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Frank Capra


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A Mulher Faz O Homem – Dir.: Frank Capra

Frank Capra, junto a Billy Wylder e Charles Chaplin, foi um dos três maiores roteiristas e diretores do cinema hollywoodiano em preto-e-branco dada a minha experiência nas suas comédias reflexivas. Aconteceu Naquela Noite é uma comédia romântica original e fina, construtiva pelo seu tempo de lançamento. A Felicidade Não Se Compra é, sem dúvidas, o melhor filme de Natal, com seu “cartão” de visitas aferindo a vida como um monumento. Chegamos a A Mulher Faz O Homem o mais político entre os três: James Stewart (provavelmente, presente no meu ranking #5 de atores – e até o começo do segundo semestre, desconhecido – de Janela Indiscreta e Um Corpo que Cai) representa um líder do clube infantil dos escoteiros, amado pelas crianças, e piamente crédulo na honestidade. Convocado para ser senador de seu Estado após a morte de um outro senador...... Isto porque os senadores são mandados por um rico empresário – Taylor – corrupto e que busca aprovar uma emenda para a construção de certa represa (obviamente, faturará fortunas com tal).

Mr. Smith, enfim, vai a Washington (o título original – muito mais coerente, apesar de não tão poético como o espanhol, Cavaleiro Sem Espada – ilustra realmente isto) e, ao chegar, ele fica admirado com as palavras de homens inspiradores na construção da república democrática americana, tal qual Lincoln; e uma passagem, inclusive faz menção com metáforas e metonímias a esta vinda (a “espera” de Lincoln, sentado sobre o monumento). Para Smith, é preciso valorizar o futuro de seu País – e isto ele propõe num projeto para a formação de um acampamento.Ambas as partes satisfeitas, não? Não mesmo. O “pequenino” equívoco do Sr. Smith é escolher como terra para seu plano a mesma região onde está localizada a dita cuja represa. Capra leva o filme monotonamente como se esperando uma triunfal badalada dos sinos da boa vontade; seu otimismo é um exemplo: por não forçar a barra momento algum, e contando com as performances de seus atores principais, inspirados. Aqui, Stewart brilha nos discursos em pleno Senado – vazio ou contra 80 senadores – sem sentar, comer ou dormir por vinte e três horas.

A importância que esta obra tem, para a reflexão e repercussão, é incrível pois, a princípio, é um filme sonolento com bandeiras americanas e depois, desfaz toda a ilusão de Smith – justificando, assim, seu passeio – naqueles tantos textos e frases visos na sua chegada. A política de Capra não é à distância, ou equivocado. Do contrário, ele moraliza e fundamenta a beleza de atitudes persistentes e corretas diante dos tantos obstáculos. Concluindo, restam ainda, algumas pessoas – como Smith – indestrutíveis, na concepção do justo.

 

Top:

 

1) A Felicidade Não Se Compra

2) A Mulher Faz O Homem

3) Aconteceu Naquela Noite
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maiores roteiristas [...] do cinema hollywoodiano em preto-e-branco

 

Ben Hetch, Ernest Lehman, John Huston, A.I. Bezzerides, etc.

 

Mas o Capra era fodão também. A Mulher Faz o Homem* é o meu favorito.

 

 

*Eu vou dedicar a minha vida a perseguir, localizar e estuprar a família de todos os tradutores que participaram desta atrocidade.
SisterJack2006-12-23 23:27:43
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Cara, analisando com calma o título do filme, eu não acho que seja tão irresponsável quanto dizem ser. Sim, à primeira vista, parece não haver ligação coerente alguma com o conteúdo do filme, mas, quando o vi pela segunda ou terceira vez, acabei ligando a sentença a um fato bastante importante da obra: ATENÇÃO, SPOILERS! Na verdade, o título não faria uma mensão generalizada à mulher e ao homem, enquanto seres, mas sim aos dois personagens da obra: James Stewart e sua subordinada. Quando Mr. Smith chega a Washington, ele é praticamente virgem no tocante às perversidades do mundo político. Não conhece nada referente ao assunto, nem mesmo sabe o real sentido de sua convocação. Quando inicia-se a verdadeira trama da história, ou seja, no momento em que Smith apresenta seu projeto e, conseqüentemente, passa a sofrer repreensão dos lobos do senado, sua secretária passa a lhe instruir sobre o que fazer, como fazer, o que dizer, como dizer, ou seja, ela praticamente fabríca aquele homem que iria, no terceiro ato da história, enfrentar de tal maneira toda aquela imoral corrupção. Portanto, podemos dizer que, no final da história, a mulher fez o homem, sim. Não o ser humano, mas sim a figura política e não mais ingênua de Smith.

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Cara' date=' analisando com calma o título do filme, eu não acho que seja tão irresponsável quanto dizem ser. Sim, à primeira vista, parece não haver ligação coerente alguma com o conteúdo do filme, mas, quando o vi pela segunda ou terceira vez, acabei ligando a sentença a um fato bastante importante da obra: ATENÇÃO, SPOILERS! Na verdade, o título não faria uma mensão generalizada à mulher e ao homem, enquanto seres, mas sim aos dois personagens da obra: James Stewart e sua subordinada. Quando Mr. Smith chega a Washington, ele é praticamente virgem no tocante às perversidades do mundo político. Não conhece nada referente ao assunto, nem mesmo sabe o real sentido de sua convocação. Quando inicia-se a verdadeira trama da história, ou seja, no momento em que Smith apresenta seu projeto e, conseqüentemente, passa a sofrer repreensão dos lobos do senado, sua secretária passa a lhe instruir sobre o que fazer, como fazer, o que dizer, como dizer, ou seja, ela praticamente fabríca aquele homem que iria, no terceiro ato da história, enfrentar de tal maneira toda aquela imoral corrupção. Portanto, podemos dizer que, no final da história, a mulher fez o homem, sim. Não o ser humano, mas sim a figura política e não mais ingênua de Smith.

[/quote']

 

Sim, sim. Eu entendo porque o título foi usado. Eu só acho que ele é extremamente feio. Além de estar falando do subtexto e ignorando a superfície.

 

Mr. Smith Vai à Washington seria muito mais simples e coerente com o idealismo sincero e ingênuo do protagonista.
SisterJack2006-12-24 00:17:02
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Eu creio que tenha dado um tom poético e sutil. Com certeza' date=' o original é muito mais válido, mas não acho que seja necessário caçar a família dos tradutores para matá-los. O erro não foi tão grande assim.[/quote']

 

Talvez eu seja malvado e esteja sempre procurando razões pra estuprar pessoas.

 

08
SisterJack2006-12-24 10:18:24
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O cara é bom' date=' deixou um legado incrivel, influenciou muita gente. Tem filme que voce ve (muitos, alias) e ve que tem a clara influencia de A Felicidade Nao se Compra. [/quote']

 

Tive um problema com A Felicidade não se Compra e eu preciso rever pra curtir como a maioria... o que aconteceu foi que quando eu vi o começo do filme eu já saquei como ia terminar e de que maneira pq o desenho Johnny Bravo, do Cartoon Network, fez um capítulo que plagiava/parodiava a trama do filme do Capra que eu vi quando era moleque, e tem a trama igualzinha... damn it.
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Hahahha taí um felizardo. Tem um episodio do Johnny Bravo q homenageia Rashomon tambem.

 

Desvirtuando o tópico, tem um episódio do Johnny Bravo que é legal demais. O vilão resolve roubar todo o linho da cidade e o cobertor do Johnny de quando era criança é de linho. Uma das coisas mais engraçadas que já vi, puta que pariu.

 

http://jmstein.tripod.com/johnny/episodes.htm

 

Infância revival .... hahaha.

 

 

 

 

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O cara é bom' date=' deixou um legado incrivel, influenciou muita gente. Tem filme que voce ve (muitos, alias) e ve que tem a clara influencia de A Felicidade Nao se Compra. [/quote']

 

Tive um problema com A Felicidade não se Compra e eu preciso rever pra curtir como a maioria... o que aconteceu foi que quando eu vi o começo do filme eu já saquei como ia terminar e de que maneira pq o desenho Johnny Bravo, do Cartoon Network, fez um capítulo que plagiava/parodiava a trama do filme do Capra que eu vi quando era moleque, e tem a trama igualzinha... damn it.

 

Todo mundo no universo inteiro sabe como é a trama de Felicidade Não Se Compra. Eu não acho que seja isso o que torna o filme tão foda.
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  • 1 month later...
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Pois é, a estória de A Felicidade Não Se Compra já foi citada, copiada, homenageada e parodiada tantas vezes que todo mundo já conhece.

 

Acho que o Capra é um dos diretores mais subestimados pelo pessoal daqui. É difícil ver o nome dele lembrado quando se fala em grandes diretores, o que eu considero estranho, afinal ele foi extremamente talentoso e influenciou bastante a indústria cinematográfica.

 

Vi, dentre os filmes dele, os seguintes:

 

Mulher Proibida (Forbidden, 1932)

Horizonte Perdido (Lost Horizon, 1937)

A Mulher Faz o Homem (Mr. Smith Goes to Washington, 1939)

Adorável Vagabundo (Meet John Doe, 1941)

A Felicidade Não se Compra (It's a Wonderful Life, 1946)

 

Por coincidência, essa ordem cronológica de lançamento tb é a ordem em que assisti aos filmes. O meu preferido é A Mulher Faz o Homem, e engrosso o coro dos que repudiam esse título, não apenas por usar mudar o foco do título original, mas pq vai contra uma grande parte da própria filmografia do Capra, na qual, em geral, a interação entre homens e mulheres se dá de forma equilibrada, as virtudes de um refletindo no outro, proporcionando crescimento mútuo.
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  • 1 year later...
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Meu diretor favorito às vezes. Os três primeiros são obras-primas absolutas...

01. A Felicidade Não se Compra - 4/4
02. Este Mundo é um Hospício - 4/4
03. A Mulher Faz o Homem - 4/4
04. Aconteceu Naquela Noite - 4/4
05. Do Mundo Nada se Leva - 3/4
06. Horizonte Perdido - 2/4

 

O filme táva pra se tornar quase ótimo, especialmente situado dentro da filmografia do Capra, mas uma merda aconteceu. Li por aí que o original tinha 3 horas e que o final era diferente, e que este tem a mão do chefão da Columbia. Até poderia querer pensar assim, mas é hipótese e nada muda o filme que eu vi. Além do mais, a habilidade tão especial do Capra na exploração de personagens sempre deliciosos é gravemente comprometida. Enquanto Conway tá sempre num primeiro plano maciçamente ocupado por papos existenciais-masturbatórios com os velhos da aldeia, toda a galeria de personagens cuidadosamente trabalhada no primeiro quarto de filme (numa dinâmica maravilhosa dentro de um avião) vai lá pra pqp.
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  • 2 years later...
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Vou ressuscitar o tópico mais uma vez. Atualmente, minha lista é assim:

 

 

 

01. A Mulher Faz o Homem

 

02. A Felicidade Não se Compra

 

03. Este Mundo é um Hospício

 

04. Do Mundo Nada se Leva

 

05. Aconteceu Naquela Noite

 

06. Horizonte Perdido

 

07. Mulher Proibida

 

08. O Galante Mr. Deeds

 

09. Adorável Vagabundo

 

 

 

Do cinco pra cima, só filmaços, e os dois primeiros são A-list eternos.

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Nossa, o tempo muda a gente:

 

 

 

01. A Felicidade Não se Compra - 9.0

 

02. Aconteceu Naquela Noite - 8.0

 

03. A Mulher Faz o Homem - 7.5

 

04. Este Mundo é um Hospício - 6.0

 

05. Do Mundo Nada se Leva - 5.5

 

06. Adorável Vagabundo - 5.0

 

07. Horizonte Perdido - 5.0

 

08. O Galante Mr. Deeds - 4.5

 

09. Dama Por um Dia (1961) - 4.0

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  • 5 months later...
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 Visto ACONTECEU NAQUELA NOITE

 

ithappenedonenight.jpeg

 

  Na trama, Ellie Andrew (Claudette Colbert) é uma jovem mimada, filha de um milionario de Wall Street, que foge de casa após seu pai não concordar com seu casamento com um piloto. Viajando incognita em um oníbus para Nova York, e sendo procurada por detetives a mando de seu pai, ela conhece Peter Warne (Clark Gable) um esperto jornalista desempregado, que reconhece Ellie das paginas dos jornais. Peter então faz um acordo com Ellie. Vai ajuda-la a chegar até Nova York sem que ela seja pega pelo pai, desde que ela ceda sua historia para ele com exclusividade.

 

  ACONTECEU NAQUELA NOITE é o primeiro filme do Frank Capra que vejo. E devo dizer que se trata de um trabalho bem agradavel. Os elementos do filme já foram copiados diversas vezes ao longo das décadas. Como em muitas comédias rômanticas, o casal principal não se suporta no começo da historia, mas logo percebem que há algo surgindo entre eles. Mas dane-se, esta comédia rômantica/road movie consegui conquistar a minha simpatia.

 

  Com certeza o maior trunfo do filme é a quimica que se estabeleceu entre o par tômantico formado por Claudette Colbert e Clark Gable. O casal realmente convence no velho esquema "a dama e o vagabundo" e consegue fazer com que o publico torça por ele. As melhores cenas do filme alias, são aquelas em que a dupla tem que se virar para não serem descobertos nem pelos detetives que os pais de Ellie puseram em seu encalço, e nem pelas pessoas que cobiçam a recompensa de dez mil dolares oferecida pelo paradeiro da garota. Destaque para as cenas em que os dois fingem ser um casal em crise, e para a cena em que o personagem de Gable aterroriza um possivel delator se passando por um gangster.

 

 Ao mesmo tempo, ACONTECEU NAQUELA NOITE tem subtextos bem interessantes, e que soam bastante orgânicos dentro da narrativa. Um exemplo é quando o casal encontra em sua viagem uma mãe e seu filho passando mal de tanta fome, em referencia direta a crise de desemprego que os Estados Unidos viviam na epóca. Isso acaba sendo importante no desenvolvimento de Ellie, afinal, ela sempre foi uma moça rica que viveu longe da pobreza. É um comentario social sutil, que não cai no panflentario. Isso é digno de aplausos vindo de uma comédia rômantica da decada de 30.

 

 Ao mesmo tempo, a tensão sexual estabelecida entre os personagens surge bem ousada para 1934, ano de lançamento do filme. Alias, me pergunto se não foi deste filme que surgiu a expressão "Mulher de parar o trânsito".

 

 Enfim, todo mundo já viu a historia de ACONTECEU NAQUELA NOITE dezenas de vezes em outros filmes. Mas vale a pena conferi-la de novo pela camêra de Frank Capra.

 

 Valeu16
Questão2012-01-14 15:59:06
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  • 1 year later...
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Do blog The Playlist:

 

Frank Capra's Katherine Hepburn & Spencer Tracy Political Dramedy 'State Of The Union' Getting A Remake

 

NEWS

BY JOE CUNNINGHAM
FEVEREIRO 28, 2013 5:20 PM

 

 
Despite its potentially dry subject matter, Steven Spielberg’s “Lincoln” is creeping towards $200 million domestic box office, while Netflix’s “House of Cards” is just about the most talked about television show right now, which suggests that political dramas are in vogue. What better to give a shiny new big screen remake to than Frank Capra’s 1948 film “State of the Union,” in which Spencer Tracy’s industrialist ran for President, backed by Angela Lansbury’s wealthy newspaper magnate.

 

65 years after Frank Capra adapted Howard Lindsay and Russel Crouse’s Pulitzer Prize-winning play,Identity Films and Flat Penny Films are developing a new feature version of the iconic movie. They’re currently seeking writers for the new project, which we imagine will be a modernized retelling – because, let’s face it, it’s not going to be that hard to draw parallels between the politics and media influence of seven decades ago to those of today.

While a remake is an interesting project in concept, we imagine this will probably bother the political pages more than the entertainment ones until the relatively fresh-faced producers (Anthony Mastromauro andAmy Lanier) attract some serious filmmaking talent… which they could well do. Tracy and Lansbury starred in the original film alongside Katharine Hepburn and Van Johnson, and the reliable upside of any remake being announced is the reminder that it gives us to go back and watch the original again. And heck, if we’re remaking classic political dramas starring Angela Lansbury now, then maybe “The Manchurian Candidate” would be ripe for a modern retelling. Oh, wait… [Variety]

 

 

Sua Esposa e o Mundo, dirigido por Frank Capra e lançado em 1948, pode ganhar um remake. O estúdio está no momento procurando por roteiristas. A ideia é usar a estrutura do clássico, mas usá-la para abordar a política atual.

 

Esse é um dos filmes do Capra que eu ainda não vi.

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  • 1 year later...
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 Visto O ULTIMO CHÁ DO GENERAL YEN

 

  o-ultimo-cha-do-general-yen-legendado-do

 

 

    Na trama, Megan Davis (Barbara Stanwyck) é uma jovem americana que viaja para a China durante a Guerra Civil Chinesa para se casar com o Dr. Bob Strike (Gavin Gordon), que atua como missionário no país. Porém, ela acaba sendo capturada pelo General Yen (Nils Asther), sendo levada para o palácio do militar. A principio, Megan despreza os métodos violentos com que Yen trata os seus comandados, mas aos poucos, passa a se ver apaixonada pelo general chinês.

 

  Lançado em 1933, O ULTIMO CHÁ DO GENERAL YEN apresenta uma premissa bastante ousada para a sua época, ao apresentar uma historia de amor inusitada entre uma pacifista ocidental, e um militarista oriental, isso em um tempo em que o preconceito contra o oriente ainda era enorme (o que se reflete no próprio cast do filme, já que o personagem título é vivido por um ator sueco sob pesada maquiagem para parecer um oriental).

 

  Mas apesar das boas intenções do filme, que até tenta humanizar a figura do General, expondo os ideais humanistas de Megan como sendo ingênuos e até hipócritas, este trabalho de Capra resulta em uma película bastante esquisita, por nunca conseguir realmente nos convencer da paixão entre o general e a missionária, que parece meio que surgir do nada  (negativamente falando).

 

  Megan parece mais estar sofrendo da chamada síndrome de Estocolmo do que de uma paixão ou atração pelo General. É possível que o cineasta quisesse retratar o conflito interno da personagem entre os seus conceitos já estabelecidos e a atração que sente pelo militar, o que é retratado pelo diretor em uma sequência de sonho onde a personagem é assombrada por um Yen em forma demoníaca, somente para ser salva por um herói mascarado que acaba por se revelar... o próprio Yen. Mas esta é a única cena que aponta para esta possível intenção do diretor, já que a tal tensão sexual sugerida aqui não existe entre os dois personagens no resto do filme.

 

 É difícil também embarcar na ideia que Yen, citado pelos outros personagens nas primeiras cenas do filme como um dos comandantes militares mais brilhantes e impiedosos da China, deixe que uma paixão ameace o seu poderio militar em questão de poucos dias.

 

  No geral, O ULTIMO CHÁ DO GENERAL YEN parte de uma ideia excelente para um drama romântico, mas talvez fosse tão ousado para a sua época, que as limitações temáticas e narrativas do período tiraram muito da força que o filme poderia ter.

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