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Mais Estranho Que a Ficção


Nacka
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Mais Estranho Que a Ficção Dir. Marc Forster Will Farrer, Emma Thompson, Maggie Gyllenhal, Queen Latifah, Dustin Hoffman - Harold é um auditor da Receita Federal compenetrado (até demais) que vive em um mundo cinza, ditado por seu relógio, aparelhinho irritante encarregado de lembrá-lo inexoravelmente da triste rotina que é sua vida. As coisas mudam quando uma voz feminina começa a “narrar” com detalhes seus pensamentos, detalhe, só ele a ouve.  Intrigado, Harold começa a buscar respostas até que se depara com uma apavorante conclusão: Ele na verdade é o personagem de um livro, cuja a autora é famosa por nunca deixar vivo seus protagonistas e pior, ele vai morrer, a autora só não sabe como matá-lo, ainda. (palmas para o “processo” de descoberta, comédia ou tragédia?)

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O diretor Marc Forster já havia demonstrado com seu filme anterior “A Passagem”, ser um diretor promissor (embora eu sinceramente não tenha gostado de como a idéia foi desenvolvida lá, reconheço que o filme é interessante) e esse aqui é daqueles filmes que você vai movido por coisas que nada têm a ver com a qualidade do filme em si, no meu caso, um convite+combo de pipoca e refrigerante na pré-estréia do Cinemark funcionaram como um apelo irresistível 06. O tiro saiu pela culatra, saí do cinema nocauteado, positivamente surpreso, abobado mesmo com a beleza do filme.

 

Sério, o diretor fez um filme lindo. No seu despojamento, Mais Forte Que a Ficção conquista em várias frentes, atuações fantásticas a começar com o próprio Will Ferrer que com seu Harold Crick já tem seu lugar (com todas as honras) ao lado de personagens inesquecíveis e esquisitos como o Melvin Udall de Jack Nicholson em Melhor é Impossível, detalhe, Harold é daqueles personagens perigosos, que oscilam entre o comum e o espetacular e por isso mesmo podem cavar a tumba de quem o interpreta. Emma Thompson (Karen Eiffel) dispensa comentários, responsável por vários momentos tragicômicos do filme ela arrasa. Dustin Hoffman (Jules Hilbert) é responsável por uma das mais lindas tomadas que eu já vi (onde vemos que o conhecimento da morte pode ser algo corriqueiro mas a certeza dela não) e é claro temos a gracinha da Maggie Gylehaal (a padeira que todo mundo quer levar para casa) com sua Ana Pascal virando o mundinho de Harold de ponta cabeça. Enfim, o filme é uma pequena pérola com roteiro e direção de atores funcionando lindamente. Quando estrear não percam tempo, corram para assistir

 

PS: O oscar confirma mais uma vez a sua cegueira cinematográfica, salvo engano o filme tem apenas uma indicação, para o Globo de Ouro e ao que parece, sem muitas chances... assistam o filme e me digam se a cena que eu comentei entre Will Ferrer e Dustin Hoffman (aquela sobre a morte) não é uma beleza... e eu nem falei das inúmeras sacações do filme, tipo o diretor homenagear os gênios da matemática (repare no nome dos personagens) Dustin Hoffman lendo The Graduate na beira da piscina, Harold assistindo o filme do Monthy Pyton o Sentido da Vida, da trilha sonora absolutamente original e por aí vai...

 

 
Nacka2008-01-06 20:56:01
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 Interessantíssima crítica sobre o filme no jornal "Estado de Minas". 

 

PS: Nacka, posso estar enganado (afinal nem vi o filme ainda...), mas entre as leituras possíveis existiria nesse filme uma "crítica" ou questionamentos à respeito da existência de Deus e de sua "natureza"? Quero dizer: Harold ouvindo uma voz que "só ele ouve", o fato dessa voz falar sobre coisas que ele deve fazer com precisão e antecedência (onisciência) seria uma metáfora de Deus ou algo parecido? Pergunto isso porque aprecio muito esse tipo de filme... 01

 

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Herói perturbado - 12/01/07 - Jornal "Estado de Minas" 

‘Mais estranho que a ficção’ mostra homem em conflito com a voz que narra sua vida

Marcello Castilho Avellar
EM Cultura

Ralph Nelson Jr./ Divulgação

emc120106art1.jpgA narração em off é uma das convenções mais antigas do cinema falado. Foi herdeira dos letreiros do cinema silencioso e, através desses, é uma espécie de neta bastarda do “narrador onisciente” do romance. Mais estranho que a ficção, de Marc Forster (A última ceia, Em busca da Terra do Nunca), apóia-se nessa genealogia para construir, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre o ser humano na contemporaneidade e sobre as contradições do ato de narrar.

O ponto de partida do filme é colocar em evidência a própria convenção. Harold Crick, um homem comum e banal até a raiz dos cabelos (Will Ferrell, indicado ao Globo de Ouro por este desempenho), começa certo dia a escutar uma voz feminina que parece narrar as ações dele. O texto é igualzinho a qualquer boa narração em off, mais do que descrever o que ocorre, interpreta poeticamente as ações. A única diferença é que, enquanto na maioria dos filmes a voz em off não é percebida pelas personagens, em Mais estranho que a ficção ela é um elemento perturbador na vida do herói. O espectador aceita o fato de ouvir algo que as personagens não escutam como uma regra tácita da sintaxe cinematográfica. Quando Mais estranho que a ficção interfere nesse acordo, expõe o caráter convencional do código. O jogo entre voz em off e ação, dessa forma, constrói novas regras e sentidos.

Em dado momento, seremos conduzidos a uma outra trama no enredo. Kay Eiffel (Emma Thompson, em interpretação ao mesmo tempo sensível e divertida) é uma escritora que está há 10 anos sem publicar um livro. Um bloqueio na criatividade a impede de concluir a nova obra – um livro que trata, exatamente, de um homem comum e banal chamado Harold Crick. Mais estranho que a ficção pode ser visto a partir de qualquer dessas tramas: é a história de um homem que descobre que os fatos de sua vida são determinados por uma criatura que tudo conhece sobre ela, é a história de uma mulher incapaz de conduzir a vida das criaturas que ela própria criou. Os caminhos percorridos a partir de cada olhar serão diferentes, mas conduzirão a lugares semelhantes: Mais estranho que a ficção fala de livre arbítrio, de sentimentos e de sua representação, do medo da morte e da alegria de viver, da solidariedade e do amor. De quebra, alfineta o poder público, os impostos, a burocracia, a psicologia, a universidade, e por aí vai.

Tudo isso está disfarçado numa estrutura que o espectador leigo conhece bem, a da comédia romântica. Harold Crick vai conhecer Ana Pascal (Maggie Gyllenhaal) e viver com ela a série de encontros e desencontros que caracterizam o gênero. Mais estranho que a ficção, em seu furor metalingüístico, brinca até mesmo com isso. O herói, depois de procurar um especialista em teoria literária (Dustin Hoffman), decide investigar se o enredo que pode estar sendo escrito para ele é uma comédia ou uma tragédia. Vamos descobrir que, dentro dos critérios apresentados pelo especialista, estamos diante da segunda categoria – o que contraria frontalmente nossa própria impressão sobre a trama, e as afinidades que mostra com outras comédias românticas a que já assistimos. Teoria e prática não coincidem necessariamente, da mesma maneira que realidade e ficção, parece nos lembrar o filme. Se a teoria é o mundo dos esquemas, nela tudo é possível – assim como na ficção –, enquanto no mundo real as pessoas precisam dar respostas materiais e urgentes a situações imediatas, que além dos dados da teoria, envolvem complicadas decisões éticas e morais.
 
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Mais estranho que a ficção

 

Por

Marcelo Hessel

 

11/1/2007

 

 

Mais Estranho que a Ficção (Stranger

Than Fiction, 2006) é o novo Feitiço do Tempo (Groundhog Day,

1993). Ambos recorrem a estruturas de comédia romântica e realismo fantástico

para falar sobre a arte de contar histórias.

Nos dois filmes, os personagens principais ficam

sem ação diante de um fenômeno: há alguma força maior controlando as suas vidas

(e não é o "destino"). No filme que Harold Ramis dirigiu em 1993, Bill

Murray reprisava o papel de homem pasmado que sempre o marcou. Em Mais

Estranho que a Ficção, ao contrário, o comediante Will Ferrell experimenta

o seu primeiro personagem apalermado, acrescentado a uma rica galeria de tipos

histéricos e cartunescos.

É também a primeira comédia dita "inteligente"

da carreira de Ferrell. Na trama metalingüística ele vive Harold Crick, cobrador

de impostos da Receita Federal que surta quando a sua vida começa a ser contada

por uma voz que só ele consegue ouvir. A narradora, Kay Eiffel (Emma Thompson),

luta para completar o que pode ser seu melhor livro, ápice de uma carreira de

romances trágicos. Kay só não percebe que o seu protagonista está vivo e incontrolavelmente

guiado por suas palavras.

Escrito pelo bom estreante Zach Helm,

o roteiro ganha ares de contagem regressiva quando Harold descobre que Kay planeja

matá-lo no final do livro. Há no caminho uma paixão, aparentemente incompatível

(não há melhor paixão nas comédias românticas do que a incompatível). Bill Murray

precisou viver o mesmo dia indefinidamente para ver que amava Andie McDowell.

E o Harold Crick de Ferrell precisou ter uma vez dentro de sua cabeça, narrando

seus atos e antecipando a sua morte, para perceber que estava jogando a vida

fora.

Apoiado nos excelentes diálogos de Helm e na estrutura

narrativa familiar ao espectador, o diretor Marc Forster (A última ceia, Em busca da Terra do Nunca) vira do avesso o

batido mote do loser-que-desabrocha. O cinema indie de Hollywood

tem forte tendência à fracassomania - quanto mais desgraçado o personagem principal

mais bonita será a sua volta por cima. Forster subverte a situação com ironia:

até o próprio Crick sabe que é um perdedor, porque há uma voz, contando sua

história, que não pára de repetir isso.

A autoconsciência é a grande chave do filme.

Somente ao entender a sua própria situação Crick tem a chance de domá-la. Nesse

ponto, não há metalinguagem maior: onisciente, o personagem deixa de ser marionete

do contador de história. Isto é, destronar o narrador da confortável posição

de tirano - todo narrador é tirano, inclusive Kay Eiffel, e alguns, como os

Paul Haggis e os Alejandro Iñárritu da vida, são mais que os demais

- é o jeito de Harold Crick tomar para si os rumos de sua jornada.

 

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Filme interessante.

 

 

(spoilers)

 

Teria sido melhor se o final tivesse sido o original do livro, mas pelo menos foi um final satisfatório. Mas...

... como queria rever uns pontos do livro, baixei o roteiro pela internet e fiquei triste que cortaram uma cena importante, ou melhor, um parte dela. Cortaram um doálogo ente a assistente e a Kay sobre como ela matar os personagens dela é o mesmo que matar ela mesmo e que ela só demorou esses 10 anos porque seu corpo e sua mente não conseguiam aguentar mais mortes dela mesmo. Diálogo extremamente interessante e que faria o final soar menos falso. Fora que faz muito sentido no contexto do filme. Erro absurdo te-lo cortado. Bem, pelo menos o filme acabou optando por outras contruções de outras cenas que ficaram superiores as do roteiro (não, eu não li o roteiro inteiro, só uns trechos nos finais).

 

Merece ser revisto ainda nos cinemas. Se tiver tempo, revejo.

 

Só não queria que as pessoas na sala risem tanto. Alguns interessantes momentos introspectivos foram arruinados por causa disto.

 

A direção de Marc Foster foi interessante. Conseguiu dar um bom ritmo para o filme e fez aqueles gráficos soarem interessantes e bem bolados. Além disso, nas mãos de um diretor inferior, o filme poderia ter soado mais frágil, não sendo  capaz de nos transportar com credibilidade para o mundo estranho dos personagens.

 

Agora, falando em Estranho, que título horrível. Achava que poderia ter algum sinignificado forte o bastante no filme, mas não tem. Ambos Stranger Than Fiction e Mais Estranho que a Ficção são ruins de dar nojo. Killing Harold Crick, título original do projeto, seria MUITO mais interessante e coerente com a narrativa.

 

No campo das atuações, Emma Thompson se destaca. Seria uma possibilidade agradável vê-la indicada ao Oscar de atriz coadjuvante. Queen Latifah tenta trabalhar uma personagem inútil, que foi criada somente como ponte entre o leitor e Kay (além de ter seu diálogo importante no final cortado), Maggie Gyllenhall cria uma personagem interessante, apesar de seu material não ser dos melhores (seu romance soa meio forçado às vezes) e ter uma pequena química com Ferrell (cuja melhor química até hoje foi com Radha Mitchell em Melinda & Melinda), Dustin Hoffman cria um persongem curioso o bastante para manter nosso interesse e, por fim, Ferrell exibe uma atuação correta como Harold. Correta? Sim. Seu Harold é interessante, mas Ferrell pouco faz por ele, com sua performace empalidecendo se comparada à, por exemplo, Zach Braff interpretando um personagem também introspectivo no excelente Hora de Voltar. Apesar disso, é uma entrada interessante de Ferrell no campo dos personagens mais sérios. Seria muito interessante ver Ferrell num filme de Cameron Crowe. Acredito que Crowe poderia trabalhar bem a interpretação do ator e ele se adequaria bem  a um filme do diretor. Outra opção seria Steven Spielberg, que sem ninguém esperar arrancou a melhor interpretação da vida de Leonardo DiCaprio em Prenda-me se for Capaz ou talvez num outro filme de Woody Allen, já que ambos se saíram bem trabalhando juntos em Melinda & Melinda. Pena que Woody Allen não anda gostando muito de repetir suas escolhas de atores. Uma pena. Mesmo assim, Will Ferrell é um ator melhor em divertidos besteróis. É bom que ele não esteja planejando abandonar esse seu público tão cedo. Ele não sobreviveria sem ele.

 

Em suma, um projeto interessante que merece ser revisto algumas vezes. Agora é hora de procurar projetos anteriores de Marc Foster, sendo que o Telecine Premium anda exibindo "Stay - A Passagem", e esperar novos projetos do talentoso Zach Helm.

 

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Cortaram um doálogo ente a assistente e a Kay sobre como ela matar os personagens dela é o mesmo que matar ela mesmo e que ela só demorou esses 10 anos porque seu corpo e sua mente não conseguiam aguentar mais mortes dela mesmo. Diálogo extremamente interessante e que faria o final soar menos falso

 

Graças a deus que cortaram isso. Esse diálogo é o equivalente nesse filme do prólogo de A Dama na Água.

Ele pega algo sutil (mas nada impossível de entender) e ESFREGA NA SUA CARA, tornando tudo meio estúpido e DÃ.

Tipo, alguém não entendeu que matar aos personagens era ruim pra ela? Que o personagem do Will Ferrel é tipo um jeito da Vida mostrar pra ela isso de um jeito bem óbvio - tornando o personagem um ser vivo, tornando, então, físico o assassinato, em vez de intelectual?

Vamos lá, não é tão difícil.

Anyways, é bem divertido, no geral, o Ferrel tá decente (mas nada demais, wtf, Globo de Ouro?), é engraçado e bonitinho. Se a direção fosse um pouco mais relevante ele seria bem melhor.

PS: eu achava que preferia o final original, mas sei lá. talvez esse funcione bem também.

 

67/100.

 

(Amostra de como a direção poderia ser: parada fria e inorgânica no começo e cada vez mais eletrizante e histérica com o passar do tempo aka com a vida dele mudando. É tão fácil)


PPS: Stay ou A Passagem é um saco.
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 Desculpem-me, mas como já dizia o sábio Millôr Fernandes, às vezes só mesmo falando palavrão pra expressar toda a extensão de um sentimento...Puta que pariu!!! O KMF detonou o filme!! 13 O final da sua crítica foi uma das coisa mais sarcásticas e esculachadas que eu já li nos últimos tempos sobre um filme. Putz!! Confiram: 

 

 

 ZeroZen perde...
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Bah... má vontade do KMF, aliás nem só isso, a crítica é escrita de um modo desleixado, parece uma sinopse alongada. Neste trecho aqui por exemplo:

 

Certa de que a única maneira de concluir o romance é matando o seu personagem principal' date=' a escritora só precisa descobrir como. Instruído por Hilbert sobre a possível vocação da sua autora pela tragédia, Crick entra em parafuso justamente por descobrir-se apaixonado por uma exímia doceira de estilo alternativo (a sempre interessante Maggie Gyllenhaal). Descobre ele que gostaria de protagonizar uma comédia, e não uma tragédia. [/quote']

 

A escritora Keren Eiffel, vivida pela Ema Thompson tem como característica, matar o protagonista de seus livros e isso é dito com todas as letras por Hilbert (Dustin Hoffman) a Harold. Então, não é que ela tenha vocação para a tragédia é apenas uma marca dela como escritora. A personagem da Queen Latifah, embora citado como desnecessário serve para trazer à realidade a escritora de seus devaneios. Também não acho que Emma Thompson esteja afetada, ela só compõe o personagem que é esquisito.

 

É a crítica mais fraca do filme que eu já li. Até o Omelete conseguiu fazer melhor.  
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  • 3 weeks later...
  • 3 weeks later...
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Ah, eu adorei o filme. 05 Ri muito, principalmente das cenas com o Dustin Hoffman e a Emma Thompson. As referências literárias são muito interessantes, principalmente quando o personagem do Hoffman começa a tentar descobrir de que tipo de história se trata. Outra coisa que valeu muito a pena foram as crises de escritora da Thompson, aquela cara dela é idêntica a cara que a minha mãe faz quando tá deprimida sem saber o que fazer da vida! Eu me diverti muito mesmo, deu gargalhadas no cinema. Taí uma boa e inteligente comédia româtica - acho que tá empatado com Como Se Fosse a Primeira Vez. Eu digo comédia romântica, porque é isso que o filme é e quanto ao casal tradicional, o filme não teve nada de inovador em relação aos milhares de outros, vendidos a toneladas pela mídia.

 

Mas é bão!

htekir2007-02-23 03:38:55

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  • 4 weeks later...
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Eu gostei do desenvolvimento do filme, das referências literárias e das atuações. Gostei da idéia de colocar no cinema essa  - já explorada na literatura - fantasia do encontro entre criador e criatura. Não é o melhor filme do mundo, longe de ser OP.  Mas eu gostei, adorei, na verdade.

 

Eu sou apaixonada pela Emma Thompson. 06 Acho que ela fez uma escritora com bloqueios como ninguém. Perfeita. Simplesmente perfeita. O filme é dela e de ninguém mais.

 

Veras2007-03-24 19:39:31

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  • 3 months later...
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Entra na minha lista de filmes preferidos ...

 

MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO - 9/10

Um filme adorável !!!! O roteiro é o grande tesouro dessa comédia que parece escrita por Charlie Kauffman, mas que ainda possui competência e charme próprios ( o roteirista é Zach Helm ) ao mostrar a história de um homem que tem a sua vida narrada literalmente e que está a beira de uma morte iminente. É um exercício de metalinguagem que está virando moda, mas que ainda assim reserva ótimos momentos, mas o mais importante é que as situações criadas não extrapolam o bom senso ao ponto de acharmos que toda essa "aura" foi criada propositadamente ( é muito bonito acompanhar como pequenos trechos da vida de 2 personagens importantes para o clímax são explorados pela produção ). O diretor Marc Foster ( que estou admirando cada vez mais por seus trabalhos distintos e competentes ) ajuda isso e compõe planos que oscilam entre a sutileza e a extravagância sem soarem "apagados" ou "exagerados" e conta também com um ótimo trabalho de pós-produção que criam passagens bem interessantes. Eu não gosto do humor de Will Ferrell, mas aqui ele faz um trabalho correto, discreto e até certo ponto equilibrado ( nas cenas em que ele deixa a frieza de lado e torna-se mais sensível ao ponto de chegar às lágrimas a sua performance ainda deixa a desejar ), mas ele conta com um elenco de apoio muito bom: Maggie tá maravilhosa, Hoffman impecável como sempre, Thompson é capaz de dar luz pra qualquer coisa que ponha a mão e até a péssima Queen Larifah faz uma participação digna de um ser humano ( é um elogio ). Um filme pra ver e rever que explora muito bem o drama de seus personagens e que promove reflexões a respeito do que afinal é feito a vida !!!! Pequenos gestos de carinho, pequenas atitudes no dia-a-dia, pequenos e adoráveis filmes como este, entre outras coisas. Recomendo !
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  • 6 months later...

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