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almanaqueAnos90_2.png

 

 

Almanaque Anos 90 (Silvio Essinger)

 

Eu continuo com a impressão de que os anos 90 acabaram ano passado,

ainda que uma década tenha se passado desde o seu fim. Informações sobre

aquela época são encontradas facilmente na internet, mas é interessante

ter um apanhado num livro (com 300 páginas cheias de imagens, parecendo

mais uma grande revista). Tem um defeito grave: a quase ausência de

lembranças que marcaram a infância na década de 90. O autor, adulto na

época, subestimou a importância das informações, mas a idade não é

desculpa. O livro tem valor e é resultado de muita pesquisa, mas poderia

ser melhor.

 

 

 

Agora é esperar o Almanaque Anos 2000, que, inacreditavelmente, já acabaram. Enquanto espero, vou ler o dos anos 80.

 

 

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200px-AmericanPsychoBook.jpg

 

O Psicopata Americano (1991)

 

Ultraviolento, nojento, às vezes ultrajante e, estranhamente, este livrinho acaba sendo uma obra-prima. Mostra um retrato assustador dos yuppies norte-americanos de Wall Street. As pessoas são reconhecidas pela marca e tipo de roupas que estão usando (ao mesmo tempo em que mendigos ou prostitutas são descritos pelas formas do rosto e corpo), dinheiro e notoriedade são muito mais importantes do que a questão da qualidade em si. O aspecto mais chocante, como não poderia deixar de ser, é o protagonista Patrick Bateman, uma pessoa sem identidade, que faz um grande esforço para se adequar à sociedade sem graça de que faz parte, ao mesmo tempo que procura se distanciar ao máximo dela. Sua diversão é matar pessoas, arrancar partes de seus corpos, explodi-las, eletrocutá-las, comê-las, deformá-las das piores formas que sua mente consiga imaginar (nesse sentido, as cenas de tortura e assassinato são quase impossíveis de se ler, porque a meticulosidade e maldade das descrições beira o insuportável). O mais estranho, porém, é que em aspectos da sua vida que não se relacionam a assassinato e tortura, Bateman se mostra delicado, tímido, inseguro. E, embora acompanhemos a trajetória deste vicioso degenerado, ele acaba sendo a pessoa por quem mais sentimos simpatia, pela autenticidade que mostra em suas dúvidas sobre a vida e sua total falta de sentimentos, o que acaba sendo muito mais atrativo do que a artificialidade de tudo o que o cerca.

 

PS: O filme acabou tendo maior fama que o livro, apesar de seu poder chocante estar bem, mas bem diluído mesmo. O longa é interessante principalmente pela atuação primorosa e cínica de Christian Bale (que aqui é Bateman e não Batman), mas está longe das qualidades que tem a obra escrita.

 

 

 

 

leomaran2011-12-14 12:26:23

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Eu achei o filme aguado e não sabia que é adaptado. Pelo que você escreveu, o livro parece ser muito bom.

 

Estou lendo Regency Buck, um dos romances históricos de Georgette Heyer, e Georgette Heyer's Regency World, um guia escrito por Jennifer Kloester, explicando vários aspectos da sociedade do Período Regencial.

 

Hoje eu terminei Harry Potter And The Half-Blood Prince. Tem um momento, perto do fim, em que Harry deixa o último resquício de infância pra trás, e é uma realidade terrível de enfrentar. Não tenho como dizer o quanto os acontecimentos finais são tristes.

 

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Eu achei o filme aguado e não sabia que é adaptado. Pelo que você escreveu' date=' o livro parece ser muito bom.

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Pois é. Não acho que o filme seja aguado, mas em comparação ao livro, é. Como só vi o filme depois de ler, achei que falta bastante da essência da obra. A ideia central está mudada e o longa é quase uma comédia. Ao mesmo tempo, o livro é cheio de instantes desesperadores. Confesso que tive que parar em alguns momentos, e voltar a ler depois.

 

Se bem que a cena da serra elétrica na escada (que não tem na obra escrita) é bem boa.

 

leomaran2011-12-14 14:52:21

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Eu achei o filme aguado e não sabia que é adaptado. Pelo que você escreveu' date=' o livro parece ser muito bom.

[/quote']

Pois é. Não acho que o filme seja aguado, mas em comparação ao livro, é. Como só vi o filme depois de ler, achei que falta bastante da essência da obra. A ideia central está mudada e o longa é quase uma comédia. Ao mesmo tempo, o livro é cheio de instantes desesperadores. Confesso que tive que parar em alguns momentos, e voltar a ler depois.

 

Se bem que a cena da serra elétrica na escada (que não tem na obra escrita) é bem boa.

 

Que horror! den

 

The Mysteries of Udolpho foi um livro que eu larguei por dois dias. O motivo foi medo. Eu tive até pesadelo.

 

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  • 2 weeks later...
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REGENCY_BUCK_1323876358P.jpg

 

Regency Buck (Georgette Heyer)

A história é bem menos empolgante do pretende ser. Todas as surpresas são previsíveis, entre elas a intenção de fazer do principal personagem masculino uma espécie de Mr. Darcy ou Mr. Rochester, mas suas boas ações não superam seu comportamento irritante, e eu não consegui gostar dele. Pelo menos a heroína é simpática... As características do Período Regencial, que a autora faz questão de exibir sempre com naturalidade, são o melhor que o livro rem a oferecer. Terminei de ler principalmente por teimosia.

 

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200px-AmericanPsychoBook.jpg

O Psicopata Americano (1991)

Ultraviolento' date=' nojento, às vezes ultrajante e, estranhamente, este livrinho acaba sendo uma obra-prima. Mostra um retrato assustador dos yuppies norte-americanos de Wall Street. As pessoas são reconhecidas pela marca e tipo de roupas que estão usando (ao mesmo tempo em que mendigos ou prostitutas são descritos pelas formas do rosto e corpo), dinheiro e notoriedade são muito mais importantes do que a questão da qualidade em si. O aspecto mais chocante, como não poderia deixar de ser, é o protagonista Patrick Bateman, uma pessoa sem identidade, que faz um grande esforço para se adequar à sociedade sem graça de que faz parte, ao mesmo tempo que procura se distanciar ao máximo dela. Sua diversão é matar pessoas, arrancar partes de seus corpos, explodi-las, eletrocutá-las, comê-las, deformá-las das piores formas que sua mente consiga imaginar (nesse sentido, as cenas de tortura e assassinato são quase impossíveis de se ler, porque a meticulosidade e maldade das descrições beira o insuportável). O mais estranho, porém, é que em aspectos da sua vida que não se relacionam a assassinato e tortura, Bateman se mostra delicado, tímido, inseguro. E, embora acompanhemos a trajetória deste vicioso degenerado, ele acaba sendo a pessoa por quem mais sentimos simpatia, pela autenticidade que mostra em suas dúvidas sobre a vida e sua total falta de sentimentos, o que acaba sendo muito mais atrativo do que a artificialidade de tudo o que o cerca.

PS: O filme acabou tendo maior fama que o livro, apesar de seu poder chocante estar bem, mas bem diluído mesmo. O longa é interessante principalmente pela atuação primorosa e cínica de Christian Bale (que aqui é Bateman e não Batman), mas está longe das qualidades que tem a obra escrita.
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Nooooooooooooooooossssssssa!!!

Que surpresa!

Jamais soube ! vontade de sair correndo pra comprar!dendendenden

Que foda!! e saber que o livro é tao bom quanto o filme(ahhh vá) me deixou superrrrrempolgado pra ler!

 

Excelente recomendaçao16
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Lidos:

 

 

 

Os Melhores Contos de Dostoievski

 

 

 

Olha, se esses são os melhores, o negócio dele não eram os contos. Não que sejam ruins, mas são repetitivos, em temática e em estrutura.

 

 

 

Traçando Porto Alegre - Luis Fernando Veríssimo e Joaquim da Fonseca

 

 

 

Não é um trabalho dos mais inspirados do Verissimo, embora as ilustrações do Fonseca engrandeçam a obra. Quase toda a força se concentra no início, quando o amor por Porto Alegre é sensível através das páginas. Depois, vem uma série de crônicas que não têm relação com a cidade, e certamente foram escolhidas pela editora para fazer volume.

 

 

 

Comecei a ler Coelho Vermelho, do Tom Clancy. Fazia uns anos já que eu não voltava ao Tom.

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MIDNIGHT_EXPRESS_1316872172P.jpg

 

Midnight Express (Billy Hayes e William Hoffer)

Billy Hayes foi preso na Istambul de 1970 com dois quilos de haxixe e forçado a cumprir uma pena absurda. Ele não é diferente de nós, mas num momento de irresponsabilidade cometeu um ato que está longe de ser terrível, embora seja considerado crime. Fica fácil simpatizar e se identificar com ele, ao vê-lo sobrevivendo em isolamento e abandono, num ambiente hostil e imundo. É uma daquelas experiências extremas que transformam as pessoas. A história impressionante e assustadora inspira uma reflexão sobre a corrupção e a opressão do sistema, a noção de justiça, a capacidade de resistência e de superação do ser humano e a ânsia por liberdade. Não dá pra confiar em autobiografias, mas o livro pode ser aproveitado como se fosse um romance.
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  • 2 weeks later...
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Noites Brancas - Fiódor Dostoiévsky

 

 

 

Estava há algum tempo querendo ler este aqui. Não sei se é pela alta expectativa que criei pelos outros livros dele, mas me decepcionei um pouco. É muito bem escrito e tal, mas aguardava algum momento mais impactante ou um desenvolvimento melhor dos personagens. Ainda assim, é uma narrativa bem bacana, quase um conto, por seu tamanho reduzido.

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Noites Brancas - Fiódor Dostoiévsky

 

 

 

Estava há algum tempo querendo ler este aqui. Não sei se é pela alta expectativa que criei pelos outros livros dele' date=' mas me decepcionei um pouco. É muito bem escrito e tal, mas aguardava algum momento mais impactante ou um desenvolvimento melhor dos personagens. Ainda assim, é uma narrativa bem bacana, quase um conto, por seu tamanho reduzido.[/quote']

 

 

 

Eu li esse em um livro de contos dele, Léo. Jamais soube que fosse um livro.

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Noites Brancas - Fiódor Dostoiévsky

 

 

 

Estava há algum tempo querendo ler este aqui. Não sei se é pela alta expectativa que criei pelos outros livros dele' date=' mas me decepcionei um pouco. É muito bem escrito e tal, mas aguardava algum momento mais impactante ou um desenvolvimento melhor dos personagens. Ainda assim, é uma narrativa bem bacana, quase um conto, por seu tamanho reduzido.[/quote']

 

 

 

Eu li esse em um livro de contos dele, Léo. Jamais soube que fosse um livro.

 

 

 

Na verdade, nem sei também, mas li em um livro separado só pra ele, então contei como livro mesmo.

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Noites Brancas - Fiódor Dostoiévsky

Estava há algum tempo querendo ler este aqui. Não sei se é pela alta expectativa que criei pelos outros livros dele' date=' mas me decepcionei um pouco. É muito bem escrito e tal, mas aguardava algum momento mais impactante ou um desenvolvimento melhor dos personagens. Ainda assim, é uma narrativa bem bacana, quase um conto, por seu tamanho reduzido.[/quote']

É inferior aos outros que eu li dele. Mas é especial pra mim, por causa da descrição vívida e certeira da mente do personagem principal, que tem o que chamam de Fantasy prone personalitcy. Ainda não quero acreditar que são raras as pessoas assim. Como é possível viver de outro jeito? Mas o cara do livro é exagerado. Ir tão longe não é bom.
Lucyfer2012-01-11 11:09:31
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103855492.jpg

 

Georgette Heyer's Regency World (Jennifer Kloester)

O Período Regencial Britânico (1795 a 1837) é muito associado aos romances de Jane Austen, que viveu naquela época, mas Jennifer Kloester se inspirou em Georgette Heyer, uma autora do século XX que escreveu romances históricos situados no Período Regencial. É uma obra eficiente e divertida na sua proposta de informar sobre a vida dos britânicos abastados da época. Trata dos valores morais, das roupas, dos meios de transporte, do casamento e de outros assuntos. Li quase tudo. Deixei de lado as partes que não despertaram minha curiosidade.

 

 

Agora estou lendo Peter Pan.

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  • 2 weeks later...
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Peter Pan (J. M. Barrie)

Quando as crianças estão em Neverland, entram num faz de conta bizarro no qual Wendy é a mãe, Peter é o pai e os garotos perdidos são os filhos. É parte do que torna o livro surreal. Mais do que desenvolver uma história fantástica, Barrie homenageia a fantasia e a capacidade imaginativa das crianças. Até o discurso elogioso sobre as mães funciona, superando o risco de ser piegas. E no meio de toda a bobagem, o suspense é real, porque o perigo criado pelos piratas parece real. A personagem mais adorável é Wendy, com uma superioriade que a torna uma líder sem deixá-la desagradável. Peter é pedante, egocêntrico e tirânico, mas não é tão ruim. Foi difícil, mas eu aprendi a gostar e a ter pena dele. Como ele pode permanecer criança para sempre, se não esquecer com facilidade as pessoas e os acontecimentos que passaram por sua vida? A história tem um final feliz e triste. Faz a gente lembrar que o tempo passa, as crianças crescem, os adultos um dia morrem e são esquecidos, novas crianças nascem e não há um fim. As pessoas mudam, e assim atravessam as experiências da vida. Tudo muda, exceto Peter Pan.

 

 

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Eu estou lendo Supernatural - O Diario De John Winchester,

 

pra quem gosta da serie,é um ótimo livro,vc fica sabendo o que John escrevia no diario,eu gostei

 

 

 

206306g0.jpg

 

 

 

    Baseado na série de TV Supernatural,O diário de John Winchester é a reprodução fiel do livro-chave consultado pelos irmãos Dean e Sam Winchester nos episódios. Nele estão reunidos os muitos segredos colecionados por john para enfrentar a saga da família: ameaças sobrenaturais, demônios, fantasmas, espíritos, bruxas e vampiros estão minuciosamente descritos e detalhados nas centenas ilustrações do Diário. Lançado com enorme sucesso em vários países, a tradução brasileira foi feita em cuidadosa pesquisa do universo Supernatural.

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Sense and Sensibility (Jane Austen)

 

Além de muitas horas de diversão, proporciona uma reflexão sobre várias características humanas. Não é difícil de ler, mas é uma obra complexa. Já comentei bastante o trabalho de Jane Austen, inclusive indiretamente, através dos filmes, então não vou dizer muito. Vou apenas acrescentar que aprendi a apreciar O Coronel Brandon, pela sua lealdade, constância e sensibilidade; e que o final em que tudo dá certo, mesmo sem exageros românticos, ao mesmo tempo me decepciona um pouco e é um alívio. Acho que algumas vezes a gente precisa de um final feliz...

 

 

Agora estou lendo Mary: Queen of Scots, de Antonia Fraser.

 

 

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  • 4 weeks later...
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Bandidos – Eric Hobsbawn (Editora Paz e Terra) ( 01.gif Bom). Neste livro o consagrado historiador faz uma análise do fenômeno do Banditismo, suas influências econômica e social. O Livro deu origem a um novo campo de pesquisa – o banditismo social. O livro não desce a fundo nas histórias destes bandidos tentando fazer análise deste fenômeno que ocorre em regiões periféricas e sendo uma manifestação do meio rural. Um fato interessante é o modo de lidar com estes bandidos pelo estado, tendo alguns se transformado em agentes da lei. Os bandidos vão desde Robin Hood a nosso famoso Lampião.

 

 

 

 

 

                        34q8n08.jpg

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  • 2 weeks later...
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Continuo com a briografia de Mary Stuart e comecei Hamlet.

 

Terminei:

O Aprendizado de Pequena Árvore (Forrest Carter). Livro muito emocionante e bom pra quem quiser, através da literatura, entrar em contato com uma cultura diferente da nossa e refletir sobre estereótipos.

 

Wuthering Heights (Emily Brontë). História cruel e pesada. Adoro o relacionamento de Cathy e Heathcliff principalmente pela perversidade. São dois personagens inesquecíveis, mas difíceis de gostar.

 

O Despenhadeirolivro (Fernando Vallejo). Histérico. O personagem, cheio de revolta, reclama de tudo. Mas ele tem razão, porque a vida tem muitos lados ruins. Bom, mas um pouco cansativo.

 

O Feudalismo (Hilário Franco Júnior). Li ano passado e recentemente resolvi reler. Texto básico, curto, muito resumido. Mesmo assim é mais aprofundado do que o dos livros que nós tivemos na escola.

 

 

 

Lucyfer2012-03-21 19:49:51

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