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Forum Cinema em Cena

Cozinha do Inferno


Nacka
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Aconselhei o Archipenko a responder na íntegra uma pergunta da Kika, ele achou que ia ficar muito pesado. Será? Será? 05

 

Em breve no Cozinha:

 

Markus Ramius, Bern@rdo e a Abelha. Qualquer coisa eu faço uma entrevista com a Bale no além... 06

 

 

 

 

 

 
Nacka2007-11-09 10:57:11
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Ih, Kika fechei a entrevista o Archipenko já respondeu (quase) todas as pergntas, inclusive Shy não pude mandar as suas, tentei te responder mas sua caixa de mensagens está lotada.

 

Proxima segunda feira, confiram aqui na íntegra a entrevista do T Archipenko abrindo a temporada do Cozinha...

 

 

 

 
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Uepa! Depois de um longo e indesejado hiato eis que estamos de volta e a Equipe do Cozinha do Inferno começa esta temporada de entrevistas levando para a chapa, um usuário relativamente novo no fórum mas que tem muita personalidade e já começou emplacando 11 indicações no Pablito além de angariar com suas declarações polêmicas admiradores e desafetos na mesma proporção, com vocês,  um pouco de T Archipenko.

Nós somos:

Avatar  Nacka

 

Avatar  Mr. Scofield

 

Avatar  Dr. Calvin

 

Avatar  Veras

 

 

Ajudante de Cozinha:

 

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Kika

 

 

 

Na grelha:

 

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T Archipenko

 

Entrevistar o Archipenko não foi complicado, mas confesso que a entrevista não saiu extamente como eu imaginava. O entrevistado negou fogo e pediu para editar uma pergunta crucial de uma convidada, a Kika (o que eu não fiz 19, mas ele não respondeu a pergunta toda) e meio que encerrou a entrevista sob a alegação de estávamos dando voltas em cima do mesmo tema (inevitável meu caro Archie). Ainda assim, temos aqui material interessante, avaliem...

 

 

 

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NACKA

 

 

 

NACKA - Quem é T Archipenko? De onde vem o sobrenome?

T Archipenko - Na vida social é uma pessoa mais normal do que parece aqui no fórum. Menos desbocada e menos odiada. Meu sobrenome veio do meu pai, que nasceu na antiga União Soviética.

NACKA - Você mora aonde e com quem?

T Archipenko - Em São Paulo e sozinho. Duas coisas que andam muito bem juntas. Pois é muito bom morar sozinho numa cidade como São Paulo.

NACKA - Como vê o fórum e porque se cadastrou aqui?
     
T Archipenko - Quando me cadastrei nem sabia que existiam outros assuntos que não fossem sobre cinema. Nem descia a página. Já ia direto para o tópico do Oscar. Sempre me dei bem lá e fui muito bem tratado. Depois que descobri o “geralzão” é que a coisa ficou feia.
Vejo o fórum como um lugar bacana, cheio de pessoas diferentes que querem se fazer ouvidas. Lidas no caso. Tem muita gente inteligente e informada por aqui.

NACKA - Você já se declarou bissexual, o que tem de verdade nisto? O que esta declaração representa para você e que benefícios ou não, ela te trouxe, aqui e lá fora?

T Archipenko - Tem a verdade completa. Sou bissexual e isso pra mim é só um detalhe bobo. Na minha vida todas as pessoas que vivem perto de mim, vêem isso de forma muito natural. E foi aqui, onde tem tantas pessoas inteligentes e informadas que eu fui mais discriminado. Fizeram um estardalhaço por algo que eu considero só um detalhe, já que isso não me faz melhor nem pior que ninguém. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Acabei tomando uma posição errada. Levantando bandeira contra homofobia, essas coisas. Errei feio, pois nem ligo pra isso. Não sou militante de nada. Acho essa coisa de militância, casamento gay, muito brega! Se você me perguntar todas cores da bandeira gay eu vou ter que procurar no Google.

NACKA - Escancarar a orientação sexual em um fórum de internet (mesmo que de cinema) não vulgariza o que as pessoas pensam de você?

T Archipenko - Eu vivo rodeado de pessoas modernas e interessantes, por isso acabo esquecendo que mais perto do que eu imagino tem alguém com pensamento retrógrado, que não aceita um pensamento ou uma ação diferente. A história da bissexualidade começou como brincadeira aqui. Eu respondi alguém e disse algo em entrelinhas. Não fui chegando e falando: “Olha aqui minha gente, eu sou bissexual, gosto de bingulinho e bacurinha ao mesmo tempo. E quem não me aceitar vai se ver comigo...”. Não fiz isso. Agi da mesma forma que agiria em qualquer outro lugar: com naturalidade. Respondendo o que me perguntaram sem ser falso.

NACKA - O que você trocaria em você?

T Archipenko - Um monte de coisas e ao mesmo tempo nada. Depende do momento. Não vou citar aspectos físicos, pois não me ligo nessas coisas. Sempre vou me achar bonito, mesmo que ninguém no mundo ache.

 
T Archipenko - Às vezes tenho vontade de trocar minha personalidade pela de uma barata tonta. Talvez meu estresse fosse menor. Mas depois eu penso bem e acabo preferindo a minha mesmo. Já conquistei muita coisa e talvez não tivesse conquistado nada se fosse diferente.

NACKA - O que T Archipenko ouve? Assiste? Lê?


T Archipenko - Todo tipo de música, exceto Calipso e Funk. Ouço de sertanejo a Bach. Vivo com pequenos momentos musicais, alguns dias ouvindo as mesmas músicas, depois mudo pra outras. Ando ouvindo
“A Kind of Magic” do Queen, “Here Without You” do 3 Doors Down, “Tempo” do Caetano, entre outras. São canções inspiradoras.

 

Assisto ao Programa do Jô, alguns programas do Multishow como o Out&About e do GNT. O que mais assisto no ano é a Fórmula 1, na Globo e no SporTV. Ainda bem que acaba bem perto do fim do ano que é quando eu mais trabalho e tenho pouco tempo pra TV.

Muito filme, em DVD e no cinema. Recomendo o comovente “Piaf: um Hino ao Amor” que já está em cartaz e provavelmente dará uma indicação ao Oscar para Marion Cotillard. E séries americanas, que eu só consigo assistir se for pelos DVD´s, tudo de uma vez. Não consigo acompanhar os episódios na TV.

Semana passada terminei de reler “Notícias do Planalto” do Mario S. Conti. Tem mais de 700 páginas, mas vale muito a pena. Li a primeira vez quando prestei vestibular e me apaixonei. Vou começar a ler Harry Potter e as Relíquias da Morte. Só estou esperando o Submarino me mandar. E ganhei o livro Elite da Tropa de uma amiga, mas está na fila.

NACKA - Televisão emburrece?


T Archipenko - Depende. Acho que emburrece pessoas pré-dispostas a alienação, que se deixam influenciar por alguma notícia sensacionalista, pela roupa que aquela atriz usa na novela, enfim...

Quando tenho tempo assisto de tudo. Na última quarta-feira mesmo estava assistindo as barbaridades que o estilista Ronaldo Esper falou no programa Superpop. Até comentei na CMJ. Mas nem por isso deixei que suas palavras infames me influenciassem de algum modo. Agora, tem programas que fazem um estilo bem piorado da Oprah Winfrey que não dá pra encarar. Já trabalhei em TV e sei que tudo aquilo é armado. Aquelas pessoas são ensaiadas e recebem um cachê de 50 reais em depósito. Mas a produção do programa só deposita se fizerem o combinado.

NACKA - Um grande amor é...


T Archipenko - Poderia dizer que é a família, mas isso quase todo mundo ama.
Mas amor entre duas pessoas eu não sei. Nunca amei assim. Mas se você me perguntar: “uma grande transa é...” Certamente eu saberei responder...(risos).

 

NACKA - Você trabalha? Aonde e faz o quê? Gosta do que faz?

T Archipenko - Eu me formei em jornalismo com 22 anos. Mas só pra ter um diploma na parede. Sou micro-empresário. Trabalho com comércio no seguimento vestuário masculino. Confecciono, estampo e vendo.

NACKA - Morar sozinho em São Paulo, facilitou a tua orientação sexual ou isso não fez diferença? O que teus pais pensam disso ou não sabem?

T Archipenko - Não só facilitou, como praticamente me levou a isso. Se estivesse quietinho no Paraná talvez não acontecesse nada. O mais engraçado é que nunca tive curiosidade por homens. Isso só veio ocorrer aqui em SP. Meus pais não sabem, pois não se metem na minha vida. Mas se me perguntassem, não hesitaria dizer a verdade.

NACKA - Você diz que não saberia responder sobre um grande amor, mas que responderia se eu perguntasse sobre uma grande transa, então, na sua opinião o que seria uma grande transa?

T Archipenko - Uma grande transa seria com a Uma Thurman e o Aaron Eckhart ao mesmo tempo...(risos). Mas falando sério, qualquer transa é boa se houver respeito mútuo, dedicação ao momento, sem pressa para acabar. Se houver uma química, uma temperatura boa. E com prevenção, sempre!

NACKA - Mudando um pouco de assunto, quais os seus filmes preferidos e por quê? No que o fórum te ajudou em sua percepção sobre cinema?

T Archipenko - O Homem Elefante do Lynch é meu Top. Um filme extremamente comovente. Gosto de tantos filmes que nem me lembro de todos. Dos clássicos, que confesso não ter visto tantos quanto deveria, gosto muito de Crepúsculo dos Deuses, Como Era Verde o Meu Vale e Bonequinha de Luxo. Filmes da década de 90, como Batman Returns e Forrest Gump marcaram minha pré-adolescência. Me apaixonei mesmo por cinema quando, aos 13 anos, assisti um VHS velho do meu avô do musical Amor, Sublime Amor do Wise. É muito fácil eu gostar de um filme, não sou tão crítico. Assisto épicos, drama, terror, blockbusters...Dos filmes mais recentes eu gosto de muitos. Os do último Oscar são quase todos incríveis. Mas o último que me fascinou mesmo foi OldBoy do Chan-Wook. Eu sempre tive um preconceito enorme com filmes orientais, mas depois que assisti este, mudei meu conceito. Queria aproveitar para dizer que eu gosto muito de Crash (quase me mataram quando eu disse isso no tópico do Oscar) e adoro a Renée Zellweger (quase me mataram de novo) e também para dizer que Capote é uma decepção quase completa, se não fosse por S. Hoffman. Um filme mais recente, chamado aqui no Brasil de “Confidencial” conta uma história muito mais humana e interessante de Truman, que eu admiro tanto. Recomendo!

O fórum me ajuda na minha percepção à medida que eu leio as opiniões dos outros membros sobre determinado filme. Tanto o site quanto o fórum são ótimas fontes.

NACKA - Com quais usuários você adoraria bater um longo papo fora daqui e outros que você faz questão de não conhecer e por quê...

T Archipenko - Seria perfeito bater um papo num boteco da Vila Madalena, numa mesa com Bomsom, Kika, Connie, Shy e outros, porque parecem ser bacanas e me tratam bem. Gostaria de conhecer os outros também. Tem tanta gente que precisaria reservar um bar inteiro.

Quanto aos que eu faço questão de não conhecer, vou fazer a linha política e citar ninguém.

 

Nossa convidada Kika, já chega chutando a canela...

 

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KIKA

 

 

 

KIKA - Bem Archie, como você bem sabe, os bi sofrem de preconceitos tanto dos gays quanto dos heteros...como você relata esse fato?

T ARCHIPENKO - Cada um pensa como quer. Algumas pessoas julgam que ser bissexual é não ser algo definido. Mas eu simplesmente curto os dois e não fico preocupado com rótulos. Um dia talvez eu decida por um deles. Mas não estou com muita pressa pra isso.

KIKA - Você se sente atraído mais por homens ou por mulheres?

T ARCHIPENKO – Mais por homens, mas em proporção não tão maior. Acho que é só porque é mais novidade do que mulher. Mas se saio só com homem sinto falta de mulher e vice-e-versa.

KIKA - Você já participou de uma suruba, onde tivessem muitos homens tanto quanto mulheres...se sim, você foi enrrabado e enrrabou ao mesmo tempo? Qual a sensação?

T ARCHIPENKO – Uma vez, depois de uma balada. Havia 2 homens, 3 mulheres e eu. Não recomendo! Não é muito saudável. Querendo ou não envolve algum sentimento. Depois de alguns dias reencontrei e saí com uma dessas meninas e deu a maior confusão com o namorado dela, que era um dos caras que também estava na festinha. Eu nem sabia que os dois eram namorados. A menina era tão vadia que nem se preocupou em me dizer. Os dois acabaram terminando por isso. Resolvi não fazer mais.

(Em Off Nacka: por favor, edita a pergunta, pois eu prefiro não responder o restante dela sobre essa história de “enrrabar”...não quero chocar ainda mais o povo do fórum)

KIKA - Como homem na cama...você já percebeu um fingimento de uma mulher? É como vamos dizer assim, uma cachorra, você já fingiu?

T ARCHIPENKO – Não entendi. Eu já fingi? Como assim? (risos) Mas nunca percebi fingimento nenhum de uma mulher. Se ela fez isso, foi uma interpretação muito boa, pois não notei nada.

KIKA - Você acha que o preconceito é maior na vida real ou na net?

T ARCHIPENKO - No meu caso foi na net, mas acho que foi uma exceção. Talvez eu tenha falado a verdade demais. Eu poderia ter entrado no fórum me fazendo de machão, ninguém saberia e eu teria evitado um monte de coisas.

KIKA - Por você ter essa sua opção, você acha que a vida seja muito dura?

T ARCHIPENKO - Essa pergunta tem duplo sentido? (risos)...Mas minha vida é ótima, graças a Deus. Não a trocaria pela de ninguém.

 

 

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Mr. Scofield



MR. SCOFIELD –   Algumas atrações televisivas como novelas e programas humorísticos lotados de frases que se repetem várias vezes e diminuem o "trabalho" de construir um roteiro mais atraente (exemplo: Zorra Total, A Praça é Nossa, etc) possuem audiência elevada e por vezes servem para alavancar outros programas de estrutura idêntica a fim de instituir modelos estratégicos com poucas variações e que se tornam fontes de lucro e de pontos no ibope para as emissoras em geral (veja o sem número de programas semelhantes no mesmo horário em canais diferentes!).

Uma vez aceitado esse fato, entretanto, lidemos com as consequências. Você falou em alienação em uma de suas respostas, de pessoas que se deixam influenciar. No entanto, analisando de uma forma mais "capitalista" vemos que as novelas, os programas, etc. acabam sendo verdadeiros indicativos de moda, tendências e até mesmo "o que" e "como" as pessoas falam (quantas vezes você já viu pessoas falarem as mesmas coisas que ouvira da personagem da novela das oito?). Assim são movimentadas ao mesmo tempo, coisas como o comércio e (pasme!) até introduzidas novas temáticas nas discussões corriqueiras das pessoas. É o chamado poder da mídia. Pergunto: até que ponto você concorda com o raciocínio acima? O "poder" da mídia é sempre maléfico? Como é possível instituir para si próprio um senso crítico mais apurado se o processo de alienação muitas vezes é instituído através da informação que chega através dos principais noticiários?

T ARCHIPENKO – Eu já assisti Zorra Total uma vez ou outra. Ri um pouco com as piadas bobas e só. Já assisti à novela das oito. Já ouvi a Camila Pitanga dizer “catiguria”, mas nem por isso saí dizendo o mesmo na rua. Mas nem todos fazem isso. As telenovelas são grandes indicativos, por exemplo, de moda para o povão.

O que foi visto nas lojas de grife há alguns meses, passa a ser o que a protagonista da novela das sete usa, ganha versões populares e fazem fama no corpo das brasileiras, que consomem o produto novela e trazem dela pra si, aquilo que lhes agrada. Essa influência comercial, que sustenta os meios de comunicação, sempre existirá, ainda mais na TV, que abrange um número gigantesco de consumidores.

Novelas ou programas humorísticos não têm a obrigação de serem politicamente corretos, por isso não me preocupam. O que me preocupa é a mídia jornalística, que tem por obrigação a idoneidade e lisura em seus conteúdos. Há alguns anos os jornais populares ganharam fama no país com sua linguajem de fácil entendimento para pessoas pouco instruídas, que penavam para traduzir em sinônimo qualquer palavra mais difícil que o apresentador do Jornal Nacional dizia. Mas esses telejornais pecam pelo sensacionalismo e pelo apelo comercial.

Inserções de merchandising num telejornal é extremamente anti-ético e hoje já existe em algumas emissoras. E o problema com o sensacionalismo é que quase sempre o telespectador não identifica, ou não se preocupa em identificar, uma notícia que está enfatizando o fantasioso dentro do que deveria ser real. Vou citar um exemplo: há duas semanas, um desses telejornais acompanhou ao vivo, via câmera-helicóptero, por mais de 10 minutos um pouso supostamente arriscado de um jatinho no aeroporto Campo de Marte. Durante este período as palavras exageradas do âncora juntamente com o texto escrito no GC, fariam qualquer pessoa parar diante da TV para acompanhar. No final, nada ocorreu e o avião pousou normalmente.

Fiquei intrigado, afinal esses 10 minutinhos de audiência elevada representam milhares de reais para uma emissora. Como já trabalhei nesta emissora, resolvi checar. Liguei para um ex-colega e ele confirmou que a produção do telejornal alugou um jatinho e combinou que o piloto arremeteria duas vezes antes de pousar para que eles filmassem e transformassem aquilo num show, pois a audiência do programa estava em queda. Pode parecer um absurdo! E é. Mas um telespectador comum nunca vai pensar nisso como uma armação. Só quem conhece um pouco de TV para identificar isso. E certamente essas notícias fabricadas são mais comuns do que muitos pensam. Isso sim é o poder maléfico da mídia, como foi perguntado.

E para instituir pra si próprio um senso crítico mais apurado, sem conhecer os bastidores de um meio de comunicação, basta desconfiar de tudo. Desconfie, cheque, procure a mesma notícia ou informação em outro meio. Prezem pelos meios já consagrados por seu cunho ético e deixem de lado o popularesco, que opta pelo show ao invés da informação pura e simples. Notícias fabricadas não se repetem em canais diferentes. Quanto a novelas e outros programas, recomendo as pessoas que assistam sem muita pretensão. Assistam para se entreter. Não deixem de dar um passeio por causa da novela das oito.

MR. SCOFIELD – Ontem fui assistir a uma peça de teatro e um amigo que ia comigo perguntou a outra pessoa se desejava ir também em nossa companhia. Perguntado a respeito do tipo de peça que veríamos, a resposta foi simples e objetiva: a peça envolve temas como tortura psicológica e violência em um cenário que na verdade serve para propor várias questões existencialistas e reflexões de cunho psicológico.

A outra pessoa olhou feio...falou que se fosse para ver violência, queria ver violência legítima como em um caso de uma outra peça na qual uma pessoa caminhava com os olhos vendados sobre cacos de vidro, se cortava, costurava sua própria boca, dentre outras coisas. Depois começou a criticar o filme “Tropa de Elite” porque acreditava que não havia denúncia alguma ali e só violência gratuita. Definitivamente ele não iria conosco.

O exemplo acima apresenta uma série de incongruências que nada mais refletem que fatores como a banalização da violência real, a crítica à utilização da violência como "linguagem" para a transmissão de idéias, dentre outros. Na sua opinião, as pessoas realmente estão mais conformadas e estáticas em relação à violência? Expor tal problemática no cinema é simplesmente mostrar algo que todo mundo já conhece e sabe que existe (só isso)? O que você acha da utilização desse recurso na sétima arte? Finalmente, como você convive no dia à dia em um mundo onde a cada passo na rua você sofre risco de ser abordado por um ladrão ou outros criminosos?

T ARCHIPENKO – Não sou contra filmes como Tropa de Elite ou Cidade de Deus. Eles mostram a realidade de dentro para fora através de um veículo capaz de levar essa linguagem a um número grande de pessoas, que é o cinema. Quem não quer ver no cinema a violência dentro de uma favela, que vá assistir os filmes da Lindsay Lohan, oras! Existem diversos gêneros de filmes justamente pra isso. Não é necessário criticar.

As classes médias e altas, que em sua maioria nunca passou por uma situação de violência real, sabem que essa violência existe de uma forma muito subjetiva, através do que lêem ou ouvem. A exposição de uma temática tão forte nos cinemas é boa para levar esse assunto de forma mais direta aos olhos de quem não vê e não passa por isso.

O cinema aborda este tema da mesma forma que aborda a biografia de alguém polêmico ou um roteiro água-com-açucar. Visando o lucro e o reconhecimento. No Brasil a temática “violência” tem rendido além de bilheteria, um reconhecimento do trabalho de cineastas, roteiristas e produtores que nunca ouve. Isto é bom e este tema ainda deve render muito. Não adianta se preocupar com a face do país lá fora, como fez o conselho que elegeu o filme O Ano em que meus pais...”, para concorrer a uma vaga no Oscar, só para levar uma imagem diferente a de Cidade de Deus”, “Pixote” e "Carandiru”.

Melhor mostrar a nossa realidade, feita por brasileiros e à moda da casa do que mostrar uma situação fantasiosa, com macacos correndo nas ruas do Rio (Os Simpsons), ou o bondinho do Pão de Açúcar ao lado da floresta amazônica (007 alguma coisa) ou um sanguinário brasileiro, ladrão de órgãos humanos (terror trash Turistas), todas criadas por estrangeiros com uma visão deturpada do que vivemos aqui. Mesmo que seja só entretenimento, influencia a opinião de um estrangeiro sobre o país.

E para conviver dia-a-dia num mundo tão perigoso, basta tomar certos cuidados e não deixar de fazer algo ou de sair de casa com medo de um seqüestro ou assalto. Essa neurose não leva a nada e só aumenta o poder do crime sobre nós.

MR. SCOFIELD – Você falou que frequentava muito o tópico do Oscar e esse foi o motivo de seu cadastro. Vemos frequentemente no CeC pessoas que dizem não se importar com a premiação e até dizerem em alguns casos que o Oscar causa uma ampliação de sua "visão negativa" do filme (pela popularidade, etc). 

Na sua opinião, qual a importância das premiações hollywoodianas? Você acompanha outras premiações? Valoriza um filme mais por ter ganhado um prêmio importante? Aproveitando aqui a questão da sexualidade, mas em outro contexto: Você acha que há verdade na suposição de que a Academia não premiou um filme que utiliza uma relação homossexual para expor feridas da sociedade (e discursar sobre o amor independente de sexo ou paradigmas) - o ótimo “Brokeback Mountain” por preconceito, dando o Oscar para Crash?

T ARCHIPENKO – Eu dou importância às escolhas da Academia. E isso ocorre porque, pra mim eles têm credibilidade a partir do momento que eu assisto a um filme vencedor ou indicado, que tem um ótimo roteiro, ótima qualidade técnica e ótimas atuações. Quase todos os filmes a que eu assisti e que passaram pelo Oscar, na minha visão não tão crítica, eram no mínimo bons. Pra mim, as exceções que existem são de obras que não foram lembradas e não das premiadas sem merecer.

Das premiações americanas acompanho as mais famosas: Oscar, SAG, Golden Globes, Spirit, até o MTV Movie Awards e People Choice´s. As demais só vejo os resultados na internet. Nos outros países acompanho por alto alguns festivais, o César e o Bafta.

Falando de Brokeback Mountain”, o filme é muito indigesto para muitas platéias, pelos motivos já conhecidos. Talvez tenha sido este o motivo de a Academia não premiá-lo. Talvez tenha sido uma jogada comercial, já que o prêmio, como show de TV, vinha perdendo cada vez mais telespectadores e Crash” tinha uma temática mais em voga naquele momento americano. Seria o premiado ideal, aquele que deixaria a maioria satisfeita. Pode ser isso, ou não. Poucos sabem os motivos da não premiação de Brokeback. Mas o filme ganhou o GG e muitos outros prêmios, além dos 3 Oscars. É bom considerar isso.

Se eu fosse gay, militante, que levantasse bandeiras começaria a dizer que a Academia era homofóbica, que 2006 foi um ano contra os gays, que a Felicity era mil vezes melhor do que a Reese, que Brokeback era um símbolo de amor universal...e blá, blá, blá. Essas frases foram as que eu mais ouvi de alguns amigos, depois do Oscar. Mas o meu lado gay já se deu por satisfeito com a vitória de S. Hoffman, como Capote.

 

Aqui a chapa esquenta, e prevejo alguns desdobramentos pós entrevista...  

 

 

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Dr. Calvin

 

DR. CALVIN –  Você disse que "ser bissexual é um detalhe bobo", porém seus pais não sabem dessa sua orientação sexual, como você já afirmou em alguma discussão do fórum. Isso me leva a crer que sua bissexualidade não seja um detalhe “tão bobo” assim quanto você afirma. Fale sobre isso.

T ARCHIPENKO Eles não sabem porque não perguntam. Eu não respondo nada sobre qualquer assunto que seja sem que me perguntem. Meus pais estão no Paraná. Quanto falo com um deles por telefone ou MSN, existem tantos assuntos para tratar que nem penso em falar sobre minha sexualidade.

Eu poderia ser hétero, gay, panssexual ou qualquer outra coisa que não falaria do mesmo jeito. Não conheço alguém que ligue para a mãe e diga: “pô mãe ontem trepei adoidado”.

DR. CALVIN – Em outro ponto de suas respostas, você disse "eu vivo rodeado de pessoas modernas e interessantes, por isso acabo esquecendo que mais perto do que eu imagino tem alguém com pensamento retrógrado, que não aceita um pensamento ou uma ação diferente" e isso me fez lembrar de infindáveis discussões suas com o Marko Ramius onde ele dizia o que ele achava dos gays e simpatizantes.

Achei bastante peculiar o seu aparente critério para determinar quem é 'moderno' e quem é 'retrógrado'. Ou seja, se eu fizer apologia ao 'gay way of life' estarei sendo 'moderno' e se expressar que esse comportamento causa relativa repulsa, mesmo deixando claro que estou me referindo ao comportamento e não à pessoa, sou 'retrógrado' ou 'homofóbico'. Fale sobre isso.

T ARCHIPENKO – Já falei sobre este assunto e como você leu as respostas, já deve saber disso. Tomei uma atitude errada nas primeiras semanas no fórum ao perder tempo discutindo com pessoas que não tem a mesma opinião que a minha.

Eu citei “moderno” e “retrógrado” no sentido de especificar a aceitação ou preconceito naquele assunto específico. Mas existem outras formas de ser moderno ou retrógrado, que não estão atreladas à sexualidade de um indivíduo ou o que você pensa sobre o assunto.

DR CALVIN – Um outro ponto interessante que reparei nas discussões que você travava: O gay é livre para ofender outros dizendo que são 'homofóbicos' ou 'retrógrados', mas um 'retrógrado', por assim dizer, não pode dizer para o gay ou simpatizante o que acha dele, o tempo fecha se isso acontece. Como você vê essa discrepância (que eu chamaria de HIPOCRISIA clara e nítida)? 

T ARCHIPENKO – Milhares de gays já apanharam ou foram enxovalhados na rua por algum heterossexual intolerante. Portanto não venha me dizer “que o tempo fecha” quando um gay se dá o direito de sentir-se ofendido. Um gay dificilmente vai chamar um hétero de homofóbico se não houver motivo para tal.

DR. CALVIN - Você chegou a cogitar a possibilidade de que o estardalhaço que fizeram contigo não está só relacionado à bissexualidade, mas principalmente a forma jocosa e sem pudor com que você a encara?

T ARCHIPENKO - Eu a encaro de forma natural, sem ter vergonha ou receio. Quem considera essa exposição “jocosa” é justamente aquele que se sente incomodado com a facilidade que eu tenho para lidar com isso, que tem algumas questões pendentes sobre sua própria sexualidade e sente-se reprimido.

 

Uia... vamos encerrar o imbroglio com a flor do Cozinha, Veras, que começa com uma pergunta que resgata uma certa atividade matinal do Archipenko que não é de todo desconhecida, provando mais uma vez que não importe o que falemos aqui no fórum, alguém vai sempre lembrar no futuro.

 

 

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Veras

 

 

Veras –  Conhecemos muito do Archipenko extrovertido, que demonstra gostar de curtir a vida com muita alegria, mas nada sabemos sobre um Archipenko sério, que trabalha e enfrenta engarrafamentos todos os dias. Esse cara existe?

Minha pergunta na realidade deriva de um post seu desse mês onde você escreveu: "Já que é pra falar de sexo pela manhã. Eu bati uma no chuveiro há umas 2 horas atrás... é ótimo pra relaxar e começar bem o dia... Depois, uma tijela de cereal com leite... "

 

A impressão que você passa com esse post é a de que às 8:00h, você estava livre para tomar um banho e um café da manhã com muita calma e que, às 10h, estava livre para postar seguidamente em um fórum de internet.

Então, qual tipo de profissão você exerce que lhe permite esse dia-a-dia tão tranqüilo e bem humorado? Enfim, conte para nós como é o Archipenko ''versão dias úteis".

T ARCHIPENKO – Eu sou autônomo, na verdade há alguns meses sou micro-empresário, pois aproveitei as últimas mudanças na lei de abertura de empresas para legalizar meu negócio. Trabalho com confecção e estamparia, em geral para vestuário masculino. Terceirizo todo o serviço, exceto a estamparia que fica próxima a minha casa, mesmo assim com funcionários.

Durmo muito tarde, lá pelas 3, 4 da manhã, por isso acordo mais tarde, com calma, tomo um café da manhã demorado, leio algumas notícias na internet, visito alguns sites e fóruns, checo emails. Lá pelo meio-dia é que eu vou sair. Exceto sábados e domingos, que eu tenho de acompanhar algumas vendas num show-room, nos outros dias eu acordo sempre tarde.

Apesar de viver em São Paulo, já aprendi a escapar do trânsito e me programo para não enfrentar horários de pico. Não lido bem com engarrafamento. Uma vez atropelei um mendigo ao atravessar com o carro por dentro de uma praça. Quase fui preso.

VERAS –  Desde o primeiro momento, você deixou claro aqui no fórum a sua inclinação sexual. Na vida real, no trabalho, com amigos e etc, você também possui a mesma transparência ou isso faz parte do personagem T Archipenko?

Em algum momento esse seu caráter sexual atrapalhou ou interferiu de forma negativa em algum setor da sua vida? Você já teve que lhe dar com o preconceito de uma forma mais difícil  ou tudo sempre foi muito natural para você? E quanto à sua família, qual sua relação com seus familiares depois que ficou claro a sua sexualidade? Quando isso aconteceu?

T ARCHIPENKO - Minhas ações quanto a minha sexualidade são iguais aqui e em qualquer outro lugar. Meus amigos são muito desprendidos desses rótulos. Cada um curte alguma coisa meio diferente e não criticamos uns aos outros. As pessoas que trabalham comigo e para mim, não sabem da minha sexualidade porque meu relacionamento com eles é estritamente profissional. Essa história de bissexual tem pouco tempo. O tempo que estou morando sozinho em São Paulo. Não existiu esse negócio de me assumir e deixar clara minha sexualidade para minha família.

VERAS – Conversando com alguns usuários, ou mesmo lendo as entrevistas destes, sabemos que a maioria conheceu o fórum ou por já ser leitor do site Cinema em Cena ou através de sites de pesquisas como o Google.

Você já reconheceu que o que te atraiu aqui foi o tema principal do Fórum: Cinema. Entretanto, ainda que você poste no tópico de previsões do Oscar, não há como negar que a maioria das seus posts são na sessão Geral - que você desconhecia quando começou a postar.

Como você conheceu este outro lado do Fórum? Quando você passou a ver o fórum como lugar de bate-papo de assuntos genéricos e de compartilhar suas emoções da forma como vemos T Archipenko fazer?

T ARCHIPENKO – Comecei visitando o tópico do Oscar 2006, pois sou muito fã e razoável conhecedor da premiação e também porque havia um bolão entre ex-colegas de faculdade, valendo uma grana boa, para os que acertassem os vencedores do Oscar 2006. O tópico me ajudou a levar parte da bolada. Mas lá as conversas são sempre muito sérias e existe uma disputa não declarada para ver quem sabe mais. Lá, ser usuário novo é como ser um calouro, ou seja, aquele que não sabe de nada. É um pouco de arrogância agir assim, pois ninguém pensa em quem pode estar do outro lado.

Conheci o “Geral” há alguns meses. Apanhei um pouco por lá, mas agora acho que encontrei um rumo. Lá os usuários parecem mais despreocupados em parecerem sabichões, salvo algumas exceções. Sinto-me livre para expor minhas emoções, pois vejo outros usuários fazerem o mesmo, com mais ou menos intensidade.

VERAS -  Neste ano de 2007, muito se falou sobre problemas ecológicos, que ganharam ainda mais visibilidade através de documentários e shows como o Live Earth. A evidência desse tema ressaltou ainda mais a importância de um desenvolvimento sustentável, valorizando reciclagem, reaproveitamentos, contenção de gastos com água e energia, etc. Porém, há correntes - de cientistas, inclusive - que negam um extraordinário desgaste dos recursos do planeta ou mesmo seu exagerado aquecimento.

Qual sua opinião sobre o assunto? Você acredita que o planeta realmente necessita de uma mudança de posição da nossa parte, ou acha que isso é
exagero de alguns ou golpe político de outros?
Para você, Isso tudo é uma grande modinha passageira ou o início de uma mudança real do pensamento mundial?
Como essa onda de consciência ecológica o afeta em seu meio profissional e no seu dia-a-dia? Você ouve falar em sustentabilidade no seu trabalho?

T ARCHIPENKO – Este assunto é sério e já temos provas disso. A cada ano que passa as temperaturas tem se elevado em todo o mundo, misturando as estações do ano. Aqui no Brasil mesmo, estamos tendo invernos cada vez menos frios. As calotas polares estão derretendo com o calor excessivo e aumentando o nível dos oceanos. A tendência é que isto se agrave cada vez mais. É uma resposta da natureza ao uso discriminado de seus recursos, sem que haja um retorno.

Os meios alternativos de se viver, contribuindo o mínimo possível com o aquecimento global, está cada vez mais em pauta.

Utilizo GNV no meu carro e espero que em pouco tempo o ethanol que o governo tanto promove, esteja disponível de fato, nos postos. A instalação das placas para aquecimento com energia solar é um idéia revolucionária. Vamos torcer para que isso se torne mais acessível e que haja uma política pública, levando este sistema ao maior número de residências possível. Já existe um sistema mais barato, feito com garrafas pet, mas parece que não é tão eficiente e necessita algumas revisões. Seria ótimo se isso fosse disponibilizado para as populações mais carentes. Pelo menos assim o consumo de refrigerante teria outro propósito, além do de causar celulite.

Estou começando a pesquisar tecidos ecologicamente corretos, feitos com fibra de bambu, para utilizar na minha empresa. Mas eles ainda são muito caros, tornando a produção inviável.

E a única saída é aquela velha historinha clichê: “se todos fizerem sua parte...”

                                        

 

 

                                           FIM

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Gente, que perguntas picantes são essas que eu não vi? Já rolou papo muito mais picante na CMJ.

 

Entrevista interessante. Entretanto, achei o Archipenko muito na defensiva, especialmente nas perguntas do Dook, onde ele mostra claramente ter respondido de má vontade. Não parece em nada o mesmo cara das discussões com Marko Raimus, Srta Moore, Rike ou outros. Tá mais pros chatinhos do Oscar 2008. Até tem uns posicionamentos pertinentes mas faltou mais... As perguntas ficaram boas tb, especialmente as do Scofa, muito bem elaboradas.

 

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E Kika, manda logo essas perguntas, mulhé! hehe
Bernardo2007-11-12 21:56:25
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Bernardo, as perguntas a você serão remetidas por mim. Já expliquei que aguardo o Marko Ramius voltar de viagem a entrevista dele deve acontecer primeiro que a sua, a menos que ele não retorne até segunda-feira daremos início à sua entrevista. Se os ajudantes de Cozinha quiserem mandar as perguntas agora para mim, estejam à vontade....

 

 

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Gente' date=' que perguntas picantes são essas que eu não vi? Já rolou papo muito mais picante na CMJ.

 

Entrevista interessante. Entretanto, achei o Archipenko muito na defensiva, especialmente nas perguntas do Dook, onde ele mostra claramente ter respondido de má vontade. Não parece em nada o mesmo cara das discussões com Marko Raimus, Srta Moore, Rike ou outros. Tá mais pros chatinhos do Oscar 2008. Até tem uns posicionamentos pertinentes mas faltou mais... As perguntas ficaram boas tb, especialmente as do Scofa, muito bem elaboradas.

 

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E Kika, manda logo essas perguntas, mulhé! hehe
[/quote']

Brigado, ber. 01

Na verdade, a idéia era sair um pouco do lugar comum e desfocar do assunto sexualidade, pelo menos por algumas linhas. O Archi é um cara muito inteligente e não queria que a entrevista ficasse marcada como a do Sunder pelo conteúdo ligado a sexo somente (um dos caras mais legais do fórum que tem várias características notáveis, muito a dividir com a gente e acabou ficando marcado por ter falado de uma relação homossexual 07), ia fazer o que pudesse para isso porque o cara é fera e parece que na verdade pode contribuir muito para o fórum se quiser.

Resolvi, entretanto, tentar não retirar a naturalidade das perguntas que me vieram à cabeça, visto que a sexualidade faz parte de nossa vida... e acabei perguntando sobre Brokeback Mountain para saber sobre a sensibilidade dele sobre o filme (que não considero "gay").

Devo dizer que adorei a entrevista mesmo com a maior parte das perguntas sendo a respeito de sexo/sexualidade, a equipe é toda excepcional (também com o padrinho Nacka e o pessoal...) e a Kikas foi, digamos, "endiabrada".06

É sempre bom se surpreender com alguém positivamente e devo confessar que tinha uma imagem ruim do Archi e ela vem se desfazendo rapidamente diante do aprendizado que vem demonstrando nos últimos posts.

 

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É Archipenko, você não respondeu a pergunta da Veras. Deixar de responder uma parte da pergunta da Kika já foi um deslize, pois como expliquei a você, NÃO EDITO NADA e supor que à partir de uma resposta sua, quem lesse a entrevista ficaria escandalizado é uma pretensão que não lhe cabe, ou a mim, melhor seria que os leitores do Cozinha decidissem isso, mas ignorar uma pergunta inteira? Esqueceu? Não viu? Enfim, seja camarada e responda sim? Aqui está ela:

 

 

VERAS - Nesse mês de Outubro o fórum passou por uma grande mudança. Não no que diz respeito à composição estrutural ou organizacional do mesmo, mas com relação aos usuários que o freqüentam. Inúmeros usuários antigos abandonaram o fórum com diversas reclamações. Uma delas seria a presença exagerada de vários usuários novatos com uma suposta participação negativa para o fórum, uma vez que estes teriam agravado o flood excessivo e a dispersão dos assuntos não só nós tópicos da sessão Geral, como também de todas as outras sessões, inclusive a Filmes em Geral. Além disso, esta suposta atitude por demais descompromissada destes usuários teria gerado a supervalorização de assuntos supérfluos e a conseqüente marginalização de assuntos realmente interessantes e que engrandecem o fórum.

O que você acha disso? Você se considera um destes elementos de desgate do fórum? Você acha que sua partcipação no FCeC é negativa para fórum, ou você considera que suas 10 indicações ao Pablito de Ouro  - por sinal, todas em categorias tidas como ''negativas" - seriam um indício de que as pessoas aqui gostam de você e que você foi muito bem aceito dentre os usuários mais antigos?
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Gente' date=' que perguntas picantes são essas que eu não vi? Já rolou papo muito mais picante na CMJ.

 

Entrevista interessante. Entretanto, achei o Archipenko muito na defensiva, especialmente nas perguntas do Dook, onde ele mostra claramente ter respondido de má vontade. Não parece em nada o mesmo cara das discussões com Marko Raimus, Srta Moore, Rike ou outros. Tá mais pros chatinhos do Oscar 2008. Até tem uns posicionamentos pertinentes mas faltou mais... As perguntas ficaram boas tb, especialmente as do Scofa, muito bem elaboradas.

 

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E Kika, manda logo essas perguntas, mulhé! hehe
[/quote']

Brigado, ber. 01
Na verdade, a idéia era sair um pouco do lugar comum e desfocar do assunto sexualidade, pelo menos por algumas linhas. O Archi é um cara muito inteligente e não queria que a entrevista ficasse marcada como a do Sunder pelo conteúdo ligado a sexo somente (um dos caras mais legais do fórum que tem várias características notáveis, muito a dividir com a gente e acabou ficando marcado por ter falado de uma relação homossexual 07), ia fazer o que pudesse para isso porque o cara é fera e parece que na verdade pode contribuir muito para o fórum se quiser.
Resolvi, entretanto, tentar não retirar a naturalidade das perguntas que me vieram à cabeça, visto que a sexualidade faz parte de nossa vida... e acabei perguntando sobre Brokeback Mountain para saber sobre a sensibilidade dele sobre o filme (que não considero "gay").
Devo dizer que adorei a entrevista mesmo com a maior parte das perguntas sendo a respeito de sexo/sexualidade, a equipe é toda excepcional (também com o padrinho Nacka e o pessoal...) e a Kikas foi, digamos, "endiabrada".06
É sempre bom se surpreender com alguém positivamente e devo confessar que tinha uma imagem ruim do Archi e ela vem se desfazendo rapidamente diante do aprendizado que vem demonstrando nos últimos posts.


 

Pois é, vc e a Veras foram muito felizes ao saírem do aspecto sexual. Não que não tenha gostado das outras (longe disso), mas existia coisas mais interessantes. A pergunta não respondida pelo Archipenko feita pela Veras foi uma excelente sacada, inclusive.

 

Mas a entrevista está boa. Fora esse erro, está bem legal, um bom retorno para um quadro do CeC tão maneiro quanto esse.
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Vixe... e eu citei que ele estava concorrendo a 10 Pablitos e o Nacka disse que eram 11. Foi mal pelo erro, Archipenko.

Sobra a minha pergunta perdida no meio do engodo (06)... talvez não tenha sido culpa de ninguém. Fica a vontade pra responder ou não, tá? (embora eu ache um tema pertinente).

 

E gostei de ver como essa coisa da sustentabilidade tem interferência no seu dia-a-dia e no seu trabalho. Estando o mundo se acabando, ou não... não custa nada sermos econômicos nos recursos. Não só água e energia... mas em tudo. Afinal, nenhum recurso é inteiramente inesgotável.... sem contar os gastos absurdos, filhotes dos maus aproveitamentos.

 

Agora, sobre essa coisa de a temperatura estar aumentando...

Eu conversei com uns profissionais da área de Condicionamento Ambiental e eles disseram que a temperatura sempre foi essa mesma... vi até uns gráficos e umas tabelinhas. Tem muito desconcordância nesse assunto. Mas por outro lado, o nível de CO2 na atmosfera está aumentando em PG. E nisso todo mundo concorda... o que eles descordam é sobre os efeitos desse excesso de CO2 no mundo (será que ele está causando o aquecimento global mesmo? ou não tem nada a ver? existe mesmo um exagerado aquecimento global?). Ou seja, embora não exista um consenso científico sobre os efeitos do ''caos total'' no mundo, o caos existe.... Então porque não se pensar em sustentabilidade?

 

Enfim, o ato de extruir pela falsa idéia de inesgotabilidade deveria ser combatido em todas as áreas.

 

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Na verdade' date=' a idéia era sair um pouco do lugar comum e desfocar do assunto sexualidade, pelo menos por algumas linhas. O Archi é um cara muito inteligente e não queria que a entrevista ficasse marcada como a do Sunder pelo conteúdo ligado a sexo somente (um dos caras mais legais do fórum que tem várias características notáveis, muito a dividir com a gente e acabou ficando marcado por ter falado de uma relação homossexual 07.gif), ia fazer o que pudesse para isso porque o cara é fera e parece que na verdade pode contribuir muito para o fórum se quiser.Resolvi, entretanto, tentar não retirar a naturalidade das perguntas que me vieram à cabeça, visto que a sexualidade faz parte de nossa vida... e acabei perguntando sobre Brokeback Mountain para saber sobre a sensibilidade dele sobre o filme (que não considero "gay").Devo dizer que adorei a entrevista mesmo com a maior parte das perguntas sendo a respeito de sexo/sexualidade, a equipe é toda excepcional (também com o padrinho Nacka e o pessoal...) e a Kikas foi, digamos, "endiabrada".06.gif

 

É sempre bom se surpreender com alguém positivamente e devo confessar que tinha uma imagem ruim do Archi e ela vem se desfazendo rapidamente diante do aprendizado que vem demonstrando nos últimos posts.

 

 

 

[/quote'] as perguntas que foram feitas são coforme o cliente...no caso do Bernardo não tem muito haver em perguntar sobre sexo, uma ou outra sim, mas nem tanto, como foi a do T.

 

E porque existe uma curiosidade enm que as pessoas tem em saber sobre o homo, o bi, então normal que esse tipo e pergunta foram feitas para o T.

 

Lógico que não podemos esquecer que ele é um cara inteligente, que tem bom gosto, e que como Sunders tem muito a colaborar com esse forum.

 

Eu não sou tão endiabrada não...eu só trabalho conforme o pedido06.gifKika2007-11-13 09:25:29

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