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Legendagem e Traduções


devilcoelhodog
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Exemplo de um script: ferramenta do tradutor
Você já xingou ao ler determinada legenda na qual traduziram silício como silicone? Já? Já pensou na mãe do tradutor na vez em que certa legenda apareceu pequenininha, ao passo que o personagem falou um caminhão de coisas? É mesmo? E nas ocasiões em que, na dublagem, o fulano mexe os lábios e o sincronismo da fala está totalmente diferente? Hein?

Pois bem, antes de xingar o próximo tradutor, caro leitor d´A ARCA, leia este especial e descubra essa difícil arte de traduzir filmes para legendagem e dublagem. A coisa não é fácil e requer muita, mas muita dedicação e conhecimento. Pare de reclamar, por conseguinte, e veja o porquê desse trabalho requerer tanto dos profissionais do ramo.

:: TRABALHO ESPECIALIZADO

O trabalho de tradutor sempre foi algo difícil. Difícil, trabalhoso e em cuja dedicação está o ponto principal. A tradução de filmes, uma das especializações da profissão, requer, além do pleno conhecimento de ambos os idiomas (origem e destino), bagagens cultural, cinematográfica e televisiva prévias. Não raro acontece do profissional precisar adaptar uma piada, uma situação ímpar e até mesmo uma expressão para que haja sentido em determinada cena. Trata-se de uma atividade freelance e solitária, na qual homem e máquina – videocassete, microcomputador, fones de ouvido – devem se integrar corretamente, madrugada adentro, a fim de que no fim das contas não haja a L.E.R. (famosa Tendinite).

:: A TRADUÇÃO PARA LEGENDAGEM

A chave da tradução para legendagem é a síntese. Exato. O tradutor precisa saber sintetizar, acima de tudo, para poder proporcionar legendas de qualidade ao espectador, ao mesmo tempo em que esse precisa “levantar os olhos” da legenda para também ver as imagens. Se houver informação de mais, a pessoa não tem tempo de ver o quanto gostaria, apenas de ler. Se houver informação de menos, o espectador pode não compreender corretamente um diálogo importante do filme. E isso porque existe um limite de caracteres imposto pelos softwares profissionais de legendagem, quase como um padrão.

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Legendagem: trabalho árduo, mas artístico (Profa. Ercília)
De fato, espectadores xingando tradutores é algo muito comum. As pessoas geralmente acham que, se elas traduzissem aquele filme, colocariam “bem mais coisa” no diálogo entre o mocinho e a mocinha, não é? Então, leitor, saiba que os tais softwares, como o Systimes, permitem a inserção de apenas trinta caracteres (contando-se espaços e pontos) dispostos em míseras duas linhas de texto. Será mesmo que aquele diálogo do mocinho e da mocinha aceitaria bem mais palavras do que você leu?

O primeiro passo do tradutor é assistir à produção (quer seja filme, seriado, desenho ou documentário), de cabo a rabo, e marcar – no script fornecido pelo estúdio – as possíveis divisões das legendas, baseando-se nas pausas das falas dos personagens e tendo em mente a limitação dos caracteres. Nalguns casos - a grande minoria - inexiste o script, fato que se mostra uma dificuldade extra para o profissional, porque precisa se valer do próprio ouvido a fim de compreender os diálogos. Uma vez divididas as prováveis legendas, o tradutor, então, vai para o computador e começa a tradução propriamente dita. A coisa, óbvio, não é tão simples, uma vez que se deve levar em conta a ambientação da produção que será traduzida: é um filme de época? É um filme regional? É um filme no qual se usa gírias de mais? A tradução precisa ser baseada na linguagem original da obra, a qual, em muitos dos casos, pode não ser nada simples – desde complexos diálogos Shakespeareanos até gírias australianas “intraduzíveis” ao Português.

Já viram o tamanho da bomba? Calma, porque tem mais! O tradutor precisa se concentrar nos diálogos, respeitar o tempo no qual as falas são originalmente proferidas e sempre ter em mente a necessidade de sintetizar o quê de mais importante houver ali: o relevante. É impossível, para um tradutor de legendas, colocar o conteúdo total de uma fala grande numa legenda, pois, conforme explicamos no início, o público precisa ter tempo – ainda – de assistir ao filme. Quanto à síntese, isso cabe ao feeling de cada pessoa; não pode ser ensinado. É necessário conhecer gírias, estar atualizado com as inúmeras expressões idiomáticas, evitar falsos cognatos (silicon não é silício, actually não é atualmente, coroner não é coronel, e por aí vai) e conhecer o universo da chamada cultura pop: seriados, filmes, quadrinhos, música, etc. etc.

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Estúdio de Dublagem
Feita a tradução, o profissional – quando iniciante – importa as legendas para o software que citamos, começando a marcar o tempo de entrada e o tempo de saída de cada legenda. Imaginem, caros leitores, um filme de uma hora e meia de duração, a quantidade de legendas que proporciona! Nessa etapa, o tradutor pode ter a “agradável” surpresa de constatar que aquele diálogo, lindo e perfeito, não “encaixa” numa determinada fala. Esse probleminha de última hora pode acontecer porque os programas calculam automaticamente a quantidade de caracteres e sabem, de antemão, quando uma fala não cabe em um determinado espaço de tempo da legenda. Um sinal vermelho, irritante, aparece na tela do monitor e indica que aquela “preciosidade” criada pelo tradutor precisa ser refeita, diminuída até que “encaixe”. Ainda acha que traduzir é fácil, caro leitor?

Com o passar do tempo e com muita experiência, o profissional descarta o uso do software, como apoio, e passa a saber, já no momento da tradução, se determinada fala “cabe” numa legenda. Esse mecanismo, verdade, se torna algo automático na cabeça do tradutor!

:: Constatem os possíveis problemas da tradução para legendas:

- Se um linguajar diferente for utilizado, a obra fica descaracterizada. Imaginem Romeu ao dizer: “- Ô, Julieta, chega mais porque quero dar um cheiro no teu cangote, pitchuka”. Sem comentários.

- Se a divisão das legendas for desrespeitada, os diálogos “atropelam” uns aos outros e a coisa toda fica sem sentido.

- Se o tradutor colocar informação de mais na legenda, o espectador passa o filme todo a ler e não vê nada.

- Se o tradutor omitir detalhes de um diálogo, a película – conforme o andamento – fica sem sentido.

- Se palavras forem mal traduzidas, toda graça de uma cena vai por água abaixo.

Um último detalhe interessante sobre a legendagem: ao contrário do que devem estar pensando, leitores, não é o tradutor quem insere e cronometra cada legenda de um filme, mas outro profissional: o marcador. Em São Paulo, principalmente, é essa pessoa a responsável por importar o texto - entregue pelo tradutor - para o software de legendagem e, por conseguinte, fazer a marcação (eis o porquê do nome) de cada uma das milhares de legendas de uma película.

Outra coisa interessante, isso muita gente desconhece, é que os tradutores, na maioria dos casos, não batizam os filmes no Brasil. É verdade, não sabia? Os tradutores, sim, dão duas ou três sugestões de títulos para uma determinada produção, mas quase sempre é o pessoal de marketing dos estúdios quem “inventa” os nomes. Parem, portanto, de xingar os tradutores por causa de títulos esdrúxulos!

Curiosidade: filmes eróticos e pornográficos também são traduzidos e legendados! Sabia? Acredite se quiser...

A fim de fechar este tema, saibam, leitores, que, mesmo com todos esses detalhes e mandamentos na cabeça do tradutor, os estúdios geralmente dão um prazo de 3 a 5 dias corridos para que um filme seja todo traduzido, digitado e entregue? É totalmente comum e normal o fato de tradutores passarem madrugadas em serviço.

:: A TRADUÇÃO PARA DUBLAGEM

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O Diretor de Dublagem: Hélio Ribeiro
Tudo o que foi dito a respeito do linguajar, da preocupação para com o tempo (timing) e das adaptações também vale para a tradução da dublagem. A diferença básica entre as duas modalidades de trabalho reside em dois fatores: na dublagem, o profissional precisa traduzir todo o conteúdo de uma fala, ou seja, a síntese não é mais o objetivo da tradução – afinal, o espectador enxerga o filme durante praticamente 100% do tempo. Além de se traduzir todos os diálogos de uma produção, a tradução visa à concatenação labial entre a fala traduzida e o ator ou a atriz em questão. Isso é óbvio, porque de outra forma poderia haver silêncio quando alguém fala ou voz quando o lábio está cerrado. Todos sabemos a raiva que dá quando a gente constata dublagens mal feitas. Essa preocupação é constante, contudo, não é obrigatória em todo o filme, mas especialmente nas seqüências em que os atores e atrizes ficam ON, ou seja, com os respectivos rostos – e lábios – voltados explicitamente para a câmera.

O tradutor de dublagem, também de posse do script, não marca as falas (como no processo de legendagem), mas anota possíveis expressões – reações – dos personagens, como riso, suspiro, grito, grunhido, etc. A marcação serve para que o diretor de dublagem, e eis uma grande diferença entre os dois tipos de tradução, possa orientar e coordenar os dubladores em estúdio. A diferença essencial está no número de pessoas envolvidas nos dois processos. Na legendagem, apenas o tradutor e o marcador se envolvem com o trabalho, ao passo que na dublagem, uma equipe de pessoas se faz necessária: há o tradutor, o diretor, os dubladores e os técnicos. É por isso, pessoal, que o processo de dublagem é mais caro!

Outro ponto necessário ao tradutor é o preparo de um documento por meio do qual fornece breves explicações acerca da pronúncia correta dos nomes dos personagens, assim como proporciona resumos de possíveis peculiaridades de cada um. Exemplos: Joe fala com sotaque Texano, Charles tem um problema de dicção e, portanto, “come” o erre, Susan é gaga, etc. É claro que o diretor de dublagem, por si só, é perfeitamente capaz de discernir esses detalhes sozinho, mas o espelho, como é chamado o documento feito pelo tradutor, quebra um galho danado e lhe adianta o serviço.

:: QUERO SER TRADUTOR, COMO FAÇO?

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Dublador: Guilherme Briggs
Calma! Após ler tudo isso, ainda quer mesmo entrar nessa? Claro que sim, não é? É uma profissão bela, muito rica e de extrema criatividade. Existem cursos especializados nesse tipo de tradução, mas se faz necessário ao “candidato” o conhecimento prévio do inglês (preferencialmente em nível avançado). É preciso conhecer, também, filmes, seriados, livros, etc., tudo que citei no início. Conforme as palavras da professora Ercília Hough, uma profissional que trabalha com isso há mais de vinte anos: “É imprescindível, para ser um bom tradutor para legendas e textos para dublagem, ter, pelo menos, formação universitária, de preferência nas áreas de Letras ou de Tradução, boa cultura geral, gostar de ler e não ter preguiça de fazer pesquisas, ter domínio do idioma estrangeiro da tradução, assim como da Língua Portuguesa, ter boa redação e saber digitar bem, com rapidez. Como normalmente é um trabalho diretamente ligado à televisão por assinatura e a cabo, o tradutor tem de cumprir rigorosamente os prazos, ser organizado e pontual na entrega dos trabalhos agendados”.

É, a professora 'Ercília' ministra um excelente curso realizado na XXI Century Traduções, em São Paulo. Você poderá obter mais detalhes acerca dele neste endereço: http://www.centuryxxi-traducao.com.br

Mas prepare-se para muitas horas de prática, algumas noites em claro e bastante trabalho. No final, o resultado, se bem feito, torna-se uma obra de arte que excede ao simples termo tradução; é mesmo uma versão brasileira. E cuidado com a L.E.R., hein?

 

 

 

 

Grato

 

devil (johner)

 
devilcoelhodog2007-01-04 12:47:42
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Tutorial de Legendagem.

Introdução à legendagem:

Curso introdutório sobre as noções gerais do trabalho de legendagem.
Baixe o arquivo com o tutorial:
versão em PDF,
versão em MS Word.

Segue abaixo um tutorial específico sobre legendagem com o programa SubtitleWorkshop.

 


 

 

Legendagem de vídeo usando o SubtitleWorkshop, da Urusoft

Introdução:
Estou escrevendo esse material para servir como consulta para a galera que fez a oficina de legendagem que a gente promoveu para agilizar os trabalhos do Felco e também como uma contribuição ao Cinecélula e à Rede de Mídia Alternativa. Conforme eu combinei com o pessoal, vou tentar me concentrar mais no raciocínio de como fazer a coisa do que no software propriamente dito.

Quem tiver um PC com o sistema do Bill Gates, baixe o software gratuitamente em: http://www.urusoft.net/downloads.php?lang=1. Para quem tem Macintosh, existe o programa chamado Miyu (http://www.fluffalopefactory.com/miyu/download.html) que executa a mesma função. Para os ferozes combatentes do Linux, aqui estão algumas alternativas: http://www.linuxlinks.com/Software/Multimedia/Video/Subtitles/index.shtml.

Antes de usar o software
A primeira coisa a se fazer antes de começar a usar o programa é assistir ao filme que vai ser legendado. Pode parecer uma observação estúpida, mas assistir ao filme antes de começar os trabalhos de legendagem ajuda a ter uma compreensão global do mesmo.
Em seguida, assista novamente o filme, fazendo uma transcrição do mesmo. Procure montar o arquivo na forma de texto simples (.txt – formato usado pelo Bloco de Notas, Simple Edit, Nano, Gedit, Kedit, etc...). Cada linha deve conter uma legenda, conforme o modelo abaixo:

Aqui fica a primeira legenda
E aqui a segunda
...
Começo a ficar perdido com os números

Salve este arquivo como medida de segurança. Com a transcrição em mãos, você já pode começar a legendagem do seu vídeo.

Começando a usar
Abra o Subtitle Workshop, clicando em Iniciar > Programas > Urusoft > SubtitleWorkshop> SubtitleWorkshop.

Observe que o programa já inicia no idioma que você escolheu na instalação.

Crie uma nova legenda clicando em Arquivo > Nova Legenda. (CTRL + N)

Abra o arquivo do filme que você vai legendar, clicando em Video > Abrir. (CTRL + P).

Observe que o programa já ajusta a taxa de quadros por segundo (FPS) das legendas de acordo com a taxa do filme.

Para pausar a exibição do filme (ou tocar o filme) CTRL + ESPAÇO
Para voltar o filme CTRL + SETA ESQ
Para avançar o filme CTRL + SETA DIR

Para inserir uma nova legenda, pressione INS.
Para inserir uma legenda antes da atual, pressione SHIFT + INS.

Para marcar a entrada de uma legenda:
Inicio da legenda ALT + Z
Final da legenda (e pula para a próxima) ALT + X

Se você precisa corrigir a entrada e saída de uma legenda:
Marque o tempo em que a legenda vai aparecer pressionando ALT + C
Marque o tempo em que a legenda vai sair pressionando ALT + V

Quando for salvar, observe qual o melhor formato para o seu programa de autoração de DVD.
No caso do DVD Architect, salve em Sonic DVD Studio (.sub).

Problemas? Fale comigo em humanistapi136 at yahoo.com.br (onde at é o arroba)

 

Grato.

 

devil (johner)

 
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Tradução para Dublagem e Legendagem
por Danielle Soares

A tradução tem lá seus paradoxos. Um dos exemplos mais claros temos na área de legendagem/dublagem de filmes. Apesar de ser uma das áreas de maior alcance de público, é das menos conhecidas.
Poucas especificidades de nossa profissão são tão comentadas e, muitas vezes, tão difamadas e criticadas como a tradução de filmes tanto para dublagem como para legendagem. Todo mundo tem uma historinha para contar de um erro ou outro que já viu em um filme. Até mesmo quem é profissional de tradução pode não ter idéia dos meandros e das armadilhas com as quais muitas vezes nos deparamos e das perdas lingüísticas inevitáveis por razões que vão além do ato de traduzir.

Aspectos culturais e de cotidiano, produtos, personalidades, enfim, uma enorme gama de informações que têm de ser traduzidas, mas que esbarram nas limitações impostas pela natureza deste tipo de tradução.

Na legendagem, há dois limites básicos: o número de caracteres que cabem na tela e o tempo de leitura necessário, proporcional ao número de caracteres. E o segundo se impõe. Calcula-se o número de caracteres da legenda de acordo com o tempo disponível.
Já na dublagem, há que se respeitar a métrica, o movimento labial e a interpretação dos atores. Nesse caso, o texto vai ser dito de um modo que precisa ser muito natural.

Além dessas limitações técnicas, que não podem ser burladas, sob pena capital para a qualidade final do produto “filme”, esbarramos também na amplitude dos assuntos tratados. Dramalhões românticos, modernos e clássicos, filmes de máfia, de gangues negras, de gangues latinas, de esportes pouco praticados no Brasil, de brigas judiciais, dramas médicos, religião, filmes institucionais, técnicos... O tradutor de filmes encontra pela frente um pouco de muitas coisas, dos mais variados temas e áreas de conhecimento.

Muitas vezes essa diversidade é “facilitada” por roteiros anotados, que trazem explicações a respeito de expressões e referências culturais. Filmes não permitem a utilização de “pés de página”, “parênteses explicativos” ou coisa que os valha. As adaptações culturais sofrem e muitas vezes se perdem porque não há como se alongar em explicações ao espectador.

É certo que há tipos de programação, principalmente os que envolvem transmissão de eventos, que não têm o roteiro, o que aumenta enormemente a possibilidade de haver erros de tradução. Dicção, sotaque, captação do som original, problemas de gravação, tudo isso dificulta o levantamento do texto e, por conseqüência, o trabalho do tradutor.

Mas ocorre que, mesmo entre tradutores, esse ramo não é muito conhecido. Por ter um volume de trabalho menor do que traduções técnicas, jurídicas e literárias, o profissional voltado exclusivamente para esse mercado de filmes é minoria. Se falarmos de legendagem para cinema, estaremos nos referindo a um número ainda menor de pessoas. Daí, muito se fala dos prazos apertados, da pouca remuneração, da qualidade ruim das traduções e outros tantos comentários que nem sempre correspondem à verdade.

O que precisa ficar bem claro é que os problemas de prazos, remuneração, qualidade são exatamente os mesmos que tradutores de outras áreas enfrentam. Portanto, as queixas do tradutor de filmes são as mesmas dos tradutores de outras áreas, inclusive as que se referem a pessoas sem formação ou, nesse caso, sem conhecimento técnico adequado, que participam do mercado e produzem traduções de baixa qualidade com erros que acabam se refletindo desfavoravelmente em toda a classe.

Como é algo tão presente no dia-a-dia das pessoas, o fato de se utilizar uma linguagem mais coloquial dá uma falsa impressão de simplicidade. Por trás dessa simplicidade há, na verdade, domínio da técnica, que é tão importante quanto o domínio do idioma. Esse é o “plus” dessa atividade.

Muito se fala da qualidade. Como já dito, as técnicas de tradução para legendagem e dublagem são muito específicas e muito diferentes entre si. Ainda, no caso da legendagem, o original está ali para ser comparado com a tradução. A visibilidade torna os erros mais banais, mais óbvios. Os espectadores passam a ser os críticos do trabalho do tradutor, muitas vezes sem base para tal.

Vale a pena, ainda, lembrar que muito do que se vê nas TVs por assinatura não é produzido no Brasil. Há uma lei do antigo Concine que protege a produção para dublagem em TV aberta, mas entrou em vigor em uma época em que nem se falava em TV paga. Não que a reserva de mercado seja a máxima solução para os problemas de qualidade que ainda vemos, mas é importante que os estúdios e as produtoras, no Brasil e no exterior, busquem os bons profissionais do ramo, que não são poucos.

O nível das traduções de filmes para TV e vídeo no Brasil melhorou muito nos últimos anos. Como em tudo, há um aprimoramento constante. Os estúdios de dublagem que pagam para ter qualidade, exigem qualidade e conseguem essa qualidade. O fato de o Brasil ter uma das melhores dublagens do mundo tem também a contribuição de quem traduz.

Cabe também ao público exigir que o nível da tradução continue melhorando sempre, valorizando sempre o trabalho do bom profissional.
O mercado tende a receber bem o profissional que domina a técnica e, claro, o idioma. Traduzir para legendagem e dublagem é uma atividade que exige estudo e que se aprende com a prática, com muita transpiração e inspiração.

As avaliações indicam que o mercado de legendagem e dublagem está em crescimento, com maiores exigências de qualidade dos profissionais. Portanto, vamos nos preparar para ele!

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(setembro/2002)
Danielle Soares ([email protected]) é tradutora e revisora especializada em legendagem e dublagem, jornalista, e presta serviços às principais empresas do ramo no RJ.
Inglês Português

 

 

 

 

Grato.

 

devil (johner)
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Muitas críticas se fazem às traduções para legendagem no Brasil e, por conseguinte, ao profissional dedicado a esse ramo. Discussões à parte, a verdade é que, com o advento da TV a cabo e do DVD − que traz legendas em vários idiomas, diferentemente das fitas VHS −, o mercado de tradução para legendagem vem requisitando cada vez mais profissionais qualificados. Dentro da própria classe, há mitos sobre a qualificação necessária e a remuneração praticada pelo mercado. Desses mitos podem advir as críticas às vezes desarrazoadas que comumente se ouvem.

O primeiro passo para se entender o processo de tradução para legendagem reside na observância de que o tempo necessário para a leitura de uma legenda é bem maior que o tempo usado para a fala que corresponde àquele texto. Assim, por diversas vezes, é impossível traduzir na íntegra o que é dito, devendo-se realizar adaptações ou sínteses, que, para os conhecedores do idioma original, podem parecer verdadeiros assassinatos da mensagem.

Outra explicação para a necessidade de adaptação se dá pela própria natureza do texto legendado. Diferentemente de outros formatos de texto escrito, não há como retroceder a leitura para uma tentativa de se entender melhor o que foi dito (pode-se voltar ao início de um parágrafo de um texto impresso, mas não se pode fazê-lo ao assistir a um filme na TV ou no cinema). Trabalha-se com um tipo de texto que requer compreensão imediata, sob pena de ficar o espectador sem captar a comunicação realizada entre as personagens. A boa legenda constitui uma forma de leitura que não desvie a atenção do espectador do filme, senão passará ele a maior parte do tempo tentando decodificar o que se pretendeu dizer, tirando-lhe o prazer de assistir a um produto feito, no caso da TV, do cinema e do DVD, precipuamente para entretenimento. Isso não significa − é bom ressaltar − que a ordem seja alterar o que se diz para tornar a mensagem mais simples. Bem pelo contrário, deve-se procurar aliar precisão da informação, adequação de texto ao tempo de leitura, boa apresentação estética da legenda e estilo coerente com a fala original. Assim, um bom tradutor para legendas se encontra naquele que soma essas qualificações a um extenso domínio das possibilidades expressivas da língua para a qual traduz.

O processo de tradução para legendagem traz ainda outras particularidades. Ao se traduzir um livro, por exemplo, trabalha-se com um texto-base escrito que vai se transformar em um outro texto escrito, podendo haver, dependendo do caso, as elucidativas "notas do tradutor". No caso da legenda, o material-base normalmente é falado, caracterizado por elipses, anacolutos, hesitações e traços emotivos e gestuais, sempre presentes, configurando intenções paralelas ao que é efetivamente dito. Daí se afirmar que a legenda não deve ser produzida seguindo somente o roteiro que acompanha o material-imagem, pois sem dúvida acaba-se realizando um tipo de texto que pouco combina com a cena em que ele se insere. As intenções da fala se perdem, e a legenda mais incomoda que elucida. Entende-se que a legenda não é a tradução só do texto, mas também dessa imagem, sempre carregada de muita informação. Ritmo de fala e pausas retóricas têm de ser levadas em consideração (não se pode ter uma legenda exposta muito tempo na tela se a imagem é montada com a estética frenética de cortes de um videoclipe, assim como não se pode trabalhar com legendas curtas e rápidas em excesso se elas traduzem a fala pausada e calma de um entrevistado com imagem captada por uma câmera fixa). Entretanto, nem sempre ocorre a possibilidade de aliar imagem e legenda, o que, inevitavelmente, vai gerar um resultado errôneo e desarmônico, como muitas vezes ocorre no cinema. É comum, na tradução para legendas de tela grande, se trabalhar com o roteiro sem a imagem, o que pode causar ao tradutor situações de grande desconforto. Imagine uma fala solta em um roteiro: "Where are the glasses?" O tradutor terá de optar, sem identificar o contexto, por se tratar de uma fala solta, entre "óculos" e "copos", e, seguindo a lei de Murphy, certamente optará equivocadamente. Quando há possibilidade de se acompanhar a inserção das legendas na película ou averiguar antecipadamente a cena, o conflito se resolve, mas nem sempre isso ocorre. Ainda há os casos de filmes acompanhados por roteiro em língua diferente da língua original, o que pode produzir desastres de tradução ainda maiores. E, sem dúvida, a culpa recairá, aos olhos do público, no tradutor, como constantemente se vê em comentários sobre a legendagem de filmes para o cinema, principalmente em festivais, quando a película chega, normalmente, em cima da hora de exibição.

Em se tratando de material ficcional, como filmes, seriados, não se pode perder de vista que cada personagem tem um jeito peculiar de falar, com competência lingüística diferente e universo lexical apropriado à sua caracterização. O bom tradutor jamais esquecerá esses traços, e deverá, para evitar a "pasteurização" de todas as falas, marcar estilisticamente em seu texto essa diversidade. Nesse sentido, a tradução para legendas em muito se aproxima da tradução literária.

Por último, o tradutor para legendas não pode perder de vista o caráter educativo que o seu texto apresenta. Reconhecendo que muitas pessoas só lêem diariamente o texto que se lhes oferece via legendas, não se podem arraigar, como modelos, estruturas lingüísticas problemáticas. Deve-se encontrar, sempre, um equilíbrio entre a manutenção do coloquialismo por vezes exigido pelo material a ser traduzido e a competência discursiva do texto, tarefa a que os teóricos da legendagem exaustivamente se dedicam e que vem garantindo melhor produto final aos espectadores, merecedores da qualidade buscada com todo o processo.

A expansão do mercado de legendagem vem ocorrendo já há dez anos, e hoje já se faz, no Brasil, tradução para vários clientes internacionais, como realiza a Drei Marc, com sede no Rio de Janeiro. Entretanto, ainda há poucos profissionais qualificados no mercado, dada a grande especificidade do trabalho, pois o tradutor deve apresentar, além de todas as competências já citadas, conhecimento do uso dos softwares necessários à formatação da legenda. Apesar disso, não é longo o período de investimento: normalmente de três a quatro meses de curso e treinamento, e mais três ou quatro meses, já trabalhando, para que o tradutor ganhe velocidade e prática em todo o processo, o que lhe garantirá uma remuneração adequada na proporção tempo trabalhado / remuneração percebida.

Apesar do preconceito que ainda existe entre alguns tradutores em relação ao trabalho para legendagem, o investimento em formação e pesquisa, aliado à seriedade com que a tradução para legenda vem sendo realizada, constitui fator evidente de mudança dessa ótica. As produções acadêmicas que começam a ser realizadas são outra prova da necessidade de se entender melhor esse ramo da tradução que alcança diariamente milhões de lares brasileiros. Uma natureza de trabalho que abarca dos longas-metragens aos documentários, dos institucionais aos clipes de música, dos pornôs aos programas jornalísticos, dos seriados aos programas educativos, não pode deixar de ser compreendida como possuidora de regras particularíssimas, que se constroem e se renovam constantemente, a partir não só dos erros e acertos, mas, principalmente, da contribuição do receptor final desse produto elaborado: o espectador.

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(outubro/2002)
Leonardo Teixeira é Doutor em Letras pela PUC-RJ, tradutor e copidesque de legendagem, professor da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro e da Fundação Getúlio Vargas, diretor e professor do curso Letera Arte e Cultura.
O que precisa ficar bem claro é que os problemas de prazos, remuneração, qualidade são exatamente os mesmos que tradutores de outras áreas enfrentam. Portanto, as queixas do tradutor de filmes são as mesmas dos tradutores de outras áreas, inclusive as que se referem a pessoas sem formação ou, nesse caso, sem conhecimento técnico adequado, que participam do mercado e produzem traduções de baixa qualidade com erros que acabam se refletindo desfavoravelmente em toda a classe.   

 

Grato.

 

devil (johner)

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E mais noções de legendagem, legendas, etc.

 

Overscan

Por que as legendas são cortadas na minha TV?

[Índice do Site] [Portal DVD/DivX]

Introdução

Modo de Serviço

Como minimizar o overscan na Sony WEGA KV-29FS110

Como minimizar o overscan nas LGs CP29K30A e RP29FA35A

 

Introdução

Algumas pessoas, notadamente os fãs de
, reclamam que as legendas do filme (legendas fixas) são cortadas e que não conseguem fazê-las aparecer não importa o ajuste (PANSCAN, LETTER BOX e 16:9) que façam no seu DivX player. Mas assistindo no computador as legendas sempre aparecem normalmente. O fato é que esse problema não é provocado pelo DivX Player (ou por qualquer player), mas pela combinação de erro na hora de legendar o filme com a forma com que as TVs funcionam.

Todas as TVs
"comuns" (isso exclui, acho, apenas Plasma, HDTV e outras novas tecnologias) aplicam o que se chama
overscan
na imagem que recebem: A imagem é "esticada" para garantir que em qualquer situação toda a tela da TV esteja sempre preenchida (isso é feito para agradar a "massa" de consumidores, provavelmente da mesma extirpe que não suporta filmes widescreen). Isso resulta numa perda de imagem ao longo de toda a borda, que pode chegar a, pasme, 20% da imagem original.

As pessoas que trabalham criando conteúdo para TV sabem disso, por isso nunca colocam conteúdo importante dentro das margens da imagem que produzem. O pessoal que faz
legendagem
de filmes Anime (os "fansubbers") muitas vezes não tem consciência disso, por estarem criando tudo em um PC e para ser visto em um PC, então colocam as legendas muito próximas da margem inferior com o intuito de não estragar o filme. Isso funciona perfeitamente no PC, mas não na TV.

Mesmo um fansubber que teste em uma TV o que produziu pode ser enganado se estiver usando a saída TV OUT de sua placa de vídeo para isso. As placas modernas tem esquemas de compensação em seus drivers que minimizam os efeitos do overscan nas TVs, justamente porque seria inaceitável trabalhar com o "Menu Iniciar" escondido na margem inferior da tela
:)

E, em uma discussão que vi enquanto fazia pesquisa, alguns fansubbers mesmo cientes do problema não dão a menor importância. Direito deles, claro, já que
ninguém tem a obrigação
de agradar a grupos específicos quando trabalha de graça. E 99% das pessoas que assistem aos animes legendados nunca se preocuparam em agradecer o trabalho do tradutor/legendador.

Para compensar isso, é necessário que o aparelho de DVD tenha um recurso de Zoom reverso (ZOOM OUT), para "afastar" a imagem. Mas a maioria só tem o Zoom "normal" (ZOOM IN). Algumas TVs que tem esse recurso também podem resolver o problema. Ou usar o
de sua TV para ajustar a imagem na tela.

Note que esse problema
apenas
afeta filmes com
legendas fixas
que foram posicionadas
inadequadamente
. O único modo (conhecido) de corrigir isso é re-processar o filme, incluindo uma "moldura" que mantenha todo o conteúdo da imagem dentro da área visível da tela quando a TV fizer o overscan. Veja
como colocar essa moldura.

 

Testes de overscan

1) com o DivXTESTCD 1.1 (
ou
)

A foto abaixo, de meu notebook, mostra o filme inteiro dentro da área da tela (não existe overscan)

overscan_notebook%28ideal%29.jpg

A foto abaixo é da mesma cena, exibida pelo DVP642K conectado a uma TV SEMP de 14", mostra a perda de 10 por cento da largura. Desculpe a foto amadora, mas estou sem tempo para caprichar
:)

overscan_semp.jpg

Se o exemplo não fosse widescreen (não existe exemplo fullscreen no DivXTESTCD 1.1), você veria a mesma perda também na altura. Compare os exemplos e você vai notar que é muito fácil posicionar algo na tela incorretamente de forma que desapareça por causa do overscan.

Lembre-se: é a TV que faz overscan e não o dvd player!

A propósito, a finalidade dos círculos concêntricos (o "alvo") na imagem é testar se o "aspecto" está correto. Uma TV desajustada poderá apresentar a imagem esticada ou comprimida em um dos sentidos. Os círculos denunciam isso porque ficam "ovais". Não sei se é impressão minha, mas acho que você poderá notar que a exibição na SEMP mostra os círculos
um pouquinho
mais largos que altos. Já no notebook, parecem perfeitos.

2) Com um anime fansubbed

A primeira imagem é de um frame aos 11m04s do episódio 07 de
Hellsing
, de 640x480, legendado pelo grupo brasileiro OMDA, como visto em meu notebook:

overscan_anime_notebook.jpg

Agora, exatamente a mesma imagem, como vista na mesma TV SEMP do outro exemplo, ligada ao DVP642K:

overscan_anime_semp.jpg

No caso deste filme específico, este foi um exemplo extremo. A maior parte do tempo, dá para ler as legendas perfeitamente, porque o fansubber dividiu o texto em duas linhas. Mas veja como este filme está "no limite". Em uma TV com um overscan ligeiramente maior ou com uma
legendagem
ligeiramente mais baixa, a leitura vai ficar difícil ou impossível. Perceba como só dá para perceber o "g" de "desgraçado" pelo contexto.

Novamente, lembre-se: é a TV que faz overscan e não o player!!

Mais exemplos na TV

Você pode até pensar que TVs maiores e mais caras (ou mais recentes) podem ter um problema menos acentuado, ou que talvez o uso de outras entradas de vídeo mudem algo, mas veja os seguintes exemplos:

overscan_DVP5100_WEGA29FS110%20%281%29.jpg

 

overscan_LG-DVK8944X_LG-CP29K30A%20%281%29.jpg

CP29K30A_overscan%20%281%29.jpg

Como você pode ver, a LG apresentou o
pior
overscan. Em ambas as TVs isso pode ser corrigido porque por sorte eu sei como entrar no modo de serviço das duas (explicação no final deste texto).

Se duas TVs de mesma diagonal visível forem comparadas numa loja lado a lado, a TV com maior overscan parecerá ter uma magem
maior
e o consumidor médio não nota que isso ocorre porque há
menos
imagem visível. Logo a TV com maior overscan ganha uma vantagem comercial mesmo que a intenção do fabricante não tenha sido essa.

 

O Philips DVP720SA (não vendido no Brasil), o
e o
tem Zoom out!

 

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Modo de Serviço

ATENÇÃO:
Os procedimentos descritos aqui podem prejudicar o funcionamento de sua TV. Embora eu aja de boa fé e todas as informações aqui sejam conferidas e quando possível testadas em meus próprios equipamentos, não me responsabilizo pelas conseqüencias do uso dessas informações,
mesmo que estejam erradas ou incompletas
. Se a TV não é sua, peça autorização ao papai ou à mamãe para mexer. Se é sua, aceite a responsabilidade pelos seus atos. Minha responsabilidade, em todo o meu site, limita-se à
devolução
do valor que você pagou
a mim
pelo uso das informações que, em 100% dos casos, é R$0.00. Se você azarar sua TV mexendo no Modo de Serviço, mande para a Assistência Técnica!

Algumas TVs dispõem de um recurso oculto chamado "Modo de Serviço" (Service Mode) usado pelas Oficinas Autorizadas para fazer pequenos ajustes, sem sequer abrir a TV. Entrando no "Modo de Serviço" aparece um menu que permite até ao usuário comum fazer diversos ajustes, entre eles a altura e a largura da imagem na tela. Se você dispuser de uma TV com esse recurso poderá eliminar completamente o efeito do overscan.

Mesmo nas TVs que sabidamente tem o recurso, ainda é necessário conhecer a combinação de comandos que é a "chave" para entrar nele. Isso não fica facilmente acessível, para que um usuário não bagunçe toda a configuração da TV. Pode até ser necessário usar um controle remoto especial ou mesmo fazer uma pequena intervenção eletrônica para ativar o menu.

Nesse ponto você me perguntaria: Minha TV, uma "Mytzplick abcd" tem esse recurso? ou que TVs tem esse recurso?

Veja esta lista:

 

Como minimizar o overscan na Sony WEGA KV-29FS110

A Sony chama o Modo de Serviço de SAM (Service Adjustment Mode)

O procedimento afeta apenas a entrada corrente, ou seja: se você fizer ajustes enquanto a entrada Video Componente estiver ativa, nada é alterado na sua exibição dos canais de TV aberta. Isso permite que você defina uma "entrada sem overscan" no seu aparelho.

Segundo a lista do link acima, este procedimento deve ser o mesmo para toda a linha WEGA e os modelos KV-20M20, KV-20S20, KV-21RD1, KV-C2583, KV-9PT50, KV-14FM14, KV-32FV16 e KV-13FV26.

O meu controle remoto é um RM-Y194. A única diferença para o modelo abaixo (no que diz respeito ao SAM) é que no meu a tecla [ENTER] é denominada [ENT]

remoto_sony_RM-Y180_funcoesSAM%20%281%29.jpg

Entrar no Modo de Serviço nessa TV é facílimo. Com o televisor em Standby (led vermelho aceso) aperte no controle remoto, em seqüencia: [DISPLAY][5][VOL+][POWER]

Segundo um Manual de Serviço da Sony que achei, este procedimento é o mesmo para os modelos ao lado, porém a tela apresentada é outra e o procedimento a partir daqui é um tanto diferente, mas todos os comandos de teclas são os mesmos .

O Manual de Serviço dessas TVs (95 páginas) está

KV-20FS100

KV-20FV300

KV-21FM100

KV-21FS100

KV-21FV300

KV-24FV300

KV-25FV300

 

A TV deve ligar exibindo uma imagem mais ou menos assim:

overscan_ServiceMenuSony_1%20%281%29.jpg

Agora que eu já mostrei como ele aparece, vou editar a imagem para identificar as opções:

overscan_ServiceMenuSony_1a%20%281%29.jpg

Dispositivo ("DEF" pode ser uma forma abreviada de "default"). Muda-se com os botões [2] e [5].
Não mexa nisso!
;

O sistema de vídeo padrão para a entrada atual;

Ainda não sei;

A entrada atual (a que você vai modificar);

O nome do parâmetro que está sendo modificado. Muda-se com os botões [1] e [4];

O número do parâmetro que está sendo modificado. ;

O valor do parâmetro. Muda-se com os botões [3] e [6];

Ainda não sei ("NVM" deve significar "Non-Volatile Memory");

Provávelmente a versão do firmware da TV.

Enquanto estiver no modo de Serviço, você pode mudar a entrada da TV apertando [TV/VIDEO] no remoto que (4) mudará de acordo, mostrando onde é que você está fazendo as alterações. No momento em que você entra no Modo de Serviço a TV já exibe como fundo a imagem presente na entrada que estava selecionada quando a TV foi desligada pela última vez. A minhas imagens mais acima estão pretas porque eu removi o sinal da entrada para facilitar a visualização das opções. Como você verá mais adiante fica um pouco mais difícil de visualizar o menu quando este está sobreposto a uma imagem, mas para ajustar é melhor que esteja sobreposto.

Para mudar o parâmetro selecionado, use [1] e [4]

Para mudar
o valor
do parâmetro selecionado, use [3] e [6]

Como só vamos fazer as alterações necessárias para minimizar o overscan, os parâmetros que nos interessam são apenas 1 e 3, como mostro abaixo:

overscan_ServiceMenuSony_2.jpg

overscan_ServiceMenuSony_3.jpg

38 e 40 são os valores default que encontrei na minha TV. Modelos diferentes tem valores default diferentes.

Para o leigo, os dois itens parecem ter sido inspirados no dicionário do "Seu Crêisson", mas o significado para quem tem mais experiência é óbvio:

HSIZ = Horizontal Size

VSIZ = Vertical Size

Bem, usando [1], [4], [3] e [6] faça as alterações até achar que ficou satisfatório. Ficará bem mais fácil se você tiver uma imagem sendo exibida.

Para minha surpresa, eu não consegui mais do que 5% da imagem de volta (note que faltavam 10%), mesmo reduzindo bastante os valores de HSIZ e VSIZ, como mostra a imagem abaixo:

overscan_ServiceMenuSony_4%20%281%29.jpg

Intrigado com isso e como estava testando com um DVP5100, testei com outros dois DVD players: o Philips DVP642 (mesmo fabricante, chipset diferente) e o LG DVK9944X (fabricante diferente, mesmo chipset). Nada mudou.

Repeti o procedimento com outra entrada. Testei Video Componente e Video Composto. Nenhuma diferença.

Mas os 5% que ganhei foram suficientes para resolver o problema com os animes (eu coloquei 30 em HSIZ e 30 em VSIZ):

overscan_WEGA29FS110_corrigido%20%281%29.jpg

Nota:
o problema do arredondamento no lado esquerdo ocorre quando mexemos em VSIZ. Quanto menor o valor, pior fica. Abaixo, VSIZ=0:

overscan_ServiceMenuSony_5%20%281%29.jpg

Não me preocupei ainda em descobrir que parâmetro pode corrigir isso. Para mim já está suficientemente bom, mas um purista vai preferir esconder a borda esquerda da tela, aumentando um pouco HSIZ.

Mais tarde, descobri como obter os outros 5% da imagem que faltavam. Bastou mudar o parâmetro 14 (HBLK) de 0 para 1 que quase todo o resto da imagem dos lados esquerdo e direito apareceu automaticamente. Nada mudou em cima e embaixo. O problema é que a área adicionada ficou "diferente". Na maior parte do tempo aparenta apenas ter um brilho maior, mas dependendo da imagem exibida aparecem efeitos esquisitos nas duas laterais. Ainda não estou certo de que valha a pena o problema só pelos últimos 5% da largura.

[29/07/2006]
Me enganei redondamente. Colocar HBLK em 1 fez com que as laterais da imagem esticassem dobrando sobre elas mesmas e o efeito esquisito que eu estava vendo era a transparência das dobras. Além disso, dois incômodos riscos curvos verticais apareceram mais para o meio da tela por causa disso. Por isso, passei HBLK de volta para zero e me conformei com a perda dos 5%.

 

Todas as alterações que você fizer serão revertidas quando a TV for desligada da tomada, por isso você pode fazer experiências à vontade, até um certo ponto.
É tecnicamente possível que alguns parâmetros sejam críticos e levem à
queima
do aparelho se forem suficientemente desviados do valor correto por muito tempo. Somente um técnico treinado no aparelho em questão pode dizer com certeza se é seguro ou não experimentar com os valores.

Para gravar permanentemente, aperte em seqüencia [MUTTING] e [ENT] ou [ENTER]

Enquanto você não teclar a seqüencia acima dentro do Modo de Serviço, você pode ligar e desligar a TV, entrar e sair do Modo de Serviço que suas modificações serão mantidas, mas apenas até o momento em que a TV for desligada da tomada (ou faltar energia, dãaa...).

Apertando em seqüencia [8] e [ENT] a TV entra em RESET, voltando às configurações de fábrica para
as opções do usuário
. A TV se oferece de novo para sintonizar automaticamente os canais e todas as suas opções personalizadas de áudio e vídeo voltam ao padrão de fábrica,
mas todas as alterações feitas no Modo de Serviço são preservadas.
Seria bom saber como se reseta também o Modo de Serviço, mas pelo que pesquisei
não existe jeito
.

 

Como minimizar o overscan nas LGs CP29K30A, RP29FA35A e RP29FE80

Obrigado ao Rafael Biller pela dica que me permitiu entrar no menu!

Ao contrário do que ocorre na Sony, este procedimento afeta todas as entradas. Se você fizer o ajuste na entrada de Video Componente, vai afetar a recepção de TV aberta.

Este procedimento possivelmente é o mesmo para a LG Flatron 29Q54

Com a TV ligada na entrada que você deseja modificar (TV/Video1/Video2/Video3/Componente), aperte ao mesmo tempo os botões MENU do controle remoto e da TV e segure por
uns 5 segundos
(o controle tem que estar apontado para a TV, dãa...).

Solte somente depois que o menu
Service1
aparecer na tela:

CP29K30A_ServiceMode%20%281%29.jpg

O número de opções é enorme! Apertando a tecla [MENU] você alterna entre as páginas abaixo:

CP29K30A_Service1%20%281%29.jpg

CP29K30A_Service4%20%281%29.jpg

CP29K30A_Service2%20%281%29.jpg

CP29K30A_Service3%20%281%29.jpg

CP29K30A_Option1%20%281%29.jpg

CP29K30A_Option2%20%281%29.jpg

CP29K30A_Option3%20%281%29.jpg

CP29K30A_Option4%20%281%29.jpg

Todos os valores das imagens acima, com exceção do menu
Service2
, são os valores de fábrica da minha TV. Se você bagunçou a sua, do mesmo modelo (
CP29K30A
) e não sabe mais quais os corretos, pode usar os meus como base para a correção.

Para corrigir o overscan, vá até o menu
Service2
e usando as teclas [CH] e [VOL] (são quatro no total) mude os valores de:

VA - Tamanho Vertical

VS - Posição Vertical

HS - Posição Horizontal

EW - Tamanho Horizontal

Eu não faço a menor idéia do que essas abreviações significam. Provavelmente só fazem sentido em coreano (a sede da LG é na Córeia do Sul).

Após estar satisfeito, aperte [ENTER] para gravar. A seguinte mensagem aparecerá rapidamente na tela:

CP29K30A_Stored%20%281%29.jpg

Como ficou a imagem com o overscan corrigido:

CP29K30A_overscan_corrigido%20%281%29.jpg

Note que a LG também fica com a borda esquerda curva, como na Sony WEGA; e a borda direita fica ligeiramente torta. Nada que me incomode, entretanto. Eu percebo a falha ao ligar a TV, mas depois de começar a assistir eu não a enxergo mais. Note que isso varia de pessoa para pessoa.

 

Dicas não confirmadas:

A LG dispõe de um controle remoto especial para acessar o Modo de Serviço, mas se o seu controle remoto tem um circuito integrado SAA3010T, basta conectar uma chave entre os pinos 1 e 11 do mesmo

 

Veja mais sobre Modo de Serviço em:

(TVs Philips)

 

 

 

Grato.

 

devil (johner)
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Cursos sobre legendagem e correlatos:

Tradução e legendagem agora na Cultura Inglesa

A Cultura Inglesa lança o curso prático de Tradução e Legendagem, que ensina e exercita a tradução de vários tipos de textos de ficção e de legendas de filmes, por meio do estudo de estruturas lingüísticas, expressões idiomáticas e gírias usadas em situações cotidianas, termos técnicos e jargões de várias áreas e falas regionais. Com uma aula por semana de cem minutos, o curso é dado em dois semestres independentes, porém complementares. As aulas começam em fevereiro e o custo de R$ 608,00, pode ser parcelado em seis vezes para matrículas em dezembro. Informações pelo telefone 3095-4466.
"Além da demanda do mercado editorial, o crescente número de canais de TV a cabo e a popularização dos DVDs impulsionaram a procura por tradução de legendas de filmes, seriados, talk-shows e documentários", afirma Giana de Mello, gerente da Cultura Inglesa.
Recomendado para alunos de nível avançado, estudantes dos cursos de Letras e Tradução, o curso é oferecido em cinco filiais da capital (Higienópolis, Mooca, Pinheiros, Santana e Tatuapé) e nas filiais de Santo André, São José dos Campos e Santos.
O curso é dado em português e dividido em dois semestres. O primeiro usa fragmentos de textos de ficção em inglês e em português (poesia, prosa, letras de música e teatro) para explorar as várias possibilidades de tradução e versão. Utilizando cenas variadas de filmes, os alunos estudam a caracterização de personagens, estilos e linguagens de épocas distintas. Tanto nos textos escritos como nas legendas de filmes, os estudantes são convidados a explorar as diferenças lingüísticas entre linguagem formal e informal, linguagem humorística, gírias, expressões idiomáticas, falas regionais em português e inglês.
O segundo semestre é totalmente voltado para textos e filmes de linguagem especializada. Com base em textos jornalísticos e textos com linguagem especializada, o curso analisa o vocabulário e estilo usados em áreas como política, economia, saúde, gastronomia e assuntos do cotidiano. Os alunos estudam temáticas específicas (como termos usados em tribunais), jargões especializados em várias áreas, além da linguagem empregada em documentários e notícias.
Para facilitar o entendimento, os professores usam recursos como DVDs, CDs, datashow, textos autênticos extraídos de sites, livros e jornais. Os alunos contam ainda com o e-Campus, ambiente virtual para prática de inglês na Internet, que pode ser acessado de qualquer computador em qualquer horário. Desenvolvido em parceria com a editora inglesa Macmillan Education, o e-Campus disponibiliza mais de 2.500 atividades entre exercícios (vocabulário, compreensão oral, gramática e pronúncia), dicionário, testes, explicações gramaticais, jogos educativos e artigos do jornal inglês "The Guardian Weekly" atualizados semanalmente.
Informações para a imprensa com Nora Ferreira - Escritório de Comunicação - (11) 3814-4600

 

 

Grato.

 

devil (johner)
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Os Segredos de Quem Traduz e Legenda


por Luiz Joaquim

Em determinada seqüência do filme Outono em Nova York, Richard Gere caminha ao lado de Anthony LaPaglia pelas calçadas de Manhattan e confessa que transou com a ex-namorada no sótão da casa do amigo, enquanto Winona Ryder, a atual namorada, o aguardava na sala de baixo. LaPaglia vira-se para Gere e diz cristalinamente: "I'm sorry about what you did". Quem já folheou qualquer cartilha de inglês no 2º grau entende que o amigo de Gere quer dizer: "Sinto muito pelo que você fez"; mas o que espectador desavisado lê nas legendas é: "Quem mandou você fazer isso?"

Esse é apenas um exemplo entre os infindáveis casos da legendagem no cinema que faz o público um pouco mais atento questionar o porquê de experientes profissionais de tradução derraparem na nacionalização de produções estrangeiras. O caso específico de Outono em Nova York não é tão cabeludo a ponto de interferir na lógica do enredo, mas certas pérolas são tão incoerentes que não respeitam o mínimo bom senso. Algumas são clássicas como a do filme Tomates Verdes Fritos, no qual aparece um jornal estampando a manchete: "Wife kills husband and sells his body parts to aliens". Mesmo com a ilustração de um disco voador ao lado das palavras, o tradutor escreve "Mulher mata marido e vende pedaços do seu corpo para o estrangeiro".

Há 10 anos trabalhando nesse ramo, Monika Pecegueiro do Amaral, explica que são vários os motivos pelos quais algumas legendas não se atêm às traduções literais ou, simplesmente, saem erradas. Uma das razões encontra resposta nas limitações de caracteres por cada linha de legenda ­(34 para o cinema. 30 para o vídeo). "É preciso um poder de síntese bastante afiado, o que muito aproxima meu trabalho com o ato de fazer poesia ­- minha paixão maior".

"Por vezes, somos obrigados a resumir a idéia com uma construção oracional diferente da original, mas sem mudar
sua essência, para que ela encaixe em 68 toques divididos por duas linhas", diz. Entre os gêneros de sua predileção para trabalhar, Monika ressalta os desenhos da Disney justamente por desafiá-la a combinar métricas e rimas. "Muitas palavras precisam carregar um sentido triplo", brinca.

Heloisa Martins Costa, que junto a Monika Pecegueiro e Paulo Frederico Costa formam a tríade mais respeitada dessa área no País, diz que outro detalhe que entrava a tradução precisa são os roteiros defasados que vêm acompanhando as fitas de serviço do filme a ser nacionalizado. "Alguns roteiros, de 50, 60 páginas, ainda indicam o primeiro tratamento que a história recebeu, antes de ser rodada. Quando acompanhamos a narrativa assistindo o filme, escutamos um personagem dizendo que vai encontrar outro às 10h, e não às 9h, como está no papel. O mesmo acontece com quantias. O roteiro diz um valor e acontece de o ator falar outro É preciso atenção para o erro não resvalar na legenda".

TRAUMAS -Trabalhando, atualmente, com os filmes das distribuidoras Europa e Lumière, Heloísa ficou conhecida, no início da carreira, por traduzir muitos filmes europeus. Ela conta que a primeira experiência foi traumática. Em 1988, quando chegou do Velho Mundo, onde havia concluído sua pós-graduação na Universidade Paris - Sorbonne, Heloísa se apresentou ao Consulado Francês, no Rio de Janeiro, disposta a trabalhar como tradutora. O serviço que lhe deram foi nacionalizar os filmes de Jean-Luc Godard do acervo do consulado. E ela começou logo pelo verborrágico A Chinesa. "Tinha um detalhe complicador. Os filmes eram em 16mm, o que reduzia a quantidade de caracteres de 34 para 23 por linha. Levei um mês para fazer o serviço e pensei em nunca mais trabalhar com isso", recorda.

Outra experiência nada agradável aconteceu com Rapsódia em Agosto, de Akira Kurosawa. O filme, falado em japonês, estava chegando para o antigo FestRio, em 1991, e Heloísa tinha menos de três dias para traduzi-lo a partir de um tosco roteiro em inglês. Debruçada sobre o script por mais de 12 horas ininterruptas, a tradutora trabalhou sem ver nenhuma imagem do filme. Heloisa lembra que não podia identificar qual o sexo dos atores apenas pelo nome dos personagens. O resulto é que, na projeção, enquanto parte do elenco masculino falava, a legenda mostrava coisas do tipo: "Eu estou cansada".

Para não cometer gafes, Monika Pecegueiro (fluente em inglês, espanhol e italiano) não hesita em procurar sua "rede de consultores" ao encarar filmes de idiomas "exóticos" como o chinês, tailandês ou o mandarim. "Com um decente roteiro-guia em inglês, como o que acompanhava O Caminho Para Casa, do chinês Zhang Yimou, a tradução saiu tranqüila. Isso não aconteceu com o alemão Corra Lola, Corra. Como tradução de tradução é uma coisa horrível (no caso, do alemão para o inglês, e do inglês para português), me vi na necessidade de convidar um amigo com proficiência em alemão para ajudar", revelou.

Como o detalhamento técnico de muitos filmes modernos requer uma linguagem peculiar, Monika também apela para profissionais de áreas especificas para aplicar o jargão que cada um costuma usar. "Essa adequação é o que diferencia uma tradução apenas correta para uma outra mais caprichada". Em Maré Vermelha, por exemplo, ela trabalhou assessorada por um comandante da Marinha do Brasil.

Apesar da pós-graduação na Universidade de Santa Bárbara, na Califórnia, Monika não se sentiu à vontade para nacionalizar, sozinha, a versão contemporânea de Hamlet (filme de Michael Almereyda, com Ethan Hawke). "Mesmo transcorrendo nos dias de hoje, o filme e falado num inglês arcaico, que requer extremo conhecimento da escrita de Shakespeare". Para fazer o serviço, a tradutora exigiu da distribuidora a colaboração de Márcia Martins, doutorando em traduções de Hamlet para o português. "O resultado ficou lindo", diz orgulhosa.

Já Heloísa sofreu na hora de transcrever para nosso idioma as falas do iraniano Filhos do Paraíso, de Majid Majidi. "O filme era falado no dialeto mais praticado no Irã, o farsi; e o roteiro em inglês só trazia frases sem nexo. A solução foi 'casar' o sentido das falas observando a expressão dos atores", recorda. Na contra-mão das dificuldades, a tradutora diz que filmes de ação, como os monossilábicos de Schwarzenegger, são os mais rápidos de traduzir. "Os diálogos são poucos e o barulho é muito".

QUALIFICAÇÃO - Além dos desenhos da Disney (distribuídas pela Buena Vista), Mônica Pecegueiro do Amaral nacionaliza os filmes da Columbia/TriStar, Lumière, Fox/Warner e as produções da brasileira Conspiração (de Eu,Tu, Eles). Foi ela, por exemplo, quem colocou frases em espanhol nas imagens do documentário Pierre Verger ­- Mensageiro de Dois Mundos, de Lula Buarque de Holanda, para concorrer no Festival de Havana.

Lecionando aulas de tradução para cinema na Pós-graduação da PUC-SP, Pecegueiro insiste que para obter o sucesso nessa função, uma boa formação em literatura e um rico conhecimento em teoria lingüística são imprescindíveis. "Além desses instrumentos fundamentais, o tradutor precisa de fluência na escrita. Somos como escritores que precisam contar uma bela história em português, e fazer jus aos grandes roteiristas como Woody Allen, Scorsese e tanto outros", conclui.

 

 

 

Grato.

 

devil (johner)
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Legendas II: Trabalho e Remuneração


por Luiz Joaquim

A condição ideal para o tradutor nacionalizar uma produção estrangeira reza que o filme venha acompanhado por uma fita em VHS e um roteiro-guia em inglês, devidamente marcado com a 'pietagem'. Este último termo técnico se refere à indicação das partes pelo qual o rolo de um filme é dividido. Enquanto numa cópia de serviço de vídeo o time-code situa a extensão da história pela contagem do tempo, no roteiro, o filme é dividido em feet (pés), facilitando a localização dos diálogos para o tradutor.

Para entender como esse indicador ajuda o profissional, basta saber que o longa Snatch - Porcos e Diamantes, de 97 minutos, tem 9.208 pés. O filme, dirigido por Guy Richie (com os indecifráveis diálogos de Brad Pitt), está recebendo 1.446 legendas por Monika Pecegueiro do Amaral, para ser lançado em maio pela Columbia.

"90% dos filmes nos chegam com essa condição de trabalho, o que nos possibilita trabalhar com poucas margens de erro", diz a tradutora, que hoje se ocupou com Beatles - Os Reis do Iê Iê Iê. O filme, rodado por Richard Lester em 1964, ganhou cópia nova e som remasterizado.

Para Heloisa Martins Costa, "num mundo perfeito, teríamos 20 dias para traduzir um filme. Mas a realidade não é bem assim. Muitas vezes a cópia fica presa na alfândega e nos chega a cinco dias da estréia em todo o País". Depois do serviço feito, ela gosta de colocar o filme para 'dormir' por 24 ou 48 horas. Ou seja, depois de dois dias de distanciamento, Heloísa torna a ver o filme de uma só vez para consertar possíveis incongruências da própria tradução. Ultimamente, a profissional tem dedicado seu talento em Mansfield Park, de Patricia Rozema; além de Malena, nova produção de Giuseppe Tornatore.

DINHEIRO - A frenética labuta dos tradutores de cinema no Brasil revela uma profissão mal-remunerada em vista da demanda de especialização que o serviço requer. "Traduzir exige investimento em pesquisa, educação e profundo domínio da língua", diz Pecegueiro. Em conformidade com a tabela do sindicato dos tradutores, a remuneração para cada parte de 10 minutos traduzidos em um filme para cinema é de R$ 80.

Considerando a duração padrão de um longa em 100 minutos, o tradutor leva R$ 800 por filme. "Hoje me dou o luxo de só trabalhar com uma média de 10 ou 12 filmes por ano. Prezo pela qualidade do serviço", diz Heloísa que, como a colega Pecegueiro, completa a renda mensal com outras atividades ligadas à tradução.

 

 

 

 
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Legendas III: O Processo de Legendagem


por Luiz Joaquim

Depois de os tradutores escreverem a versão nacional dos diálogos de filmes estrangeiros, os textos vão para os laboratórios que efetuam a legendagem no País. Duas empresas fazem o serviço no Brasil: a Labo Cine, no Rio de Janeiro, e a Curt-Alex, em São Paulo. Havia uma terceira no Rio, a Titra, que está retirando seus serviços do mercado. Por mais de 30 anos, a Titra legendava os fotogramas, um de cada vez, por um antigo sistema de carimbo ácido que retirava a gelatina do filme. Dessa maneira, as palavras apareciam na tela em forma de transparência.

A consolidada Labo Cine, com mais de 46 anos de experiência, e a Curt-Alex (atuando há 17 anos) utilizam um processo ótico, sem queimar a cópia original. As legendas são fotografadas em uma película à parte, para depois uni-la a outras duas: a do filme original e a sonora. "Da união dessas três películas, sai uma banda positiva. Essa matriz vai servir para fazermos quantas cópias nacionalizadas for preciso", explica o gerente comercial da Curt-Alex, Sílvio Porto.

FESTIVAIS - O que já é normalmente caótico fica insano nos casos dos festivais internacionais, cujo acervo de filmes estrangeiros chega a mais de 300 títulos exibidos em poucos dias. Na última edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, 190 longas e cerca de 90 curtas precisaram receber legendas.

Nesses, casos, o processo de legendagem precisa ser veloz e acontece simultaneamente à projeção do filme. No Brasil, a marca Subtitling Online, da empresa Running S/C, está em boa parte destes festivais (Mostra-SP; Brasília; Fica - GO; Anima Mundi - Rio/SP; Jean Rousch -SP; Festival Japonês -SP).

Marina Mariz, da Subtitling, diz que a solução para a instantaneidade veio com a criação do software (sugestivamente chamado de Transpotting) desenvolvido pela empresa. "Cada sala é equipada com um projetor de vídeo e um pc levando nosso software, que alem de ter o modo de exibição de legendas em cinema, também pode ser usado pelos tradutores para editar os textos", conta Marina.

A projeção dos diálogos (previamente traduzidos), aparece no roda-pé da tela, em conformidade com a situação que ali aparece. Para trabalhar na Mostra-SP 2000, a Subtitling arregimentou 12 tradutores fluentes em inglês, francês, espanhol, alemão e russo. Além disso, mais 25 profissionais ficaram responsáveis pelo apoio técnico e liberação das legendas durante as exibições.

Se na legendagem padronizada o período ideal para nacionalizar um longa é de 20 dias, Marina salienta que na
legendagem dos festivais, três dias já seria maravilhoso, mas nem sempre sua equipe dispõe desse tempo.

"Na Mostra-SP, recebi um filme às 14h, e ele seria exibido às 20h do mesmo dia. Foram quase duas mil legendas. Até hoje eu me espanto por ter conseguido. Acho que é o pique de Mostra, a energia muito positiva que rola, para que tudo de certo", encerra.
 

 

 

 
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Legendas IV: Erros e Acertos


por Luiz Joaquim & Kleber Mendonça Filho

Legendas legendárias

1) No trailer de Todo Mundo em Pânico, enquanto um rapper dizia "I've got the move" (algo como 'eu tenho a ginga'), as letrinhas na tela informavam "Eu tenho o filme". Confundiram "move" com "movie".

2) Pelas legendas de certos filmes policiais, alguns detetives recebem a informação que um coronel está chegando para examinar a vítima. Na realidade, o "coroner" é um médico-legista.

3) Em alguns filmes americanos, clientes pedem ao garçom para conferir a conta gritando: "Check!". Mas a legenda faz o brasileiro entender que ele está pedindo um talão de cheque.

4) Em Tomates Verdes Fritos, a manchete do jornal estampa que uma mulher esquartejou o marido e vendeu os pedaços para alienígenas, mas a legenda transforma o ato numa transação internacional, dizendo que tudo foi vendido para o estrangeiro.

5) Em Dançando no Escuro, na seqüência do tribunal, o promotor diz que a vítima sofreu "34 wounds" (ferimentos). A legenda incriminou a pobre Selma mais ainda ao estampar na tela "34 tiros".

6) Na cópia em vídeo de 1984, de Michael Radford, versão do livro de George Orwell, "the bloody party" ("o maldito partido", gíria inglesa) ganha o tratamento literal e enigmático "o partido sangrento".

7) Em O Clube dos Cinco (The Breakfast Club, 1984), de John Hughes, alguém diz "The joint is in Johnson´s underwear" (O baseado está na cueca do Johnson). Tradução: "A maconha usa fraldas Johnson". Esse erro está no primeiro lançamento do filme no Brasil, dos anos 80.

8) Em Pulp Fiction (1994), de Quentin Tarantino, Sam Jackson e John Travolta abrem a mala do carro e percebem que só têm à disposição pistolas, mas que o serviço que estão prestes a fazer exigia "shotguns" (escopetas), A legenda traduz "shotguns" como "pistolas". Então, qual é o problema Jules e Vincent? (versão em vídeo)

9) Em Sob Fogo Cerrado (Under Fire, 1984), de Roger Spottiswoode, "the guerrilas" (os guerrilheiros) viram "gorilas".

10) "After Hours" (1986), de Martin Scorsese, virou "Depois de Horas". A expressão significa, "depois do expediente".

11) Excelente exemplo de tradução inspirada: Em Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971), de Stanley Kubrick, "here he is in poison" virou o perfeito "aqui está ele, em peçonha"

12) No filme concerto U2 Rattle and Hum (1988), Bono canta Running to Stand Still. Na parte em que ele diz poeticamente "she´s lying still", a legenda não perdoa na sua grosseria telegráfica: "deitada dura".

13) No relançamento brasileiro de O Leopardo (Il Gatopardo, 1963), de Luchino Visconti, com a versão original, contendo cenas adicionais, as tais cenas adicionais não tinham legendas!

14) Na versão em VHS de Ben Hur, lançada pela Vídeo Arte do Brasil em 1990, o Cônsul romano Quintus Arrius (Jack Hawkins) acaba de ser salvo de uma batalha naval por Ben Hur (Charlton Heston). À deriva no mar mais tarde, Ben Hur avista um navio no horizonte. O Cônsul pergunta: "Are the sails square?/As velas são quadradas?". A legenda traduz não apenas o texto, mas o raciocínio do Cônsul: "É a esquadra marítima"?

15) Em South Park - Maior Melhor e Sem Cortes, houve especial esforço de trazer para o português toda a glória do palavreado chulo dos meninos, especialmente no Brasil, onde Eddie Murphy já mandou muita gente "FUCK OFF" e legendas atenuaram para "VÁ EMBORA". Em South Park, "Uncle Fucker" virou "Fode Tio", "Cock Sucker" "Chupa pau" e "Rim Job" "Lambe Prega". Parabéns Warner, pela franqueza.

16) No final de ENFERMEIRA BETTY, trocaram "earnings" (ganhos, salário) por "earrings" (brincos).
 

 

 

Grato.

 

devil (johner)
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Artigo:  Qualidade na Tradução de Cinema no Brasil

Assunto/autor:  Monika Pecegueiro do Amaral

Qualidade na Tradução de Cinema no Brasil

Há dez anos tenho o privilégio e o prazer de traduzir profissionalmente filmes lançados em versões legendadas ou dubladas, em português ou em idiomas estrangeiros, para exibição nos circuitos cinematográficos e em festivais, no Brasil e no resto do mundo.

Convidada à mesa-redonda, “Mercado Brasileiro de Tradução de Filmes para Cinema e Vídeo”, realizada no dia 04 de julho de 2001, na PUC-Rio, no ciclo do Departamento de Letras/Tradução e AET/RJ, “Mercado de trabalho de tradução: mitos e realidades”, narrei ao público mais uma história de sucesso do cinema.

Só que desta vez, não a de mais um clássico inesquecível ou um de seus grandes êxitos de bilheteria, e sim a da qualidade impecável do roteiro traduzido como resultante do trabalho harmonioso em equipe que é preciso haver entre a distribuidora e seus tradutores. Citei o dever e o compromisso ético que tradutores, distribuidores, gerentes de produção, revisores, laboratórios, etc., todos os envolvidos no processo em todos os seus vários níveis, precisam ter com os mais altos padrões de qualidade na tradução e legendagem dos filmes. Compromisso que, no caso da Lumière Latin America, representada à mesa pelo distribuidor Bruno Wainer, a distribuidora sempre teve com seus títulos – desde a época em que a trabalhava com o pioneiro e genial, S. da Rocha Spiegel, a quem tive o prazer de conhecer pessoalmente – e ainda hoje tem comigo e, entre outras, com a também tradutora e intérprete sócia da ABRATES, Heloisa Martins-Costa, minha grande amiga e ótima colega no mercado de tradução de cinema.

Destaco como fatores do sucesso da parceria TRADUTOR/ DISTRIBUIDOR:

1. A opção da distribuidora por títulos de alta qualidade; e o cuidado com a seleção de tradutores profissionais confiáveis e capacitados.
2. Aos tradutores, são fornecidos todos os elementos básicos para a criação de um roteiro traduzido para legendagem: uma sessão de exibição do filme em película, com o som original, em seu ambiente apropriado, isto é, no escurinho da cabine de projeção do distribuidor; o roteiro na língua original, pietado em feet & frames, nossos “faróis” no alto-mar de nossas escolhas; e uma versão do título em vídeo ou DVD.
3. Dispomos, então, dos recursos que nos permitem acesso simultâneo à obra escrita e às bandas de áudio e vídeo, e do tempo necessário para: a) a pesquisa, contextualização, investigação e pré-produção dos nossos roteiros traduzidos; B) a prática do cotejo incessante entre nosso roteiro preliminar do filme e sua imagem e áudio, crucial na etapa de correção de omissões, falhas e recortes de cenas, nos freqüentes casos de remontagens do original; c) a adequação estilística da tradução à riqueza de informações extralingüísticas presentes nos outros recursos semióticos da obra (imagens, encenação, vestuários, etc.), também disponíveis somente nas telonas ou telinhas; d) e a adequação gráfica às técnicas de ficção e, mais especificamente, às regras de editoração e legendagem para o cinema.
4. Todo tradutor de cinema precisa ser um bom contador de histórias, um bom ficcionista. Trabalhando como intérprete de grandes cineastas contemporâneos como John Sayles, Anthony Minghella e Don Hahn, não coincidentemente ouvi de todos eles que os três principais fatores determinantes para o sucesso de um filme são: “História, história e história.” Precisamos ainda ter a agilidade criativa necessária para sermos surpreendentemente hilários ou mordazes no momento em que estamos a traduzir comédias e farsas, compositores líricos, ao traduzirmos musicais, ou especialistas em dramaturgia em inglês arcaico, ao se traduzir Shakespeare. Traduzimos, primordialmente, diálogos? Sim, mas há um “texto escrito” que precisa ser “lido”, para que o espectador que não domina a língua estrangeira na qual a obra original foi produzida possa entendê-la 100%. Como o autor Henrik Gottlieb bem aponta em um de seus artigos (1994), a legendagem de mídia é um tipo de “tradução diagonal”, na qual discursos FALADOS são LIDOS em outra língua pelos espectadores. A tradução como uma transposição de uma modalidade audiovisual para uma modalidade escrita ficcional é uma especificidade da tradução de filmes, da qual o bom tradutor/roteirista está sempre consciente.
5. Por fim, um saudável feedback de pós-produção, no qual são discutidas questões institucionais e lingüísticas, como, por exemplo, sugestões da distribuidora para a adequação do produto final ao público espectador enquadrado na classificação etária do filme; ou a escolha dos nomes dos personagens e dos títulos de canções do filme em sinergia com sua distribuição mundial, um caso muito freqüente nos lançamentos Disney. São argumentações, em geral, muito lúdicas, e onde o tradutor deve ter a garantia da palavra final em opções mais controversas, porém facilmente justificáveis, segundo os inúmeros critérios que orientam nossas decisões. Após a aprovação da primeira cópia-guia legendada pelo laboratório para as devidas correções finais, dessa matriz são produzidas as dezenas, ou centenas, de cópias do filme que abastecerão o circuito exibidor.

A gratificante cooperação plena entre todos os termos do trinômio tradutor-distribuidor-laboratório e também a confiança e o respeito nas suas relações profissionais são vitais para que as obras-primas mágicas dos cineastas que seguiram os passos dos irmãos multimídia, Auguste & Louis Lumière, tenham traduções em línguas estrangeiras nada menos do que 120% corretas, artística e tecnicamente impecáveis.

“The subtitler must possess the musical ears of an interpreter,
the stylistic sensitivity of a literary translator,
the visual acuteness of a film cutter and
the esthetic sense of a book designer.”
- Henrik Gottlieb
 

 

 

Grato.

 

devil (johner)
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Tutorial de Legendagem de Vídeos.

Por Paulo Casemiro, lista [email protected]

1. Digitando legendas e marcando tempos.

2. Usando o Frameserver do VirtualDub.

3. Comprimindo em MPEG-1.

4. Geração do VCD.

5. SubForge e Dicas de Legendagem

1. Digitando legendas e marcando tempos.

Software utilizado: SubStation Alpha. Digitar as legendas traduzidas e marcar os tempos de início e fim de cada diálogo parece simples, não? Mas é parte mais demorada e cansativa do processo de legendagem, e imagino que toma uns 90% do tempo total de produção de um vídeo legendado.

Vamos também dar algumas dicas de padronização, desta vez do SubStation Alpha em conjunto com o VirtualDub e seu plug-in Subtitler.
virtuald1.png
Faça o download dos três através desta
página.

a. Descompacte o VirtualDub com o WinZip (mantendo "use folder names" ligado) em C:\Program Files\VirtualDub (ele não tem Instalador) e crie um atalho para ele.

b. Descompacte o VirtualDub Subtitler Filter em C:\Program Files\VirtualDub\PlugIns. Por último, instale o Sub Station Alpha (versão Win32).

c. Execute o VirtualDub e abra o arquivo .avi ou .mpg do filme a ser legendado. Vá em "Audio", "Full Processing Mode" e novamente "Audio", "Conversion". Escolha "11025 Hz", "8-bit", "Mono" e clique OK.

d. Vá em "File", "Save Wav" e dê um nome para esse arquivo.

 

substat1.png1. Feche o VirtualDub e abra o Sub Station Alpha. Vá em "Timing", "Time From WAV File". A seguir use o botão "Open" (embaixo do menu Styles) e abra o .wav gerado pelo VirtualDub. Você verá uma representação da forma de onda da trilha de áudio do vídeo.

2. Para uma maior precisão, use as teclas de zoom para expandir a visualização, de forma que um diálogo inteiro use toda a tela.

3. Digite a tradução de um diálogo.

4. Marque os tempos de início e fim com os botões esquerdo e direito do mouse, respectivamente.

5. Em seguida clique em "Grab Times" e um evento será adicionado. Repita o processo para cada diálogo.

Eu uso as seguintes opções no SubStation: Styles: Default, Arial Bold 56 pt, amarelo, Left Margin=36, Right Margin=36, Vertical=36, Border=1pix e Shadow=1 pix.

substat2.png

Nunca deixe menos de 1 seg. de exibição para cada legenda, por menor que ela seja. Use linhas de no máx. 36 chars, e por favor, nunca deixe aparecerem 3 linhas de legendas na tela!!! Também respeite a regra dos 15 char/seg., usada como base de leitura de uma pessoa normal (uma linha de 30 caracteres tem permanecer por 2 seg. na tela).

Para ver a legenda, abra de novo o VirtualDub, carregue o filme e vá em "Video", "Filters", "Add", "Subtitler".

subsvir1.png

Abra o arquivo .ssa com a legenda que você fez, clique F9 (para desabilitar o source playing) e clique do botão Play (>) que tem um "O" junto. O filme será apresentado com a legenda.

subsvir2.png

É recomendável manter os dois softwares abertos ao mesmo tempo. Tudo que for editado e salvo no SubStation se refletirá imediatamente no VirtualDub.

Para gerar um VCD, use o frameserver do VirtualDub e o TMPEnc, descritos a seguir.
A geração de um vídeo em DivX;-) por enquanto não está descrita neste tutorial, aguardo colaborações.


2. Usando o Frameserver do VirtualDub.

Softwares utilizados: VirtualDub, VirtualDub Subtitler Filter, Sub Station Alpha e Tmpgenc.

Este método permite que o VirtualDub gere um "falso" arquivo .avi de tamanho igual a 1 (um) frame, e portanto bastante pequeno, mas que será corretamente lido pelo TMPGEnc como se fôsse um AVI normal.

IMPORTANTE: Antes de executar este processo, assegure-se que já executou corretamente a instalação do "handler" do Frameserver. Vá até a pasta onde está o VirtualDub, execute o auxsetup.exe, clique em "Install Handler" e clique em OK. Depois é só clicar em "Exit".

Rode o Virtualdub e selecione "File", "Start Frame Server".
Uma janela do Frameserver vai aparecer, clique em "Start" e outra janela vai abrir. Salve o arquivo com o mesmo nome do .avi, mas com a extensão .vdr.
Ao término, será mostrada a janela abaixo, e ela deverá mostrar "Frameclients installed: AVIFile only". Se isso não aparecer é porque o "handler" não foi instalado corretamente como mostrado acima. O botão "Stop Serving" encerra o processo, só clique nele quando tiver terminado de gerar seu vídeo.

frmsvrmd.gif

Agora já podemos encodear o "falso" vídeo .vdr gerado pelo Frameserver do VirtualDub sem necessidade de usar uma enorme quantidade de Gigabytes e de tempo de máquina.


3. Comprimindo em MPEG-1

Software utilizado: TMPGEnc

Dicas para os ajustes iniciais, de VCDs:
1. Carregue o TMPGEnc, clique em "Load", escolha:

"VideoCD (NTSC).mcf" se o vídeo original tiver 29.97 frames/seg.

"VideoCD (PAL).mcf" se o vídeo original tiver 25 frames/seg.

"VideoCD (NTSC-Film).mcf" se o vídeo original tiver 23.96 frames/seg.

Para saber qual o framerate original de seu vídeo, vá em "File", "File Information" no VirtualDub.

tmpgenc1.png

2. Clique em "Settings" e na aba "Video", última linha, escolha "Highest Quality (very slow)" para o "Motion search precision".

3. Ainda em "Settings", clique na aba "Advanced", e marque o filtro "Noise reduction" e dê um clique duplo em "Sharpen edge", digite 30 para os 2 valores, marque "Field base" e clique em OK.

tmpgenc2.png

O TMPGEnc mantém todos últimos ajustes que você fizer, então ao menos que se modifique algum deles, estes 3 ajustes só precisam ser feitos uma vez.

Carregue o video (.avi ou .vdr) usando o "Browse" do campo "Video Source".
Escolha o nome do mpeg (ou segmento) a salvar ou use  o "Browse" do Campo "Output file name".

Dicas de ajuste para cada filme:

1. Em "Settings", "Advanced", utilize o "Source Range" para escolher qual trecho do video original (ou do que está sendo "frameservido") você quer encodear.

2. No item "Audio effect", verifique como está o volume do vídeo, usando o botão "Normalize" e colocando um valor de 98%. O TMPGEnc vai varrer a trilha de áudio do segmento escolhido (no item 1 acima) e ao terminar, vai exibir a  correção a ser aplicada na caixa abaixo de "Change volume". Se o valor da correção não ultrapassar 140% (-3 dB) o melhor é não fazer nenhuma normalização.

tmpgenc-a1.png

Salve o(s) projeto(s) antes de encodear. Vá em "File", "Save Project", assim mais tarde você poderá executá-los todos de uma vez (Batch encoding).

Outras dicas:

1. Em "Advanced" existem filtros que permitem alterar o contraste, brilho, saturação, etc. do video a encodear. A tentação para usar estes filtros é grande, mas eles enganam um pouco e em geral o resultado final não é bom. Se mesmo assim quiser utilizá-los, sugiro que use valores pequenos nos parâmetros. Se o vídeo original estiver sofrível, o resultado final também é sofrível, e nada vai mudar isso.

2. Para as séries, tente encodear em trechos de 6-12 min., correspondentes aos segmentos exibidos entre os anúncios (são cenas de suspense ou de tensão que terminam em "fade-out"). Isto permitirá fazer VCDs com capítulos quebrados nesses pontos.

3. Antes de começar a comprimir, faça um pequeno teste com um vídeo de 30-60 seg. para ver o resultado, pois dependendo da máquina, o processo todo leva horas.

Mais detalhes sobre o TMPGEnc em www.vcdhelp.com/tmpgenc.htm e em www.vcdhelp.com/tmpgencexplained.htm


4. Geração do VCD

Esta parte do tutorial não está terminada. Por ora, sugiro a instalação do Nero 5.5.x.x, selecionando "Create a VCD". Use "NTSC" ou "PAL", de acordo com a escolha do item 1 da parte "Comprimindo em MPEG-1" e clique em "New". Arraste o vídeo .mpg criado pelo TMPGEnc para a janela que o Nero mostrou. Depois da checagem que ele fizer, basta clicar em "Write".


5. SubForge e Dicas de Legendagem

As traduções ao pé-da-letra, o uso incorreto do Português e principalmente as "legendas rápidas e carregadas" são os maiores e mais frequentes problemas que vejo. Muitas vezes vi legendas de 3 linhas serem exibidas em menos de 2 segundos! Já cansei de voltar cenas para poder lê-las.

Percebi que todos os amadores iniciantes (também aconteceu comigo) sempre cometem os mesmos pecados, tais como:

Tradução literal de todo o diálogo (textos com muitas palavras)

Tempo de exibição curto para leitura

Muito tempo na leitura, perdendo detalhes do filme.

Isso tudo é difícil de ser evitado, mas com duas regras básicas de técnicas de tradução para legendagem resolve-se uns 70% dos problemas:

Ser bastante sucinto no texto da legenda (só traduzir o essencial)

Respeitar a velocidade de leitura máxima de 15 caracteres por segundo.

O SubForge é um programa para Windows que eu criei que para ajudar nos outros 30% do problema. Ele abre arquivos de legendas .ssa (do SubStation), analisa os diálogos, os tempos de exibição e informa onde está rápido demais para se ler e onde está longo para caber na tela.

Ele faz 4 tipos de correções automáticas nas legendas:

Corrige (quando possível) tempos de exibição

Balanceia quebra linhas quando há duas delas

Alinha frases quando há duas linhas de diálogo começando com hífens

Divide em duas as legendas longas que não cabem na tela

Se o MS Word estiver instalado na máquina, ele pode utilizá-lo em background para fazer a correção ortográfica das legendas.

Quatro tipos de ícones (carinhas) informam o que acontece em cada linha da legenda. Para que se tenha uma boa legenda, o objetivo é conseguir o maior percentual possível de carinhas alegres (verdes), poucas carinhas indiferentes (laranja), o mínimo possível de carinhas tristes (amarelas) e nada de carinhas bravas (vermelhas). As carinhas verdes indicam taxa normal de leitura (até 15 chr/seg.), as laranjas taxa acelerada de leitura (entre 15 e 20 chr/seg.) e as amarelas taxa de leitura prejudicada (acima de 20 chr/seg.). Pode-se também fazer uma edição rápida na legenda com um clique duplo e ir observando observar as mudanças nas carinhas.

O programa completo deve ser ser instalado na primeira vez e as atualizações podem ser copiadas por cima do original para quem já instalou uma versão anterior

Não é a solução final para o problema! Quando possível, ele resolve uns 30% dos problemas das legendas, mas se o texto estiver carregado, ele pouco poderá fazer além de formatar as legendas.

Lembrem-se que os legendadores profissionais nunca traduzem tudo, para permitir um equilíbrio entre assistir a cena e ler as legendas. E isso tudo é uma arte que nós também podemos tentar fazer!

Editado em 18-10-2002

Fonte: http://www.algoritmo.com.br/divx-brasil/

 

Grato.

 

devil ( Johner)

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Tive a minha época em que eu legendava vídeos de Anime (desenho japonês) com o programa SubStation Alpha, e como fiquei experiente, resolvi fazer um tutorial para os outros aprenderem a fazer isso também.

 

 

Segue abaixo:

 

 

Legendando vídeo

Hugo Cisneiros, hugo_arroba_devin_ponto_com_ponto_br
Última atualização em 04/02/2003

Como sempre tem gente interessada em aprender a criar as legendas para o tanto de Animes que tem por aí, resolvi criar um tutorial para ajudar no aprendizado de quem está iniciando. O programa que usaremos aqui para criar o script das legendas é o Sub Station Alpha, que é o mais usado por todo mundo. Existem outros programas como o BakaSub (pra Linux), mas ensinarei aqui apenas como mexer com o Sub Station Alpha. Depois do script criado usaremos o VirtualDub para aplicar as legendas no vídeo e produzir o Anime traduzido.

Antes de mais nada, você vai precisar destes dois programas, não? Você também precisará de um plugin adicional para aplicar o script das legendas no VirtualDub.

Sub Station Alpha - http://www.eswat.demon.co.uk/

VirtualDub - http://www.virtualdub.org/

Subtittler - http://www.virtualdub.org/virtualdub_filtersPegue e instale o Sub Station Alpha, o VirtualDub, e depois descompacte o plugin subtitler no diretório plugins, dentro do diretório onde você instalou o VirtualDub. Com isso feito, já podemos começar a colocar as mãos na massa!

 

Primeiro vamos extrair o som do vídeo que você quer legendar. Para fazer isso inicie o VirtualDub, abra o vídeo em "File -> Open video file...", e em seguida selecione a opção "Full Processing Mode" no menu "Audio". As opções Conversion, Compression, e Volume que antes estavam desabilitadas agora podem ser usadas. Iremos usar o som no Sub Station Alpha, e ele requer que o som esteja em 8bit e Mono. Vá em "Audio -> Conversion", e selecione "Sampling Rate 44100Hz", "Precision 8 Bit", "Channels Mono". Dê OK e vá em "File -> Save WAV...", selecione o lugar e nome do arquivo (.wav) que você quer salvar e dê OK.

 

tutorial_legenda_imagem01.gif

Vai aparecer esta tela, que é o processo de criação do arquivo WAV. Ela também aparecerá quando você for criar o vídeo final. Mude o "Processing Thread Priority" para alterar a velocidade do encode. Quanto maior for a prioridade, mais o programa vai usar seu processador e mais rápido o encode vai ficar, entretando mais lento seu computador vai ficar para usar outras coisas. Espere acabar todo o encode do áudio.

Agora que já criamos o áudio, podemos usá-lo no Sub Station Alpha. Abra o Sub Station Alpha e em seguida Selecione "Timing From Wav File" no menu "Timing". O painel superior irá mudar, olhe:

Antes:
tutorial_legenda_imagem02.gif
Depois:
tutorial_legenda_imagem03.gif

Neste novo painel, clique em "Open..." e selecione o arquivo Wav que você fez com o VirtualDub. O Sub Station Alpha irá ler o arquivo e carregar no programa para que você o use para fazer o Timing. Veja que vai aparecer os comprimentos da onda de áudio no meio:

 

tutorial_legenda_imagem04.gif

tutorial_legenda_imagem05.gif

 

Antes de mais nada, aqui vai uma dica. No painel de timing de Wav, que apareceu quando selecionamos "Timing from Wav file", eu recomendo deixar o zoom para x128. Fica um pouco mais fácil a percepção do som pra criar os tempos das legendas. Se o capítulo for maior que a média (23 minutos), como por exemplo, algum filme, recomendo aumentar o zoom para ficar melhor. Se o vídeo tem 46 minutos, então eu escolheria um zoom de x256 (dobro do que eu usava anteriormente, quando o vídeo era de 23 minutos). O zoom se encontra um pouco abaixo e direita do botão "Open" do painel, ao lado do y-scale, que é o comprimento vertical das ondas.

Agora vem a parte mais emocionante (chata?). Com o mouse, você vai selecionar um começo e um fim no arquivo Wav. No gráfico das ondas de som, se você clicar com o botão esquerdo do mouse, uma linha amarela irá aparecer. Esta linha representa o começo do intervalo da legenda. Agora se você clicar com o botão direito do mouse, desta vez uma linha vermelha irá aparecer. Esta linha vermelha representa o final do intervalo. Selecione um intervalo qualquer e depois clique no Botão "Play Selected". O programa irá tocar o som neste exato intervalo, mostrando também uma linha branca se mexendo, que é onde o som está tocando no exato momento. Tá ficando complicado né? Calma, isso é o mais fácil :)

O que você vai ter que fazer agora é ir selecionando e clicando em Play Selected, até conseguir pegar exatamente onde começa a fala e onde termina. Depois que você capturou o lugar certinho da fala, você digita a legenda na caixa em branco, e logo em seguida aperta em "Grab Times". Lá embaixo do programa, você vai ver que uma nova linha foi criada, com a fala que você acabou de criar. Veja:

 

tutorial_legenda_imagem06.gif

 

Legal né? Quando aplicarmos a legenda no VirtualDub aparecerá esta fala acima. Agora aqui vai algumas dicas para melhorar a eficiência do seu trabalho:

Antes de criar a legenda no Sub Station Alpha, coloque todas as falas num arquivo texto (.txt), com uma fala por linha. Depois salve este arquivo texto e no Sub Station Alpha, vá em "File -> Open", e no tipo de arquivo, selecione "Plain Text (TXT)". O Sub Station Alpha vai carregar as falas automaticamente, uma fala por linha, assim você não vai ter que ficar digitando ao mesmo tempo que faz o timing. Também é bom pelo fato de que alguém pode estar traduzindo e você fazendo apenas o timing, assim o cara só precisa te mandar o arquivo texto com todas as falas, ou vice versa. Agora você só precisará colocar os tempos selecionando o intervalo da legenda nas ondas do som e apertando em "Grab Times".

Use teclas de atalho na hora de fazer o timing. Ao invés de ficar mexendo o mouse pra clicar em todos os botões, posicione sua mão no teclado para obter uma performance muito mais rápida. Use o atalho "ALT+S" para tocar o intervalo de audio que você selecionou com as linhas amarela e vermelha, e "ALT+G" para aplicar o tempo com o "Grab Times". Pode ter certeza, isso economiza MUITO tempo e é MUITO mais prático.

Salve sempre o seu script apertando a tecla "F2". Isso evita qualquer dano no script caso seu computador trave e você perca todo o seu trabalho.

Nunca coloque o intervalo de tempo sempre exatamente onde a fala começa e onde termina. Tente sempre deixar uma pequena margem de milésimos de segundo antes de aparecer a fala e depois de aparecer a fala. Fica muito melhor para ler. Isso você pega só com a prática, e o zoom das ondas do som também influencia muito.

Com a prática, você verá que algumas falas podem ter um tempo muito pequeno para quem está assistindo ler toda a fala na legenda. Quando você achar que não dá para ler neste tempo, aumente um pouco o tempo da linha vermelha, mas também não deixe muito grande senão fica muito desproporcional. Geralmente o tempo do som é bom para o tempo da fala, mas tem algumas excessões (japonês é bem diferente do português).

Altere a fonte, tamanho e estilo das fontes no botão Style do painel. Adapte a sua legenda pra ficar o melhor possível no vídeo. Considere se conseguem ver a legenda de longe, se a cor é adequada, e esse tipo de coisa. Os estilos do Sub Station Alpha lhe permitem mudar e muito a forma com que a legenda aparece no vídeo, e quem sabe usar bem estes estilos deixa a legenda muito mais bonita.

Agora salve o seu script .ssa e vamos lá aplicar as legendas no vídeo. É claro que você precisará de um vídeo sem legendas. Algumas pessoas preferem colocar as legendas em cima das outras, o que eu não recomendo (na minha opinião fica horrível). Inicie o VirtualDub e vamos lá aplicar as legendas.

O VirtualDub é um poderoso editor de vídeo, e ele tem muitos e muitos filtros de vídeo úteis para você trabalhar. Primeiro vá em "File -> Open video file..." e selecione o vídeo sem legenda. Vamos primeiro configurar as compressões do vídeo. Sem as compressões o arquivo ficaria gigantesco! Usaremos é claro, a compressão de vídeo Div-X e a compressão de áudio MP3. A combinação perfeita para um bom encode. Em Video, selecione "Compression", e marque com a versão mais nova do Div-X. Veja a imagem abaixo:

 

tutorial_legenda_imagem07.gif

 

Nas propriedades do codec (Botão "Configure") você seleciona as opções que melhor deseja. Quais opções selecionar para um melhor encode você acaba aprendendo com o tempo e experiência. as opções mais úteis são o "Variable Bitrate Mode" e "Output Video Bitstream". No "Variable Bitrate Mode", você seleciona o modo com que o codec faz a verificação dos quadros e o encode. Geralmente se usa 1-pass, mas se você selecionar 2-pass você obtém uma performance melhor no vídeo, mas em contrapartida o encode demora muito mais. O "Output Bitstream" é o principal, nele você escolhe a velocidade ("bitrate") do vídeo. Quanto maior for o Bitrate, melhor a qualidade e maior o tamanho do arquivo. Bem um bom começo de bitrate é 2000.

Agora vamos ver a compressão do Áudio. Selecione o modo "Full Processing Mode" no menu "Audio" e em Conversion coloque a qualidade que melhor se adapta às suas necessidades. Uma boa pedida é colocar "Sampling Rate 48000Hz", "Precision 8 Bit", "Channels Stereo". Agora vá em "Compression" no menu Audio. É bem semelhante à compressão do vídeo, iremos usar o "MPEG Layer-3", e no formato ao lado direito, usaremos "192 kBit/s, 48,000 Hz, Stereo", o que é uma ótima qualidade para o áudio. Veja a figura:

 

tutorial_legenda_imagem08.gif

 

Se achar que é exagerado, use 128 kBit/s ao invés de 192. Dê OK e pronto, as configurações de compressão do vídeo e do áudio já estão feitas.

Agora iremos aplicar os filtros no vídeo! Vá em "Video -> Filters", clique em "Add" e selecione o filtro "subtittler". Selecione o script que você criou com o Sub Station Alpha e em seguida dê Ok. Veja:

 

tutorial_legenda_imagem09.gif

 

Pronto. Se você quiser dar uma olhada antes de fazer o encode, aperte no botão "Play" com um "O" do lado, como mostra a imagem abaixo. Com isto o VirtualDub irá tocar o vídeo com as legendas aplicadas e tudo mais. Se ficou tudo certo, vá em "File -> Save as AVI..." e coloque o nome do vídeo que você vai querer salvar. Aquela primeira tela de encode vai aparecer de novo e agora é só esperar até o encode acabar. Veja aqui:

 

tutorial_legenda_imagem11.gif

Veja aqui enquanto está fazendo o encode. Veja que você vai poder prever também o tamanho final do arquivo. Se você achar que está muito grande, tente fazer a compressão do vídeo e do áudio com um pouco menos de qualidade, até você achar o seu ideal. Lembre-se que essas coisas você só pega com prática e experiência. Mude o "Process Thread Priority" para deixar o processo mais rápido ou mais lento, e também vá fazer uma pizza enquanto o encode acaba, pois demora um pouquinho :)

Pronto! Quando o encode acabar o vídeo está pronto pra ser assistido! Lembra daquele exemplo que criamos no Sub Station Alpha? Olha como ficou:

 

tutorial_legenda_imagem12.gif

 

Agora é só praticar, praticar e praticar.

 

 


 

 

Grato.

 

devil (johner)
devilcoelhodog2007-01-05 02:19:59
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digisub guide

by timecop@efnet

required software

VirtualDub

avisynth 2.5

vsfilter

sub station alpha (currently down, use google to find it)

msmpeg4v2 (or any other high-performance light codec)

media player classic (recommended for scene change timing)

Decomb filter package (for Decimate() and Telecide())

FDecimate (if you plan on working with 120fps stuff)

Table of contents

Chapter 0: Setting up the software

Chapter 1: Preparing the project directory

Chapter 2: Preparing the audio

Chapter 3: Preparing the script

Chapter 4: WAV-Timing

Chapter 5: Timing Scene Changes

Chapter 6: Character name fixup

Chapter 7: Intro to typesetting

Chapter 8: Intro to encoding

0. setting up the software

This step obviously only need to be done once, and you only need to repeat it each time you reinstall your system or when new versions of the software above come out. Use google to find latest versions of the software, or download from the links provided above. As of this writing, latest VirtualDub is 1.5.10, latest VSFilter is 2.33, latest MPC is 6.4.8.2, and latest SSA is some 3-years old version (but that's all we have). MSMPEG4 is a free download from microsoft.com. You are looking for "Windows media player codecs" pack, or use the link above.

Create a directory for all your A/V software. This will make it easier to update later. Something like c:\av or c:\dvd or something similar. Do not keep all your shit on desktop or in some other worthless place. Also do not even bother installing "codec packs" or anything similar. All the required tools are listed here.

VitualDub is installed by unzipping the distribution .zip file into some directory. From here on I'll use c:\av as the place to store all your video software. So, virtualdub will go into c:\av\virtualdub. Next, download avisynth .exe installer and start that. Set installation path to c:\av\avisynth. Allow it to associate .avs files with NotePad, but not with Media Player. Download the .zip file for VSFilter. Inside, there's a single .dll file, VSFilter.dll. Copy that to c:\av\avisynth\plugins. Next you'll need to register VSFilter. Goto command prompt and type:

regsvr32 c:\av\avisynth\plugins\vsfilter.dll

You should see some message box about "Registering succeeded". This installs TextSub for Avisynth and DirectVobSub. Copy VSFilter.dll into c:\av\virtualdub\plugins, and rename it to VSFilter.vdf. This adds TextSub filter to VirtualDub. Run SSAInstall.exe and place ssa into c:\av\ssa. Run virtualdub, and look in video codecs list (Video->Compression). If you don't already see MPEG4V2 listed there, run WMP Codecs installer and let it do it's job. Reboot might be required. Media Player Classic is again a single .zip file with a .exe inside. Extract it and place the .exe somewhere like c:\av\mpc. If you will be working with hybrid 30/24 fps stuff you'll need to download FDecimate and copy it into c:\av\avisynth\plugins. You might want to install Decomb as well, but this is out of the scope of this document. Install Decomb by unzipping the distribution file and placing all the contents into c:\av\avisynth\plugins.

1. preparing the project directory

You should organize your current sub project in one directory, keeping the .avi and all the support files in one place.

Name it however you want, by name of your current project or something, but important thing here is to keep it all in one place. Hint, "Desktop" is NOT a good place to keep your current project, especially if you are concerned about your username / last name showing up in the script (and it will if your login name is your last name or something). At the point when you are reading this, you already have a untranslated .avi file and a translated script, probably a plain text file in the style of:

B - Where do you want to go today?

or

Bill:	Where do you want to go today?

or

I'm a stupid translator who didn't put character names in!

Yes, you are.

Where B would be a character name (perhaps expanded at the top of the script), followed by what Bill says. Translations which have timestamps are also common, I don't like them, but if you don't know Japanese at all, having timestamps might make it easier to time the script later on.

First things first, you need to grab the audio out of the .avi and prepare it for SSA's stupid requirements.

2. preparing the audio

Open up the avi in VirtualDub, goto Audio menu, select Full processing mode, then goto "Conversion" dialog. Change sampling rate to whatever you want (11k doesn't sound too bad, but 44k is fine too), and make precision and channels set to 8bit, mono. By default, audio compression should be set to "no compression", double-check in Audio->Compression menu. Goto File->Save WAV to save the resulting .wav in your current subbing project directory.

SSA is a few years old, and since it's written in VB6, it's quite buggy. One of the problems, is sometimes it refuses to accept the .wav file you just created by claiming that "The file is too short to do anything sensible with". Sometimes it'll load it, but lock up right after. To solve both of these problems, (they might only appear on 11k sampling rate files, that's what I use), simply add about 5 minutes of silence at the end of the file (I use SoundForge 4, any half-decent .wav editor should allow you to do that). Then SSA will happily accept the file.

If you choose a higher sampling rate, such as 22k or 44k, another SSA bug will demonstrate itself by not letting you time past the first half (at 22k) or quarter (at 44k) of the .wav, thinking it ends there. Solution to this problem is similar to the "too short" problem - load your .wav into your favorite sound editor and append extra silence at the end. For 22k, you'll need at least 15 minutes, and more for 44k. This is a SSA bug, as far as I can tell.

Another recent SSA bug I came across with has to do with your system's locale settings. Yes, locale as in date/time/currency/whatever formats. How this affects SSA is beyond me, I just know that I spent 30 minutes trying to load a perfectly valid .wav which SSA kept rejecting with "File is not a valid wav" error message. After re-creating the file about 5 times, trying various sample rates, rebooting, etc, I remembered I changed my locale to "Japanese" a while ago. What do you know, after setting locale back to U.S. (English) the file loaded right up. So, "File is not a valid wav" - check current locale setting and set to U.S. (English).

If the sound in the video you are processing was digitally recorded and preprocessed you might find out that converting it to 11k 8 bit mono makes it almost impossible to hear anything. In this case, you want to use a real sound processing program such as SoundForge or similar to combine two stereo channels into mono. The key here is use the "Stereo to Mono - Use Difference between channels" preset in SoundForge. Find whatever option does this in your sound editing app.

3. preparing the script

There's two ways to do this, depending on the layout of the script you receive.

In general, you want to have a .ssa file with the same name as the .avi file in your current project directory. For example, if you are subbing "microsoft.avi", your SSA should be called "microsoft.ssa".

The easy way is to try and use "Open" function in the SSA. If the script is more or less consistent, SSA *might* be able to figure things out and automatically fill in names and each line. If you receive a script that looks like this:

Bob:		Where do you want to go today?

How about my house?

Jeff: Sure.

You will have to pre-process it and repeat the missing name for each line in the script, so that it looks like:

Bob:		Where do you want to go today?

Bob: How about my house?

Jeff: Sure.

SSA doesn't seem to have too many problems with this format. After load is finished, you should have a script full of default timings. Check it out to see if there are any screwups and fix the .txt if necessary and try loading again. I don't like the default timings this method creates because they make script editing slower because SSA tries to redraw the script grid each time you grab timing. Setting the timings to zero is left as an excersize to the reader. If you use "vim" text editor, an easy way to reset all timings is:

1GVG:s/.,.:..:..\...,.:..:..\.../0,0:00:00.00,0:00:00.00/g

If you don't know what is vim, figure out how to reset timings yourself.

Most of the time, you can ignore the section below. It discusses a manual way of creating SSA script out of untimed script file, and should only be used as a last resort if automatic loading fails for whatever reasons. If at this point you are able to load the .txt without problems, you can safely skip down to the next chapter.

If the script is really messed, you'll have to do it the hard way. Open the .ssa in some text editor which that you know how to use which supports macros or has an easy way to repeat a lot of text operations. What you are going to do, is add default timing line in front of every line in your translated script. In the editor, you will see the text commands of the ssa file (its all text, nothing special).

Startup Sub Station Alpha, and look at its first screen. In the large textbox where you are expected to put in dialog, type in something random. In the name combobox, type in the default character name (Don't use default, use something else, you will need to search/replace it later on). Press enter to save the only line in this sub (SSA wants you to press enter after most modify operations, otherwise the change does not take effect). That's all you need for now. Press F2 to save the .ssa into your current project directory. A dialog box will come up asking you to enter script credits. Do whatever you want with that. I just press enter. Next up the save dialog comes up. Save the ssa with the same name as the .avi file in your current project directory, and open it up with your favorite text editor.

The only useful lines near the top are "PlayResY" (more on this later), followed by styles section, followed by Events section. In the Events section, you should have the line you just added earlier, with default timings followed by random stuff you typed in. It should look like this:

Dialogue: Marked=0,0:00:05.00,0:00:07.00,YourStyle,Bill Gates,0000,0000,0000,,test

Change all the numbers to 0, and remove the random text you typed in, so that it looks like this:

Dialogue: Marked=0,0:00:00.00,0:00:00.00,YourStyle,Bill Gates,0000,0000,0000,,

What you do now, depends on what kind of text editor you are using. But basically, you need to prepend the above line to each line in the translated script, so it looks something like:

Dialogue: Marked=0,0:00:00.00,0:00:00.00,YourStyle,Bill Gates,0000,0000,0000,,B - Where do you want to go today?

Dialogue: Marked=0,0:00:00.00,0:00:00.00,YourStyle,Bill Gates,0000,0000,0000,,S - Your house!

Repeat that for each translated line in the script. Don't worry about "B - " etc just yet, and definitely don't worry about changing "Bill Gates" to correct characters name.

All done? Allright. Now, try loading the .ssa into Sub Station Alpha. It should load, if it says something like "x lines not parsed" it means you fucked up and did something wrong. Try again. Usually, if you just wrote a macro and repeated it for x lines in your translated script, everything should be fine.

Now that either of these methods successfully loaded the entire script into SSA, you have a dummy .ssa file ready for wav-timing, with all the script lines already entered, with zero or default timings.

4. WAV-Timing

This is the most boring part of the process. You listen to the audio, determine where dialog starts and ends, and set times accordingly. You spend all your time here, inside SSA. You should have already loaded the script at this point. First off, switch to Wav timing mode. Goto Timing->Time From WAV File. Then press Alt-O to get the "Load WAV" dialog, and load the wav you made in chapter 2. If SSA complains about "too short file to do anything sensible with", or complains about incorrect sampling rates or anything of that sort, double-check if you followed Chapter 2 correctly and insert silence at the end of the file if necessary. Now you should have the file loaded, and see the waveform in the middle black preview area. Notice the y-scale and zoom sliders near the top. I don't know about you, but I like to keep my zoom level at around 128x and y-scale approximately at 66%.

All the stuff related to timing is on the keyboard, in fairly easy to use locations. In the wav-preview window, you have a yellow and red vertical line. Those two determine start and end, respectively, of the current line you are subtitling. Left-click to set the start time, right-click to set the end time. Press Alt-S to preview what it will sound. If you messed up, click until you get it right. After you are done, press Alt-G to grab the timings for the current line. SSA will auto-advance to the next line, moving the yellow/red lines 2 seconds away from your current sub. Adjust them again, and press Alt-G to grab the next timings. Repeat as necessary.

As you time the file, you will need to scroll the .wav display forward to see where you are actually going. That's where A and F keys come in, use them to scroll back and forth through the .wav.

As you can see, entire timing session (minus occasional script fixup) can be done by keeping your left hand on left side of the keyboard, and mousing the start/end times.

Alt+R

plays current row. Use this to position yellow/red lines correctly when you want to fix up timings for a row that you already timed. You can then move the start/end times, and press Alt-G again to grab new timings.

Alt+V

play previous row. You can compare the speech flow and see if you cut off anything with your next sub.

Alt+X

play next row. Same thing, you can use it to quickly navigate around the timings.

Alt+S

the most important one. After setting start/end time, preview what the clip will sound with these timings.

Alt+G

once you are satisfied with the timings end/start, this saves the timing and advances to next line.

F

scrolls the currently timing wav forward a bit so that you don't have to move the mouse away from timing setting to scroll.

A

scrolls the currently timing wav backwards.

F2

save your current project. SSA will crash, and you will be pissed off if you just lost last 30 minutes of work.

Keep going line by line until you time all of your current project. If you need to split some lines (stupid translator makes them too long, too much shit on the screen, etc), select the row you want to split, move the text cursor to the split location, and press Ctrl-S. The line will be split at that point, and any white space before or after split point will be trimmed. Your previous timing for the line (if any) will split accurately. Adjust it if necessary. Use common sense when splitting lines, don't split in the middle of a sentence, etc.

If you see a translation/grammar/whatever mistake while you are timing and you have the authority to override translation/editing decisions, correct the error, if you want. You will need to press Enter after any change, otherwise SSA will lose them when you move off the line.

Joining lines is done by selecting one line, holding Shift, clicking on adjacent line, and pressing Ctrl-J. Save before you do this, SSA likes to crash while joining lines. Usually, it crashes if the timing of the line below is less than time of the current line. So if it crashes, reload the file, and add bogus timing to the next line, and try joining again. If all else fails, cut & paste text from the line you want to join into the other line, and use Ctrl-X to delete the old line.

If you notice, all the keys required for wav-timing process are on the left side of the keyboard in QWERTY layout, allowing you to perform all timing related operations with left hand, while selecting start/end times with the mouse with the right hand. This leads to improved timing efficiency especially once you get the hang of it. Timing about 15 minutes of video in 30 minutes during the first pass is quite common.

When you are done first-pass timing (this is what you just did), you are ready to get rid of SSA and start timing scene changes.

5. timing scene changes

Here, you need to make sure you followed step 0 and setup all the software correctly. Make sure you have a big screen, or know how to use your computer efficiently.

You will need to open 3 programs for this project, and be able to quickly multitask between them. Here, make sure that your .ssa file is named the same as your video. For example, if you are subbing "microsoft.avi", your SSA should be called "microsoft.ssa". Open up the .ssa in your favorite text editor that you are comfortable with. Do NOT open it in Microsoft Word or other "word processor". Near the top of the script, you should see the line such as:

PlayResY: 768

Modify that according to the actual horizontal resolution of the sub (For example, for a 640x480 source, change that line to 480). Keep in mind, SSA will over-write this value all over again if you ever open this file in Sub Station Alpha, (you shouldn't have to use SSA after the 1st pass timing though), so make sure that value matches with the video. If you are subtitling material which is not 4:3 (for example, wide-screen stuff) you need to set "PlayResX" as well. That option isn't there by default, you will have to add it. Set it to something like:

PlayResX: 720

PlayResY: 416

For subbing 16:9 dvds. Again, just use the X and Y values from your video source. The PlayRes? values will be very important later on during sub positioning.

Next, start VirtualDub, and load the video into it. (File->Open, etc) A lot of the raws these days come in two-pass DivX5, which uses quite a bit of CPU time during seeking. Since during this part you might have to seek quite a bit, and especially if you have a slower system, it might be beneficial to re-encode your project .avi into something with a lighter codec, such as say, MS-MPEG4V2.

Re-encoding video for this task is out of the scope of this document, but keep these things in mind... You should have at the most 2 seconds between keyframes (more keyframes = faster to seek). Also, if you plan on doing any subs positioning later on, get the crop/resize settings from your encoder and use these to re-encode your video. Also, if the raw is 29fps and final version will be released as 23fps, ask your encoder which method will be used to decimate and duplicate it. Otherwise, you might get scene change bleeds of a couple frames which will look ugly and waste unnecessary bits in the final encode. Some raws recently come in 120fps versions, which are created by some japified capture apps, those you can safely "decimate by 5" in avisynth or virtualdub to achieve the usual 23fps material. To achieve same effect as "decimate by 5" in avisynth, use FDecimate filter you installed earlier:

FDecimate(23.976)

Or you can use the alternative method (using Decimate from Decomb filter package), for similar (but slower) results:

Decimate(2).Decimate(2).Decimate(5)

Now that VirtualDub is loaded, go to the Video->Filters menu, and press Alt-A (or click "Add" button). Scroll the list of plugins until you see "TextSub", and press enter to load it (or double-click the plugin name). In the dialog that comes up, click Open, browse to the ssa file you just saved, set the FPS drop-down box to the framerate of the video you have loaded (use File/File Information in VirtualDub to find the framerate), and select Character encoding if necessary (I dont think it's necessary on Windows NT). Close all these dialogs, by clicking OK or whatnot. You should be back to the virtualdub main screen. Default setting of showing the processed video on the right side of the screen is dumb, so you want to go to Options->Swap Input/Output Panels to switch that order. Resize VirtualDub until all you see is a full frame border for your current project and the virtualdub seek bar. Now you should be able to get frame-accurate view of your subs.

Go back to your project directory, and use Media Player Classic that you downloaded in chapter 0 to load the .avi file. If you installed software from chapter 0 correctly, you should have dvobsub load and you should see dvobsub green arrow in the tray. Start playing the file, right-click on the video area, select "Filters" menu, and from the submenu choose "DirectVobSub (auto-loading version)", and note the new properties window that comes up. Nothing really interesting here except one setting on the "Misc" page. Go there, and make sure that "Pre-buffer subpictures" checkbox is OFF. Otherwise, vobsub will cache the subs and you won't see some faster effects. Also make sure the checkbox below it is ON, that is, you want vobsub to auto-reload the SSA as you modify it. You only need to change these settings once, all consequent passes will re-use these settings.

At this point, you should have mpc, virtualdub, and your .ssa file loaded into your favorite text editor. Here comes the fun part. Without forcing too many rules, I'd like to say a couple things the way *I* time stuff. It might not be the way you want to time it or the way your group wants you to time it, so decide for yourself. It's been mentioned elsewhere before that small, short, clean lines are better than a sub that stays on for a minute and takes up 5 display lines. Another important thing, is not make subs appear for a realy short time for no reason. This is what I call "scene changes timing". You play the video in mplayer, and watch for subs cutting over a scene change and disappearing a split second after, another words, things like:

-----|sub|---------------|scene change|-|sub gone|----->

<----------duration of the sub----->

Another issue to look out for is subs switching over scene change, but few frames later or earlier, so you get something like this:

-----| sub1              |--|scene | change|-| sub2            |----->

<-- sub1 time ------------><-- sub2 time ------>

Note how sub2 shows up a few frames before the scene change, making it look rather ugly.

In most cases, both of these visual glitches better be gone or changed directly at scene change. When you see this glitch, hit "space" on your keyboard to pause mplayer. Note the timestamp in lower-right. Alt-tab over to VirtualDub, and press Ctrl-G to bring up the seek dialog. Press Tab and enter the timestamp from media player in there. If you are not fast enough, you might have to enter the timestamp minus one second. You'll get better soon. If you think its faster to click, click on the "next scene change" button in VirtualDub (its the arrow with green/white diagonally split image in it), otherwise use right arrow key or alt-right arrow to go to the scene change frame. Usually you want subs to disappear exactly at scene change. Move to the frame where it changes to new scene. Not the frame right before the change. Note the timestamp at the bottom of virtualdub. In your text editor, find the sub which needs correcting (the one you are currently editing). Change the end time of it to the number you just got from virtualdub. Save the .ssa. Step back a couple frames in virtualdub to make sure your change worked. If you fucked up, re-do this step again. Rewind your preview video in mplayer and make sure that looks OK.

Media Player Classic has handy keyboard shortcuts (and can even frame-step the video). Shift+Left/Right arrow keys will jump to the next/previous keyframe (you made keyframe interval 2 seconds for this purpose, remember?). Ctrl+Left/Right will jump +- 5 seconds, but will make things slow if there are not enough keyframes. In latest versions of Media Player Classic you can assign keys to various navigation actions, so if you don't like the default Shift/Ctrl/Alt modifiers, feel free to change them etc.

Proceed playing the preview video in mplayer until you see another glitch. Fix it. This process will take as long as the show is + about 20% for fixing errors etc. After this, scene change timing is done.

Now, some people might say here that this is not a "timer"'s job to do this. And sure, it probably isn't. Decide for yourself, I guess.

6. character name fixup

You only need to do this if your script was messed up and you loaded it manually. Otherwise, just skip to next chapter.

If you used the slow method of loading your translated script into .SSA, you want to take your script which still reads like "B - Where do you want to go today?", and put those codes as character names in the script. Hopefully you picked the "default character" (in this case, Bill Gates), for the character who talks the most in this episode. Now you can search/replace "B - " with "" to fix Bill's quotes. Next, you'll need to write a macro in your text editor to do something like this:

Dialogue: Marked=0,0:00:00.00,0:00:00.00,YourStyle,Bill Gates,0000,0000,0000,,S - Your house!

Dialogue: Marked=0,0:00:00.00,0:00:00.00,YourStyle,Bill Gates,0000,0000,0000,,Your house!

Dialogue: Marked=0,0:00:00.00,0:00:00.00,YourStyle,John Smith,0000,0000,0000,,Your house!

So basically, search for "S - ", delete it. Search back for "Bill Gates", retype with "John Smith". Whichever way you do it, my text editor handles it fine. Write a couple macros for the rest of the characters. If you can save the macros, you can reuse them later in sequential timing projects. After this replace, make sure the subs still play, and you should be done with timing completely.

7. intro to typesetting

The same boring ugly yellow arial is no way to win yourself fans. Arial is a great font, but yellow and that huge black border is hardly ever a good combination (commercial subs uses it because there isn't much of a choice with DVD sub pictures). Watch the show for a while and come up with a good color/font combination you can use that doesn't make your viewers sick. Font size is pretty important. There's a difference between readable and too big, and that difference is around the number 26. Arial at 26pt on a 640x480 video looks just about right. Not too big, not too small. If you forgot to edit PlayResY though, it'll look too small. That's your hint you fucked up. I warned you. Avoid too small text, it'll be harder to encode. Avoid too large text for obvious reasons. Vobsub will come with docs which contain ass-quickref.txt, which you should read and understand if you are going to do any serious typesetting. It's all explained in that .txt file, no sense to repeat it here.

The best reference on the effects available in TextSub is installed as part of the VobSub documentation. In vobsub install directory you should have a docs/ directory with ass-quickref.txt and ass-specs.doc which describe all the control codes and functions in detail. Read those files and experiment, and figuring things out should be pretty easy.

Many people somehow think that all the cool text rotation, alpha, moving, etc effects are done from inside the SSA using some hidden menu options that only gurus know about. Well, that isn't true. None of the latest TextSub effects can even be modified from inside SSA, and I am pretty sure these days the only use for SSA is only for timing, and not too many people actually still use it for typesetting of any kind. The way it is now, the best choice for typesetting is still a text editor with a copy of ass-quickref.txt open in another window.

A note about PlayResX/PlayResY and "real" typesetting which involves difficult move/rotate/fade/position effects that require "sub-pixel" quality, try setting PlayRes values to twice the resolution. That will give you 1/2 pixel accuracy for positioning, but you'll also have to double the font sizes for the styles.

And now you are done. Pack your script and send it along to a typesetter or a encoder (depending on how much typesetting you did), and relax. With practice, the entire process outlined here should not take more than a few hours for a 20-22 minute show.

8. intro to encoding

Now, encoding process itself deserves the whole guide which I am not going to waste time with, there are plenty of other places describing the process in complete detail. What I'll focus on here is some preparations and useful things you can do before/during encoding to make your life easier.

Avisynth - The scripting "language" of avisynth is easy to learn, and you can do basic things like cropping/resizing/frame duplication/fixing, as well as more advanced stuff such as decimation/deinterlacing/etc. If you have a choice of doing it in Avisynth, do it. There's some avisynth native filters for image processing and you can even load VirtualDub filters (though not too efficiently since VirtualDub filters operate in RGB space where most of Avisynth filters operate in YUV. Doing all your processing in the avisynth script allows you to use fast recompress during encoding.

Fast recompress - If you are not processing your video source or only have to crop and resize, do it from the avisynth script.

TextSub avisynth version - Already have a clean source video or pre-filtered huffy source and only adding subs? Create a avisynth script with AVISource() and TextSub() and use Fast Recompress during encoding.

Huffyuv codec - If you are running a lot of cleanup filters on the source video, decimating, or performing a lot of processing on the source, there is no sense to run these filters twice, if each pass takes 5 hours. Do a "filter" pass saving results to a huffy-compressed .avi then do fast-recompress two-pass encoding. Use the jobs control in virtualdub/nandub for this.

Last updated: 2004/08/16  by  timecop@efnet

Fonte: google

 

Thanks.

 

devil (johner)
devilcoelhodog2007-01-05 02:24:56
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"Flood e Medidas

Mensagens que não tiverem correlação com o assunto proposto no tópico, chat entre usuários e posts com apenas um smiley serão apagados. Evite também postar mensagens seguidas. Utilize o botão editar caso queria alterar o conteúdo de suas mensagens já postadas.

Usuários que insistirem na prática de "flood" poderão ser suspensos ou banidos do fórum. Além disso, essas medidas valem para aqueles que tiverem uma participação negativa: abrindo tópicos inadequados, em seções erradas, tópicos repetidos, insultando ou criando indisposições com outros usuários, etc. "

leia mais aqui:03

 

Icone%20da%20Mensagem

Regras e Instruções< =smText>
Por favor, leia as regras do fórum antes de postar.>

Equipe CeC

0

6450

19/Ago/2005 as 17:10
por Equipe CeC Ver%20Última%20Mensagem
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  • Members

Deixar tudo numa única thread seguida?

 

Mas não ficaria enorme demais? Ou desorganizado demais?

 

Como devo proceder, então, para todas as informações?

 

 

"Flood e Medidas"

"Mensagens que não tiverem correlação com o assunto proposto no tópico"

O tema é tradução e legendagem ( programas, edição, conversão e afins relacionados ao processo de marcação e timing das legendas e video).

Coloquei informações sobre as mesmas.

 

O assunto que propus, no caso. E não é sobre tradução de títulos de filmes, no link de uma de suas threads.

 

EDITED: Ok, eu tentarei depois reunir tudo numa única thread. MAS ficará ENORME DEMAIS !!! rsrsrs :)

 

Grato. 
devilcoelhodog2007-01-05 02:41:32
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Deixar tudo numa única thread seguida?

 

Mas não ficaria enorme demais? Ou desorganizado demais?

 

Como devo proceder' date=' então, para todas as informações?

 

 

"Flood e Medidas"

"Mensagens que não tiverem correlação com o assunto proposto no tópico"

O tema é tradução e legendagem.

Coloquei informações sobre as mesmas. O assunto que propus, no caso. E não é sobre tradução de títulos de filmes, no link de uma de suas threds.

 

Grato. 
[/quote']

 

eu sei, mas só foi uma sugestão...03. eu postei a regra devido a postagem seguida mesmo...
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Deixar tudo numa única thread seguida?

 

Mas não ficaria enorme demais? Ou desorganizado demais?

 

Como devo proceder' date=' então, para todas as informações?

 

 

"Flood e Medidas"

"Mensagens que não tiverem correlação com o assunto proposto no tópico"

O tema é tradução e legendagem ( programas, edição, conversão e afins relacionados ao processo de marcação e timing das legendas e video).

Coloquei informações sobre as mesmas.

 

O assunto que propus, no caso. E não é sobre tradução de títulos de filmes, no link de uma de suas threads.

 

EDITED: Ok, eu tentarei depois reunir tudo numa única thread. MAS ficará ENORME DEMAIS !!! rsrsrs :)

 

Grato. 
[/quote']

 

Deixa como está, se ficar tudo num único post vai deformar o tópico, o correto é quebrar para não ficar muito grande.

 

 

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Tenho mais algumas informações para legendagem.

 

Gosto muito do tema e quero demais aprender sobre o assunto.

 

E como temo que os links por si só tendam a "sumir" de alguns sites, quis postar aqui os mesmos na íntegra, para os interessados conhecerem melhor sobre a arte da legendagem, a tradução e correlatos.

 

Obviamente, são "tutoriais" simples, amadores, nada que seja do ramo profissional. Mas, para os iniciantes, pode dar uma visão ampla do assunto. 02

 

No Videoloucos havia algumas pessoas ( não todas) que sabiam traduzir muito bem e fazer uma legenda de qualidade.

 

Então, queria um local para reunir um pouco de informação sobre o tópico para comentários e aprendizagem.

 

Se for juntar tudo, vai ficar algo MUITO, MUITO grande.

 

Então, foi por isso que dividi em "threads-tópico", para uma melhor estética e apresentação das informações.

 

Dublagem seria um outro tema interessante, especialmente na tradução.

 

Mas, por hora, manterei esta thread específica apenas sobre legendagem e tradução das mesmas, com as falas ou scripts.

 

De programas profissionais vi e/ou testei, seguem abaixo alguns interessantes.

 

Os principais, usados pela Videolar, Microservice e empresas similares são:

 

 

 

 

 

Existem mais alguns outros de destaque no mercado, os quais postarei se me lembrar de seus respectivos nomes e páginas oficiais.

 

Mas, em geral, o Cavena e o Softni são os mais usados para legendagem e dublagem na maioria das empresas profissionais do ramo. :P

 

Usam também placas de time code e similares, com os abaixo:

 

 

Eles ainda contam com um time de tradutores, marcadores e revisores, que cuidam para a legenda ficar sem erros de grafia, gramática, estética inadequada na tela e manter o sentido, a coerência, a coesão, a objetividade, a clareza, a fidelidade ao sentido pretendido da língua original do filme, etc.

 

Vale ressaltar que, muitas vezes, eles têm o script do filme ou transcrição do mesmo, o que ajuda na tradução, especialmente nas falas mais rápidas ou difíceis de entender.

 

Ah, não se deve esquecer que a tradução depende muito da competência, vivência, sensibilidade, bom senso, criatividade, preparo, bagagem cultural e toque pessoal do tradutor.

 

Daí vermos títulos ( muitas vezes, quem escolhe é o estúdio/produtora e não o tradutor em si) ou alguns termos e falas das películas saírem bem traduzidos ( ou não).

 

Por exemplo, a tradução de Hamlet, do Kenneth Branagh, ficou legal.

 

E foi a Monika Pecegueiro do Amaral que fez, em parceria com uma outra pessoa especializada em literatura de Shakespeare, as legendas desse filme. 10

 

PS: por favor, foquem os comentários apenas em legendagem e tradução, ok?

 

Para a Dublagem deve-se abrir uma outra thread, pois é um tema que tem características particulares, tanto para timing quanto tradução em si, que diferem da legendagem. :P

 

Eis uns outros "guias" sobre o tema:

 

 

 

 

Se eu tiver mais coisas, posto.

 

Grato.

 

devil (johner)

 

 
devilcoelhodog2007-01-05 12:54:21
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