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O Último Mestre do Ar- M. Night Shyamalan


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by Omelete

 

 

 

Crítica: O Último Mestre do Ar

 

M. Night Shyamalan se afasta mais do espetáculo e inaugura o cinema zen de ação

 

 

 

 

 

2 ovos

 

 

 

 

 

Toda a tradição do showbiz dos Estados Unidos está ligada à ideia de performance, do vaudeville à comédia stand-up. Não é difícil, então, entender por que M. Night Shyamalan tem sido tão espinafrado por lá. Cada vez mais, os filmes do diretor parecem ir contra o princípio do espetáculo.

 

 

 

Evidentemente, Shyamalan colabora com a crucificação - pelo menos desde 2006, quando sua rixa com a Disney serviu de tema de livro e os críticos viraram motivo de piada em A Dama na Água. Se o cineasta já parecia confortável interpretando o papel do autor incompreendido, esse processo se consumou este mês quando o estadunidense de ascendência indiana disse que seus filmes têm "uma sensibilidade europeia" que seus compatriotas não entendem.

 

 

 

O Último Mestre do Ar (The Last Airbender, 2010) é defeituoso, independente do continente onde seja exibido, mas está longe de ser o desastre nuclear que a crítica dos EUA pintou. Não dá pra julgar o filme sob a ótica do espetáculo se a sua proposta é o minimalismo e a interiorização. Aliás, nesse ponto, o longa é o avesso da série animada que lhe deu origem, que recorre ao humor o tempo todo, como um escape, para aliviar o peso do arco dramático. (Comparamos o desenho e o filme mais detalhadamente no Da Frigideira.)

 

 

 

A síntese da política antiespetáculo de Shyamalan, se dá pra chamar assim, é a maneira como ele enquadra e coreografa a ação, privilegiando os acontecimentos no segundo plano e a fluidez dos planos-sequências. É uma atitude zen por excelência - a luta de Aang (Noah Ringer) não é contra a Nação do Fogo, mas para superar o luto, encontrar sua paz interior etc. Centralizar o herói no primeiro plano e ver como ele reage (ou como não reage) a tudo o que acontece panoramicamente ao seu redor é o teste que Shyamalan impõe à concentração de Aang.

 

 

 

Fazer cinema zen de ação é uma contradição de termos? Talvez. Mas as escolhas de mise-en-scène têm sua justificativa; é no roteiro que está o ponto fraco. Os filmes anteriores do diretor lidavam com um volume restrito de informações - na verdade, no suspense, o essencial é omiti-las o máximo possível. Já em O Último Mestre do Ar, o primeiro trabalho de Shyamalan com um roteiro adaptado, a quantidade de dados é consideravelmente maior - afinal, toda a primeira temporada do desenho é condensada. No fim, a exposição acaba dominando a cena.

 

 

 

Isso significa que a maioria dos diálogos serve a um propósito funcional: sempre existe alguma informação a ser transmitida, e até na última fala do filme recebemos dados novos. Quem conhece o desenho talvez não se sinta tão perdido na torrente expositiva. Quem não conhece pode sair de O Último Mestre do Ar com a sensação de ter se afogado no didatismo.racha_cuca2010-08-20 00:23:48

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Não é só a crítica brasileira que está falando mal do filme. Eu tenho visto pela internet muita gente falando mal. O consenso geral parece ser sobre os personagens. Dizem que as modificações feitas tiraram toda a profundidade (?) que eles possuiam na obra original.

 

Eu vou esperar sair em DVD ou ser exibido pelo Telecine. Depois do insuportável "A Vila", do patético "A Dama na Água" e do involuntariamente cômico "Ventinho da Morte"... ops quero dizer "Fim dos tempos", eu desisti de gastar tempo e dinheiro com filmes do Shyamalan.

 

 

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Ebert é o único crítico que leio com certa regularidade' date=' mas às vezes ele é tão melindroso que fico chocado. É o mesmo cara que não gstou de ALIENS - O RESGATE porque ao invés de divertir alegremente Cameron o deixava tenso e porque punha uma garotinha em cenas de perigo... 07

[/quote']

 

Espere para ver o que ele escreveu de Laranja Mecânica... 06

 

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Mesmo em um filme que nada tem a ver com o resto da filmografia do Shy' date=' parece que ninguém consegue se desprender da figura do diretor. O Thico falou sobre isso no Cineplayers: http://www.cineplayers.com/critica.php?id=1993[/quote']

 

Excelente análise e um retrato fiel do que tem acontecido. Há alguns poucos exemplos neste tópico, mas no tópico Inception isso é patente.

 

 

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Ebert é o único crítico que leio com certa regularidade' date=' mas às vezes ele é tão melindroso que fico chocado. É o mesmo cara que não gstou de ALIENS - O RESGATE porque ao invés de divertir alegremente Cameron o deixava tenso e porque punha uma garotinha em cenas de perigo... 07

[/quote']

 

Espere para ver o que ele escreveu de Laranja Mecânica... 06

 

 

Infelizmente, já li. 12 Mas quase não supera as razões dele ter odiado VELUDO AZUL.

 

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Acabei de pegar a mais nova edição da revista PREVIEW, e para o meu espanto, a crítica do insuportável André Gordirro compõe a primeira opinião negativa do filme (das que eu li, óbvio) que me pareceu equilibrada, apontando as fraquezas da produção mas sem deixar de elogiar outros elementos, sem a gana exclusiva de humilhar Shyamalan. 

 

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a referencia principal pra mim sou eu mesmo...leio críticas pra me direcionar, o que impressiona uns nao impressiona outros.....e em se tratando de shyamalan mais ainda.....Indiana Jones 4 é um exemplo.....dividiu opinioes, uns se deixaram levar pela nostalgia outros pela veia critica....Nolan é outro....e assim por diante...vou no cinema, confiro e se eu gostar dane-se a opiniao alheia.....

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Segundo a Isabela Boscov é o primeiro caso de "involução" no cinema... 06

 

"Cenários de carro alegórico..."

"Os atores são péssimos..."

"A lógica é inxistente"

 

 

Mas ela está coberta de um rancor perceptível contra o diretor dá pra ver pelos comentários acima e mal conhece (ou não conhece de jeito nenhum) o desenho no qual o filme se baseia... ainda não vi ( e nem sei se verei) mas quem já viu garante que o 3D é propaganda enganosa, não faz a menor diferença (como já se previa) e o filme é mesmo meia boca.

 

 
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O 3D é imperceptível na maior parte do tempo.

 

O filme é até razoável no início, mas do meio em diante a coisa piora exponencialmente. Os diálogos são dos piores que eu ja vi num filme. As falas do casalzinho insosso que se forma em certo momento são especialmente constrangedoras, nem George Lucas conseguiu fazer algo tão ruim. As cenas de ação são basicamente aquelas que já estão no trailer e o clímax do filme é extremamente bobo.

 

Dessa vez o Shy não pode acusar ninguém de perseguição, The Last Airbender é ruim demais.

 

 

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Segundo a Isabela Boscov é o primeiro caso de "involução" no cinema... 06

 

"Cenários de carro alegórico..."

"Os atores são péssimos..."

"A lógica é inxistente"

 

 

Mas ela está coberta de um rancor perceptível contra o diretor dá pra ver pelos comentários acima e mal conhece (ou não conhece de jeito nenhum) o desenho no qual o filme se baseia... ainda não vi ( e nem sei se verei) mas quem já viu garante que o 3D é propaganda enganosa, não faz a menor diferença (como já se previa) e o filme é mesmo meia boca.

 

 
[/quote']

 

Eu acho essa Boscov péssima, na crítica dela de Inception ela disse que os motivos pra ser extremamente difícil implantar uma idéia são inexplicáveis e insondáveis. Meu deus, ela foi no banheiro? Foi pegar pipoca? E perdeu essa parte do filme, que é tão bem explicada!!!

 

Mesma cosia na crítica dela d'O Último Mestre do Ar, ela disse que não entendeu os poderes e os povos da terra, ar, fogo, água e o que é isso. Ainda não vi o filme, nem sei se vou no cinema, não vou gastar dinheiro com esse filme apesar de ser muito fã do desenho. Mas ela parece que não presta atenção.

 

Quanto ao 3D dizem que é uma porcaria. Melhor é assistir em 2D mesmo.

 

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