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Forum Cinema em Cena

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Caro Paulo

 

 

 

Obrigada pela resenha, mas me desculpe, não concordo.

 

Assisti ao filme na Mostra Internacional de São Paulo e tive uma ótima diversão.

 

 

 

Acho que em geral os críticos vão ao cinema buscar a perfeição e achar buracos, ao invés de buscar a pura e simples diversão.

 

 

 

E o público que assistiu o filme na Mostra também gostou, tanto que a avalição de 315 votos, se não estou enganada, e que fou publicada no site da Mostra dava o filme uma nota acima de 4, a máxima é 5.

 

 

 

Hoje saiu uma resenha maravilhosa do Luiz Carlos Merten no O Estado de S.Paulo:

 

http://www.estadao.com.br/arteelazer/cinema/noticias/2006/dez/01/107.htm?RSS

 

 

 

Um Bom Ano, de Ridley Scott, vai além do retrato

 

 

 

Russell Crowe e Albert Finney no elenco da história que, em síntese, mostra o perfil de um cafajeste que se humaniza e consegue criar uma teoria de arte e vida

 

 

 

Há uma mistura muito interessante de convenção e subversão em Um Bom Ano, o novo filme de Ridley Scott, que estréia hoje. É fácil destacar o carisma dos atores (Russell Crowe e Albert Finney), a beleza das paisagens (a Provence francesa), mas é empobrecedor reduzir o alcance do filme, vendo em Um Bom Ano apenas mais um na série de títulos com que Hollywood mostra a transformação de personagens neuróticos e competitivos que, pelos motivos mais variados, tomam consciência do que representa a vida deles - e mudam.

 

 

 

Um Bom Ano parece típico da tendência. Russell Crowe faz o cafajeste da Bolsa de Valores de Londres, um sujeito sem o mínimo de ética e preocupado apenas em mostrar que é o melhor, a qualquer preço. Inesperadamente, Max Skinner (Max-milhão) recebe a notícia de que seu tio morreu e ele, como parente mais próximo, herdou sua vinícola na França. Disposto a ganhar dinheiro (e a desfazer-se rapidamente da propriedade), Max viaja para o local onde passou as férias mais importantes da sua vida, terminando por tomar consciência do canalha em que se transformou - e mudando para melhor.

 

 

 

 

 

Teoria do cinema de Scott

 

 

 

Canalha, Max Skinner sabe desde a primeira cena que é e o tema do filme não é a sua transformação e, sim, outra coisa. Há tempos, Ridley Scott vem construindo uma espécie de teoria do cinema, à qual os críticos não prestam atenção. As cenas de ação de Gladiador não eram só espetaculares. Elas envolviam uma crítica do diretor ao próprio conceito do espetáculo, usando o pão e circo das arenas romanas para debater o pão e circo patrocinado por Hollywood, na atualidade.

 

 

 

Tente ver Um Bom Ano por este ângulo e o filme cresce bastante com isso. Apenas um exemplo. Vá lá que sejam - dois. Numa cena, o francês que faz o vinho no terroir que Skinner herdou faz uma referência a Marcel Proust, às mulheres segundo o autor de Em Busca do Tempo Perdido. Este mesmo personagem tem um cãozinho chamado Tati, que remete a Jacques Tati, o criador de M. Hulot (e cenas do filme As Férias do Sr. Hulot aparecem num clipe quando Crowe está no restaurante com Marion Cotillard, que vai ilustrar, digamos assim, o perfume proustiano do relato).

 

 

 

Não se trata de simples relação de causa-e-efeito, mas daquilo que os franceses chamam de ´clin d´oeil´. Sabe, quando a gente dá uma piscadinha para uma pessoa, quando acaba de dizer alguma coisa, ou quando vai dizer, para estabelecer uma cumplicidade? Um Bom Ano é todo feito assim. Proust não entra só por causa do que disse sobre as mulheres, mas também por causa do tempo perdido e reencontrado, embora a madeleine que Max encontra no jardim da casa (o copo e o charuto abandonados) levem a uma outra coisa - uma estrutura narrativa à Morangos Silvestres, de Ingmar Bergman, na qual passado e presente coexistem na mesma imagem (e embora seja o som que, às vezes, faça essa passagem).

 

 

 

 

 

O tempo é um grande personagem

 

 

 

O tempo é o grande personagem de Um Bom Ano e, por isso, o filme começa com todos aqueles letreiros (algumas vindimas atrás, muitas vindimas à frente). Essas cenas iniciais estabelecem a convenção, revelam o tio e sugerem a gênese do homem em que Max se transformou, mas também fornecem o ponto para que os dois atores exibam a exuberância dos seus estilos de representação - a non chalance de Finney, a arrogância de Crowe. Por que construir o filme ´para´ os atores? Para falar de cinema, de arte, de vida. O enólogo contratado para dar seu parecer sobre o terroir diz que aquela terra não vale nada, mas como, se ela produz, artesanalmente, o melhor vinho do mundo, o que Max custa a descobrir? O falso e o verdadeiro, mas não o trivial dessa abordagem.

 

 

 

Ridley Scott com toda certeza viu Morangos Silvestres, de Bergman (e o filme que o antecedeu, Senhorita Júlia, do também sueco Alf Sjoberg). Viu, não há dúvida, Sideways - Entre Umas e Outras, de Alexander Payne, e talvez tenha visto Mondovino, de Jonathan Nossiter, porque a oposição entre os estilos americano e francês de encarar o terroir é um dos subtemas de Um Bom Ano. O vinho para falar de vida, a arte do vinho para falar da arte de viver - e fazer filmes. Max faz a grande descoberta olhando o filme de Tati, a queda de M. Hulot na água, que remete à sua queda na piscina, só que em vez de água ela está cheia de barro. A partir daí, tudo fica mais fácil - a descoberta do amor e da possibilidade de uma outra vida, é verdade que ameaçada pelo estresse (a fala final do amigo, pelo telefone), mas na qual vale investir.

 

 

 

Tudo isso se faz por meio de uma conversa sobre arte. Max observa que o chefe guarda seu Van Gogh no cofre e expõe a cópia, à qual não dá importância justamente porque sabe que ela não vale nada. Qual é o sentido de guardar um Van Gogh no cofre? Deve ser o mesmo de não querer fazer cinema para o público. O risco é, na busca pelo diálogo, cometer o engano de falsificar a realidade, de trapacear. É o que o espectador descobre genialmente por meio da secretária, no desfecho que é melhor não contar, no encontro dela com o rapper e seu empresário. É o arremate perfeito para um filme que comporta múltiplas leituras. Não fique na mais trivial. E, acima de tudo, desfrute o prazer que bons vinhos e bons filmes, como Um Bom Ano, podem proporcionar.

 

 

 

Cotação: Ótimo.

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Jornal da Tarde, São Paulo, 30/11/2006:

 

http://www.jt.com.br/editorias/2006/11/30/var-1.94.12.20061130.1.1.xml

 

 

 

Crowe X Crowe

 

Franthiesco Ballerini

 

 

 

Uma das maneiras de detectar o talento de um ator é assistir ao seu filme mais recente e imaginar se seu personagem se parece com o do filme anterior. Se isso é verdade, Russell Crowe é um excelente ator: o analista financeiro de Um Bom Ano, que estréia amanhã, em nada lembra o gladiador que o australiano interpretou seis anos atrás com o mesmo diretor, Ridley Scott.

 

 

 

A nova produção é bem diferente do que Scott tem feito nos últimos tempos. Em vez das batalhas, lutas e ações de Gladiador, Falcão Negro em Perigo e Cruzada, o público poderá relaxar na região de Provença, França, e assistir a uma comédia romântica com pouca cara de comédia e muita de romântica.

 

 

 

Em um papel que caberia como uma luva em Hugh Grant, Russell Crowe é o londrino Max Skinner, frio e cruel especialista em investimentos, craque em comprar e vender ações na hora certa. Chama seus funcionários de ratos de laboratório, mas é unanimemente admirado porque faz milhões em questão de segundos, mesmo que use estratégias um tanto antiéticas.

 

 

 

Embora tenha residência em Londres, passou a infância com o tio, produtor de vinhos na França. Vivido por Albert Finney, o tio Henry adorava derrotá-lo no xadrez e no tênis, além de testar seus vinhos com o sobrinho. É a única pessoa que Max amou, mas sua frieza o distanciou do tio por dez anos e, de repente, ele recebe a notícia que o velho morreu e lhe deixou a vinícola.

 

 

 

Max viaja para Provença pensando nos milhões que pode faturar com a venda e acaba se deparando com memórias e uma nova realidade totalmente diferentes de sua rotina. A resistência àquela rotina bucólica desaparece mais rápido que gelo em chapa quente. Ele conhece uma garçonete francesa, Fanny (Marion Cotillard), por quem se apaixona perdidamente. E do nada, aparece uma americana que se diz filha ilegítima de seu tio, que em vez de clamar pela herança, mostra a ele o valor sentimental daquele lugar e um interesse enorme em saber mais sobre seu pai.

 

 

 

O novo filme de Ridley Scott é agradável como a paisagem da Provença, saboroso como o vinho misterioso que Max encontra na adega do tio, mas absolutamente previsível. Reforça estereótipos, como a idéia de que londrinos são urbanos e workaholics e franceses são bon vivants. Isso é explicável, já que o roteiro nasceu do livro do escritor Peter Mayle, amigo de Scott que só escreve sobre a região da Provença.

 

 

 

Apesar de tudo, Um Bom Ano é como os bons vinhos de lá: para ser saboreado, não engolido. O filme recebeu críticas amargas dos ingleses - rivais seculares dos franceses - dizendo que ele parece mais um “comercial de Renault Clio” ou um “turismo gastro-pornô”.

 

 

 

O melhor a fazer é rir da rivalidade boba entre os dois países. E aproveitar esta comédia sensível às coisas simples da vida, feita por um diretor que sabe transformar qualquer best-seller em um filme muito agradável, que precisa de apenas um grande talento para se valer. No caso, o ator Russell Crowe.

 

 

 

Uma Parceria de Sucesso – Ridley e Russell: A dupla Ridley e Russell já havia dado certo antes: “Gladiador”, de 2000, foi baseado na estória de Maximus, general que se torna escravo na Roma antiga. Até hoje, é o principal trabalho do ator, que levou o Oscar pelo papel. O filme de Ridley Scott também levou outras quatro estatuetas. Seu próximo longa, American Gangster, previsto para estrear no ano que vem, também é com Crowe.

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O Correio da Bahia, 01/12/2006:

 

http://www.correiodabahia.com.br/folhadabahia/noticia.asp?codigo=117659

 

 

 

O prazer sensorial do recomeço

 

Ridley Scott cria trama intimista e um tanto previsível em ‘Um bom ano’, que estréia hoje.

 

 

 

Por Paulo Sales

 

 

 

Existe um mundo, em Londres, onde o cotidiano é cinzento e o objetivo primordial da existência é acrescentar o máximo possível de casas decimais à própria conta bancária. E há, do outro lado do Canal da Mancha, em Provence (sul da França), um mundo mais solar, onde a vida pode ser degustada como um bom vinho produzido na região. Esse antagonismo entre trabalho e prazer, ou entre as formas diametralmente opostas de anglo-saxões e latinos enxergarem a vida, é o cerne de Um bom ano (A good year, EUA, 2006), novo trabalho de Ridley Scott, que entra hoje em cartaz.

 

 

 

Intimista, delicado e um tanto insosso e previsível, o longa estrelado por Russell Crowe não faz parte da linhagem de superproduções que consolidaram o nome do diretor em Hollywood, como Blade Runner, Alien – O oitavo passageiro e Gladiador, para citar algumas pedras fundamentais da sua filmografia (também pontuada pela mediocridade atroz de Cruzada e Falcão negro em perigo). Um bom ano está mais próximo do excelente Thelma & Louise ou de Os vigaristas, também centrados nas aspirações e escolhas que movem o destino de um indivíduo, ao contrário das ficções e épicos do diretor, que o mostram como uma marionete a reboque da civilização.

 

 

 

Num papel em que tenta mostrar – sem êxito – seus dotes cômicos, Crowe encarna o ambicioso Max Skinner, especialista em compra e venda de títulos da Bolsa. Inescrupuloso, trabalhando à beira da desonestidade, ele se tornou um milionário seguindo à risca o lema “ganhar não é tudo, mas é a única coisa que importa”. Ganhou, é fato, mas há uma lacuna que dificilmente conseguirá preencher. Ninguém gosta de Skinner. Alguns o temem, outros o admiram, mas o afeto é um sentimento que ele desconhece. Ou, pelo menos, esqueceu, já que na infância travou contato com um estilo de vida radicalmente oposto ao seu, no vinhedo do tio Henry (Albert Finney, do sublime Peixe grande, de Tim Burton).

 

 

 

Bon vivant, adepto inveterado de alguns dos prazeres mais fascinantes da vida (mulheres, vinhos, charutos e ócio, não necessariamente nessa ordem), Henry procurou ensinar ao sobrinho, órfão de pai e mãe, como se comportar para viver com conforto e de forma honesta. Max não seguiu seus conselhos, e mais tarde os dois romperam relações. Mesmo contra a vontade, Skinner vai precisar revisitar esse passado ao receber a notícia da morte do tio. Por ser o único parente conhecido, herda a propriedade. E viaja ao sul da França apenas com o propósito de vendê-la o mais rápido possível para voltar logo à rotina em Londres.

 

 

 

Mas, ao chegar ao château abandonado e se confrontar com as próprias memórias, emergidas a cada reminiscência sensorial (os cheiros, a atmosfera calorosa, o idioma), Skinner começa a rever os caminhos que trilhou até então. Irá travar contato – a princípio uma colisão entre dois mundos – com o vigneron (responsável por cuidar dos vinhedos) Duflot (Didier Bourdon) e sua mulher Ludivine (Isabelle Candelier), descobrirá Christie (Abbie Cornish), uma filha desconhecida do tio (de quem desconfia ser uma aproveitadora), e se apaixonará pela bela e impetuosa Fanny Chenal (Marion Cotillard).

 

 

 

Histórias de reavaliação pessoal não são novidade no cinema, e essa incômoda sensação de déjà vu perpassa toda a trama de Um bom ano, que ainda sofre com um desnecessário registro cômico (o jeitão meio apatetado de Crowe não combina com cenas de humor físico, como quedas e tropeções). Mas seria injusto não reconhecer algumas virtudes no filme de Scott (que já foi dono de um vinhedo no sul da França). Ele é agradável, às vezes divertido e capta belas imagens em tom amarelado da região de Provence (que se contrapõem ao cinza-azulado de Londres). Está longe de mudar nossas vidas, mas as duas horas que se passa em frente à tela não são necessariamente um desperdício.

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Revista Nova, dezembro/2006, pg. 40 na parte de cinema (Seção Agite-se) Um Bom Ano é o único filme comentado:

 

 

 

"Viagem no tempo: Nessa época de festas, em que repensamos nossas atitudes, cai como uma luva ver o novo filme do diretor Ridley Scott. Em Um Bom Ano, Russell Crowe faz um banqueiro inglês arrogante que recebe de herança um vinhedo na França, onde passou sua infância. Chegando lá, o bonitão se depara com dois imprevistos: uma americana que também reinvindica as terras e a dona de um café, por quem ele se apaixona”.

 

 

 

 

 

A Vejinha São Paulo dá 3 estrelas (Bom) para o filme. A revista Veja desta semana comenta:

 

 

 

Assim é Fácil: Russell Crowe aprende a ser feliz na Provença. É claro. Em Um Bom, desde sexta em cartaz no país, Russell Crowe é Max, um voraz operador do mercado financeiro londrino que, ao herdar do tio uma propriedade na Provença, pensa automaticamente em quantos milhões sua venda pode gerar. Lá se vai então para o sul da França, crente de que vai fazer picadinho dos matutos locais. É óbvio que o contrário acontece. De rasteira em rasteira, Max aprende a calcular o valor incalculável do romance, da lealdade. Do nada-fazer e dos mistérios da vinicultura. E, presto, até o fim do filme mais um monstro urbano terá adquirido forma humana sob o sol do Mediterrâneo – o que é uma fantasia recorrente dos sempre encharcados ingleses, como o ex-publicitário Peter Mayle, que escreveu o livro adaptado pelo conterrânio Ridley Scott. Falta mencionar que, para usufruir a sua vila provençal, acompanhada de um vinhedo de qualidades singulares e da beldade de rigueur, Max não é obrigado a abrir mão de sua igualmente atraente conta bancária. Donde fica difícil explicar por que ele precisa levar tanto na caveça até atingir seu estado de graça. Por outro lado, fica fácil entender por que Scott e Crowe desafinam tanto. É o som deles tentando engolir o cinismo.

 

 

 

 

 

Na revista Elle deste mês, pg. 100, temos a seguinte nota sobre Um Bom Ano, escrita por Tetê Ribeiro:

 

 

 

Safra Regular – Quando dois titãs do cinema se reencontram, as expectativas são bem grandes. Talvez isso atrapalhe o novo trabalho de Russell Crowe e do diretor Ridley Scott. Um Bom Ano não é ruim, mas não chega a ser um acontecimento cinematográfico, como foi O Gladiador, a grande parceria dos dois. Dessa vez, o ator encarna um corretor de ações que herda uma casa na Provence, no sul da França. A primeira coisa em que pensa é vender a propriedade, lucrar e voltar a ser trabalho – até descobrir que o segredo da sua felicidade pode estar nesse imóvel”.

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  • 2 months later...
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Dessa vez tenho q concordar com o Pablo, eis os problemas do longa:

 

- péssima atuação do protagonista

 

- roteiro tenta de todas a maneiras para fazer rir

 

- incoerência interna

 

- péssima direção

 

- repleto de clichês

 

- atuações secundárias apenas corretas (ressalvas a Highmore e Finney)

 

- é cansativo e entediante após seus 90 minutos

 

 

 

Os dois únicos pontos fortes:

 

- a atuação de Freddy Highmore

 

- a atuação de Albert Finney

 

 

 

e mesmo esses dois possuem pouco tempo em cena, não sendo possível nem pra ajeitar o filme.

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