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Forum Cinema em Cena

Preconceito


Michel M.
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Qual tipo de preconceito você julga ter de forma mais explícita?  

63 members have voted

  1. 1. Qual tipo de preconceito você julga ter de forma mais explícita?

    • Preconceito de raça.
      5
    • Preconceito de classe.
      7
    • Preconceito de religião.
      4
    • Preconceito de sexualidade.
      16
    • Preconceito intelectual
      13
    • Outro tipo(qual?)
      3
    • Não tenho preconceito algum (pense antes de votar nessa)
      8
    • Mais de um dos exemplos citados.
      13


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Dependendo de quem sentou antes' date=' coloco sim! 03.gif

 

[/quote']<font face="Times New Roman, Times, serif" size="3">Continue, você é sensacional. Vai ganhar vários prêmios no Pablito. 06Me diz aí, você fica observando as pessoas antes e julgando quem elas são e onde elas foram no ônibus? Aí surge você com um lencinho colorido e forra antes de sentar no busão? 06

 

E tu' date=' senta peladão?

 

[/quote']<font face="Times New Roman, Times, serif" size="3">Não tenho o menor receio em dizer que sim, pois só existe essas duas hipóteses (peladão/vestido de calça jeans cobrindo o corpo inteiro) no seu vocabulário.

 

 

 

 

Quem é esse tal pablito que tu gostas tanto, hein?

 

 

 

(Vergonha alheia...)

 

 

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Dependendo de quem sentou antes' date=' coloco sim! 03.gif

 

[/quote']<font face="Times New Roman, Times, serif" size="3">Continue, você é sensacional. Vai ganhar vários prêmios no Pablito. 06Me diz aí, você fica observando as pessoas antes e julgando quem elas são e onde elas foram no ônibus? Aí surge você com um lencinho colorido e forra antes de sentar no busão? 06

 

E tu' date=' senta peladão?

 

[/quote']<font face="Times New Roman, Times, serif" size="3">Não tenho o menor receio em dizer que sim, pois só existe essas duas hipóteses (peladão/vestido de calça jeans cobrindo o corpo inteiro) no seu vocabulário.

 

 

 

 

Quem é esse tal pablito que tu gostas tanto, hein?

 

 

 

(Vergonha alheia...)

 

Vergonha alheia foi ótima. 06

 

Pablito é uma cerimônia do fórum que premia simbolicamente vários usuários por suas participações em tópicos. Em vários quesitos.

 

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Ué' date=' e aos olhos de quem não são randômicas? De Deus?

 

 

 

Enfim,

excluir o terno como vestimenta padrão não é lógico para a maioria da

sociedade. Um dia passe à ser, e aí haverá alguma mudança. De qualquer

forma, é completamente imprevisível quando e se isso ocorrerá. Ou seja, é

um processo randômico.

 

 

 

 

 

[/quote']

 

 

 

 

 

a começar, o fato de nós não conseguirmos saber quando será e se haverá mudança não quer dizer que é randômico.

 

 

 

 

 

Uma coisa é um fenômeno ocorrer aleatoriamente sem a existência de uma regulação natural. Outra é um fenômeno

ocorrer seguindo as intenções de um ser. O primeiro não há como prever

devido a sua natureza, já o outro é impossível prever porque eu sou só

um brasileiro, e não todos os brasileiros. A mudança social é randomico

enquanto se ignora o contexto social e trata do assunto em uma

perspectiva de espécie. Mas nós estamos tratando do contexto social, de

uma característica cultural de uma cultura dentro de uma geração

específica que vive em um ambiente-clima x. Não há nada de aleatório

aqui, há sim ações deliberadas, planejadas, idealizadas e realizadas,

não há nada de casual, e sim causal, cada forma da sociedade é causada

pelos conceitos das gerações passadas em diálogo com as gerações

presentes.

 

 

 

 

 

As mudanças sociais tiveram seus motivos, não reais, mas sociais. Foi a

sociedade quem deu motivo do uso de terno e gravata, foi a sociedade

quem deu motivo da abdicação de perucas brancas... (há obviamente uma

lei da natureza humana agindo nessas mudanças mas a lei age na mudança e

não em qual tipo de mudança especificamente).

 

 

 

 

 

 

 

Dependendo de quem sentou antes' date=' coloco sim! 03.gif

 

 

 

E tu, senta peladão?

 

[/quote']

 

E quem disse que roupa tem a função de proteger o corpo do contato com materiais externos?

 

A função da roupa é a necessidade da natureza humana em se expressar sua identidade. Podendo também ter a função de suprir a necessidade da temperatura ótima do homem.

 

 

 

Não tenho medo de contato com o mundo. Nojo' date=' às vezes.

 

 

 

Maraca domingo? Não, prefiro o Olímpico.

 

 

 

Morena na rua? Há algumas realmente lindas, infelizmente só aos olhos, porque sou casado e fiel (leia-se: a mulher é braba e pode estar lendo isto).

 

 

 

Brinquedo? Já passei da idade, mas lembro com nostalgia.

 

 

 

Menino? Passo, deixo pra ti.

 

[/quote']

 

Tá com nojinho do mundo?

 

está sendo incoerente, pois você está se permitindo ter contatos com várias pessoas (sua mulher inclusa), com vários materiais que foram usadas por outras pessoas(chão, água, corrimão e ate o lencinho, que, sinto muito, protege muito pouco dentro do seu nível)

Gustavo Adler2011-03-23 13:40:33

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Dependendo de quem sentou antes' date=' coloco sim!

 

 

 

E tu, senta peladão?

 

[/quote']E quem disse que roupa tem a função de proteger o corpo do contato com materiais externos?A função da roupa é a necessidade da natureza humana em se expressar sua identidade. Podendo também ter a função de suprir a necessidade da temperatura ótima do homem.

 

 

 

 

 

 

Claro que a roupa tem a função de proteger o corpo do contato com materiais externos, e formas de energia como luz e calor, e contra a falta delas!

 

 

 

Essa de usar roupa como "necessidade de auto-afirmação de identidade" é coisa de viado, sai dessa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não tenho medo de contato com o mundo. Nojo' date=' às vezes.

 

 

 

Maraca domingo? Não, prefiro o Olímpico.

 

 

 

Morena na rua? Há algumas realmente lindas, infelizmente só aos olhos, porque sou casado e fiel (leia-se: a mulher é braba e pode estar lendo isto).

 

 

 

Brinquedo? Já passei da idade, mas lembro com nostalgia.

 

 

 

Menino? Passo, deixo pra ti.

 

[/quote']Tá com nojinho do mundo?está sendo incoerente, pois você está se permitindo ter contatos com várias pessoas (sua mulher inclusa), com vários materiais que foram usadas por outras pessoas(chão, água, corrimão e ate o lencinho, que, sinto muito, protege muito pouco dentro do seu nível)

 

 

 

Incoerente não, pelo contrário, fazendo uso do meu direito de escolher com quais pessoas e materiais eu quero ter contato e com quais eu quero evitar, seja por nojo, seja por qualquer outra razão.

 

 

 

Simples assim.

 

 

 

Você não faz isso? Você deixa qualquer um encostar em você, encostar qualquer coisa em você?

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  • 1 month later...
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A quem interessar possa...

Por unanimidade, Supremo reconhece união estável de homossexuais

 

   Em um julgamento histórico e por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta

quinta-feira (5) reconhecer as uniões estáveis de

homossexuais no país.

  Os dez ministros presentes entenderam que casais gays devem desfrutar de direitos semelhantes aos de pares heterossexuais, como pensões, aposentadorias e inclusão em planos de saúde. A decisão pode ainda facilitar a adoção, por exemplo.

Foram analisados dois pedidos no julgamento: um deles do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), para que funcionários públicos homossexuais estendam benefícios a seus parceiros, e o outro da Procuradoria-Geral da República (PGR), para admitir casais gays como “entidade familiar”.

O julgamento começou na quarta-feira (4), quando falaram o relator e cinco defensores da iniciativa, além de dois adversários –um deles representante da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Os ministros, no entanto, evitaram listar todos os benefícios que os casais gays passariam a receber.

 

Diante de um plenário menos disputado do que na quarta-feira (4), quando o julgamento começou, os ministros evocaram o combate ao preconceito para votarem a favor da união estável gay. “A homossexualidade caracteriza a humanidade de uma pessoa. Não é crime. Então por que o homossexual não pode constituir uma família? Por força de duas questões que são abominadas por nossa Constituição: a intolerância e o preconceito”, disse o ministro Luiz Fux.

 

 

 

 

Na íntegra:

 

Achei que isso demorqria mais tempo p/ acontecer, pressão da igreja e demais...
MariaShy2011-05-06 17:37:34
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Se o Legislativo não faz o que deve por medo de perder votos, o STF tem que tomar alguma providência para que o país avance. Melhor passar por cima do que não trabalha ou do obsoleto do que ficar parado no tempo.

 

 

 

“O Poder Legislativo, a partir de hoje, tem que se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão da Corte seja justificada. Há, portanto, uma convocação que a decisão da Corte implica em relação ao Poder Legislativo para que assuma essa tarefa para a qual parece que até agora não se sentiu muito propensa a exercer”. Cezar Peluso, ministro do STF.

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Parado no tempo e negando direitos injustamente, por causa da sexualidade das pessoas. É inaceitável. A pressão pra mudanças assim eu espero que venha do Judiciário, até o Legislativo ceder, já que a tendência do Legislativo é não ter coragem de fazer avanços, por medo de desagradar a estupidez geral.

 

Lucy fer2011-05-07 06:02:59

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Retirado do UOL

 

 

 

"Curiosidades sobre a legislação sobre direitos gays pelo mundo

 

 

 

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu reconhecer uniões estáveis de homossexuais no Brasil. Veja a situação dos direitos dos gays em outros países.

 

 

 

Dinarmaca sai na frente

 

 

 

As uniões civis foram introduzidas na Dinamarca em 1989. O país foi o primeiro do mundo a ter leis pelos direitos dos homossexuais.

 

 

 

-----------------

 

 

 

11 países aprovam totalmente o casamento entre homossexuais

 

 

 

São eles: Canadá, Islândia, México, Argentina, África do Sul, Portugal, Espanha, Bélgica, Holanda, Suécia e Noruega.

 

 

 

-----------------

 

 

 

A Argentina foi o primeiro país da América Latina a autorizar o casamento gay

 

 

 

O debate entre os senadores, em julho de 2010, durou catorze horas e terminou em votação apertada: 33 votos a favor e 27 contra. Na Argentina, casais do mesmo sexo também estão autorizados a adotar.

 

 

 

-----------------

 

 

 

19 países africanos prendem gays

 

 

 

Na África, Senegal, Saara Ocidental, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Eritreia, Etiópia, Quênia, Uganda, Tanzânia, Maláui, Zâmbia, Angola, Namíbia, Botsuana, Zimbábue e Moçambique têm leis que determinam prisão para homossexuais. Síria, Uzbequistão, Turcomenistão, Afeganistão, Paquistão, Índia, Bangladesh, Mianmar, Malásia e Papua Nova Guiné têm legislação nesse sentido.

 

 

 

-----------------

 

 

 

Portugal facilita transexualidade

 

 

 

Em 15 de março de 2011, foi publicada a lei que simplifica o processo de mudança legal de nome e sexo. Diversos países da Europa, como Espanha, França, Alemanha e Itália, já têm legislações nesse sentido.

 

 

 

-----------------

 

 

 

União civil é liberada no Reino Unido

 

 

 

As primeiras celebrações aconteceram em dezembro de 2005, na sequência de legislação a favor da união civil homossexual, aprovada em 2004.

 

 

 

-----------------

 

 

 

A França descriminalizou a pederastia em 1791

 

 

 

O termo era utilizado para designar as relações homossexuais no país. Com isso, a França foi o primeiro país a aceitar a homossexualidade.

 

 

 

-----------------

 

 

 

SUS faz cirurgia de mudança de sexo

 

 

 

No Brasil, os transexuais podem ser submetidos ao procedimento de mudança de sexo pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

 

 

-----------------

 

 

 

Nos EUA, Estados ainda se dividem sobre o tema

 

 

 

As primeiras uniões civis nos Estados Unidos foram oferecidas pelo Estado de Vermont, em 2000. Hoje, Iowa, New Hampshire, Massachusetts, Vermont e Connecticut reconhecem o casamento gay.

 

 

 

-----------------

 

 

 

Sete países aplicam pena de morte em caso de homossexualidade

 

 

 

São eles: Mauritânia, Nigéria, Sudão, Arábia Saudita, Iêmen, Somália e Irã, onde predomina o fundamentalismo islâmico."

 

 

 

Pessoalmente, sou muito a favor da equiparação de direitos. O Supremo está de parabéns por ter tomado a atitude que a marcha do tempo pedia.

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Supremo passando por cima do Legislativo' date=' da Constituição...

 

Mas enfim, isso é assunto pra outro tópico.

 

 

[/quote']

 

passando por cima ou dando um passo à frente?

 

 

 

Dar um passo à frente em terreno que não é de competência dele é passar por cima. Ou temos um Carta Magna que nos direciona em todas as áreas da vida civil e que deve ser observada em todos os seus artigos ou então vamos rasgá-la e viver como bem entendemos. Só que aí, bye democracia, hello baderna.

 

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Se o Legislativo não faz o que deve por medo de perder votos' date=' o STF tem que tomar alguma providência para que o país avance. Melhor passar por cima do que não trabalha ou do obsoleto do que ficar parado no tempo.

 

 

 

“O Poder Legislativo, a partir de hoje, tem que se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão da Corte seja justificada. Há, portanto, uma convocação que a decisão da Corte implica em relação ao Poder Legislativo para que assuma essa tarefa para a qual parece que até agora não se sentiu muito propensa a exercer”. Cezar Peluso, ministro do STF.[/quote']

 

Pois é... é exatamente o mesmo papo do tópico do Bin Laden com relação aos supostos "direitos" que um bandido teria que ter... As Leis do nosso país determinam a esfera de atuação de cada poder. Se isto é desrespeitado (e foi, com direito a aplausos de muitos aqui que nem percebem a imbecilidade que estão fazendo), então que se jogue a lei no Lixo.

 

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A propósito, leia-se texto do Reinaldo Azevedo, sobre o tema:

 

06/05/2011

às 6:31

O politicamente correto é o AI-5 da democracia

 

Caros, um post um tanto longo, mas vamos lá. Se eles não se cansam, eu também não me canso.

Se o texto

constitucional não vale por aquilo que lá vai explicitado, então tudo é

permitido. Vivemos sob a égide do AI-5 da democracia: o politicamente

correto. Aquele suspendia todos os direitos, ouvidas certas instâncias

da República, que a Carta assegurava. Na sua violência estúpida contra a

ordem democrática, tinha ao menos a virtude da sinceridade. O

politicamente correto também pode fazer da lei letra morta, mas será

sempre em nome, diz-se, da democracia e da justiça.

É

uma burrice ou uma vigarice intelectual analisar a decisão de ontem do

Supremo segundo o gosto ou opinião pessoal. E daí que eu seja favorável

ao casamento gay e mesmo à adoção de crianças por casais “homoafetivos”?

Não está em debate se a decisão é “progressista” ou “reacionária”.

O fato é que o Supremo não pode recorrer a subterfúgios e linguagem

oblíqua para tomar uma decisão contra o que vai explicitado num Artigo

226 da Constituição. O fato é que o Supremo não pode tomar para si uma

função que é do legislador. E a Carta diz com todas as letras:

 

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

 

§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

Gilmar

Mendes, diga-se, chamou a atenção para esse aspecto legiferante da Corte

nesse particular. Será sempre assim? Toda vez que o Supremo acreditar

que o Parlamento falhou ou que está pautado por inarredável

conservadorismo vai lá e resolve o problema? Que outras falhas as

excelências julgam que o Congresso está cometendo? Em que outros casos

pretendem legislar? SE, NA DEMOCRACIA, NENHUM PODER É SOBERANO, ENTÃO,

ONTEM, O SUPREMO FOI SOBERANO E FRAUDOU A DEMOCRACIA.

Desconheço

país (se o leitor souber de algum caso, me diga) que tenha aprovado o

casamento gay ou “união homoafetiva” — para usar essa linguagem

docemente policiada — por decisão dos togados. Isso é matéria que cabe

ao Legislativo. Não no Brasil. Por aqui, os membros da nossa corte

suprema consideraram que o legislador estava demorando em cumprir a sua

“função”.

Uma das

características do politicamente correto, na sociedade da reclamação

inventada pelas minorais influentes, consiste justamente na agressão a

direitos universais em nome da satisfação de reivindicações

particularistas. O que se viu ontem no STF, por 10 a zero, reputo como

agressão grave ao princípio da harmonia entre os Poderes. De fato,

igualar o casamento gay ao casamento heterossexual não muda em nada o

direito dos heterossexuais. Fazê-lo, no entanto, contra o que vai

explicitado na Carta agride a constitucionalidade. E, então, sobra

pergunta: quando é o próprio Supremo a fazê-lo — e por unanimidade —,

apelar a quem?

Vivemos

tempos em que a interpretação capciosa — mas para fazer o bem, claro! —

da Constituição se sobrepõe ao sentido objetivo das palavras. Sim, é

verdade, a Carta tem como cláusula pétrea o princípio de que todos os

homens são iguais perante a lei. Mas não é ela mesma a admitir

desigualdades em situações específicas? Os indivíduos adquirem maioria

civil e penal aos 18 anos — e a suposição é a de que sejam plenamente

responsáveis por seus atos. Mas atenção! Nessa idade, ainda estão

privados de alguns direitos. Não podem se candidatar a certos cargos

públicos. Vejam as idades mínimas necessárias até a data da posse,

previstas no Artigo 14:

 

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

 

B) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

 

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

 

d) dezoito anos para Vereador.

 

4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

Assim como a

lei desiguala os iguais ao estabelecer precondições de elegibilidade,

desiguala-os, também, ao reconhecer a união estável, o casamento: ela

existe entre “homem e mulher”. O ministro Ricardo Lewandowski torce a

verdade, vênia máxima, quando afirma que aquilo está ali só a título de

exemplaridade. Não! Nada no texto sugere isso. Não chega a ser nem mesmo

uma interpretação. Que especial maturidade tem um homem de 35 anos que

não tenha um de 30? Podemos até achar a restrição idiota. Mas está no

texto constitucional, assim como está a definição do que é, aos olhos do

estado, “união estável”.

Acredito que

não haja jurista no país, ainda que no silêncio do claustro, que não

tenha confrontado a decisão do Supremo com a Constituição e constatado

que, a rigor, a partir de agora, tudo é possível. A propósito: como é

que se pode admitir a existência de cotas raciais, por exemplo, se o

princípio da igualdade, usado para fraudar o Artigo 226, for aplicado?

Nesse caso, a falácia intelectual é de outra natureza: dadas as

desigualdades históricas entre negros e brancos, então só se pode

praticar a igualdade que o texto prevê praticando a desigualdade

benigna, entenderam?

 

É… Haverá o

dia em que João Pedro Stedile descobrirá o caminho do Supremo para

abençoar suas invasões porque, afinal, a Constituição prega a “função

social” da propriedade. Submetendo o texto constitucional a torções,

pode-se até mesmo censurar a imprensa em nome do direito à privacidade. Os

bobinhos que ficam soltando foguetes para a decisão de ontem do Supremo

não percebem que direitos fundamentais podem estar em risco — se não

for com esta composição da corte, pode ser com outra, algum dia. Uma decisão do Supremo que agride a Constituição não é nem progressista nem reacionária: só é perigosa. Mas dizer o quê? Quantos são os nossos jornalistas que leram efetivamente a Constituição?

Argumentações

 

Separei alguns trechos de votos lidos no Supremo. Vejam o que disse, por exemplo, Lewandowski:

 

“Com efeito, a ninguém é dado ignorar -

ouso dizer - que estão surgindo, entre nós e em diversos países do

mundo, ao lado da tradicional família patriarcal, de base patrimonial e

constituída, predominantemente, para os fins de procriação, outras

formas de convivência familiar, fundadas no afeto, e nas quais se

valoriza, de forma particular, a busca da felicidade, o bem estar, o

respeito e o desenvolvimento pessoal de seus integrantes.”

 

Segundo entendi, a família

“patriarcal”, “de base patrimonial”, para “fins de procriação”, é a

heterossexual. Já a “homoafetiva” é fundada no “afeto” e na “busca da

felicidade”. Que eu saiba, Lewandowski não é gay, mas me parece ter sido

um tanto heterofóbico… Os gays transam porque amam; os héteros, para

fazer neném… Nada de sacanagem, pelo visto, nem num caso nem no outro! A

família hétero é de “base patrimonial” (credo! Que cheiro de

propriedade privada!). A família gay só quer ser feliz, nem que seja

numa cabana. É Dirceu com Dirceu e Marília com Marília na cabana! E

muito amor! Tome tento, ministro! Mas atenção para o que ele afirma

depois:

“Assim,

muito embora o texto constitucional tenha sido taxativo ao dispor que a

união estável é aquela formada por pessoas de sexos diversos, tal

ressalva não significa que a união homoafetiva pública, continuada e

duradoura não possa ser identificada como entidade familiar apta a

merecer proteção estatal, diante do rol meramente exemplificativo do

art. 226, quando mais não seja em homenagem aos valores e princípios

basilares do texto constitucional”.

 

As palavras fazem sentido, ministro

Lewandowski! Ou bem o texto constitucional é “taxativo” ou bem é

“exemplificativo”. E ele é taxativo!

Lewandowski foi de uma impressionante pureza neste trecho:

 

“Cuida-se,

enfim, a meu juízo, de uma entidade familiar que, embora não esteja

expressamente prevista no art. 226, precisa ter a sua existência

reconhecida pelo Direito, tendo em conta a existência de uma lacuna

legal que impede que o Estado, exercendo o indeclinável papel de

protetor dos grupos minoritários, coloque sob seu amparo as relações

afetivas públicas e duradouras que se formam entrepessoas do mesmo sexo.”

Vale dizer: o ministro admite que o casal gay não está abrigado no Artigo 226 e aponta uma lacuna legal. No

mundo inteiro, lacunas legais são preenchidas por aqueles que têm a

função de preencher lacunas legais: os legisladores. Às cortes, cabe a

aplicação da lei.

Para

encerrar, e a coisa poderia ir longe, destaco um trecho do voto a

ministra Carmen Lúcia, que também reconhece, na prática, o desrespeito

ao Artigo 226:

 

“É exato que o § 3º do art. 226 da Constituição é taxativoao identificar que ‘Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar’. Tanto

não pode significar, entretanto, que a união homoafetiva (…) seja,

constitucionalmente, intolerável e intolerada, dando azo a que seja,

socialmente, alvo de intolerância, abrigada pelo Estado Democrático de

Direito. Esse se concebe sob o pálio de Constituição que firma os seus

pilares normativos no princípio da dignidade da pessoa humana, que impõe

a tolerância e a convivência harmônica de todos, com integral respeito

às livres escolhas das pessoas.”

Assim como

homem é homem, mulher é mulher, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é

outra coisa. Há uma definição na Constituição do que é “união estável”,

que  goza da proteção do estado. E não cabe ao Supremo reescrever o que

está lá ou ignorá-lo. A intolerância social é outro departamento — que

não se resolve por medida cartorial, especialmente quando um Poder

resolve usurpar as prerrogativas de outro.

Alguém até

poderia dizer: “Pô, Reinaldo, alguém tem de legislar no Brasil, né?

Você, por acaso, acha que o Congresso vai fazer isso?” Pois é.

É

isto: o STF agora virou a tenda dos milagres. Façam fila! Em nome da

“dignidade” e da “igualdade”, tudo é permitido. Inclusive ignorar a

Constituição numa corte constitucional. E isso, meus caros, nada tem a

ver com gays ou héteros. Isso tem a ver com os brasileiros, gays e

héteros.

 

Por Reinaldo Azevedo

Tags: STF

 

Link: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-politicamente-correto-e-o-ai-5-da-democracia/

 

 

 

 

Dook2011-05-08 16:53:38

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Pois é... é exatamente o mesmo papo do tópico do Bin Laden com relação aos supostos "direitos" que um bandido teria que ter... As Leis do nosso país determinam a esfera de atuação de cada poder. Se isto é desrespeitado (e foi' date=' com direito a aplausos de muitos aqui que nem percebem a imbecilidade que estão fazendo), então que se jogue a lei no Lixo.

[/quote']

Sim! E aí podemos abrir o precedente para que o Judiciário também não tenha mais arbítrio sobre nada, já que por vezes pode haver o conflito de interesses entre a punição de criminosos e a vontade das vítimas (que, em alguns casos, até podemos considerar a vontade da sociedade em geral).

Nesta festa toda, vamos permitir o assassínio de estupradores/pedófilos e seriais que conseguem habeas corpus injustamente por influência de parentes com poderes financeiros/políticos ou ineficiência do poder judiciário, permitindo que os pais realizem vingança com as próprias mãos. Afinal, se a justiça não pune, porque não os pais fazerem isso, já que é justo? Pfff. Demorô. den

 

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Só o títuo do texto já merece aplausos. Pois é verdade, para ser politicamente correto e posar pra foto, nego atropela tudo que for lei, porque é legal, é bonzinho.

 

Sim, eu acho que casais gays deveriam ter o direito de se casarem. Não, eu não acho que deveriam atropelar tudo pra isso.

 

 

 

 

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Sei lá se isso foi discutido na lei, mas assim como  há separação em casamentos heteros, provável haverá em casamentos homos.

Fico pensando, casais que adotaram crianças e se separam think.gif
Em casamentos heteros, geralmente a guarda das crianças fica com as mães.
MariaShy2011-05-08 19:31:19
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Pois é... é exatamente o mesmo papo do tópico do Bin Laden com relação aos supostos "direitos" que um bandido teria que ter...

 

 

 

As Leis do nosso país determinam a esfera de atuação de cada poder. Se isto é desrespeitado (e foi' date=' com direito a aplausos de muitos aqui que nem percebem a imbecilidade que estão fazendo), então que se jogue a lei no Lixo. [/quote']

 

 

 

"Teria que ter", não. Direitos que eles e nós já temos e alguns querem eliminar.

 

 

 

Eu concordo que é perigoso o que o STF fez. Mas, sinceramente, estou cansado de ver o legislativo se reunindo para votar aumentos para os salários deles, enquanto questões importantes vão sendo adiadas por N motivos ridículos.

 

 

 

Isso poderia ser corrigido? Poderia. Se a população parasse de eleger analfabetos, corruptos, mercenários, espancadores de mulheres, playboys, bispos... Mas isso não ocorrerá tão cedo. Não vejo isso ocorrendo nem nos próximos 100 anos. Ora, até aqui, onde temos pessoas com relativo bom nível de educação, tem gente achando muito bom o Governo Federal estar cheio de ministros envolvidos ou com passado de envolvimento em casos de corrupção... "Não vi nada demais", dizem eles quando são alertados do passado sujo dos ministros.

 

 

 

Imbecilidade por imbecilidade, prefiro o STF atropelando uma parte da constituição que ficou obsoleta e prejudicava uma parcela da população do que esperar que os corruptos façam algo útil. Confio muito mais no julgamento dos ministros do STF que no legislativo e na população.

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Estou com o Nostromo.

 

Além do mais, o direito é um reflexo da nossa sociedade. O Estado não pode fechar os olhos para uma realidade. E a realidade é que muitos homos ficavam na mierda com a morte de seu companheiro (a). Nada mais justo que sejam reconhecidos.

 

Agora, tecnicamente, pode-se dizer que houve uma mutação constitucional?
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