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Forum Cinema em Cena

A Marca da Maldade


Highlander
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eu vi esse filme esse ano e digo: é melhor que Cidadão Kane.

 

tem uma direção fudida do Welles, planos inspiradíssimos (algo além da antológica cena inicial) e atores super fodões. Um roteiro bem interessante e uma condução de mestre.

 

E tem um final bem fodão, e aquela história da pianola é bem curiosa.

 

Tem a estrutura de um noir com policiais corruptos, só que muito bem contada.
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Se é melhor que "Cidadão Kane" não posso dizer (ainda não o vi...08), mas que "A Marca da Maldade" é um dos melhores noir que assisti, disso não tenho dúvidas...Toda aquela atmosfera corrupta do filme, Orson Wlles chutando bundas, Charlton Heston também, Janet Leigh deliciosa, direção fuderosa (o que é aquela sequência incial), enfim...Não consigo ver nenhuma falha...
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Bela crítica... realmente, o personagem de Welles é controverso. Ele é um FDP, mau caráter, mas ele parece realmente acreditar q está cumprindo seu dever, q apenas "dá uma mãozinha" pra justiça plantando as provas... Se enche de convicção de q o cara é culpado; e se o cara é culpado tem de ser condenado, ainda q seja preciso um "empurrãozinho" ...Tb achei o Heston meio caricato como detetive mexicano; e olha q eu sou fã dele... O detetive Menzies pra mim é um cara cheio de dúvidas... Na minha opinião ele sabe q o que Quinlan faz é errado, mas tenta convencer a si mesmo de q afinal se a justiça necessita mesmo dessa "ajuda", só um grande homem como Quinlan pra fazê-lo... E ele tem um misto de admiração/medo e ao mesmo tempo uma certa repulsa...

Uma coisa curiosa é a frase a respeito de 2300 Kms de fronteira sem uma única metralhadora... Tempos q não voltam mais... Nessa época não havia o imenso problema de imigração q existe hj, onde a fronteira é vigiada de forma quase paranóica...

De todo modo, um filme excelente como praticamente tudo em q Welles botava a mão... e é impressionante como em cada filme do cara há uma cena realmente antológica q fica pra sempre na memória de quem assiste, como o caso da morte do Kane, com a quebra da bolinha de cristal em Cidadão Kane, ou a cena dos espelhos em A Dama de Shangai, e a maravilhosa cena inicial de A Marca da Maldade...

 

 

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Como já falei em meu post no tópico "Filmes X Filmes", "A Marca da Maldade" é uma das minhas obras cinematográficas mais apreciadas. Mesmo tendo humildade suficiente para admitir que, em matéria de qualidade, "Cidadão Kane" continua sendo a grande obra de Orson Welles, principalmente por ser a mais inovadora da história, ela fica, em meu gosto pessoal, abaixo deste maravilhoso film noir. A supracitada seqüência inicial é brilhante mesmo: três minutos sem cortes, trabalho de grua perfeito, milimetricamente detalhado, e um resultado que está acima de qualquer coisa. É uma grande prova da genialidade de Welles. Porém, esta é apenas uma das grandes qualidades da obra. Não podemos resumí-la àpenas uma cena, já que, como podem comprovar todos aqueles que viram a obra, ela é recheada, do início ao fim, de seqüências impecáveis, tanto técnicamente como narrativamente. O roteiro é maravilhoso, cheio de sub-tramas e fortes contextos sociais empregados nas diversas e intrincadas situações da obra, e possui a marca de Welles em cada página. Os diálogos são rápidos, diretos e muito inteligentes (reparem como poucos momentos do filme ficam sem ter ao menos um personagem falando - algo que é de dificil aceitação do público atual, ao passo que o texto inteligente fora substituido pela pirotecnia e pela pornografia nas história filmadas por Hollywood ultimamente). E, o melhor: cada plano de Welles é um show de técnica cinematográfica: os enquadramentos, os longos e minusciosos travellings, a fotografia autenticamente "noir", a montagem impecável, etc., tudo em imprescindível armonia. Para finalizar: apesar da inesquecível cena inicial, a seqüência final é, para mim, a mais interessante da obra: a direção de Welles nestes últimos minutos é algo sobrenatural, em especial por suas inusitadas experimentações de enquadramentos de câmera. É um dos momentos mais espetaculares do film noir, merecedor de presença em qualquer antologia do gênero - tanto quanto o filme.
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