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Forum Cinema em Cena

Os Queridinhos e os Odiados do Fórum CeC


Engraxador!
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Adoro Gladiador também. Não acho que ele tenha pretensão nenhuma que não seja apenas contar uma boa história, com todos aqueles elementos manjadinhos: vingança, traição, amor, amizade, etc. E que ainda são os melhores. E pra mim ele acerta em cheio em todos ou quase esses aspectos. É uma puta diversão, e o Crowe consegue tirar do personagem um negócio espirita usando praticamente apenas a expressão. Ao contrário da maioria dos heróis do tipo que conseguimos conhecer a personalidade pelas ações, o Crowe parece que desenha no corpo toda a amargura que o personagem dele sente, só de olhar tu já sabe que aquele ali se fodeu e quer foder todo o resto.

 

Teve uma pessoa que não gostou do filme e apontou diversos defeitos e tal, mas um deles eu achei bem interessante, esse aqui ó:

"No entanto, estas pequenas `liberdades` não se comparam ao verdadeiro atentado histórico cometido por Gladiador, mais recente trabalho de Ridley Scott... blá, blá, blá, fala tudo que o filme faz de diferente da história real, blá, blá... Preciosismo

exagerado? Não creio. O mínimo que um roteirista disposto a adotar

personagens reais em sua narrativa deve fazer é manter-se fiel aos

fatos na medida do possível. É claro que pequenas concessões são

inevitáveis, mas o que Gladiador faz é muito mais grave:

reescreve parte da História para acomodar as necessidades

mercadológicas de Hollywood. Isso, sim, é barbaridade."

 

Tive vontade de rir.

 

 

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Pois é, compromisso histórico não né gente? Isso é muito bobo.

 

E antes que o Nacka venha falar (e com sentido) que eu não gostei de Mente Brilhante pelo mesmo motivo eu deixo claro novamente que eu apenas acho que a história real do cara daria um filme mais interessante. Isso é apenas incidental. Cinema não tem obrigação de preencher lacunas na educação convencional de ninguém...

 

E nacka, tenho que ver mais Globo Rural...06

 

 

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Pois é' date=' compromisso histórico não né gente? Isso é muito bobo.

E antes que o Nacka venha falar (e com sentido) que eu não gostei de Mente Brilhante pelo mesmo motivo eu deixo claro novamente que eu apenas acho que a história real do cara daria um filme mais interessante. Isso é apenas incidental. Cinema não tem obrigação de preencher lacunas na educação convencional de ninguém...

E nacka, tenho que ver mais Globo Rural...06
[/quote']

 

Nem vou falar sobre Mente Brilhante gosto dele tanto quanto você, e sobre essa história de cinema=compromisso histórico, muita gente cobra isso mesmo e deixa até de gostar de alguns filmes porque não vê o que espera e cobra do diretor fidelidade com a história. Num filme como Gladiador deve ter gente que foi babando só pra encontrar as "falhas"...

 

Globo Rural é cultura... 06

 

 

 
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Teve uma pessoa que não gostou do filme e apontou diversos defeitos e tal' date=' mas um deles eu achei bem interessante, esse aqui ó:

"No entanto, estas pequenas `liberdades` não se comparam ao verdadeiro atentado histórico cometido por Gladiador, mais recente trabalho de Ridley Scott... blá, blá, blá, fala tudo que o filme faz de diferente da história real, blá, blá... Preciosismo exagerado? Não creio. O mínimo que um roteirista disposto a adotar personagens reais em sua narrativa deve fazer é manter-se fiel aos fatos na medida do possível. É claro que pequenas concessões são inevitáveis, mas o que Gladiador faz é muito mais grave: reescreve parte da História para acomodar as necessidades mercadológicas de Hollywood. Isso, sim, é barbaridade."

Tive vontade de rir.

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Clássicos do Paulinho da Vila... 06
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O grande problema do filme Uma Mente Brilhante é tratar a esquizofrenia do cara como se fosse um dom e não como uma grave doença. Faz mto tempo que vi o filme, preciso rever para tratar com justiça de falar sobre ele...mas em si, não acho o filme ruim (claro que as atuações de Crowe, Connelly e Bettany ajudam mto o filme), mas esse fato de quase "celebrar a doença" me incomoda. Só para efeito de comparação, assistam Spider - Desafie Sua Mente, de David Cronenberg ou Possuídos (Bug), de William Friedkin...esses dois filmes mostram o qto a esquizofrenia é uma doença terrível.

 

 

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Gosto de "Uma Mente Brilhante", acho um bom drama, bem interpretado principalmente, mas eu tive a mesma sensação que "Em Busca da Terra do Nunca", ou seja, parece que são filmes que seguiram a mesma cartilha ... até a trilha é "chorosa" ... não chego a me incomodar com as mudanças ou amenizadas sobre os aspectos da vida do cara até pq é um filme baseado/inspirados em personagens reais ... eles não precisavam seguir a risca até pq existem muitas situações da vida real que não são cinematográficas ... mas isso tem muito a ver com o Ron Howard ... se fosse o Oliver Stone ou Michael Haneke, por exemplo, bem provavelmente o protagonista seria alguém muito mais contraditório, polêmico ... não seria um típico herói dramático e tal ... mas ainda assim gosto, confesso que faz muito tempo que o revi, mas gostei muito do Crowe, da Connely, do Bettany e do Harris... 7/10.

 

Quanto ao Gladiador é um ótimo filme, a trajetória do personagem é muito massa, todos os eventos que ele enfrenta, a gente não vê a hora dele se encontrar com o imperador ... bem dirigido, ótimas atuações do Crowe, do Phoenix, do Harris ... até a Nielsen tá bem ... só não curti muito o final ... sei lá, esperava algo mais apoteótico (até pela expectativa) e ficou muito filosófico, muito "florido" ... 8/10. Essa coisa de exigir coerência histórica não é uma necessidade obrigatória ... talvez até desnecessária mesmo ...
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 Meio off topic, meio a ver com esse lance de um filme ser fiel ou não historicamente, abaixo reportagem sobre a fidelidade de um filme à obra literária em que se inspira ou leva o nome (lembrando que recentemente Fernando Meirelles mudou "Ensaio Sobre a Cegueira" à contragosto do mestre José Saramago...):

 

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Adaptações de obras literárias precisam ser fiéis?

O longa ''Nossa Vida Não Cabe Num Opala '', roteirizado a partir da peça do dramaturgo Mário Bortolotto, reacende uma antiga discussão: por que os escritores normalmente implicam com as adaptações de seus livros para o teatro ou cinema?

Por Sheyla Miranda

 

 

Federico Fellini, um dos inconstestáveis mestres do cinema mundial, teria dito que para filmar um livro é preciso jogá-lo fora depois da leitura e filmar só o que ficou na memória. É mesmo uma opinião de roteirista-cineasta, porque autores de obras literárias costumam não aprovar adaptações que recriem demais a partir da história original.

Com o longa Nossa Vida não Cabe num Opala, roteirizado por Di Moretti e dirigido por Reinaldo Pinheiro, retomou-se a polêmica discussão sobre a validade - e a qualidade - de versões cinematográficas e teatrais de textos literários, sobretudo os brasileiros. O roteiro do filme foi escrito a partir da peça Nossa Vida não Vale um Chevrolet, de Mário Bortolotto.

O dramaturgo,quetambém já flertou com a literatura ao levar aos palcos livros de Lourenço Mutarelli e Daniel Galera, não gostou da adaptação de seu texto para o cinema. Ou melhor, destestou. "São muitos os problemas desta versão. O clima da peça foi completamente alterado, transformaram a história num melodrama. Como não concordei com a segunda versão do roteiro, tirei meus nomes do crédito do filme". O dramaturgo, quando resolve fazer uma adaptação literária ao teatro, procura ser o mais fiel possívelà obra original. "Para transpor uma obra para outra linguagem, não é preciso mexer na história concebida pelo autor, apenas fazer ajustes técnicos, às vezes enxugar o texto, mas não desfigurá-la a ponto de o autor não se reconhecer no que vê".

A escritora Clarah Averbuck também declarou não ter ficado satisfeita com Nome Próprio, filme de Murilo Salles inspirado nos livros Máquina de Pinball, Vida de Gato e em textos postados no blog da autora. "É uma adaptação, livre demais para o meu gosto, livre inclusive de um dos pilares da minha literatura, o sarcasmo", escreveu Averbuck em matéria publicada na edição de julho de BRAVO!.(leia aqui)

Mas há quem conteste tanta fidelidade aos textos literários quando se trata de adaptações para cinema e teatro. Marçal Aquino, escritor e roteirista - com experiência dos dois lados, portanto - defende que, sendo as linguagens tão específicas e diferentes, não há como preservar a história tal qual ela é no original em um roteiro de cinema. "Quando me dispus a ceder meus livros para o cinema, sabia que seriam desrepeitados. Acho até que as histórias deveriam ser desrepeitadas como literatura, porque senão como filmes ficariam sem força. O melhor que se pode conseguir, ao adaptar uma obra literária, é estabelecer um diálogo à altura com essa obra".

O roteiro do filme O Cheiro do Ralo, lançado em março de 2007, é de autoria do próprio Marçal e do cineasta, Heitor Dhalia. Sucesso de público e de crítica, o longa é baseado no livro homônimo do escritor e quadrinista Lourenço Mutarelli. Tanto esta adaptação quanto as que foram feitas de seu primeiro romance, O Natimorto (para teatro e cinema), agradaram Mutarelli, que é pouco possessivo com sua obra. "Não tenho muita propriedade sobre o que eu faço. Gosto de ver o olhar de outras pessoas sobre o meu trabalho, o que também me possibilita enxergá-lo de diferentes formas. Não acho que a adaptação precise ser absolutamente fiel. O que não pode acontecer é o autor não se reconhecer depois da modificação da história".

Marçal defende ainda que o cinema não é lugar de escritores apegados aos próprios personagens, à própria obra. Se venderem os diretos para um roteirista ou cineasta, terão de aceitar que a obra seja desconstruída para se tornar um bom filme, capaz de atender às expectativas do público de cinema.

Não é, ao que parece, o que pensa o colombiano Gabriel García Marquez. Apesar de ter cedido os direitos autorais de seu romance O Amor nos Tempos do Cólera para o cinema, ele continua a resguardar seu livro mais fantástico, Cem Anos de Solidão. Toda vez que um estúdio de Hollywood o procura interessado em levar esta obra para as telas, ele aumenta o preço dos direitos autorais. Para García Marquez, nada de filmar só com o que ficou registrado na memória.
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 Por falar em Fernando meirelles e seu queridinho "Cidade de Deus". Alguém aqui desgosta desse filme e/ou o acha simplesmente bom?

 

 Lembro-me que na época de seu lançamento o povo ficou "louco": era quase uma experiência religiosa, obrigatória ver "Cidade de Deus" nos cinemas. Resisti ao frenesi. Não fui. Só o assisti 2 anos depois em DVD. E cá pra nós: um filme extremamente bem feito, espetacularmente bem editado, com elenco afiado nas interpretações, mas cuja história não achei nada demais. Aliás, nem a direção do Meirelles me chamou a atenção assim... Mais do mesmo (favela, bandido, tráfico, miséria etc) do Brasilzão nosso só que numa roupagem narrativa hollywoodiana, mainstream. 

 Não o acho isso tudo, não...
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 Meio off topic' date=' meio a ver com esse lance de um filme ser fiel ou não historicamente, abaixo reportagem sobre a fidelidade de um filme à obra literária em que se inspira ou leva o nome (lembrando que recentemente Fernando Meirelles mudou "Ensaio Sobre a Cegueira" à contragosto do mestre José Saramago...): [/quote']

 

Ao que parece o Saramago gostou MUITO do resultado final de Blindness...
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 Meio off topic' date=' meio a ver com esse lance de um filme ser fiel ou não historicamente, abaixo reportagem sobre a fidelidade de um filme à obra literária em que se inspira ou leva o nome (lembrando que recentemente Fernando Meirelles mudou "Ensaio Sobre a Cegueira" à contragosto do mestre José Saramago...): [/quote']

 

Ao que parece o Saramago gostou MUITO do resultado final de Blindness...

 

 E gostou mesmo! Chegou a ficar emocionado. Quase chorou. Só que o Meirelles resolveu alterar o filme: cortou a narração em off do velho negro (Glover). Antes de fazê-lo, perguntou a opinião de Saramago e este o desaconselhou a retirar a narração. Ñ adiantou. Ele foi lá e alterou.

 

 Pelo menos, parece que não tudo: a narração continua em 2 ou 3 partes da película.   
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 Por falar em Fernando meirelles e seu queridinho "Cidade de Deus". Alguém aqui desgosta desse filme e/ou o acha simplesmente bom?

 

 Lembro-me que na época de seu lançamento o povo ficou "louco": era quase uma experiência religiosa' date=' obrigatória ver "Cidade de Deus" nos cinemas. Resisti ao frenesi. Não fui. Só o assisti 2 anos depois em DVD. E cá pra nós: um filme extremamente bem feito, espetacularmente bem editado, com elenco afiado nas interpretações, mas cuja história não achei nada demais. Aliás, nem a direção do Meirelles me chamou a atenção assim... Mais do mesmo (favela, bandido, tráfico, miséria etc) do Brasilzão nosso só que numa roupagem narrativa hollywoodiana, mainstream. 

 Não o acho isso tudo, não...
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Acho absolutamente fabuloso. E eu tenho um fator a mais: calou minha boca preconceituosa sobre o cinema nacional. Fiz quase o mesmo que você...resisti brutamente a tudo que me disseram, todo mundo comentando bem do filme, falando que era magnânimo e eu não acreditando. Um dia resolvi ter a experiência e achei bárbaro. Favela, bandido, tráfico, miséria...mais do mesmo? De jeito nenhum. A primeira lição que aprendi sobre o cinema nacional: a arte lida com muito mais que isso e os elementos podem se combinar de infinitas maneiras surpreendendo e criando sutis contribuições aparentemente que podem fazer com que o resultado seja sim original.

Geração, sustentação e propagação da violência em um ciclo infinito de caos, inserção, reinsserção e redefinição de pessoas e seus valores, utilizando os "pífios" seres humanos como peões em um tabuleiro de xadrez cujas funções parecem determinadas pelo destino...e isso é só o início. Filmaço.

Mr. Scofield2008-08-28 14:52:22

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Acho absolutamente fabuloso. E eu tenho um fator a mais: calou minha boca preconceituosa sobre o cinema nacional. Fiz quase o mesmo que você...resisti brutamente a tudo que me disseram, todo mundo comentando bem do filme, falando que era magnânimo e eu não acreditando. Um dia resolvi ter a experiência e achei bárbaro. Favela, bandido, tráfico, miséria...mais do mesmo? De jeito nenhum. A primeira lição que aprendi sobre o cinema nacional: a arte lida com muito mais que isso e os elementos podem se combinar de infinitas maneiras surpreendendo e criando sutis contribuições aparentemente que podem fazer com que o resultado seja sim original.
Geração, sustentação e propagação da violência em um ciclo infinito de caos, inserção, reinsserção e redefinição de pessoas e seus valores, utilizando os "pífios" seres humanos como peões em um tabuleiro de xadrez cujas funções parecem determinadas pelo destino...e isso é só o início. Filmaço.

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Onde eu assino?
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Então eu sou feio e bobo.

 

Você gosta de algum filme nacional?

 

 

 

Ou ainda tá naquela bobeira de USA? Tá na hora de crescer' date=' não?[/quote']

 

 

 

Pô, vocês levam tudo muito a sério. 06.gif Aquilo era relacionado às Olimpíadas e só, quem tem avatar do Bush é o Sith.06.gif

 

 

 

Adoro Tropa (top 10 da década), Cinema, Aspirinas e Urubus, Gláuber Rocha (que muita gente odeia), Furtado (exceto aquele dos verões lá, muito gaúches para mim, hehe), O Bandido da Luz Vermelha e até Central do Brasil, para ficar nos que eu me lembro agora. Confesso que conheço pouco e tenho preguiça de procurar, mas isso já é outra história...

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Oxe... qual a razão? Seria o fator "Laranja Mecânica"? 06

 

Não nem é... sei lá, não tive vontade... mas como já tinha lido o livro A Elite da Tropa e não achei lá essas coisas, tô adiando o filme... qualquer dia desses eu assisto...

 

 

 

 
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Tb não fui assistir Tropa de Elite com muito entusiasmo... Lembro que deixei até escapar no cinema, mas tive a sorte do filme estar participando de uma Mostra no final doa no passado. Mas mesmo assim, apesar do filme ser muito bom, não é nenhum divisor de águas...

 

Já o Meirelles é um mestre, além de ter um lado Ridley Scott de filmar, é um diretor com muita sensibilidade, motivo pelo qual prefiro O Jardineiro Fiel a Cidade de Deus. Mas ambos são filmaços.
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