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Alfred Hitchcock


Engraxador!
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Na sua opinião, qual é o melhor filme de Alfred Hitchcock?  

85 members have voted

  1. 1. Na sua opinião, qual é o melhor filme de Alfred Hitchcock?

    • A Dama Oculta
      1
    • Disque M para Matar
      8
    • Festim Diabólico
      16
    • Janela Indiscreta
      15
    • Os Pássaros
      3
    • O Homem que Sabia Demais
      1
    • Pacto Sinistro
      2
    • Psicose
      19
    • Topázio
      0
    • Um Barco e Nove Destinos
      0
    • Um Corpo que Cai
      20
    • Outro. Qual?
      3


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  • Members

Filme genial. Fantástico. Um dos filmes que provam pq Hitchcock foi um dos maiores gênios que o cinema já teve. Existe a lenda de ele ter sido filmado em uma única tomada, toda em plano sequência. Verdade ou não, não deixa o filme menos genial.

Danny Boyle fez uma certa homenagem a esse clássico no que é pra mim, ainda seu melhor filme, Cova Rasa.

 

 

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Deixem então eu contar uma estorinha. Eu loquei Festim Diabólico numa época em que tava morando com uma ex. Só que a gente não conseguiu ver naquele dia, e na manhã seguinte a mãe dela chegava para visitá-la, e em princípio não daria mais pra ver o filme, pq o DVD ficava no quarto, e obviamente o quarto ficaria pra elas duas. Então eu acordei às 5 da manhã e vi o filme, pra não desperdiçar a chance.

 

Depois que a ex-sogrinha chegou, passamos a manhã com ela, e tal. No começo da tarde, minha ex quis ver. Eu nem pensei duas vezes e topei. Ela dormiu. Eu, que tinha dormido quase nada, vi todinho de novo, empolgadíssimo.

 

É um filme que merece ser visto e revisto, apreciado em seus detalhes. É uma obra-prima, um dos meus Hitch preferidos, uma aula de direção.16

 

 

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Filmaço, com certeza figura entre os meus cinco preferidos do diretor.

 

 

 

Eu gosto deste estilo teatral com recursos cinematográficos encaixados na medida para enriquecer a obra (o próprio Dique M Para Matar citado e O Sétimo Selo - que pode ser até lido como uma peça - também me fascinam) e Festim Diabólico aproveita-se com perfeição deste fator, com os deslocamentos de personagens em torno do baú, com uma personagem estática que compreende toda a união entre eles, dando um clima estarrecedor até momentos depois de o filme acabar.

 

 

 

James Stewart, como sempre brilhante, faz grande dicotomia com o John Dall, e o que o Dook disse também me acometeu durante a sessão; principalmente nos discursos filosóficos, à procura de justificativas e contradições, entre o trio principal, deixando a obra com um valor extremamente atual e diferente, pois não se faz em "criticar" a sociedade daquela forma tradicional simploriamente.

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Festim Diabólico é excelente mesmo. Hitchcock consegue driblar a censura da época com um enfoque discreto no casal gay. 

 

Boa sacada Senhor Henry Jones!

 

E além de driblar a censura, driblou também o público que se distanciava cada vez mais do formato teatral dos primeiros filmes. E mesmo seguindo os antigos filmes que não tinham sua linguagem completamente desenvolvida Festim caminha precisamente correto até sua conclusão. 

 

O que mais me chama atenção nesse filme é o fato de acontecer o que eu, até então julgava impossível: Uma estória complexa e completa sendo contada dentro de uma só sequência. É impressionante! Com a ajuda do recurso dos cortes escondidos, desde o choque inicial de presenciar o assassinato, até a descoberta dos assassinos caminhamos pelo filme através dessa sequência sem perder o rítimo ou a coerência.
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Curiosidade: o roteirista de Festim disse que seu roteiro NUNCA mostrava o assassinato, justamente gerando suspense tenso pairando a dúvida de "onde está David?"

 

Hitchcock mudou isso e mostrou o assassinato logo no começo para desespero do roteirista. Assim, ele conseguiu desenvolver a amoralidade do "casal" protagonista bem como conseguiu gerar outro tipo de suspense tão bom quanto o originalmente previsto: a tensão de não se saber se o casal será descoberto ou não.

 

Mais uma evidência de que, como diretores, os roteiristas são excelentes escritores.
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  • 2 weeks later...
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 Hitchcock queria muito trabalhar com Ingrid Bergman novamente, e após ler o livro de sua amiga Helen Simpson, visualisou Bergman na protagonista do romance, e decidiu filma-lo, mesmo admitindo tempos depois, q no geral, o tema do livro não era exatamente algo q gostaria d filmar. Chamando obvismente, Ingrid Bergman para sua protagonista, e ainda Joseph Cotten(Com quem já havia trabalhado em A SOMBRA DE UMA DUVIDA), e Michael Wilding, começava a produção de SOB O SIGNO DE CAPRICORNIO(UNDER CAPRICORN/1949)

capricorn1.jpeg

 

 

 Na trama, passada em 1831, Charles Adare(Michael Wilding) é um irlandes, q vai para a Australia, ainda uma colonia, na companhia d seu primo, recem eleito governador(Cecil Parker). Lá, Charles conhece o estranho Sam Flusky(Joseph Cotten) ex presidiario, q enriqueceu em terras Australianas.

 Quando Adare vai jantar na casa de Flusky, ele reencontra Lady Henrietta(Ingrid Bergman) q havia conhecido na infancia.

 Henrietta agora é esposa de Flusky, e vive como uma mulher fragil e insegura, o oposto da moça q Charles conheceu na Irlanda anos atrás. De comum acordo, os dois homens decidem fazer Henrietta voltar a ser a mulher q foi no passado.

 

 Hitchcock sempre foi conhecido como o mestre do suspense, por isso é estranho ve-lo dirigindo um melodrama de epoca. Não q ele não fosse capaz, pois Hitch tambem dirigiu otimos filmes fora do genero suspense, mas neste em especial, parece q faltou algo.

 

 Ingrid Bergman esta muito bem  em seu papel, interpretando uma personagem q era o oposto de seus trabalhos anteriores com o diretor. Suas personagens em QUANDO FALA O CORAÇÃO e INTERLUDIO são mulheres fortes e decididas, bem diferente da insegura Lady Henrietta.

 Joseph Cotten defende muito bem seu Sam Flusky, como um personagem rude, q no fundo, não se julga digno da mulher. Wilding faz seu papel corretamente, e só.

 Hitchcock volta a investir em planos sequencia, como já havia feito em seu trabalho anterior. Uma cena digna de nota é o discurso de Lady Henrietta para Charles, feito todo em plano sequencia, show de direção de Hitch nessa cena. Ingrid Bergman q não gostou disso, pois chegou a se indispor com o diretor por causa desses planos, alegando q eram por demais cansativos

 Claro, q não importa o genero, Hitch sempre dá um jeito de dar um toque de suspense, muito bem feito em uma cena em q Henrietta delira em seu quarto.

 O problema do filme é q ele é muito arrastado, e só ganha folego realmente no ultimo ato do filme. Não há nada q nos deixe realmente interessados na trama. Eu não classificaria o filme como fraco, mas como medio, oq se tratando de Hitchcock, já é grande coisa.

 O filme foi um fracasso de bilheteria, e a contratação de Bergman tambem foi demais para o orçamento, resultado: a Transatlantic pictures quebrou, tendo apenas dois filmes em seu curriculo, FESTIM DIABOLICO e SOB O SIGNO DE CAPRICORNIO.

PS: a tradução brasileira tambem não ajudou, pois o capricornio do titulo não tem nada a ver com signos, e sim com o tropico. Q vacilo07

 

Valeu16

 

 
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09/09/2008 - 08h43

 

Spielberg é processado por apropriar-se de Hitchcock

 

 

 

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Por Edith Honan

 

 

 

NOVA YORK (Reuters) - O diretor Steven Spielberg e grandes estúdios de Hollywood roubaram o enredo do clássico de Alfred Hitchcok "Janela Indiscreta", de 1954, no filme "Paranóia", segundo um processo judicial apresentado à Corte Federal da Califórnia na segunda-feira.

 

 

 

A DreamWorks, a Viacom Inc e a Universal Pictures são acusadas de infringir os direitos autorais e quebrar um contrato por produzirem "Paranóia" sem a permissão dos detentores dos direitos da trama, segundo o processo.

 

 

 

Spielberg, fundador da Dreamworks, é citado como réu. O filme obteve cerca de 80 milhões de dólares nas bilheterias norte-americanas.

 

 

 

De acordo com o processo, aberto pela Sheldon Abend Revocable Trust, a base do filme de Hitchcock foi "Assassinato de uma Janela", conto de Cornell Woolrich.

 

 

 

Hitchcock e o ator James Stewart obtiveram os direitos de adaptação da história para os cinemas em 1953. O processo alega que a DreamWorks deveria ter feito o mesmo.

 

 

 

"O que os réus relutam em fazer aberta, legal e legitimamente, eles fizeram de forma clandestina, pela porta dos fundos, usando a história de 'Janela Indiscreta' sem pagar compensações".

 

 

 

O porta-voz de Spielberg não quis comentar o assunto, assim como representantes da Viacom e da NBC Universal.

 

 

 

De acordo com o processo, os enredos de "Paranóia" e "Janela Indiscreta" são "essencialmente os mesmos". Ambos são mistérios que começam com um homem que, ao espreitar pela janela, testemunha um comportamento estranho no apartamento da vizinha.

 

 

 

Nas três obras, o protagonista age essencialmente da mesma maneira, interage com personagens semelhantes e a intriga termina basicamente da mesma forma, segundo o processo.

 

 

 

"Em 'Paranóia', os réus claramente produziram variações com frases reformuladas e isso foi feito propositalmente, a fim de produzir essencialmente a mesma história que 'Janela Indiscreta"', diz o texto do processo. A resenha do jornal The New York Times chamou 'Paranóia' de "'Janela Indiscreta' meio adolescente". Já o Toronto Star classificou o filme como "apropriação descarada".

 

 

 

Fonte: UOL.com.br

 

 

 

-----------------

 

 

 

COMENTARIO: Uai, todo mundo que faz suspense roubou alguma coisa do Mestre, se for apelar assim, que pare as maquinas, não produza mais suspense...

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 De fato (Õ,Ô), mas as sinopses de JANELA INDISCRETA e PARANOIA são bem semelhantes, mas não posso tecer maiores comentarios, pois não ví nenhum dos dois filmes.

 

 Após a falencia da Transatlantic pictures, Hitchcock é contratado pela Warner. Seu primeiro filme é baseado nos contos "Man running" e "Oftrun the counstable", trata-se de PAVOR NOS BASTIDORES(STAGE FRIGHT/1950)

1.jpg

 

 Na trama, Jonathan Cooper(Richard Tood) é um homem perseguido pela policia, e pede ajuda a sua amiga, Eve Gill(Jane Wyman) uma estudante de teatro que nutre uma paixão secreta por ele.

 Ele lhe conta, q esta sendo perseguido como suspeito de assassinato, mas que na verdade, tornou-se suspeito por tentar ajudar a amante, a grande atriz de teatro Charlotte Inwood(Marlene Dietrich) que teria matado o marido em legitima defesa.

Acreditando q Jonathan só esta sendo usado como bode expiatorio por Charlotte, Eve se infiltra na casa da atriz como secretaria, para conseguir provas que possam incriminar a atriz.

 

 Quando lí a sinopse do filme, não fiquei muito atraido, mas apesar d não ser um dos grandes, este filme realmente me cativou. A começar pela excelente fotografia em preto e branco de Wilkie Cooper. A abertura tambem é uma daquelas classicas aberturas criativas do mestre, com as cortinas se abrindo, e mostrando Londrês como o palco da historia.

 

 Jane Wyman esta muito bem como a protagonista do filme, e pessoalmente, acho sua personagem a mais carismatica das personagens femininas de Hitchcock, sendo varias as cenas em q ela se destaca, sejam cenas tensas, ou as mais leves. Sem dizer q a atriz tem a dificil missão  de dividir com a famosa Marlene Dietrich o posto de principal personagem feminina do filme.

 Falando nela, Dietrich volta a fazer oq faz de melhor, o papel da personagem misteriosa e fatal. Duas cenas dela q se destacam, uma é seu numero musical, e a outra é sua conversa com um policial, fazendo um excelente monologo enquanto fuma.

 Se as protagonistas femininas estão otimas, o mesmo não pode ser dito de Michael Wilding, q já havia trabalhado com o diretor em seu filme anterior, e Richard Todd.

 Mas deve-se destacar o otimo trabalho de Alastair Sim, q vive o pai de Eve, um dos personagens mais interessantes do filme. A cena em q ele aplaude a filha após essa confrontar Charllote é linda.

 A direção de Hitchcock em PAVOR NOS BASTIDORES é como sempre excelente, e esse filme particularmente, carrega uma certa elêgancia. Infelizmente, ele não obteve boa bilheteria, e nem boa critica na epoca, e o mestre dizia q o filme continha o 2º maior erro de sua carreira, comentarei mais sobre isso abaixo, esta em forma de spoiler

 

 No começo do filme, Eve e Jonathan estão fugindo, e ela pergunta porque ele esta sendo perseguido. Temos então um flashback q mostra como Jonathan terria chegado na situação em q se encontra. no climax do filme,quando ele e Eve estão escondidos no carro cenografico, descobrimos q Jonathan não era inocente, ele realmente matou o marido de Charllote e consequentemente, o flashback era falso. Tudo isso mostrado com um otimo jogo de closes comandado por Hitch.

 O problema é q a critica, e o proprio diretor achavam q a tenue linha q separa o surpreender o publico de enganar o publico havia sido cruzada. em outras palavras, o diretor achou q havia apelado.

 Sinto discordar do mestre. o falso flashback não foi de forma alguma um artificio baixo.

 Ora, o proprio diretor defendia q a imagem é a essencia do cinema. O flashback não era nada mais do q a historia q Jonathancontava a Alice. Por ser um flashback, nos sentimos inclinados a acreditar, mas era uma historia, e podia ser verdade ou não.

 Pensando friamente, se o personagem tivesse simplesmente narrado a historia para Eve, enquanto viajavam de carro, a historia teria sido mais ou menos verdadeira?

 Impressionante q até mesmo quando "erra", Hitchcock acerta.

Uma pequena questão: O falso flashback foi realmente um erro?

Porque?

 

 

Espero opiniões sobre mais esse grande filme do mestre.

 

Valeu16

 

 

 

 

 
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Depois de quatro fracassos de publico e critica seguidos, todos acreditavam que a carreira de Hitchcock estava no fim, eles nem imaginavam o quanto estavam errados. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 Hitchcock leu o livro "Stranger on a train" de Patricia Highsmith, e simplesmente adorou o tema do romance. Hitch então começou a filmar seu 1º grande sucesso em Hollywood longe de Selznick, PACTO SINISTRO(STRANGERS ON A TRAIN/1951)

 pacto-sinistro-poster02.jpg

 Na trama, Guy Haines(Farley Granger) é um tenista, que em uma viagem de trêm, conhece o estranho Bruno Anthony(Robert Walker).

 Bruno sabe, através das colunas sociais dos problemas que Guy vêm enfrentando com sua ex mulher, e discursa sobre a sua teoria do assassinato perfeito. Na ideia de Bruno, dois homens sem relação alguma, tem cada um uma pessoa q quer se livrar. Os dois então simplesmente trocam os crimes, tendo assim os crimes perfeitos, já q ambos teriam alibis para os crimes q lhe interessariam. Ele usa de exemplo, a ex mulher de Guy, e seu pai, q ele confessa odiar.

 Guy não dá atenção, pensando se tratar de uma brincadeira, mas o perturbado Bruno acha q um pacto acabara de ser firmado, mata a ex mulher do tenista, e então passa a persegui-lo, exigindo q ele cumpra sua parte no pacto

 

 O diretor dá realmente um show nesse filme. Desde a 1ª cena, em q somos apresentados ao personagem principal atraves dos sapatos, a sequencia q culmina no assassinato da ex mulher de Guy,q tambem é muito boa.

 Outra otima cena é a conversa de Bruno com duas senhoras em uma festa, tendo assassinato como tema. Hitch leva a cena do humor ao suspense de forma incrivel. Excelente cena.

 Hitchcock consegue inclusive inserir uma cena de ação muito bem feita para epoca no climax final, e faz isso usando algo aparentemente inofensivel como um carrosel.

 Farley Granger, em seu segundo trabalho com Hitchcock, depois de FESTIM DIABOLICO, faz um bom trabalho como o tenista q vê sua vida virada de pernas pro ar por um mero encontro em um trêm.

 Robert Walker, em seu ultimo trabalho(Faleceu pouco tempo depois do termino das filmagens) entra pra lista dos grandes vilões dos filmes de Hitchcock. Seu Bruno Anthony é uma pessoa claramente perturbada, matando friamente e sem nenhum remorso. O figurino do personagen tambem ajuda na caracterização, com seus extravagantes sapatos brancos, a gravata com seu nome, e mesmo em casa, quando esta de robe.

 O relacionamento de Bruno e sua mãe, vivida por Marion Lorne, é perturbador, mostrando um homem feito, sendo praticamente tratado como uma criança, oq certamente contribuiu para a loucura do filho. Lembra bastante o famoso relacionamento mãe-filho de PSICOSE. Alias, Hitchcock parece gostar bastante do tema mãe superprotetora e controladora, pois tambem esta presente em INTERLUDIO, e nos posteriores PSICOSE, OS PASSAROS e MARNIE- CONFISSÕES DE UMA LADRA.

 Patricia Hitchcock, filha do diretor, vive Barbara Morton nesse filme, irmã mais nova da namorada de Guy, q é vivida por Ruth Roman.

 Patricia já havia trabalhado com o pai antes, fazendo uma minuscula participação em PAVOR NOS BASTIDORES, aqui sua participação é um pouco maior, estando inclusive diretamente envolvida na já citada cena da festa.

 Algumas curiosidades q valem a pena ser resaltadas. Hitchcock comprou os direitos do livro com um nome falso, com o intuito de diminuir o preço, gordinho esperto06.

 O grande romancista Raymond Chandler foi imposto pela Warner como roteirista, mas Chandler e Hitchcock não conseguiam se entender, pois o escritor não comprendia as ideias visuais do diretor, indignado, Hitchcock começou a filmar as primeiras cenas de Washington, sem roteiro. Chandler foi mantido nos creditos, mas seu roteiro foi substituido pelo não creditado Czenzi Ormonde.

 A cena em que o velho se arrasta embaixo do carrosel é real, Hitchcock, anos depois, declarou que aquela foi a cena mais perigosa que havia filmado em toda a sua carreira.

 Por ultimo, Patricia Highsmith não gostou do filme, pois o final do livro, bem menos hollywoodiano, foi alterado.

 

 Fico esperando opiniões sobre mais esse grande filme do mestre.

Valeu16

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 Em 1952, após o casamento de sua filha, Hitchcock começaria a trabalhar em cima da adaptação do livro"OUR TWO CONSCIENCE" de Paul Anthelme. Tendo a esposa como produtora, começou a produção de A TORTURA DO SILENCIO(I CONFESS/1952)

i_confess.jpg

 

 Na trama, o Padre Michael Logan(Montgomery Clift) ouve a confissão de Otto Keller(O.E. Hasse) que acabou de matar um homem, Villete(Ovila Legare). Os problemas aparecem quando o padre se torna o principal suspeito do crime, principalme por causa da chantagem que a vitima estava praticando sobre um antigo amor do padre,Ruth Grandfort(Anne Baxter). E agora, deve ele ir contra os seus principios religiosos e quebrar o sagrado sigilo do confessionario?

 

 A TORTURA DO SILENCIO é um bom filme, mas um pouco cansativo, não me cativou muito não. Montgomery Clift surge inespressivo no papel do padre. Anne Baxter tambem não faz grande coisa, Mas Hasse  encarna bem o covarde Otto Kruger

 A direção de arte, entretanto esta de parabens, os cenarios da paroquia são lindos. A abertura do filme esta entre as criativas de Hitchcock, as placas que vão guiando o expectador até o local do crime foi uma otima ideia.

 A cena do flashback de Rita tambem foi muito bem filmada por Hitchcock, sendo uma sequencia totalmente muda, e com os atores fazendo gestos exagerados.

 Com esses elementos, percebe-se que aquele é um passado obviamente idealizado pela mocinha, muito bom10.

 

 Hitchcock teve problemas para se entender com Motgomey Clift, pois esse era um ator do metodo, que procurava entender as motivações de seus personagens. Hitchcock não gostava disso, para ele, eles deviam seguir suas ordens, e ponto A celebre frase do mestre, quando perguntado qual éra a motivação do ator para aquele papel"Seu salario"06

 Hitch éra um homem religioso, e trocou muitas cartas com a sociedade religiosa americana durante as filmagens. Isso fez com que ideias como o padre manter relaçoes com a mocinha, ter um filho dela, e SPOILER morresse assasinado por Otto  fossem descartadas.

Como sempre, espero opiniões.

Valeu16

 

 
Questão2008-09-20 11:59:48
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 Em 1953, logo após o nascimento de sua neta, Hitchcock ficou sabendo que a Warner havia comprado os direitos de uma peça de Frederick Knott, peça essa q Hitchcock ja havia visto e gostou muito. Ele mesmo começou a escrever o roteiro do filme, juntamente com o proprio autor da peça. Começava assim a produção de DISQUE M PARA MATAR(DIAL M FOR MURDER/1954)

disque-m-para-matar-poster02.jpg

 

 Na historia, Tony Wendice(Ray Milland) bola um plano para assasinar sua mulher(Grace Kelly), para assim poder herdar sua herança, pois ele desconfia q ela pode deixa-lo para ficar com o amante, Mark Halliday(Robert Cummings). Para pôr seu plano em pratica, ele chantageia um antigo colega de faculdade(Anthony Dawson) que tera um papel fundamental em sua trama de assassinato.

 Com certeza um dos melhores da obra de Hitchcock. Ele volta a trabalhar com uma historia passada em um unico cenario, oq ele já havia feito em UM BARCO E NOVE DESTINOS e FESTIM DIABOLICO.

 Toda passada no apartamento do casal Wendice, Hitchcock conduz a trama com uma elegancia incrivel. No começo, rapido e sem falas, Hitch já nos apresenta os personagens.

 Grace Kelly, em seu 1º trabalho com Hitchcock, esta simplesmente linda. O diretor faz um otimo uso das cores, usando por exemplo, as cores dos vestidos de Grace Kelly para mostrar seu estado de espirito. O branco do carinho q sente pelo marido, o vermelho da paixão, ou o cinza da tristeza.

 Rober Cummings, em seu 2º trabalho com o gordinho(o 1º foi em SABOTADOR) tem uma atuação competente como o amante, mas é totalmente ofuscado pela soberba atuação de Ray Milland.

 Outro q merece estar na lista dos grandes vilões de Hitchcock, o Tony Wendice de Milland é dono de um carisma incrivel, e de uma inteligencia fora de serie. A frieza com q vai levando as coisas é impressionante, como o final do filme comprova. O interessante é q ele nem liga muito para o fato de estar sendo traido, seu negocio é o dinheiro.

 John Williams(não o compositor) tambem merece ser citado por seu trabalho vivendo Hubbard, um aparentemente atrapalhado inspetor, q entra na historia.

 A cena em q a personagem de Grace Kelly é atacada é antologica, e faz jus ao titulo de mestre do suspense q Hitchcock possui.

 Hitchcock desdenhava um pouco desse filme, certa vez ele disse ironicamente, q poderia te-lo dirigido pelo telefone. Sinto discordar dele, nem mesmo ele, seria capaz de dirigir esse otimo filme pelo telefone.

 

 DISQUE M PARA MATAR foi refilmado em 1998 com o titulo UM CRIME PERFEITO(A PERFECT MURDER). Gwineth Paltron ficou com o papel que foi de Grace Kelly, Michael Douglas sucedeu Ray Milland, e Viggo Mortensen, foi o amante.

Esperando opiniões sobre mais essa obra de arte do mestre do suspense.

Valeu16
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Disque M Para Matar tem uma das coisas mais a fudê que eu vi na filmografia do Hitch, que é o duelo intelectual do vilão contra os investigadores. ele elabora tão bem seus álibis e desculpas que quase dá vontade de vê-lo se safar. Por outro lado, o personagem do investigador chefe, com seu jeito simples, representa um contraponto perfeito, tornando o ato final desse filme algo realmente marcante.

 

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 Em 1952' date=' após o casamento de sua filha, Hitchcock começaria a trabalhar em cima da adaptação do livro"OUR TWO CONSCIENCE" de Paul Anthelme. Tendo a esposa como produtora, começou a produção de A TORTURA DO SILENCIO(I CONFESS/1952)

i_confess.jpg

 

 Na trama, o Padre Michael Logan(Montgomery Clift) ouve a confissão de Otto Keller(O.E. Hasse) que acabou de matar um homem, Villete(Ovila Legare). Os problemas aparecem quando o padre se torna o principal suspeito do crime, principalme por causa da chantagem que a vitima estava praticando sobre um antigo amor do padre,Ruth Grandfort(Anne Baxter). E agora, deve ele ir contra os seus principios religiosos e quebrar o sagrado sigilo do confessionario?

 

 A TORTURA DO SILENCIO é um bom filme, mas um pouco cansativo, não me cativou muito não. Montgomery Clift surge inespressivo no papel do padre. Anne Baxter tambem não faz grande coisa, Mas Hasse  encarna bem o covarde Otto Kruger

 A direção de arte, entretanto esta de parabens, os cenarios da paroquia são lindos. A abertura do filme esta entre as criativas de Hitchcock, as placas que vão guiando o expectador até o local do crime foi uma otima ideia.

 A cena do flashback de Rita tambem foi muito bem filmada por Hitchcock, sendo uma sequencia totalmente muda, e com os atores fazendo gestos exagerados.

 Com esses elementos, percebe-se que aquele é um passado obviamente idealizado pela mocinha, muito bom10.

 

 Hitchcock teve problemas para se entender com Motgomey Clift, pois esse era um ator do metodo, que procurava entender as motivações de seus personagens. Hitchcock não gostava disso, para ele, eles deviam seguir suas ordens, e ponto A celebre frase do mestre, quando perguntado qual éra a motivação do ator para aquele papel"Seu salario"06

 Hitch éra um homem religioso, e trocou muitas cartas com a sociedade religiosa americana durante as filmagens. Isso fez com que ideias como o padre manter relaçoes com a mocinha, ter um filho dela, e SPOILER morresse assasinado por Otto  fossem descartadas.

Como sempre, espero opiniões.

Valeu16

 

 
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Esse é bão demais! Tá no meu Top 10 do Hitch. 1616
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