo icône do terror ou coisa que o valha, como alguns andam dizendo, mas o trabalho de Hawke como o vilão, que raramente aparece de cara limpa, fazendo- o investir muito na expressao corporal e trabalho de voz é impressionante. Mason Thames como Finney ilusta muito bem o arco dramático de seu personagem, que vai desenvovendo confiança a medida em que a trama avança. E claro, a jovem Madeleine McGraw, que rouba todas as cenas de que participa, conseguindo segurar tanto os aspectos dramáticos da personagem (vide a cena em que é surrada pelo pai) quanto cômicos (a cena em que a personagem faz uma prece indignada me fez gargalhar alto). No geral, O TELEFONE PRETO é um ótimo Coming of Age de horror, menos sinistro do que o material de divulgação faz parecer, mas ainda assim uma ótima matinê.

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On 9/6/2022 at 2:18 AM, Questão said:

Leatherface não curtiu. kkkkkk

nem o Chucky😢

 

 

Hollyblood foi a grata surpresa espanhola de filme de vampiro vinda da Netflix, que também fez o bem fraquinho (e abonado) filme com o Jamie Fox. Este aqui é um terrir descompromissado e politicamente incorreto (coisa que os ianques nunca fariam) e o mais legar é pegar a essência oitentista de Hora do Espanto e Lost Boys e misturar com zueira a franquia Crepúsculo. As atuacoes sao bem competentes, com destaque pro casal-mirim principal, o gordinho nerd, o vampirao emo, o pai modernoso, etc...tem até uma pegadinha bem Scooby-Doo em relacao ao vilao principal. Resumindo, é uma baita matinê esquecivelmente agradável. 9-10

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The Invitation é outro terror teen com sanguessugas na parada...ops, isso é spoiler mas o trailer ja entrega tudo entao tô nem ai! O filme engana bem pois te fisga em quem é o anfitriao do convite e tals, a fotografia gótica, no entanto é muita enrolacao ate chegar nos finalmentes... As atuacoes estao corretas dentro daquilo que se espera delas, as na boa parece mais um filme lacrador porque a heroina negra subverte machos branquelos até o sabugo e ainda mete pé-na-bunda deles.. Atente pro desfecho mais que previsivel, com deixa pra sequencia que eu duvido que veja a luz do dia por conta de tudo que mostrou até entao...  7-10

The Invitation ganha primeiro trailer vampiresco com Nathalie Emmanuel e  Thomas Doherty | Trilha Do Medo


 

Long Time Dead é um terror teen que tô prestigiando com duas décadas de atraso (saiu aqui pelo titulo Jogo dos Espiritos) pois tava passando na tv e resolvi matar a desfeita. Infelizmente é mais um file bobinho que tinha potencial se bem feito, pois descaradamente pegou o vácuo das franquias Premonição e Pânico, que bombavam naquele época. No entanto, desperdicaram criar uma nova franquia com um roteiro tosco, atuacoes canhestras e o pior, com mortes genéricas de rodo. Uma pena, pois tinha potencial de monte pela mitologia do tabuleiro Ouija, que até agora nenhum filme do gênero explorou de forma decente. 6-10

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Monstrous adianto que é um bom drama psicológico travestido de terror indie, pronto falei. O filme ja logo te prende pela atmosfera dos anos 50, onde o filme se passa e ja adianto que a trilha sonora de rock top daquela época é muito boa! É um filme pequeno que trata de traumas reprimidos e o escambáu, tem um monstro de cgi bem duvidoso e umas atuacoes bem ruinzinhas do elenco, de onde se destaca de longe a Cristina Ricci, a Vandinha da Familia Adams. Tem uma boa reviravolta mas quem ja viu WandaVision sabe do que se trata, ainda assim este ser aqui verteu lágrimas no desfecho que o pegou com a guarda baixa. 8,5-10

Monstrous (2022) - IMDb

 

 

Lamb é uma bonita fábula de terror intimista sueca que inicialmente parece mas nao é. Inicialmente parece um terror folk mas nao, é quase uma metáfora religiosa do carneiro e das tradicoes mitológicas nórdicas do bicho. O ponto alto é a boa performance da Noomi Rapace (atriz que curto), os efeitos digitais da criatura e o desfecho apoteótico como suspense dramático. O ponto negativo é a excessiva duracao desnecessária, que faz dele arrastado, embora daria um ótimo curta minimalista aparando isto ou aquilo. É um filme com algum parentesco em todos sentidos com o nórdico You Wont Be Alone, visto semana passada. 8-10

LAMB', aguardado filme de 2022, chega à MUBI na sexta-feira

 

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Barbarian é um bom terror social indie que vem fazendo sucesso em festivais e eu ainda me pergunto o porquê. É legal sim mas nada do outro mundo, muito supervalorizado assim como It Follows. Aqui sao quase que três pequenas estórias que se entrelacam de certa forma, a construcão do clima é legal até seu desfecho. Notadamente bebe da fonte de Wes Craven e John Carpenter na tematica social, principalmente Criatura Atras das Paredes e Eles Vivem, respectivamente. Em tempo, assista sem saber muito que melhora a experiência e evite o trailer que entrega demais! 8,5-10

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Deadware é um cyber terror bem ruinzinho que, nos moldes de Searching ou Unfriended, faz da tela do pc a ambientacão total de seu longa... Como terror não empolga e seus únicos personagens não convencem nem a velhinha de Taubaté. O único legal desta tranqueira é a nostalgia visual dos primordios da internet, pois o filme se passa na virada do milênio. É legal rever os ícones e ferramentas daquela época, e só. Embora tenha muitas coisas erradas ainda assim, mas haja suspensão da descrenca aí, ne? 7-10

Deadware (2021) - IMDb

 


Trail to Terror é um documentário mediano onde grupo de amigos vai maratonar 5 lugares tidos como assombrados, passando a noite neles. Antes fosse um falso documentário ou um found footage assumido porque este aqui não dá medo nenhum e parece repetitivo (e tedioso) em seus cinco capitulos. O elenco é simpático mas nao cola mesmo... tremedeira de câmera, gritos e blablabla e nenhuma tensão real como nos bons Bruxa de Blair e Atividade Paranormal. 7-10

Trail to Terror (2016) - IMDb

 


The Devil´s Tail é uma antologia de terror de seis historias comandadas por diretoras e que tem como base um hospital assombrado. Os curtas são fracos em conteúdo e poderiam ser bem melhores. Apenas dois prestam, o das divertidas metaleiras e o da gordinha, que virou até filme. São até bem feitinhos mas nao colam e são interpretados de forma apenas correta. Producão argentina com auxilio da Nova Zelandia que não recomendo...ta osso encontrar coletâneas boas. 6-10

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The Red Book Ritual é outra coletânea de terror bem ruinzinha vinda da Nova Zelandia, todos unidos por um "livro do mal" numa reunião teen. Ruim porque dos seus 5 curtas apenas dois prestam e olha lá. Os contos ruins não tem liga e são apáticos mesmo. So se salva o curta da enfermeira e o último, dos crentes, que pelo menos entregam alguma coisa (que nao é lá tudo isso tambem). Ainda assim é uma coletânea que poderia ser muuito melhor e não recomendo a ninguem. 6-10

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Margaux é o tradicional slasher teen ianque só que ao invés de um Jason da vida temos uma "casa assassina" hi-tech governada por uma IA zuada. É bem genérico porém entreteem dentro de suas grandes limitacoes. A casa impressiona sim, mas o elenco ja decepciona de tão canastra que ta. As mortes e os efeitos de cgi são bem vagabundos, mas o que salva é a edicao, som modernoso e montagem, onde o diretor ciente das limitacoes viajou legal nesses quesitos pra tentar esconder o baixo orcamento. Resumindo, é um sub-Escape Room que dá pro gasto.. 7,5-10

Margaux Large Poster

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6 hours ago, Big One said:

 

Boa noite Mamãe (2014 e 2022)

 

Com o remake americano batendo a porta, o Dalenogare falou pro pessoal ir direto pro filme austriaco de 2014.

 

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 O original é bom mesmo. Já o remake tenho que conferir. Mas pelo que o Dalenogare fala, mexeram pouco na historia.

 

Visto NOPE

Nope (2022) - Fio Condutor

 

  Na trama, os irmãos OJ (Daniel Kaluuya) e Emerald (Keke Palmer) tentam manter o negócio da família de adestração de cavalos para produção de filmes após a estranha morte de seu pai (Keith David). Mas logo eles passam a desconfiar que os céus de seu rancho está sendo rondado por algo alienígena, e decidem captar um registro em vídeo desta estranha presença.

  Desde que se lançou como diretor com CORRA de 2017, a carreira de Jordan Peele, até então conhecido por seu trabalho na comédia, deu uma grande guinada. Seu filme de estréia, um terror social sobre o preconceito racial foi sucesso de público e crítica; mostrou um cineasta que sabia utilizar o gênero para discutir temas relevantes. Seu filme seguinte, NÓS de 2019 indicou que o debute de Peele não foi um evento isolado, cimentando o nome de Peele como um dos nomes mais influêntes do gênero atualmente, reflietindo-se em seu envolvimento em frânquias clássicas, como o mais recente revival de ALÉM DA IMAGINAÇÃO e seu envolvimento como roteirista e produtor na retomada da frânquia "Candyman". Assim, a expectativaa para o seu terceiro longa metragem, NOPE (prefiro não utilizar o escandaloso título nacional) era grande. Pois bem, após ter assistido ao filme, fiquei com sensações conflitantes, pois o filme parece ser ao mesmo tempo o longa metragem mais simples e mais complexo dirigido por Peele até o momento.

  Todas as assinaturas de Peele felizmente estão presentes no filme, desde o seu estilo característico de construção de suspense, passando por alivíos cômicos bem colocados (entregues aqui principalmente pela personagem de Keke Palmer), além de comentários sociais postos pelo texto de Peele de forma inteligente e mordaz. Entretanto,  CORRA e NÓS pareciam colocar as suas metáforas sobre preconceito racial e guerra de classes de forma bem mais destacada do que aquelas presentes em NOPE. Se nos filmes anteriores de Peele, era difícil que mesmo o mais desatento dos espectadores perdesse as temáticas dessas obras, NOPE quase pode se passar para este mesmo espectador mais atento por um filme de monstro mais convencional, mesmo por que, apesar de todo o mistério do marketing, não tem uma grande reviravolta pra servir de chamariz para os seus temas. De mais evidente está o comentário sobre a sociedade do espetáculo, que serve de motivação intrínseca para as ações de todos os personagens, assim como está presente no background dos mesmos.

 Mas essa simplicidade é apenas ilusória, pois abaixo da superfície, NOPE está discutindo bem mais do que a sociedade do espetáculo (que por si só já seria um bom tema). Essa discussão servee como ponto focal para outras questões como uma certa problematização do papel social do cinema como ferramenta de inclusão  e exclusão (que surge no forte diálogo visual que a obra mantém com o western, talvez um dos subgeneros mais simbólicos a esse respeito) a insistência do homem em tentar controlar coisas que não entende, e o fato de que aceitar esse descontrole (em nível antropológico e social)é amelhor solução. Assim, NOPE pode ser o filme mais tematicamente rico e ambicioso de Peele.

 Mas isso tem um certo preço. Toda essa discussão acaba fazendo com que o filme careça de certo foco presente nas obras anteriores de Peele, o que também acaba afetando o nosso envolvimento emocional com os personagens. Além disso, a obra parece ter certo problema de ritmo apresentando histórias e personagens que tem sim impacto, mas que entram e saem da narrativa de modo a parecer prejudicar o timing da mesma. Esse acaba sendo o filme de Peele que menos me envolveu, mas mantém o bom nível que o diretor vem apresentando nos últimos anos, ainda valendo a conferida.

 

Visto A VINGANÇA DE JACK

 

A Vingança de Jack - Filme 1993 - AdoroCinema

 

  Na trama, Jack (Alexis Arquette) e Dora (Sarah Kennedy) são dois irmãos separados na infância após serem adotados por famílias diferentes. Enquanto Dora cresceu em um lar amoroso, Jack foi criado por uma família abusiva de fazendeiros. Entretanto, os dois mantivera uma conexão psiquíca, e após matar seus abusivos pais adotivos com seus recém descobertos poderes hipnóticos, Jack parte para se reunir com a irmã.

 Dirigido por Garth Maxwell a partir de um roteiro escrito pelo próprio em parceria com Rex Pilgrim, A VINGANÇA DE JACK é uma fábula de horror gótica noventista vinda da Nova Zelândia. O filme de Maxwell abraa desde os seus primeiros minutos uma certa caricatura oriunda dos contos de fadas bastando ver a forma como os respectivos lares adotivos de Jack e Dora são apresentados; ao mesmo tempo em que mistura a sua estética fabular com temáticas cruas e realistas, vide a clara depressão sofrida pela mãe biológica dos irmãos, ou o alcoolismo em que Dora mergulha para tentar sufocar as suas habilidaades telepaticas.

  A trama claramente se concentra no relacionamento entre os dois irmãos, ambos bastante complexos. Mas enquanto Jack é relativamente bem construído dentro dessa aura fábular, com a sua devoção pela irmã e o rancor para com aqueles que a cercam sendo coerentes com a sua jornada, Dora surge como uma personagem mais tropêga, com o filme apenas dado como ponto dado suas relações com a mãe e com o namorado mais velho Teddy (Bruno Lawrence), nunca deixando explícito como a sua relação de afeto com essas pessoas se dá ou como essas relações são afetadas pela angustia que seus poderes trazem, o que prejudica bastante o arco da personagem.

 Apesar disso, a química entre Alexis Arquette (irmão de David e Patricia Arquette) e Sarah Kennedy consgue dar credibiliade a relação fraternal de Jack e Dora, enquanto a aura fabular perseguida pelo diretor gera alguns momentos estéticos bem interessantes, vide a presença das quatro irmãs adotivas de Jack, que se vestem e se movem como se fossem uma só em sua missão de vingança contra o irmão, ou uma sequência de assassinato retratada simbolicamente pela destruição de uma estatueta. No geral, A VINGANÇA DE JACK é uma experiência cinematográfica interessante com um bom visual mesmo que nem sempre consiga disfarçar o seu baixo orçamento), mas que aviso, não deve ser para todos os gostos.

 

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