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Forum Cinema em Cena

Fronteiras do Universo


skellington
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Eu já li a Trilogia, é simplesmente estupendo. E uma coisa eu digo, não é nada infantil.

 

A Bússola eu li numa taca, a Faca sutil fiquei impressionada, e a Luneta tem que ter paciência de Jó pra chegar até a página 100, pq antes disso é um porre, mas fazendo um esforço vc chega lá!

 

Um amigo escreveu sobre o livro. Quem quiser dar uma lida....

 

 

 

Fronteiras do Universo / A Bússola Dourada

 

bussola.jpg
A primeira vez que ouvi sobre a trilogia “Fronteiras do Universo” do escritor Phillip Pullman, me disseram que era “parecida com ‘O Senhor dos Anéis’”. Fui pensando que iria encontrar um mundo de fadas, elfos, criaturas místicas. Engano e má informação de quem me disse aquilo. Na verdade, deveria ser algo mais para “se você achou interessante ‘O Senhor do Anéis’, existe uma possibilidade de que goste muito de ‘Fronteiras do Universo’”.

Na boa, a única coisa que lembra mesmo é o fato de ser uma trilogia. Fora isso, são livros completamente diferentes. A começar pelo tom da história. Novamente batendo na tecla das traduções nacionais, “Fronteiras do Universo” não é um nome coerente para o original, muito mais complexo, denso e expressivo. “His Dark Materials” é abrangente e instingante, pois o “His” do começo do nome dá o verdadeiro tom da história: a religião contemporânea e como ela se utiliza de fraquezas humanas para manter-se em seu apogeu ano após anos. Se “Ele” tem alguns “materiais escuros”, portanto o mundo como o conhecemos seria diferente e menos claro. Agora, se o “His” quis se referir a outra coisa, ainda não sei, pois só li o primeiro livro. O fato é que esse primeiro livro é espetacularmente adulto e beira a indecência católica, se é que isso existe.

Tirando a história de lado, temos um misto de descobrimento do caráter feminino por uma criança de 10 anos, religiosos manipuladores, heróicos vilões e, mais ainda, uma imposição da reflexão do leitor ao mundo ao seu redor. Tudo isso ambientado num universo que não está a milhões de anos-luz de distância. Na verdade, está aqui, junto de nós, só que dimensionalmente oposto. Juntando a isso algumas “bruxas” e outros seres, temos um emaranhado bem amarrado de informações concisas e, em sua maioria, recheada de momentos emocionantes. Os seres estão lá, mas suas personalidades são de pessoas que podem estar sentadas ao seu lado no ambiente de trabalho. Seres iguais que só mudam de embalagem.

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Entretanto, o grande chamariz desse primeiro livro é a importância dada à alma. É tocante saber que existe gente que consegue se utilizar de um corpo que tem sua alma “separada”, mas que demonstra paixão e humanidade muito maiores do que nós, que a detemos teoricamente dentro de um espaço apenas. Os “daemons” são uma atração a parte, e devem ser interpretados com calma e reflexão.

As comparações com a trilogia de Tolkien podem até exister, mas em muito momentos, principalmente em termos de valorização da alma, a de Pullman, pelo menos este primeiro, está anos-luz a frente.


PS.: Aliás, a adaptação cinematográfica desse primeiro livre está em andamento. Visite o site que é bem interessante. Tem até um aletômetro por lá.

 

 
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