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Forum Cinema em Cena

Perdidos no Espaço


Nacka
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Vou comentar as listas 

 

Silva:

1) Go to hell. Nem queria o DVD mesmo... 06

2) Metropolis é um filme que eu procurei quando estava pra mandar a lista ontem' date=' mas não encontrei pra locação e só pra comprar (já sei, vale a pena comprar às cegas e tal...).

3) Essa lista é mais diversificada, e eu só vi 9 (RoboCop, Blade Runner, Guerra nas Estrelas, 2001, Fuga de NY, Contatos Imediatos, Matrix, Os 12 Macacos, Final Fantasy). Qual é o melhor dos outros pra eu correr atrás?

4) Sobre Final Fantasy: sou mega-fã do jogo, mas achei que o filme ficou aquém do que ele poderia ser, ficou meia brega, apesar do visual assustador.

 

 
[/quote']

 

1) Calma cara...ainda tem a lista do Forasta...06

2) Bom, se você sabe que vale a pena comprar às cegas, então por quê não comprou???Compre logo esse filme de uma vez!!!!06

3) Cara, sempre tive problemas em indicar o melhor filme de uma lista (tanto é que eu não ordenei a minha). Até por quê cada um têm as suas particularidades ("Os Caça - Fantamas" têm um som saudosista que foi explicado no meu post; "Viagem a Lua" é um curta pioneiro; "Metrópolis" tem uma cenografia fantástica; "Scanners"" é bem na linha Cronnemberg, entre outros...Mas se é para indicar, indico, até pelo valor histórico, o próprio "Metropolis" e o "Viagem á Lua" (que o Graxa disse que pode ser encontrado no Youtube...

4) Não achei tão brega assim..Achei no tom adequado às característica da série...e o visual é realmente assustador, teve horas que eu não acreditei que era computação...
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hey' date=' ninguém vai botar ALPHAVILLE. pelo-amor-de-deus, alguma alma salve esse tópico.[/quote']

 

A menos que você me mande uma lista com 20 filmes e uma crítica, ainda hoje (prazo final) ... acho que não.

 

Até por quê acho que pouquíssimos aqui no fórum viram esse filme (também não vi...)
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hey' date=' ninguém vai botar ALPHAVILLE. pelo-amor-de-deus, alguma alma salve esse tópico.[/quote']

 

A menos que você me mande uma lista com 20 filmes e uma crítica, ainda hoje (prazo final) ... acho que não.

 

ok. me convenceu. mandarei a lista e uma crítica de um qualquer. (provavelmente o que vi a menos tempo)
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O Katsushiro já me mandou a lista. Silva, alguém gostou muito de um filme da sua lista... 06

 

PS: Pessoal aconteceu uma coisa muito chata, foi constatado que uma das críticas, pode ser um plágio. Bart fazendo escola, aqui?!?! Gostaria muito que quem enviou pudesse se explicar... eu sinceramente espero que seja apenas uma infeliz coincidência. De qualquer forma espero resolver a questão por mp mesmo e logo.

 

Gostaria só de dizer que TUDO será avaliado. A qualidade da crítica será fundamental, mas o cuidado com a lista não será descartado.  
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O Katsushiro já me mandou a lista. Silva, alguém gostou muito de um filme da sua lista... 06

 

PS: Pessoal aconteceu uma coisa muito chata, foi constatado que uma das críticas, pode ser um plágio. Bart fazendo escola, aqui?!?! Gostaria muito que quem enviou pudesse se explicar... eu sinceramente espero que seja apenas uma infeliz coincidência. De qualquer forma espero resolver a questão por mp mesmo e logo.

 

Gostaria só de dizer que TUDO será avaliado. A qualidade da crítica será fundamental, mas o cuidado com a lista não será descartado.  
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Não posso acreditar que em um Fórum com tanta gente inteligente e criativa possa acontecer coisas como estas. Fico infinitamente triste.

 

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Sobre as listas que foram postadas, as três estão bem diferentes da minha, mas isso só deixa o festival mais interessante, porque quanto maior a diversidade, melhor. As duas primeiras, a do Silva e a do Dan, parecem um pouco mais com a minha, embora eu ainda não tenha me conformado com a qualificação de simplório dada ao E.T. O Extraterrestre. O filme pode até ser despretencioso - eu o considero singelo, o que é bem diferente - mas simplório, não! Hehe

 

Agora, apesar das grandes diferenças, inclusive quanto ao que é ou não sci-fi, eu gostei demais do caráter pessoal da lista do Itrsjskhsx, e mais ainda da escolha do filme para a crítica. Truffaut rocks!

 

Fahrenheit 451 também está na minha lista, até numa posição inferior à que foi colocado na sua relação, Itrcwkndnkch. Mas o filme é muito bonito. Um dos livros lançados sobre o Truffaut (uma coleção de entrevistas com ele, salvo engano) conta um pouco sobre o filme e as dificuldades ocorridas em sua feitura - sendo uma delas o fato de que Truffaut e Werner brigaram e praticamente não se falaram mais, do meio até o final da produção - e de como o diretor preferiria o filme dublado em francês, pois achava que os diálogos haviam perdido muito de sua qualidade.

 

Além do que você já falou, algumas coisas me chamam muito a atenção no filme, Itbxnsagvck. Veja se você concorda:

 

* A abertura com as antenas, algo que só tem sua importância revelada lá pelo final. As antenas representam, obviamente, a inclusão social, e sua ausência já indica a transformação das pessoas que ali vivem em párias.

 

* O fato de que Linda sofre de abandono afetivo por parte do Montag. Quase nunca eu vejo reflexões sobre isso, mas creio que Truffaut não atribuía a alienação da Linda apenas à TV não. Era também uma válvula de escape para o desamparo afetivo em que ela vivia.

 

* O simbolismo contino na cena da fogueira da velha senhora. Seu sorriso é impressionante, e diz mais sobre o filme (tenacidade, triunfo da inteligência sobre a violência, impossibilidade de exterminar por completo o conhecimento) do que qualquer diálogo.

 

* O final, uma das coisas mais bonitas que já vi em um filme. É maravilhosamente subversivo, perspicaz e, ao mesmo tempo, gentil. A cara do Truffaut.

 

Aos que não viram Fahrenheit 451, vale muito a pena. A Parte técnica do filme não envelheceu bem - tem horas que o visual parece Os Jetsons - mas as simbologias usadas pelo Truffaut são admiráveis.
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Itpgh..., sua lista e seu comentário estão muito bons. Dentre os filmes escolhidos, apenas não vi o próprio Fahrenheit, novamente por indisponibilidade de material (vão ouvir muito esta desculpa em meus comentários, mas o Forasteiro, inclusive, pode comprovar o fato de nossa cidade ter locadoras bastante incompletas). Lista bastante diferente da do Silva e, inclusive, da minha. Espero que a próxima também seja diferenciada, para resultar em maior troca de idéias. Aliás, poucas pessoas estão comentando as listas, e não pintou nenhuma discordância abrupta ainda (a propósito: Alexei, concordo contigo quando diz que E.T não merecia a qualificação de simplório. Equívoco meu, digamos, mas é o costume por ver este adjetivo ser empregado tantas vezes ao filme. De qualquer forma, a indignação é pertinente). Que venha a próxima...

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Gostei da lista. Vi 13 dos 20 filmes presentes e todos são muito bons.

 

Quais deles?

 

Uhu! Colocaram Truffaut! Parabéns!

 

Obrigado' date=' Kakashi.

 

A lista do ltrshpm é a que mais se parece com a minha, até agora.

 

Talvez porque sejamos os que menos viram filmes dentre os participantes...

 

Ltrhpsm (estou criando um apelido para você)' date='

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Já tem: Sopa ou lt. 06
ltrhpsm2006-11-18 17:14:11
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Ltrhpsm (estou criando um apelido para você), vi os seguintes:

 

1º: Laranja Mecânica

2º: 2001 – Uma Odisséia no Espaço

 

4º: V de Vingança (V For Vendetta, 2005)

 

5º: Alien: O Oitavo Passageiro
 

7º: Contatos Imediatos do Terceiro Grau

 

10º: Matrix

 

12º: De Volta Para o Futuro 

15º: E.T. – O Extraterrestre

 

16º: Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith

 

17º: Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi

 

18º: X-Men 2

 

19º: O Exterminador do Futuro

 

20º: Superman – O Filme

Aliás, notei A.I - Inteligência Artificial e Minority Report na sua lista. Corre no Filme x Filme !!!

Engraxador!2006-11-18 17:07:25

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Mais uma lista. Esta aqui é equilibrada' date=' mas não falta o toque de ousadia, ao escolher o arrepiante filme do Truffaut para competir, o Itrhpsm fez o caminho contrário do Dan, deixou os medalhões de fora da sua análise e fez um comentário objetivo sobre um filme que, se à primeira vista não parece sci-fi, engloba muitos aspectos deste gênero e de quebra, fez o que eu pedi no início do tópico, tornou bastante pessoal a sua escolha.

 

Lista do Itrhpsm

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1º: Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971); direção de Stanley Kubrick; com Malcom MacDowell<?XML:NAMESPACE PREFIX = O />

 

Por que considero ficção científica: Porque é um retrato futurista da sociedade humana.

Por que está presente nesta lista: Porque Kubrick é um gênio – faz-nos torcer pelo “vilão”, chegando a questionar sobre os valores morais que vão sendo detonados; porque MacDoweel é divertidíssimo; porque a violência acaba virando sátira; porque o teaser é o melhor que há e resume perfeitamente o filme; e porque Kubrick + Beethoven = Deus.

 

2º: 2001 – Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odissey, 1968); direção de Stanely Kubrick; com Keir Duella.

 

Porque considero ficçaõ científica: Porque é outra visão futura – e desta vez ainda mis científica, uma vez que somos convidados ao baile no espaço.

Por que está presente nesta lista: De novo, por causa de Kubrick; a interação com a personagem HAL; os efeitos especiasi fodásticos; a trilha sonora lind; porque tem a cena clássica com os macacos jogandos os ossos para o ar; porque obriga o espectador a desenvolver o intelecto; porque a raça humana é deixada de lado, contemporizando o universo.

 

3º: O Planeta dos Macacos (Planet of Apes, 1968); direção de Franklin J. Schaffner, com Charlton Heston.

 

Por que considero ficção científica: Por ser a chegada à Terra de terráqueos após grande tempo conservados no espaço.

Por que está presente nesta lista: Porque o suspense para sabermos aonde encontram-se as personagens é fantástico; porque a maquiagem é primordial – dando interação aos macacos; porque questiona a suposta “superioridade humana”; porque o final é antológico.

 

4º: V de Vingança (V For Vendetta, 2005); direção de James McTeigue. Com Natalie Portman e Hugo Weaving.

 

Por que considero ficção científica: Tal qual o filme criticado, é uma anarquia que remete a fatos passados que podem vir a ocorrer num futuro não tão distante, além de conter técnicas desenvolvidas pela ciência.

Por que está nesta lista: Porque é uma adaptação quase perfeita dos quadrinhos; porque ocultar a face do Hugo Weaving é um truque ousado; porque o V fazendo sua apresentação deixa o queixo caído; porque a Natalie Portman é perfeita em todos os sentidos; porque os Irmãos Wachowski souberam trabalhar o roteiro e fazer mais que pirotecnias e ainda foram melhores que Matrix; porque quando o filme acabou, eu quis destruir o Palácio do Planalto!

 

5º: Alien: O Oitavo Passageiro (Alien, 1979); direção de Ridley Scott; com Sigourney Weaver e Ian Holm.

 

Por que considero ficção científica: Porque é uma viagem interplanetária, com a aparaição de seres de outro planeta, além da presença de andróides.

Por que está presente nesta lista: Porque Ridley Scott conduz os planos, sem pressa, deixando o espectador roendo as unhas para a chegada do Alien, porque a cena em que ele nasce de dentro da barriga de Kane é algo memorável, porque sua aparição é o pico do filme, porque a cena final com a Sigourney Weaver - numa atuação surpreendente - dizendo You're my luck star e fazendo uma mini-guerra é obra-prima e porque ainda tem uns engajamentos políticos na corrida nuclear da Guerra Fria.

 

6º: De Volta Para o Futuro II (Back To The Future Part II, 1989); direção de Robert Zemeckis, com Michael J Fox e Christopher Lloyd.

 

Por que considero ficção científica: Porque são várias indas e vindas no tempo, do futuro de 2015 ao presente catástrofe de 1985 ao passado de 1955.

Por que está nesta lista: Porque supera a qualidade do primeiro, tem histórias mais "pessimistas"; porque deixa qualquer um nervoso para os diversos Martys, Lorraines e Docs não se chocarem; porque o humor descontraído nunca funcionou também; porque a Hill Valley do futuro tem umas previsões acertadas (como a TV) e outras possíveis, encanta sem tirar o foco do roteiro; porque o mestre Alain Silvestri consagra-se; porque as diversas viagens são deliciosas e as maluquices do Doc deixam atônito o espectador.

 

7º: Contatos Imediatos do Terceiro Grau (Closer Encounters of Third Kind, 1977); direção de Steven Spielberg; com Richard Dreyfuss.

 

Por que considero ficção científica: Porque Spielberg traz bons E.Ts. ao nosso planeta e levam os humanos para o espaço.

Por que está presente nesta lista: Porque o Richard Dreyfuss tem uma atuação ótima, porque você se envolve de tal maneira que é impossível largar o filme, porque durante o filme você conspira e planeja teroias para o que está acontecendo, porque o Spielberg tem o dom de saber mexer com E.Ts. bonzinhos.

 

8º: Fahrenheit 451 (Fahrenheit 451, 1966); direção de François Truffaut; com Oskar Werner e Julie Christie.

 

Por que considero ficção científica: Porque ao mesmo tempo que reflete sobre a Inquisição e outros períodos ditatorias terrestres; passa-se em tempo e espaço imaginários.

Por que está presente nesta lista: CRÍTICA

 

9º: A.I. – Inteligência Artificial (A.I., 2001); direção de Steven Spielberg; com Haley Joel Osment e Jude Law.

 

Por que considero ficção científica: Porque fala de Mecas e Orgas como se fosse algo comum, tem robôs interagindo com os humanos e depois a extinção da nossa espécie.

Por que está presente nesta lista: Porque é mais “bonzinho” que um Kubirck, uma fábula até, e por isso, inocente, mas o que poderia ser peigas, vira emoção na atuação de Haley Joel-Osment e na cabeça de Spilba.

 

10º: Matrix (Matrix, 1999); direção de The Wachowski Brothers; com Keanu Reeves e Laurence Fishburne.

 

Por que considero ficção científica: Porque penetramos no mundo da “realidade irreal”.

Por que está presente nesta lista: Porque revolucinou a concepção dos efeitos visuais, ainda leva os fãs da masturbação mental ao delírio, porque tem o Hugo Weaving nojento, mas irretocável, porque tem cenas clássicas, como a chegada de Neo e Trinity ao prédio.


11º: Blade Runner – O Caçador de Andróides
(Blade Runner, 1982); direção de Ridley Scott; com Harisson Ford.

 

Por que considero ficção científica: Los Angels de 2019. De certa forma, até estamos presentes, mas para a época, já era um futuro longíquo. Doravante, há andróides, robôs e migração para colônias espaciais.

Por que está presente nesta lista: Porque é tudo muito bem ambientado, num clima sufocante e poluidor; porque o Harrisson Ford estava na época das boas; porque Scott supreende mostrando andróides iguais aos humanos; porque é um filme super-reflexivo e merece milhares de reassistidas; porque o roteiro é perfeito no campo ético e moral.

 

12º: De Volta Para o Futuro (Back To The Future, 1985); direção de Robert Zemeckis; com Michael J. Fox.

 

Por que considero ficção científica: Porque a personagem do Christopher Lloyd constrói, sem mais nem menos, em uma cidadezinha americana, uma máquina de viajar no tempo.

Por que está presente nesta lista: Porque é um clássico de sessão-da-tarde; porque a cena da volta do Marty para o futro é clássica; porque o Doc falando “back to the future” é clássico; porque o Marty chegando na década de 50 e sendo confundido com um alien é clássico.

 

13º: Superman II – A Aventura Continua (Superman II, 1980); direção de Richard Lester; com Christopher Reeve e Gene Hackman.

 

Por que considero ficção científica: Porque os vilões estão presos numa zona fantasma e se liberam ao entrar no sistema solar e o Super-Homem vem de Krypton.

Por que está presente nesta lista: porque há ótimas construções e desenvolvimentos das personagens, como o Clark Kent deparando-se com o dilema de ter de esconder a sua identidade, enquanto Lois Lane apaixona-se por um ser de outra vida e procura traçar planos audaciosos para descobrir sua identidade.; porque a revelação é feita quase como um descascar, processo gradual e muito bem aproveitado por Christopher Reeve e Margot Kidder, mais livre na continuação; porque tem o Lex Luthor como coadjuvante de luxo e suas teorias malignas passam a ter algum fundamento e argumentos convincentes, com o humor satírico e sarcástico de Gene Hackman; porque ainda há a chegada de três novos vilões, que tiveram uma importância tão superficial no primeiro e constituem uma verdadeira aura de poder perante os rumos que Clark Kent precisa traçar.

 

14º: Minority Report – A Nova Lei (Minority Report, 2001); direção de Steven Spielberg; com Tom Cruise e Colin Farrel.

 

Por que considero ficção científica: Porque mais uma vez o Spielbergquis fazer algo viajado (ok, isso não é justificativa, mas cansei, e preciso rever).

Por que está presente nesta lista: Porque o Tom Cruise está em pouco dos seus bons dias interagindo corretamente com a câmera; porque a operação da remoção e recolocação de olho na sua personagem é marcante; porque a robô especial que prevê tragédias traz calafrios até hoje; porque a direção de arte também dá pânico e porque tem uma mini-reviravolta sem forçar a barra.

 

15º: E.T. – O Extraterrestre (E.T. the Extraterrestrial, 1981); direção de Steven Spielberg; com Henry Thomas.

 

Por que considero ficção científica: Porque outro E.T. de Spilba vem nos visitar.

Por que está presente nesta lista: Porque a trilha do John Williams é coisa das mais lindas na face da Terra; porque o Henry Thomas voando com um boneco consegue emocionar; porque de novo, o mestre chamado Steven Spielberg traz verossimilhança à invencionice.

 

16º: Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (Star Wars: Episode III – Revenge of Sith, 2005); direção de George Lucas; com Natalie Portman e Ewan McGregor.

 

Por que considero ficção científica: Porque é um conjunto de histórias intergalácticas, com robôs, alienígenas, naves espacias e afins.

Por que está presente nesta lista: Porque é o melhor da segunda trilogia; porque o George Lucas explica tudo direitinho e molda uns clichês com efeitos especias, maquiagem e visual dinâmicos atraindo o público da década de 70 e o atual, fascinando com a mesma intensidade aqule que vai apenas para se deliciar na ação como o que vai esperando respeito à série antiga.

 

17º: Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi (Star Wars: Episode VI – Return of Jedi, 1983); direção de Ricahrd Marquand; com Harrisson Ford.

 

Po

r que considero ficção científica: Porque é um conjunto de histórias intergalácticas, com robôs, alienígenas, naves espacias e afins.

Por que está presente nesta lista: Porque a marcha imperial é inesquecível; porque os bichinos de pelúcia derrotarem o império negro só podia sair da cabeça do Lucas; porque a personagem do Harrisson Ford é um canastrão que a gente torce; porque fecha a série como merecia.

 

18º: X-Men 2 (X2, 2000); direção de Bryan Singer; com Hugh Jackman e Ian McKellen.

 

Por que considero ficção científica: Porque é a respeito da mutação genética de Homo Sapiens.

Por que está presente nesta lista: Porque o Bryan Singer conseguiu desenvolver vários personagens em intersecção com o primeiro, mas colocando mais turbina nas cenas, porque o Hugh Jackman incorpora um Wolwerine fantástico e junto ao Ian McKellen chuta uns traseiros na medida.

 

19º: O Exterminador do Futuro (The Terminator, 1985); direção de James Cameron; com Arnold Schwarzenegger.

 

Por que considero ficção científica: Porque uma máquina do futuro vem para o presente para destruir uma mãe que ainda nem colocou o filho no mundo.

Por que está presente nesta lista: A direção de James Cameron, com cenas de ação bem manejadas, os efeitos visuais e sonoros: a “construção” e o declínio do Terminator, com seu olho sob o olho, são coisas das mais fantásticas vistas na década de 80. O certo engajamento sócio-político e o próprio Arnold Schwarzenegger (hoje, político) também são outros atributos à obra em questão.

 

20º: Superman – O Filme (Superman; 1978); direção de Richard Donner; com Christopher Reeve e Marlon Brando.

 

Por que considero ficção científica: Porque, peraí, o cara vem de um planeta que nem existe e explode ao tocar com o Sol e ainda fala inglês parando justamente nos E.U.A.

Por que está presente nesta lista: Porque o Christopher Reeve caracterizou o Super-Homem para todo o sempre; porque Marlon Brando Gene Hackman também coroa o elenco; porque tem cenas consagradoras – como quando o Super-Homem sob as camadas diversas da Terra divide a cena com um terremoto na Califórnia – e a boa direção de Richard Donner – trabalhado estimulante e empolgante nas seqüências aéreas; porque tem a trilha sonora fundamental do John Williams; porque tem efeitos especiais maravilhosos, especialmente em Krypton, que parece real e é nostálgico ver isso 30 anos depois.

 

fahrenheit-451-poster01.jpg

 

FAHRENHEIT 451 

Dir. François Truffaut

 

Fahrenheit 451 é a temperatura no qual se queimam livros e serviu de inspiração para o nome de uma empresa ficcional destruidora de livros e, conseqüentemente, para o título do filme de François Truffaut (dirigido e escrito por ele, baseado no livro de Ray Brudbary). É uma ficção científica que mistura um pouco de realidade antiga (a ditadura, como a hitlerista, como na cena em que a personagem principal do filme saúda um colega de trabalho) com a presente (ainda que o filme fosse de 1966, o que o torna ainda melhor).

 

fahrenheit-451-03.jpg

 

Oscar Werner interpreta um dos ‘bombeiros’ futurísticos: que, ao invés de salvarem casas e vidas de incêndios, incendeiam livros proibidos na época. Até que, numa volta à sua casa, ele conversa com uma professora, vizinha sua (Julie Christie), e ela o instiga sobre a razão daquela queima. Como o próprio capitão dos bombeiros diz, os romances (todos reais, aliás, como Lolita – no qual Kubrick se baseou para fazer um dos seus primeiros filmes – e David Copperfield) são irreais e causam muita depressão nas pessoas; ou seja; não é nem uma questão de promover algo contra o governo: o problema é mesmo “mental” daquela sociedade que se recusa a ter alguns sentimentos (isso fica claro numa cena em que Doris – uma personagem secundária – chora quando a personagem de Werner lê para ela alguns trechos: dizendo que nunca teve tais sentimentos).

 

é fogo!

 

Werner, aliás, tem uma ótima atuação, até surpreendente: sua personagem passa toda a dúvida se deve ou não violar a “lei” e, quando passa do limite (ou seja, tem a oportunidade de ler os livros), dá todo o encanto necessário, ao mesmo tempo que ainda quer chegar numa promoção para um cargo maior. Julie Christie, contudo, ainda consegue ser melhor: representa dois papéis: o primeiro, a mulher de Werner, fria e insensível para com o marido, preocupa-se apenas em passar os dias diante de um televisor, que é a sua família (inclusive, lembrou-me muito as atuais telas planas – detalhe: o filme é de 1966), sendo capaz de entrega-lo para satisfazer seus próprios desejos (“eu já não agüentava”, diz ela, referindo-se aos livros). O segundo, a professora, simplória e o indicador para a descoberta de um novo mundo por trás de toda a ditadura.

 

fahrenheit-451-01.jpg

 

O roteiro de Truffaut poderia ter ido mais além em relação ao próprio governo: é muito simplório e duvidoso como teria surgido aquilo tudo e o porquê. Contudo, no que se refere a questionar a sociedade humana, palmas (e muitas) para ele: muito original e, como já referi, acabou por previr algumas coisas atuais; incluindo ótimos discursos (detalhe para os do Capitão do bombeiro, no final, também, quando é queimado). Já aos termos técnicos, poderia ter sido um pouco mais trabalhada a edição (algumas cenas têm erros grosseiros); a trilha sonora tem bons momentos (como o começo), ainda que no sonho de Werner após a morte de uma senhora esteja forçada e as paisagens são bem encaixadas, com bons detalhes para um dos primórdios da ficção. O principal charme, porém desta parte técnica, está na fotografia, ambientando o fogo e o “terror” nas devidas situações.

 

Enfim, Fahrenheit 451 surpreendeu-me em todos os aspectos e torna-se um marco obrigatório para os fãs de ficção (e mesmo para os fãs de cinema).
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Aí está, o quote democrático...
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Bom, a princípio os que vi da lista do Silva, que fez um comentário primoroso sobre o excepcional Metropolis (ainda não li os outros, mas será muito difícil batê-lo, em minha opinião). Acreditam que só vi essa obra prima de Fritz Lang graças ao canal educativo que passou há muitos anos atrás? Fiquei absolutamente extasiado com o filme. Quanto aos outros, até que vi surpreendentemente muitos..os que vi estão em vermelho.

Entretanto, não gosto de alguns...não gostei quando vi de Gattaca (tenho que rever porque não me lembro mais) nem de Contato. Tive também o prazer de rever há poucas semanas atrás, The Ghostbusters, que passou no Universal Channel.

 

 

 

 

 

 

·         Metropolis (Metropolis); Diretor – Fritz Lang; Ano de Lançamento – 1928.

 

     

 

·         Robocop (Robocop); Diretor – Paul Verhoven; Ano de Lançamento – 1986

 

 

 

·         Inimigo Meu (Enemy Mine); Diretor – Wolfgang Petersen; Ano de Lançamento – 1985

 

·         Akira (Akira); Diretor – Katsumino Otomo; Ano de Lançamento – 1982

 

 

·         Final Fantasy (Final Fantasy: The Spirit Within); Diretores - Hironobu Sakaguchi e Motonori Sakakibara; Ano de lançamento – 2001

 

·         Os Caça Fantasmas (The Ghostbusters ); Diretor – Ivan Reitman; Ano de Lançamento – 1984

 

 

 

 

·         Gattaca – A Experiência Genética (Gattaca); Diretor – Andrew Niccol; Ano de Lançamento – 1997

 

·         Matrix (Matrix); Diretor – The Wachovski Brothers; Ano de Lançamento – 1999

 

 

 

·         Os Doze Macacos (12 Monkeys); Diretor – Terry Gilliam; Ano de Lançamento – 1995

 

 

  

·         Contato (Contact); Diretor – Robert Zemeckis; Ano de Lançamento – 1997

 

·         Cidade das Sombras (Dark City); Diretor – Alex Proyas; Ano de Lançamento – 1998

 

 

 

·         O Planeta dos Macacos (The Planet of the Apes); Diretor - Franklin Schaffner; Ano de Lançamento – 1968

 

·         Contatos Imediatos do 3º Grau (Close Encounters of the Third Kind); Diretor – Steven Spielberg; Ano de Lançamento – 1977

 

 

 

·         Blade Runner – O Caçador de Andróides (Blade Runner); Diretor – Ridley Scott; Ano de Lançamento – 1982

 

 

 

·         Mad Max 2 – A Caçada Continua (Mad Max II); Diretor – George Miller; Ano de lançamento – 1981

 

·         Fuga de Nova York (Escape from New York); Diretor – John Carpenter; Ano de Lançamento – 1981

 

·         Scanners – Sua Mente Pode Destruir (Scanners); Diretor – David Cronnenberg; Ano de Lançamento – 1981

 

 

 

·         Viagem a Lua (Le Voyage Dans la Lune); Diretor – Paul Schineider ; Ano de Lançamento – 1902

 

·         2001 – Uma Odisséia no Espaço (2001 – A Space Odissey); Diretor – Stanley Kubrick; Ano de Lançamento – 1968

 

 

 

·         Guerra nas Estrelas IV – Uma Nova Esperança (Star Wars IV); Diretor – George Lucas; Ano de Lançamento - 1977

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Mr. Scofield2006-11-18 17:46:28

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O Katsushiro já me mandou a lista. 1) Silva, alguém gostou muito de um filme da sua lista... 06

 

2) PS: Pessoal aconteceu uma coisa muito chata, foi constatado que uma das críticas, pode ser um plágio. Bart fazendo escola, aqui?!?! Gostaria muito que quem enviou pudesse se explicar... eu sinceramente espero que seja apenas uma infeliz coincidência. De qualquer forma espero resolver a questão por mp mesmo e logo.

 

Gostaria só de dizer que TUDO será avaliado. A qualidade da crítica será fundamental, mas o cuidado com a lista não será descartado.  
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1) É mesmo?? Qual??

 

20 Poxa..Que coisa chata...Espero que seja apenas uma concidência...
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Os que já vi da lista "postada a título de curiosidade" do Serge:

 

 

“Metropolis”' date=' de Fritz Lang

“Alien”, de Ridley Scott

“Blade Runner”, de Ridley Scott

"Jurassic Park", de Steven Spielberg

“Matrix”, dos Wachowski Brothers

“O Exterminador do Futuro”, de James Cameron

“O Exterminador do Futuro 2”, de James Cameron

“O Vingador do Futuro”, de Paul Verhoeven

“Primer”, de Shane Carruth

“Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, de Steven Spielberg

“Minority Report”, de Steven Spielberg

“THX 1138”, de George Lucas

“2001 – Uma Odisséia no Espaço”, de Stanley Kubrick

“A.I. – Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg

“Os Doze Macacos”, de Terry Gillian

“A Mosca”, de David Cronenberg

“eXistenZ”, de David Cronenberg

“De Volta Para o Futuro” – Trilogia, de Robert Zemeckis

“Solaris”, de Andrei Tarkovski

“Donnie Darko”, de Richard Kelly

“Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, de Michel Gondry

“Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick

“Guerra dos Mundos”, de Steven Spielberg

“Eles Vivem”, de John Carpenter
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Um absurdo não ter assistido a Blade Runner até hoje... 08 Gosto de todos os filmes da lista, dentre os que vi. Não há exceções. 01

 

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Mais um concorrente e sua lista, muitos filmes aqui entrariam fácil em uma lista minha. Adoro Duna (tenho o dvd) e Gattaca só pra citar dois que ainda não tinham sido lembrados e no meu caso ainda colocaria THX 1138 que ele citou como menção honrosa. Mas 20 filmes são insuficientes , quando começamos a lembrar e muita coisa boa acaba mesmo ficando de fora e pensar que muitos aqui acharam que seria impossível catalogar e comentar 20 filmes, imaginem se fossem 10?

 

 

A lista do Alexei

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A Ficção Científica é um gênero cuja definição de limites é algo, no mínimo, questionável. Alta tecnologia apenas? Ou ciências humanas entram na definição? Lasers, robótica e pirotecnia são essenciais? É possível um filme de Ficção Científica ser ambientado no passado?

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Meus critérios para estabelecer quais filmes têm aptidão para entrar na lista foram dois, sendo o primeiro a preponderância da cientificidade sobre a fantasia – o que tornou filmes que eu gosto muito, como a primeira trilogia de Guerra nas Estrelas e E.T. O Extraterrestre, inelegíveis. Podem me chamar de purista, hehe.

 

O segundo critério, ainda mais importante, é a necessidade de uma concepção de futuro. Os filmes sci-fi primam por uma visão alternativa da realidade, a qual nós poderemos, mediante acordo intersubjetivo, chamar de... futuro! Pode até ser o presente, mas a idéia de como as coisas poderiam ser, dependendo deste ou daquele fator concreto, tem a capacidade de tornar uma ficção cientificamente plausível. E assim nós chegamos aos limites do gênero.

 

Os vinte filmes de Ficção Científica listados abaixo foram divididos em 4 grupos de cinco filmes cada, em ordem aproximada de preferência. Cada grupo é, para mim, levemente superior ao que o antecedeu, até chegar àqueles que considero os cinco grandes filmes de sci-fi e, por fim, ao meu preferido. Boa viagem!

 

 

20. Norman Jewison é um talentoso diretor que vem sendo esquecido pelo grande público. Um dos seus muitos bons filmes é um sc-fi, Rollerball – Os Gladiadores do Futuro (Rollerball, 1975), que eu tive o prazer de ver num desses Supercines da vida. Homem versus corporação, apimentado por doses generosas de violência e uma edição de imagens de primeiríssima linha.

 

19. Elimine os computadores do cotidiano. Substitua-os por máquinas humanas, prodígios da lógica e do pensamento. Adicione um sistema feudal de produção, corporações maquiavélicas e um psicotrópico que aumenta a consciência e expande os sentidos, mas que custa os olhos da cara e é essencial para viagens interplanetárias. Cenografia e figurinos maravilhosos e uma ambientação espetacular no planeta desértico. Junte tudo isso e teremos Duna (Dune, 1984), baseado no mais extraordinário romance de ficção científica já escrito. Tá faltando nada não? Ah sim, David Lynch. O essencial.

 

18. Quem disse que um sci-fi não pode ser elegante? Aqui temos um que é classudo até a medula óssea, Gattaca – Experiência Genética (Gattaca, 1997). Um primor de estética, conduzido com suavidade pelo Andrew Niccol e encharcado de melancolia.

 

17. Quem quer ser real? De verdade? “Eu”, responde o robozinho David de A.I. – Inteligência Artificial (Artificial Intelligence: A.I., 2001). A noção de realidade aqui é algo muito questionável, mas isso nem passa pela cabeça do David (Haley Joel Osment, inesquecível), que só quer o amor de sua mãe. Steven Spielberg mistura Édipo, Pinóquio e o mito de Sísifo, só que distorcido: David não tem montanha a escalar, ele apenas rola a bola sem chegar a lugar algum. Cruel e magnífico ao mesmo tempo.

 

16. Blade Runner, O Caçador de Andróides (Blade Runner, 1982) é do tempo <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><?:NAMESPACE PREFIX = ST1 /><?XML:NAMESPACE PREFIX = ST1 />em que o Ridley Scott fazia bons filmes. A filosofia não é lá essas coisas, mas a elegância das imagens, o ritmo modulado do filme e Sean Young são realmente marcantes.

  

15. Esta será, provavelmente, uma das mais polêmicas entre minhas escolhas: Fahrenheit 451 (idem, 1966). Sempre tido como uma obra menor do François Truffaut, é um filme discretamente frankensteiniano: inglês no intelecto, francês em seu coração. A despeito disso, várias coisas casam bem aqui, pois a violência é sub-reptícia, filmada com grande poesia, e a resposta a ela é tão sutil e inteligente quanto seu criador. O filme não envelheceu muito bem, mas a força das interpretações de Oskar Werner e Julie Christie (em papel duplo), aliada a um dos mais belos finais da história do gênero, segura o filme em qualquer top 20, com louvor. E é Truffaut, gente.

 

14. Quer viver na fantasia ou encarar a realidade como ela é? Em Matrix (The Matrix, 1999), os Wachovski Brothers levam a auto-ilusão a um novo patamar. Ao terminar o filme se belisque; quem sabe se o que você está vivendo é real ou não? Pena que eles esqueceram a fórmula de tal genialidade, provavelmente depois de um baita porre.

 

13. Uma das maiores dádivas da boa sci-fi é a mitigação do antropocentrismo. Em Guerra dos Mundos (War of the Worlds, 2005), que devia ser usado em palestras da PETA ("vejam como eles se sentem"), Steven Spielberg transforma a humanidade em menos que gado. Destruição filmada com excelência, sentimento de desespero e uma Dakota Fanning sem precedentes levam esse filme à condição de um dos melhores da década, desde já.

 

12. Claustrofobia high-tech é o pano de fundo de O Enigma de Andrômeda (The Andrômeda Strain, 1971), do saudoso Robert Wise. Dizer que o homem não deve brincar com a mãe natureza é fácil; transformar isso em duas horas de tensão é que são elas. Ecochatos como eu, respirem aliviados: o macaquinho foi ressuscitado.

 

 

11. Morte aos insetos, ou a tudo o que não for como a gente. É o que parece Tropas Estelares (Starship Troopers, 1997), do Paul Verhoeven, aos olhares desavisados. Óbvio que é muito mais que isso: um exame clínico, crítico e cético sobre o militarismo e a propaganda para as massas. E como eles se deixam enganar... Goebbels ficaria orgulhoso.

  

10. Estética noir, efeitos visuais primorosos e, mais uma vez, o homem contra o sistema dão a tônica de Minority Report – A Nova Lei (Minority Report, 2002), um presente do Steven Spielberg que poucos deram o devido valor, com seqüências inesquecíveis – aquelas aranhazinhas, hein? – e o valioso auxílio de Samantha Morton e Lois Smith.

 

9. "Pam pam paaaammm!" Consciência é uma palavra que perdeu o significado para Natacha Von Braun e também para todos os demais residentes de Alphaville (idem, 1965), como concebida pelo Jean-Luc Godard. Não é preciso consciência, passado, futuro, amor ou qualquer outra coisa, pois Alpha 60 proverá tudo o que você necessitar. Com sua voz gutural, ele proporciona a memorável abertura inicial do filme: "Algumas vezes a realidade é complexa demais para a comunicação verbal. Mas a lenda proporciona forma pela qual ela se espalhará pelo mundo". Estupendo.

 

8. Carl Sagan foi um dos grandes pensadores do Século XX. Astrofísico, filósofo, historiador, humanista. Uma das maiores homenagens que ele poderia receber veio sob a forma de uma excepcional tradução de suas idéias sobre o universo, a fé e o papel da humanidade, feita pelo Robert Zemeckis em Contato (Contact, 1997). Denso, cadenciado e reflexivo como o próprio Sagan.

 

7. Em Solaris (Solyaris, 1972), do Andrei Tarkovsky, desenvolve-se uma estranha simbiose entre uma criatura sem identidade, um cientista que perdeu a sua e um planeta que busca desesperadamente por uma, mesmo que, para isso, seja necessário enlouquecer seus vizinhos humanos no processo. Como na maioria das obras de Tarkovsky, o dimensionamento da condição humana é tema onipresente. Um filme longo, lento, estranho e intrigante. E muito bonito.

 

6. Novas formas de se lidar com a delinqüência juvenil são usadas como mote pelo Stanley Kubrick em Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971), numa jogada de gênio, para demonstrar o quão relativa a normalidade pode ser. Malcom McDowell inesquecível em um filme audacioso, violento e, por mais esdrúxulo que possa parecer, otimista.

 

5. Outro do Ridley Scott, também do tempo em que ele fazia bons filmes: Alien, O Oitavo Passageiro (Alien, 1979). Temores atávicos da humanidade tomam a forma de uma criatura praticamente indestrutível, que elimina, um a um, os pobres tripulantes de um cargueiro espacial. Mais que um suspense memorável e esteticamente arrojado (H. R. Giger!), temos aqui o homem como o lobo do homem.

 

4. Apuro visual e pessimismo cético combinam-se em Metrópolis (Metropolis, 1927), deo Fritz Lang. Divisão de classes, amor e dicotomia trabalho/capital tornam esse clássico um dos espelhos mais fiéis de seu tempo, uma das funções mais importantes das artes e, como não poderia deixar de ser, do próprio cinema. Obrigatório.

 

3. Andrei Tarkovsky era um sujeito realmente muito angustiado. Em Stalker (idem, 1979), ele transforma todo o seu sofrimento em uma grande poesia de quase três horas de duração. Os enquadramentos primorosos delimitam uma estória simples em sua estrutura, mas de repercussão imediata em qualquer cabeça pensante. Lúgubre, reflexivo e muito bonito. Ei, isso pode ser a síntese do cinema do Tarkovsky! Descobri o fogo, rá!

 

2. A máquina humanizada e o homem robotizado são apenas dois dos muitos elementos que o Stanley Kubrick trabalhou em 2001 – Uma Odisséia no Espaço (2001, 1968). A idéia do nascimento da inteligência a partir de uma intervenção externa – representada por um monolito negro – se transforma no mais genial salto no tempo que o cinema proporcionou. Com Kubrick e Arthur C. Clarke juntos, o resultado não poderia ser menos que essa maravilha.

 

1. Contatos Imediatos de Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind, 1977). Enfim, chegamos ao ápice.

 

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Steven Spielberg é um diretor de pequenos defeitos e grandes e inúmeras virtudes. Em Contatos ele nos conta a estória de Roy Neary (Richard Dreyfuss, na maior e melhor encarnação do próprio Spielberg em um filme dele mesmo), um eletricista com um olho em sua família e o outro no além. Uma criança presa no corpo de um homem - e isso é uma virtude, como se verá adiante - que recebe um chamado irresistível e incompreensível, arruinando sua vida profissional e familiar ao mesmo tempo em que o governo e a sociedade reconhecem uma verdade inexorável, a de que a humanidade não está sozinha no universo.

 

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Esses seres do espaço exterior não vieram até aqui para nos escravizar ou nos transformar em cobaias. Junto com sua mensagem pacifista – algo até então inédito em termos de sci-fi, e até hoje inigualável em sua magnitude –  Spielberg nos proporciona a chance da iluminação, do alcance da proficiência tecnológica e da elevação espiritual ao mesmo tempo. Para Spielberg, uma coisa depende da outra, e as implicações da manipulação genética desacompanhada de reflexões de ordem moral são um presságio assustador e atual de que esta lição não está sendo adequadamente assimilada.

 

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Tal busca pela transcendência não é tarefa fácil. Em primeiro lugar, deve-se estar disposto a concessões de ordem psicológica e emocional (resultando na desagregação familiar, tão bem retratada por Spielberg em todos os seus filmes, a que chegam os Neary); intelecto não é estritamente necessário, mas sensibilidade, gosto pelo desconhecido e mentalidade aberta, sim (numa das mais belas cenas do filme, o cientista Claude Lacombe – François Truffaut, presenteado com uma das maiores homenagens que Spielberg fez a um colega de profissão, e totalmente merecida – dispara a Roy: “Eu o invejo, Sr. Neary”, deixando implícito que jamais conseguiria obter o grau de comprometimento interno com uma causa desconhecida como Roy alcançou); por fim, uma certa dose de sacrifício físico e humildade, ambas representadas pela escalada da imponente Torre do Diabo, uma seqüência filmada magistralmente.

 

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Spielberg injeta poesia em cada frame possível, proporcionando ao gênero sci-fi novos parâmetros estéticos, até hoje jamais igualados (com a ajuda providencial de dois mestres, Vilmos Zsigmond na fotografia e John Williams em trilha sonora inesquecível). Seus discos voadores não se limitam a voar, eles bailam; se transformam a todo o tempo por meio de novos e belos padrões de luzes e cores e, num dos maiores achados da história do cinema, eles cantam. A linguagem universal da música, ensinada pelos próprios alienígenas a monges hindus numa seqüência de arrepiar, culmina no espetáculo visual e musical testemunhado por nós mesmos (ou seja, Roy, nosso avatar) ao sopé da Montanha do Diabo. A cacofonia – harmônica, por incrível que pareça – de sons terrenos e extraterrenos indica que a humanidade deve desaprender para aprender, para ter alguma chance de transcendência. E nós, espectadores, conseguimos fazer isso, do jeito que só Spielberg poderia nos proporcionar, e nos preparamos para uma nova dimensão não só científica, mas também espiritual e moral.

 

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Ave Spielberg.

 

 

Cinco menções honrosas:

 

Jogos de Guerra (WarGames, 1983), de John Badham.

Akira (idem, 1988), de Katsushiro Otomo

O Planeta dos Macacos (Planet of the Apes, 1968), de Franklin J. Schaffner

THX 1138 (Idem, 1971), de George Lucas

Invasores de Corpos (Invasion of the Body Snatchers, 1978), de Philip Kaufman

 

 

Cinco filmes com potencial e que, quando vistos, podem eventualmente entrar no top 20:

 

Brazil, O Filme (Brazil, 1985), de Terry Gillian

Frankenstein (idem, 1931), de James Whale

Eclipse Mortal (Pitch Black, 2000), de David Twohy

O Homem Duplo (A Scanner Darkly, 2006), de Richard Linklater

Cowboys do Espaço (Space Cowboys, 2000), de Clint Eastwood.

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 Excelente lista, Alexei!! 10 Infelizmente, não conheço alguns (Solaris, Fahrenheit 451, Alphaville e Stalker)... 08 Para alguém que se julga fã do gênero, isso é uma heresia sem tamanho.

  Bom ver que "Tropas Estelares" foi lembrado por você. Entretanto, jamais colocaria "A.I" e "Minority Report"... Os acho apenas, bons, não memoráveis... 
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O gênero sci-fi/space opera foi o mais marcante em minha infância e adolescência. Todo mundo já gostou de filmes que' date=' futuramente, iriam pensar "putz, e eu adorava esse lixo..." Desses guilty pleasures temporários que passavam na TV aberta, um dos que mais me marcou (e outros aqui também, aposto, pelos menos aqueles com mais de 25 anos!) foi Mercenários das Galáxias (Battle Beyond the Stars, 1980).<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

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Convenhamos, o filme é um horror, tão ruim que chega a ser divertido. Orçamento extremamente limitado, efeitos visuais pífios (as cenas das naves disparando lasers e explodindo foram reaproveitada várias vezes no filme), atores incrivelmente canastrões e um roteiro que era uma reciclagem de um monte de outras coisas (<?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />pensem em Os Sete Samurais encontra Star Wars), porém repleto de furos e clichês. Tinha a gostosona com os peitos saltando do decote, um cowboy espacial (que comia salsichas e tocava gaita, era o pior de todos), os ets superavançados (os Nestor), cada personagem mais unidimensional que o outro. Mas eu me divertia, e muito! E reparem quem era o diretor de arte do filme...

 

O roteiro, apesar de muito chinfrim, foi assinado pelo John Sayles, que posteriormente viria a fazer filmes elogiados e que eu quero muito ver no futuro, Sunshine Estate, Estrela Solitária, Limbo e Casa dos Bebês.

 

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O vilão, Sador (John Saxon, invariavelmente com a mesma expressão o filme inteiro)

 

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A absurdamente peituda Sybill Danning, com sombra azul-cintilante no olho e tudo o mais que tinha direito! Não sei se naquele tempo já tinha silicone; se não, os boobs da garota são realmente uma proeza da natureza.

 

Como é um filme que dificilmente aparecerá nas listas, achei uma boa relebrá-lo aqui. Recordar é viver!

 
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 Putz!!! Eu já vi esse filme umas 4 vezes ou mais!! Passava direto na "Sessão da Tarde". Clássico absoluto! Podem me crucificar, mas se bobear, sou capaz de vê-lo de novo e ainda assim...gostar!

 Valeu, Alexei! Esse filme não podia deixar de ser mencionado!!    

 

 PS: Tem três filmes que "constariam" obrigatoriamente na minha lista (infelizmente, não deu...) e que, até o presente momento, não foram mencionados por ninguém; nem mesmo como "Menções Honrosas". Dicas: o primeiro é uma comédia, o segundo é um terror clautrofóbico e o terceiro, uma aventura...       
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Nacka' date=' só para ratificar (e para ser um pouco chato): eu citei Gattaca na minha lista (que também adoro)...

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Desculpe Silva, mas por esses dias minha memória anda pregando peças... como a sua foi a primeira lista, realmente não lembrei.
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Sobre a lista do Alexei: Apesar de ter alguns que ainda não vi (Stalker, Alphaville, Fahrenheit 451 , Rollerball, Solaris), essa foi a lista que eu mais me identifiquei, sem falar que a crítica (de um filme do Spielberg que eu adoro e que é um pouco subestimado), sobreba, para dizer o mínimo...Maravilhosamente escrita, com emoção (quase chegeuei aslágriamas)...Parabéns, Alexei...10
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