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Pequenas Causas Cinematográficas


Nacka
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Bem, se reclamo é pq tenho razões p/ isso. Mas volto a discutir sobre o filme exatamente de onde? dos pregos, do discurso anti-semita, do teor panfletário, do oportunismo ao lançar um filme da morte de Cristo na páscoa? Ou das atuações maravilhosas, da fidelidade ao relato bíblico, pela direção competente de Gibson, pelas várias sutilezas e analogias do filme, pela fotografia, por ser o filme da morte daquele que bilhões dizem ser seus seguidores? Se ler os posts anteriores, de tudo isso já se foi comentado. Ou pelo menos eu tentei. O assunto da vez agora era a parcialidade desse julgamento, q juro ser a última vez que falo sobre isso. Vamos esperar o povo vir com novas idéias, e novas discussões...

 

 

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Uau... que caminho conveniente a discussão tomou... 07

 

Enfim' date=' não considero o filme oportunista, considero o Gibson oportunista pelos motivos já citados. Infelizmente a postura do diretor acaba, indiretamente, afetando a forma como vemos o filme.

 

E antes que os fãzóides venham com as pedradas típicas para me crucificar, lembrem-se de Leni Riefenstahl...
[/quote']

 

Acho que a análise em questão não é o diretor, mas o filme...

 

The Spartan
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Ok, vamos nos ater ao filme:

 

Mesmo tecnicamente, Gibson comete deslizes na direção. Cada queda de Jesus é acompanhada de câmera lenta o que torna a situação piegas, uma tentativa forçada de padronizar o choro na platéia. Ainda sobre a pieguice, Gibson acaba sendo esperto o bastante para inserir flashbacks em momentos oportunos só para fazer a platéia ficar ainda mais estarrecida com o que está sendo mostrado na tela.

 

Enfim, um exercício irregular... A cada idéia interessante inserida por Gibson, ele se empolga e insere mais duas idéias duvidosas... E, por fim, como todo bom católico, Gibson foca no sofrimento físico de Cristo e, pra mim, houve um sofrimento muito maior que foi desenvolvido exemplarmente por Scorsese: o sofrimento espiritual.
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Eu gostei dos flashbacks. Principalmente aquele que mostra Jesus "brincando" com Sua mãe. É uma cena muito bonita, e mostra um lado pouco mostrado em outros filmes (Ele está sempre sério e pensativo)

Existe um certo sofrimento espiritual, com a tentação do demonio que o percegue.

Sobre o filme do Scorsese não posso comentar, já que não vi o filme. Mas pretendo ver.
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Sim, o filme de Scorcese é excelente, e pelo menos pra mim, mostra um Jesus mais humano. Mas o filme de Gibson, desde o começo, sempre quis se ater no sofrimento de Cristo. Mas bons momentos são as cenas em que aparece o diabo. Aquele embate entre os dois no começo do filme é fabuloso. E os flashbacks são bons, não os vejo como ruins ou como se destoam do ritmo do filme. Exemplo: Jesus está sendo crucificado, e o flshback da última ceia "eu sou o pão da vida", mostrando q exatamente naquela hora que eles entenderiam tudo o q Jesus quis dizer.

 

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Entretanto' date=' o marketing do filme e os meios de divulgação e a data de lançamento, sim, foram oportunistas. Algum mal nisso?! Pra mim, de forma alguma!

 Ou existe alguém aqui que ache um "absurdo" e o "cúmulo da desfaçatez" lançarem um daqueles filmes açucarados de Natal e/ou de Papai Noel no...Natal??!! 06
[/quote']

 

1) Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa... 2)Mesmo após eu, o Alexei e o Nacka quase desenharmos o raciocínio, ainda continuam chutando cachorro morto.

 

 1) Dããhh... Não brinca! 07

 2) Sinta-se à vontade para postar o desenho do raciocínio...03  

 

 
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Caro Deadman, volte no tópico. Estamos discutindo incongruência e oportunismo; um monte de posts já foram feitos nesse sentido.

 

Agora, se formos discutir os aspectos artísticos do filme, é outra história... A coisa pode ficar pior, pois o Dook já apontou várias escolhas erradas que foram feitas nA Paixão, como a pieguice excessiva e o negligenciamento dos dilemas morais. Eu concordo plenamente.

 

Repito o que havia dito antes: a fotografia é maravilhosa (que palheta de cores, hein? Deschanel é brilhante, aquele azul do começo é inesquecível), Caviezel e Morgestern estão ótimos. O que mais temos nesse filme? Os méritos eu reconheço, mas os deméritos são tantos...
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Ao optar por fazer um filme focando o sofrimento físico de Jesus' date=' Gibson assumiu o risco de um erro de concepção: deixar de lado o sofrimento espiritual.

 

 
[/quote']

 

Idem para Scorcese

 

Ao focar o sofrimento espiritual de Jesus ele deixou de lado o sofrimento físico.

 

Cada um focou o ângulo da Paixão que achou melhor e ambos se saíram com louvor.
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1) Caro Deadman' date=' volte no tópico. Estamos discutindo incongruência e oportunismo; um monte de posts já foram feitos nesse sentido.

 

Agora, se formos discutir os aspectos artísticos do filme, é outra história... 2) A coisa pode ficar pior, pois o Dook já apontou várias escolhas erradas que foram feitas nA Paixão, como a pieguice excessiva e o negligenciamento dos dilemas morais. Eu concordo plenamente.

 

Repito o que havia dito antes: a fotografia é maravilhosa (que palheta de cores, hein? Deschanel é brilhante, aquele azul do começo é inesquecível), Caviezel e Morgestern estão ótimos. 3) O que mais temos nesse filme? Os méritos eu reconheço, mas os deméritos são tantos...
[/quote']

 

1) Desculpe-me mas... como assim "volte no tópico"?! 09 "Inconcruência e oportunismo" do que? Do filme? I don't think so...

 

2) Mode Dook [On] Fato ou opinião? 03 Mode Dook [Off]

 PARA MIM as escolhas foram PERFEITAS. Anyway, fiquei curioso: quais seriam os "dilemas morais" negligenciados pelo filme?

 

3) Pelo visto, meu post com impressões e comentários sobre o filme não encontrou ressonância em você, certo?

 

 Pontos de vista diferentes, meu caro, só isso! Respeito, só não concordo.03   
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Sério?

Vamos colocar na ponta do lápis:

Méritos:

Fotografia

Caviezel

Morgestern

Diabo

Flagelo Realístico

Deméritos:

FlashBacks bons' date='porém mal inseridos

Camera lenta para cada queda de Jesus

 

 

5x2 para os méritos.
[/quote']

 

Sim, vamos continuar a contagem, porém reformulando-a um pouco, inclusive em seus conceitos, vez que o roteiro e a forma com a qual o diretor transmite suas próprias verdades (dentre as que ele julga serem passíveis de transmissão, e esse é um ponto muito importante) também se enquadram no mérito artístico:

 

Méritos:

* Fotografia.

 

* Caviezel.

 

* Morgestern.

 

Eu termino nesses três. O Diabo como mérito? No filme ele tem a espessura de um papel-seda. Tem certeza de que quer colocá-lo aqui?

 

Deméritos:

* Flashbacks oportunistas e calculadamente encaixados entre as cenas do martírio.

 

* Slow motion, closes em pedaços de carne voando e sangue jorrando à vontade - falta de sutileza e tentativas grosseiras de arrancar lágrimas do público, ou simplesmente chocar.

 

* CGI sensacionalista.

 

* Proselitismo ou, usando um termo mais adequado porém mais rude, sectarismo.

 

* Preconceitos velados, como no caso da questão judaica (sim, considero aquelas cenas pejorativas e unilaterais; num momento onde a aceitação das diferentes crenças é tão importante para a paz mundial, Gibson prestou um desserviço à humanidade). Este é um subitem do anterior, mas eu destaquei para lançar a questão no ar: qual seria a reação das pessoas ao assitir um filme sobre a sharia islâmica, cujos valores e prioridades são tão estranhos ao ocidente? Não sei se haveria tanta condescendência com o sectarismo como ocorre aqui.

 

* Tentativa de catequização à base da porrada (literalmente).

 

* Superficialidade psicológica.

 

* Reforço da fé pela culpa.

 

Por fim, meu maior desgosto com o filme é que ele não convida à reflexão. Não traz uma só passagem interessante sobre o legado de Jesus Cristo, como a filosofia do amar o outro como a si próprio. Não, ele prefere investir naquele espetáculo circense, enfiado no espectador goela abaixo. Começa até bem, depois se perde.

 

Alguns destes tópicos já foram mencionados, de uma ou outra forma, em posts anteriores pelo Nacka e pelo Dook. Mas o bater na mesma tecla foi a pedidos...

 

Ao The Deadman:

 

É óbvio que é a minha opinião! Essa é uma pergunta que nem precisaria ser formulada... Você falou que aprecia o gore, é um direito seu. Minha concepção de fé - que é diferente daquela mostrada pelo diretor - é a de que a crença nasce e se desenvolve como um processo interno; desta maneira os dilemas morais sempre existem e isso não é ruim. Na superação deles, por meio da reflexão, é que a fé se reforça. Do contrário não há crença, mas muito provavelmente - parafraseando nosso código civil - simples temor reverencial. Este até pode surgir como reforço da autoridade da Igreja, mas não combina muito bem com a fé não.

 

Não sou teólogo, aliás li muito pouco sobre o assunto, mas creio que a perspectiva axiológica é essencial para compreender uma religião. Gibson trouxe à tela o nascimento de uma delas, justamente quando os valores que determinaram as ações de seu maior expoente seriam futuramente propagados pelo mundo inteiro, mas o fez de maneira superficial e fora de foco.

 

Este post enorme foi meu canto do cisne no caso. Boa sorte ao Dook e ao Nacka, ambos mais pacientes que eu. Aos senhores do Conselho de Sentença...
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Méritos:

1)Fotografia.

 

2) Caviezel.

 

3) Morgestern.

 

Eu termino nesses três. O Diabo como mérito? No filme ele tem a espessura de um papel-seda. Tem certeza de que quer colocá-lo aqui?

 

Deméritos:

1) Flashbacks oportunistas e calculadamente encaixados entre as cenas do martírio.

 

2) Slow motion' date=' closes em pedaços de carne voando e sangue jorrando à vontade - falta de sutileza e tentativas grosseiras de arrancar lágrimas do público, ou simplesmente chocar.

 

3) CGI sensacionalista.

 

4) Proselitismo ou, usando um termo mais adequado porém mais rude, sectarismo.

 

5) Preconceitos velados, como no caso da questão judaica (sim, considero aquelas cenas pejorativas e unilaterais; num momento onde a aceitação das diferentes crenças é tão importante para a paz mundial, Gibson prestou um desserviço à humanidade). Este é um subitem do anterior, mas eu destaquei para lançar a questão no ar: qual seria a reação das pessoas ao assitir um filme sobre a sharia islâmica, cujos valores e prioridades são tão estranhos ao ocidente? Não sei se haveria tanta condescendência com o sectarismo como ocorre aqui.

 

6) Tentativa de catequização à base da porrada (literalmente).

 

7) Superficialidade psicológica.

 

8) Reforço da fé pela culpa.

[/quote']

Méritos

1)OK

2)OK

3)OK

Diabo,sim,é um mérito,como já foi apontado por diversas pessoas,até pelo seu adorado Dook.

Esqueceu do Flagelo Realístico,que também já foi apontado por outros como um ponto positivo do filme.

 

Então continuamos com 5 méritos.

 

Deméritos

 

1)OK

2)OK

3)Subjetivo.

4)Fato ou Opinião?Prove.

5)Como você mesmo falou,isso é sua opinião.E,como você mesmo falou,é um subitem do 4º,então não entra na lista.

6)Não têm como passar a Paixão sem mostrar as cenas de flagelo.Elas aconteceram,fato.

7)Prove que falta sofrimento espiritual neste filme,caso contrário,isso é sua opnião.

8)Você sabe para o que serve a páscoa?

 

Contínuamos em 5x2 para os méritos.
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Cruzes (essa foi uma interjeição apropriada, não acham?). Eu havia dito que aquele seria meu último post, mas tô me sentindo afundando numa areia movediça. E vou ter que me contradizer, postando de novo.

Tudo o que foi escrito até agora tem seu percentual de subjetividade, em maior ou menor grau. O flagelo mostrado por Gibson, por exemplo, eu considero de mau gosto. E isso independe de ser verídico ou não, até porque aqueles que, de fato, presenciaram o calvário não tiveram o dúbio privilégio dos zoons e slow motions com que Gibson encharca o filme.

 

Porque voce rotula de "subjetivo", como se isso tirasse a força da argumentação, apenas quando não concorda? Está faltando congruência da sua parte, afinal seus Oks também são subjetivos. A boa atuação da Maya Morgestern é fato ou opinião? Opa, você concordou, então é fato (não carece de prova). Mas que coisa, hein?

 

Possivelmente eu não sei para que serve a páscoa, mas você deve saber. O que me ensinaram é que ela evoca a ressurreição do Cristo, por obra divina. Eu a celebro como a vida nascendo da morte, entre tantas coisas ruins que aconteceram no passado e acontecem no presente. De uma forma ou de outra, não tem nada a ver com culpa, por isso me ilumine com seu conhecimento.

 

Não preciso de provas, quero saber a sua verdade. Tenho certeza de que o homem foi à Lua, mesmo sem ter visto um pedregulho sequer tirado dela.

 

O curioso é que o meu maior desgosto com o filme foi omitido em seu quote. Por que?

 

P.S.: Não seja deselegante, eu não adoro ninguém e não preciso de reconhecimento externo para validar minhas opiniões, do Dook ou de quem quer que seja. Sim, eu acho que o Dook contribui muito para esse fórum, independentemente de eu concordar com ele ou não. Já havia afirmado isso publicamente muito antes desta discussão começar e repito se for necessário. É muito humilhante para você?
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Se fui deselegante me desculpe,me excedi um pouco.

 

Concordo,há subjetividade em tudo.

Porém,quanto ao flagelo sofrido por Jesus Cristo,como já foi falado aqui,foi até pior do que foi mostrado no filme,e se ele alcançou um realismo novo isso é um mérito do filme, sim.

Concordo com o exagero de Gibson em usar Slow Motion e Zoom,porém isto não tira o mérito realistíco do filme.

 

Ser subjetivo não tira,necessariamente,a força de uma argumentação,porém,há argumentações que são tão subjetivas que perdem sua força,como falar que o CGI é sensacionalista ou então que o filme é sectarísta.

Como você mesmo falou,você considera o filme como tal.VOCÊ.

Meus "OK´s" são apenas para indicar que concordo,não quer dizer que isso é um fato.

A boa atuação de um ator é subjetivo,porém,não tanto quanto falar que o filme é sectarísta ou sensacionalista.

 

Veja na bíblia:

'Este pão representa meu corpo,que há de ser sacrificado por vós'.....'Este vinho representa meu sangue,que há de ser derramdo por vós'.....'...percistam,pois,em lembrar de mim....'.

 

Como você mesmo viu,a Páscoa serve para LEMBRARMOS do sacrifíco que Jesus fez por nós,salvando ,assim,a todos que tiverem fé nele.Se isso causa culpa em você não posso fazer nada.

Não comentei por ter achado ridículo seu "maior desgosto".

Você falou que falta cenas de reflexão sobre o legado de Jesus,como o "amar outros como ama a sí próprio",porém,nos "famigerados" flashbacks onde é citado isto,inclusive,foi comentado pelos nossos colegas...

Quando Jesus está prestes a ser crucificado' date=' vem o flashback onde ele diz 'ama-te ao próximo como a ti mesmo'...

[/quote']

Isso não causa reflexão?Se não te causa você deve ser uma pessoa muito fria.....
Rafal2006-10-20 13:27:46
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"Sim' date=' vamos continuar a contagem, porém reformulando-a um pouco, inclusive em seus conceitos, vez que o roteiro e 1) a forma com a qual o diretor transmite suas próprias verdades (dentre as que ele julga serem passíveis de transmissão, e esse é um ponto muito importante)..." [/quote']

 

1) Que verdades? Sinceramente, não entendi. O cara se propõe a filmar a Paixão de Cristo nos mínimos detalhes (com uma visão artística autoral, of course), buscando um realismo quase absurdo do mote principal do filme (o sofrimentno espiritual e físico de Jesus) se baseando <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em trechos do Novo Testamento e você viu ele transmitindo as verdade dele??! 09 Talvez quisesse dizer que “... o diretor transmite sua própria VISÃO...” . Aí sim, te entenderia. Do contrário, não percebi onde ocorre o que você diz acima.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

 Deméritos:

* Flashbacks oportunistas e calculadamente encaixados entre as cenas do martírio.

 

* Slow motion' date=' closes em pedaços de carne voando e sangue jorrando à vontade - falta de sutileza e tentativas grosseiras de arrancar lágrimas do público, ou simplesmente chocar.

 

* CGI sensacionalista.

 

* 2) Proselitismo ou, usando um termo mais adequado porém mais rude, sectarismo. [/quote']

 

2) Considerando que são sinônimos, não vejo como um possa ser mais “rude“ do que o outro. A não ser que o tenha pretendido imbuir um conceito diverso na palavra “sectarismo” (intolerância). Estaria querendo insinuar alguma coisa no sentido do filme ser anti-semita? Ahh, para com isso, vai!

 

  3) Preconceitos velados' date=' como no caso da questão judaica (sim, considero aquelas cenas pejorativas e unilaterais; num momento onde a aceitação das diferentes crenças é tão importante para a paz mundial, Gibson prestou um desserviço à humanidade). Este é um subitem do anterior, mas eu destaquei para lançar a questão no ar: qual seria a reação das pessoas ao assitir um filme sobre a sharia islâmica, cujos valores e prioridades são tão estranhos ao ocidente? Não sei se haveria tanta condescendência com o sectarismo como ocorre aqui.[/quote']

 

3) Discordo novamente. Aliás, TODOS os outros filmes sobre a figura do Cristo abordam a mesma passagem, mas estranhamente, ninguém viu isso... 17 Considero limitados e sectários aqueles que não conseguem separar o joio do trigo! Talvez tivesse sido melhor Gibson parar o filme nos trechos “anti-semitas” (??!) e polêmicos e enquadrar o Papa explicando didaticamente que o povo Judeu não teve nada com aquilo e sim, aquele grupo de pessoas na época retratada... Dããhh!  07

 

 4) Tentativa de catequização à base da porrada (literalmente).

 

4) Cara' date=' só posso te dizer uma coisa: eu não vi isso no filme. Falo sério. Mas, se ele tentou, fracassou miseravelmente...

 

5) Superficialidade psicológica.

 

5) Você vai assistir um filme que se propõe a mostrar as últimas 12 horas de vida (ou melhor seria “morte”?) de Cristo, onde ele é barbaramente massacrado física e psicologicamente e que ver “profundidade psicológica”?? Tem certeza? Hummm... Acho que você optou por assistir o filme errado. 03

 

6) Reforço da fé pela culpa.

 

6) Culpa de quem?? Dos Cristãos' date=' baseados no dogma de que só há salvação pela admissão e remissão dos pecados e que todos somos “culpados” pela morte do Filho do Homem por conta de nossas falhas? Sinto informá-lo que você está mirando o alvo errado... 03

 

7) Por fim, meu maior desgosto com o filme é que ele não convida à reflexão.

 

7) Abaixo, trecho do texto de autoria de Fabrício C. Santos que achei apropriado por suscitar justamente o contrário: reflexão.

 

"<?:namespace prefix = v ns = "urn:schemas-microsoft-com:vml" /><?:namespace prefix = w ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:word" />Capaz ainda de levantar outras questões, uma delas (mesmo que não tenha sido intencional, o que não necessariamente a torna inválida) chega a ser intrigante e digna de uma atenção especial: e se, no lugar de Jesus, Barrabás tivesse sido condenado ao flagelo? Com a mesma crueldade sendo colocada na tela, só que por meio do corpo do assassino Barrabás, o público aprovaria ou desaprovaria tais punições, igualmente severas àquelas sofridas por Cristo? Por ser um culpado comprovado, a violência dos atos (não do filme) seria mais justificável? Afinal, talvez muitos espectadores sintam intensamente as imagens da flagelação, porque, hoje, Jesus Cristo também se assemelha – erroneamente – a um super-herói pronto, uma idealização que pode ser fruto da carência de valores da humanidade. Perto disso, quem seriam os “Barrabáses”?"

 

8)"... Não traz uma só passagem interessante sobre o legado de Jesus Cristo' date=' como a filosofia do amar o outro como a si próprio. Não, ele prefere investir naquele espetáculo circense, enfiado no espectador goela abaixo. Começa até bem, depois se perde.[/quote']

 

8) Putz! Vários flasbacks mostram EXATAMENTE isso!

 

Ao The Deadman:

 

"9)É óbvio que é a minha opinião! Essa é uma pergunta que nem precisaria ser formulada..."

 

9) Que pergunta?! Do que você está falando? 09

10)"...Você falou que aprecia o gore' date=' é um direito seu. Minha concepção de fé - que é diferente daquela mostrada pelo diretor - é a de que a crença nasce e se desenvolve como um processo interno;..." [/quote']

 

10) Heim?!! 09 09

 

11) "...desta maneira os dilemas morais sempre existem e isso não é ruim..."

 

11) Mas quem aqui disse que são ruins? Eu só não acho que' date=' se considerarmos o que foi pretendido retratar no filme, isso fosse necessário. Só isso.

 

12)"... Na superação deles, por meio da reflexão, é que a fé se reforça. Do contrário não há crença, mas muito provavelmente - parafraseando nosso código civil - simples temor reverencial. Este até pode surgir como reforço da autoridade da Igreja, mas não combina muito bem com a fé não.

 

12) Concordo plenamente.

 

 

13) Não sou teólogo' date=' aliás li muito pouco sobre o assunto, mas creio que a perspectiva axiológica é essencial para compreender uma religião. Gibson trouxe à tela o nascimento de uma delas, justamente quando os valores que determinaram as ações de seu maior expoente seriam futuramente propagados pelo mundo inteiro, mas o fez de maneira superficial e fora de foco. [/quote']

 

13) Por falar em axiologia, não vi nenhum desvirtuamento nesse sentido e ao contrário do que você ACHA, FATO é que Gibson fez justamento o contrário, optou pelo FOCO EXTREMO: filmou a VISÃO dele do que foi a “Paixão de Cristo”. A idéia (ao meu ver equivocada) de execrarem o filme é justamente pelo mesmo ser focado, algo que também ocorreu com o brilhante “A Queda” de Hirschbiegel: o sectarismo do “Centro de Direitos Humanos Judaíco” afirmou que preferia que as pessoas não vissem o filme, por que (sic) “o diretor foi leniente numa tentativa de humanizar um monstro: Hitler.” Sem comentários... 07   

 

Outrossim, se você não viu NENHUMA cena que remeta aos valores do ideal cristão, definitivamente, vimos filmes diferentes...  05

 
The Deadman2006-10-20 16:21:54
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Será que agora o Jurí mudou de idéia?

 

Vamos analisar:

Mostramos que as perguntas propostas pelo jurí uma não anula a outra e

Todos concordam que o filme foi bem fiel as passagens bíblicas e fez algumas mudanças interessantes.

 

Agora,quanto ao filme ser oportunista ou não,isso não importa.O que importa é a qualidade do filme,e não sua campanha de marketing.

 

Vide a campanha feita aqui no Brasil para A Vila.

Todos concordam que ela é ridícula,que o foco do filme não é a reviravolta,mas....isso reduz a qualidade do filme?Nem um pouco!

 

 
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(...)

 

"<?:namespace prefix = v ns = "urn:schemas-microsoft-com:vml" /><?:namespace prefix = w ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:word" />Capaz ainda de levantar outras questões' date=' uma delas (mesmo que não tenha sido intencional, o que não necessariamente a torna inválida) chega a ser intrigante e digna de uma atenção especial: e se, no lugar de Jesus, Barrabás tivesse sido condenado ao flagelo? Com a mesma crueldade sendo colocada na tela, só que por meio do corpo do assassino Barrabás, o público aprovaria ou desaprovaria tais punições, igualmente severas àquelas sofridas por Cristo? Por ser um culpado comprovado, a violência dos atos (não do filme) seria mais justificável? Afinal, talvez muitos espectadores sintam intensamente as imagens da flagelação, porque, hoje, Jesus Cristo também se assemelha – erroneamente – a um super-herói pronto, uma idealização que pode ser fruto da carência de valores da humanidade. Perto disso, quem seriam os “Barrabáses”?"

 

(...) 

 
[/quote']

 

A impressão que eu tive após ler esse post foi a de um mingau que passou do ponto. Quanto mais a gente tenta raspar o que ficou no fundo, mais o que está na colher adere de volta.

 

Se não me engano, você havia me perguntado se o que eu estava escrevendo era fato ou opinião. Ou o que eu li na página anterior foi outra coisa? Eu poderia até não responder, já que a resposta era óbvia, mas o fiz por cortesia e com bons modos. É realmente minha opinião.

 

Você não entendeu o que eu quis dizer com a verdade do Gibson? Quais foram as intenções dele ao fazer esse filme, no teu entendimento? Quais foram seus propósitos em retratar a paixão em seus mínimos detalhes (sic)? Pra mim ele passou o seguinte:

 

"Ei! Você aí, cristão não-praticante ou não cristão! Está vendo como Jesus sofreu por nós? O que ele suportou enquanto o resto da humanidade o açoitava? E não foi pouco não, ele sofreu pra caramba! Portanto, converta-se, ou retorne à igreja!" 

 

Assim mesmo, cheio de exclamações.

 

Se isso não é um reforço da fé pelo sentimento de culpa, uma catequisação à base do porrete, não sei o que é. Mostrar a paixão do Cristo foi um instrumento, e não um fim em si. Eu já havia dito isso, ou você não leu? Aí vai de novo:

 

"a forma com a qual o diretor transmite suas próprias verdades (dentre as que ele julga serem passíveis de transmissão, e esse é um ponto muito importante)..." 

 

Você negritou a sentença errada. A verdade do Gibson (ou seja, no que ele acredita) é que as pessoas podem, pelo sentimento de culpa ou - se for o caso, é pior ainda - pela piedade, se converter ao cristianismo ou reforçar seus laços com ele. Cada um acredita no que quer, mas transformar isso num filme é muita pobreza de espírito. Gibson cospe no próprio público que deseja seduzir.

 

Sectarismo não é sinônimo de proselitismo. Sim, considero o filme anti-semita pela forma que os judeus foram retratados, fanáticos desvairados babando por sangue. As eventuais explicações dadas pelo Papa não suavizam a questão, até porque ele exerce uma função política e não seria louco de silenciar ante as acusações que pipocaram de várias partes do mundo, principalmente após ter visto o filme em uma sessão prévia, concebida com o propósito de receber seu aval.

 

Se você visualizar o filme no meio que o circunda, com as relações entre o cristianismo, o judaismo e o islamismo em uma situação tão delicada, pode perceber que faltou senso de oportunidade ao Gibson, no mínimo. Uma das muitas insensibilidades que ele demonstrou.

 

Sobre a superficialidade psicológica, creio que você anda praticando a leitura seletiva, registrando apenas o que te convém. Desde o início eu afirmei que considerava o projeto todo equivocado e demonstrativo apenas da arrogância de seu diretor. Com aquelas imagens ele não teve outro propósito a não ser chocar, constranger e, por essa via torta, transmitir suas próprias crenças e converter os outros a elas. A superficialidade é premeditada e nem por isso deixa de ser ruim. É até pior que a involuntária.

 

Citação não implica reflexão. Eu até gostaria de ter refletido sobre os valores que o cristianismo prega, mas todo aquele sangue esguinchando em profusão da tela me impediram de tentar qualquer coisa nesse sentido. Os flashbacks te proporcionaram isso? Pra mim foram tearjerkers. Como já falei, oportunistas e situados de forma calculada entre um açoite e outro.

 

O Rafal, que inseriu a Páscoa na história não sei a que pretexto e considera a minha maior decepção com o filme algo ridículo, já me rotulou de frio. Sinta-se à vontade, mas sabendo que o "se não se emocionou, é porque é insensível" é primo do "se não entendeu, é porque é burro".

 

E com isso chegamos à tal reflexão que você transcreveu acima, e que eu mantive. Ela, que parece ser anterior ao próprio filme (ele foi utilizado para referendá-la, e não o contrário), só me passa generalização e subestimação da inteligência do espectador. Faz inferências absurdas, conclui coisas do nada. Demonstra também que, como seu próprio autor, as pessoas só vêem o que querem. Qual foi a sua reflexão acerca dela? Se as pessoas enxergam o Cristo como um super-herói idealizado, um tratamento de choque, a ferro e fogo, é legítimo para tirá-las dessa letargia?

 

É isso, então, o que você chama de foco extremo? Acho que já sei a resposta.

 

Por último, esse é um conselho que dou a você, se for do seu interesse: seja menos defensivo. Você retalhou meu post até torná-lo incompreensível, destacou apenas o que queria com o propósito de diminuir meu discurso. Quando eu disse para voltar no tópico, era apenas isso mesmo, coisa que você parece não ter feito. Observe que sua primeira reação foi assumir que, para mim, nossos pontos de vista não poderiam conviver. Isso, sinceramente, me pareceu muito paranóico.

 
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Mas isso não quer dizer que temos que ficar analisando os atos de comércio do diretor... Devemos analisar a posição dele no que tange o filme' date=' e não o fato de ele ter aproveitado o filme pra vender pingentes...

The Spartan

 

PS.: Acho que esse caso perdeu o foco...
[/quote']

Off: Sem moral vc Sunder. Vc adora sair da discussão sobre filmes pra ficar enfiando fidelidade à quadrinhos no meio. Foco não é bem sua especialidade...06

 

Se se julgasse a fidelidade da obra à Bíblia não diria que estaria fugindo do foco... Contudo, acho que ficar nesse julgamento das vendas é sim fugir do foco de discussão...

 

The Spartan
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Eu ia dar a sentença, já que tenho em mãos as opiniões dos demais jurados... mas desdobramentos imprevisíveis seguram minha mão (a que segura o martelo) então vou esperar um pouco mais... no decorrer do dia chegaremos ao fim do processo.

 

PS: Que pá de cal hein Alexei?
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