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Forum Cinema em Cena

Notas Sobre um Escândalo


-felipe-
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Eu não gostei muito do filme, mas também não é horrível...

O estado neurótico da Judi Dench foi o que achei de melhor.

 

É um filme bom, mas não entraria para o meu top 10.

 

 

van_nia2007-06-15 10:41:19

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  • 2 weeks later...
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Notas sobre um Escândalo (Notes on a Scandal - 2006 - Dir.: Richard Eyre)

 Elogiar as atuações, neste caso, é até redundância. Ainda acho que Helen Mirren venceu o Oscar não por sua atuação, mos por semelhança. Judi Dench merecia. Excepcional. Cate Blanchett desbanca Jennifer Hudson facilmente.

 Ainda assim, o desenrolar da trama não me agradou nem um pouco. Curioso como a trama capta a atenção do espectador. Todavia, elementos prejudicam a experiência. Por mais brilhantes as atuações, o roteiro confere às protagonistas um aspecto ignorante. Sim. As típicas protagonistas burras e inconseqüentes as quais constragem o espectador com as suas atitudes premeditadas. Afinal, denunciar alguém só por não acompanhar a morte de um gato.. Não consegui digerir. E o suposto envolvimento lésbico entre as duas... Poupem-me. Quer desenvolver algo em paralelo, que desenvolva melhor o psicológico das personagens.

 Uma película a qual poderia resultar em um exemplar brilhante, mas, graças a forma que foi conduzida, se torna algo apenas satisfatório.

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  • 4 weeks later...
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A morte do gato é a morte do filme ...

 

NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO – 5/10 – O que começa com um tenso e envolvente jogo psicológico com duas personagens que possuem um alto grau de identificação e verossimilhança com o espectador se transforma um aborrecido jogo moralista onde transitam duas meras caricaturas daquelas que vimos anteriormente. Judi Dench e Cate Blanchett conduzem com maestria suas personagens até o momento da “morte do gato” onde elas tentam se equilibrar o máximo para não se tornarem insuportáveis. O roteiro de Patrick Weber a partir desse momento toma um rumo esperado, porém empobrece as angústias e os anseios que davam vida às personagens. Tinha tudo pra ser um grande filme, mas a partir da sua metade torna-se um programa chato e novelesco.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

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Notas Sobre Um Escândalo

 

 

 

Em entrevista que assisti nos extras do dvd deste filme em questão, o roteirista Patrick Marber (Closer) disse que imaginava Notas Sobre Um Escândalo como um grande espetáculo de ópera, portanto é perfeitamente possível e plausível que o compositor Phillip Glass tenha entrado em contato com Marber para a composição da trilha desta película. Mas além de ser plausível, a decisão é brilhante e entra muito bem dentro do contexto, pois o fato é que o próprio roteiro já é de uma natureza incômoda e ter uma trilha com participação abundante durante toda a projeção consegue aumentar em 10 vezes esse sentimento incômodo. E como não poderia deixar de ser, a trilha sonora de Glass é belíssima, embora seja necessário admitir que muitas vezes se assemelhe aquela composta pelo mesmo em As Horas.

 

 

 

Após feita essa consideração (vi que muitas pessoas não gostaram da trilha), vamos a análise: o fato é que filmes como esse dependem das atuações e são realmente fantásticas. Como Barbara Covett, Judi Dench mostra uma aura de perigosidade admirável, desde o modo em que fala, até os olhares desaprovadores lançados a seus colegas de trabalho, passando pela narração feita de modo impiedosa, denotando o modo repulsivo com que vê os outros. Aliás, uma boa sacada essa do roteiro de Marber ao desenvolver Barbara através de uma narração, onde não somente mostra a repulsividade da personagem, como também serve para mostrar uma possível loucura. Além disso, o modo como é transmitido os sentimentos de Barbara para seu diário, denota a solidão da velha professora, que vê uma chance de se aproximar de seus sonhos em um simples pedido de almoço (por exemplo).

 

 

 

Cate Blanchett também está magnífica como Sheba Hart conseguindo humanizar brilhantemente sua personagem: é realmente compreensível que depois de vários anos se empenhando em ser uma ótima esposa e mãe, ela queria quebrar as regras, realizar algo impulsivo apenas pelo prazer de proferir tal ato e não pela satisfação em si. Merece também reconhecimento Bill Nighy, que como Richard Hart consegue em seus poucos minutos a proeza de mostrar-se não apenas como um bom pai, mas como um marido atencioso, mostrando melhor que o grau das conseqüências de seus atos são inimagináveis.

 

 

 

Assim, não é surpresa alguma constatar que após cometer tal delito, Barbara queira totalmente a atenção e companhia de Sheba e o roteiro inteligente prepara bem o território para que um ato tão bobo dê início ao real jogo psicológico. Com isso, é perfeitamente compreensível que a morte do gato sirva como suporte para o começo das afrontas entre Barbara e Sheba, já que a primeira que se acha na posição de guardiã de uma relíquia poderosíssima exige a atenção da segunda a hora que bem entende, algo que obviamente ela não pode fazer. Aliás, qualquer besteira desse tipo serviria como uma decepção para Barbara. Merece ser notado também a analogia feita por Richard Eyre na cena em que Barbara enterra no jardim de sua casa o porta-retrato com a foto de seu gato que ganhou de presente de Natal de Sheba: a relação entre as duas mulheres foi enterrada.

 

 

 

Da mesma forma, como foi previamente estabelecido por Eyre, é perfeitamente plausível o envolvimento lésbico entre as duas, já que a solidão vivenciada por Covett era tamanha que qualquer um que lhe oferecesse algum tipo de atenção que esta carecia há anos lhe fascinaria. Junto com isso, vem a jovialidade e inocência de Sheba, que embora demonstrada por clichês (ela com o bigode sujo de leite) revela-se acertada para tornar Sheba em uma mulher, que embora desleixada e por vezes impulsiva, notável. E de brinde tem uma Cate Blanchett linda como nunca.

 

 

 

E por fim, temos o terceiro ato da trama que, igualmente fascinante consegue amarrar a trama. Ora gente, não seria normal que Barbara por estar em sua própria casa deixasse apenas um pedaço de papel e Sheba entediada e triste o pegasse e lesse tudo o que havia escrito e que curiosa fosse atrás de seu diário? Assim parece um pouco estranho, mas a montagem consegue amenizar isso. Além disso, o jogo de gato-e-rato que se sucede é magnífico que só mostra que mesmo um tanto implausível, atrizes talentosas podem arrancar momentos marcantes. Merece elogios também, o modo com que Eyre retrata a monstruosidade da imprensa é notável, como algo surreal e o ciclo que se procede (fica óbvio que se passou semanas após a briga entre as duas mulheres) demonstrando apenas o quão sedenta de atenção Barbara é.

 

 

 

Enfim, achei um suspense fascinante, notável, tenso, tecnicamente eficiente e muito bem feito que conseguiu prender minha atenção em cinco revisadas que fiz (no cinema duas e em dvd três).

 

 

 

Nota: 4,5/5bern@rdo2007-07-27 23:37:06

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  • 4 weeks later...

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