19 Dias de Horror

[Questão]

 Esse da mamãe assassina eu vi há algum tempo, SOTO, como BABY BLUE. É tenso pra caramba mesmo. Mas também é um daqueles filmes que o final põe quase tudo a perder como você bem observou.

 

 Visto UMA NOITE DE CRIME

 

 

 

 

   Na trama, em um futuro não muito distante,os Estados Unidos sancionam uma lei que legaliza durante uma noite por ano todo e qualquer crime, incluindo assassinato. Neste futuro vive a família Sandin, uma família de classe média chefiada pelo patriarca James (Ethan Hawke) que acaba de fazer fortuna vendendo sistemas de segurança para as pessoas se protegerem durante a "noite da purificação". Quando a noite chega, um mendigo ensanguentado (Edwin Hodge) bate desesperado na porta dos Sandin, obrigando esta família a decidir que tipo de seres humanos eles são.

 

 Lançado em 2013, UMA NOITE DE CRIME se mostrou um inesperado sucesso, tendo rendido uma continuação quase imediata e tendo atualmente um terceiro exemplar já a caminho. Não se pode negar afinal de contas que a ideia de uma sociedade que uma noite por ano suspende todos os serviços de emergência e legaliza todo e qualquer crime é bastante promissora. Tendo visto o primeiro exemplar da franquia, posso dizer que o filme dirigido pelo então estreante James  DeMonaco é bastante eficiente como trama de futuro distópico, levantando questões interessantes, mas não tão eficiente naquilo que mais devia lhe interessar, a tensão e o suspense.

 

 Durante os primeiros minutos do filme, somos apresentados a família Sandin que forma a típica família americana de classe alta, o pai trabalhador, a esposa dedicada (Lena Headey) o menino geniozinho (Max Burkholder) e a filha adolescente revoltada (Adelaide Kane). Durante este 1º ato, vemos os debates na TV sobre a validade ou não da "purificação". Enquanto uns defendem que de fato o evento melhorou a economia do país e diminuiu o índice de criminalidade de maneira drástica no resto do ano, outros analistas políticos defendem que a "purificação" não passa de um genocídio social e étnico, já que a maioria das vítimas da tal purificação são as minorias sociais, aqueles que diferente dos Sandin, não pode pagar por um sistema de segurança caro para se protegerem. Dentro da própria família ocorre um debate quase silencioso, onde os país fingem que está tudo bem enquanto estiverem seguros em casa enquanto os filhos estão claramente mais incomodados em relação as altas implicações morais que a "purificação" representa.

 

 Mas passada a interessante metade inicial, UMA NOITE DE CRIME configura-se como qualquer outro "Home Invasion", com a casa dos Sandin sendo cercada por um grupo de jovens que exigem que o mendigo que se refugiou na casa lhes seja entregue. Temos então uma série de repetição de recursos, como o personagem andando pela casa escura só com uma lanterna para ser surpreendido por algo ou alguém, ou um dos mocinhos sendo salvo na hora H por outra pessoa quando um dos assassinos preparava-se para mata-los. O problema aqui não é o uso do recurso, mas sim a repetição deste pelo diretor.

 

 Mas apesar disso, UMA NOITE DE CRIME vale a conferida pelo roteiro simples, mas interessante. Fiquei curioso para conferir a sequência, que expande o cenário de uma unica casa para as ruas.

[Questão]

 Visto ESTRADA MALDITA

 

 

 

 

   Na trama, durante a noite de natal, uma universitária (Emily Blunt) aceita a carona oferecida por um colega de classe (Ashton Holmes) para ir para casa. Durante a viagem, o rapaz resolve pegar um atalho em uma estrada secundária, mas o carro da dupla acaba sendo jogado para fora da estrada por outro veículo. Agora, presos em uma nevasca, os jovens precisam dar um jeito não só de sobreviver as baixíssimas temperaturas, mas também as ameaçadoras e fantasmagóricas aparições que surgem da neve.

 

  Apesar do ponto de partida batido, ESTRADA MALDITA mostra-se um competente thriller sobrenatural, contando com o carisma de Emily Blunt como o seu fio condutor. Mas o grande acerto do diretor Gregory Jacobs e do roteiro escrito a quatro mãos por Joe Gangemi (de STONEHEARST ASYLUM) e Steven Katz (responsável pelo texto de A SOMBRA DO VAMPIRO) é dar ao filme uma ambientação completamente claustrofóbica, já que os dois protagonistas estão confinados dentro de um carro, com a calefação acabando, e com um clima gélido e hostil do lado de fora. Ao mesmo tempo, não sabemos exatamente que tipo de ameaça a personagem de Emily Blunt está enfrentando. Será que seu companheiro de viagem é quem afirma ser? Haveria um maníaco psicótico do lado de fora? Seria a estrada assombrada? Ou será que as estranhas aparições vistas pelos dois jovens seriam apenas fruto de alucinações causadas pelas baixas temperaturas? O filme brinca de maneira inteligente com essas possibilidades até que a verdadeira ameaça se estabeleça.

 

  O curioso é que mesmo lidando com vários elementos comuns de filmes de "estrada assombrada", ESTRADA MALDITA ainda conseguiu manter o suspense constante e o interesse na trama. Assim, fatores como o rádio que não funciona, o guarda de trânsito arrepiante entre outros são usados com sabedoria pelos realizadores, não deixando o ritmo do filme ficar monótono, mesmo que na maior parte do tempo ele se passe dentro de um carro encalhado na neve.

 

  No geral, vale a conferida. Não chega a ser nada de outro mundo, mas entretém com louvor.

[Jorge Soto]

Mas apesar disso, UMA NOITE DE CRIME vale a conferida pelo roteiro simples, mas interessante. Fiquei curioso para conferir a sequência, que expande o cenário de uma unica casa para as ruas.

 

esse ai vale mais pela premissa e pelo conteudo social, pois nao passa de um "home invasion" basicao..mas ainda assim é superior a sequencia, q se perde em 3 draminhas paralelos sem esmiuçar nenhum deles. Violencia? Zero..

 

 

Goodnight Mommy

Tenso terror psicologico austriaco que flerta com vários gêneros de dificil classificação até, desde o drama, suspense, sobrando até pro torture porn. De forma minimalista e agoniante, acompanhamos o retorno duma mãe (recém-saida duma cirurgia plastica facial) ao seu lar. Mas diante de seu comportamento estranho seus filhos (duas crianças gêmeas) passam a duvidar se essa mulher é de fato sua progenitora. Com fotografia clara, espaços exiguos e claustrofóbicos do lar e ritmo que aumenta no decorrer da metragem, o filme prima pela desconfiança q gera até no espectador. o q aumenta o mistério de q diabos ocorre ali. Começa meio paradão mas interessante, onde somente no seu selvagem terço final q a pelicula diz a q veio, com uma violência visceral digna de "Funny Games", com direito até uma reviravolta genuína e pertinente. Nas tudo isso só é possivel pela estupenda atuação do trio central, a dupla mirim e a mãe. Claro que vale a visita. 9,5/10

 

[Jorge Soto]

HAHAHA Descobri que esse filme aqui existe:

 

Pânico no Lago vs Anaconda

 

 

 

Sim, crocodilo assassino vs cobra gigante.

 

Tem no youtube, pelo que vi, mas não tenho coragem de ver... rsrs

 

Anaconda só vi o prineiro e segundo filme (mas já me esqueci do que vi), pânico no lago não vi nenhum.

 

putz, esse aí comecei a ver só pra pegar no sono ou dar risada pela tosquice e absurdo, mas nem pra isso serve... Parei antes da metade.. Na verdade é mais sequencia de Panico do Lago que crossover pq a cobrona é genérica e não aquela anaconda da outra franquia. quem sabe um dia termine de ver.. Só nao sei como que o Robert Englund entra nessas barcas furadas..

 

contagem de corpos, aqui ja deu pra sacar q a tal anaconda nao tem nem 3minutos na tela

 

 

 

 

 

[Jorge Soto]

Para Elisa

Tenso e agoniante terror psicológico espanhol que reverbera "Mum & Dad", "Louca Obsessão" e até o recente "Musarañas" . Jovem atrás de grana aceita o trampo de babá por uma tarde, só que logo vai perceber que a "criancinha" em questão é uma demente de pedra que vai fazer da babá mais uma de suas bonecas. Enxuto em seu tempo de duração e com fotografia bem sinistra, esta fábula de encarceramento involuntário poderia ser apenas mais um genérico não fosse pela foderosa atuação da Ana Turpin no papel titulo, carregando fácil o filme nas costas. Sua interpretação doentia da criança biruta é digna de premiação. O gore e o torture porn são comedidos mas funcionais, e fazem do filme boa pedida pra quem curte o gênero. O único porém que depõe contra é o desfecho abrupto e inconclusivo, dando a impressão que o diretor não sabia como finalizar a produção e simplesmente desligou a filmadora. 8/10

 

[Questão]

 

 Thriller de suspense do fim dos anos 50 bem fraquinho. Nem mesmo a presença do sempre carismático Vincent Price salva o projeto. Não recomendo.

[Questão]

 

 

  Típico horror tailandês sobrenatural, onde uma jovem atriz é assombrada por um espirito com intenções macabras. Todos os clichês deste tipo de filme estão aqui, como as mãos pútridas que surgem da escuridão para assustar a mocinha e as vítimas que literalmente morrem de medo após serem atacadas pelos fantasmas. Até tem uma coisa interessante ou outra no filme, mas no geral, não vale a pena.

[Questão]

 

 

   A imaginação infantil é capaz de criar os cenários mais acolhedores e fantásticos, mas é igualmente capaz de criar ambientes macabros de pesadelo. Temos ótimos exemplos de filmes do gênero que nos colocam ao lado dos pequenos, onde somos postos na posição de nos questionarmos se o que as crianças estão vivenciando e real, ou parte de uma fantasia fora de controle. É este cenário que temos no tenso thriller psicológico GOODNIGHT MOMMY, onde dois irmãos gêmeos passam a se perguntar se a mãe que acaba de voltar pra casa vinda de uma cirurgia facial é de fato sua mãe ou outra mulher que assumiu o seu  lugar. Um bom suspense, que constrói a sua atmosfera a passo de tartaruga, mas que compensa a espera. Vale a conferida.

[Jorge Soto]

Unfriended

Terror adolescente genérico e previsivel cujo formato é o único diferencial. Jovem se suicida após ser bullyzada online, mas eis que um ano depois os responsáveis passam a ser assediados por uma presença misteriosa (via digital) que clama por vingança! Ôloco!  Noutras, um "Carrie" digital. O filme até entreteem e prende algo o interesse, mas a tensão e mistério vão todos pro ralo pois é tudo bem batido e manjado. Resta apenas o formato, pois ao menos o diretor soube tirar muito bom proveito dos recursos da tela de celular, redes sociais, skype, etc.. Mas isso tb ja foi visto em "The Den" e "Open Windows", vai! Mas aqui o filme é toda uma conversa online, em tempo real, entre os infelizes amigos via Skype. Eis o diferencial deste slasher. Mas não basta, ao menos pra mim. Atente pros cartazes promocionais abaixo, bem mais interessantes que o produto final. 7/10

[Jailcante]

Td gde diretor tem seus podres... esse é o do Craven, equivalente ao "Piranha 2 - Assassinas Voadoras" , do Cameron. Contudo, mesmo com tds seus defeitos ambas produções são infinitamente superiores a qq produção atual do Canal Scy Fy ou da Asylum!

 

Pior é que é verdade. Produçãozinhas podres essas do Scyfy. De lá, eu só vejo o reality Face-off. O resto, eu passo longe.

[Jorge Soto]

Purgatório

Interessante terror psicológico vindo da Espanha que mescla elementos de "Dark Water" e "Oculus". Jovem que perdeu seu filho pequeno se vê obrigada a tomar conta do rebento da vizinha numa noite, mas eis que o moleque começa a agir estranho afirmando que tem mais alguém na casa. O tema da dor do luto (o titulo em questão) aqui é tratado de forma asfixiante e melancólica, sem gore algum mas com um suspense agoniante escondido nos detalhes. Com baixo orçamento se construiu uma atmosfera fantástica limitada a um único set (o apê), mas os louros realmente caem sobre Oona Chaplin no papel da infeliz mãe, que passa uma noite do cão com o moleque. O porém é a previsibilidade da estória e seu desfecho. Destaque pra duas cenas na frente do espelho: a arrepiante sequencia da invocação; e a emocionante cena do reencontro. 8/10

 

 

[Questão]

 Visto UMA NOITE DE CRIME: ANARQUIA

 

 

 

 

  Sequência competente do filme de 20013, que expande o universo apresentado no primeiro filme. Na produção original, toda a ação era confinada a uma casa, por isso, víamos todos os desdobramentos da tal "Noite de Crime" através dos olhos da família protagonista. Aqui, a narrativa é levada para as ruas, dando pontos de vista mais variados deste evento onde uma noite por ano, todos os crimes são legalizados, o que acaba funcionando como uma limpeza étnica e econômica por parte do governo, já que incentiva as classes mais favorecidas a eliminar as minorias.

 

  A produção aposta menos no suspense para se concentrar mais na ação, já que temos os protagonistas fugindo e lutando em ruas desertas com os "Purgadores".  O diretor James DeMonaco, que retorna as suas funções do primeiro filme parece se sair melhor desta vez, mostrando que tem uma mão melhor para cenas de ação do que para o suspense mais intenso proposto no filme original. Por outro lado, a crítica social feita soa um pouco martelada demais aqui, faltando um pouco de sutileza, mas nada que prejudique.

 

 Mas no geral UMA NOITE DE CRIME: ANARQUIA vale a conferida. Quem gostou do primeiro filme, deve gostar deste também, apesar das diferenças na atmosfera.

[Jorge Soto]

Return to Sender

Thriller de vingança de baixissimo orçamento e com jeitão de "Supercine", mas ainda assim acima da média por causa unicamente da fodástica atuação da Rosamund Pike, que aqui parece recapitular seus nuances de "Gone Girl". Enfermeira é violentada e espancada, o criminoso é preso, mas incrivelmente a muié (repleta de sequelas) passa a se contatar periodicamente com seu agressor através de cartas no intuito de reencontrá-lo assim que for libertado. Uai, seria Sindrome de Estocolmo??? E é esse o mistério que o filme se encarrega de levar até seu imprevisivel desfecho. Na boa, este é um filme B assumido que constroi sua trama na estranha (e questionável) ligação existente entre a vitima e seu algoz, que é potencializada pela delicada e sutil interpretação de Pike. A reviravolta final so funciona pela junção das tramas paralelas, que incluem da vitima com seu pai (Nick Nolte). Resumindo, é um pequeno grande filme, sem maiores pretensões. 8/10

 

[Questão]

 Visto DARK WAS THE NIGHT

 

 

 

 

  

   Na trama, na pequena cidade de Maiden Woods, o Xerife Paul Shields (Kevin Durand) é um homem que tenta recompor a sua vida após a morte do filho caçula, seguido do seu divórcio. Quando uma série de mortes misteriosas começam a ocorrer no povoado e nas redondezas, o Xerife Fields, acompanhado de seu assistente Donny Saunders (Lukas Haas) passa a investigar estes ataques, somente para descobrir que um animal nunca visto pelo homem está por trás da matança,

 

  Filme B de monstro bem vagabundo, que apesar de contar com um protagonista carismático na pele de Kevin Durand e uma fotografia interessante, que retrata o clima frio do estado americano do Colorado, como um reflexo da depressão do Xerife vivido por Durand, tem uma história arrastada, que fica protelando o confronto com o tal do monstro, simplesmente por causa do orçamento. O filme alias não é dos mais competentes na hora de esconder os seus baixos recursos financeiros. Enrola-se (mal) pra revelar o tal do monstro, e quando ele enfim aparece, não engana nem por um segundo a sua aparência terrivelmente digital. 

 

  No resumo, achei DARK WAS THE NIGHT bem fraquinho, com um final de rir de nervoso de tão ruim que é. Recomendo que passem bem longe deste aqui.

[Jorge Soto]

White Settlers

Thriller de terror bacaninha q a principio pode parecer mais um “home invasion” genérico tipo “Os Estranhos” ou “Funny Games”. Mas não é. Casal inglês se muda pra zona rural escocesa mas logo na primeira noite em sua nova residência sofrem na mão dum quarteto mascarado. O bacana é q os motivos da invasão ficam no ar até o interessante desfecho. No caso, uma versão gore de “Esqueceram de Mim”. Com pouco dinheiro, belas paisagens e a sempre competente Pollyanna McIntosh (recapitulando suas muié de fibra de “The Woman”, “Let Us Prey” e “Exam”) este é um filme pequeno, correto e eficiente. Longe de trazer uma estória original, seu diferencial é o de ter um fundo critico bem interessante, no caso, as tensões sócio-politicas entre os dois países. 8,5/10

 

[Jorge Soto]

Extinction

Terror post-apocaliptico tocado mais pro drama, algo como uma versão dramática e menos comédia de "Zumbilandia" ou "Eu Sou a Lenda" e até "The Road", num contexto de "O Dia Depois de Amanha" . Ou até "30 Dias de Noite" só que com zumbis. A humanidade sucumbiu a epidemia zumbi e dez anos apos o surto, um pai com sua filha tentam sobreviver num mundo congelado, aparentemente livre dos mortos-vivos. Na boa, o filme entretêem mas derrapa pois não se define nem horror nem drama, e no drama é pegajoso demais da conta ao tratar da fofucha garotinha. Quer variar o tema falando de zumbis evoluidos (como seria isso?) mas não explica como e tals. Na verdade a pelicula tem seus melhores momentos na ambientação, nas atuações, nos efeitos, no drama entre os dois amigos e numa ou noutra cena de ação. Resumindo, é legal mas eu esperava mais. 7,5/10

 

[Jorge Soto]

The Scopia Effect

Scyfy de horror interessantissimo e intrigante que lembra muito da temática minimalista de "I Origins", com elementos de "Coherence", "A Viagem" e "Upstream Color". Jovem paranóica depressiva vai se consultar num psicologo que a submente a hipnose, o que desperta os traumas de vidas passadas que a afetam (e assombram) atualmente. De antemão aviso que este é um filme de dificil digestão e que beira o experimentalismo, mas por isso mesmo muito bom. Jogando com trocentos flashbacks (de suas vidas passadas) esta produção indie é um quebra-cabeça que deve ser montado e certamente não é pra qualquer um. Parado e monótono, é somente a partir da metade que as pontas começam a se entrelaçar até seu maravilhoso desfecho. Incrivel como com pouco orçamento se faça um filme contundente como este, mas claro se deve á otima performance de sua atriz principal, a gatíssima polonesa Joanna Ignaczewska. 9/10

 

[Questão]

 Visto NA PRÓXIMA, ACERTO NO CORAÇÃO

 

 

 

   Na trama, no fim da década de 70, a região francesa de Oise é aterrorizada por um serial killer que mata mulheres a tiros, e abandona os seus corpos em estradas desertas. Entre os membros da guarda municipal destacados para resolver o caso esta Franck Neuhart (Gullaume Caunet), que sem o conhecimento de seus colegas, é o verdadeiro autor dos crimes. Enquanto segue em sua trilha de sangue, Franck se apaixona genuinamente por Sophie (Ana Girardot), mas teme que seus instintos assassinos possam condenar a moça ao mesmo destino de suas vítimas.

 

  Thriller francês com um forte tom documental, que parece beber da fonte do pequeno clássico HENRY: RETRATO DE UM ASSASSINO, este NA PRÓXIMA, ACERTO NO CORAÇÃO apresenta a sua narrativa como baseada em fatos reais, com direito a letreiro dizendo o que aconteceu com cada personagem antes do subir dos créditos. Mas nã se enganem, o filme de estréia de Cedric Anger é estrelado por um protagonista totalmente ficcional, embora se baseie fortemente no caso Alain Lamare.

 

 A narrativa é competente em criar no publico uma sensação dúbia de repulsa e cumplicidade com este assassino, já que ao mesmo tempo em que nos revoltamos com seus crimes bárbaros, registrados de forma seca e objetiva pela câmera, não podemos deixar de compartilhar a apreensão do personagem, como no momento em que seus colegas estão lendo uma carta que ele mesmo enviou, Entretanto, apesar de construir bem  seu protagonista, NA PROXIMA, ACERTO NO CORAÇÃO, tem um ritmo bem lento e falha em equilibrar alguns aspectos de sua narrativa, que são simplesmente esquecidos em certo momento.

 

 Um bom filme. Não é ruim, mas acho que eu não o colocaria em uma lista de recomendação.

[Jorge Soto]

Always Watching

Mockumentary bem fraquinho que apenas muda fantasmas, vampiros, lobisomens, ets e pé grandes (ou qualquer outro monstro) pelo Slenderman, lenda urbana criada na internet. Aqui uma equipe de documentaristas investiga o sumiço duma familia pelas fitas vhs por ela deixada, e encontram um sujeito estranho nelas que passa a assedia-los tambem. Na boa, este filme tem publico especifico..ou seja, quem curte essa lenda. Eu não sou uma dessas pessoas. De resto, o filme é genérico e não acrescenta nada ao gênero, pois possui todos seus cacoetes, clichês e até desfecho. É eficiente e mete alguns sustos sim, mas são sustos facéis. Pra mim só serviu mesmo pra passar o tempo e conhecer mais desse mito até interessante do qual sabia bem pouco. Mas no gênero tem coisa bem melhor. Ah, e valeu tambem por ver entre as atrizes principais uma gostosa do seriado Walking Dead, Alexandra alguma coisa..mas que mulher linda!  7,5/10

 

[conan]

Sobrenatural - A origem (capítulo 3)

 

Surpreendentemente um filme muito bom. É tão, ou senão melhor, que o segundo. Aliás, a série é o que está tendo de melhor no gênero horror. Os filmes não buscam dar um passo maior que a perna ou reinventar a roda. Os enredos não são inovadores. Os três filmes usam e abusam dos clichês. Mas se algum clichê existe, é porque funciona. E o universo do horror é um campo fértil para o "mais do mesmo", desde que seja bem executado, como é o caso deste filme.

 

Não tem nada mais delicioso do que a velha história de assombrações, sem invenção de moda. Nada de efeitos especiais exagerados. Basta uma ambientação adequada, uma boa maquiagem e saber construir o suspense. A história deste terceiro filme não apresenta nada de novo, mas a ambientação está bacana. As atuações estão muito boas no geral, elevando o que seria um drama brejeiro caso fosse mal conduzido. Aliás, o drama da família realmente me tocou (dentro dos limites da proposta do filme). E isso é o diferencial dos filmes da série Sobrenatural. Eles transitam entre o drama e o humor de modo orgânico e sem nunca comprometer a seriedade do horror do eixo principal da trama. Além disso, são filmes comprometidos com o terror da velha guarda, que busca, antes de tudo, assustar. Nada destes filmes genéricos atuais que desvirtuaram o terror na tentativa de simplesmente chocar e criar sensação de repugnância, mas sem realmente assustar.

 

Além disso, os filmes são marcados por personagens bastante carismáticos, principalmente Elise, Tucker e Specs que dão identidade própria à série. A química dos atores estava bem legal. E é bom ver um filme de terror em que homens e mulheres não são meros coitados estúpidos à mercê de seres invencíveis. (Spoiler) Inclusive, foi divertido ver a platéia aplaudir, num momento catártico, quando a Elise partiu para o pau contra o vilão!

 

Enfim. O filme não vai revolucionar o gênero (e nem pretende). Mas é um filme delicioso para os amantes de histórias de fantasmas.

[Jorge Soto]

The Vatican Exorcisms

Found footage de orçamento merreca bem genérico e que não agrega nada a este surrado e batido sub-gênero. Misto de "O Exorcista" com os outros mockumentarys (razoáveis até) "Filha do Mal" e "The Borderlands" , temos aqui um jornalista que vai pro Vaticano desmascarar uma suposta liga de bispos encarregada a desencapetar fieis. Na boa, a pelicula se prende demais a seus clichês e não busca se diferenciar dos seus similares, que há aos montes, tipo "The Last Exorcism" , e a precariedade de roteiro fica palpável pelo desfecho anticlimático e inconclusivo. Se tem algo que se destaca são as sessões de exorcismos propriamente ditas, que são 4 ao todo, onde o diretor tira leite de pedra sem CGI algum criando uma atmosfera tensa e sinistra apenas com mudanças interessantes de angulo de câmera. Claro que estas cenas também foram favorecidas pelos atores italianos (desconhecidos) que metem medo realmente. Em especial o último, que deve ser contorcionista profisional dada a elasticidade impressionante de suas convulsões. Apenas pra quem curte exorcismos. 7/10

 

[Questão]

 Visto SUDOR FRIO

 

 

 

 

  Na trama, Roman (Facundo Espinosa) é um rapaz que juntamente com a amiga Ali (Marina Glazer), tenta encontrar a sua ex namorada, Jackie (Camila Velasco), que desapareceu após se envolver em um relacionamento virtual. Sua busca os leva até uma casa no subúrbio de Buenos Aires, onde ela é mantida prisioneira por dois velhos criminosos de guerra da ditadura argentina, que atraem garotas até a sua residência e as torturam até a morte, na esperança de que elas os ajudem a solucionar um enigma matemático permanecido insondável desde os tempos da ditadura.

 

  Torture porn relativamente divertido produzido por nossos hermanos, mas que no fim das contas, resulta bem pouco memorável. Um dos maiores problemas do filme dirigido pelo veterano Adrian Garcia Bogliano é o roteiro escrito a seis mãos pelo diretor, Ramiro Garcia Bogliano e Hernan Moyano. É um amontoado de plots e subplots, que qurerendo explorar tudo, o filme acaba não explorando nada. Há os flashbacks que explicam a relação dos dois velhos assassinos, o triangulo amoroso dos protagonistas, os vizinhos traficantes, as mulheres zumbi no porão, Enfim. O próprio fato de eles fazerem uma moça fugir desesperada de um velhinho de andador já é bem ridículo. Felizmente, a película tem o bom senso de não se levar a sério demais, com os próprios personagens tirando sarros de algumas decisões estupidas, como o fato de não tendo sinal no celular (é obvio) mas tendo acesso a internet, Roman decide pedir por ajuda em sua pagina do Facebook

 

  Mesmo no meio dessa confusão temática mal conduzida, SUDOR FRIO ainda consegue trazer alguns momentos de tensão. Aquele que com certeza deu o título, onde o protagonista encontra Jackie ensopada de nitroglicerina é esteticamente muito bem trabalhado, com planos detalhe de cada gota escorrendo pelo corpo da garota, transformando-a praticamente em uma bomba humana. Uma explosão que ocorre perto do climax também é filmada de forma bem interessante ao mostrar através de slow motion os modos diferentes como a tal explosão afetou cada um dos personagens presentes na cena.

 

 No final das contas, SUDOR FRIO é um filme divertido, mas rapidamente esquecível.

[Mr. Scofield]

The Scopia Effect

Scyfy de horror interessantissimo e intrigante que lembra muito da temática minimalista de "I Origins", com elementos de "Coherence", "A Viagem" e "Upstream Color". Jovem paranóica depressiva vai se consultar num psicologo que a submente a hipnose, o que desperta os traumas de vidas passadas que a afetam (e assombram) atualmente. De antemão aviso que este é um filme de dificil digestão e que beira o experimentalismo, mas por isso mesmo muito bom. Jogando com trocentos flashbacks (de suas vidas passadas) esta produção indie é um quebra-cabeça que deve ser montado e certamente não é pra qualquer um. Parado e monótono, é somente a partir da metade que as pontas começam a se entrelaçar até seu maravilhoso desfecho. Incrivel como com pouco orçamento se faça um filme contundente como este, mas claro se deve á otima performance de sua atriz principal, a gatíssima polonesa Joanna Ignaczewska. 9/10

 

 

 

Nem me falou desse antes, né, seu Soto?

Chegar em casa vou ter que ir correndo procurar.

 

 

E, putz, Conan, Insidious 3 é horroroso.

[Jorge Soto]

Pressure

Filmaço este misto de thriller de ação com terror psicológico  que tem quase a mesma temática do bacanudo "Black Sea" , com Jude Law. Quarteto de mergulhadores ficam presos numa capsula no fundo do mar qdo uma tempestade detona o navio que servia de suporte pra eles, durante o conserto duma tubulacao submarina. Noutras, é quase um "Segredo do Abismo" com "Gravidade" ou "Apolo 13" , só q muda o espaço pelo oceano. O filme basicamente se passa dentro da capsula mas consegue ser bem tenso e claustrofóbico em vários trechos. Com pouco orçamento o diretor tira leite de pedra do quarteto de atores, a começar o ótimo Danny "Stryker" Huston e Matew "Ozimandias" Goode. O unico que depõe contra é seu desfecho previsivel, mas incrivelmente isso não conseguiu ser tããão demérito assim. Vale a bizoiada.8,5/10

 

[conan]

Opinião é opinião 

 

Mas para debate: mediano eu até entendo. Mas horroroso não acho para tanto. ele cumpre exatamente o que se propõe a fazer e ainda fica acima dos filmes genéricos de "casa assombrada".

 

Mas, sério, aceito sugestões de filmes com pegada semelhante e que são melhores