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Forum Cinema em Cena

Alfred Hitchcock


Engraxador!
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Na sua opinião, qual é o melhor filme de Alfred Hitchcock?  

85 members have voted

  1. 1. Na sua opinião, qual é o melhor filme de Alfred Hitchcock?

    • A Dama Oculta
      1
    • Disque M para Matar
      8
    • Festim Diabólico
      16
    • Janela Indiscreta
      15
    • Os Pássaros
      3
    • O Homem que Sabia Demais
      1
    • Pacto Sinistro
      2
    • Psicose
      19
    • Topázio
      0
    • Um Barco e Nove Destinos
      0
    • Um Corpo que Cai
      20
    • Outro. Qual?
      3


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  • Members

 

Só vi esses dele e meu ranking fica assim:

  1. Festim Diabólico
  2. Frenesi
  3. O Terceiro Tiro
  4. Trama Macabra
Sendo que a diferença do primeiro pro segundo é muito pequena. Aliás, nenhum desses filmes tem nota abaixo de 7,75 (que é a nota de Trama Macabra), ou seja, bem acima da média. Não falta muito para o Hitchcock se tornar meu diretor favorito. 02

 

Tenho Um Corpo que Cai na minha coleção mas ainda não assisti. 09

Vou acabar com esse pecado em breve.

 

 

JeFFs2006-11-06 18:08:50

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  • Members

JeFFs, sei que já falei isso quando você comentou sobre frenesi, mas não cusata repetir: Dos que eu vi, não têm nenhum filme do Hitch que não seja bom!!!

 

Ah, e "Vertigo" é fodão também!!!! smileys/16.gif" align="middle" /> silva2006-11-06 17:42:32

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  • Members

 

 

Segue abaixo os filmes do mestre que eu vi, cada um com a sua respectiva nota:

 

 

 

1976 - Trama diabólica (Family plot) - 8/10

 

1972 - Frenesi (Frenzy) - 10/10

 

1969 - Topázio (Topaz) - 8,5/10

 

1966 - Cortina rasgada (Torn curtain) - 9/10

 

1964 - Marnie - Confissão de uma ladra (Marnie) - 9/10

 

1963 - Os pássaros (The birds) - 10/10

 

1960 - Psicose (Psycho) - 10/10

 

1958 - Um corpo que cai (Vertigo) - 10/10

 

1956 - O homem que sabia demais (The man who knew to much) - 8,5/10

 

1956 - O terceiro tiro (The trouble with Harry) - 9/10

 

1955 - Ladrão de casaca (To catch a thief) - 9,5/10

 

1954 - Janela indiscreta (Rear window) - 10/10

 

1948 - Festim diabólico (Rope) - 9/10

 

1945 - Quando fala o coração (Spellbound) - 9/10

 

1943 - A sombra de uma dúvida (Shadow of a doubt) - 8,5/10

 

1942 - Sabotador (Saboteur) - 8/10

 

1941 - Suspeita (Suspicion) - 9,5/10

 

1940 - Correspondente estrangeiro (Foreign Correspondent) - 9/10

 

1940 - Rebeca, a mulher inesquecível (Rebecca)- 9/10

 

1938 - A dama oculta (The lady Vanishes) - 8,5/10

 

1929 - Chantagem e confissão (Blackmail) - 8/10

 

1926 - The lodger - 8/10

 

 

 

Detalhe: todos esses eu tenho em DVD!!! 05.gif Ainda tenho além desses The Lodger; Assasinato (Murder); Os 39 Degraus (The 39 Steps) e O Agente Secreto (The Secret Agent), que ainda não tive tempo de ver!!!Ainda terei todos dele!!!! 16.gif

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Acho engraçado estes argumentos como o do amigo acima: "Eu não vou considerar Psicose' date=' que foi indiscutivelmente o melhor dele.."

 

Se existe algo nesta Terra que é totalmente discutível são os filmes de Hitchcock. O diretor realizou obras maravilhosas e populares, como uma Agatha Christie na literatura.

 

Escolher apenas 1 filme é muito difícil. O meu filme favorito é Janela Indiscreta.

 

Nada daquela "pataquada" de teorias sobre a razão do meu favoritismo, simplesmente considero este, o mais bem acabado e agradável de assistir. James Stewart impecávele uma Grace Kelly mais linda que nunca.

 

O meu segundo favorito seria A dama oculta. Seguido de Psicose.

 

 

 

MAD TIGER
[/quote']

 

Muitíssimo bem lembrado, Mad...

 

 

 

Cada vez que vejo aquela primeira aparição de Grace Kelly em Janela Indiscreta fico mais apaixonado por ela!!!! 10.gif

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  • 3 weeks later...
  • Members

Vamos tentar prosseguir com o tópico do diretor. Vou postar aqui uma mini- discussão que estava rolando no O Que Você Anda Vendo e Comentando entre ltrhpsm e Dan..., com participação especial de silva e rubysun.

 

Janela Indiscreta – Dir.: Alfred Hitchcock

Superestimado' date=' é a primeira coisa que veio à cabeça para falar aqui.

Podem ter sido as expectativas ou, por ser o primeiro do Hitch, a sua

estrutura não se familiarizou comigo. Vou tentar correr o risco de

falar algo contra. Não que o filme seja ruim: não, não, é muito acima

da média, mas bem abaixo da genialidade suposta.

James Stewart (do inesquecível A Felicidade Não Se Compra)

interpreta cento e quinze minutos sobre uma cadeira de rodas,

esporadicamente sendo levantado pela “enfermeira” do plantão de seu

trabalho (ou seja lá o que for) Jeff, um fotógrafo, que, paralisado,

procura “jogar tempo fora” observando, da penumbra ao raiar do dia seus

vizinhos do prédio em frente. A sua intensa curiosidade transforma-se

em obsessão a ponto de ele desprezar as visitas da belíssima namorada,

criando uma autodependência frágil para com as vidas alheias. E assim

conhecemos o grande suspense sobre o qual Hitchcock criará sua

narrativa: eis que um dos vizinhos, corpulento e de certa idade, certo

dia, sai em plena madrugada com “maletas” e sua esposa, do dia para a

noite, não mais aparece. Como fotógrafo e curioso, aquela é a chance

para Jeff passar uma semana e ainda receber alguma fama – até porque

perde uma grande chance de trabalho devido ao acidente.

A estilística de Hitchcock é perfeita, isso não há de se negar. Aflito fica quem estiver assistindo a Janela Indiscreta,

porque, simplesmente, o mundo “lá fora” não aparece. São apenas: Jeff,

os vizinhos e a janela. James Stewart contracena perfeitamente com

Grace Kelly e no jogo do amor, também sua namorada brinca de virar

espiã. A cada passo que a investigação indiscreta e antiética dá, o

perigo chega mais perto. Insaciados, a fome pela verdade leva a um bom

suspense policial. É aí que falta algo mais para tornar o filme fora do

comum. Sem um final surpreendente – descobrimos junto a Stewart – e um

“vilão” sem muita consciência, o roteiro também não levanta grandes

interpretações – os outros vizinhos poderiam ter sido bem mais

explorados, exemplo o músico (desculpa para inserir trilha sonora e a

Sra. Coração Solitário ter um happy ending).

Alfred Hitchcock é um diretor tão falado e tido como gênio.

Infelizmente, o efeito de sua primeira obra não foi tão devastador para

mim como a de outros diretores favoritos meus. Sua trajetória linear e

acelerada – com pausas louváveis – é interessantíssima, porém o roteiro

retém-se a dizer a verdade sobre os atos e encobrir aquela trama

perigosa e fria com uma segunda quebra de pernas e a união definitiva

de Jeff e a rica namorada.[/quote']

ltrhpsm' date=' te garanto que, ao assistir "Janela

Indircreta" pela segunda ou terceira vez, e perceber cada minuscioso

detalhe do filme, tua impressão tende a melhorar.[/quote']

Com cerveja.

A direção do Hitch é meio discreta às vezes (ok' date=' Vilaceei um pouco aqui 06),

mas vc vai percebendo o perfeccionismo. O trabalho dele com a câmera

nesse filme é de cair o queixo. Na primeira vez que eu vi eu também

achei um pouco superestimado, pq me senti preso demais. Depois eu

percebi que aquilo era só um efeito da mágica dele, vc fica preso, com

a perna quebrada, que nem o Jeff.

Não pare por aí com o Mestre. Acho que Psicose é o mais acessível dele.

[/quote']

Ltrhpsm quota o que Dan... disse e escreve:

Cite um' date=' por exemplo, só para eu ter uma idéia, quero entender porque o filme encanta tanto...

 

[num tom não irônico']

 

EDIT.: Vocês querem me matar! 06

Cara' date=' não poderia te dizer, iria estragar tua futura revisão (deve ser

uma coisa natural). São detalhes minimalistas que enriquecem o filme

desta maneira. Mas, como disse o rubysun, a segunda

visita ao filme permite uma viagem maior dentro do universo fictício da

obra. Uma dica: desprenda-te da trama principal, e veja como Hitchcock

consegue, através de apenas uma janela, criar um mundo completo e

extremamente significante.  [/quote']

Silva entra de bicão.

Sopa' date='

o ruby e o dan já disseram ,mas não resisti a meter o bedelho: O que

Hitch queria causar nesse filme era exatamente nos fazer sentir como o

personagem de James Stewart: presos e confinados a uma janela a apenas

espiar os acontecimentos, sem conseguir interfirir, tanto é que o seu

"contato exterior" com o mundo lá fora era feito através da sua

namorada (Grace kelly lindíssima) e a enfermeira. Através dessa

premissa, Hitch consegue, explorando cada detalhe, nos ocnceber um

mundo completo, onde cada "personagem" do outro lado da janela têm as

suas indossincracias e características (o casal que resolve dormir do

lado de fora por causa do calor, a ginasta, entre outros). Tanto é que

você pode perceber que existem várias "sub - tramas" se desenrolando

nesse mundo "exterior", no préido em frente ao do personagem do James

Stewart...

 

Sendo assim, sugiro que você dê uma outra chance

ao filme, Sopa, e perceba a precisão e o perfeccionismo do Hitch ao

filmar...Aliás, sugiro que você veja o maior número possível de filmes

do Hitch, cada um tem as suas particularidades, além de ser cada um

deles uma aula de direção e desenvolvimento de uma história....

 

[/quote']

 

 

 

 

 que Hitch queria causar nesse filme era exatamente

nos fazer sentir como o personagem de James Stewart: presos e

confinados a uma janela a apenas espiar os acontecimentos' date=' sem

conseguir interfirir, tanto é que o seu "contato exterior" com o mundo

lá fora era feito através da sua namorada (Grace kelly lindíssima) e a

enfermeira

[/Quote']

 

Mas quem disse que eu não fiquei abobado com a direção do

Hitchcock? Olha esta citação na minha crítica: "A estilística de

Hitchcock é perfeita, isso não há de se negar. Aflito fica quem estiver

assistindo a Janela Indiscreta, porque, simplesmente, o mundo “lá fora” não aparece. São apenas: Jeff, os vizinhos e a janela."

 

Através dessa premissa' date=' Hitch

consegue, explorando cada detalhe, nos ocnceber um mundo completo, onde

cada "personagem" do outro lado da janela têm as suas indossincracias e

características (o casal que resolve dormir do lado de fora por causa

do calor, a ginasta, entre outros). Tanto é que você pode perceber que

existem várias "sub - tramas" se desenrolando nesse mundo "exterior",

no préido em frente ao do personagem do James Stewart...

[/Quote']

 

Tá, eu achei estas partes bem interessantes, mas empacou. Depois

de um tempo, eu aguardava anisosamente por uma queda do casal, ou a

bailarina sair voando, porque tudo permanecia na mesma. As sub-tramas

são boas, sim, só achei que faltou desenvolver (como o caso do músico).

 

Enfim, não se preocupem. Vou continuar procurando outras obras dele, a próxima (pretendente) é Psicose ou Intriga Internacional.

 

 

 

Tá' date=' eu achei estas partes bem interessantes, mas empacou. Depois

de um tempo, eu aguardava anisosamente por uma queda do casal, ou a

bailarina sair voando, porque tudo permanecia na mesma. As sub-tramas

são boas, sim, só achei que faltou desenvolver (como o caso do músico).

 

Enfim, não se preocupem. Vou continuar procurando outras obras dele, a próxima (pretendente) é Psicose ou Intriga Internacional.
[/quote']

 

Recomento que veja "Um Corpo Que Cai" com urgência. É, para mim, a

segunda maior obra-prima do diretor (quase à altura de "Janela

Indiscreta" em meu gosto pessoal), e muito superior a "Psicose" e,

principalmente, a "Intriga Internacional". De qualquer forma, os dois

são ótimos filmes, em especial o primeiro (que acredito, à exemplo do

rubysun, ser o mais acessível de Hitchcock e, portanto, ter mais

chances de ser melhor aproveitado por quem ainda não conhece sua

filmografia).

 

É isso. Alguém quer dizer alguma coisa?

 

 

 

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Por fim, o último post meu lá na discussão Hitchcockiana que, a pedido do Engraxador, postarei aqui no tópico do diretor:

 

Também gosto bastante desses (inclusive tenho Os Pássaros em minha coleção, e pretendo adquirir Festim Diabólico em minhas próximas compras - sei lá quando serão), mas gosto é gosto, não é? Eu acho Um Corpo Que Cai uma das maiores obras-primas do cinema, principalmente pela excelencial mistura que Hitchcock faz de drama, romance, suspense e noir, estilos bastante diferentes que podem ser percebidos ao longo da narrativa. Além disso, creio ser este um dos roteiros mais bem elaborados já escritos, não apenas pelas incríveis reviravoltas que ocorrem em meio à história, mas sim pelo brilhante estudo psicológico delineado acerca da obssessão do personagem principal. É um belíssimo conto de amor escondido em meio a um filme de suspense. Coisa sem igual.
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Acho muito muito difícil escolher um único filme do cara. Eu tô tentando fechar a coleção dele em DVD; já tenho uns quase 30 filmes dele, e ainda não vi nenhum ruim. Talvez o mais fraco seja Cortina Rasgada, que pra mim não está á altura dos outros filmes do Mestre, mas ainda assim é um filme bom. O que eu mais assisto é Festim Diabólico, já perdi a conta de qtas vezes eu vi, tendo a votar nesse como melhor, mas existem outros tão geniais qto este. De qqr modod é curioso ver q é o preferido de muita gente e foi renegado pelo seu autor. Hitchcok achava q a essência do cinema era a montagem, e Festim Diabólico(q não tinha uma montagem propriamente dita)ele classificava como apenas uma experiência; e da qual não gostou do resultado...

Outra coisa q eu acho interessante é q conversando com um amigo q curte cinema  e tals, mas não é chegado a filmes antigos, ele disse q não curte Hitchcok, entremoutras coisas pq acha os filmes dele muito cheios de clichês. Mas o fato é q uma coisa só se torna clichê depois de utilizada á exaustão em muitos filmes, o q a torna "manjada" e consequentemente clichê. E muitas coisas q são consideradas clichê hj nos filmes de Hitchcock foi ele quem inventou, e foi tão copiado q aquilo virou clichê...

 

 

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Na ordem em que vi (apenas dois, herege ltrhpsm):

Janela Indiscreta – Dir.: Alfred Hitchcock [8.75]

Superestimado, é a primeira coisa que veio à cabeça para falar aqui. Podem ter sido as expectativas ou, por ser o primeiro do Hitch, a sua estrutura não se familiarizou comigo. Vou tentar correr o risco de falar algo contra. Não que o filme seja ruim: não, não, é muito acima da média, mas bem abaixo da genialidade suposta.

James Stewart (do inesquecível A Felicidade Não Se Compra) interpreta cento e quinze minutos sobre uma cadeira de rodas, esporadicamente sendo levantado pela “enfermeira” do plantão de seu trabalho (ou seja lá o que for) Jeff, um fotógrafo, que, paralisado, procura “jogar tempo fora” observando, da penumbra ao raiar do dia seus vizinhos do prédio em frente. A sua intensa curiosidade transforma-se em obsessão a ponto de ele desprezar as visitas da belíssima namorada, criando uma autodependência frágil para com as vidas alheias. E assim conhecemos o grande suspense sobre o qual Hitchcock criará sua narrativa: eis que um dos vizinhos, corpulento e de certa idade, certo dia, sai em plena madrugada com “maletas” e sua esposa, do dia para a noite, não mais aparece. Como fotógrafo e curioso, aquela é a chance para Jeff passar uma semana e ainda receber alguma fama – até porque perde uma grande chance de trabalho devido ao acidente.

A estilística de Hitchcock é perfeita, isso não há de se negar. Aflito fica quem estiver assistindo a Janela Indiscreta, porque, simplesmente, o mundo “lá fora” não aparece. São apenas: Jeff, os vizinhos e a janela. James Stewart contracena perfeitamente com Grace Kelly e no jogo do amor, também sua namorada brinca de virar espiã. A cada passo que a investigação indiscreta e antiética dá, o perigo chega mais perto. Insaciados, a fome pela verdade leva a um bom suspense policial. É aí que falta algo mais para tornar o filme fora do comum. Sem um final surpreendente – descobrimos junto a Stewart – e um “vilão” sem muita consciência, o roteiro também não levanta grandes interpretações – os outros vizinhos poderiam ter sido bem mais explorados, exemplo o músico (desculpa para inserir trilha sonora e a Sra. Coração Solitário ter um happy ending).

Alfred Hitchcock é um diretor tão falado e tido como gênio. Infelizmente, o efeito de sua primeira obra não foi tão devastador para mim como a de outros diretores favoritos meus. Sua trajetória linear e acelerada – com pausas louváveis – é interessantíssima, porém o roteiro retém-se a dizer a verdade sobre os atos e encobrir aquela trama perigosa e fria com uma segunda quebra de pernas e a união definitiva de Jeff e a rica namorada.

 

Um Corpo que Cai – Dir.: Alfred Hitchcock [9.50]

Iupi!!! Caro Hitchcock, perdoe-me, por favor, por ter negligenciado sua figura anteriormente – no superestimado (sim, mantenho a opinião quanto a este) Janela Indiscreta. Um Corpo que Cai é o primeiro – por ordem cronológica – suspense intrigante e genial, assustador e romântico que já vi; com glórias, comento-o. Quase uma obra-prima, ainda não posso dizer que o Hitch era um gênio (meu segundo longa-metragem, precisa repetir?) – ainda.

James Stewart, novamente colaborando com o Mestre, com muita verossimilhança age como um ex-detetive da polícia que sofre de acrofobia, o famoso medo das alturas, vertigem (daí o título original: Vertigo) e é convocado por um ex-colega ricaço a espiar sua mulher, pois suspeita que esta tenha sido reencarnada por uma suicida. Stewart manipula bem a paixão indomável que sente pela louca mulher, tenta frear, mas sofre para isso. Vejamos porquê: psicodélica e loucamente Hitchcock conduz tão bem o filme que o espectador fica intrigado com a história e, a mim pelo menos, consegue iludi-lo a ponto de acreditar na reencarnação total e as mudanças psicológicas da “suspeita”. Um Corpo que Cai brinda com uma narrativa recheada de diferenças, dos loucos sonho e começo ao romance jamais ridículo entre Stewart e Novak.

Não bastassem suas reviravoltas, intrigas, surpresas e detalhes que passam imperceptíveis na primeira vez em que se assiste; o filme ainda reflete e estuda os diversos lados do ser humano: a personagem de Stewart só consegue passar bem de um choque após outro semelhante (o segundo corpo que cai) e, ao mesmo tempo, segue crescente sua vontade obsessa e incontrolável pela caça à mulher supostamente morta – por mais que a realidade e os fatos voltem-se contra ele, jamais seu pensamento afasta-se da busca. E o que dizer de seu ex-colega, aproveitando-se de tudo e de todos, sem parar atrás das grades por motivos ilógicos – mas verdadeiros – e com passagens tão rápidas quanto sustentáveis (é realmente de se admirar como não pensamos no ocorrido, anteriormente, por exemplo, quando ocorre a queda da suposta esposa)? E os motivos da farsante-amante gerariam uma boa discussão sobre a validez dos mesmos e outra ainda maior sobre a sua repentina volta para os braços do queridinho – se o amava tanto porque não tratou de contar a verdade? Ele não seria capaz, supostamente, de encarcera-la por causa das mentiras que seu coração transpunha.

Só numa rápida pausa, consegui colocar vários pontos da obra e por isto, Um Corpo que Cai pode ser glorificado: o roteiro é sensacional, as atuações enganadoras, a direção de Alfred “Careca” exímia – vide cenas de perseguição de dentro ou fora do carro, as repetidas passagens e o terror nos créditos inicias, quedas reflexões de Stewart – e a trilha sonora mais sensata e rica que a barata de Janela Indiscreta. A única ressalva vai para o fato de a história verdadeira da segunda queda de corpo no filme ter sido contada bem antes do previsto e com flashbacks. Verdadeiramente, são três corpos que caem; mas até a tradução brasileira pode ser glorificada e aplaudida.

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Que bom que, apesar de não ter gostado muito de seu primeiro Hitchcock (por sinal, o melhor dele... 04), você gostou Um Corpo Que Cai, Sopa. Não deve quase nada a Janela Indicreta, e é tão genial quanto. Espero que continue se interessando pela filmografia do diretor, é muito boa mesmo (não vi muitos, no máximo uns 15 - todos os que encontrei, os outros irei comprar algum dia -, mas não há um realmente ruim, só mesmo Suspeita). Qual será o próximo? Psicose?

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Que bom que' date=' apesar de não ter gostado muito de seu primeiro Hitchcock (por sinal, o melhor dele... 04), você gostou Um Corpo Que Cai, Sopa. Não deve quase nada a Janela Indicreta, e é tão genial quanto. Espero que continue se interessando pela filmografia do diretor, é muito boa mesmo (não vi muitos, no máximo uns 15 - todos os que encontrei, os outros irei comprar algum dia -, mas não há um realmente ruim, só mesmo Suspeita). Qual será o próximo? Psicose?[/quote']

 

Veja como são as coisas: eu gosto muito de "Suspeita"....

 

Quanto ás críticas do Sopa: Se for ver bem, ele até gostou de Janela Indiscreta, ele só achou superestimado. mas acho que ele vai se interessar sim pela filmografia do carequinha.

 

 
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Pois é... Eu até não acho realmente ruim, apenas utilizei-o como um contrapeso, pra não parecer um defensor radical de Hitchcock, mas eu esperava muito mais dele. Fora minha maior decepção, dentre os filmes do diretor. Pouca tensão, e um roteiro bastante comum. Eu vi faz uns 3 anos, apenas com 14 anos, quem sabe hoje, com meu maior conhecimento cinematográfico, eu não possa encontrar outros elementos interessantes em meio à narrativa que não sejam ligados ao suspense...

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  • 1 month later...
  • 4 weeks later...
  • Members

Vou colar aqui um post que escrevi em outro fórum, quase um ano atrás, com as devidas atualizações:

 

Muitos são os diretores aclamados por suas obras, e vários são apontados como os melhores da história por diferentes pessoas e publicações. Nenhum, entretanto, é tão aclamado quando Alfred Hitchcock. Ou melhor, Sir Alfred Joseph Hitchcock, o Mestre do Suspense. Nascido em Londres, em 1899, Hitch começou sua carreira cinematográfica em 1919, como desenhista de créditos para os filmes do estúdio Players-Lasky, pertencente à Paramount Pictures. Em 1922 tornou-se cenógrafo e assistente de direção. Foi também nesse ano que Hitchcock teve sua grande chance. O diretor de Always Tell Your Wife adoeceu, e Hitch foi indicado para terminar o filme. Impressionados pelo talento dele, os executivos o tornaram diretor. A partir de então, Hitchcock criou uma vasta filmografia. Foi um dos poucos a fazer tanto cinema-mudo quanto cinema falado, e tanto em preto-e-branco quanto em cores. Como se não bastasse, filmou tanto em seu país de origem quanto nos EUA, fazendo a ligação entre o cinema de Hollywood e o cinema europeu. Sua carreira se estendeu por 6 décadas, desde seu início na década de 20 até o lançamento de seu último filme, em 1976. Ele morreu em 1980, na cidade de Los Angeles.

Filmografia:

Trama Macabra (Family Plot, 1976)
Frenesi (Frenzy, 1972)
Topázio (Topaz, 1969)
Cortina Rasgada (Torn Curtain, 1966)

Marnie, Confissões de uma Ladra (Marnie, 1964)
Os Pássaros (The Birds, 1963)
Psicose (Psycho, 1960)

Intriga Internacional (North by Northwest, 1959)
Um Corpo que Cai (Vertigo, 1958)
O Homem Errado (The Wrong Man, 1956)
O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1956)
O Terceiro Tiro (The Trouble with Harry, 1955)

Ladrão de Casaca (To Catch a Thief, 1955)
Janela Indiscreta (Rear Window, 1954)
Disque M para Matar (Dial M for Murder, 1954)

A Tortura do Silêncio (I Confess, 1953)
Pacto Sinistro (Strangers on a Train, 1951)
Pavor nos Bastidores (Stage Fright, 1950)
Sob o Signo de Capricórnio (Under Capricorn, 1949)
Festim Diabólico (Rope, 1948)
Agonia de Amor (The Paradine Case, 1947)
Interlúdio (Notorious, 1946)
Quando Fala o Coração (Spellbound, 1945)
Um Barco e Nove Destinos (Lifeboat, 1944)
Bon Voyage (1944)
A Sombra de uma Dúvida (Shadow of a Doubt, 1943)
Sabotador (Saboteur, 1942)
Suspeita (Suspicion, 1941)
Um Casal do Barulho (Mr. & Mrs. Smith, 1941)
Correspondente Estrangeiro (Foreign Correspondent, 1940)
Rebecca, a Mulher Inesquecível (Rebecca, 1940)
A Estalagem Maldita (Jamaica Inn, 1939)
A Dama Oculta (The Lady Vanishes, 1938)
Jovem e Inocente (Young and Innocent, 1937)
Agente Secreto (Secret Agent, 1936)
Sabotagem (ou O Marido era o Culpado) (Sabotage, 1936)
Os 39 Degraus (The 39 Steps, 1935)

O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1934)
Waltzes from Vienna (1933)
O Mistério do nº 17 (Number Seventeen, 1932)
Rich and Strange (1932)
Mary (1930)
The Skin Game (1931)
Assassinato (Murder!, 1930)
Juno and the Paycock (1930)
An Elastic Affair (1930)
Elstree Calling (1930)
The Manxman (1929)
Chantagem e Confissão (Blackmail, 1929)
Champagne (Champagne, 1928)
A Mulher do Fazendeiro (The Farmer's Wife, 1928)
Downhill (1927)
Easy Virtue (1927)
O Ringue (The Ring, 1927)
O Pensionista (The Lodger, 1926)
The Mountain Eagle (1926)
The Pleasure Garden (1925)
Number Thirteen (1922) - Incompleto
All Tell Your Wife (1922) - Co-diretor


Já assisti aos que estão em negrito, 20 ao todo.

Muitos de seus filmes são considerados marcos do cinema, e é difícil fazer uma lista dos mais relevantes. É necessário citar Janela Indiscreta, Um Corpo que Cai, Psicose, A Sombra de uma Dúvida, Festim Diabólico, Os Pássaros, Os 39 Degraus, A Dama Oculta, Rebecca - A Mulher Inesquecível, Marnie - Confissões de uma Ladra, Pacto Sinistro, Interlúdio, Intriga Internacional, e ainda assim, há muitos filmes marcantes deixados de fora.

Considero Hitchcock o melhor diretor da história, e sua obra é fantástica. Já vi esses 20 filmes e tem pelo menos uns outros 10 que eu quero ver antes de me dar por satisfeito. São eles: O Pensionista, Chantagem e Confissão, O Homem que Sabia Demais (versão original), A Dama Oculta, Rebecca - A Mulher Inesquecível, Interlúdio, Pacto Sinistro, Intriga Internacional, Marnie - Confissões de uma Ladra e Frenezi.

Dentre os que eu vi, meus preferidos dele são Janela Indiscreta, Um Corpo que Cai, A Sombra de uma Dúvida, Festim Diabólico e O Terceiro Tiro.

 

Por enquanto, creio que vou me abster de votar nessa enquete. No tópico anterior do Hitch votei em Janela Indiscreta, que considero um filme quase perfeito, mas quanto mais eu conheço a filmografia do diretor, mais considero um equívoco tentar apontar um filme que seja o melhor.
Jack Ryan2007-02-27 13:00:31
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  • 4 weeks later...
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Mais um pra lista: Intriga Internacional. Tem momentos sensacionais de tensão à flor da pele. A sequência do avião é muito boa, mas gostei mais ainda do que veio antes dela, a espera de Cary Grant à beira da estrada, cada carro que passava era uma injeção de suspense, e quando o Hitchcock filma um homem de cada lado da estrada, que cena linda! Não chega a figurar no meu top 5 do Hitch, mas gostei bastante.

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Hmm... Estou ficando desconfiado da qualidade do Hitchcock... 06 Terei que partir para Psicose, de imediato, do contrário, a coisa pode ficar feia para o meu lado. Top atualizado:

 

1. Um Corpo que Cai - 5/5

2. Janela Indiscreta - 4/5

3. Ladrão de Casaca - 4/5

4. Intriga Internacional - 4/5

 

O terceiro é subestimado, se bobearem, ficará à frente de Janela Indiscreta. Intriga Internacional é sonolento... (preparado para as pedras).
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Intriga Internacional, sonolento???

QUEIMA, QUEIMA!

 

06

 

Acho esse um filmaço. Eu li uma vez a definição desse filme, posterior ao lançamento, lógico: "é como se Hitchcock tivesse dirigido um filme de James Bond". É super interessante tanto pelo McGuffin' quanto pela narrativa completamente surtada, totalmente maluco. Esse filme é demais, Hitch não se perde em enfiar o protagonista em situações cada vez mais absurdas... tem James Mason, ótimo, e Cary Grant, que caminha para ser um dos meus atores preferidos. E uma cena no aeroporto fodona que foi relida por De Palma vinte e dois anos depois em Um Tiro na Noite; a cena ficou fodona nos dois filmes. Intriga Internacional que me deixou tão perdido quanto o personagem de Cary Grant, e vários momentos altamente WTFs, como a cena clássica do avião. 06

 

Filmes que eu vi do Mestre:

- Psicose

- Um Corpo Que Cai

- Intriga Internacional

- Festim Diabólico

- Pacto Sinistro

- Os Pássaros

- Janela Indiscreta

- A Sombra de uma Dúvida

 

Todos ótimos ou obras-primas, menos Festim Diabólico, que só acho bem bom.
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1976 - Trama diabólica (Family plot) - 6 (talvez o mais fraco hitch)


1972 - Frenesi (Frenzy)


1969 - Topázio (Topaz)


1966 - Cortina rasgada (Torn curtain) - 7 (rever)


1964 - Marnie - Confissão de uma ladra (Marnie) - 7,5


1963 - Os pássaros (The birds) - 9


1960 - Psicose (Psycho) - 10 (pra mim sua obra máxima, impecável em todos os sentidos)


1959 - Intriga internacional (North by northwest) - 8,5 (sim, muito bom, mas ao meu ver, um tanto superestimado, tem pelo menos 2 cenas ali bem constrangedoras por termos de hj, 

 uma é aquela do carro logo no início antes dele cair no penhasco, e uma outra se não me falha a memória, pois faz um bom tempo q assisti, é no penhasco lá pelo final do filme

)


1958 - Um corpo que cai (Vertigo) - 9,5 (impecável em todos os sentidos até ... o fimzinho,

 sem noção a kim novak ao lado de stewart se suicidar ao ver uma suposta assombração subindo as escadas enquanto na verdade era uma freira! 09 

)


1958 - O homem errado (The wrong man) - 8


1956 - O homem que sabia demais (The man who knew to much) - 8 (rever)


1956 - O terceiro tiro (The trouble with Harry) - 8,5


1955 - Ladrão de casaca (To catch a thief) - 9 (me surpreendeu pq não esperava q fosse 1 dos melhores exemplares hitch, revendo de repente minha nota pode aumentar ainda mais)

 

1954 - Janela indiscreta (Rear window) - 9 (excelente em muitos sentidos, mas peca em sua conclusão

1- qd kelly se encontra no apê do assassino e ao chegar ela pede socorro, enquanto stewart liga pra policia q chega logo em seguida, pq ele não fez o mesmo qd percebe q o assassino está indo em direção ao seu apê? 2- tecnicamente aquelas sequências de stewart fotografando o rosto do assassino são bonitas, mas do q isso realmente iria servir pra impedir q o assassino fosse até ele? adiantou alguma coisa? achei extremamente gratuita e foi colocada ali só pra justificar q stewart está utilizando seu instrumento de trabalho pra salvar sua vida! o q ele esperava, cegar o cara com os sucessivos flashs?!? 09 

, ..., de resto o filme é fodaço)


1954 - Disque M para matar (Dial M for muder) - 9,5 (um roteiro monstro e estupendas atuações de todo o elenco, principalmente de milland, não lembro o pq não dou 10 nesse filme, tá bom, por enquanto vou dar 10 mesmo 02)


1952 - A tortura do silêncio (I confess) - 7,5 (rever)


1951 - Pacto sinistro (Strangers on a train) - 8,5


1950 - Pavor nos bastidores (Stage fright) - 7


1949 - Sob o signo de capricórnio (Under capricorn)


1948 - Festim diabólico (Rope) - 10 (um filme inteiro com somente 6 cortes? com um roteiro **** e atuações mais ***** ainda, não tem outra nota senão essa aí)


1947 - Agonia de amor (The paradine case) - 7 (rever)


1946 - Interlúdio (Notorious) - 8 (rever)


1945 - Quando fala o coração (Spellbound) - 7 (rever)


1943 - Um barco e nove destinos (Lifeboat) - 8,5


1943 - A sombra de uma dúvida (Shadow of a doubt) - 8 (rever)


1942 - Sabotador (Saboteur) - 8,5


1941 - Suspeita (Suspicion) - 8


1941 - Um casal do barulho (Mr. and Mrs. Smith) - 7,5


1940 - Correspondente estrangeiro (Foreign Correspondent) - 8,5


1940 - Rebeca, a mulher inesquecível (Rebecca) - 8,5


1939 - A estalagem maldita (Jamaica inn) - 7,5


1938 - A dama oculta (The lady Vanishes) - 6,5


1937 - Young and innocent


1936 - O marido era o culpado (Sabotage)


1936 - O agente secreto (The secret agent)


1935 - Os 39 degraus (The 39 steps) - 8


1934 - O homem que sabia demais (The man who knew too much)


1933 - Waltzes from Vienna


1932 - O mistério número 17 (Number seventeen)


1932 - Ricos e estranhos (Rich and strange)


1931 - The skin game


1929 - Assassinato (Murder)


1929 - Juno and the Paycock


1929 - Chantagem e confissão (Blackmail) - 8


1929 - O ilhéu (The manxman)


1928 - Champagne


1928 - A mulher do fazendeiro (The farmer`s wife) - 7


1927 - O ringue (The Ring) - 6,5


1927 - Easy virtue


1927 - Downhill


1926 - A story of the London fog


1926 - O Pensionista (The lodger) - 8


1926 - The mountain eagle


1925 - The pleasure garden
D4rk Schn31d3r2007-03-01 20:12:02
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