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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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Ei, esse tópico está realmente muito bom.

 

acho que foi a 1ª vez que sentei para ler direitinho as críticas de vocês e estou achando muito divertido.

eu mesma, que já fui grande fã dos filmes de terror me afastei algum tempo desse gênero e de muitos não lembrava os detalhes...

 

deu até vontade de alugar uns filmes de terror antigo. rs

 

 

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Eu não assisti Oldboy ainda, mas já o vi sendo classificado por muitos gêneros ... Menos suspense/terror.

 

 

 

Aliás, vi ontem Abismo do Medo, presente em algumas listas ... Ótimo.

 

 

 

Este tópico (e os comentários do Scofield) estão me deprimindo. Descobri que sou mais leigo do que pensei ser quando o assunto é terror e suspense. Por isso' date=' peço para o Jailcante que ao fim dos 19 Dias de Horror, poste uma "média", com os 19 melhores filmes na opinião de todos os 19 usuários, para que eu tenha referência na hora de locar filmes de terror. [/quote']

 

 

Gostei muito de ler isso. Esse tipo de franqueza com espirituosidade é  bacana.

 

Obrigado.

Engraxador!2006-10-23 15:38:32

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Segunda-feira, 23 de Outubro de 2006.

19 Melhores Filmes de Terror/Suspense segundo:

 

Josefel Zanatas

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INTRODUÇÃO:

 

Sou um admirador de bons suspenses e thrillers psicológicos, mas quando escuto "terror" é outra história. Terror pra mim é diversão, o que gosto é de ver sangue jorrando e tripas voando, não existe nada melhor para relaxar à qualquer hora e dia. Na minha lista procurei colocar, em ordem crescente de preferência pessoal, os 19 filmes de terror que mais me marcaram, que considero como fundamentais ao gênero e que merecem ser conhecidos e (re)vistos.

 

LISTAS E CRÍTICAS: 

19- NekRomantik (idem, 1987, Jörg Buttgereit, Alemanha)

Casal de necrófilos roubam corpos do necrotério para diversão. Inteiramente grotesco, e uma cena com um coelho que ao nível daquela com a tartaruga em Cannibal Holocaust. Não lançado no Brasil.


18- Um Drink no Inferno (From Dusk Till Dawn, 1996, Robert Rodriguez, EUA)

Tarantino e Rodriguez são dois dos mais autênticos cineastas da atualidade. Seus vampiros sangrentos resgataram uma faceta do terror, que há muito não se via. E que venha Grind House.


17- Zombie – A volta dos mortos (Zombi 2, 1979, Lucio Fulci, Itália)

Continuação não oficial de Dawn of the Dead, deu início ao sangrento ciclo de zumbis italianos. Finalmente lançado em DVD por aqui neste ano.


16- Freddy vs. Jason (idem, 2003, Ronny Yu, EUA)

O encontro mais aguardado desde os anos 80. Ao contrário de exemplares mediocres das duas séries, aqui se entrega tudo o que os fãs esperam.


15- Aniversário Macabro (Last House on the Left, 1972, Wes Craven, EUA)

Nos universo dos filmes de Wes Craven a vingança faz parte do cotidiano das pessoas. Este é um de seus trabalhos mais marcantes, onde pais vingam a morte de filha.


14- Jogos Mortais (Saw, James Wan, 2004, EUA)

Toda geração tem seus icones do horror, Jigsaw possui certa originalidade no espirito do nosso tempo.


13- Exorcismo Negro (idem, 1974, José Mojica Marins, Brasil)

Feito na onda de O Exorcista, Zé do Caixão se encontra (e enfrenta) pela primeira vez seu criador, o cineasta José Mojica Marins.


12- Terra dos Mortos (Land of the Dead, 2005, George A. Romero)

Em tempos de zumbis velocistas, Romero retorna para mostrar como deve ser um filme atual de mortos-vivos.


11- Audition (Ôdishon, 1999, Takashi Miike, Japão)

O terror oriental contemporâneo tem muito mais contos sobre maldições. Aqui, o que aparenta ser um saudável namoro, se revela como uma perversa surpresa. Não lançado por aqui.


10- Hellraiser – Renascido do Inferno (Hellraiser, 1987, Clive Baker, EUA)

A primeira parte da franquia dos cenóbitas. Bem escrito e filmado, pena que o padrão não se repete em suas continuações.


09- Cannibal Holocaust (idem, 1980, Ruggero Deodato, Itália)

Mais do que por sua polêmica violência, à qual deve sua fama, se destaca também pelo bom roteiro e trilha sonora. Plagiado quase vinte anos depois por Bruxa de Blair. Inédito no Brasil.


08- Guinea Pig (Za ginipiggu: Akuma no jikken, 1985, Japão)

Mulher é torturada e morta em frente às câmeras, primeiro de uma série de snuff movies simulados. Série esta, toda inédita no Brasil.


07- A Morte do Demônio (Evil Dead, 1981, Sam Raimi, EUA)

O primeiro filme de Sam Raimi é também o seu melhor. As continuações deste nos deixam claro que ele já deu o que tinha que dar ao terror, e está melhor em Homem Aranha.


06- Zombie – O Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead, 1978, George A. Romero, EUA)

Segunda parte da trilogia (ou quadrilogia) dos mortos de Romero. A popularidade dos comedores de carne viva começa por aqui.


05- Fome Animal (Braindead, 1992, Peter Jackson, Nova Zelândia)

Nada de Senhor dos Anéis ou King Kong, a maior obra prima de Peter Jackson é esta comédia de horror. Os zumbis mais persistentes já vistos no filme mais violento já feito.


04-Calafrios (Shivers, David Cronenberg, 1975, Canadá)

poster1.jpg

Primeiro longa-metragem de David Cronenberg, Calafrios se passa em um luxuoso condomínio fechado em uma isolada ilha canadense. Um estranho parasita invade o corpo dos moradores, os disseminando com um vírus que libera os desejos sexuais mais profundos de cada um. Em pouco tempo o local está infestado por uma espécie de “zumbis do sexo”, o que traz as mais violentas consequências. Logo aqui nota-se o estilo que viria a acompanhar Cronenberg por toda sua filmografia, abordando a repressão de sentimentos humanos e sua relação com a sociedade. Calafrios foi rodado no Canadá com elenco amador, e teve influência muito forte sobre Alien – O oitavo passageiro.


03- Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974, Tobe Hooper, EUA)

Um dos primeiros grandes clássicos do horror moderno. Realista e estarrecedor. Influenciou milhares de produções de todas as qualidades.


02- Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead, 1968, George A. Romero, EUA)

O filme de horror mais influente já feito, sem ele não existiriam metade das produções dessa lista. Além de criar mortos carnívoros, Romero também inicia sua série de análise social através dos mortos-vivos.


01- Esta Noite Encarnarei no teu Cadaver (idem, José Mojica Marins, 1967, Brasil)

 

192403_4.jpg

 

Uma lista de filmes de terror elaborada por um sujeito que se intitula “Josefel Zanatas” não poderia estar completa se não contasse com filmes do mestre José Mojica Marins. Este é a segunda parte da trilogia inacabada do Zé do Caixão. Incompreendido agente funerário que não crê em deus nem em vida após a morte, e valoriza apenas a inteligência humana e a continuidade do sangue, vive para buscar a mulher perfeita digna de gerar seu filho. Após sobreviver aos eventos de À meia noite levarei sua alma e ser absolvido por seus crimes, Zé do Caixão sequestra seis mulheres de seu vilarejo e as submete à sádicos testes para encontrar sua mulher ideal. Ao descobrir que matou uma criança, ele sofre alucinações onde visita um fantástico inferno de gelo. Mojica estava à frente de seu tempo, enquanto a maior parte do filme mantém um estilo que remete aos clássicos monstros da Universal, seu delírio colorido do inferno parece prever o que seria feito no terror dali em diante. Indispensável.
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18- Um Drink no Inferno (From Dusk Till Dawn' date=' 1996, Robert Rodriguez, EUA)

17- Zombie – A volta dos mortos (Zombi 2, 1979, Lucio Fulci, Itália)16- Freddy vs. Jason (idem, 2003, Ronny Yu, EUA)

15- Aniversário Macabro (Last House on the Left, 1972, Wes Craven, EUA)

14- Jogos Mortais (Saw, James Wan, 2004, EUA)

12- Terra dos Mortos (Land of the Dead, 2005, George A. Romero)

10- Hellraiser – Renascido do Inferno (Hellraiser, 1987, Clive Baker, EUA)
07- A Morte do Demônio (Evil Dead, 1981, Sam Raimi, EUA)

06- Zombie – O Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead, 1978, George A. Romero, EUA)

05- Fome Animal (Braindead, 1992, Peter Jackson, Nova Zelândia)

03- Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974, Tobe Hooper, EUA)02- Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead, 1968, George A. Romero, EUA)

 
[/quote']

 

Está lista está muito bacana.. dos q vi da lista, alguns não lembro muito do filme (Aniversário macabro), mas acho "Um drink no inferno" razoavel, "Terra dos mortos" decepcionante e "Freddy Vs Jason" uma tremenda porcaria, Sou fã de "Fome Animal", "Evil dead" e "Jogos mortais", filmes com "Zombie", "Zombie 2" e "A noite dos mortos vivos" vi há muitos anos, preciso rever urgentemente!!!
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Quinta-feira' date=' 19 de Outubro de 2006.

19 Melhores Filmes de Terror/Suspense segundo:

 

Dook

 

 

 

LISTA:

 

1) O Exorcista (The Exorcist) - 1973

2) O Iluminado (The Shining) - 1980

3) Os Pássaros (The Birds) - 1963

4) Halloween - A Noite do Terror (Halloween) - 1978

5) O Enigma de Outro Mundo (The Thing) - 1982

6) A Bruma Assassina (The Fog) - 1979

7) Sexta-Feira 13 (Friday the 13th) - 1980

8) Alien - O Oitavo Passageiro (Alien) - 1979

9) Halloween II (idem) - 1981

10) A Bruxa de Blair (Blair Witch Project) - 1999

11) À Beira da Loucura (In the Mouth of Madness) - 1994

12) A Hora do Espanto (Fright Night) - 1985

13) A Hora do Pesadelo (Nightmare On Elm Street) - 1984

14) Carrie - A Estranha (Carrie) - 1976

15) Extermínio (28 Days Later) - 2003

16) O Chamado (The Ring) - 2002

17) Água Negra (Dark Water) - 2005

18) Tubarão (Jaws) - 1975

19) Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker's Dracula) - 1992

 

[/quote']

Não vi ainda Dark Water e Drácula (esse segundo já estive muitas vezes com possibilidades de assistir, mas acabei não vendo por imprevistos..sabe aquele filme que toda vez que vai assistir acontece alguma coisa que impede? Pois é.. 06).

Curioso citar Halloween II, gosto muito dessa continuação e sempre foi a minha referência da série até assistir o primeiro há mais ou menos duas semanas atrás.

Agora, podem dizer o que quiserem, mas eu ADORO A Bruxa de Blair, e adorei vê-lo na lista, mesmo possuindo características muito parecidas com o excepcional Cannibal Holocaust (que considero ainda superior). É um dos filmes em espiral que mais aprecio, onde os acontecimentos vão se tornando gradualmente mais tensos e com consequências cada vez mais graves. Vi no cinema e, mesmo com uma qualidade ruim, tanto da platéia quanto do cinema em si, acabei adorando.

E opa, À Beira da Loucura é um filmaço que poucos fãs do gênero assistiram, aproveitem a dica pra dar uma conferida. 01

Tem também o crássssssico A Hora do Espanto, que nunca revi, a exemplo de vários outros títulos que aprecio muito. Não me esqueço que esse foi o segundo filme que assisti no vídeo cassete, quando meu pai comprou em um consórcio (o primeiro foi a comédia Descalços no Parque, belíssimo e divertido filme com Robert Redford e Jane Fonda 02). Nostalgia pura. 16

Mr. Scofield2006-10-23 19:42:41
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Sexta-feira' date=' 20 de Outubro de 2006.

19 Melhores Filmes de Terror/Suspense segundo:

 

Bart Scary

 

 

 

LISTA:

1. O Silêncio dos Inocentes (Silence of the Lambs, 1991)

2. Os Outros (The Others, 2001)

3. Pânico (Scream, 1996)

4. O Chamado (The Ring, 2002)

5. Psicose (Psycho, 1960)

6. O Exorcista (The Exorcist, 1973)

7. O Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker’s Dracula, 1992)

8. A Hora do Espanto (Fright Night, 1985)

9. Entrevista com o Vampiro (Interview with the Vampire, 1994)

10. A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Sleepy Hollow, 1999)

11. Drácula (Dracula, 1974)

12. A Espinha do Diabo (El Espinazo del Diablo, 2001)

13. Hannibal (Hannibal, 2001)

14. Olhos Famintos (Jeepers Creepers, 2001)

15. A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, 1984)

16. Tubarão (Jaws, 1975)

17. Do Inferno (From Hell, 2001)

18. A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1999)

19. Diabolique (Diabolique, 1996)

[/quote']

Bom, a lista do Bart é a que até agora tem mais surpresas pra mim e parece ser de longe a que possuo menos afinidade de gosto. Curioso e atípico ver filmes como Do Inferno e Olhos Famintos em uma lista de preferidos..bem subjetivo..gostei muito..no entanto, odeio ambos os filmes (na verdade, não consegui nem terminar de assistir Olhos Famintos - é por isso que está só com metade em azul 0606). A lembrança de A Espinha do Diabo também é bem legal (alguém sabe me dizer qual a participação de Almodóvar no filme?), mas também não gosto. Acho o filme extremamente chato - apesar do início interessante - e nem a poesia que lhe confere uma certa peculiaridade consegue salvar a narrativa lenta e frustrante. Gosto muito da Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça também..me surpreendi muito, pois achei que seria uma bomba certa.

Como vocês sabem, não gosto muito do Silêncio dos Inocentes, então imaginem minha opinião sobre Hannibal. 0606

Ah, Diabolique é um filme muito legal, mas não considero um filme de horror. 01

 

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A Chave Mestra (The Skeleton Key / 2005 / Dir:Iain Softley)
 'A Chave Mestra' tinha de tudo para passar despercebido' date=' como mais um terrorzinho comercial. Mas o tema e clima diabólicos, alidos ao também notável desfecho, fazem do filme um exemplo do gênero.

[/quote']

Considero esse como um dos melhores filmes de suspense da década atual, o medo do desconhecido é um tema que me fascina, e por isso amei tanto esse filme, além é claro por causa de seu final.

 

Água Negra (Dark Water / 2005 / Walter Salles)
Contrasta o drama e o suspense' date=' usando a base não-é-o-que-parece-ser, normalmente mal-sucedida em filmes do gênero. Salles faz um bom trabalho, e o roteiro quebra as espectativas.[/quote']

A versão japonesa é infinitamente melhor, o drama e o suspense criado por Hideo é muito melhor que o criado por Walter Salles, porém considero essa como uma boa refilmagem.
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 Grande Josefel!! 10 Excelente lista, com vários títulos inéditos no Brasil e que morro de vontade de conferir (NekRomatic, Zombie e Guinea Pig). Além de citar "Shivers" do doente do Cronemberg...

 Aliás, por falar nele, você já conferiu "Rabid" ("Enraivecida na Fúria do Sexo")? O filme é meio tosco, mas tem toda a costumeira carga de bizarrice e crítica subversiva ao bicho homem e a sociedade. Coisas comuns em seus filmes.   
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Quinta-feira' date=' 19 de Outubro de 2006.

19 Melhores Filmes de Terror/Suspense segundo:

 

Dook

 

 

 

LISTA:

 

1) O Exorcista (The Exorcist) - 1973

2) O Iluminado (The Shining) - 1980

3) Os Pássaros (The Birds) - 1963

4) Halloween - A Noite do Terror (Halloween) - 1978

5) O Enigma de Outro Mundo (The Thing) - 1982

6) A Bruma Assassina (The Fog) - 1979

7) Sexta-Feira 13 (Friday the 13th) - 1980

8) Alien - O Oitavo Passageiro (Alien) - 1979

9) Halloween II (idem) - 1981

10) A Bruxa de Blair (Blair Witch Project) - 1999

11) À Beira da Loucura (In the Mouth of Madness) - 1994

12) A Hora do Espanto (Fright Night) - 1985

13) A Hora do Pesadelo (Nightmare On Elm Street) - 1984

14) Carrie - A Estranha (Carrie) - 1976

15) Extermínio (28 Days Later) - 2003

16) O Chamado (The Ring) - 2002

17) Água Negra (Dark Water) - 2005

18) Tubarão (Jaws) - 1975

19) Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker's Dracula) - 1992

[/quote']

 

 

 

Carpenter dominando a lista. What a surprise. 06

 

Enfim, só torço o nariz para "O Chamado", que não acho grande coisa; "Água Negra", pra mim um ótimo drama sobre mães e filhos muito antes de ser um suspense/terror; e "Drácula de Bram Stoker", pelo qual sou apaixonado, mas considero bem mais um romance de tragédia.

 

"O Silêncio dos Inocentes" é outro que muitos estão colocando, mas que considero, primeiro, drama e romance. E acho sensacional, sendo até pornografia, se quiserem.
Serge Hall2006-10-24 11:25:37
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Notícia para os interessados no horror (cec):

Clive Barker, criador da franquia Hellraiser, informou em seu site oficial que foi chamado pela The Weinstein Company para escrever o roteiro da refilmagem do primeiro longa da série, originalmente escrito e dirigido por ele em 1987.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Eles querem refilmar o primeiro Hellraiser com um orçamento bem maior e me convidaram para escrevê-lo, o que farei, já que se eu não o fizer, alguém o fará de um jeito que eu provavelmente não irei gostar,” disse Barker.

 

O cineasta adiantou que não irá dirigir o filme, mas será um dos produtores.

 

obs: apesar dos pesares em relação às refilmagens, fiquei curioso com esta notícia. Hellraiser é um ótimo filme, mas ele perdeu um pouco do apelo que tinha, e em épocas de Jogos Mortais e Os Albergues da vida, nada melhor do que o melhor filme que mostra o que é sadismo no horror mesmo. Só espero que não estraguem o filme...

E uma outra notícia interessante para aqueles que curtem Lovecraft:

 

O mexicano Guillermo del Toro (Hellboy) sequer começou a rodar Hellboy 2 e já pensa em seu possível próximo filme, a adaptação do livro At the Mountains of Madness, de H.P. Lovecraft. Em entrevista ao site IGN, o diretor contou que vem trabalhando neste projeto já há alguns anos e que sua realização depende de uma série de fatores. Por enquanto, sua única certeza é a de que esta não poderá ser uma produção independente, já que a história, sobre uma expedição a Antártica que enfrenta acontecimentos bizarros, necessita de grandes gastos para ser filmada.

 

Os pingüins albinos, a cidade gigante... A coisa mais difícil deste livro é que ele trata de muitos relatos da expedição, a narrativa é brilhante, mas é um pouco seca, não é baseada nos personagens,” disse del Toro. Para ele, um dos maiores desafios no filme será criar um arco para a história. O diretor também disse que “o horror no livro é ambíguo e mantido <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em aberto... O livro alcança seu clímax praticamente ao usar uma narrativa de espaço vazio, é o que você não vê que cria o clímax. Isso vai contra a essência do show business, porque você não mostra nada. Acho que o que estamos fazendo está bom e é o melhor que podemos fazer em relação a esta adaptação.”

 

Atualmente, del Toro está cuidando da divulgação de seu mais recente trabalho, Pan’s Labyrinth, que concorre a uma indicação como Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2007.

Conan o bárbaro2006-10-24 13:00:19
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Terça-feira, 24 de Outubro de 2006.

19 Melhores Filmes de Terror/Suspense segundo:

 

Garami

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INTRODUÇÃO:

 

Bem... inicialmente, gostaria de dizer que essa lista não está em ordem de preferência. Muitas dessas obras listadas precisam ser revistas urgentemente (principalmente Freaks que, aliás, eu gostaria de ter comentado mais profundamente... mas, como faz muito tempo que vi esse filme, não conseguiria comentá-lo com precisão). Portanto, perdoem minha ignorância quanto a esse gênero, que é tão vasto. E, qualquer dúvida sobre essa lista, não de abstenham de me questionar.

LISTA E CRÍTICAS:

- O Exorcista (The Exorcist, 1973)

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    O mais poderoso dos filmes de terror nasceu em 1973, baseado no livro homônimo e cercado por diversas histórias macabras. Porém, deixemos de lado as histórias sensacionalistas sobre membros da produção que vieram a falecer durante e depois da realização do projeto para nos atermos ao filme em si. A premissa, todos conhecem: após receber uma estranha estatueta, uma atriz vê sua filha sofrer uma enorme mudança de comportamento. O que antes parecia uma simples fase da puberdade acaba se revelando como a mais cruel realidade possível: a menina Reagan estava possuída por um demônio.
    O filme de William Friedkin se mostra cruel de diversas maneiras. Além do fato de ser uma criança a "vítima" do filme, vemos nossas crenças mais profundas serem destruídas passo a passo. Em certo momento, o Padre Karras, conversando com o demônio que possuira a garota, o desafia a destruir as amarras que prendem o corpo da menina à cama. A resposta é imediata e, sem sombra de dúvidas, chocante: "Essa seria uma demonstração idiota de meu poder". Assim, percebe-se que o filme não precisa se explicar muito: tudo aquilo que o espectador aprendeu em casa com os pais e avós, no que diz respeito à religião, acaba servindo para que ele se situe no universo do filme e saiba que o vilão do filme é poderoso demais para ser derrotado. E a horrenda sensação de impotência que transborda dos personagens acaba tomando o espectador também, tornando O Exorcista uma experiência intimidadora e amedrontadora.
    Um dos maiores méritos de O Exorcista é ser completamente atemporal. Afinal, mesmo com a degradação de valores que presenciamos na sociedade atual, o filme consegue se sobressair e ser respeitado (aliás, nas poucas pessoas que vi rindo-se das cenas de O Exorcista, era completamente visível que elas riam apenas para não precisarem admitir o impacto que somente o nome do filme já causa). Mais do que a menina se masturbando com um crucifixo ou da mesma vomitando um estranho líquido verde no rosto do padre, o que realmente causa medo é a própria situação que o filme sugere. Entretanto, não deve-se desmerecer o ótimo trabalho feito com a fotografia desse filme (diga-se de passagem, um dos elementos mais perturbadores do filme são as faces demoníacas que por vezes aparecem nas paredes da casa: os personagens dificilmente as vêem, pois tal recurso é feito única e somente para os espectadores).
    Por fim, o corajoso trabalho desse filme merece muitos aplausos. Em minha visão como amante da sétima arte, o maior desafio de um filme é sobreviver à ação devastadora do tempo. E O Exorcista é um vencedor nesse caso: além de sobreviver aos tempos, o filme marca gerações com seu roteiro forte e, certamente, continuará aterrorizando a todos por muito tempo.

- Eraserhead (Eraserhead, 1977)

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    Desta humilde lista, Eraserhead foi o último filme que eu assisti. Minha curiosidade pelos filmes de David Lynch começou após eu ter assistido ao famigerado Cidade dos Sonhos. Após um pouco de pesquisa, cheguei à Eraserhead. Confesso que não esperava aquilo que o filme me mostrou. Tanto que precisei de uns 5 dias para poder "digerí-lo" (e creio que alguns pedaços tenham "ido para o estômago" ainda inteiros). De qualquer forma, a "bizarrice" de David Lynch já vem desde seu primeiro filme, como prova essa verdadeira jóia da década de 70. A história foca-se em um homem (Henry Spencer, vivido por Jack Nance, que fora um habitual colaborador de Lynch) que descobre ter engravidado sua namorada. Até aí, normal, porém, o bebê (ou seja lá o que aquilo for) é na verdade um "mutante" que, enrolado em seu coeiro, não pára de chorar nem por um instante. Após algum tempo de convívio, a mulher de Henry (Mary X, vivida por Charlotte Stewart) não consegue mais suportar o choro da "criança" e abandona marido e filho. Deixado para trás, resta a Henry tentar criar a criança.
    Esta obra, totalmente preta-e-branca aborda, mais especificamente, o chamado "terror-psicológico". É difícil dizer se o que Henry vive é a realidade, um pesadelo e ou um delírio à luz do dia. O filme, à primeira vista, parece completamente sem sentido e propósito. Entretanto, refletindo-se um pouco pode-se chegar a excelentes conclusões sobre esta obra e compreender seus objetivos.
    Porém, mesmo que você discorde de mim quando ao sentido do filme, uma coisa é inegável: Eraserhead é completamente perturbador. Tudo se mistura de uma forma que beira o psicótico e cria um ambiente de confusão e perturbação. O choro do bebê mutante, somados à sua própria (horrenda) imagem e às alucinações de Henry causam um grande desconforto, ao mesmo tempo que nos impele a não desprender-nos do que aparece na tela. Aliás, minha cena favorita é a do jantar na casa de Mary X. A forma como Henry porta-se (como se fosse um eterno estranho até para ele mesmo) junta-se às esquisitices da família de sua namorada e criam uma cena memorável (destaco, principalmente a fala do Sr. X, no momento em que ele explica que, de tanto trabalhar, ele perdeu a sensibilidade de um dos braços, pontuando sua fala com um sonoro e assustador "olhe para meus joelhos! Olhe para meus joelhos!"). É esse tom de "incoerência" e perturbação que permeia Eraserhead.
    Interpretações para aquilo que Eraserhead apresenta há muitas. E esse é outro fator para que esse filme seja tão cultuado. Infelizmente, não contamos com uma versão em DVD desse filme no Brasil. Ao que me consta, o próprio David Lynch vende uma versão remasterizada desse filme em seu site oficial. Aos fãs, resta torcer para que este DVD dê as caras aqui, no Brasil.

- O Massacre da Serra Elétrica (Texas Chainsaw Massacre, 1974)
- Evil Dead (Evil Dead, 1981)
- Uma Noite Alucinante (Evil Dead 2, 1987)
- Poltergeist - O Fenômeno (Poltergeist, 1982)
- O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, 1991)
- Psicose (Psycho, 1960)
- O Iluminado (The Shining, 1980)
- Monstros (Freaks, 1932)
- Phenomena (Phenomena, 1985)
- Prelúdio para Matar (Profondo Rosso, 1975)


- Cannibal Holocaust (Cannibal Holocaust, 1980)

cani.jpg

    Violência completamente realista. Maquiagem beirando a perfeição. Animais mortos. Sangue. Polêmica. Mais sangue. Moralismo. E mais uma quantidade considerável de sangue. Esses aspectos fizeram de Cannibal Holocaust, o filme mais famoso de Ruggero Deodato, um dos filmes mais controversos do mundo.
    Entretanto, por mais violento e repudiável que seja, Cannibal Holocaust é um filme para ser visto e revisto. Lançado em 1980, o filme, até hoje, deixa no chinelo a maioria dos lançamentos do gênero de terror da década de 90 e 00, quando se trata de maquiagem e realismo. As imagens, assustadoramente reais, chocaram tanto o público que Deodato foi até mesmo chamado para explicar-se e provar que os atores não foram realmente devorados por canibais. A polêmica, além de dores de cabeça à Deodato (que confessou ter se arrependido de ter realizado tal projeto), trouxe à Cannibal Holocaust o título de "filme mais violento do mundo".
    A fórmula de Cannibal Holocaust soa familiar, para os que já assistiram A Bruxa de Blair: um grupo de jovens adentra a floresta em busca de índios que possam filmar. A partir dali, eles acabam se encontrando com canibais e, quando perturbam a paz dos mesmos, acabam por ser devorados um a um. Essa premissa, bastante original à época, foi uma das responsáveis por causar no público a impressão de que as gravações que aparecem no filme seriam reais. Porém, como se sabe, somente as cenas de maus tratos a animais são verdadeiras em Cannibal Holocaust, e este é seu ponto mais reprovável e lamentável. A famosa cena da tartaruga é de revirar o estômago, literalmente. A crueldade contida nessas partes do filme acabam se tornando uma armadilha para o próprio filme: o espectador, revoltado e enojado com a atitude do filme, acaba por ignorar completamente a metáfora e a mensagem que Deodato esperava passar. Enfim, toda a idéia que o diretor teve ao ver seu filho assistindo a um programa violento na TV (ele pretendia fazer um filme que metaforizasse a ação equivocada que a imprensa tem, por vezes, para com alguns assuntos) acabou indo por água abaixo.
    Mas Cannibal Holocaust acabou conseguindo encravar-se na memória dos cinéfilos quase que da mesma forma que "O Nascimento de uma Nação" (de Griffith): como um filme cujo certos aspectos do roteiro eram execráveis, porém, tecnicamente irrepreensível.

- Zombie (Zombie, 1979)
- O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999)
- Os Outros (The Others, 2001)
- Identidade (Identity, 2003)
- Jogos Mortais (Saw, 2004)
- O Massacre da Serra Elétrica 2003 (Texas Chainsaw Massacre, 2003)
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Quarta-feira, 25 de Outubro de 2006.

19 Melhores Filmes de Terror/Suspense segundo:

 

Conan o bárbaro

 

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INTRODUÇÃO:

 

Quando fiz a minha lista, tentei (tentei...) fazer algo original, algo que fugisse um pouco do esperado. Eu não queria grandes nomes na minha lista, tais como O Iluminado, O Exorcista, A Profecia, Carrie a Estranha, Halloween e o Bebê de Rosemary. Não que eu ache que não mereçam estar na lista, muito antes pelo contrário: O Iluminado e O Exorcista, obrigatoriamente devem estar entre os melhores filmes de horror. Já A Profecia e Carrie eu não vi nada de mais nestes filmes. Quanto ao Halloween e o Bebê de Rosemary são dois dos meus pecados capitais... O meu critério, basicamente, foi escolher aqueles filmes que mais me marcaram e mais me divertiram (se é que sentir medo é se divertir) quando criança. Não é a toa que a minha lista, tirando alguns nomes, é anos 80. Mas acabou que no final das contas, não consegui fazer uma lista original, pois os bons filmes de terror (principalmente dos anos 80) já têm o seu lugarzinho reservado no hall da fama. Não tem como fugir dos mesmos nomes. Mas é isso aí. Espero que gostem...

 

LISTAS E CRÍTICAS:

 

- Drácula de Bram Stoker (Bram Soker’s Dracula, 1992).

 

Bram Stoker's Dracula, 1992<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><?:NAMESPACE PREFIX = O />

Direção: Francis Ford Coppola

Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard. E Grant, Monica Bellucci.

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A escolha do Filme Drácula de Bram Stoker foge da lógica adotada como critério de formulação da lista. Contrastando o filme com os outros da lista, sem muita dificuldade percebe-se como aquele é muito mais sofisticado que os demais, não no sentido de ser um filme melhor, mas por ser uma produção mais “elegante”, se podemos assim dizer.  Aliás, Drácula chegar a aprofundar de tal modo na dramaticidade da história que eu teria dificuldades em enquadrá-lo no gênero de horror. E, de fato, o susto e o medo nem mesmo chegam a ser elementos predominantes no filme. Porém, cabe destacar aqui a diferença entre o terror e o horror. O terror é a qualidade ou o estado de grande pavor ou apreensão, já o horror é a sensação do terrível e medo. O primeiro termo se relaciona com o frenesi de um medo mental e físico da dor, desmembramento e da morte. Já o horror sugere a percepção de algo ruim ou moralmente repulsivo. Deste modo, Drácula de Bram Stoker se torna um expoente do horror ao trazer elementos típicos deste gênero, isto é, aspectos que tornam o ambiente envolto em mistério e no macabro.

Analisei o filme como uma obra independente do livro, pois apesar de usar a mesma história, Coppola personaliza a obra e muda o foco do tema principal. Mas o interessante é que deste modo o filme e o livro se completam: Drácula, mais do que nunca, ganha um caráter romântico/gótico. É neste aspecto que Drácula merece ser comentando, uma vez que o horror moderno é descendente do romance gótico. Se inicialmente Bram Stoker criou um ambiente macabro, Coppola completa a obra ao trabalhar mais a intuição, imaginação e a psique sombria dos indivíduos. O personagem principal deixa de ser o simples mal para ter a individualidade aprofundada e possuir um caráter mais complexo. Enfim, o vilão ganha um lado emocional, ou melhor, um lado humano.

O Romantismo Gótico rejeita a idéia ilustrada (iluminismo) do equilíbrio e do racionalismo em contraste com o mistério, o místico, o passional. E isto fica claro no filme: a oposição entre a ciência e o sobrenatural. A chegada de Drácula em Londres é bem representativa: um príncipe de uma das regiões mais isoladas da Europa entra em contato com um centro urbano maravilhado com as novidades da modernidade na virada do século XIX. De fato, o professor e cientista Abraham Van Helsing tem que se curvar ao sobrenatural a fim de derrotar o inimigo. Não obstante, é justamente Van Helsing quem primeiro toma conhecimento da situação atípica, e nesta hora o cético se torna o crente. E é o romantismo que serve de inspiração para a montagem das cenas e da ambientação, assim como os temas: as emoções e os sentimentos dos personagens são a linha que guia a narração; a melancolia e o pessimismo dão a cor do filme; amores platônicos, acontecimentos históricos e o mistério formam a estrutura da história.

A direção do Coppola mostra como faz toda diferença entre um filme ser dirigido por um bom diretor e por um diretor talentoso.Ou seja, não é apenas uma direção correta, mas inovadora e ousada. Não apenas transfere para as telas o roteiro, mas tem um pouco do diretor na própria obra. E neste requisito, Drácula é um filme personalíssimo: a história foi modificada de um simples conto de horror para um drama com personagens complexos. Mas de certo modo, Coppola continuou fiel à história na caracterização dos personagens e na evolução dos eventos. Por exemplo, o velho mito de que o sol mataria o vampiro não é (corretamente) retratado, assim como não o foi no livro de Bram Stoker. Esteticamente, o filme é mais que perfeito: é literalmente uma pintura. Já na introdução, somos presenteados com tomadas belíssimas que vão desde a queda da cruz da Hagia Sofia até a batalha na qual só podemos ver as silhuetas dos homens contra o pôr-do-sol; ou do retorno de Drácula ao castelo ao suicídio de Elisabeta no rio. Se estas cenas fossem congeladas, sem problema algum poderiam passar por quadros inspirados na literatura romântica. E é por esta parte técnica que Drácula de Bram Stoker se diferencia (ainda mais) dos filmes tradicionais do horror: o soturno, o misterioso e o tétrico são mais do que elementos estéticos, são protagonistas da história. Não servem apenas para compor o pavor, mas é a própria essência do filme. A cena em que Drácula atrai Lucy no jardim é perfeita, parece que foi tirada do sonho mais sombrio; totalmente insólito.

Obviamente, não podia passar batido no figurino e na maquiagem. Estes dois fazendo jus aos Oscars. As criaturas em que Drácula se transforma são totalmente verossímeis (no sentido de que não são criações para um filme) e nunca aparecem como cômicas. Algo difícil quando se trata de lobisomens e morcegos gigantes. Além das várias fases aparentes da vida em que o vampiro é retratado.

A trilha sonora é uma atração à parte. Geralmente a parte musical de um filme me chama bastante atenção, e no caso do Drácula a trilha sonora composta por Wojciech Kilar é impressionante, é excepcional. São músicas bastante refinadas, algo difícil para um filme, e que variam de modo sutil de acordo com cada passagem. Por exemplo, uma melodia macabra se torna melancólica para depois cair num tema de amor, ou vice-versa.

O filme tem um elenco composto por astros. Keanu Reeves está apático como sempre, mas não chega prejudicar muito uma vez que Jonathan Harker fica como coadjuvante na trama principal. Winona Ryder cumpre corretamente o seu papel, apesar de eu achar que ela não seria a mais adequada para interpretar Mina. Anthony Hopkins, como sempre, fascinante: Abraham Van Helsing aparece como um rival à altura do vampiro. Mas, obviamente, o grande destaque do filme é Gary Oldman, criando o Drácula definitivo, pelo menos na minha opinião. A sua atuação excepcional dá credibilidade ao personagem e faz de Drácula uma personalidade dramática. Ele não cai no erro comum em transformar um vilão num herói mal compreendido, mas um vilão com um passado que justifica. E aí está a grande sacada, ao dramatizar Drácula, como alguém melancólico por carregar uma eterna culpa, mas não menos culpado por causa disto. Tanto é assim ora vemos o príncipe Vlad a procura do seu eterno amor, Elisabeta, ora vemos um vampiro cruel demoníaco que despreza totalmente Deus.

Enfim, Dracula de Bram Stoker pode ser visto como uma metalinguagem da própria arte. A modernidade trouxe consigo o desencanto do mundo. A ciência ocupou todos os espaços do cotidiano não deixando nenhum vácuo que poderia ser preenchido pela imaginação. O mundo agora é frio e mecânico e isto incomoda profundamente o ser humano que perdeu o chão sob os pés. Estamos desorientados, sem um ponto de referência ou conforto. A arte aparece como uma alternativa a este mundo sem graça O que seria a arte, em última essência, senão algo escapista? E qual o melhor modo de fugir deste mundo desencantado do que ouvir uma boa história de fantasmas ou assistir a um bom filme de horror? Aquilo que mais mete medo é justamente o desconhecido e o mistério, e isto, de certa forma, torna a nossa vida mais suportável perante o cientificismo. E qual melhor representação desta oposição do que um ser mítico que desafia a própria ciência em plena modernidade?

 

- A Noite dos Mortos-Vivos (Night of the Living Dead, 1968): Romero foi o responsável pela criação daquilo que mais me tiraria noites de sono: Zumbis. Para mim, não tem coisa mais aterrorizante do que a idéia dos mortos voltarem a andar.

 

- Ilusões perigosas (Haunted, 1995): Uma história clássica de fantasmas. “Percussor” de Os Outros (eu achei até melhor...).

 

- Sexto Sentido (The Sixth Sense , 1999): Pensei bastante antes de colocar este filme na lista. Mas não podia ficar de fora: um dos “piores” filmes que assisti no cinema.

 

- A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, 1984): Freddy Krueger é, para mim, o ícone do terror moderno. Ele tem um lugar especial junto aos personagens clássicos do horror, mais até que o próprio Jason.

 

- A Mosca (The Fly, 1986): Um filme bastante atordoante (talvez o mais!). Um dos meus favoritos.

 

- A Espinha do Diabo (El Espinazo del Diablo, ESP 2001): Uma ótima história de fantasma que se passa durante a Guerra Civil espanhola. Filme dirigido por Guillermo del Toro. Uma boa mistura de suspense e drama.

 

- A Hora do Espanto – 1 e 2 (Fright Night, 1985): Representante-mor dos filmes de vampiros dos anos 80.

 

- Nosferatu (Alemanha 1922): Mesmo antigo este filme não fica para trás. Nosferatu é um verdadeiro vampiro, um legítimo personagem de horror, sem idealizações. Além disso, é o primeiro filme marcante de horror.

 

- A Volta dos Mortos-Vivos – 1 e 2 (The Return of the Living Dead, 1985): Um dos filmes de horror mais marcantes da minha infância e responsável pelo trauma por zumbis.

 

-

Brinquedo Assassino (Child’s Play, 1988 ): O primeiro filme, e somente o primeiro, é assustador. Interessante quando transformam algo inofensivo em algo aterrorizante.

 

- Enigma do Outro Mundo (The Thing, 1982): Uma idéia muito bem explorada. Antártica, longe de qualquer coisa, ambiente hostil, claustrofóbico; atmosfera perfeita para um conto de terror.

 

- It - Uma obra-prima do medo (It, 1990): Um palhaço nunca foi tão assustador (mesmo que em sua essência sempre seja, hehe). E um personagem nunca foi tão assustador

 

- O Abominável Dr. Phibes (The Abominabel Dr. Phibes, ING, 1971 ): Vicent Price não podia ficar de fora. E o dr. Phibes é um das criações mais bizarras e grotescas do cinema.

 

- Cemitério Maldito (Pet Sematary, 1989): Um filme tradicional sem nenhum elemento importante. Mas cumpre muito bem, como nenhum filme, o papel de uma história tradicional de terror.

 

- O Fantasma da Ópera (The Phantom of Opera, 1925): Para mim, é o personagem mais simbólico do cinema de horror. Interessante como o sua imagem passa pelos tempos sem envelhecer ou perder a graça; sem contar a eterna figura do vilão tocando uma música macabra num órgão.

 

- Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London, 1981): Quando se fala em filme de Lobisomem este é o que vem à cabeça. O melhor.

 

- Hellraiser -  Renascido do Inferno (Hellraiser, 1987): Apesar de ter gente que não gosta do filme, ele tem uma premissa bastante interessante. Uma história bem original

 

- Aracnofobia (Arachnophobia 1990): Não é bem um filme de horror, mas é o melhor que explora o terror de bichos nojentos e peçonhentos.

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Achei bem legal a lista, gostei que o Conan se baseou em muita coisa que marcou ele, na infância ou na época que seje, mais ou menos como eu fiz na minha...

Vários daí eu adoro como A volta dos mortos vivos, a Hora do espanto, A noite dos mortos vivos, IT, Um lobisomem americano em Londres, brinquedo assassino, hora do pesado...ih, bastante

Beckin Lohan2006-10-25 13:13:44
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Quanto às escolhas dos amigos, tenho uma consideração a fazer.

O filme a noite dos mortos-vivos, em sua versão original de 1968 têm sua importância indiscutível na história do cinema de horror, porém analisando-o sem este "manto de mito", me parece um filme inferior ao seu remake de 1990(o que eu considero muito melhor).

Já o filme Despertar dos mortos original é muito melhor do que o remake feito hoje em dia.

Dia dos mortos é o meu favorito da trilogia.

A pergunta que faço é: ANDMV de 68 é realmente superior ao seu remake?

 

MAD TIGER
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Quanto às escolhas dos amigos' date=' tenho uma consideração a fazer.

O filme a noite dos mortos-vivos, em sua versão original de 1968 têm sua importância indiscutível na história do cinema de horror, porém analisando-o sem este "manto de mito", me parece um filme inferior ao seu remake de 1990(o que eu considero muito melhor).

Já o filme Despertar dos mortos original é muito melhor do que o remake feito hoje em dia.

Dia dos mortos é o meu favorito da trilogia.

A pergunta que faço é: ANDMV de 68 é realmente superior ao seu remake?

 

MAD TIGER
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O que faz você considerar a ótima versão de 1990 melhor que a obra prima de 1968, Mad? E sim, é muito superior, em minha opinião. 01

 

Spoilers:

 

Primeiro a utilização da ambientação em preto e branco funciona muito melhor que a em cores e é perfeita, se encaixa otimamente com a maquiagem excepcional dos zumbis e com as situações.

 

Em segundo, a  protagonista tem um final muito mais surpreendente na versão original, morrendo logo na metade do filme (na de 90 a sobrevivência dela até o final tira um pouco tanto da surpresa quanto do impacto "social" que o filme possui)..lembre-se que o negro que sobra até o final da versão de 1968 é uma clara mensagem aos outros diretores (nenhum filme de horror até então possuíra um negro sobrevivendo por tanto tempo..por incrível que pareça).

 

A ausência de sobreviventes é mais impactante e explicita de forma muito mais forte a idéia do filme e o final quando a câmera afasta-se do negro sobre uma pilha de cadáveres mostrando que no final das contas ele lutou tanto pela sobrevivência e

acabou sendo mais um corpo indistinto dos outros) é uma das cenas mais

interessantes do cinema de horror.

Sem falar que isso ocorre após uma morte no mínimo bárbara, a qual chegamos a estranha conclusão ao pensarmos um pouco que era bastante razoável pelas circunstâncias em que ocorre.

 

O desenvolvimento do filme é, pra mim,  muito mais tenso e os zumbis são clássicos, tanto no movimento (que chega a ser tão desesperador em alguns momentos, pela lentidão e características extremamente bem interpretadas pelos coadjuvantes) quanto na maquiagem excepcional que definitivamente não possuiria o mesmo efeito se fosse em um filme colorido. O filme extrai tudo de mais perfeito  na versão de 1968.

Na minha opinião, tudo o que a versão de 1990 poderia ter sido a de 1968  foi, mais ousada, mais surpreendente, mais bem desenvolvida e mais impactante.

Mr. Scofield2006-10-26 07:34:15

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Quanto às escolhas dos amigos' date=' tenho uma consideração a fazer.

O filme a noite dos mortos-vivos, em sua versão original de 1968 têm sua importância indiscutível na história do cinema de horror, porém analisando-o sem este "manto de mito", me parece um filme inferior ao seu remake de 1990(o que eu considero muito melhor).

Já o filme Despertar dos mortos original é muito melhor do que o remake feito hoje em dia.

Dia dos mortos é o meu favorito da trilogia.

A pergunta que faço é: ANDMV de 68 é realmente superior ao seu remake?

 

MAD TIGER
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O pessoal fica preso em uma casa no "meio do nada" e q tem um posto próximo, onde explode um caminhão, coisa e tal... esse filme é "A noite dos mortos vivos" de 93 mesmo ou tô confundindo com outro filme????
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Amigo Mr. Scofield, tenho que concordar contigo sobre a temática do filme original ser muito interessante e ousada. O final é muito bem sacado.

O remake tem um outro objetivo, diferente do original. Mostra que uma pessoa, por mais frágil e pacífica que seja, pode se tornar uma máquina sanguinária, se levado aos seus limites.

Tem mais a ver com as idéias de Despertar dos mortos e Dia dos mortos. Onde os humanos se portam mais "desumanamente" que os zumbis.

Com relação a maquiagem, considero a do remake melhor(não que isto tenha feito o Despertar dos mortos remake, ser melhor que o original de Romero).

 

MAD TIGER
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Quinta-feira, 26 de Outubro de 2006.

19 Melhores Filmes de Terror/Suspense segundo:

 

The Deadman

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INTRODUÇÃO:

 

Os filmes abaixo estão numerados única e exclusivamente por ordem de data de lançamento. TODOS possuem um lugar cativo na minha preferência e carinho.

 

LISTA E COMENTÁRIOS:

 

1-O Gabinete do Dr. Caligari ( Das Kabinett Des Doktor Caligari – 1919 ) – Considerado o primeiro filme de horror da 7ª Arte. Com um roteiro original e desconcertante, foi marco do “Cinema Expressionista Alemão”. Admirado e copiado até hoje. Hour concour até osso.

 

2-A Festa do Monstro Maluco ( Mad Monster Party – 1967 ) – Hilária e criativa história de “terrir” contada com bonecos dublados por feras do cinema, entre eles Boris Karlof (voz do Doutor Frankenstein) num de seus últimos pápeis antes de morrer. Imperdível! OBS: Até bem pouco tempo atrás estava sendo vendido em DVD por R$ 9,90 na Lojas Americanas. 

 

3-A Noite dos Mortos Vivos ( The Night of Living Dead – 1968 ) – Divisor de águas apresentando um horda de zumbis atacando o mundo. Além da violência explícita, uma crítica social fudida ao “sistema”. Obrigatório!

  

4-O Exorcista ( The Exorcist – 1973 ) – Tenebroso filme de terror envolvendo a figura do capeta e possessão. Nunca mais você olhará um crucifixo da mesma forma depois de ver esse filme...

 

5-O Massacre da Serra Elétrica ( The Texas Chainsaw Massacre – 1974 ) – Nojento e violento filme de Tobe Hopper filmado quase em tom documental. Apresentou ao mundo um dos mais insanos vilões de todos os tempos: Leatherface e sua indefectível motoserra.

 

6-Carrie, a Estranha ( Carrie – 1976 ) – Vide abaixo.

     

7-Alien – O Oitavo Passageiro ( Alien – 1979 ) – Considerado por alguns críticos como o “mais assustador filme de todos os tempos”. À despeito do exagero evidente, trata-se de um filme espetacular que elevou o terror a um patamar antes nunca visto ao mesclar com outro gênero do universo fantástico: a ficção científica. Destaque para o preciosismo técnico e artístico (H.R Giger) e por oferecer ao olhos do mundo o trabalho da competente e charmosa Sigourney Weaver. Além, é claro, de apresentar ao mundo o mais letal alienígena já concebido.

      

8-Um Lobisomen Americano em Londres ( An American Werewolf in London – 1981) – Simplesmente o melhor filme de lobisomem já feito. Tecnicamente irrepreensível e com uma pitada do peculiar “humor inglês” ganhou fãs por todo o mundo. Sou um deles!

    

9-Poltergeist – O Fenômeno ( Poltergeist – 1982 ) – Mais um de Tobe Hopper. Aqui, em parceria com Spielberg, arrebenta num filme de terror envolvendo fenômenos sobrenaturais que se abatem sobre uma pacata família americana. OBS: ao longo do filme ficamos sabendo que NÃO se trata de um Poltergeist (abordado sim, da forma correta, em “Carrie”), mas de uma maldição.

 

10-Enigma de Outro Mundo ( The Thing – 1982 ) – Um dos melhores filmes de terror de todos os tempos também envolvendo uma ameaça alienígena mutante. Gráfico ao extremo e muito violento, traz um John Carpenter em sua melhor forma.

 

11-A Morte do Demônio ( Evil Dead – 1983 ) – Nojento, violento, bizarro e clautrofóbico filme de Sam Raimi, filmado de modo quase artesanal. Incauta turma de amigos se vê numa situação terrível após despertar demônios numa cabana “xexelenta” perdida no meio de uma floresta ao declarar palavras do nefasto “O Livro dos Mortos.”

 

12-A Hora do Espanto ( Fright Night – 1985 ) – Um dos melhores (senão o melhor) filme de vampiros de todos os tempos. Uma modernização bacana e bem ao estilo dos Anos 80 da história de Bram Stoker. Bem produzido, boas atuações e efeitos especias e de maquiagem fantásticos. Além de tudo, possui excelentes tiradas de humor. Destaque para a ótima participação de Roddy  McDowall como Peter Vincent (não preciso explicar né?).

    

13-O Volta dos Mortos Vivos ( The Return of Living Dead – 1985 ) – Hilário,  violento e engenhoso filme “B” de mortos de um cemitério que voltam à vida e atacam um grupo de pessoas sedentos por cérebro (??!) depois que uma chuva de Trioxina cai sobre a cidade. Primeira e melhor atualização da “Mitologia dos Mortos Vivos” de Romero.

 

14-Re-Animator – A Hora dos Mortos Vivos ( Re-Animator – 1985 ) – Criativo filme “B” dirigido pelo competente (mas irregular) Stuart Gordon baseado (muito de leve) num conto do mestre Lovecraft. Médico descobre um soro capaz de fazer voltar à vida qualquer tecido animal morto. Um show de horror, sangue e vísceras com direito à uma das cenas mais bizarras e insanas do cinema: uma cabeça decepada fazendo sexo oral numa indefesa garota!! Obrigatório!

 

15-A Noite dos Arrepios ( Night of The Creeps – 1986 ) – Mais uma vez os alienígenas dão às caras num filme de terror escatológico: são lesmas aliens que ao verem suas presas se lançam (??!) para dentro da boca das mesmas tornado-as hospedeiras-zumbis. Grotescamente bem feito e com uma narrativa ágil, repleta de momentos de humor pra lá de negro. Clássico absoluto! Afinal, quem não conhece o celebre diálogo quando um dos fugitivos do horda de zumbis/hospedeiros entra numa Fraternidade do Campus da cidade e fala com as colegas que esperam os namorados:

 

- Meninas, eu tenho uma boa e uma má notícia para vocês. A boa é que seus namorados chegaram...

- E a má? – pergunta uma das garotas ansiosas.

- Eles estão todos mortos! – com um sorrisinho cretino nos lábios.

 

Impagável!!         

   

16-Hellraiser – Renascido do Inferno ( Hellraiser – 1987 ) – Climático e surpreendente filme de terror inglês que apresentou ao mundo a criatividade mórbida e doentia de Clive Baker (desenhista, escritor e diretor) num filme violento sobre um artefato (Cubo de Le Marchand) que consegue abrir um Portal Infernal para um mundo de prazeres e dor inimagináveis habitado por criaturas infernais antes nunca imaginadas: os Cenobitas. Destaque para o líder dessas criaturas (Pinhead).

     

17-Fome Animal ( Braindead – 1992 ) – INACREDITÁVEL terrir “trash” de Peter Jackson! Simplesmente o filme mais nojento, sangrento, hilário e bizarro de todos os tempos. Uma verdadeira obra prima! Um festival de tripas, sabgue, fluidos esverdeados e membros voando por todos os lados numa história de zumbis causada pela mordida de um rato (???!!!) raro e pra lá de esculachado. Várias cenas indizíveis de podreira e de humor nigérrimo. Sengaia!!!

          

18-A Bruxa de Blair ( The Blair Witch Project – 1999 ) – “Documental” (citação descarada à Cannibal Holocaust) filme de poucos milhares de “doletas” (a maior rentabilidade da história do Cinema em todos os tempos) que apesar de NUNCA mostrar NADA mostra um clima de isolamento e desesperança como poucas vezes se viu no cinema. Grupo de amigos se perdem numa floresta assombrada por espíritos (ou seja lá o que for...) malignos e violentos. Uma aula de como a “sugestão” pode funcionar a favor da construção de um clima de terror e pânico. Roteiro quase todo improvisado e ótimas atuações (principalmente da atriz Heather Donahue) num final de gelar a espinha...     

  

19-O Olho ( Jian Gui aka The Eye – 2002 ) – Um dos melhores filmes da onda “Terror Oriental” que começou a ser descoberta pelo mundo ocidental no final da década de 90. Climático ao extremo, por possuir uma narrativa e edição mais “calma” e contida, pode desagradar quem curte o estilo “videoclipesco” e mais ágil de filmar. Mulher cega recebe transplante de córneas e passa a ter visões estarrecedoras. Trilha sonora belíssima e um epílogo apoteótico, terrível. No final percebemos que além de ser um bom filme de terror, trata-se de uma bela história de amor. OBS: depois desse filme você SEMPRE sentirá medo ao entrar num elevador sozinho à noite...     

 

Menções Honrosas: filmes que tive que cortar da lista acima por motivos óbvios, mas que também me marcaram muito.

 

Os Outros ( The Others – 2001 )

Quadrilha de Sádicos ( The Hills Have Eyes – 1977 )

O Grito ( Ju On – 2000 )

Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado ( Shutter – 2004 )

Cães de Caça ( Dog Soldiers – 2002 )

Canibais ( Undead – 2003 )

Rejeitados pelo Diabo ( The Devil’s Rejects – 2005 ) 

Sexta Feira 13 - Parte 2 ( Friday the 13th – Part 2 – 1981 )

A Hora do Pesâdelo ( A Nightmare on Elm Street – 1984 )

Dia dos Mortos (Day of The Dead – 1985 )

Mortos de Fome ( Ravenous – 1999 )

A Profecia ( The Omen – 1976 ) 

A Mosca ( The Fly – 1986 )

Nosferatu ( Nosferatu, Eine Symphonie Des Gravens – 1922 )

Príncipe das Sombras ( Prince of Darkness – 1987 )

Grito de Horror ( Howling – 1981 )

A Fúria ( The Fury – 1976 )

O Iluminado ( The Shining – 1980 )

À Beira da Loucura ( In The Mouth of Madness  - 1995 )

A Noite dos Mortos Vivos ( The Night of Living Dead – 1990 )

Mary Shelley’s Frankenstein ( idem – 1994 )

Videodrome – A Síndrome do Vídeo ( Videodrome – 1982 )

Força Sinistra ( Life Force – 1985 )

 

CRÍTICA: 

 

Carrie, a Estranha (Carrie – 1976)

 

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Carrie é pra mim um dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Senão, o melhor. Muitos me chamam de herege por não considerar obras clássicas e referencias como “O Gabinete do Dr. Caligari” (verdadeiro marco. Fico impressionado como um filme de mais de 80 anos consegue a proeza de não envelhecer NADA!!) ou mesmo “O Iluminado” de Kubrick. Mas, abaixo explico melhor os porquês de eu considerar essa obra quase inaugural na filmografia de Brian De Palma um dos seus melhores filmes.

 

Lawence D. Cohen roteirizou o livro de um camarada que, provavelmente na época, nem imaginava que viria a se tornar um dos maiores ícones da cultura pop mundial: Stephen King. Afinal, “Carrie” foi o 1º livro publicado de King (1974) e dois anos depois o livro virou filme. Daí podemos pensar, que das duas uma: ou o livro é muito bom e/ou contém, no mínimo, um enredo bacana ou os produtores eram loucos. Felizmente, li o livro de King e sou adepto da primeira teoria. Aliás, com um adendo: trata-se da melhor adaptação para o cinema de um filme de King lado à lado com “O Iluminado”. Minto. Prefiro “Carrie”. Pois, o que “O Iluminado” tem de psicológico, climático e “estiloso”; “Carrie” tem de “cru” e violento, mas com a vantagem de ter sido filmado quase sem concessões em relação a qualquer tipo de censura moral ou gráfica. (Não vou entrar aqui em discussão sobre o mérito de um sobre o outro, mas o filme de De Palma me parece mais coeso, numa narrativa que vai de encontro ao âmago do clima de horror, violência e perplexidade que existe no livro. Enfim... Talvez esse assunto ainda gere boas discussões no futuro.)      

 

Voltando ao filme, a história gira em torno da tímida adolescente Carrie (Sissy Spacek), que vive praticamente reclusa com a mãe Margareth (Piper Laurie embasbacante e assustadora) - uma fanática religiosa violenta e dominadora. Por ser uma garota de aspecto “diferente” (Spacek PERFEITA para o papel, pois era uma jovem atriz com uma beleza “estranha”...) face ao fato de ser desengonçada e de usar roupas “castas” e “barangas” é constantemente infernizada pelas colegas de escola, sendo motivo de chacota e escárnio.

 

Após um incidente, onde Carrie é barbaramente ridicularizada (ótima cena), Sue (Amy Irving que depois estrelou uma espécie de “seqüência”* filmada pelo próprio De Palma, infelizmente, pouco conhecida chamada “A Fúria”. Filmaço!!) se arrepende e decide se aproximar de Carrie pedindo ao seu namorado que leve Carrie ao Baile de Formatura da escola. Acontece que a líder das garotas – Chris - (Nancy Allen de “Robocop”) leva uma advertência da professora de Educação Física e por conta disso fica proibida de ir ao Baile como castigo. Enciumada ao saber que Carrie, não só decide ir ao Baile, como também seria companhia de um dos caras mais populares da escola, Chris decide se vingar bolando um plano filho-da-puta junto com seu namorado “bad-boy” (John Travolta em seu segundo papel no cinema) de modo a fazer Carrie passar a maior humilhação de sua vida.

 

O problema é que ninguém (nem mesmo Carrie) têm idéia da dimensão dos terríveis poderes telecinéticos (que já se prenunciam no desenrolar do filme) e que se escondem dentro daquele corpo franzino. Uma vez que o estopim é aceso...Tchau! A destruição e o horror literalmente “encharcam” a tela, com direito a mortes terríveis de todos aqueles que cruzam seu caminho.

 

O filme possui, na minha humilde opinião, um dos epílogos mais terríveis, desgraçados e violentos de todos os tempos (a cena do confronto entre mãe e filha quase no finalzinho do filme é terrível!! Fico até hoje estarrecido pela coragem do diretor em filmá-lo do modo como o fez: violento e sem concessão alguma!) e faz completo sentido quando olhado pelo viés do que vinha acontecendo com Carrie até aquele momento: uma pessoa que vivia “esmagada”...

 

De Palma já mostra aqui sua competência não só como diretor de atores, mas como “compositor” de imagens e signos que primam pela elegância e ao mesmo tempo incômodo. (SPOILER) Notem a cena em que Carrie é forçada pela mãe a ficar dentro do “quartinho de oração/castigo” por ter menstruado (??!). Tudo funciona como um relógio suíço: das interpretações (Spacek REALMENTE parece estar aterrorizada e Laurie...Sem comentários.) à composição tétrica do cenário e em especial da pequena imagem de São Sebastião que fica sobre uma prateleira iluminada por algumas velas dentro do cômodo (sempre que me lembro dos olhos brilhantes da imagem alternando com Carrie ajoelhada no escuro, chorando e rezando, fico de cabelo em pé!!). (FIM DO SPOILER)

 

Outra cena memorável (SPOILER) é a do “banho de sangue de porco”. A composição da cena é perfeita não só pelo enquadramento feito, como pela opção de De Palma em filmá-la em câmera lenta, levando ao máximo possível a iminente conclusão, fazendo-nos sofrer e nos condoermos pela “heroína” quase em silêncio completo (só quebrado pelo som do balançar do balde no teto do ginásio) enquanto o sangue ensopa uma Carrie atônita e prestes a explodir num acesso diabólico de ódio e vergonha. Brilhante!! (FIM DO SPOILER).

 

Outro ponto que considero relevante é a riqueza de analogias e simbologias subjacentes e recorrentes nas melhores histórias de King e que De Palma soube colocar no filme de modo fantástico: ritos de passagem e a problemática da dinâmica das relações. Exemplo só para ficar em “Carrie”: Carrie possui o cabelo vermelho (cor de poder, força e violência) que contrasta absurdamente com seu corpo franzino e muito branco (cor da paz, mansidão e mescla de todas as outras. Uma “confusão” de tudo-ao-mesmo-tempo-agora, situação por que passa a maioria dos adolescentes ao ingressarem na vida adulta...). Não à toa, sua mãe possui traços físicos semelhantes (a “confusão” da mãe pode ser conferida (SPOILER) na cena em que descreve à Carrie como essa foi concebida - ela e o falecido pai de Carrie não terem resistido “às tentações do Diabo”). Apesar do teor do discurso da mãe ser conservador e moralista, reparem na hesitação e na lascívia que Margareth mal consegue esconder ao relembrar o passado e a experiência do sexo...(FIM DO SPOILER). Temos também os “batismos”: o primeiro, temos a angustiante cena em que Carrie se descobre mulher (menstruação) e segundo, o “banho de sangue” no epílogo do filme (poder e revolta).

 

Enfim, um clássico absoluto! Para quem curte De Palma e/ou filmes de terror é obra imprescindível!!!

 

* Não é exatamente uma seqüência, pois o personagem de Amy Irving em “A Fúria” (Gillian) não é a mesma do filme “Carrie” (Sue), mas a premissa do longa se baseia no mesmo “dom” de Carrie: a paranormalidade.

 

Trata-se da história de um rapaz (Robin) que detém um poder psíquico assombroso que é raptado por uma “Organização” secreta do governo americano (conhecida “extra-oficialmente” como Instituto Paragon) para fins militares terríveis. O pai do rapaz (Peter, vivido pelo competente Kirk Douglas) - que também é funcionário do governo americano - decide investigar o sumiço do filho com a ajuda de sua amante (uma enfermeira do citado Instituto) e uma jovem (Amy Irving, agora como Gillian Bellaver) recém admitida no Instituto por possuir poderes psíquicos parecidos com os de Robin e que passa a ter visões com o mesmo.

 

Após algumas revelações e cenas memoráveis (como a que ocorre num parque de diversões) o pai encontra o filho, mas esse, completamente violentado psiquicamente fica “louco” e confronta o próprio pai numa cena trágica e terrível (VIDE ABAIXO). Falar mais do filme estragaria a grata surpresa que é descobri-lo por si só, bastando dizer que possui uma trilha sonora espetacular de John Willians (inspirada no trabalho do colaborador habitual de Hitchcock, Bernard Herrmann) e várias referências ao próprio “Mestre do Suspense”. Isso sem contar que o filme culmina numa seqüência violentíssima e apocalíptica, precursora inclusive, de um “detalhe sangrento” só visto em outro filme de terror, 3 anos depois (“Scanners” de Cronemberg)...

 

OBS: Qualquer semelhança com “Carrie” NÃO é mera coincidência nesse ponto: em um, a filha confronta a mãe; no outro, o filho confronta o pai. Alegorias psicológicas (Édipo e Elektra) poderosas e mostradas de modo terrivelmente brilhante.
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Terça-feira' date=' 24 de Outubro de 2006.

19 Melhores Filmes de Terror/Suspense segundo:

 

Garami

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    Violência completamente realista. Maquiagem beirando a perfeição. Animais mortos. Sangue. Polêmica. Mais sangue. Moralismo. E mais uma quantidade considerável de sangue. Esses aspectos fizeram de Cannibal Holocaust, o filme mais famoso de Ruggero Deodato, um dos filmes mais controversos do mundo.
    Entretanto, por mais violento e repudiável que seja, Cannibal Holocaust é um filme para ser visto e revisto. Lançado em 1980, o filme, até hoje, deixa no chinelo a maioria dos lançamentos do gênero de terror da década de 90 e 00, quando se trata de maquiagem e realismo. As imagens, assustadoramente reais, chocaram tanto o público que Deodato foi até mesmo chamado para explicar-se e provar que os atores não foram realmente devorados por canibais. A polêmica, além de dores de cabeça à Deodato (que confessou ter se arrependido de ter realizado tal projeto), trouxe à Cannibal Holocaust o título de "filme mais violento do mundo".
    A fórmula de Cannibal Holocaust soa familiar, para os que já assistiram A Bruxa de Blair: um grupo de jovens adentra a floresta em busca de índios que possam filmar. A partir dali, eles acabam se encontrando com canibais e, quando perturbam a paz dos mesmos, acabam por ser devorados um a um. Essa premissa, bastante original à época, foi uma das responsáveis por causar no público a impressão de que as gravações que aparecem no filme seriam reais. Porém, como se sabe, somente as cenas de maus tratos a animais são verdadeiras em Cannibal Holocaust, e este é seu ponto mais reprovável e lamentável. A famosa cena da tartaruga é de revirar o estômago, literalmente. A crueldade contida nessas partes do filme acabam se tornando uma armadilha para o próprio filme: o espectador, revoltado e enojado com a atitude do filme, acaba por ignorar completamente a metáfora e a mensagem que Deodato esperava passar. Enfim, toda a idéia que o diretor teve ao ver seu filho assistindo a um programa violento na TV (ele pretendia fazer um filme que metaforizasse a ação equivocada que a imprensa tem, por vezes, para com alguns assuntos) acabou indo por água abaixo.
    Mas Cannibal Holocaust acabou conseguindo encravar-se na memória dos cinéfilos quase que da mesma forma que "O Nascimento de uma Nação" (de Griffith): como um filme cujo certos aspectos do roteiro eram execráveis, porém, tecnicamente irrepreensível.

- Zombie (Zombie, 1979)
- O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999)
- Os Outros (The Others, 2001)
- Identidade (Identity, 2003)
- Jogos Mortais (Saw, 2004)
- O Massacre da Serra Elétrica 2003 (Texas Chainsaw Massacre, 2003)
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Eu não sei se consideraria Holocausto Canibal horror. Terror com certeza é, mas horror não sei.

Porém, um filme muito importante e gostei de você ter comentado. O mais legal deste filme é que ele chuta o politicamente correto, não só de Hollywood mas de toda sociedade, para escanteio. Melhor, a hipocrisia. Numa entrevista feita com John Landis, ele disse que violência, gore e etc não são coisas divetidas, são coisas sérias. E nada melhor do que este filme para dar violência para quem assiste, a violência crua sem maquiagens. Enquanto nos outros filmes nós nos divertimos com as mortes, neste filme ficamos enjoados e chocados. Nada mais justo, em tempos da banalização da violência (o Albergue por exemplo). A cena da tartaruga é muito foda. Dá um embrulho no estômago e uma sensação terrível, pois você sabe que a morte ali é de verdade. Ainda mais que na modernidade nós ficamos muito "sensíveis", comemos a carne mas não matamos o boi. Como por exemplo, estes reality shows onde um homem da cidade vai para o campo e passa mal e tem peso na consicência ao matar um animal para se alimentar. Se isto acontece com os animais, quanto mais um homem. E filme de guerra nenhum passa esta sensação. Nem o resgate do soldado Ryan.
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