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Forum Cinema em Cena

Bombardeando Um Filmaço!


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Dook' date=' my buddy...

 

Entendo que não se simpatize com SdA, nem com PJ e que nunca perca a oportunidade de achincalhar a WETA, mas veja bem:
[/quote']

 

Ooops, acho que me confundistes com o Maul, querida... Gosto de SDA, bem como gosto do PJ e a minha preferência por SW não diminui em nada minha apreciação sobre a trilogia do Anel... O mesmo se aplica a WETA, a qual em nenhum momento desdenhei, apenas afirmo convicto que a ILM não é uma droga nem está perdendo terreno e que, sim, muito do que a WETA desfruta hoje é resultado de anos da ILM dando as caras para bater.

 

 

1)Não acho PJ um diretor fantástico (sabes bem o que penso de KK) 

 

2) reconheço os méritos da WETA em SdA como reconheço os da ILM em Piratas 2' date=' não havendo qualquer inclinação de minha parte para a primeira (há posts meus por aí que comprovam isso também).

 

3)Sou admiradora de SdA por conta do que o filme é em si. Não sou adepta a fanzoidismos. Não vou bater palmas para o PJ e louvá-lo por qualquer besteirinha que ele fizer. Também não sou exatamente aficcionada por cinema de fantasia e passo londe de HPs, Narnias e cia.

Pirates? Johnny!05
[/quote']

 

1) Idem, com a diferença que gosto de KK;

 

2) Idem.

 

3) Também sou admirador da trilogia, conforme afirmei acima... Apenas aprecio SW mais que a trilogia do anel, mas não coloco ambas acima de um Kubrick ou Leone, por exemplo...

 

Como vê (ou melhor' date=' lê06) tenho argumentos bem imparciais  que reforçam a possível qualidade da trilogia. Não esquecendo, claro, que a premiação de RdR foi um fato inédito para o gênero e abriu as portas para que esse tipo de cinema encontrasse uma nova recepção por parte da Academia. Vc, como fã ardoroso de SW, sabe bem como esse estilo de fazer cinema sempre foi marginalizado em Hollywood, logo...[/quote']

 

Nenhum argumento é imparcial querida. Vc está tomando uma posição definida que, in casu, é a posição pró-SDA. Uma opinião imparcial seria 'não sei o que acho da trilogia do anel'...

 

Sim, sei que o cinema de fantasia sempre foi marginalizado (SW é a prova viva) e que RdR abriu precendentes inéditos, mas também considero que a premiação maciça para RdR nada mais é que uma compensação por não terem premiado A Sociedade do Anel (que acredito ser a prova do talento do PJ, sendo que RdR apenas é a reafirmação disso) em detrimento daquela baba Uma Mente Brilhante...

 

After all' date=' o que eu pago pau mesmo em SdA é q a trilogia tinha tudo para dar errado sobre e fora do papel e não só revidou a subestimação que recebeu, como tornou-se uma referência em primor visual e narrativo.

Objetivamente: podia ser uma bosta e foi uma obra-prima. That's it then.03
[/quote']

 

Hein? Eu entendi direito? Vc quis dizer que SDA é uma obra prima e que isso é um aspecto OBJETIVO?
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E outra colocação oportuna: há um abismo profundo entre Menina de Ouro e Páginas da Vida e o nome desse abismo é EXECUÇÃO.

 

Clint sabe que seu filme é um melodrama cheio de clichês e em nenhum momento ele tenta fugir disso. Já Manoel Carlos realmente crê que seus folhetins possuem relevância.
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Não é isso Dook, Manoel Carlos saber ou não se faz melodramas é irrelevante, o que é importante é a forma como ele trabalha os arquétipos, maniqueísmos e as folhetinzarias. A novela faz as coisas de maneira estereotipada e esquemática.

Se for pra caber comparação, sugiro Rocky, que também é um melodrama (assumido) sobre boxe. Eu encaro Rocky da maneira como a Scarlet encara Menina de Ouro...

 

Menina de Ouro é um filme que pra mim tem um esqueleto que tinha TUDO para dar errado, assim como outros filmes melodramáticos, maniqueístas e clichês, como Brokeback Mountain e Senhor dos Anéis; três filmes que caíram no colo de diretores habilidosos...
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 Como diria minha professora de Biologia: É verrrrrdade.

 O que a Scarlet disse realmente faz sentido pra mim. E olha que eu gostei do filme quando vi, mas como ela, não achei que fosse um filme marcante. Um vencedor do Oscar de melhor filme deve ser marcante, eu acho.

 Mas, apesar disso, acho que Menina de Ouro tem lá seu charme. Dispenso falar qualquer coisa pois o rubysun já disse tudo que eu tentaria dizer mas não conseguiria 06

 

 

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Não é isso Dook' date=' Manoel Carlos saber ou não se faz melodramas é irrelevante, o que é importante é a forma como ele trabalha os arquétipos, maniqueísmos e as folhetinzarias. A novela faz as coisas de maneira estereotipada e esquemática. [/quote']

 

Por isso que me referi ao abismo profundo entre um e outro a qual damos o nome de EXECUÇÃO. O parágrafo seguinte foi um complemento à questão da execução de ambas as obras e não uma explicação da mesma.
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Não é isso Dook' date=' Manoel Carlos saber ou não se faz melodramas é irrelevante, o que é importante é a forma como ele trabalha os arquétipos, maniqueísmos e as folhetinzarias. A novela faz as coisas de maneira estereotipada e esquemática.

Se for pra caber comparação, sugiro Rocky, que também é um melodrama (assumido) sobre boxe. Eu encaro Rocky da maneira como a Scarlet encara Menina de Ouro...

 

Menina de Ouro é um filme que pra mim tem um esqueleto que tinha TUDO para dar errado, assim como outros filmes melodramáticos, maniqueístas e clichês, como Brokeback Mountain e Senhor dos Anéis; três filmes que caíram no colo de diretores habilidosos...
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Antes de qualquer coisa, quero deixar minha reclamação quanto a tag de quote do fórum. Fica impossível organizar o texto com esses erros de formatação. Mais do que dois quotes e o post vira uma bagunça, uma salada absurda. Peço que verifiquem o probleminha, por favor.

 

 

rubysun:

 

Discordo de vc quanto ao Manoel Carlos. O que ele faz é o que TODO o escritor de novelas faz. Existe uma bíblia para esse gênero de dramaturgia assim como existe um be-a-bá típico para o cinema, que nós, como cinéfilos que somos, conhecemos muito bem.

Não podemos julgar os enredos dele dentro de uma outra expectativa. Novelas são novelas. Enquanto o bom cinema comporta-se como uma lupa diante dos conflitos dos personagens, a novela os trata apenas como esboços de situações cotidianas.  

O que ele faz é considerado cabível dentro do gênero dele. Um fulano com sindorme de Down, uma guria com bulimia, um casal homossexual, enfim... são meras alegorias que servem como ilustração barata de algum tema social que ele, eventualmente, decida discutir.

 

Dook:

 

Quando me refiro a SdA como obra-prima, é claro que há opinião pessoal incutida aí. Não nego isso. Veja que vc usou o mesmo termo para Sobre Meninos e Lobos, que passa longe de ser o mesmo para mim. O prêmio foi consolação? Talvez. Mas a consolação como vc bem apontou no tópico de Departed, também é admissível. Pode ficar cômica, como julgo ser o caso do Scorsese, mas ainda assim admissível. Bem ou mal, ele é o diretor de Taxi Driver (obra prima para nós dois, suponho08) e merece a devida ovação, mesmo que tardia.

 

O que eu quis propor com os meus argumentos foi reiterar que não tenho nenhum vínculo especial com histórias do naipe de SdA, o que garante que o filme me ganhou na singularidade de seus predicados, naquilo que provavelmente o diferenciou de todo o resto.

Não creio que vc possa ter caído naquela idéia superficial de que obra-prima é só Leone, Fellini,Truffaut, Hitch e por aí vai. Esses aí estão no Olimpo, sem dúvida, mas pobres mortais como o PJ às vezes conseguem, em um surto selvagem de inspiração, construir um filme-exemplo que venha a ser a chamada obra-prima.

 

Enfim...acho essa idéia do tópico divertida, mas perder 24 páginas falando disso estilo Serge X Whoever é inútil e desgastante.03

[Não vou espremer o meu cérebro por causa de um filmeco desses.]06 

 

just kidding05
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Antes de qualquer coisa' date=' quero deixar minha reclamação quanto a tag de quote do fórum. Fica impossível organizar o texto com esses erros de formatação. Mais do que dois quotes e o post vira uma bagunça, uma salada absurda. Peço que verifiquem o probleminha, por favor.
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Lola, forget it... segundo o Bruno, trata-se de um problema desta versão do Web Wiz e ocorre quando alguém que utiliza o Firefox como navegador para postar no fórum... A resolução só ocorrerá quando houver outra versão do Web Wiz, ano que vem, quem sabe...

 

Discordo de vc quanto ao Manoel Carlos. O que ele faz é o que TODO o escritor de novelas faz. Existe uma bíblia para esse gênero de dramaturgia assim como existe um be-a-bá típico para o cinema' date=' que nós, como cinéfilos que somos, conhecemos muito bem.

Não podemos julgar os enredos dele dentro de uma outra expectativa. Novelas são novelas. Enquanto o bom cinema comporta-se como uma lupa diante dos conflitos dos personagens, a novela os trata apenas como esboços de situações cotidianas.  

O que ele faz é considerado cabível dentro do gênero dele. Um fulano com sindorme de Down, uma guria com bulimia, um casal homossexual, enfim... são meras alegorias que servem como ilustração barata de algum tema social que ele, eventualmente, decida discutir.
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O fato de existir uma bíblia para a dramaturgia não significa que ela não possa ser distorcida para trazer algo de realmente relevante. Gilberto Braga fez isso diversas vezes em suas novelas dos anos 80, criando clássicos que dão orgulho de ver. O problema foi que ele parece ter se acomodado ao stablishment. Cassiano Gabus Mendes fez isso em Que Rei Sou Eu?, portanto, é perfeitamente possível a receita do bolo ser reinventada.

 

Bottom line: acho que essa visão exposta no seu post sobre a questão da novela é apenas a cereja do bolo. O buraco é muito mais embaixo.

 

Quando me refiro a SdA como obra-prima' date=' é claro que há opinião pessoal incutida aí. Não nego isso. Veja que vc usou o mesmo termo para Sobre Meninos e Lobos, que passa longe de ser o mesmo para mim. O prêmio foi consolação? Talvez. Mas a consolação como vc bem apontou no tópico de Departed, também é admissível. Pode ficar cômica, como julgo ser o caso do Scorsese, mas ainda assim admissível. Bem ou mal, ele é o diretor de Taxi Driver (obra prima para nós dois, suponho08) e merece a devida ovação, mesmo que tardia.
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No coments to add here, com exceção de que no caso de Departed, ele era o melhor dos 5 indicados, IMO. Não posso dizer o mesmo sobre o Oscar de 2003, pois considero RdR e Mystic excepcionais, com uma pequena vantagem para Mystic.

 

Não creio que vc possa ter caído naquela idéia superficial de que obra-prima é só Leone' date=' Fellini,Truffaut, Hitch e por aí vai. Esses aí estão no Olimpo, sem dúvida, mas pobres mortais como o PJ às vezes conseguem, em um surto selvagem de inspiração, construir um filme-exemplo que venha a ser a chamada obra-prima.
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De forma alguma! Lucas fez uma OP (THX 1138), Spielberg tem algumas (sendo Encurralado a que eu considero mais importante), John Carpenter (Eles Vivem; The Thing), diretores que também são considerados 'pobres mortais'. Considero SDA quase uma OP como a trilogia inteira, não somente um filme (no caso, RdR).
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Bottom line: acho que essa visão exposta no seu post sobre a questão da novela é apenas a cereja do bolo. O buraco é muito mais embaixo.

é isso aí. eu posso ter me expressado mal, mas não sei onde discordo de vcs sobre o Manoel Carlos e novelas em geral...

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Lola' date=' forget it... segundo o Bruno, trata-se de um problema desta versão do Web Wiz e ocorre quando alguém que utiliza o Firefox como navegador para postar no fórum... A resolução só ocorrerá quando houver outra versão do Web Wiz, ano que vem, quem sabe...

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Teria isso a ver com o sumiço do Serge?0406
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A minha opnião sobre Menina de Ouro é completamente oposta a de Scarlet. Eu já estou do lado daqueles que o consideram um filmaço. Eu me considero fãzóide do filme.06

 

Eu acho que Menina de Ouro me encantou demais pelo fato de não ter criado nenhuma expectativa em relação ao filme. Eu sempre gostei de Clint Eastwood, sou fãzaço de Os Imperdoáveis e As Pontes de Madison, e havia gostado muito de Sobre Meninos e Lobos, além é claro dos filmes que ele fez como ator com Sergio Leone. Mas essa história da jovem que queria crescer como boxeadora, me parecia besta demais.

 

Até que depois de visto e revisto, minhas impressões pré-filme foram completamente descartadas. É lógico que sempre é bom ver inovações no cinema, mas Clint Eastwood com seu habitual estilo, velho e clássico, contou uma história simples, mas, pelo menos pra mim, soou densa e profunda. Eu me vi fascinado com a aura que envolvia aqueles três moribundos personagens.

 

Outra coisa, muitos acusam o filme de sentimentalóide e apelativo. Eu simplesmente não percebi isso. Eu me envolvi com a história, mas em nenhum momento me vi forçado a ter pena da mocinha, ou chorar no final. Pra mim, a sábia decisão de Clint de adotar uma quase ausencia total de trilha sonora, evitou descambar para a pieguice no final, como é comum nestes tipos de filmes.

 

Pra mim, é um filme humano, os personagens (pelo menos os três principais) são de carne-e-osso, expostos à situações até comuns em vários filmes, mas que Clint os tratou com respeito e dignidade.
saulomeri2007-03-17 02:01:42
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Raiva, tinha escrito tudo e a ¨%&¨%$¨% do computador desligou sozinho...Meus comentários em itálico e sublinhados.

 

 

Título do "filmaço": (Menina de Ouro' date=' "Million Dollar Baby" , 2004, Clint Esatwood)<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><?:NAMESPACE PREFIX = O />

 

Aqui, o "título" Menina dos Clichês utilizado por Scarlet vale muito mais apena, criado por mim..srsr...assim como nossa inteligentíssima companheira criou Trash - No Pinico, eles representam mais honestamente as obras que se destinam.
 

Quem desdenha: Scarlet Rose

Saudades de ler seus post, sempre muito bemargumentados!!!03

Porque muita gente diz que é um filmaço? É um filme emotivo e toca em questões familiares com as quais a maioria das pessoas pode se identificar. Busca um caminho seguro e linear, que desemboca em beiços trêmulos e lágrimas torrenciais. Há elementos precisos que embora resultem para mim, toscamente banais, são encaixados com esperteza em momentos-chave do filme, desembocando em uma seqüência formulaica de cenas sentimentalóides que agrada e satisfaz o público como qualquer novela das oito, quando poderia desafiá-lo a encarar a complexidade colossal da eutanásia, a exemplo do que fez o belíssimo Mar Adentro.

1) Não é filmaço, seja lá o que esse termo signifique. Um filme grande? Filme = película, ou seja, película grande? O certo seria um ótimo filme, o que na realidade, não cabe como análise/adjetivo para esse equívoco cinematográfico;

 

2) O tema não é de fácil identificação, se fosse tratado com realismo, não com os delírios estereotipados da mente hagginiana, que aí sim, tentam à todo custo, como a um martelo batendo em um bife duro, amaciar o assunto para o paladar do público.

 

Porque este filme não é um filmaço?

1)     O filme trata de um tema batido e como se não bastasse, faz isso sem qualquer inspiração ou originalidade, isto é, sem qualquer elemento que o torne especialmente marcante dentro da gama de filmes que o cinema já produziu nessa linha.

Aqui eu discordo e concordo completamente com vc Pa. Discordo quando diz que o tema é batido. Não acho. Eutanásia mexe com diversos assuntos da base da sociedade. Está entranhado e reverbera em temas como política e religião; assuntos estes que sempre que debatidos levam a exarbeção das emoções. Mar Adentro foi um filme que retratou o mesmo tema com muito mais sucesso e sutileza. Agora, quando você diz que o tema, é tratado com nenhuma inspiração ou originalidade, acerta na mosca, culpa da mente hagginiana; mas chegaremos lá...srsr

2)    A narração do Morgan Freeman é sofrível. Desnecessária, lamuriosa e irritante até dizer chega. O ator está ótimo sim, mas isso se deve muito mais ao seu veteranismo do que a eventuais méritos do roteiro.

Aqui você coloca dois ótimos pontos. A construção da personagem no "roteiro" e a utilização de voice-over (termo técnico) ou narração em off. O voice-over é uma faca de dois gumes, pois ela pode destruir o pensamento do público evidenciando e entregando situações vividas naquele momento, como em Sin City, ou ela pode instigar e realçar características que apenas agregam mais e incentivam mais a imaginação do público pretendente, caso de Little Children. Felizmente, Menina dos Clichês figura na primeira opção, méritos de Haggis, que não possui capacidade para criar personagens, não possui capacidade de criação de ritmo em roteiro, muito menos apresenta inventividade, quanto amis criar diálogos interessantes e uma voice-over instigante. É um vampiro chupando idéias e clichês a torto e a direito com a única idéia de juntar tudo para levar o espectador as lágrimas;

3)    A lutadora “responsável” pela tragédia de Maggie. Uma das coisas mais primárias e obsoletas que me lembro de ter visto. As caretas da atriz denunciam instantaneamente o desenrolar da situação, caindo em um clichê bobo e maniqueísta, quando o que se espera de um grande filme é a ambigüidade, a natureza plural de cada personagem, tal como se mostraria a realidade.

Hilary Swank é uma boa atriz, que funciona em papéis específicos. Não é uma atriz versátil, portanto, aqui, ela caiu como luva. Está bem, mas faz o mínimo possível devido a má partitura que tinha em mãos. A Maggie de Haggis é unilateral e simplória. Se formos traçar uma linha de emoções, criando uma partitura, é uma personagem que não sai do limiar básico de emoções, flutuando entre rejeição e aceitação sem conflitos internos ou situações que tragam uma mudança de emoções - o acidente não influência em nada sua condição para a atriz, a não ser fisicamente - erro esse evidenciado pela abordagem de Haggis.

4)    A família de Maggie é outro show de mau gosto. Um borbulhar de figuras de folhetim que só servem ao roteiro em situações estranhamente convenientes. Aliás, conveniência é a palavra perfeita para sintetizar o roteiro paupérrimo de Menina de Ouro.

Haggis, a partir da penúltima virada de plot point, onde ele nos brinda com um acidente e uma lutadora de boxe má e trapacedora, criações que apenas nos evidenciam sua brilhante mente criadora, não consegue mais segurar seus devaneios. O filme ia razoavelmente bem até esta virada, mas a partir daí ele não se contém e começa e jogar todos os clichês de sucesso das últimas décadas do cinema na nossa cara transformando o filme numa drama pastelão de um mal gosto tremendo. A família de Maggie como muito bem colocou Scarlet é de um mal gosto tremendo que apenas demonstram as limitações mentais da mente hagginiana. Por que a moça infeliz fracassada? Por que o mestre velho e triste? A família má? A boxeadora trapaceira? Matar ou não matar, eis a questão? Não sei como Haggis não fez essa brilhante mudança na frase de Hamlet.

 

Breve análise acusativa:

A direção é um fator preponderante, sem dúvida alguma.  Clint Eastwood já é, por si, superestimado, vide Sobre Meninos e Lobos, o típico filme wanna be, ou seja, que queria ser grande, mas não tinha estrutura narrativa que justificasse vôos tão altos (aliás, seria este o karma do diretor?).

Teriam lhe garantido a festa já nesta ocasião se uma das maiores obras-primas da história da sétima arte não estivesse concorrendo naquele ano. Relíquia cinematográfica esta que o Sr. Eastwood fez questão de qualificar como “um amontoado de efeitos gráficos recobrindo uma história vazia”.

Menina dos Clichês teve mais sorte ao confrontar-se com adversários fracos (ou inovadores demais como o ótimo Sideways) e Clint acabou abocanhando sua estatueta.

Acredito que tanto a Academia quanto os críticos ortodoxos ornamentaram o filme por se tratar de um diretor/ator muito querido e reconhecido no meio. Ademais, Clint já é bastante idoso, o que levanta a suspeita de que a aclamação foi na verdade, uma forma de compensá-lo por sua contribuição imensa ao cinema (válida apenas no quesito atuação, a meu ver) ainda <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><?:NAMESPACE PREFIX = ST1 />em vida. O time de atores é excelente, de fato, e até disfarça alguns dos numerosos deslizes do roteiro, mas é sempre bom lembrar que a qualidade de um filme se pauta em uma lista de fatores, das quais o elenco é um item importantíssimo, mas de forma alguma o único. 

 

Aqui chegamos ao ponto máximo, a direção de Eastwood. Defendida por seus fãs como sútil, que consegue trabalhar com clichês muito bem.

Scarlet coloca que ele é um diretor superestimado, onde eu assino embaixo. Eastwood começou a ganhar esse frisson todo após Mistic River, outro filme superestimado, melhor que este aqui, mas longe de ser uma cinematografia palatável. 

Em Menina de Ouro eu pergunto, os clichês sumiram? Não, você pode não se incomodar, mas eles estão todos lá. A decupagem de Eastwood foge dos clichês? Não, fato este evidenciado pela sua péssima tendência em evidenciar a dramaticidade do roteiro, escolhendo em uma atitude infeliz planos fechadíssimos, principalmente após a última virada de plot point, usando uma quase lente angular para mostra uma agulha entrando na pele. Chega a ser opressivo a forma como diretor decupa o roteiro tentando levar o público as lágrimas. Podemos colocar como contra-ponto aqui, outro filme, que na mesma época tratou da morte de uma personagem importante - Finding Neverland - que possuí seus clichês, mas que na retratação da morte da personagem Syvia, no brinda com uma transição da fantasia com um plano sóbrio plongé de um guarda chuva.

 

A sobriedade e delicadeza X clichês, exploração da emoção e mão pesada.

 

É aí que mora o ponto principal de Menina dos Clichês. A direção de Eastwood em nenhum momento foge dos clichês, ela sempre os evidência, fato este não percebido pelos cinéfilos, ou apenas não quiseram perceber por se tratar de um diretor querido, talvez? Eu sinceramente nunca encontrei explicações para essa defesa, pois se analisarmos a direção técnica de Eastwood ela é contrária aos argumentos de seus defensores, irônico, não?

 

O que mais me decepciona é que ele não apenas trabalhou com Haggis, como voltou a trabalhar nos equivocados A Conquista da Honra e Carta de Iwo Jima (ainda não visto). Esse fato para mim, denigre o diretor, o profissional diretor por se "juntar" a profissionais medíocres e ainda evidenciá-los. Podem colocar que ele, por ser uma roteirista medícre, ajuda Eastwood a evidenciar o seu trabalho; Se essa for a justificativa, aí sim, ele apenas mostra que é pior do que se pode pensar, pois uma atitude dessas, para um diretor, é ridícula, enfim, nos dois casos, Eastwood se fode, assim como sua cinematografia atual, descartável e simplória, onde ele pretende mais do que pode fazer. Posso pagar a língua com Cartas, ouvi coisas brilhantes à respeito dele.

 

Parabéns Scarlet pela coragem, afinal, metralhou com propriedade um filme cultuado, apresentando grande argumentação e colocação de idéias. Mais uma vez, você nos brinda com seus bons textos. Por favor, poste mais Pa, você faz falta por aqui!03

 
[/quote'] FeCamargo2007-03-17 20:35:05
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Excelente comentário este seu sobre Finding Neverland X Menina dos Clichês. Eu quis pegar o Pablo pelo pescoço ao comparar as críticas dele sobre os dois filmes. Ele fundamenta boa parte dos "defeitos" de FN no uso indiscriminado de clichês, especialmente no que se refere à morte de Sylvia, e quando eu lhe perguntei sobre o "filmaço" de que somos detratores, ele resumiu sua réplica no argumento mais fosco que encontrou "Menina...tem seus clichês, o Mo Kushle, por exemplo, me incomodou, mas no final das contas, funciona."09

Não é a primeira vez que ele cai em uma dessas contradições terríveis...tem aquela do Harry Potter que o Dook expôs certa vez e que chega a ser constrangedora...mas não entremos neste ponto.

A minha análise aqui recai sobre outra comparação: o que é mais convencional (o popular clichê)? A morte de Sylvia em FN? Isto é, a doença que a leva a morte, ou a lutadora "manoelcarlística" do Eastwood, cuja expressão denuncia cada frame que virá a seguir?

Veja que tuberculose no século XIX é uma realidade muito mais palpável do que esta que a dobradinha Eastwood/ Haggis nos apresenta: uma lutadora malvada que com um golpe letal e traiçoeiro, deixa a outra paraplégica em pleno século XXI, como se não houvesse regras para o boxe e como se a carreira da primeira não estivesse condenada em nossos dias, após tal ato de vilania.
Scarlet Rose2007-03-17 22:10:22
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Comentários oportunos (mas estranhos) do nosso querido FeCamargo...

Primeiro erro crasso que vejo muito aqui (e, mais uma vez, uma ida ao CsC ou uma pesquisada no Google resolve a parada) é a questão 'roteiro x direção'. Onde começa um e onde termina outro? Até que ponto Haggis é 'culpado' pelos problemas de Menina de Ouro? Onde Clint tem responsabilidade? Particularmente, penso que roteiro é roteiro, filme é filme... O que sobra do roteiro no filme é meramente a linha narrativa que pode ou não ter sido alterada como originalmente concebida durante as filmagens.

 

Mas vamos lá:

 

Eastwood começou a ganhar esse frisson todo após Mistic River' date=' outro filme superestimado, melhor que este aqui, mas longe de ser uma cinematografia palatável. 
[/quote']

 

Errado... Se vc conhecesse o histórico de Eastwood como diretor jamais diria que todo esse hype começou por causa de Mystic River (que, aliás, é superestimado porquê? Até agora nenhuma alma vivente explicou isso? A dúvida que fica é: conseguirão?). Sinceramente, ignorar filmes como Pale Rider, Pontes de Madison e o óbvio Unforgiven ao fazer tal análise precipitada, me parece mais birra para com o diretor.

 

Em Menina de Ouro eu pergunto' date=' os clichês sumiram? Não, você pode não se incomodar, mas eles estão todos lá. A decupagem de Eastwood foge dos clichês? Não, fato este evidenciado pela sua péssima tendência em evidenciar a dramaticidade do roteiro, escolhendo em uma atitude infeliz planos fechadíssimos, principalmente após a última virada de plot point, usando uma quase lente angular para mostra uma agulha entrando na pele. Chega a ser opressivo a forma como diretor decupa o roteiro tentando levar o público as lágrimas.[/quote']

 

Eeeerrrrr, até onde me consta, NINGUÉM que admira o filme alega em sua defesa que não existem clichês ali. Aliás, a minha principal argumentação pró-filme é que Clint nunca tenta fugir desses clichês, apenas trabalha com os mesmos de forma a diminuir-lhes a pieguice.

 

Portanto, xingar o filme dizendo que o diretor não encoberta os clichês (como se eles PRECISASSEM ser encobertados) é chutar cachorro morto e incorrer no óbvio.


E, ademais, qual o problema em levar o público às lágrimas?

 

É aí que mora o ponto principal de Menina dos Clichês. A direção de Eastwood em nenhum momento foge dos clichês' date=' ela sempre os evidência, fato este não percebido pelos cinéfilos, ou apenas não quiseram perceber por se tratar de um diretor querido, talvez? Eu sinceramente nunca encontrei explicações para essa defesa, pois se analisarmos a direção técnica de Eastwood ela é contrária aos argumentos de seus defensores, irônico, não?
[/quote']

 

Irônica é a sua colocação pois temos duas situações aqui: a) vc não leu os argumentos pró-filme (onde eu afirmo que Clint não foge em algum momento dos clichês); B) deduz a partir das suas impressões sobre o filme argumentos opostos que sabe-se lá como, servem para defender o filme, uma atitude temerária e burra, sinceramente...

 

Mas vou mastigar de novo, já que parece que falo klingon: Clint não foge dos clichês e dou aplausos por isso pois ele evidencia o que Menina de Ouro É. O filme É um melodrama, É grudento, É lacrimoso. E tb é bom. Bottom line: a culpa não é do melodrama, nem dos clichês, mas a forma como vc os utiliza (e Crash está aí para provar isso). Um bom cinéfilo sabe a diferença entre um e outro, evitando elitismos bestas e a tão combalida 'objetivização da arte', erro no qual muitos críticos entram (inclusive o Pablo) e que estou vendo se repetir aqui aos borbotões.

 

O que mais me decepciona é que ele não apenas trabalhou com Haggis' date=' como voltou a trabalhar nos equivocados A Conquista da Honra e Carta de Iwo Jima (ainda não visto). Esse fato para mim, denigre o diretor, o profissional diretor por se "juntar" a profissionais medíocres e ainda evidenciá-los. Podem colocar que ele, por ser uma roteirista medícre, ajuda Eastwood a evidenciar o seu trabalho; Se essa for a justificativa, aí sim, ele apenas mostra que é pior do que se pode pensar, pois uma atitude dessas, para um diretor, é ridícula, enfim, nos dois casos, Eastwood se fode, assim como sua cinematografia atual, descartável e simplória, onde ele pretende mais do que pode fazer. Posso pagar a língua com Cartas, ouvi coisas brilhantes à respeito dele.
[/quote']

 

Vc poderia arrancá-la desde já pois incinera o filme ANTES DE TÊ-LO VISTO, uma atitude que vc condenou aqui tantas vezes e que agora repete seja por falta de atenção, seja pq tem birrinha de Eastwood.  
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Sempre bom discutir com o Dook. Última vez? nem lembro Dook...Odeio ficar dando quotes, copiar e colar é mais fácil. Vamos lá:

Primeiro erro crasso que vejo muito aqui (e, mais uma vez, uma ida ao CsC ou uma pesquisada no Google resolve a parada) é a questão 'roteiro x direção'. Onde começa um e onde termina outro? Até que ponto Haggis é 'culpado' pelos problemas de Menina de Ouro? Onde Clint tem responsabilidade? Particularmente, penso que roteiro é roteiro, filme é filme... O que sobra do roteiro no filme é meramente a linha narrativa que pode ou não ter sido alterada como originalmente concebida durante as filmagens.

 

Neste aspecto Dook, tenho certeza absoluta de onde um começa e o outro termina, até por fazer parte do meu trabalho, e se, caso os pontos que coloquei não se fizeram claro, aí peço desculpas pela falta de habilidade com as palavras, mas, acredito que tenha exposto bem alguns pontos. Alguns diretores trabalham visando o roteiro como guia apenas, outros levam ele mais arrisca. Eu fico no meio termo, assim como outros. Não levo o roteiro a risca pois a criação e improvisação em set é maravilhoso. Eu nunca parei para ler os roteiros dos filmes de Eastwood. Menina de Ouro foi o primeiro roteiro que li, até pela frustração que me gerou, quis buscar mais informações sobre o filme e lendo-o, nós percebemos que Eastwood foi extremamente comedido em sua decupagem e seguiu perfeitamente os aspectos dramaturgicos do roteiro, cenas e criação de personagem expostos e indicados pelo roteirista.

 

Errado... Se vc conhecesse o histórico de Eastwood como diretor jamais diria que todo esse hype começou por causa de Mystic River (que, aliás, é superestimado porquê? Até agora nenhuma alma vivente explicou isso? A dúvida que fica é: conseguirão?). Sinceramente, ignorar filmes como Pale Rider, Pontes de Madison e o óbvio Unforgiven ao fazer tal análise precipitada, me parece mais birra para com o diretor.

 

Conheço o histórico dele, apenas não vivi o cinema naquela época, como agora. A idade impedia certas sensações de mundo que hoje temos. Acho a filmografia do diretor muito mais interessante naquela época. Se existia esse aparente frisson, que hoje vemos na mídia mundial, e essa necessidade de aclamar cada filme seu, poderia ser justificada pela qualidade que ele apresentava em suas películas, diferente de hoje em dia. Mistic River apresenta um direção muito mais interessante, Eastwood trabalha com ritmo de planos, uma decupagem mais original e inspirada que a vista em Menina de Ouro, além de optar por escolhas narrativas/linguagem em enquadramentos, profundidade de campo que deixam este Menina no chão. Ali sim faz juz ao diretor. Superestimado por que? A estória e o roteiro tem furos muito grandes e desconexões narrativas que são culpa do roteiro e da direção por eevidenciá-las ao invés de tentar retirá-las, o que era perfeitamente possível de se fazer, até em edição se me lembro bem. Já adianto, não me pergunte qual, teria de rever o filme para expô-lo aqui com coesão, pois discuti esse filme na época do seu lançamento, já faz um certo tempo. Se for de interesse manter a discussão eu vejo e depois falo Dook.

 

Eeeerrrrr, até onde me consta, NINGUÉM que admira o filme alega em sua defesa que não existem clichês ali. Aliás, a minha principal argumentação pró-filme é que Clint nunca tenta fugir desses clichês, apenas trabalha com os mesmos de forma a diminuir-lhes a pieguice.

 Portanto, xingar o filme dizendo que o diretor não encoberta os clichês (como se eles PRECISASSEM ser encobertados) é chutar cachorro morto e incorrer no óbvio.

E, ademais, qual o problema em levar o público às lágrimas?

 

Mas eu coloco justamente isso, que defendem a direção dele pois o mesmo suaviza os clichês, o que é errado de se dizer, pois ele faz o contrário, ele os evidência. Você diz que ele não encoberta mas os diminuí, e aí? Na realidade ele não faz nada disso, me repetindo, ele os evidência tentando levar o público as lágrimas, que não há problemas algum, se fosse feito com sutileza, naturalidade e comedimento, afinal são características que ele tenta empregar desde o início em seu filme, mas depois corta a linguagem dramática de forma bizarra a partir da penúltima virada de plot point. Trabalhar com clichês não é crime, se você tiver propriedade o bastante para reiventá-los, mérito seu, agora se for para utilizá-los de forma manipulativa e descarada...

 

Irônica é a sua colocação pois temos duas situações aqui: a) vc não leu os argumentos pró-filme (onde eu afirmo que Clint não foge em algum momento dos clichês); B) deduz a partir das suas impressões sobre o filme argumentos opostos que sabe-se lá como, servem para defender o filme, uma atitude temerária e burra, sinceramente...

 Mas vou mastigar de novo, já que parece que falo klingon: Clint não foge dos clichês e dou aplausos por isso pois ele evidencia o que Menina de Ouro É. O filme É um melodrama, É grudento, É lacrimoso. E tb é bom. Bottom line: a culpa não é do melodrama, nem dos clichês, mas a forma como vc os utiliza (e Crash está aí para provar isso). Um bom cinéfilo sabe a diferença entre um e outro, evitando elitismos bestas e a tão combalida 'objetivização da arte', erro no qual muitos críticos entram (inclusive o Pablo) e que estou vendo se repetir aqui aos borbotões.

 

Você disse tudo, é um melodrama, é grudento, é lacrimoso, agora se é bom, vai da percepção de cada um. Ele contém todos os clichês, que são evidênciados por roteirista e diretor, contém erros narrativos na construção dramática e da linguagem do filme, o que causa um distanciamento tremendo entre o ínicio até a penúltima virada de plot, onde constatamos dois filmes diferentes em termos de linguagem narrativa, o que não foi intencional. Qual a diferença entre a utilização dos clichês em Crash e Menina de Ouro? E essa questão me deixa com mais raiva, pois um é um expurgo de diretor e outro é Clint Eastwood. E ah, não sou crítico, não tenho capacidade para isso, apenas coloco argumentos olhando por um lado mais técnico, depois de discutir muito sobre o filme que pretendo comentar.

 

Vc poderia arrancá-la desde já pois incinera o filme ANTES DE TÊ-LO VISTO, uma atitude que vc condenou aqui tantas vezes e que agora repete seja por falta de atenção, seja pq tem birrinha de Eastwood.  

 

Onde fiz isso Dook? Disse que posso pagar a língua sobre Eastwood e sua filmografia atual, pois já ouvi coisas de gente boa, dizendo que o filme é brilhante. Não tenho birrinha por um diretor nenhum, muito menos por um que fez filme como As Pontes de Madison e Os Intocáveis, tenho decepção pelo diretor que se tornou ao fazer filmes como Menina de Ouro onde se relaciona com pessoas ditas profissionais, mas que são na realidade enganadores. No cinema, você engana uma vez, duas vezes, mas na terceira não mais...
FeCamargo2007-03-18 11:56:04
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Neste aspecto Dook' date=' tenho certeza absoluta de onde um começa e o outro termina, até por fazer parte do meu trabalho, e se, caso os pontos que coloquei não se fizeram claro, aí peço desculpas pela falta de habilidade com as palavras, mas, acredito que tenha exposto bem alguns pontos. Alguns diretores trabalham visando o roteiro como guia apenas, outros levam ele mais arrisca. Eu fico no meio termo, assim como outros. Não levo o roteiro a risca pois a criação e improvisação em set é maravilhoso. Eu nunca parei para ler os roteiros dos filmes de Eastwood. Menina de Ouro foi o primeiro roteiro que li, até pela frustração que me gerou, quis buscar mais informações sobre o filme e lendo-o, nós percebemos que Eastwood foi extremamente comedido em sua decupagem e seguiu perfeitamente os aspectos dramaturgicos do roteiro, cenas e criação de personagem expostos e indicados pelo roteirista.[/quote']

 

Ok, nada a comentar aqui, uma vez que vc LEU o roteiro (a dúvida que fica é: qual versão? a das filmagens? aquele roteiro-que-não-é-roteiro-de-verdade que pipoca na net com direito até a movimento de câmera?) e estaria, em tese, em condições de afirmar o que no filme é coisa do roteiro e coisa da direção.

 

 

Conheço o histórico dele' date=' apenas não vivi o cinema naquela época, como agora. A idade impedia certas sensações de mundo que hoje temos. Acho a filmografia do diretor muito mais interessante naquela época. Se existia esse aparente frisson, que hoje vemos na mídia mundial, e essa necessidade de aclamar cada filme seu, poderia ser justificada pela qualidade que ele apresentava em suas películas, diferente de hoje em dia.[/quote']

 

Sinceramente não vejo diferença... O que há de 'ousado' e 'vanguardista' (dois termos utilizados para se elogiar muitos filmes hoje) em Pale Rider, Unforgiven e Madison? Todos os filmes do Clint não fogem do tradicional e Clint sabe disso. O problema que vejo aqui é taxar o 'simples', o 'tradicional', de porcaria o que não é verdade. É a velha objetivização da arte que tanto me arrepia os pelinhos da nuca quando vejo.  

 

Mistic River apresenta um direção muito mais interessante' date=' Eastwood trabalha com ritmo de planos, uma decupagem mais original e inspirada que a vista em Menina de Ouro, além de optar por escolhas narrativas/linguagem em enquadramentos, profundidade de campo que deixam este Menina no chão. Ali sim faz juz ao diretor.[/quote']

 

Acho que com esses predicados o filme deveria deixar de ser superestimado...

 

 

Superestimado por que? A estória e o roteiro tem furos muito grandes e desconexões narrativas que são culpa do roteiro e da direção por eevidenciá-las ao invés de tentar retirá-las' date=' o que era perfeitamente possível de se fazer, até em edição se me lembro bem. Já adianto, não me pergunte qual, teria de rever o filme para expô-lo aqui com coesão, pois discuti esse filme na época do seu lançamento, já faz um certo tempo. Se for de interesse manter a discussão eu vejo e depois falo Dook.[/quote']

 

Por favor reveja-o... nunca vi nenhum furo grande ali, exceto a questão de que enquanto a história corre, nunca ficamos cientes do lapso de tempo em que as situações ocorrem, o que, sinceramente, é um erro pequenino diante dos acertos restantes do filme. Filme bom não é aquele que acerta tudo, mas o que contém maior número de acertos. Falhas sempre haverão.

 

 

Mas eu coloco justamente isso' date=' que defendem a direção dele pois o mesmo suaviza os clichês, o que é errado de se dizer, pois ele faz o contrário, ele os evidência. Você diz que ele não encoberta mas os diminuí, e aí? Na realidade ele não faz nada disso, me repetindo, ele os evidência tentando levar o público as lágrimas, que não há problemas algum, se fosse feito com sutileza, naturalidade e comedimento, afinal são características que ele tenta empregar desde o início em seu filme, mas depois corta a linguagem dramática de forma bizarra a partir da penúltima virada de plot point.[/quote']

 

 

Aí já divergimos, pois:

 

a) Nunca falei que suavizar é não evidenciar. Posso suavizar algo sem deixar de evidenciá-lo.

 

B) Clint consegue sim ser sutil ao lidar com os clichês, não em apresentá-los em seu filme. A lutadora sacana está lá (clichê), mas em nenhum momento me senti compelido/manipulado a odiá-la (suavização do clichê). O mesmo se aplica a diversas outras situações no filme.

 

Trabalhar com clichês não é crime' date=' se você tiver propriedade o bastante para reiventá-los, mérito seu, agora se for para utilizá-los de forma manipulativa e descarada...[/quote']

 

Aí é que tá... na sua concepção, clichê bom é clichê reinventado, necessariamente. Eu já não penso assim... Para mim clichê bom é clichê bem usado, podendo ou não ser reinventado (claro que se for reinventado, melhor ainda).

 

O clichê não é intrinsecamente manipulativo. É quem pesa a mão sobre ele que é responsável por torná-lo desse jeito, IMO.

 

 

 

Você disse tudo' date=' é um melodrama, é grudento, é lacrimoso, agora se é bom, vai da percepção de cada um. Ele contém todos os clichês, que são evidênciados por roteirista e diretor, contém erros narrativos na construção dramática e da linguagem do filme, o que causa um distanciamento tremendo entre o ínicio até a penúltima virada de plot, onde constatamos dois filmes diferentes em termos de linguagem narrativa, o que não foi intencional.[/quote']

 

Não vejo problema na mudança de rumo na linguagem narrativa. Considero inclusive que este é o pulo do gato do filme que afasta Menina de Ouro de filmecos como Rocky e outros que abordaram temas parecidos.

 

E se essa mudança não era perceptível no roteiro que vc leu, deduz-se que não era intencional por parte do Haggis, mas que se tornou intencional por parte de Clint que em certo momento virou e pensou: 'vamos fazer dessa última parte uma coisa um pouco diferente em tom do que era o restante do filme'. Daí a minha cisma com gente que acha que o filme fala sobre 'superação'... Pure bullshit.

 

 

Qual a diferença entre a utilização dos clichês em Crash e Menina de Ouro? E essa questão me deixa com mais raiva' date=' pois um é um expurgo de diretor e outro é Clint Eastwood. E ah, não sou crítico, não tenho capacidade para isso, apenas coloco argumentos olhando por um lado mais técnico, depois de discutir muito sobre o filme que pretendo comentar.[/quote']

 

Não vejo problema em discutir o filme pelo lado técnico, acho até que enriquece... O problema é utilizar o lado técnico como força motriz da análise... Vc pixaria muitos filmes do John Carpenter se utilizasse esse critério.

 

 

Onde fiz isso Dook? Disse que posso pagar a língua sobre Eastwood e sua filmografia atual' date=' pois já ouvi coisas de gente boa, dizendo que o filme é brilhante.[/quote']

 

Vc disse que Cartas era um equívoco junto com Flags, para ao final corrigir e dizer que pagaria a língua com Cartas já que não o tinha visto... Ficou estranho...

 

Não tenho birrinha por um diretor nenhum' date=' muito menos por um que fez filme como As Pontes de Madison e Os Intocáveis, tenho decepção pelo diretor que se tornou ao fazer filmes como Menina de Ouro onde se relaciona com pessoas ditas profissionais, mas que são na realidade enganadores. No cinema, você engana uma vez, duas vezes, mas na terceira não mais...
[/quote']

 

Pois bem... veja Cartas e veja o que Clint faz com uma cena de suicídio em massa que foi escrita por Haggis...

 

O sapo fez uma colocação brilhante no CsC a esse respeito... Ele disse que Clint deve olhar pros roteiros do Haggis e pensar assim: 'deixa esse cara escrever cenas pavorosas que eu as transformo em algo brilhante'.
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A parceria dele com o Haggis é, a meu ver, um deprimente fim de carreira. Posso também pagar a minha língua com Cassino Royale, mas até então, fico decepcionada com a falta de critérios do Clint na escolha dos roteiros do Haggis. Tenho certeza de que não faltam roteiristas talentosos em Hollywood hoje em dia. Como o grande profissional que é, era de se esperar que Eastwood fosse mais cauteloso na seleção de seus roteiros. Um pena. Saiu da nata hollywoodiana para se entregar a o que há de mais medíocre no showbizz atual.

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Acho estranho dizer que Clint está num "deprimente fim de carreira". Concordo com a informação do Dook que Clint já tem seus fãs há algum tempo, mas ultimamente ele vem sendo "babado" pela crítica em quase todo mundo. É só verificar as recepções que a crítica vem dando de forma generalizada aos seus ultimos filmes. Inclusive 3 dos seus ultimos 4 filmes foram agraciados pelos seus pares em Hollywood.

 

Não estou dizendo que ele merece ou não tais créditos, o que quero dizer é que eu não consigo enxergar um "deprimente fim de carreira" dessa forma.
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Claro, eu concordo com a afirmação que essa babação vem há muito tempo, principalmente depois de Os Imperdoáveis, mas ela cresceu significamente depois de Sobre Meninos e Lobos.

 

É por isso que ultimamente acho meio estranho dizer que ele está numa fase terminal de sua carreira. Ora, se é neste momento que ele anda recebendo mais louros?
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Quotando aí Dook!!!

 

Ok, nada a comentar aqui, uma vez que vc LEU o roteiro (a dúvida que fica é: qual versão? a das filmagens? aquele roteiro-que-não-é-roteiro-de-verdade que pipoca na net com direito até a movimento de câmera?) e estaria, em tese, em condições de afirmar o que no filme é coisa do roteiro e coisa da direção.

 

Li sim, vc tem pode conseguir ler se quiser. A biblioteca nacional tem cópias de roteiros enviados à ela pelas produtoras, são poucos, mas tem alguns, não sei se tem este específico, assim como escolas de cinema, em seus bancos tem as cópias também. Eu li no banco de roteiros da AIC, onde eles utilizam nas aulas de roteiro aos alunos, a Faap eu sei que tem tb.

 

Acho que com esses predicados o filme deveria deixar de ser superestimado...

 

Não por que a comparação foi feita a Menina de Ouro.

 

Por favor reveja-o... nunca vi nenhum furo grande ali, exceto a questão de que enquanto a história corre, nunca ficamos cientes do lapso de tempo em que as situações ocorrem, o que, sinceramente, é um erro pequenino diante dos acertos restantes do filme. Filme bom não é aquele que acerta tudo, mas o que contém maior número de acertos. Falhas sempre haverão.

 

Concordo e discordo com a última afirmação, acho que temos casos e casos. Então reverei Mistic River essa semana, aí posto aqui ou no tópico do filme, se houver algum, se não, mando-te por MP.

 

Aí já divergimos, pois:

 

a) Nunca falei que suavizar é não evidenciar. Posso suavizar algo sem deixar de evidenciá-lo.

 

B) Clint consegue sim ser sutil ao lidar com os clichês, não em apresentá-los em seu filme. A lutadora sacana está lá (clichê), mas em nenhum momento me senti compelido/manipulado a odiá-la (suavização do clichê). O mesmo se aplica a diversas outras situações no filme.

 

Mas espera. A boxeadora tem um comportamento "mau", não tem? Já haviam preparado o terreno dizendo a Maggie que ela era suja, não é isso? Há o "acidente", culpa da boxeadora e de um fatídico banquinho que ludicamente fica no ringue. Ou seja, há uma manipulação construtiva em cena que se baseia em clichês. Agora, acredito eu, a sensação que isso possa gerar em cada um é ímpar, afinal, somos todos diferentes, e reagimos diferentemente ao que nos é mostrado, mas isso não tira o fato que os clichês estão lá. Vai da percepção e aceitação de cada um.

 

Não vejo problema na mudança de rumo na linguagem narrativa. Considero inclusive que este é o pulo do gato do filme que afasta Menina de Ouro de filmecos como Rocky e outros que abordaram temas parecidos.

 

E se essa mudança não era perceptível no roteiro que vc leu, deduz-se que não era intencional por parte do Haggis, mas que se tornou intencional por parte de Clint que em certo momento virou e pensou: 'vamos fazer dessa última parte uma coisa um pouco diferente em tom do que era o restante do filme'. Daí a minha cisma com gente que acha que o filme fala sobre 'superação'... Pure bullshit.

 

O filme não fala de superação, isso é besteira. No roteiro, os clichês estão lá, mas seguem uma constante, que se aprofunda no último ato. Eastwood realmente criou algo em cima, e é aí que eu não entendo, realmente, e por isso digo que ele evidência não suavizando. Ele vinha criando sim, um filme suave, com clichês, mas que não estavam sendo explorados, pois a base da estória sendo o clichê que é, seria burrice, algo que Eastwood não é, evidenciá-lo, e é justamente por isso que não entendo a quebra que ele faz. Eu acho grosseiro entende, não vejo um linha dramática, vejo um filme até a última virada e depois outro filme, e ele não prepara isso anteriormente, pós acidente muda toda a construção de cena, decupagem, evidenciando os clichês, claro que isso foi proposital, é óbvio, mas acho que se a linha anterior tivesse sido mantida, aí sim, o filme poderia ser classificado com um filme que lida bem com clichês, pois suaviza-os e os faz perceber, mas não é isso que acontece. Tal quebra narrativa acontece mais acentuadamente em O Resgate do Soldado Ryan, por outros motivos, mas onde as pessoas diziam que o filme era dois em um só. O que é uma besteira, mas lá há quebra de narrativa e linguagem, o que gera o estranhamento, aqui, disfarçado pelos clichês mais evidentes.

 

Vc disse que Cartas era um equívoco junto com Flags, para ao final corrigir e dizer que pagaria a língua com Cartas já que não o tinha visto... Ficou estranho...

 

Erro de português, my fault. Plural mal utilizado.

 

O sapo fez uma colocação brilhante no CsC a esse respeito... Ele disse que Clint deve olhar pros roteiros do Haggis e pensar assim: 'deixa esse cara escrever cenas pavorosas que eu as transformo em algo brilhante'.

 

Discordo completamente disso. Se Eastwood pensa assim, aí é um profissional menor. Mas como eu coloquei, temos dois pontos, ou outros que não sei enxergar, mas duvido que um diretor humanista como ele pode pensar assim, na realidade, espero que não, seria decepcionante.
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Li sim' date=' vc tem pode conseguir ler se quiser. A biblioteca nacional tem cópias de roteiros enviados à ela pelas produtoras, são poucos, mas tem alguns, não sei se tem este específico, assim como escolas de cinema, em seus bancos tem as cópias também. Eu li no banco de roteiros da AIC, onde eles utilizam nas aulas de roteiro aos alunos, a Faap eu sei que tem tb.[/quote']

 

Interessante... Vou dar uma pesquisada.

 

Não por que a comparação foi feita a Menina de Ouro.

 

Para mim' date=' isso não faz o menor sentido, uma vez que houve elogios rasgados em seu comentário sobre Mystic... Mas enfim...

 

 

Mas espera. A boxeadora tem um comportamento "mau", não tem? Já haviam preparado o terreno dizendo a Maggie que ela era suja, não é isso? Há o "acidente", culpa da boxeadora e de um fatídico banquinho que ludicamente fica no ringue. Ou seja, há uma manipulação construtiva em cena que se baseia em clichês. Agora, acredito eu, a sensação que isso possa gerar em cada um é ímpar, afinal, somos todos diferentes, e reagimos diferentemente ao que nos é mostrado, mas isso não tira o fato que os clichês estão lá. Vai da percepção e aceitação de cada um.

 

Mas eu nunca disse que os clichês não estavam lá. Estou desde o início dizendo que eles estão lá, estão lá, estão lá, porém Clint consegue torná-los palatáveis. Aí entramos no campo da percepção e aceitação de cada um.

 

O filme não fala de superação' date=' isso é besteira. No roteiro, os clichês estão lá, mas seguem uma constante, que se aprofunda no último ato. Eastwood realmente criou algo em cima, e é aí que eu não entendo, realmente, e por isso digo que ele evidência não suavizando. Ele vinha criando sim, um filme suave, com clichês, mas que não estavam sendo explorados, pois a base da estória sendo o clichê que é, seria burrice, algo que Eastwood não é, evidenciá-lo, e é justamente por isso que não entendo a quebra que ele faz.[/quote']

 

Sério, não consegui entender o seu raciocínio. O que vc vê como uma falha eu vejo como mérito. Oras, mudar o rumo da história para evitar que ela se torne apenas um 'rehash' do que já foi contado tantas e tantas vezes outras não é uma atitude a ser louvada?

 

Em determinado momento, dá a impressão que o desgosto para com o filme se deve aos seus clichês, agora me pareceu que vc elogia a primeira parte do filme pois era um 'filme suave com clichês' (algo que vc disse que não viu no filme - 'suavização do clichê') para dizer que o grande problema foi a mudança brusca de tom. 090909

 

O problema do filme são os clichês ou a mudança de tom? Se são os clichês, a mudança de tom é mais que bem vinda, pois tira o filme do rumo 'clichê-Rocky' que ele estava tomando até então...   

 

 

 Eu acho grosseiro entende' date=' não vejo um linha dramática, vejo um filme até a última virada e depois outro filme, e ele não prepara isso anteriormente,[/quote']

 

Opa, perae, mas isso eu gostei. Hitch fez o mesmo em Psicose, nos fazendo pensar que o filme seria sobre Marion quando na verdade o filme é sobre Norman... Essa é uma manipulação que eu considero sadia. Quando assisti o filme nada me antecipou sobre a condição que Maggie ficaria após aquela luta. Considere isso um twist, um ponto de virada, o que seja, mas não vejo como falha, pelo contrário, é uma das maiores virtudes do filme.

 

 

pós acidente muda toda a construção de cena' date=' decupagem, evidenciando os clichês, claro que isso foi proposital, é óbvio, mas acho que se a linha anterior tivesse sido mantida, aí sim, o filme poderia ser classificado com um filme que lida bem com clichês, pois suaviza-os e os faz perceber, mas não é isso que acontece. [/quote']

 

Mais uma vez, não entendi o raciocínio... Onde a mudança de rumo do filme prejudica a impressão que, até ali, ele estava 'lidando bem com os clichês'?

 

 

Discordo completamente disso. Se Eastwood pensa assim' date=' aí é um profissional menor. Mas como eu coloquei, temos dois pontos, ou outros que não sei enxergar, mas duvido que um diretor humanista como ele pode pensar assim, na realidade, espero que não, seria decepcionante.
[/quote']

 

Não vejo problema na posição de Clint a esse respeito (se é que ela existe de fato). Kubrick nunca achou o romance O Iluminado grande coisa e veja o que ele fez com o filme...

 

Ademais, antes de qualquer assertiva acerca da parceria entre os dois devemos nos ater a uma questão importante: essa parceria é fruto da escolha dos dois ou imposição contratual ou qualquer coisa que o seja? Considero isso importante antes de dizer que a reunião de Clint com Haggis seja 'fim de carreira'...
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Clint vem sendo 'babado' desde 1992 quando ganhou o Oscar com Unforgiven...

 

Superestimado não quer dizer ruim. Eu gosto de As Pontes de Madison e sou muito fã do Clint como ator. Só acho que se os critérios de um diretor começam a cair, isso é sinal de que ele não tem mais nada a acrescentar. Insistir em trabalhar com o Haggis, que é absolutamente 0% de criatividade, demonstra um certo desleixo do Clint, o que o faz perder muitos pontos comigo, a ponto de não fazer nenhuma questão de conferir os filmes dele. Uma queda de qualidade tão brusca, PARA MIM, deve ser entendida como fim de carreira.
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