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Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal


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Todo mundo babando o ovo pelo filme? Só eu' date=' o Thiago Lúcio, o ltrhpsm e o Alexander_Bell nesse fórum que achamos um filme morno? Imagino que bastasse mudar o nome STEVEN SPIELBERG no início do filme para MICHAEL BAY que todo mundo acharia um defeito. 

[/quote']

 

Acertou em cheio Shiryu (pelo menos nisso, hahaha)... E sabe pq? Pq Bay é LIXO... Já o Spielberg... No mais, a comparação descabida da sua parte me lembra algo:

 

200_oleo_peroba_king.jpg
Dr. Calvin2008-05-26 09:40:06
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Todo mundo babando o ovo pelo filme? Só eu' date=' o Thiago Lúcio, o ltrhpsm e o Alexander_Bell nesse fórum que achamos um filme morno? Imagino que bastasse mudar o nome STEVEN SPIELBERG no início do filme para MICHAEL BAY que todo mundo acharia um defeito.

Tava lendo agora, 185 milhões para fazer esse filme? Acho que gastaram todo esse orçamento na metade final do filme, coincidentemente, a pior parte do filme (dos 4 filmes). A primeira parte do filme parece ter sido dirigida pelo Spielberg, a segunda, pelo George Lucas. 02.gif [/quote']

 

me inclua tb no quarteto.. tb esperava mais depois de tanto fuzuê feito aqui.. na verdade o filme diverte e tals, mas nao é td isso q andam falando.. idolatria exagerada, sei la...calcada principalemtne no quesito afetivo e emocional q se tem com o personagem. Em tempo, o filme nao chega nem aos pés do primeiro Indy, mas é superior ao Templo da Perdicao e igualzinho 'a Ultima Cruzada.. minha nota é 8/10

 

PS. a cena das formigas nao tem como nao lembrar 'a Mumia..12
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Não tá sendo feito nenhum fuzuê aqui... Ninguém aqui tá falando que este novo filme é o melhor Indiana ou o melhor filme do Spielberg. Sim, também considero Caçadores da Arca Perdida insuperável. Tão insuperável que, além dos outros Indianas não o superarem, outros filmes extremamente badalados do Spielberg (como Schindler) palidecem aidéticos ante à magnitude do primeiro Indiana Jones.

 

O bacana deste Indy 4 é que ele não apela para agradar a molecada que gozou vendo Transformers e outros do gênero e infelizmente está pagando o preço por não se prostituir.

 

O mais engraçado é ver que as pessoas que não gostaram do filme, essas sim, estão tomadas pela emoção, por um sentimento nostálgico agradável que os filmes proporcionaram há tantos anos, quando foram vistos pela última vez por estes que, agora, criticam negativamente o filme. Aliás, o Pablo é um deles... Tenho absoluta certeza de que se tivesse revisto A Última Cruzada ele JAMAIS, em sua posição profissional, diria que o filme é "um jovem clássico".
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http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL535788-7086,00-INDIANA+JONES+FAZ+RIVAIS+COMEREM+POEIRA+EM+SUA+ESTREIA+NOS+EUA.html

 

Prováveis 151 milhões em 5 dias. Apesar de ter achado o filme mais ou menos (e não odiado, como muitos devem ter pensado ai), espero que o filme faça uma bilheteria surpreendente e abra as portas para mais 2 continuações, afinal, é sempre bom ver o velho Harrison vestindo seu chapéu (e pelo que foi mostrado nesse filme, ele ainda tem fôlego para isso).

 

Mas se isso ocorrer, espero que Spielberg o meta em confusões em que o velho Indy sofra pra se livrar, mas se ele preferir entupir o filme de CGIs, vou assistir também, mas desta vez, preparado para isso.06

 

Shiryu2008-05-26 10:39:07

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Me desculpem, mas O Reino da Caveira de Cristal é um filme muito mais ousado do que A Última Cruzada. De toda a quadrilogia do Indy, o filme mais fácil de agradar é A Última Cruzada. É o filme pop descarado da série.

Eu gosto muito da Última Cruzada. Foi o primeiro filme do Indy que assisti no cinema em 1989. Tenho boas lembranças, mas não deixo que meu sentimento nostálgico seja maior do que meu raciocínio ponderado.  

O Reino da Caveira de Cristal é superior A Última Cruzada. Invés de ligar o piloto automático como fez em A Última Cruzada, Lucas e Spielberg resolveram ousar como fizeram em Os Caçadores da Arca Perdida e o Templo da Perdição.

Apesar de ser um filme excelente, digamos que A Última Cruzada é um filme comercial. O papel de Connery como Henry Jones, pai do Indy, é memorável, mas também uma cartada pra lá de pop. Connery foi o 007 mais famoso da história do cinema. Sua popularidade é incontestável. Além disso, o filme não tem um tom ousado e fantasmagórico como Os Caçadores da Arca Perdida e nem dark como O Templo da Perdição. Preferiu seguir um caminho mais fácil, recheado de situações que se encaixam mais no gosto popular, como o relacionamento conturbado de pai e filho entre Indy e Henry.

O Reino da Caveira de Cristal é o filme mais ousado da série. Supera até O Templo da Perdição nesse quesito e se iguala com Os Caçadores da Arca Perdida. O filme teve a coragem de mostrar (Spoiler) cidade atomizada, alienígena, disco voador e paranormalidade, algo que até então era estranho no universo de Indiana Jones.

O Reino da Caveira de Cristal reinventou Indiana Jones no século XXI. Preferiu caminhar por um caminho cheio de pedras, como fez Os Caçadores da Arca Perdida e o Templo da Perdição, invés de caminhar sobre as rosas como fez A Última Cruzada.

Akatoriano2008-05-26 10:55:46
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Alguém percebeu a referência à Ameaça Fantasma?

 

O filme inteiro lembra A Ameaça Fantasma. É um filme velho (em termos de linguagem), porém "novo" (esteticamente), tentando conquistar seu lugar no cinema atual.

 

Mas referência direta ao filme não percebi não.
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é duro ver gente falando mal dos efeitos especiais. só metem o pau na cena das formigas por serem em CGI por que sabemos que nao tem outro jeito de ter sido feito aquilo, mas e dai? ate hj me divirto vendo os bonequinhos nos trilhos do Templo, se existisse CGI na epoca, claro que seria usado.

 

e qual o problema de ser mais "explicito" mostrando os ets? ( no Caçadores a gente viu fantasmas bem de perto nao?)

 

deveriam dar uma olhada no livro "Eram os Deuses Astronautas?" onde se fala dos cranios de cristal e outras coisas que aparecem no filme

 

ainda to rindo do Pablo nao ter entendido a frase "espaço entre os espaços"...conceito de dimensao paralela Pablo, presta atençao, nao fica só procurando o que voce vai poder falar mal.

 

o bom é ir no cinema e ver um monte de tiozoes na sala, só esse tipo de filme pra tirar muita gente de casa.

 

vale a pena

 

Indy Rules 16
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deveriam dar uma olhada no livro "Eram os Deuses Astronautas?" onde se fala dos cranios de cristal e outras coisas que aparecem no filme

 

Erich Von Danikken nao é quem eu chamaria pra roteirista de nada.. uma vez q boa parte da comunidade cientifica torce o nariz pra alguem q vê ets até no formato da propria sombra..
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Esse livro do Erich von Däniken tem algum fundamento? Só vejo gente descendo o pau em cima dos livros do cara.

 

*******

 

Quando eu fui tinha molecada também, mas a presença de tiozões (e até um casal de idosos!) era grande.

 

PS: Gustavo, quando sai a crítica do filme no Império Cinéfilo?

 

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Filme arrecada mais de US$ 260 milhões pelo mundo - 26/05/2008 09:40

Desde sua estréia, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal arrecadou mais de US$ 260 milhões de bilheteria pelo mundo. O filme dirigido por Steven Spielberg conseguiu US$ 5,7 milhões nas 257 salas de cinema em que foi exibido no Brasil.

Nos Estados Unidos, a bilheteria arrecadada pela produção foi de US$ 126 milhões, enquanto o valor somado nos outros países atingiu a marca de US$ 143 milhões.

Com esses números, a nova aventura ocupa o posto de sexta estréia mais lucrativa no mercado internacional. O filme foi lançado em 56 países, de acordo com informações do The Hollywood Reporter.

Antes de Indiana Jones, a estréia mais lucrativa da Paramount Pictures fora dos Estados Unidos também era de um longa dirigido por Spielberg. Guerra dos Mundos, estrelado por Tom Cruise, conseguiu US$ 102,5 milhões.

 

 
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ISABELA BOSCOV, REVISTA VEJA ed. 2062 de 28 de maio de 2008

 

Detalhe antes de ler, ela gostou de Transformers....14

 

Na semana passada, uma reportagem de VEJA explorou os bastidores de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, Estados Unidos, 2008). O filme era um segredo guardado a sete chaves e deixava em suspenso uma pergunta: Harrison Ford, sessentão, manteria acesa a chama do personagem? Com o filme em cartaz no Brasil desde quinta-feira, já se sabe a resposta. Ford não se mostra minimamente superado. Ele reconfirma que nasceu para o papel e continua sendo a melhor parte da aventura. A aceleração vertiginosa do cinema de ação tampouco tirou o lugar de um entretenimento um tantinho mais lento como este aqui – seu ritmo é um alívio diante de tanta hiperatividade. Num aspecto, contudo, dezenove anos de espera pela continuação de uma das séries mais criativas do cinema foi tempo demais. A demora afetou o prazer e a espontaneidade com que o diretor Steven Spielberg e o produtor George Lucas conceberam os três primeiros episódios da franquia, e que não resistiram à maquinação excessiva envolvida em O Reino da Caveira de Cristal.

Na superfície, esse quarto episódio se parece muito com os anteriores. Em 1957, o arqueólogo Indiana é de novo alvo do interesse de um governo totalitário que quer se beneficiar de seu conhecimento – agora os soviéticos, personificados pela militar Irina Spalko (Cate Blanchett, mastigando o cenário, como convém). O conhecimento em questão tem a ver com o célebre "caso Roswell", de 1947 – a suposta queda de uma espaçonave no Novo México, da qual teriam sido recolhidos os corpos de alienígenas –, e conduz a um outro artefato lendário, um crânio de cristal associado à mitologia maia. Para encontrá-lo antes dos soviéticos, Indiana, como sempre, terá de se valer de ajudantes de valor questionável, como o comparsa Mac (Ray Winstone) e o jovem Mutt Williams (Shia LaBeouf), que, como o arqueólogo virá a descobrir, é filho de seu grande amor do passado, Marion Ravenwood (Karen Allen). E aí começam os problemas. Em Os Caçadores da Arca Perdida, Harrison e Karen tinham uma química fantástica – a qual não existe mais. Winstone é um ator sólido, mas seu personagem está longe de sê-lo. E, contraposto à simplicidade de Ford, Shia soa ruidoso e dispersivo. Indiana, portanto, não depende apenas de um vilão à altura para que o seu melhor venha à tona. Ele necessita igualmente de bons parceiros, como o incomparável Sean Connery de A Última Cruzada. Sem essa combustão entre Ford e os atores que o cercam, seu humor seco perde aquele estampido e, com ele, muito do prazer que poderia proporcionar.

O mais difícil de explicar a contento em O Reino da Caveira de Cristal é a inferioridade do roteiro. Ele rodou de um para outro dos melhores profissionais do ramo durante anos. Quando Spielberg, Lucas e Ford se decidiram pelo tratamento de David Koepp, de Homem-Aranha, imaginava-se que teriam encontrado a perfeição. O que o espectador encontra é outra coisa: à parte alguns momentos em que aquele velho júbilo da série é revivido, o que se tem é uma história que se alonga em explicações desnecessárias, cujo tom reminiscente de Eram os Deuses Astronautas? há de irritar a muitos e cujos saltos desajeitados nada têm em comum com a fluidez dos três primeiros filmes. Ver Indiana Jones em ação tem de ser uma experiência semelhante à de assistir a Mikhail Baryshnikov dançando O Corsário: sabe-se que chegar àquele efeito exigiu um trabalho descomunal, mas ele nunca é percebido. Aqui, o esforço é visível. E nada poderia estar mais fora de compasso com o espírito desse personagem que, em si mesmo, continua atraente: primeiro, querer agradar – e, o mais grave, nem sempre conseguir.

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Alguém percebeu a referência à Ameaça Fantasma?

 

O filme inteiro lembra A Ameaça Fantasma. É um filme velho (em termos de linguagem)' date=' porém "novo" (esteticamente), tentando conquistar seu lugar no cinema atual.

 

Mas referência direta ao filme não percebi não.
[/quote']

 

Quando Indy e o russo são lançados em alta velocidade no deserto naquela plataforma, tem uma cena em que uns castores se surpreendem quando ela passa por eles, num enquadramento bem parecido com o dos Jawas do deserto que dão um pulo quando passa os pod-racers.

 

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PS: Gustavo' date=' quando sai a crítica do filme no Império Cinéfilo?[/quote']

 

Amanhã, às 00:00.

Olha a propaganda! 06

 

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ISABELA BOSCOV' date=' REVISTA VEJA ed. 2062 de 28 de maio de 2008

 

Detalhe antes de ler, ela gostou de Transformers....14
[/quote']

 

A Veja azedou Isabela.

 

Gusmão_Raimundo2008-05-27 01:09:37

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Postei esse texto originalmente na página de comentários das críticas, mas coloco aqui pra quem quiser ver adicionar comentarios, concordar ou discordar.

 

 

Crítica original com minhas considerações de vermelho e em negrito.

 

 

 

Escrito por David Koepp a partir de um argumento

concebido por George Lucas e Jeff Nathanson, o roteiro busca preencher, desde o

início, as lacunas deixadas por Connery (que se recusou a abandonar a

aposentadoria), Elliott (morto em 1992) e John Rhys-Davies (que cobrou demais)

ao criar substitutos óbvios e pouco imaginativos: o professor Oxley, que Hurt é

obrigado (obrigado?

Ele fez papel de um louco, o roteiro exigia isso, poderia ser qualquer ator, até

mesmo Sean Connery e nem por isso ele seria obrigado a desempenhar um papel que

ele foi contrado.) a interpretar de maneira distante, como num

transe, por quase todo o filme; o reitor que surge na ponta eficaz de Jim

Broadbent; (se a

ponta é eficaz, não deve ser obvia nem pouco imaginativa) e o mal

desenvolvido assistente vivido por Ray Winstone. (Por acaso o assistente anterior vivido por John

Rhys-Davies foi bem desenvolvido nos dois filmes que participou? Se ele

voltasse como seria explicada sua traição? Melhor mesmo um ajudante diferente.)

Enquanto isso, empalidecendo diante dos vilões dos filmes originais e

oferecendo a primeira atuação realmente ruim de sua carreira, Cate Blanchett

encarna a russa Irina Spalko de maneira absolutamente caricatural, jamais

soando ameaçadora e deixando que seu penteado, seu figurino e seu sotaque façam

todo o trabalho de “composição” da personagem. (Há algum vilão de Indiana Jones que não seja

caricato?)

 

 

 

Por outro lado, é inegável que Lucas teve uma boa

idéia ao trazer um jovem impetuoso como contraponto ao envelhecido

protagonista, o que, num mundo ideal, poderia recapturar a maravilhosa dinâmica

estabelecida por Ford e Connery em A Última Cruzada, oscilando apenas a

postura de Indiana para o lado carrancudo do espectro – e, de fato, este

esforço pode ser observado na cena em que Mutt, depois de uma ação ousada, olha com um

sorriso orgulhoso para Indy, que lhe devolve uma expressão mal-humorada

(exatamente como acontecera tantas vezes no filme de 89). Infelizmente, esta

dinâmica surge de maneira apenas pontual ao longo da projeção, que prefere

gastar mais tempo nas repetidas (e apenas ocasionalmente engraçadas)

referências à idade mais avançada do herói. (tenho certeza  que se a dinâmica pai x filho fosse usada

repetidamente, essa frase seria invertida.) Da mesma forma, o

retorno de Marion decepciona por não resgatar a química explosiva vista em Caçadores,

já que tudo aqui parece apenas uma imitação pouco inspirada do que ocorria no

original: as brigas do casal parecem forçadas, assim como o eventual (e

inevitável) romance – e o único momento em que o roteiro consegue recapturar aquela

maravilhosa dinâmica é na breve cena envolvendo areia movediça (que, por esta

razão – e sou capaz de apostar -, será aquela que levará o público às maiores

gargalhadas) (Os

dois não se vêem há quase 20 anos, isso não explica a falta de química

explosiva?).

 

 

 

Plenamente conscientes de estarem lidando com um

personagem que ganhou contornos míticos ao longo das últimas décadas, Spielberg

e Ford ao menos acertam na reverência com que tratam Indy: e o momento em que

este surge em cena pela primeira vez é construído com cuidado, revelando-o

gradualmente, já que, ao som do clássico tema composto por John Williams, vemos

primeiramente seu chapéu e o contorno de sua inconfundível sombra. Porém, ainda

que Ford mantenha a irreverência do arqueólogo (observem como ele ri,

incrédulo, ao perceber que Irina tenta ler sua mente), as tiradas oferecidas pelo

roteiro são geralmente frágeis – e, como se não bastasse, sua vulnerabilidade

característica é simplesmente abandonada, já que, em nenhum momento da

projeção, tememos realmente pelo destino de Indy ou de seus companheiros, ao

contrário do que ocorria nos filmes anteriores (não vi diferença entre os filmes anteriores.

Aqui Indy apanha talvez até mais que nos outros filmes e como sempre, sabemos

que ele se salvará). Aliás, Spielberg nega ao espectador até mesmo a

graça de vermos como o herói se espanta com a própria sorte: se antes o

arqueólogo se surpreendia ao perceber como seu carrinho voltava aos trilhos

depois de um longo salto ou percebia, confuso, como seus amigos o julgavam

morto após a queda do tanque no despenhadeiro, aqui o diretor não nos mostra

sequer o receio dos personagens ao caírem em três colossais cachoeiras (depois de três

filmes e 20 anos de aventuras, ele parou de se espantar com a própria sorte, a

cena inicial quando dois carros estão para bater de frente e o ajudante de

Jones diz ao soldado russo “você não conhece ele” já diz tudo.) – e,

ao manter sua câmera distante, Spielberg não apenas ressalta o absurdo de que

todos escapem vivos como ainda desperdiça o impacto que a seqüência poderia

gerar. (vemos

Marion, depois de cair, em estado de choque com o volante na mão e cara de

besta, o cinema todo riu. Pra mim essa cena funcionou muito bem.)

 

 

 

E se antes as missões de Indy eram explicadas de

maneira simples e objetiva, colocando a narrativa em movimento rapidamente,

aqui as buscas e as deduções dos heróis exigem um longo tempo - e o pior: nem

por isso se tornam mais claras. (A trama da Ultima cruzada é simples e objetiva? Alexandreta,

mapas, livros com charadas, não vi muita diferença com a trama desse filme nos

quesitos simplicidade e objetividade.) Além disso, embora haja um

aspecto católico simbólico óbvio na presença de 13 alienígenas (Cristo e os

apóstolos), a natureza daquele templo e os objetivos das criaturas jamais ficam

claros. (pra que

ficar claro? Aquilo está ali e não existem registros históricos suficientes, da

mesma forma que os outros filmes ocultaram certas explicações convenientemente)

Aliás, o fato é que a trama de O Reino da Caveira de Cristal é

simplesmente ruim (opinião)– e a insistência de Lucas em utilizá-la

é, provavelmente, o grande fator responsável pelo fracasso deste novo filme, já

que nem mesmo as motivações de Indy são explicadas satisfatoriamente: por quê,

por exemplo, ele insiste tanto em “devolver” a caveira como deseja Oxley? (poque ele entrou

em contato com a caveira na cena em que ele esta amarrado encarando-a na tenda,

da mesma forma que Oxley em algum momento anterior ao filme) E por

que Ox, depois de fracassar em seu primeiro esforço para entrar no templo,

retornou o artefato ao local no qual o encontrara em vez de guardá-lo para

tentativas posteriores? (para protegê-la dos malvados russos ou algum outro bandido,

ele conhecia o poder da caveira) E por que certa(s) criatura(s) agem

daquela forma diante do pedido de Irina? (eles podem ter lido a mente dela e descoberto suas intenções

ou ela pode realmente ter ido à outra dimensão, isso ficou aberto e não é

necessariamente ruim) Infelizmente, em vez de buscar refinar a

trama, Koepp tenta disfarçar os absurdos através de falas ridículas como “Eles voltaram para o espaço entre os espaços” (aliás,

praticamente tudo o que John Hurt é obrigado a dizer neste filme dói aos

ouvidos) (O

velho está louco durante quase todo o filme, e nessa frase ele quis somente

dizer que eles foram a alguma outra dimensão).

 

 

 

Contudo, o mais decepcionante em O Reino da

Caveira de Cristal é a maneira pouco imaginativa com que as seqüências de

ação são conduzidas – e, com exceção de uma perseguição de moto ainda no

primeiro ato, nada neste projeto nos faz lembrar de momentos geniais como Indy

e os caminhões nazistas (em Caçadores da Arca Perdida), a perseguição

nos trilhos subterrâneos (em Templo da Perdição) ou a luta envolvendo o

tanque (em A Última Cruzada). Sim, aqui há uma longa briga sobre jipes

na selva, mas o máximo que Spielberg consegue criar é uma gag batida de

Mutt sendo atingido entre as pernas pela vegetação local. (Indiana Jones é feito de gags batidas e

convenções existentes em filmes de ação, o filme inteiro é só isso, tanto que a

estrutura dos quatro filmes é praticamente idêntica, excetuando O templo da perdição.) Além

disso, a seqüência é orquestrada de maneira confusa, quase caótica, beirando a

preguiça quando, depois que a luta chega ao fim, novos veículos russos surgem

aparentemente do nada. (Nunca é explicado quantos veículos existem, se há reforços

ou alguma outra companhia atrás da primeira, pra mim não fez diferença) Da

mesma maneira, se a piadinha envolvendo a árvore que atinge os agentes

comunistas pendurados na rocha é até engraçadinha, é triste perceber que, logo

depois, aqueles mesmos capangas voltam a surgir ao lado de Irina, como se nada

houvesse acontecido. (sinceramente não percebi se realmente eram os mesmos

capangas) E por que Spielberg insiste em mostrar ágeis nativos que

se escondem no templo e em outras ruínas se a natureza destes jamais é

explicada claramente e eles não exercem qualquer efeito sobre o desenrolar da

narrativa? (obstáculos

para Indy, justamente como nos outros filmes. Será que aquela seita que protege

o cálice tem algum efeito no desenrolar da trama? Se eles fossem cortados ou

apenas citados não faria diferença em A

ultima cruzada.)

 

 

 

Mas o mais triste é perceber como a série Indiana

Jones se deixa contaminar, neste quarto capítulo, pela praga da computação

gráfica – e a insistência dos realizadores em afirmar que o recurso

praticamente não foi utilizado não é apenas traiçoeiro, mas mentiroso. (Só percebi

utilização de computação barra pesada no final do filme, o restante, se teve

foi bem pontual e discreto) Aliás, para constatar como isto

prejudica o filme, basta compararmos a cena das formigas gigantes com aquela de

Templo da Perdição na qual Willie (Capshaw) era coberta por insetos

nojentos: se aquele momento funcionava tão bem e provocava arrepios era porque sabíamos

que os bichos eram reais e que a atriz (ou uma dublê) realmente tivera que

senti-los percorrendo seu corpo. Já em O Reino da Caveira de Cristal, as

formigas digitais surgem artificiais, falsas, e o máximo que sentimos é o

incômodo por percebermos que tudo aquilo foi criado num computador. (Opinião! O cinema

todo veio abaixo com essa cena, pra mim e todos presentes na sessão, as

formigas foram repulsivas sim.) E o que dizer da cena desastrosa em

que vemos Mutt saltando nos cipós como Tarzan e acompanhado por um exército de

macaquinhos digitais? (finalmente concordo com você)

 

 

 

Apesar de todos os seus problemas, porém, Indiana

Jones e o Reino da Caveira de Cristal funciona ao menos como exercício de

nostalgia: é prazeroso, como cinéfilo, rever o logotipo da Paramount se

transformando em uma versão real que abre a aventura ou acompanhar o trajeto do

herói através da linha vermelha em uma mapa. Além disso, Spielberg é hábil ao

resgatar toda a linguagem dos filmes anteriores, desde os constantes travellings

que nos aproximam dos personagens em momentos dramaticamente relevantes até o

contra-luz ocasional que marca a (aqui, apenas suposta) força dos vilões. Da

mesma forma, o diretor de fotografia Janusz Kaminski faz um trabalho impecável

ao recriar o estilo do agora aposentado Douglas Slocombe, recapturando a

preferência deste por sombras e silhuetas, por planos que revelam apenas os

olhos dos personagens e pelo tom sépia elegante que confere ao filme um tom

clássico que, mesmo belo, não trai a homenagem às produções B feita pela série.

E como evitar um arrepio de reconhecimento diante da trilha icônica de John

Williams? (adicionando

aqui a textura do filme, há tempos não vejo um filme com essa cara de filme

antigo, textura, cores bem diferentes dos tipos lavados e limpos de hoje.)

 

 

 

Incluindo uma aparição-relâmpago da Arca da

Aliança, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal representa uma

experiência similar a um reencontro com um velho amigo depois de anos de

separação: inicialmente, o prazer da reunião é contagiante, mas, depois de duas

horas, ao constatarmos que todos os assuntos discutidos dizem respeito ao

passado, acabamos percebendo que, afinal de contas, talvez a velha amizade

funcione melhor como uma sensação de gostosa nostalgia e que não haja razões

suficientes para que insistamos em mantê-la viva no presente. (amizade antiga é

praticamente impossível de ser mantida viva, mas sempre é bom rever os antigos

amigos, promover encontros esporádicos para relembramos os velhos tempos, uma

sutil mudança de ponto de vista que muda tudo.)

 

 

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Esse livro do Erich von Däniken tem algum fundamento? Só vejo gente descendo o pau em cima dos livros do cara.

*******

 


Fundamento depende de quem le. é só mais um livro dentre varios que citam a possiblidade de vidas alienigenas terem aparecidos pros povos antigos, acreditar ou nao é com voce.

 

abraço

AleAC2008-05-26 16:56:26
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Eu juro que tentei manter a cabeça fria... é só mais um filme... críticas negativas estão dizendo asneiras em cima de asneiras, mas vai que estejam certas?... ih... o logo da Paramount tá se transformando em outra montanha, seria falta de criativi... Mas, bom, foi só ver que aquilo não era exatamente uma montanha e ver aquele começo ao mesmo tempo nada e tudo que se pode esperar de um Indiana Jones, desisti, não tem como assistir a um espetáculo desses imparcialmente.

Quando Harisson Ford aparece, finalmente como Indiana Jones, não dá para não sorrir de orelha a orelha. Mas não era só o físico, era a atuação, tudo. A impressão que dá é que Indy realmente VIVEU aqueles 19 anos desde que salvou o Graal das mãos dos nazistas. E ele está ali, mais velho, mas ainda sim o mesmo. Como não desabar quando Indy sorri aquele sorriso tipicamente Fordiano quando revê Marion, seguido pela sua confusão quando percebe que Mutt é filho dela e finalmente a discussão entre os dois? A química permanece irresistivelmente a mesma.

Mas não é só de passado que se vive e como os anteriores, Reino da Caveira de Cristal também tem suas particularidades que o diferem dos demais. Apesar de manter, em estrutura, o modelo da trilogia, a ótica dos anos 50 estão presentes. Ok... os russos servem como os sacos de pancadas fardados como os nazistas. Mas o clima é diferente... pela primeira vez a Universidade não é o local da calmaria antes de partir para a aventura pricipal... pelo contrário, o clima de Guerra Fria transforma a Marshall em local de paranóia e da melhor cena de perseguição do filme (embora a da floresta não fique devendo em nada absolutamente). Também há o rock... a juventude da época, que rende cenas ótimas e... aonde queria chegar, o clima de filme B... alienígenas (com direito a disco voador), formigas gigantes ameaçadoras... tudo filmado com maestria por Steven Spielberg.

 

E no fim... só no fim... entendemos o propósito de todo o filme... e do seu lugar dentro da série. Talvez por isso que este seja o filme com mais arqueólogos e entusiastas por metro quadrado. Nunca foi a glória, nunca foi a fortuna, nunca foi o poder... o ouro é o conhecimento...
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a cena da geladeira já virou piada no orkut 06

Em pesquisa especial para a rede globo' date=' as Casas Bahia e a Magazine Luisa, especializadas em venda de eletrodomesticos, anunciaram que a venda de geladeiras revestidas de chumbo, lancamento da Bosch, aumentou em 70% depois do lancamento do filme Indiana Jones E O Reino da Caveira de Cristal, dia 22 de maio, que traz o famoso Indiana Jones de volta as telas de cinema.
'A geladeira PB custa R$950, 00, mas significa um grande avanco na tecnologia brasileira, ja que ela e muito resistente por dentro e por fora', explica o gerente das Casas Bahia, Henry Jones.
Com o sucesso do novo filme, e esperado o aumento de 100% ate o final da semana.
'E quem sai lucrando mais com isso e a midia, por ficar comprovado o grande poder de propaganda, ja que no filme Indiana Jones escapa ileso de uma explosao entrando numa geladeira de chumbo', finaliza Henry."

www.portaldenoticias.net/aumentodevendas
[/quote']

 

Eu adorei essa cena da geladeira. 16 Ainda mais porque é um brincadeira que o Spilba faz com o De Volta Para o Futuro, porque inicialmente, as viagens no tempo do BTTF seriam assim, dentro de uma geladeira e com uma explosão nuclear (mas desistiram da idéia na época, e utilizaram a do carro).

 

Notei que quando o Indy entra na casa (antes da explosão) está passando na TV o "Howdy Doody" (não sei se escreve assim), que é o mesmo programa que está passando quando o Doc acorda no começo do BTTF 3. E logo depois da cena, o oficial que vai ajudar o Indy se chama Bob (apelido de Robert - Robert Zemeckis diretor do filme), e fala que é perigoso se esconder em geladeira e tal (foi por isso que não usaram a geladeira no BTTF, porque seria perigoso, já que crianças se esconderiam em geladeiras por causa do filme e se machucar).

 

Achei bem legal essa brincadeira do Spilba.
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Referências a De Volta para o Futuro eu encontrei na recriação dos anos 50, em especial na cena da briga na lanchonete. Essa da geladeira é obscura demais para o público entender (nem todos sabem que essa era a idéia original).

 

*********

 

Da crítica:

 

"Além

disso, a seqüência é orquestrada de maneira confusa, quase caótica, beirando a

preguiça quando, depois que a luta chega ao fim, novos veículos russos surgem

aparentemente do nada."

 

Confusa? Mas as perseguições dos outros filmes também não eram confusas? Ou como explicar o barranco que aparece do nada em Caçadores (para onde os nazistas voam para a morte)? Ou o interminável túnel da mina no segundo filme (e aquele balde d'água enorme que o Mola Ram derruba e inunda, em questão de segundos, os vários quilômetros de trilho?)? As perseguições da série sempre foram exageradas e confusas (opinião do Pablo; particularmente considero as perseguições do 4 filmes bem claras), e isso nunca prejudicou os filmes. Aliás, engraçado ouvir isso de quem elogiou aquelas corridas em nexo (que não tinham nenhum senso de velocidade nem emoção) de Speed Racer.

 

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a cena da geladeira já virou piada no orkut 06

 

Em pesquisa especial para a rede globo' date=' as Casas Bahia e a Magazine Luisa, especializadas em venda de eletrodomesticos, anunciaram que a venda de geladeiras revestidas de chumbo, lancamento da Bosch, aumentou em 70% depois do lancamento do filme Indiana Jones E O Reino da Caveira de Cristal, dia 22 de maio, que traz o famoso Indiana Jones de volta as telas de cinema.

'A geladeira PB custa R$950, 00, mas significa um grande avanco na tecnologia brasileira, ja que ela e muito resistente por dentro e por fora', explica o gerente das Casas Bahia, Henry Jones.

Com o sucesso do novo filme, e esperado o aumento de 100% ate o final da semana.

'E quem sai lucrando mais com isso e a midia, por ficar comprovado o grande poder de propaganda, ja que no filme Indiana Jones escapa ileso de uma explosao entrando numa geladeira de chumbo', finaliza Henry."

 

www.portaldenoticias.net/aumentodevendas

[/quote']

 

Eu adorei essa cena da geladeira. 16 Ainda mais porque é um brincadeira que o Spilba faz com o De Volta Para o Futuro, porque inicialmente, as viagens no tempo do BTTF seriam assim, dentro de uma geladeira e com uma explosão nuclear (mas desistiram da idéia na época, e utilizaram a do carro).

 

Notei que quando o Indy entra na casa (antes da explosão) está passando na TV o "Howdy Doody" (não sei se escreve assim), que é o mesmo programa que está passando quando o Doc acorda no começo do BTTF 3. E logo depois da cena, o oficial que vai ajudar o Indy se chama Bob (apelido de Robert - Robert Zemeckis diretor do filme), e fala que é perigoso se esconder em geladeira e tal (foi por isso que não usaram a geladeira no BTTF, porque seria perigoso, já que crianças se esconderiam em geladeiras por causa do filme e se machucar).

 

Achei bem legal essa brincadeira do Spilba.

Eu não tinha ligado a cena da geladeira com o De Volta Para o Futuro. Valeu pelo resumo!

 

 

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